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01 Qual a diferença entre conhecimento científico e sensu comum? ...o conhecimento científico é uma espécie de otimização desse conhecimento vulgar. A ciência busca organizar e sistematizar o conhecimento do homem. O cientista é um ser preocupado com a veracidade e a comprovação de seu conhecimento, o que faz com que construa uma série de enunciados e regras rigorosas, que permitem a descoberta e a prova desse conhecimento. Enquanto o senso comum é difuso, desorganizado, assistematizado e detém de várias fontes desordenadas e simultâneas, o conhecimento científico tenta ser coerente, organizado, sistemático, ordenado e orientado a partir de fontes específicas e muitas vezes pré- constituídas. O senso vulgar implica ou parte de constatações – circunstâncias aprendidas no dia-a-dia do homem comum o conhecimento científico também implica constatações e dela parte; porém pretende exercer sobre elas certo domínio para conseguir explicar o que existiu, o que existe e, também o que existirá. Nunes, Rizzatto. Manual de Introdução ao Estudo do Direito.3.ed. São Paulo:Saraiva,1996,p.12. 02 Qual a diferença de método e técnica de pesquisa? 03 Quais são as características das ciências naturais e humanas? Ensina Tércio Sampaio Ferraz Jr. que, quanto ao método e objeto, as ciências podem ser naturais e humanas. O método de abordagem, na ciência da natureza, ao estudar os fenômenos naturais, refere- se á possibilidade de explicá-los, isto é constatar a existência de ligações constantes entre fatos, deles deduzindo que os fenômenos estudados daí derivam. Já, ao estudar os fenômenos humanos, se acresce à explicação o ato de compreender, isto é, o

01 Qual a diferença entre conhecimento científico e sensu comum

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01 Qual a diferença entre conhecimento científico e sensu comum?

...o conhecimento científico é uma espécie de otimização desse conhecimento vulgar. A

ciência busca organizar e sistematizar o conhecimento do homem. O cientista é um ser

preocupado com a veracidade e a comprovação de seu conhecimento, o que faz com que

construa uma série de enunciados e regras rigorosas, que permitem a descoberta e a

prova desse conhecimento.

Enquanto o senso comum é difuso, desorganizado, assistematizado e detém de várias

fontes desordenadas e simultâneas, o conhecimento científico tenta ser coerente,

organizado, sistemático, ordenado e orientado a partir de fontes específicas e muitas

vezes pré-constituídas.

O senso vulgar implica ou parte de constatações – circunstâncias aprendidas no dia-a-dia

do homem comum o conhecimento científico também implica constatações e dela parte;

porém pretende exercer sobre elas certo domínio para conseguir explicar o que existiu, o

que existe e, também o que existirá.

Nunes, Rizzatto. Manual de Introdução ao Estudo do Direito.3.ed. São

Paulo:Saraiva,1996,p.12.

02 Qual a diferença de método e técnica de pesquisa?

03 Quais são as características das ciências naturais e humanas?

Ensina Tércio Sampaio Ferraz Jr. que, quanto ao método e objeto, as ciências podem ser

naturais e humanas. O método de abordagem, na ciência da natureza, ao estudar os

fenômenos naturais, refere-se á possibilidade de explicá-los, isto é constatar a existência

de ligações constantes entre fatos, deles deduzindo que os fenômenos estudados daí

derivam. Já, ao estudar os fenômenos humanos, se acresce à explicação o ato de

compreender, isto é, o cientista tem por objetivo reproduzir, intuitivamente, o sentido dos

fenômenos, valorando-os. Logo, a ciência humana é explicativa e compreensiva à medida

que se reconhece a conduta humana, não tem apenas o sentido que lhe damos, mas

também o sentido que ela própia se dá; exige um método próprio que faz repousar sua

validade na validade das suas valorações que revelam aquele sentido.

Diniz, Maria Helena. Compêndio de Introdução à Ciência do Direito.20.ed. São Paulo:

Saraiva,2009, p.16.

