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FAJE – Departamento de FilosofiaDisciplina: Historia da Fiosofia Antiga I - 2014 – 1º S. Professor: Igor
Aluno: João Elton de Jesus
Data: 23/ 02/ 2014
INTRODUÇÃO AO FILOSOFAR
Esquema analítico
I – Posição do Problema
Objetivo: atitude inicial do filosofar > comportamento específico que leva o homem a ocupar-se da filosofia.
Itinerário: estudo da consciência filosófica desde a sua etapa ingênua e pré-filosófica até o despertar para o problema do sentido da realidade, acompanhando as etapas básicas e necessárias de seu desenvolvimento.
Obstáculos: o estudo histórico / biográfico não responde as necessidades, pois nenhum filósofo ou historiados olhou sobre o aspecto existencial que se pretende com o estudo. Sendo portanto insuficiente.
Atitudes em cada filosofo (Karl Jaspers):
Admiração (abertura): Platão e Aristóteles > homem toma consciência de ignorância levando à interrogar-se o que ignora > atinge supressão da ignorância = conhecimento;
Dúvida: Descartes > dúvida metódica aguça o espírito crítico;
Insatisfação moral: consciência da própria fraqueza > impotência diante das pequenas coisas.
Atitude fundamental: admiração, pois:
Dúvida pressupõe outras filosofias e um excesso de senso crítico,
Insatisfação moral, leva a colocar o problema da filosofia como uma ferramenta, uma utilidade, interesseira
Admiração atende à exigência de abertura para o real, do primeiro despertar em face de uma realidade > admiração = passivo = dando o poder de enfrentar os perigos da noite > melancolia = passivo = sensibilidade para conhecer e ir para a luz
Meta: conciliar a admiração com a melancolia
FAJE – Departamento de FilosofiaDisciplina: Historia da Fiosofia Antiga I - 2014 – 1º S. Professor: Igor
Aluno: João Elton de Jesus
Data: 23/ 02/ 2014
II – Analise da admiração ingênua
Características da admiração ingênua:
Sentido de abertura: reconhece um sentido ao real; abertura para uma realidade que transcende; há gosto, afeição, receptividade, disponibilidade pela realidade; sentir unido ao real (apaixonado); reciprocidade, confiança; real é tudo, mas não é uma fusão: só admiro o outro porque é outro, não sou eu; implica em intimidade de participação; não percebe os defeitos, o ideal e o real coincidem, dá plenitude de sentido.
Consciência: o homem sabe e sabe que sabe, se distancia, não é como um animal que não se reconhece heterogêneo; a dignidade humana consiste no pensamento, tendo então a consciência de si, que vai afetar toda a sua relação com o mundo exterior, que de forma ingênua e natural , é a subjetividade, desse saber-se em sua intimidade; Essa consciência ingênua tem as seguintes características:
Distância: o homem sabe-se e sente-se separado daquilo que o cerca. A consciência tendida fora de si para os outros, mas não se confunde com a realidade > presença ausente e ausência presente > inadaptação profunda.
Experiência de heterogeneidade: radicalmente outro, do diferente de si em si mesmo; o exterior me repele na medida em que consigo penetrá-lo; “totalidade destotalizante” (Theodor Litt)
Não há admiração onde não existe vida consciente (visão do diferente > heterogeneidade e distanciamento > admiração (e vice versa); A admiração não é pasmo e surpresa: é sempre positiva
Franz Von Baader: “A necessidade de admirar é a necessidade que tem a inteligência de ajudar o admirado a refletir-se a si mesmo, e assim a elevar-se e a libertar-se”. (pg.12)
Dogmatismo: a admiração ingênua é insuficiente para a filosofia que pressupõe um sentido de problematização, de espírito crítico, nela a “minha própria existência é o mundo que me cerca”. O dogmatismo é a grande barreira para a problematização. É necessário transpo-lo, sair da ingenuidade.
III - O comportamento dogmático (o homem adaptado dentro de uma segurança fundamental)
FAJE – Departamento de FilosofiaDisciplina: Historia da Fiosofia Antiga I - 2014 – 1º S. Professor: Igor
Aluno: João Elton de Jesus
Data: 23/ 02/ 2014
A existencia dogmatica vive num mundo simplificado, sempre feito e não ocorre por em duvida este mundo. É como uma parte do seu corpo.