04 O que representaram e são as escolas científicas?

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Na verdade não é só o Direito e a chamada Ciência do Direito merecem receber essa

critica, mas todas as escolas científicas, uma vez que qualquer delas oculta formas de

poder e manipulação.

Empirismo, racionalismo dialética, etc, qualquer que seja o método, pode e deve

investigado pelo resultado obtido e pelo elemento obtido e pelo elemento instrumental não

declarado e oculto no conjunto discursivo dos enunciados que apresentam seus axiomas.

A rigor, o conjunto de proposições das escolas oculta idéias nem sempre declaradas e

crenças que fundamentam o própio método e, assim, as respostas obtidas.

Nunes, Rizzatto. Manual de Introdução ao Estudo do Direito. 3.ed.São

Paulo:Saraiva,2000,p.31 a 32.

05 Qual deve ser o pressuposto e qual o objeto de investigação da ciência do direito?

É colocado assim, com pressuposto, o homem e sua condição existencial com principio

de investigação. A Ciência do Direito deve, portanto, respeitar o homem na inteireza de

sua dignidade e nos limites por ele reconhecido universalmente como os seus: a vida, a

saúde, a honra,a intimidade,a educação,a liberdade etc; bens essenciais e indisponíveis

que, em conjunto com bens sociais como a verdade, o bem comum e a justiça, são

norteadores e todo o material de investigação da Ciência do Direito.

A Ciência do Direito é uma ciência de investigação de condutas que tem em vista um

“deve ser’, jurídico, Istoé, a Ciência do Direito, investiga e estuda as normas jurídicas.

Diniz, Maria Helena. Compêndio de Introdução à Ciência do Direito, 20.ed.São Paulo

Saraiva 2009 p.32 a 33.

06 O que se entende por jusnaturalismo?

Primeiramente, uma escola racionalista: o jusnaturalismo que tem longa tradição, vindo

desde os filósofos gregos passando pelos escolásticos, na idade média, pelos

racionalistas dos séculos XVII e XVIII, indo até as concepções modernas de Stammler E

Del Vecchio (começo do século XX ).Pode-se dizer, em linhas gerais, que essa escola é

fundada no pressuposto de que existe uma lei natural,eterna e imutável; uma ordem

preexistente, de origem divina ou decorrente da natureza, ou ainda, da natureza social do

ser humano. O método para conhecer essa ordenação previa é o racional a razão não

chega a trabalhar com realidades concretas.

É através da razão, que voltando-se para si mesmo, investiga, para descobrir na

consciência os princípios e as leis universais, validas desde sempre.

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Chama-se jusnaturalismo a corrente de pensamentos que reúne todas as idéias que

surgiram no correr da historia, em torno do Direito Natural, sob diferentes aportações.

Diniz, Maria Helena. Compêndio de introdução a ciência do direito. 20. ed.São Paulo,

2009,p.38.

Nader,Paulo.Introdução ao Estudo do Direito.09 ed.Rio de Janeiro,forense,1994,p 405.

07 Quais foram às teorias defendidas ao longo dos tempos pelo jusnaturalismo?

Desde as representações primitivas de uma ordem legal de origem divina, até a moderna

Filosofia do Direito Natural de Stammler e Del Vecchio, passando pelos sofistas, estóicos,

padres da igreja, escolásticos, ilustrados e racionalistas dos séculos XVII e XVIII, da longa

tradição do jusnaturalismo se vêm desenvolvendo, com uma insistência e um domínio

ideológico que somente as idéias grandiosas e os pensamentos ocasionados pelas

motivações mais exigentes poderiam alcançar.