As hesitaçoes diante desse mundo não são totalizantes, mas locais, superficiais; não são problematizaveis. As exceçoes não abalam, confirrmam;
Essa compreensao de mundo especifica-se em tres teses gerais:
Gnosiologica: mundo existente; afirmaçao do mundo como um ato de fe, crença fundamental, sem formunaçao de sentido, de juizo.
Ontologica: não por em duvida a existencia do mundo, acredita que o mundo é acessivel
Axiologica: realidade dotada de valor. O mundo não é uma mentira. O mundo tem um valor qu e lhe é próprio.
O homem só abandona a postura dogmatica a partir do momento em que julgar, por razoes suficientemente radicais que a realidade, basicamente, perder o sentido.
Tecnica: o fazer humano supoe um mundo já dado, gerando uma comportamento conformista, de obediencia. Contudo a postura conformista leva em consideraçao os pressupostos, mas por ser levada a uma pratica não chegando a problematizaçao radical da realidade. A posiçao critica questiona os fundamentos da açao, é uma perda de tempo, já que a açao da filosofia não tem valor, é uma perda de tempo, já que a açao da por resolvido o que a filosofia deve problematizar. O filosofo interroga a tese gral, sendo irritante para o homem de açao. Por isso Heiddegger diz que a filosofia não serve para nada: não tem funçao pratica, querendo dizer que o hoem alem de agir, pode perguntar pelos fundamentos da açao, problematizando a validez da tese geral, ou legitimizar, mas criticamente a açao pratica. O filosofo abandona a postura dogmatica em favor deuma postura critica. Sendo dogmatico e processando-se em obediencia a interesses pragmatciso, a possibilidade de duvida é descartada, embora passa problematizar aspectos da realidade. Contudo, o cientista, por exemplo, precisa da teoria dogmatica para trabalhar. Ao questionar os fundamentos de sua ciencia, nàao seria mais um cientista, masum filosofo.
A postura Dogmatica é caracterizada pela sua familiaridade com o mundo em que vive, dentro de uma perspectiva predominantemente pragmatica. Isso ocorre por não saber que aceita o mundo, e por não sabe-lo nàao pode por em duvida qual é a sua razao de ser (indiferença ontologica) e não há problematizaçao mais radical ou a legitimidade de tais problemas.
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Plano ontico: contato com outros seres, processa a realidade e propoe uma reforma ativa, sem fazer uma problematizaçao. “move-se no plano ontico sem passar ao plano ontologico, esquecendo-se da diferença do ser e do ente.
V – Extensao de experiência negativa
Experiencia negativa: afirmaçao ingenua, dogmatica da realidade e que, por outro lado, se orienta para a possibilidade de abertura e, consequentemente, de transcendencia do egocentrismo no sentido d euma reafirmaçao critica da realidade.
A experiência negativa realiza-se em 4 posturas:
Intelectual atva: quando ocorre a consciência da própria ignorancia. Trocar o instrumento por outro e igual e permanecer como esta ou vencer o segredo, a barreira da própria ignorancia. O homem não sabe ou sabe apenas que é ignorante.
Intelectual passiva: questionamento de Georgias: a) nada é. b) se algo é, é incognoscivel para o homem: c) se na hipotese de cognoscivel é incomunicavel.
(1) Niilismo: extremo de duvida, rupturas com toda e qualquer comodalidade de comportamento dogmatico. Esta totalmente separado dos outros. Ex. a) duvida metodica de Descartes: indiferença ontologica para um perguntar critico > consciência metafisica da realidade, questionando todos os preconceitos e aprendizagens que foi adquirindo até ali; b) Hussel: coloca o mundo da tese geral em “parentesis” tirando o objetivismo, trazendo para si uma reflexao radical, orientando para a subjetividade do sujeito > A duvida torna-se possível a partir de um ato de vontade, sendo portanto ativa e não passiva
Existencial passiva: homem sofre, perde o sentido do mundo. Torna-se apatico. Causa: doença, morte, etc.. Ocorre independente de sua vontade. Ex. Nausea de Sartre, onde a nausea traz sofrimento mas torna-se lucida. Consequencias: a) homemsucumbe, ocorre indiferença. Patologia, isolamento (esquizofrenia), akergia a realidade, desconfiança frente a tudo: b) busca de superaçao que pode faze-lo voltar ao dogmatismo ou busca extrair de sua existencia too o significado que puder.