Na idade média, sob o Império da patrística ou da escolástica, a teoria Jusnaturalista

apresentava conteúdo teológico, pois os fundamentos do Direito Natural eram a

inteligência e a vontade divida, devido ao fato de a sociedade e a cultura estarem

marcadas pela vigência de um credo religioso e pelo predomínio da fé. Na era medieval

prevalecia à concepção do Direito Natural objetivo e natural, de espírito tomista que

estabelecia o valor moral da conduta pela consideração da natureza do respectivo objeto,

conteúdo ou matéria, tomada como base de referência a natureza do sujeito humano

considerado na sua realidade empírica, mais enquanto reveladora do seu dever real e

essencial.

Há diversos matizes, que implicam na existência de correntes distintas, mas que guardam

entre si, um denominador comum de pensamento a convicção de que, além do Direito

escrito, a uma outra ordem, superior aquela que é a expressão do Direito justo. É a idéia

do direito perfeito e por isso deve servir de modelo para o legislador.

Diniz, Maria Helena. Compêndio de Introdução a Ciência do Direito. 20. Ed.São

Paulo.Saraiva,2009.p43.

Nader,Paulo,Introdução ao Estudo do Direito,09.Ed.Rio de Janeiro,forense 1994,p. 405.

08 Quais são as principais características da corrente jusnaturalista para a ciência do

direito?

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Os princípios mais apontados referem-se ao direito a vida, a liberdade a participação na

vida social a união entre os seres para a criação da prole, a igualdade de oportunidades.

Tradicionalmente os autores indicam três caracteres para o direito natural:ser

terno,imutável e universal;isto porque, sendo a natureza humana a grande fonte desses

direitos,ela é,fundamentalmente, a mesma em todos os tempos e lugares.

Em sua obra Que queda Del Derecho Natural?.O Jurista Chileno Eduardo N ovo

Montreal apresenta um elenco bem mais amplo de caracteres, onde enumera

1)universalidade (comum a todos os povos );2)perpetuidade(valida para todas

épocas);30)imutabilidade(da mesma forma que a natureza humana ,o Direito Natural não

se modifica );4)indispensabilidade (e um direito irrenunciável);5)indebilidade( no sentido

que não podem os direitos naturais serem esquecidos pelo coração e consciência do

homens );6)unidade (porque se igual para todos os homens);7)obrigatoriedade (deve ser

obedecido por todos os homens);8)necessidade(nenhuma sociedade pode viver sem o

Direito Natural ); 9)validez(seus princípios são validos e podem ser impostos aos homens

em qualquer situação que se encontrem).

Nader,Paulo.Introdução ao Estudo do Direito.09 ed. Rio de Janeiro,forense, 1994, p. 408

a 409.

09 Quem foram os fundadores e adeptos do jusnaturalismo?

Enquanto que por jusnaturalismo entende-se a imensa corrente de juristas-filósofos que

consagram aqueles princípios de proteção à dignidade do homem, a chamada Escola do

direito natural compreende apenas a fase racionalista, vigente entre os séculos XVI e

XVIII, e que teve como corifeus Hugo Grócio, Hobbes,Spinoza,Puffendorf, Wolf,Rousseau

e Kant.

Nader, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 9.ed. rio de janeiro:forense,1994.p.409.

10 Quais foram às críticas levantadas a respeito do jusnaturalismo?

Á critica do direito natural se divide em dois níveis: a dos que opõem do substantivo

‘direito’ e a dos que atacam o adjetivo ‘natural’.

O positivismo surgiu em uma fase difícil e critica na historia do Direito Natural, quando o

jusnaturalismo se encontrava comprometido pelos excessos da chamada Escola do

Direito Natural. O Direito Natural, em suas diferentes aportações, é negado pelo

positivismo, por considerá-lo idéia metafísica. Como método de pesquisa e de construção,

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o positivismo só admite como valido o método indutivo, que se baseia nos fatos de

experiência, recusando valor cientifico ao método dedutivo, por julgá-lo dogmático.

Nader,Paulo.Introdução ao Estudo do Direito.09 ed.Rio de Janeiro,forense 1994 p 411.

11 O que se entende por empirismo jurídico?

O empirismo jurídico, assim acredita que o conhecimento nasce do objeto, que pode ser a

norma jurídica ou fato social, ou o fenômeno jurídico produzido no meio social, etc.

Nunes, Rizzatto, Manual de Introdução ao estudo do Direito. 3. Ed. São

Paulo:Saraiva,2000.p.39.

12 Quais foram ás teorias defendidas ao longo dos tempos pelo empirismo jurídico?

A escola da Exegese – Essa escola afirmou conceitos de investigação que se tornaram

perenes e, ainda que camuflados ou ligeiramente alterados vivem fortemente na Ciência

Dogmática do Direito contemporâneo.

Opondo-se á Escola da Exegese, mas mantendo o mesmo método, a Escola Histórica

afirmava que o verdadeiro Direito residia nos usos e costumes e na tradição do povo.

É a história desse povo, como resultado de suas aspirações e necessidades, que forma o

Direito.

Nunes, Rizzatto, Manual de Introdução ao Estudo do Direito. 3. ed.São

Paulo:Saraiva,2000.p.39 a 40.

13 Quais são as principais características da corrente empirista para a ciência do direito?

O exegeta, de início, atinha-se a uma interpretação literal do texto da lei,tentando extrair

daí a vontade do legislador.

Contudo, esse processo interpretativo mostrou-se insuficiente: nem tudo podia se

resolver com a mera interpretação literal. Foi-se, então, ás fontes dessa fonte fundamental

– a lei.

Para desvendar a vontade do legislador, passou-se a investigar os trabalhos legislativos

preparatórios, os costumes anteriores, a tradição histórica, ou seja, para desvendar a

vontade do legislador, o exegeta passou não apenas a conhecer a letra da lei, mas

também a desvendar seu espírito.

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Nunes, Rizzatto. Manual de Introdução ao Estudo do Direito. 3. ed.São

Paulo:Saraiva,2000.p.40.

14 Quem foram os fundadores e adeptos do empirismo jurídico?

Foram os alemães Gustavo Hugo, Puchta e, especialmente, Savigny, este como seu

grande promotor, que no início do século XIX desenvolveram a Escola Histórica.

Nunes, Rizzatto. Manual de Introdução ao Estudo do Direito. 3. ed.São

Paulo:Saraiva,2000.p.42.

15 Quais foram às críticas levantadas a respeito do empirismo jurídico?

A interpretação preconizada pela escola da exegese, pelo pandectismo e pela escala

analítica não se coadunou com a realidade dos tempos modernos, devido ao processo

evolutivo das nações. As descobertas da ciência moderna, que modificaram até mesmo a

noção da liberdade humana, e as conquistas extraordinárias da técnica, determinaram a

alteração da vida humana. Novos fatores econômicos – sociais fizeram surgir novas

condições de vida social; conseqüentemente operou-se a mudança do sistema de

referência. Velhos problemas já resolvidos hão de exigir soluções novas e novos

problemas jamais cogitados hão de surgir, requerendo uma solução imediata. Com isso,

houve a necessidade de enquadrar a ordem jurídica vigente no sistema de referência dos

novos tempos.

Diniz, Maria Helena. Compêndio de Introdução a Ciência do Direito. 20.ed.São

Paulo:Saraiva,1999.p.57.

16 O que se entende por positivismo jurídico?

O positivismo jurídico, fiel aos princípios do positivismo filosófico, rejeita todos os

elementos de abstração na área do Direito, a começar pela idéia do Direito Natural, por

julgá-la metafísica e anticiêntifica. Em seu afã de focalizar apenas os dados fornecidos

pela experiência, o positivismo despreza os juízos de valor, para se apegar apenas aos

fenômenos observáveis. Para essa corrente de pensamento o objeto da Ciência do Direito

tem por missão estudar as normas que compõe a ordem jurídica vigente. A sua

preocupação é com Direito existente. Em relação à justiça, a atitude positivista é de um

ceticismo absoluto.

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Para o positivismo jurídico, só existe uma ordem jurídica: a comandada pelo Estado e

que é soberana.