Existencial ativa: revolta contra o mundo. Desejo de destruiçao, ne nadificar e ser nadificado. Revolta metafisica: home se ergue contra sua condiçao e o todo da criaçao.
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Data: 23/ 02/ 2014
VI – Significado e superaçao da Experiência negativa
Consciência da separaçao é cerne da Experiência negativa. A separaçao ou distancia é o que caracteriza a cosnciencia. Mas na consciência há também relaçao. Relaçao com as coisas, com os objetos, dogmatismo com o mundo. Mas na EN o homem se isola, perde o carater de relaçao e a consciência passa a ser separaçao que pode levar a um ser problematico, chegando a um estado de niilismo. Pode ser intelectual (georgias) ou fisico (nausea de Sartre) em ambas a realidade a existencia tonam-se absurdas.
EN, se vista de uma forma mais ampla, se olhar o processo , ela vem de uma negaçao primeira, mas se refere a algo que transcende a EN. Comportapor dois aspectos: a afirmaçao inicial e outro subsequente.
(1) A afirmaçao que antecede: supoe uma afirmaçao dogmatica que vai ser destruida pela Afirmaçao negativa. Rosseu: esforòo de fazer o homem se reintegrar > niilismo ajuda a transformar o home para um novo comportamento que supere a dogmticidade.
(2) Abertura: sair do egocentrismo, deixar de ser prisioneiro do próprio inferno, para ser resposavel pela própria realidade, assumindo-a e assim assumindo a filosofia. Negaçao da negaçao (conversao reanimadora da realidade)
Para entrar realmente no mundo tem que sair dele, mas isso torna a existencia humana impossivel, assim ele volta, mas volta diferente (a separaçao é a fonte da necessidade da filosofia)
VII – Conversao filosofica
Assumir, tomar a si a responsabilidade do Real:
◦ Assumir> resoluçao que vai decidir o destino do homem para eternidade > que o agarro todo e o compromete todo> “filosofia não se faz a partir da exterioridade, ou deum comportamento exterior, abstrato, mas a partir da interioridade > interioridade= liberdade;
◦ Liberdade nàao é: pura posse de sim (egocentrismo)> “toda liberdade que (não chega a poder comprometer-se com nada) que se pretende absouta, negando seus limites e apossibilidade de um compromisso com o fundamento objetivo, anula-se como liberdade; idealismo: fazer do eu o principio e o fim de todas suas pesquisas.
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Data: 23/ 02/ 2014
◦ A resoluçao, portanto, deve ser de “tal teor que dela transcenda a experiencia da negatividade, indo alem, consequentemente de todo egocentrismo; o idealismo esta preso ao egocentrismo ou só o transcende parcialmente.
◦ Resoluçao filosofica só se verifica na medida em que consegue focalizar a sua inteireza a possibilidade de ir alem do egocentrismo, da experienciade negatividade, e de resolver, em certo sentido, esta experiencia
Modalidade de resoluçao que transcende o egocentrismo e atende a tarefa que se propoe a filosofia:
◦ comreender a liberdade como um dom de si;
◦ não é se isolando que o homem encontrara sua liberdade;
◦ dom de si = abertura completa a realidade , realidade esta que deve ser assumida;
◦ liberdade e atividade filosofica completam o homem.
Participaçao humana no real> fidelidade humana a si próprio > vocaçao como ser livre.
◦ Postura metafisica (enfrentar a realidade) é diferente de autodefesa, mas no consentimento ao real (trnscender a negatividade). Conduta de despojamento, admiraçao respeitosa, disponibilidade, generosidade, confiança e amor total ao real.
“So o amor conseguiu dar a inteligencia a sua dimensao própria e total, orientando-a para um real consentimento (…) e só a inteligencia conseguiu dar ao amor a sua dimensao própria e total, fazendo compreender o real consentido” (p.89)
Ato de consentimento
◦ tras em si todas as caractetisticas da admiraçao, despida, agora, de sua ingenuidade inicial.