Nader, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 9. ed.Rio de Janeiro:Forense,1994.p.417.

17 Quais foram ás teorias defendidas ao longo dos tempos pelo positivismo jurídico?

...à teoria da norma jurídica; o positivismo jurídico considera a norma como um comando

formulando a teoria imperativista do direito, que se subdivide em numerosas subteorias

segundo as quais e concebido este imperativo; como positivo ou negativo; autônomo ou

heterônomo, como técnico ou ético.

...à teoria do ordenamento jurídico, que considera a estrutura não mais da norma

isoladamente tomada, mas do conjunto de normas jurídicas vigentes numa sociedade. O

positivismo jurídico sustenta a teoria da coerência e da completude do ordenamento

jurídico. ...

o positivismo jurídico sustenta a teoria da interpretação mecanista, que na atividade do

jurista faz prevalecer o elemento declarativo sobre o produtivo de criativo do

direito. ...a teoria da obediência. Sobre este ponto não se podem fazer generalizações

fáceis; Contudo, há um conjunto de posições no âmbito do positivismo jurídico que

encabeça a teoria da obediência absoluta da lei enquanto tal, teoria sintetizada no

aforismo; Gesetz

Ist Gesetz (lei é lei).

Bobbio,Norberto.Positivismo Jurídico.ed.São Paulo:Ícone,1995.p.132 a 133.

18 Quais são as principais características da corrente positivista para a ciência do direito?

Para essa corrente de pensamento o objeto da Ciência do Direito tem por missão estudar

as normas que compõem a ordem jurídica vigente. A sua preocupação e com o Direito e

existente.

Nessa tarefa o investigador devera utilizar apenas os juízos de constatação ou de

realidade; não considerando os juízos de valor.

Nader,Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 9 .ed.Rio de Janeiro ; Forense,1994.p.417.

19 Quem foram os fundadores e adeptos do positivismo jurídico?

Participaram dessa corrente de pensamento, hoje decadente, entre outros, os adeptos da

Escola da Exegese, na França, os da Escola dos Pandectistas, na Alemanha, os adeptos

da Escola Analítica de Jurisprudência, de John Austin, na Inglaterra, além do austríaco

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Hans Kelsen, do francês Léon Duguit, dos brasileiros Tobias Barreto, Silvio Romero,

Clóvis Beviláqua, Pedro Lessa e Pontes de Miranda.

Nader,Paulo.Introdução ao Estudo do Direito.9.ed.Rio de Janeiro:Forense,1994.p.418.

20 Quais foram ás críticas levantadas a respeito do positivismo jurídico?

O positivismo jurídico, que atingiu o seu apogeu no início de nosso século, é hoje uma

teoria em franca decadência. Surgiu em um período crítico da história do Direito Natural,

durou enquanto foi novidade e entrou em declínio quando ficou conhecido em toda a sua

extensão e conseqüências. Com a ótica das ciências da natureza, ao limitar o seu campo

de observação e análise aos fatos concretos, o positivismo reduziu o significado humano.

Identificando o Direito, com a lei, o positivismo é uma porta aberta aos regimes totalitários,

seja na forma comunista, fascista ou nazista.

O positivismo jurídico é uma doutrina que não satisfaz as exigências sociais de justiça.

Se, de um lado, favorece o valor da segurança, por outro, ao defender a filiação do Direito

a determinações do Estado, mostra-se alheio à sorte dos homens. O Direito não se

compõe exclusivamente de normas, como pretende essa corrente As regras jurídicas têm

sempre um significado, um sentido, um valor a realizar. Os positivistas não se

sensibilizaram pelas diretrizes do Direito. Apegaram-se tão-somente ao concreto, ao

materializado. Os limites concedidos ao direito foram muito estreitos, acanhados, para

conterem toda a grandeza e importância que encerra.

Nader, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 9.ed.Rio de Janeiro:Forense,1994.p.418 a

419.