◦ O consentimento oua disponibilidadesupoe uma acese: a) derrubada de idolos do comportamento ingenuo; b) abertura amorosa a compreensao do real. c) não pragmatizar ou funcionalizar o pensamento filosofico. Conceitos: a) pragmatizar: não ficar disposto ao real mas dispo-lo a si. b) idealismo (subjetividade): retrair sobre si o próprio, subordinar o real quando deveria abrir, transcender.
A atitude inicial do filosofar, transcende a dogmaticidade pois:
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Data: 23/ 02/ 2014
◦ deixa de aceitar o real, problematizando-o, tendo um sentimento de responsabilidade sobre o real> sentido da verdade se redica na disponibilidade ao que de fato é real; compreender o real livre de qualquer pressupostoo ou preconceito, não aceita a realidade com algo já resolvido, com verdade já feita.
◦ Surge a necessidade de um autentico dipor ao real de fomra que o real se mostre tal como ele é, naquilo que é. Osucesso do conehcimento filosofico depende desta abertura implicnado, portanto, a realizaçao da liberdade.
Real como sentido de mistério
◦ permanece indevassado para o homempor mais que ele o penetre
◦ misterio, portanto, admiriçao pelo real, que esta na origem e preside todo o desdobramento da atividade filosifica.
“a relaçao com o real não pode ocorrer numa postura dogmatica, da pura e simples aprorpiaçao do real. Na experiencia negativa o sentido do real se perde ou trona-se vacilante, razao pela qual o homem não pode mais habitar simplesmente este real com a ingenuidade do primeiro dia. Tudo deve ser econquistado, e esta exigencia de reconquistar vai determinar o novo sentido, próprio do filosofo, de relacionar-se com o real: o sentido critico, problematizador que distingue a pergunta filosofica” (p.93)
Perguntar: o espirito critico do fiosofo
◦ traz tanto o fiel da netividade quanto o sabor do desvelamento do real.
◦ Passagem da indiferença ontologica para a problematica da diferenòa ontologica;
◦ não é destruidora do objeto, mas contrutora, aberta ao real.
“O espirito critico é, pois fundamentalmente, pergunta, e qualquer que seja a sua origem, a pergunta filosofica move-se sempre dentro de um profundo sentido afirmativo. A pergunta é a maneira do filosofo permanecer aberto ao misterio” (p.94)
O problema se torna filosofico quando:
◦ a pergunta coincide com o espirito critico
◦ tem a racionalidade como meio > filosofo é um intelectualista
“todo prazer ée um presente que se conquista na paciencia, isto e, um presente que encontra a sua raiz na presença, no ser presente” (96)
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Palavras-Chave
Filosofia, Atitude existencial,
Análise temática
Tema: Atitude
Problemática: Qual a atitude existencial, o comportamento especèifico, que leva o
homem a filosofar?
Tese: Admiração é a atitude existencial, que unida a uma melancolia, causada por
experiencias negativas, e que dara a sensibilidade para conhecer e ir para a luz, atende
à exigência de abertura para o real, do primeiro despertar em face de uma realidade,
dando poder de enfrentar os perigos da noite, pois a dúvida pressupõe outras filosofias
e um excesso de senso crítico e a Insatisfação moral, leva a colocar o problema da
filosofia como uma ferramenta, uma utilidade, interesseira.
Argumentação: O autor estuda a consciência filosófica desde a sua etapa ingênua e
pré-filosófica, que ele chama de admiraçao ingenua, até o despertar para o problema
do sentido da realidade, acompanhando as etapas básicas e necessárias de seu
desenvolvimento
Elementos acessórios:
Resumo Sintetico
Buscando entender qual a atitude existencial, o comportamento especifico, que
leva o homem a filosofar ,Bornheim faz um estudo da consciência filosófica desde a
sua etapa ingênua e pré-filosófica, que ele chama de consciência ingenua, até o
despertar para o problema do sentido da realidade, acompanhando as etapas básicas e
necessárias de seu desenvolvimento.
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Data: 23/ 02/ 2014
Segundo o autor, inspirado por Karl Jaspers, a admiração é a atitude
existencial que atende à exigência de abertura para o real, do primeiro despertar em
face de uma realidade, dando poder de enfrentar os perigos da noite. Assim, ele exclui
as outras atitudes apresentadas por Jaspers como a dúvida , que Bornheim afirma,
pressupõe outras filosofias e um excesso de senso crítico, também coloca em xeque a
insatisfação moral, pois diz que este aspecto coloca o problema da filosofia como uma
ferramenta, uma utilidade interesseira.
No primeiro capitulo, Bornheim faz uma analise da admiraçao ingenua, que
segundo ele possui como caracteristica o sentido de abertura para o real, nessa fase, há
um encanto, uma afeiçao, uma receptividade, uma confiança de modo que há um
sentir-se unido a esse real. Ha uma intimidade de participação; não percebe os
defeitos, o ideal e o real coincidem, dá plenitude de sentido.
Admira-se o outro, porque é outro e não aquele que admira, portanto, há na
admiraçao ingenua uma consciência de si mesmo, e um distanciamento, o homem
sabe-se e sente-se separado daquilo que o cerca, reconhecendo-se heterogeneo. Esse
reconhecimento afeta toda a sua relação com o mundo exterior, porque o “exterior me
repele na medida em que consigo penetrá-lo; 'totalidade destotalizante'. Citando Franz
Von Baader, o autor diz o seguinte: “A necessidade de admirar é a necessidade que
tem a inteligência de ajudar o admirado a refletir-se a si mesmo, e assim a elevar-se e
a libertar-se”.
Contudo, a admiração ingênua é insuficiente para a filosofia que pressupõe um
sentido de problematização, de espírito crítico, nela a “minha própria existência é o
mundo que me cerca”. Cria-se assim um comportamento dogmatico onde se vive num
mundo simplificado, sempre feito e não ocorre por em duvida este mundo. É como
uma parte do seu corpo.
Para melhor entender esse mundo dogmatico, Bornhein apresenta tres teses
gerais: gnosiologica, onde há a crença de que o mundo existe, o afirma sem nenhum
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juizo, não se faz uma dinstiçao entre o que o mundo é e o que se ve. O sentido do
mundo é, esta dado. Ontologica, não se coloca em duvida de que o mundo existe,
acreditando que este é acessivel e, por fim, o axiologico, onde nesse mundo que existe
e que me apresenta como eu vejo, há uma realidade dotada de valor. Possui um
sentido. O mundo não é uma mentira. O mundo tem um valor que lhe é próprio.
Assim, para uma pessoa com comportamento dogmatico o mundo é como é e o
vive conforme o que já esta definido. Esta muito orientado para a tecnica, gerando um
comportamento conformista, de obediencia, cujas açoes são direcionadas para a
pratica e não para o questionamento das situaçoes, do real. Isso ocorre por não saber
que aceita o mundo, e por não sabe-lo nao pode por em duvida qual é a sua razao de
ser (indiferença ontologica). Vive-se no Plano ontico, porque o relaciona-se com
outros seres, processa a realidade e propoe uma reforma ativa, sem fazer uma
problematizaçao. “move-se no plano ontico sem passar ao plano ontologico,
esquecendo-se da diferença do ser e do ente.
O filosofo interroga a tese gral, sendo irritante para o homem de açao. Por isso
Heiddegger diz que a filosofia não serve para nada: não tem funçao pratica, querendo
dizer que o hoem alem de agir, pode perguntar pelos fundamentos da açao,
problematizando a validez da tese geral, ou legitimizar, mas criticamente a açao
pratica. O filosofo abandona a postura dogmatica em favor deuma postura critica.
Sendo dogmatico e processando-se em obediencia a interesses pragmatciso, a
possibilidade de duvida é descartada, embora passa problematizar aspectos da
realidade. Contudo, o cientista, por exemplo, precisa da teoria dogmatica para
trabalhar. Ao questionar os fundamentos de sua ciencia, nàao seria mais um cientista,
masum filosofo.
Palavras-Chave
Filosofia, Atitude,
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Data: 23/ 02/ 2014
Análise temática
Tema:
Problemática: Qual a atitude existencial que leva o homem a filosofar?
Tese:
Argumentação:
Elementos acessórios: