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Improviso para desviar da buraqueira Mesmo com a trégua das chuvas, Daer e Dnit não conseguem realizar tapa-buracos nas rodovias da região Páginas 16 e 17 CRISTIANE GROHE G. ARROYO BENTO GONÇALVES Sábado 1º DE AGOSTO DE 2015 ANO 48 N°3152 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Câmara de Vereadores Mudanças polêmicas no Regimento Projetos pretendem reduzir tempo das sessões e retirar prazo de resposta do prefeito aos requerimentos Página 8 Martírio sem fim

01/08/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.152

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01/08/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.152 - Bento Gonçalves/RS

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Improviso para desviar

da buraqueiraMesmo com a trégua das chuvas, Daer e Dnit não

conseguem realizar tapa-buracos nas rodovias da região

Páginas 16 e 17

CRISTIAN

E GRO

HE G. A

RROYO

BENTO GONÇALVESSábado1º DE AGOSTO DE 2015ANO 48 N°3152

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Câmara de Vereadores

Mudanças polêmicas no RegimentoProjetos pretendem reduzir tempo das sessões e retirar prazo de resposta do prefeito aos requerimentos Página 8

Martírio sem fim

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Sem saída para os buracosEditorial

O governador José Ivo Sartori havia avisado durante a palestra do CIC/BG que não há recursos para a recupera-ção das estradas. Muitos acharam que ele estava brincan-do, porém, a situação é mais séria do que se pensa. Desde já é bom a comunidade de Bento Gonçalves e região ir se acostumando com as difamadas operações tapa-buraco, que serão as únicas medidas paliativas realizadas durante um bom tempo.

A segurança dos motoristas está cada vez mais em risco a cada chuva que cai. Não há uma rodovia sequer da Serra Gaúcha que não esteja esburacada. Tanto o Daer, quanto o Dnit estão de-morando cada vez mais para fazer os ditos remendos nas estradas. No Vale dos Vinhedos, por exemplo, a ERS-444

vai virar atração turística devido à buraqueira ao longo da rodovia.

Vivemos um momento muito delicado e com poucas espe-ranças de recuperação para este ano. Os governos estadual e

federal estão em um beco sem saída, ou pior, sem recursos. A estagnação dos in-vestimentos é clara e só aumenta a cada mês. Vamos apelar para quem, afinal?

Não é hora de fazer a teoria do caos, mas é preciso fazer com que a nossa re-gião, considerada a mola propulsora da economia gaúcha, seja um pouco mais

respeitada. É o momento da união de nossas lideranças para que pelo menos um pouco desta situação caótica seja ame-nizada.

Os governos estadual e federal estão em um

beco sem saída, ou pior, sem recursos

Sábado, 1º de agosto de 2015 2 Opinião

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Estou aqui a pensar com meus botões, como diria um portu-guês ao se debruçar sobre seus pensamentos. Eu não entendo o PMDB, nem o PMDB local, nem o PMDB estadual e nem o PMDB federal. Olho para os meus botões e chego à conclusão que penso, logo existo, mas não entendo. O PMDB local, que tem o maior contingente eleitoral, é perito em ganhar eleições, mas é perito também em perdê-las. No momento atual, como coligante do PP, o PMDB está no governo, mas não é gover-no. No entanto pensa sê-lo. Embora o partido não dialogue como um todo para convergir suas correntes de pensamento, o que se vê são três candidatos em potencial para concorrer à prefeitura e que estão trabalhando para isso. O presidente do partido César Gabardo se mobiliza, e muito, neste sentido, o ex-prefeito Alcindo Gabrielli, que é intenso em contatos po-líticos, e o ex-prefeito Aido José Bertuol, que embora negue, não desgruda do prefeito Guilherme Pasin como a demonstrar que quer mais a não ser que esteja desempenhando uma es-pécie de presidente do PMDB (de direito é Gabbardo), figu-ra que não lhe cai bem. Talvez esteja havendo no PMDB uma aposta na fragilidade do governo Pasin, porque, em havendo realmente a intenção de disputar a prefeitura, o PMDB terá que estar unido como esteve quando de vitórias memoráveis. No momento, prefeituráveis são, naturalmente, o prefeito Pa-sin (PP), César Gabardo, Alcindo Gabrielli, Aido José Bertuol (PMDB). Evandro Speranza, e Valdecir Rubbo (PDT). O ex--prefeito Roberto Lunelli e o Vereador Moacir Camerini (PT). O PDT não vai aliar-se a Pasin, o PMDB talvez continue aliado a Pasin, e o PT jamais vai aliar-se a Pasin. Em assim sendo, olho para o meu primeiro botão da camisa e fico a pensar: o que Bento pode esperar no futuro? Faço um “bilu bilu” para o meu primeiro botão e vou para o próximo.

O segundo botão

Eu não entendo o PMDB do estado, muito menos o gover-nador José Ivo Sartori. O PMDB vem de duas vitórias histó-ricas para o Governo do Estado. A de Rigotto e , agora, a de Sartori. Rigotto amorcegou, amorcegou, e perdeu para Ieda Vargas que, por sua vez, perdeu para Tarso que, por sua vez, perdeu para Sartori. E o que faz agora o PMDB de Sartori?

Henrique Alfredo [email protected]

Os meus botões Depois de aprovar e se calar com os aumentos dos deputa-dos, de suas diárias, agora se cala diante do “choramingo” do governador diante de suas dificuldades que determinaram a redução dos investimentos e, agora, o parcelamento dos salá-rios dos servidores, não se fala em parcelamento dos salários dos deputados. Está o Governador a apostar em que o povo entenda a forma com que conduz a gestão dos interesses do estado ou estará o governador provocando uma ressonância tão negativa, eu diria até irrecuperável, que vai colocar por terra tentativa de sucesso futuro do partido em termos de pretensão ao Governo do Estado? Como a base do governo na Assembleia está quieta é presumível que esteja apoiando as ações do governador na base de que “o que não tem solu-ção, solucionado está”. E o povo, esse é apenas um detalhe? Que continue fazendo polenta nas crateras do asfalto e deu?

O terceiro botão

O primeiro botão da camisa fica sempre aberto, com ele fechado só de gravata. Com o segundo botão aberto, é es-portivo. Com o terceiro botão aberto, aí aparece o umbigo, é imoral. O PMDB é o partido do primeiro, do segundo, e do terceiro botão aberto. Vejam bem, está coligado com Dilma, se apega aos cargos e afunda junto com a Presidenta amar-gando os 7% de aprovação. Vocês já ouviram o PMDB as-sumir a culpa junto com Dilma? Vocês já ouviram o PMDB dizendo que vai disputar a Presidência da República? Vocês já ouviram o PMDB apresentar um Plano Econômico de recuperação do Brasil? Vocês já ouviram alguém do PMDB aplaudir o Juiz Moro e a ação da polícia federal, como está fazendo todo o povo brasileiro? Vocês já ouviram o PMDB assumir que é tão responsável, ou mais, do que Dilma, pela situação que o Brasil atravessa? Não. O que se vê é o vice Mi-chel Temmer ziguezagueando pra cá e pra lá, sem ter nada a dizer, nada assumindo, tudo defendendo no que diz res-peito a benesses e fisiologismo. O povo? Bem o povo é um simples detalhe. Se depender do fisiologista PMDB vai con-tinuar oprimido e sofrendo. Não há nada mais deplorável neste país do que coligações. Devo abrir mais um botão? Em tempo: buá, buá, não fui campeão da Libertadores. Tudo por causa do Aguirre, quando vi a escalação já esperava pelo pior, não doeu tanto, fomos longe demais.

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PainelAssociações que representam servidores

da Brigada Militar (BM) estão orientando os policiais militares (PMs) a não realizarem o policiamento ostensivo na próxima segunda--feira, quando ocorre paralisação geral dos servidores públicos do Estado. Em documento assinado por algumas entidades, ficou defini-do que os PMs de plantão e de folga ficarão dentro dos quartéis e só sairão para a rua em casos de urgência. O presidente da associação que representa servidores de nível médio da

Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf), Leonel Lucas, afirma que a orienta-ção é que a população não saia de casa e que o comércio não abra as portas em função da falta de policiamento. A decisão foi tomada no final da manhã desta sexta-feira, 31 de julho, durante reunião realizada após o pronuncia-mento oficial do Governo Estadual, por meio do secretário da Fazenda, Giovani Feltes, so-bre o parcelamento dos vencimentos do fun-cionalismo público.

Portas fechadas

Foi publicada no Diário Oficial ontem, 31 de ju-lho, a sanção presidencial à Lei 13.154, que acaba com o emplacamento de máquinas agrícolas. Os veículos passarão a ser cadastrados com registro único, mas sem qualquer cobrança de impostos ou taxas. O trabalho para acabar com a obrigato-riedade teve início em 2013, quando foi publicada resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Con-

tran) que obrigaria o emplacamento de tratores e outras máquinas agrícolas. Na época, foi aprovado projeto (PLC 57/2013) no Congresso Nacional, de autoria do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS). A iniciativa, no entanto, foi vetada pela presidente Dilma Rousseff. Diante disso, a pressão de sena-dores, deputados e lideranças do setor resultou na prorrogação da resolução, por duas vezes.

Máquinas agrícolasSartori constrangido

Sábado, 1º de agosto de 2015 3

Como você está se sentindo como brasileiro? Um panaca? Um oprimido? Um esperançoso? Um solidário? Um deprimido?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

CURTI!

NÃO CURTI...

A mobilização dos servidores gaúchos em virtude dos parcelamentos dos salários anunciados pelo Governo do Estado na ma-nhã desta sexta-feira, 31 de julho.

A teoria do caos que deve se instalar no Rio Grande do Sul, caso os policiais civis e mili-tares cruzem os braços a partir da segunda--feira, 3 de agosto.

Painel

A imprensa gaúcha estra-nhou a ausência do governa-dor José Ivo Sartori durante o anúncio de parcelamento dos salários dos servidores na manhã de ontem, 31 de julho. Somente no início da tarde, um constrangido Sartori falou sobre o assunto e por meio de vídeo gravado. Em pronuncia-mento, que durou menos de

dois minutos, o governador propôs um pacto de “união, compreensão e solidariedade” com a sociedade. Segundo o lí-der do Estado, o governo vem conversando e sendo sincero com a população desde o pri-meiro dia de mandato. Sartori prometeu ainda “lutar pelo Rio Grande com todas as suas for-ças”.

DIVU

LGA

ÇÃO

Foto do Leitor

A leitora Lenir de Vargas fez um registro do amanhecer em Bento Gonçalves: no céu, tons de azul e laranja; no solo, o branco da cerração.

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HUMOR Moacir Arlan

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Sábado, 1º de agosto de 20154 Geral

Alguém não sabia?

E agora, José?

Corrupção não tem sigla

Quem está certo?

Qual a fórmula correta?

Em novembro de 2010 escrevi aqui, na Coluna, que a folha de pagamen-to dos funcionários públicos teria problemas para ser paga pelo governo. O motivo de ter escrito isso foi o fato de a ex-governadora Yeda Crusius (PSDB) ter concedido, por força de lei inventada pelo ex-governador anto-nio brito, aumentos consideráveis a todo o funcionalismo, inclusive àquele que receber salários nababescos. Pois Tarso Genro, empurrando com a “barriga” dos depósitos judiciais, conseguiu pagar a folha. Agora explode na mão de Sartori todos os lapsos de vários governos anteriores, notada-mente de brito em diante. Mas, sinceramente, alguém não sabia que isso tudo iria explodir?

Pois é, o pepino, o abacaxi está aí, para ser descascado. E Sartori não pode dizer “eu não sabia”. O problema, agora, é como resolver esse im-bróglio todo, certo, José? Bem, eu posso dizer como não se resolverá isso tudo. Obviamente não é vendendo estatais como brito fez. E não é, tam-bém, aumentando impostos como Rigotto fez e Yeda tentou, mas não con-seguiu. Os fatos estão aí para comprovar. A solução é, me parece – salvo melhor juízo – fazer o que fazem as empresas: reduzir custos. Custos, ve-jam bem, não investimentos em saúde, educação e segurança pública. Mas haverá competência para isso? Veremos!

Qualquer pessoa, mesmo de mediana inteligência, mas desprovida de ódio político-partidário, sabe perfeitamente que não há virgens na zona política brasileira. Ou seja, em todos os partidos existem corruptos, ladrões da pior espécie. Literalmente, todos! Aliás, no “petrolão”, os que se salientam pelo número de envolvidos são do PP e do PMDB, com “menção honrosa” por “tempo de serviço” para membros do PSDB. O que preocupa, mesmo, as pes-soas inteligentes, de bem, que não são coniventes com a roubalheira, venha de que partido ou setor ou lado ou categoria for, é a seletividade. Sim, as rou-balheiras estão sendo divulgadas seletivamente, a partir dos que têm o dever de investigar, apurar, chegando à imprensa. Essa, notadamente a chamada “grande imprensa”, deixou de ser “informativa” para adotar posturas nitida-mente, escancaradamente político-partidária, de um ou de outro lado.

O governo do PSDB, de fhc, adotou as medidas que entendia corretas: aumento da taxa básica de juros, aumento da inflação e desemprego. Tudo isso intimamente entrelaçado. Vejamos os índices inflacionários desse pe-ríodo: 1996, 9,56%; 1997, 5,22%; 1998, 1,65%; 1999, 8,94%; 2000, 5,97%; 2001, 7,67%; 2002, 12,54%; 2003, 9,3%. Já a taxa de juros foi: novembro de 1996: 25,27%; novembro de 1997, 45,67% (recorde no período do governo fhc); outubro de 1998, 42,12%; janeiro de 1999, 44,95%; dezembro de 1999, 19%; maio de 2000, 18,6%; dezembro de 2001, 19,05%; dezembro de 2002, 24,9%. A fonte desses índices é o Banco Central do Brasil. Como se pode constatar, a taxa de juros não tem nenhuma influência prática sobre a infla-ção, no sentido de reduzi-la. Causa espécie é o governo do PT ter adotado as “mesmas soluções”, comprovadamente ineficazes, que geram desemprego, arrocho salarial e instabilidade. Tudo o que sempre combateram.

Da mesma forma que o que comentei sobre o Estado do Rio Grande do Sul, a solução para os problemas nacionais é a mesma: redução de custos, sem prejudicar os investimentos. Ah, sim, mas o que são “custos”, afinal? Obviamente tudo aquilo que foge ao normal, ao lógico, ao correto, ao bem gerir o dinheiro público, o tratar igualmente os iguais, sem privilégios odiosos às minorias. E, certamente, sem roubos, desvios, falcatruas, lo-cupletações em todos os setores, sejam públicos ou privados. É só ver o sonegômetro em Brasília, colocado pelos agentes da receita federal e que registra o valor dos impostos arrecadados e não recolhidos aos cofres pú-blicos. O valor sonegado já monta apreciáveis trezentos bilhões de reais. Cobrem, pois, dos sonegadores e nos poupem de mais impostos, menos saúde, segurança e educação.

ÚLTIMAS

Primeira: Se Sar-tori quiser vender a CORSAN (duvido que isso venha a se concretizar), quem a comprará nos muni-cípios onde há preju-ízo no fornecimento de água?

Segunda: Sim, porque a telefonia só comprou onde dava lucro. Nenhuma in-ciativa privada se mete onde o prejuízo é certo;

Terceira: Lucro da Vale do Rio Doce no segundo trimestre de 2015, 5,9 bilhões de reais. Valor que fhc vendeu a Vale: 3 bilhões. Grande ne-gócio;

Quarta: Cunha tem “pauta-bomba” para votar no Con-gresso Nacional. Mas, essa “bomba” estoura em quem? Neles? No governo? Ou no povo, como sempre? Pior é que tem quem esteja vi-brando com esse “quanto pior, me-lhor”;

Quinta: O tama-nho do abacaxi do Grêmio se chama Fluminense, de Ro-naldinho e Fred, no Maracanã. O do In-ter, Chapecoense, de Bruno e Hyoran, co-mandados pelo Eu-trópio, no Beira-Rio. Diferente, não?

Sexta: Dia 29 de agosto teremos a 17ª Comenda Eles na Cozinha. Será na Fundaparque, com 18 pratos elaborados por 18 mestres de co-zinha e suas equipes. Reserva de ingressos pelo fone 3451.4233.

Antô[email protected]

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Sábado, 1º de agosto de 20156 Geral

Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.987

IGVariedades

A FRASE

A humildade e a simplicidade enobrecem mais que o orgulho e a vaidade! (Leonel C. Possamai)

Fiema Brasil 2016O trabalho qualificado desenvolvido ao longo dos anos pela Fun-

dação Bento-gonçalvense Pró Ambiente (Proamb) é gratificante! É uma entidade que foi criada e em boa hora, em 1991, por um grupo de empresários de Bento Gonçalves. Sua grande missão é dar destinação adequada aos resíduos sólidos industriais oferecendo gerenciamento ambiental para as empresas. A Proamb, de profícua existência, ofe-rece ainda soluções ambientais seguras, transferindo tecnologia, con-tribuindo para a qualidade de vida e desenvolvimento sustentável. A entidade é presidida pelo empresário Neri Gilberto Basso que ao lado do presidente da Fiema Brasil 2016 Jones Favretto esperam alcançar os objetivos traçados superando as expectativas.

Buscando soluções ambientaisPara 2016 a Fiema Brasil que terá como palco a acolhedora ci-

dade de Bento Gonçalves vai mobilizar mais uma vez as diferentes áreas e iniciativas que impulsionam o setor industrial de máqui-nas e equipamentos para tratamento de resíduos sólidos urbanos, industriais e de reciclagem, entidades de educação e pesquisa tec-nológica, setor público e empresas industriais que buscam melho-rias em processos e gestão ambiental. A Fiema Brasil acontece de 05 a 7 de abril 2016, Fundaparque. Fique ligado!

Confraria - recepção

CTG Laço Velho - 58 anos

Honrando as tradições

As voluntárias – amor ao próximo

A Confraria In Vino Veritas liderada pelo presidente Marcos Valduga foi recepcionada na noite de segunda-feira no recanto da Construtora De Toni pelos seus diretores Rafael De Toni e Daví De Toni que agra-deceram a convivência entre amigos. Convidados da noite: Bruno Piva – Gerente Industrial da Piva Comércio e Indústria e Filipe Almeida - estudante de Direito e Consultor Imobiliário da Foxter, de Porto Alegre. Foram degustados os vinhos: Merlot e Cabernet Sauvignon, da Vinícola Boscatto, de Nova Padua e o Merlot e Cabernet Sauvignon, da Vinícola Giacomin, de Mato Perso. Vinhos que mereceram a atenção dos confra-des. Na confraternização, o cardápio especial preparado para a ocasião pelo chefe de cozinha Roque Alberto Troian. Valeu!

Fundado em 29 de agosto de 1957, a história do CTG Laço Velho desde então acompanha o progresso de Bento Gonçalves. Cultura e raízes do pago, fundadores, dirigentes, associados e colaboradores im-buídos do verdadeiro espírito gaúcho construíram ao longo de 58 anos de história um patrimônio material, um patrimônio de grandeza cul-tural cujas tradições enriquecem o espírito humano e valores daqueles que trazem no coração e no peito a marca do tradicionalismo gaúcho. É a bandeira do CTG Laço Velho, gaúcho mesmo longe da Querência!

A trajetória atuante do CTG Laço Velho merece o reconhecimento da comunidade bento-gonçalvense. Esta frondosa árvore ao comemo-rar festivamente 58 anos de vida continuará fomentando a formação cultural e a chama do tradicionalismo gaúcho em nosso meio. E no dia 29 de agosto 2015, às 20h, o grande Jantar Baile de Aniversário, de fundação do CTG Laço Velho animado pelo Grupo Estância. Ao patrão Antenor Rizzi e equipe, parabéns pela efeméride e sucesso!

Amor ao próximo e voluntário. É com este objetivo que as abne-gadas integrantes do Departamento de Voluntariado do Hospital Tacchini, liderado pela presidente Nanci Rech Da Ré, vem prestan-do serviços às pessoas hospitalizadas, carentes e que mais precisam de roupas, fraldas para todas as idades e lãs para tricô. Toda doação é bem vinda. Parabéns ao grupo de voluntárias do Tacchini – cada dia um gesto de amor ao próximo e de grande alcance social!

Semana do Empreendedorismo

Palestra debate gestão de empresasO Serviço Nacional de Apren-

dizagem Comercial (Senac), em parceria com o Sindicato do Comércio Varejista de Bento Gonçalves (Sindilojas), promo-ve a palestra motivacional e de conscientização para a impor-tância do empreendedorismo com o tema “Gestão de Empre-sas em Tempos de Mudanças”.

O evento ocorre no dia 17 de agosto, a partir das 20h, no au-ditório da Fundação Casa das Artes. O palestrante é Eduar-

do Tevah, administrador com especialização em Gestão de Pessoas, empresário, consultor e conferencista.

A atividade abre a 2ª Semana Municipal do Empreendedo-rismo, que segue até o dia 22 do mesmo mês no município. A iniciativa tem o propósito de evidenciar e reforçar a vocação empreendedora e incentivar o surgimento de novas empresas e empreendedores. Por meio de ações que promovam, in-

centivem e valorizem a difusão do espírito empreendedor, há a capacitação de lideranças e atualizações para a comunida-de em geral, integrando os vá-rios segmentos da sociedade.

O encontro é voltado para empresários, profissionais li-berais e comunidade em geral. As inscrições podem ser feitas gratuitamente pelo e-mail [email protected]. Informações pelo telefone (54) 3452.4200.

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Sábado, 1º de agosto de 20158 Geral

[email protected]

DenisedaRé

Como perder uma cliente em alguns minutos

Se você é comerciante, tem sorte. Hoje vou dar uma consultoria de graça, resultado de anos de ex-periência. Garanto que sou qualificada para tal, in-clusive tenho, em meu currículo, o indispensável “CHA”, sigla que traduzo como “Compulsão, Hábito e Atitude”. E, além disso, amor próprio – por mais compulsiva que seja, nada me impede de dizer “has-ta la vista, baby” e nunca mais pôr os pés na loja que cometeu um dos sete pecados capitais do comércio:

Primeiro: Chame a cliente que você nem conhece, espe-cialmente se for uma senhora, de “fofa”, “flor”, “amiga”, “anjo” ou similar. Ela vai adorar ser tratada como criança.

Segundo: Mande a cliente que você está atendendo ficar bem à vontade, porque você precisa dar atenção a que acaba de entrar.

Terceiro: Enquanto você abre as peças sobre o bal-cão, sua colega vai dobrando para ganhar tempo. As-sim ninguém se atrasa na saída.

Quarto: Pressione sua cliente no provador pergun-tando, a toda hora, se a peça serviu, como ficou e, para não ter dúvidas, abra a cortina sem pedir licen-ça. Aproveite e dê uma espiada nas formas da gordi-nha. Ela vai amar.

Quinto: Insista em dizer que a roupa ficou um “must”, mesmo que sua cliente esteja parecendo um clone da dupla “Patati e Patatá”. No entanto, se a cliente gostou do modelito e está inclinada a levá-lo, diga “até que ficou bem”. Sem sombras de dúvida, você se superou na sutileza.

Sexto: Não dê desconto para pagamento à vista, afinal, o que interessa à loja é vender em dez “su-aves” prestações. É preferível perder uma venda de quinhentos reais a mudar os paradigmas.

O sétimo pecado tem a ver com uma forma de pa-gamento quase em desuso: o cheque. Mas quentíssi-mo. Contrate como caixa uma pessoa sem o mínimo de bom senso, sem comprometimento com as ven-das e sem familiaridade com a matemática. Assim, ela vai se negar a receber um cheque de alguns reais a mais, pois, ao devolver essa “merreca” à cliente, que precisa do valor para o táxi, o seu caixa não vai fechar. Resultado: o negócio é desfeito, e o produto retorna à prateleira.

Bons negócios!

Tendo em sua justificativa a melhora do andamento das

sessões ordinárias, bem como adequações de redação em par-tes do texto original, o Proje-to de Resolução 17/2015 tem causado grande polêmica pelos corredores do Legislativo antes mesmo de ter passado pela pri-meira votação. A medida, apre-sentada pela Mesa Diretora da Câmara de Vereadores, propõe alterações significativas em oito artigos do Regimento Interno, fato que tem causado desagrado nos representantes de oposição.

Entre as principais mudanças apresentadas pelos integrantes da Mesa, tem destaque a retira-da da necessidade de resposta do prefeito no prazo máximo de 15 dias para solicitações dos parla-mentares. Para o vereador Moa-cir Camerini (PT), a alteração no artigo é uma manobra contra os próprios parlamentares, que não terão estimativa de quando re-ceberão explicações do Governo Municipal. “É um absurdo, com a aprovação destas alterações tenho plena certeza de que os requerimentos acabarão enga-vetados na Prefeitura, visto que o prefeito não será mais pressio-nado, pois ficará livre da pena de responsabilidade”, critica.

Outro ponto polêmico do pro-jeto é o 3º artigo da proposta, que prevê um acréscimo no texto da frase “O plenário é soberano para deliberar e decidir sobre qualquer matéria”, ao artigo 63 da resolução. De acordo com Ca-merini, a inserção da frase tem por objetivo dar poderes acima da Lei Orgânica, o que é irregu-lar. “Se deixarmos o texto con-forme o original, a Casa poderá ignorar as diretrizes que regem o

Legislativo, pois sua decisão será abrangente e soberana. É preci-so adequar a linha e colocar o in-ciso “que não esteja previsto no Regimento Interno e nem na Lei Orgânica”, para que não passe-mos por cima de nossas próprias leis”, avalia.

No entanto, o projeto tam-bém não agrada integrantes da ala governista. Segundo o líder de governo na Câmara, vereador Moisés Scussel Neto (PMDB), apenas alguns pontos da proposta são apropriados. “O texto propõe a suspensão da leitura das proposições du-rante as reuniões. A alternativa diminuiria consideravelmente o tempo total da sessão, além de tornar a reunião menos fa-tigante. Contudo, é preciso que haja diferenciação entre itens pertinentes, que deverão ser li-dos para compreensão de todos, e proposições mais simples, como requerimentos de trocas de lâmpadas, que não são tão

significativas”, explica. Outra alteração proposta pela

Mesa Diretora também tem a desaprovação do parlamentar. O fim do segundo expediente na sessão ordinária, última fase para o uso da palavra, em que os parlamentares disponibili-zavam de cinco minutos para comentários ou breves comuni-cações, não foi muito bem rece-bido pelos vereadores. “Embora a proposta acresça esses cinco minutos no primeiro expedien-te, não vejo motivos para a sus-pensão da etapa final do proces-so”, comenta Scussel.

Os integrantes da Mesa Di-retora, autora da proposição, composta pelos vereadores Valdecir Rubbo (PDT), Gilmar Pessuto (PSDB), Marcio Pilotti (PMDB) e Paulo Roberto Ca-valli, o Paco (PT), preferiu não se manifestar sobre o assunto. A proposta irá para a primeira vo-tação na sessão ordinária desta segunda-feira, 3 de agosto.

Projeto quer modificar oito artigos no documento de diretrizes da Casa

Medida desagrada ambos os lados da balança da Câmara de Vereadores

Proposta de alteração gera polêmica no Legislativo

Regimento Interno

SILVIA DA

LMÁ

S, ARQ

UIVO

Cristiano [email protected]

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Sábado, 1º de agosto de 2015 9

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Sábado, 1º de agosto de 201510 Geral

AssuntaDeParis

Uma reflexão para a vida

A águia é a ave que possui mais longevidade da espécie. Ela chega a viver 70 anos. Porém para chegar a esta idade, aos 40 anos, ela precisa tomar uma séria e difícil decisão.

Aos quarentas anos suas unhas estão compridas e flexíveis e já não conseguem mais agarrar as presas, das quais se alimen-ta. O bico alongado e pontiagudo, se curva. Apontando contra o peito, estão as asas envelhecidas e pesadas, em função da grossura das penas, e, voar, aos 40 anos, já é bem difícil!

Nesta situação a águia só tem duas alternativas: Deixar-se morrer... ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias.

Esse processo consiste em voar para o alto de uma monta-nha e lá recolher-se em um ninho que esteja próximo a um paredão. Um lugar de onde, para retornar, ela necessite dar um voo firme e pleno.

Ao encontrar este lugar, a águia começa a bater o bico con-tra a parede do paredão até conseguir arrancá-lo, enfrentan-do corajosamente, a dor que esta atitude acarreta.

Espera nascer um novo bico, com o qual irá arrancar as suas velhas unhas.

Com as novas unhas ela passa a arrancar as velhas penas...E... só após cinco meses, “renascida”, sai para o famoso

voo de renovação, para viver, então por mais 30 anos.“Muitas vezes, em nossas vidas, temos que nos resguardar

por algum tempo e começar um processo de renovação.Devemos nos despender das (más) lembranças, (maus)

costumes e outras situações que nos causam dissabores, para que continuemos a voar... Um voo de vitória...”

Somente quando livre do peso do passado, podemos apro-veitar resultados valioso que uma renovação sempre traz.

Destrua, pois, o bico do ressentimento, arranque as unhas do medo, retire as penas das suas asas dos maus pensamentos e alce um lindo voo para uma nova vida... Autor desconhecido.

“Nunca podemos nos sentir pessoas desanimadas e derro-tadas. Ao contrário precisamos sempre renovar as razões de nossa esperança. Hoje são muitos os motivos para a deses-perança. Se não nos agarrarmos a alguma esperança perde-remos os riscos de nos entregar ao desespero.

Rejuvenescer como a águia, significa ter coragem e per-severança para recomeçar e estar sempre atento a escutar, aprender e revisar...”

Sempre podemos aprender a revisar nossas ideias, nossas condutas e nossa maneira de ser...

Neste mês de agosto, é uma oportunidade para refletir so-bre as vocações... Fica a reflexão. Boa leitura

Inicia na segunda-feira, 3 de agosto, mais uma edição do

Congresso Nacional de Educa-ção. O evento reúne a comuni-dade escolar da rede municipal e estadual de ensino e discutirá formas de tornar o ensino mais qualificado, capaz de acompa-nhar as constantes mudanças da sociedade, oportunizando aos alunos o exercício dos direitos básicos à formação da cidadania. O Congresso ocorre no Parque de Eventos e na Fundação Casa das Artes, a partir das 8h30min.

Conforme a secretária munici-pal de Educação, Iraci Vasques, o encontro deverá proporcionar discussões capazes de gerar ini-ciativas que tornem a educação mais atrativa. “Momentos como esse propiciam o entendimento das mudanças pelas quais o ensi-no está passando, como o adven-to das tecnologias, as dificuldades estruturais e a relação entre a co-munidade escolar e as famílias. Isso além de envolver a capacita-ção dos educadores”, afirma.

Evento reúne educadores das escolas municipais e estaduais de Bento

Expectativa é reunir centenas de professores no Parque de Eventos

Programação8h30min: palestra Motiva-

ção e Comprometimento: fa-tores de diferenciação na arte de educar. Com o doutorando em Educação Dalmir Sant’Anna

Local: Parque de Eventos 14h: palestra Protagonismo

Juvenil e o Contexto Atual da Educação: o ensino-aprendiza-

No mundo atual, o trabalho envolve cada vez mais as pessoas e, com isso, sobra pouco tempo para a vida familiar

Congresso Nacional de Educação inicia segunda

Ensino

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gem centrado no desenvolvi-mento de competências e habi-lidades. Com a Especialista em Educação Guilhermina Jardim

Local: Parque de Eventos19h: palestra Minha família,

Meu Tesouro. Com Paulo Ávila e Carla Patrícia

Local: Anfiteatro da Funda-ção Casa das Artes

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Sábado, 1º de agosto de 2015 11Geral

Até o fim de dezembro, as obras da rua coberta de-

vem ser entregues para a co-munidade. Bento Gonçalves contará com um novo espaço para eventos, feiras e comér-cio, além de ser uma oportuni-dade para divulgar ainda mais as opções turísticas que exis-tem por aqui. Porém, a verba restante da reformulação do projeto ainda não tem destino definido. São R$ 439.121,18 que podem ser devolvidos para o Governo Federal se uma segunda etapa de cons-trução não for necessária.

O secretário de Governo, Enio De Paris, explica que depois de o espaço entrar em funcionamento, será feito um levantamento de informa-ções junto às secretarias de Turismo e Cultura para ava-liar quais são as necessida-

Verba não se enquadra na primeira etapa da obra e, segundo o secretário de Governo, pode não existir uma segunda fase

Já foram feitos reparos na tubulação e colocadas vigas de sustentação

Destino de R$ 440 mil indefinidoRua Coberta

VITÓRIA

LOVAT

Vitória [email protected]

des posteriores. “Não temos como prever isso. Primeiro vamos levantar a estrutura, fazer funcionar, depois ava-liamos o que ainda é neces-sário ou o que pode ser feito para melhorar o espaço. Se

tudo estiver certo e nada for necessário, não faremos uma segunda etapa e, obviamente, o dinheiro será devolvido”, detalha.

O projeto inicial da rua co-berta de R$ 1,2 milhão foi

reformulado e o orçamento aprovado na licitação ficou em R$760.878,82. Valor pela qual a empresa Construmolde Ltda está realizando a obra. De Paris afirma que não vê a possível devolução como algo negativo, já que a construção está sendo realizada com uma economia de aproximados R$ 440 mil e existe uma possibi-lidade de obra de melhoria.

Obras em andamento

Desde a assinatura da or-dem de serviço da primeira etapa da rua coberta, no fim de maio, foi realizada a troca da tubulação, assim como a colocação dos primeiros pila-res de sustentação. A primei-ra leva de estrutura metálica já está no local para que o trabalho tenha sequência. “A chuva nos castigou um pouco e com tempo ruim é impossí-vel trabalhar. Outro motivo

que atrasou o início das ati-vidades foi a necessidade de reparos na tubulação da rua que já apresentava proble-mas”, explica.

Apesar das interferências, até o fim do ano a obra deve ser entregue e as atividades devem começar. “Esperamos entregar o mais rápido possí-vel para que este espaço seja utilizado pela população”, completa De Paris.

O secretário destaca a varie-dade de possíveis eventos a se-rem realizados no local. Segun-do ele, mais do que um espaço para eventos, a área despertará a criatividade do poder público e da comunidade que a utiliza-rão para promover o municí-pio. “A rua coberta representa mais do que uma simples obra para Bento Gonçalves. Ela sig-nifica inovação, criatividade e possibilidade de mostrar aos nossos turistas as belezas que temos aqui”, finaliza.

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Sábado, 1º de agosto de 201512 Geral

Greve foi deflagrada dia oito de julho e tem na pauta a preocupação com o corte de verbas na educação e terceirização

Atividades essenciais que não vão pararDefesas de Trabalho de Conclusão de Curso já agendadas;

Edital de Bolsas de extensão: recebimento da assiduidade dos bol-sistas (primeiro dia útil do mês); recebimento dos relatórios parciais, somente no dia 14 de agosto (das 7h30min às 11h30min).

Viabilizar as atividades externas de estágios dos cursos regulares do Câmpus;

Entrega da assiduidade dos bolsistas no dia cinco de agosto (das 7h30min às 11h30min).

Estação Experimental: atividades essenciais com os animais e culti-vos vegetais;

Atendimento necessário para manutenção dos serviços essenciais;

Auxiliar institucional: alimentar o sistema Educacenso até o dia 12 de agosto;

Manutenção dos sistemas de comunicação e atendimento das 9h às 12h;

Coordenação de Orçamento e Finanças;

Contabilidade e almoxarifado;

Horta: irrigação das estufas e manutenção de projetos;

Entre os assuntos defendidos está a retomada dos anuênios

Calendário acadêmico está suspensoIFRS Bento Gonçalves

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Cristiane Grohe [email protected]

Os servidores do Câmpus Bento Gonçalves do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) decidiram na última segunda-feira, 27, em assem-bleia convocada pela Seção Bento Gonçalves do Sindicato Nacional dos Servidores Fe-derais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe-BG), permanecer em greve. O plenário decidiu por maioria que o calendário acadêmico deve ser suspenso por tempo indeterminado.

Entre as reivindicações dos servidores estão direito à educação de qualidade não terceirizada, direitos garan-tidos à aposentadoria e rea-juste salarial conforme a Lei. Além disso, está em pauta a isonomia de benefícios e au-ditoria da dívida pública.

Setor de Comunicação: plantão para a divulgação de informações essenciais.

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Sábado, 1º de agosto de 2015 13Geral

Bento Gonçalves tem 7.100 veículos com imposto atrasado, número que representa 12,9% da frota do município

Objetivo é educar os condutores para a regularização do pagamento, já que a maioria deles está em dia

Receita Estadual deve realizar blitzIPVA

CRISTIAN

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Cristiane Grohe [email protected]

A Receita Estadual deve re-alizar ações de fiscalização

em Bento Gonçalves, na pró-xima semana, para localizar veículos com Imposto sobre a Propriedade de Veículos Auto-motores (IPVA) atrasados. No município, 7.100 mil veículos estão em situação irregular por falta de pagamento do impos-to. O número representa 12,9% da frota, que é de 54.905 veí-culos. São R$ 3,1 milhões que deixaram de ser arrecadados.

Segundo o delegado da Re-ceita Estadual de Caxias do Sul, Luís Fernando Crivelaro, a blitz não tem a função de punir, mas sim de educar os conduto-res. “A maioria pagou, e que-remos indicar ao contribuinte que ele precisa regularizar a situação”, explica. Metade do montante é repassado para o Município e a outra parte para

o Estado. “A última data para quitar o IPVA com alguns be-nefícios e descontos oferecidos pelo governo do Estado foi em 16 de julho”, afirma Crivelaro.

A partir de agora os proprietá-rios de veículos podem efetuar o pagamento, mas sem descon-tos. O motorista que trafegar sem o Certificado de Registro

e de Licenciamento de Veículo (CRLV) comete infração gravís-sima (art. 230, V, do Código de Trânsito Brasileiro), com risco de multa de R$ 191,53 e sete

pontos no prontuário da Car-teira Nacional de Habilitação (CNH). Se for flagrado durante as blitz, o motorista ainda pre-cisa arcar com a remoção do veículo. Neste caso, a liberação ocorre apenas depois de regula-rizadas todas as pendências do veículo. Após esta etapa, a Re-ceita ainda encaminhará aviso a quem deixou de pagar o IPVA dentro dos prazos, uma vez que o calendário anual se encerrou na semana passada. Por último, será feita a inscrição dos pro-prietários em Dívida Ativa para cobrança judicial.

Em uma operação iniciada na terça-feira, 28, em sete ci-dades do Estado, a Receita Es-tadual identificou automóveis, caminhões e motocicletas cir-culando com o licenciamento atrasado. De uma frota de 3,85 milhões de veículos sujeitos à tributação, 637 mil estão com o IPVA 2015 vencido, o que equi-vale a cerca de R$ 268 milhões.

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Sábado, 1º de agosto de 201514 Geral

Enquanto as obras de pavi-mentação da rua Lajeadense têm continuidade, a estimati-va para a finalização da cons-trução do Centro de Aten-dimento à Criança (Ceacri) Carrossel da Esperança, foi prorrogada por mais três me-ses. De acordo com o respon-sável pelo andamento dos tra-balhos, Zair Antônio Galves, devido ao grande acumulado de chuvas registrado no mu-nicípio desde o início do ano, a edificação não poderá ser

concluída antes de fevereiro de 2016.

Segundo Galves, para evitar novos adiamentos, a empresa está adiantando a colocação do telhado no prédio A. “Nos-so próximo passo, que deverá ter início em 15 dias, é a insta-lação da cobertura no prédio da frente, que nos trará mais facilidade no andamento dos trabalhos”, explica.

Estão sendo construídos dois prédios com 848,12m² de área que irão abrigar um centro de

inclusão digital, playground e quadra poliesportiva. O prédio principal terá laboratório de informática, biblioteca, salas multifuncionais, sala de vídeo e sanitários. Já no segundo pavimento ficarão o refeitório, cozinha, lavanderia, sala dos professores, salas de apoio e atendimento. A obra está orça-da em R$ 1.170.098,33 e deve-ria ser concluída até novembro de 2015. A ação faz parte do programa estruturante de go-verno Viver Bem.

possível realizar o nivelamento da rua por meio de terraplana-gem nas imediações das caixas de limpeza, último entrave an-tes de dar início à pavimenta-ção. “Tivemos muitos obstá-culos na colocação do sistema de drenagem e esgoto. O pes-

soal reclamou dos transtornos causados na região e da falta de espaço para trafegar com os veículos. Mas mesmo com es-sas diversidades, conseguimos encerrar essa etapa dentro do prazo planejado e, a partir da próxima semana terá início a

parte que, para mim, é a mais gratificante, que é a colocação das pedras do calçamento”, comemora. Além de trabalhar diretamente nas alterações da rua, Santos conta que está engajado na causa desde o co-meço, e que a realização da pa-vimentação da rua é algo que ficará guardado na memória.

Mesmo com as alterações na via, alguns moradores não acre-ditam que o projeto realmente sairá do papel. Residente na co-munidade há mais de 30 anos, a aposentada Maria Aparecida Gomes é um desses casos. Ela conta que foram tantas promes-sas feitas pela administração pública no decorrer dos anos que o morador deixou de criar expectativas para não se frus-trar. “Todos vinham em época de campanha e prometiam que em quatro anos a estrada esta-ria impecável. Com o passar do tempo e o descumprimento das promessas deixamos de acredi-tar que um dia a pavimentação se tornará realidade”, revela. Maria Aparecida diz que sua opinião só mudará com a colo-cação do último paralelepípedo de calçamento na via.

A informação de que o pro-blema será sanado parte do lí-der comunitário e funcionário da empresa responsável, José Natalício Rodriguez dos San-tos. Segundo ele, com o cessar das chuvas que assolaram a ci-dade nas últimas semanas, foi

Após aproximadamente 16 anos de reivindicações

sem resultados, as cerca de 240 famílias que moram nas proxi-midades da rua Lajeadense, no Municipal, estão prestes a ver seu pedido ser atendido. Com o término da colocação de 23 caixas de limpeza e 88 poços de visita por toda a extensão da via, a empresa vencedora da li-citação se prepara para dar iní-cio, em 15 dias, à última etapa das obras previstas para o lo-cal, que consiste na colocação de 900 metros de calçamento.

A pavimentação basáltica da rua Lajeadense integra um conjunto de obras de revitali-zação do bairro, que é um dos mais carentes em infraestrutu-ra no município. Ao todo, serão investidos R$ 2,6 milhões nas alterações da via entre as redes de esgoto, o sistema pluvial e a pavimentação do local. O pro-jeto havia iniciado em abril de 2012, mas, devido a uma crise financeira nas contas munici-pais, as obras foram paralisa-das em outubro daquele ano.

Com o término das obras de saneamento na rua Lajeadense, colocação do calçamento deverá começar em duas semanas

Prazo para entrega prorrogado

Fortes chuvas adiaram a conclusão das edificações em cerca de 90 dias

Com investimento de aproximadamente R$ 2,6 milhões, colocação de piso basáltico é última etapa da obra

Pavimentação terá início em 15 dias

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Cristiano [email protected]

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Sábado, 1º de agosto de 2015 15Geral

A população de Bento Gon-çalves ganha a partir da quinta--feira, 6 de agosto, uma seccio-nal do Tribunal de Mediação e Arbitragem do Estado do Rio Grande do Sul (TMA/RS), a Justiça Comunitária, que consiste na busca de soluções rápidas para litígio referen-tes a créditos provenientes de cheques, notas promissórias, condomínios, mensalidades escolares, comerciais, contra-tos em geral, danos materiais decorrentes de acidentes, loca-ção de bens móveis e imóveis, contratos de compra e venda entre outros. A seccional Bento Gonçalves irá contar com um colegiado de 11 juízes media-dores e atenderá as segundas e quintas-feiras das 8h30min às 11h30min e das 13h30min às 18h30min, na Rua Góis Mon-teiro, 232 (junto ao prédio do Sindicato dos Trabalhadores

A Associação de Surdos de Bento Gonçalves (ASBG)

tem passado por momentos difíceis nos últimos anos. Sem repasse de verba para melho-rias na infraestrutura e con-tratação de profissionais ade-quados para tratamentos, a entidade oferece poucos recur-sos para deficientes auditivos e suas famílias.

São 14 jovens e crianças aten-didas na associação. Segundo a coordenadora e professora de libras, Cristiane Caron, é um número muito baixo, perto do que se tem registrado no muni-cípio. “Eu tenho a informação de que são mais de 300 surdos em Bento Gonçalves, mas infe-lizmente, poucas pessoas têm conhecimento da nossa exis-tência”, relata.

Outra questão que preocu-pa a diretoria da entidade é a falta de verba por parte dos órgãos públicos. De acordo com a presidente da institui-ção Eliege Damassini o maior problema enfrentado é a fal-

Entidade enfrenta dificuldades com a falta de dinheiro e profissionais adequados para atendimentos dos frequentadores

Tribunal de Mediação inicia atividades na quinta-feira

Juízes mediadores visitaram o prefeito Guilherme Pasin na quarta-feira, 29, para explicar a atuação

Crianças e jovens frequentam a associação no contraturno escolar

Repasse de verbas gera impasses

Judiciário

Associação de Surdos

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BRIELA BO

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Gabriela [email protected]

ta de profissionais para auxi-liar no tratamento dos jovens. “Nós estamos apenas com uma professora de libras e uma fo-noaudióloga. O ideal é termos psicóloga, assistente social, professor de informática e de artes, que possam dar ativi-dades para as crianças. Além disso, esses profissionais pre-cisam ter conhecimento em li-bras para se comunicarem com os alunos”, explica.

Este ano foi repassado um valor de R$ 25,6 mil do Con-

selho Municipal dos Direitos da Criança (Comdica) à asso-ciação. Já por parte do Serviço Social do MDS, programa do Governo Federal, a verba não chega há dois anos. “O Comdica já repassou a verba desse ano, parcelada, mas veio. Mas há tempos estamos sem receber dinheiro do MDS para a contra-tação de profissionais, e, quan-do vamos pedir explicações, simplesmente dizem que não tem a verba e que não há previ-são para receber”, declara.

Segundo a presidente do Con-selho, Débora Frizzo, o repasse foi efetuado de acordo com a solicitação. “Nós repassamos o valor desse ano conforme soli-citado via projeto”, esclarece. Entretanto, por parte da Secre-taria de Habitação e Assistência Social, a secretária Rosali For-nazier esclarece que para rece-ber o dinheiro, a entidade pre-cisa passar por adequações. “O Sistema Único de Assistência Social estabeleceu novas nor-mativas legais e a ASBG ainda não adotou as adequações. Só depois disso que podem ser en-viados projetos que poderão ser aprovados para então ocorrer o repasse”, alega.

Informada sobre a adequa-ção do SUAS, Cristiane disse que vai tomar conhecimento sobre o assunto treinamento.

Escola em Bento seria o ideal

Em meio às questões pen-dentes, a Associação de Sur-dos comemora uma conquista. Desde o ano passado, os ado-lescentes passaram a frequen-

tar a escola Helen Keller, espe-cial para deficientes auditivos em Caxias do Sul. “Eles foram beneficiados com a ida para Caxias, onde estão aprendendo realmente o conteúdo escolar em um local adequado com professores especializados e preparados”, comemora Elie-ge. Entretanto, a coordenadora Cristiane defende que esse tipo de ensino deveria ser ofereci-do no município. “É ótimo que eles estejam frequentando a Helen Keller, mas o ideal é que tenha uma escola desse tipo aqui em Bento para que eles não precisem se deslocar todos os dias”, avalia.

A Secretaria de Educação repassa anualmente R$ 100 mil para ser utilizado no trans-porte dos alunos para Caxias. Segundo a coordenadora, esse dinheiro poderia ser investido em uma infraestrutura na ci-dade. “Acredito que essa verba poderia ser melhor utilizada. Dava para usar na elaboração de um espaço de ensino aqui para facilitar o acesso desses jovens e de quem mais preci-sa”, avalia.

Rurais de Bento Gonçalves), no Bairro São Francisco.

Nesta quarta-feira, 29 de ju-lho, o prefeito Guilherme Pasin recebeu em seu gabinete os Ju-ízes Mediadores que anuncia-ram a implantação da seccio-

nal no município. “Em tempos onde um dos grandes anseios é a agilização e a humaniza-ção da Justiça, a existência do Fórum de Mediação e Justiça Comunitária é uma boa noticia para nossa população, na reso-

lução de conflitos e na promo-ção dos direitos do cidadão”, destacou o Prefeito.

De acordo com o vice-pre-sidente da seccional de Bento Gonçalves, Ricardo Nunes, a população passará a contar

com uma via de Justiça mais ágil para a solução de peque-nas pendências que demora-riam muito tempo para serem resolvidas se fossem parar em um tribunal. “O prazo médio é de 90 dias com sentenças exe-cutórias, caso uma das partes não cumpra com o acordo, o processo segue para a justiça comum onde o Juiz poderá mandar apenas executar a sen-tença, sem a necessidade de um novo processo.”

Os Tribunais de Mediação e Arbitragem já estão presen-tes em inúmeros municípios do Estado e são regidos pela Lei Federal 9.307/96. Qual-quer pessoa pode procurar o serviço que se diferencia das demais instituições pelos pro-cedimentos adotados no Rito Processual e na forma como são conduzidas as Audiências de Instrução e Conciliação.

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Sábado, 1º de agosto de 201516 Geral

Daer deve realizar recuperação nos próximos 15 dias para minimizar problemas no trecho que dá acesso a Pinto Bandeira

Motoristas enfrentam problemas também na RSC-453

Motoristas precisam desviar dos trechos com os buracos para evitar danos nos veículos e acidentes

Estradas com pouca sinalização e mal conservadas geram problemas

Buracos na VRS-855 seguem abertosEstradas

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Cristiane Grohe [email protected]

As fortes chuvas no mês de julho causaram uma sé-

rie de estragos nas estradas da região. Se os buracos já são comuns em dias de tempo bom, se multiplicaram após a sequência de enxurradas do mês passado. A estrada VRS-855 que liga o bairro Barra-cão ao município de Pinto Bandeira é uma das mais pre-judicadas. São 19 quilômetros de pouca conservação e mui-tos buracos. O quadro exige atenção redobrada dos mo-toristas para evitar acidentes ou ter problemas com pneus e motores dos veículos.

O secretário municipal de Obras, Saneamento e Trânsi-to de Pinto Bandeira, Daniel Sganzerla, se reuniu com o superintendente regional do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), engenheiro Ernesto Luiz Vas-concellos Eichler, na última terça-feira, 28. O grande nú-mero de buracos na VRS-855 foi o principal assunto da pau-ta da reunião realizada na sede da 2ª Superintendência Regio-nal DAER, em Bento Gonçal-ves. Eichler recebeu ofício do prefeito João Pizzio solicitando providências imediatas para a recuperação asfáltica do lo-

cal que se apresenta, pratica-mente, intransitável em alguns pontos específicos.

Sganzerla explica que não há mais como esperar. “O fluxo de veículos no local, diariamente, é significativo e, certamente, mais alguns dias de chuva pode fazer com que a passagem, que hoje está ocorrendo até mesmo no pouco acostamento existen-te, seja inviabilizada”, relata. Segundo o secretário, o ideal é

recapear, porém, diante da ur-gência em resolver a situação, uma operação tapa-buracos bem feita já permite trafegar de forma mais segura. “Nosso próximo passo é viabilizar a substituição do revestimento asfáltico, pelo menos, nestes espaços que hoje se apresen-tam precários. Todo este tra-balho, vale lembrar, deve ser desenvolvido pelo Estado e não pela Prefeitura. Estamos

fazendo a nossa parte, em bus-ca de uma solução imediata”, explica o secretário.

De acordo com o superinten-dente, estão previstos reparos de emergência (tapa-buracos) para os próximos 15 dias. “Na programação, tínhamos Pin-to Bandeira como uma das prioridades, com a execução de um trabalho no início des-ta semana, assim que o tempo desse uma trégua. No entanto,

tivemos que priorizar a ERS--122,onde a chuva castigou em excesso a rodovia, no trajeto entre Farroupilha e São Vende-lino, onde trafegam mais de 20 mil veículos por dia”, comenta o engenheiro Ernesto Eichler, ressaltando que vai observar a possibilidade de remanejar um grupo de funcionários para, ainda no decorrer dos próxi-mos dias, executar uma ação na VRS-855. “Precisamos de tempo seco para esse trabalho, tendo em vista que o material a ser utilizado não fixa em dias de chuva ou com muita umi-dade. Assim que eu puder, te-nham certeza, vamos deslocar o nosso pessoal para este local, atendendo a solicitação do pre-feito João Pizzio, trazida pelo secretário Daniel”, ressalta o superintendente.

Além da recuperação geral da pista da VRS-855, o prefei-to João Pizzio solicitou a rea-lização de roçada na rodovia – que não ocorre há mais de seis meses, além da retirada da vegetação rasteira (gramínea) ao longo da faixa de domínio - evitando, assim, o acúmu-lo de água parada na pista, o que permite a formação de novos estragos na pavimenta-ção asfáltica. O supervisor da do DAER, engenheiro Marcos Antônio de Oliveira Ferreira, acompanhou a reunião.

O trecho de 17 quilômetros que liga o trevo da empresa Te-lasul, na BR-470, até Farrou-pilha, pela RSC-453, também apresenta problemas. A es-trada tem um grande fluxo de caminhões e carros, já que liga Farroupilha a Garibaldi, Carlos Barbosa, Lajeado, Bento Gon-çalves e Veranópolis. A falta de sinalização, o mato no entorno da pista e os buracos no asfal-to são fatores que dificultam a trafegabilidade e geram recla-mações dos condutores.

O vendedor Kelvin Fernan-des, 23 anos, pilota sua mo-tocicleta pela RSC-453 quase todos os dias para trabalhar e reclama sobre a falta de con-servação da via. “O trecho está cheio de buracos e com pouca

sinalização”, comenta. Ele diz que em dias de chuva e à noite trafegar no lugar é ainda mais complicado. “Além do medo de estourar um pneu, quem está na estrada todos os dias corre o risco de sofrer um acidente”, relata o vendedor. Ele conta que durante as viagens é co-mum ver motoristas trocando pneus. “Depois que as semanas de chuva passaram, ficou ain-da pior”, descreve Fernandes. Para ele tapar buracos não resolve a situação. “Depois de qualquer chuva os buracos re-aparecem. O ideal é fazer um novo asfalto”, sugere o moto-ciclista.

Um dos proprietários da Oficina Pertile, localizada no Km 104,5 da RSC-453, Mai-

con Pertile, conta que toda semana condutores acabam parando no local para reparos nos pneus furados. “A oficina oferece serviço de chapeação e pintura, mas ajudamos os motoristas com problema nos pneus”, conta Pertile. Ele acre-dita que passar uma camada fina de asfalto ou apenas tapar os buracos não soluciona os problemas. “Deveria ser colo-cado um asfalto mais espesso, pois do jeito que está, a cada chuva, os buracos aparecem”, observa.

O superintendente do DAER, Ernesto Luiz Vasconcellos Ei-chler, afirma que neste trecho também serão feitos reparos emergenciais no decorrer das próximas duas semanas.

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Sábado, 1º de agosto de 2015 17Geral

Vale dos Vinhedos recebe solução paliativa para buracos

Buracos, sinalização inadequada e falta de acostamento tornam rodovias perigosas para condutores

Distrito aguarda por recuperação definitiva e infraestrutura adequada

BR-470 é pesadelo para motoristas da regiãoBuracos, falta de sinaliza-

ção e de acostamento e, consequentemente, de segu-rança, compõem a realidade de boa parte da BR-470, próximo a Bento Gonçalves. A situação representa um pesadelo para motoristas de carros e cami-nhões, já que a falta de conser-vação pode fazer o condutor gastar mais tempo nas viagens e conviver com a insegurança.

Os caminhoneiros, classe di-retamente afetada pelas condi-ções das estradas, não aprovam a atual situação da BR-470. O motorista Juarez de Bortoli, 58 anos, diz que a estrada está pés-sima e não tem mais condições de rodar na rodovia. “A pior parte é a que vai da Telasul até o entroncamento que dá acesso a Lajeado”, avalia o caminho-neiro que está na profissão há 25 anos. Ele comenta que em muitas partes da estrada precisa dirigir pelo acostamento, já que pela pista não tem como trafe-gar. “Prejudica pneu, mola e cor-remos risco de sofrer acidentes, principalmente quando preciso usar a lateral”, argumenta.

Há 20 anos como motoris-ta de caminhão-guincho, Luis Quadri, 39, vê as estradas se de-teriorarem rapidamente. “Não

existe mais estradas, apenas buracos. Não tem acostamento suficiente e falta sinalização”, constata. Para ele o pior tre-cho é entre Bento Gonçalves e Nova Prata. “No domingo passado perdi um pneu novo e uma roda. Foi a segunda vez em dois meses que tive proble-mas. Foram três horas parado na estrada”, desabafa. Quadri

comenta que alguns buracos são tão grandes que cabem um carro dentro. “Durante à noite é ainda pior dirigir. Não temos mais estradas. Nem onde tem pedágio as estradas são boas”, analisa o motorista.

O caminhoneiro paulistano Getúlio de Jesus Nascimento, 53, dirige há 21 anos. “As estra-das estão péssimas em vários

pontos do Rio Grande do Sul”, critica. Segundo Nascimento, a falta de acostamento também é um problema e algumas vezes precisa parar no meio da rodo-via. “Levei quase quatro horas para vir de Passo Fundo até Bento, esse tempo foi muito em função das más condições das estradas”, constata. Ele conta que é comum encontrar carros

parados com pneus furados.O proprietário da Hélio Pneus,

localizada no Km 213, da BR 470, Hélio Tonini, afirma que no mês de julho, devido às cons-tantes chuvas, o número de car-ros com pneus furados e rodas entortadas subiu consideravel-mente. “Muitos turistas vieram procurar ajuda. Alguns tiveram até dois pneus estourados de uma só vez”, lembra Tonini.

Ele explica que com os bura-cos nas rodovias os resultados podem atingir o bolso e a paciên-cia dos condutores: pneu furado ou rasgado, roda quebrada ou rachada, suspensão danificada e desalinhamento do veículo. “Em um dos casos que atendemos a pessoa havia trocado o pneu há uma semana”, exemplifica.

A Superintendência Regio-nal do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transpor-tes (DNIT) afirma que já exis-te uma operação tapa-buracos para sanar os problemas exis-tentes no trecho. Uma licita-ção já foi realizada visando à contratação de empresa para manutenção e conservação do trecho. A empresa diz que está na iminência da assinatura do contrato e posteriormente dará ordem de início aos trabalhos.

Conhecido por ser um dos principais pontos turísticos do município, o distrito do Vale dos Vinhedos também apre-senta problemas nas estradas. As chuvas das últimas semanas agravaram o número de bura-cos do local.

O presidente da Associa-ção dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), Márcio Brandelli e subprefeito do distrito, Volnei Christófoli, se reuniram no dia 23 de julho com o superinten-te Regional do Daer, Ernesto Luiz Vasconcellos Eichler. Fo-ram apresentadas evidências da precariedade da RS-444, estrada que liga a BR-470 aos

municípios de Monte Belo do Sul e Santa Tereza, passando pelo Vale dos Vinhedos.

Através de um acordo firma-do na ocasião, ficou definida uma parceria para a operação tapa-buracos. “Entramos com a mão-de-obra e o Daer con-tribuiu com o material, que fo-mos buscar em Caxias do Sul”, relata Christófoli.

Segundo o subprefeito, o trabalho já está concluído des-de a última segunda-feira, 27. “Precisamos de uma solução permanente, que resolva o problema de infraestrutura do Vale dos Vinhedos. Isso pro-porcionará que moradores e turistas circulem pelo roteiro

com segurança e sem se pre-ocuparem com buracos e aci-dentes”, complementa Bran-delli.

Está previsto um segundo encontro a nível estadual para dar andamento ao projeto de recuperação da rodovia. Para o subprefeito, um importante passo foi dado, já que a recu-peração das estradas é funda-mental principalmente para quem vive no Vale dos Vinhe-dos e faz uso das rodovias co-tidianamente. “Há pelo menos cinco anos as estradas daqui se encontram nessa situação. Isso proporcionará que moradores e turistas circulem com segu-rança”, finaliza.

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Sábado, 1º de agosto de 201518 Geral

A entrega das obras de res-tauro do Museu do Imi-

grante ficou para a metade de 2016. O local, que está fechado desde 2008, aguardava apro-vação do remanejamento orça-mentário do Ministério da Cul-tura. A autorização foi emitida no início de julho, mas só che-gou ao município esta semana. A partir de agora o Poder Pú-blico está apto a abrir o proces-so de licitação para a escolha da empresa que trabalhará na alvenaria. A proposta é abrir o edital ainda em agosto.

O coordenador de execução da obra, Fabiano Mazzotti, ex-plica que, sem o documento, a única intervenção possível era a retirada das esquadrias e o encaminhamento para o restauro. A licitação das es-quadrias finalizou em 2014 e autorizou a Cavalett Esqua-drias a realizar o trabalho. No início do ano, as unidades do andar superior foram encami-nhadas para a reforma. As do

As esquadrias retiradas do museu não serão somente re-pintadas ou ganharão algumas trocas de peças. O procedimen-to é criterioso e precisa obede-cer a uma série de normas que exigem que cada modificação seja feita como era antigamen-te: sem o uso de maquinário moderno ou produtos quími-cos. O marceneiro Cassiano Cavalett explica que, por isso, o tempo de trabalho é maior, porém, o resultado final além de apresentar mais qualidade também é mais bonito.

As peças danificadas não po-dem ser reutilizadas. O marce-

Sem documento que aprova o remanejamento orçamentário dos restauros, nenhuma intervenção poderia ser feita

Esquadrias têm reparos criteriosos

Restauro das esquadrias foi único andamento que teve desde janeiro

Procedimento criterioso obriga que restauro seja feito à moda antiga

Ministério autoriza andamento da obraMuseu do Imigrante

FOTO

S VITÓRIA

LOVAT

Vitória [email protected]

neiro aponta que não são ape-nas os trechos com estrago que são substituídos, mas sim a peça inteira. “Pequenos defei-tos inviabilizam a reutilização do material, então eu refaço aquele pedaço com a madeira exigida. A diferença é que nas esquadrias antigas muitos pe-daços foram pregados uns nos outros, facilitando a interven-ção da água e apodrecendo o objeto. Os novos materiais são esculpidos sem retalhos”, deta-lha. O descarte também obede-ce a critérios de catalogação e incineração.

A pintura antiga precisa ser

raspada e lixada até que ne-nhum fragmento de tinta fique na madeira e ela esteja pronta para receber a pintura nova. Outra ação que aumentará a resistência será a imersão dos materiais em tanques com pesticida e outros produtos que os deixarão imunes à ação de insetos e protegerão por mais tempo das ações do tem-po. “Depois disso, elas levam pelo menos uma semana para secar. São necessidades que elevam a qualidade do produ-to final, mas fazem com que o trabalho demore a ser entre-gue”, finaliza.

andar inferior foram retiradas em junho e ainda permanecem no museu.

Apesar de o processo de li-citação abrir em agosto, Ma-zzotti estima que as obras co-meçem ainda em setembro e descarta a hipótese de a licita-ção ser deserta ou ter impug-nação. “Esta é uma obra bem específica de restauro, não é qualquer empresa que pode se inscrever porque ela precisa ser especializada e atender as exigências técnicas. Quem faz este tipo de trabalho está acos-tumado com as peculiaridades, então acredito que não haverá problema”, justifica.

O coordenador da obra apon-ta a importância de ter espera-do a autorização e diz que não vê problemas em atrasar a en-trega em alguns meses, desde que todas as ações sejam feitas com a proteção da legislação. “Eu podia ter dado sequên-cia aos trabalhos? Talvez, mas preferi esperar a confirmação para fazer tudo dentro das nor-mas legais porque, mais tarde, algum problema poderia atra-

sar ainda mais o processo”, ex-plica.

Apesar de a entrega estar programada para a metade de 2016, não quer dizer que o mu-seu passará a funcionar ime-diatamente. “A minha respon-sabilidade é entregar a obra e, até a metade de 2016, tudo o que foi prometido vai estar pronto. Depois, ainda são ne-cessárias funções que não ca-bem a mim, como a organiza-ção do espaço e a contratação de pessoas. Isso deve levar até o fim de 2016”, estima.

A arrecadação está em R$ 685 mil que representa R$ 800 mil com a aplicação. Até de-zembro ainda são necessários R$ 85 mil. Mazzotti destaca a dificuldade em conseguir o va-lor devido à situação econômi-ca das empresas. “As dificulda-des financeiras estão refletindo aqui. Em 2015 os empresários estão mais criteriosos nos seus investimentos. Porém o valor não é alto e acredito que con-seguiremos tudo o que preci-samos até o fim do ano”, com-pleta.

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Sábado, 1º de agosto de 2015 19Geral

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indús-trias da Construção e do Mobi-liário de Bento Gonçalves (Si-tracom), Itajiba Lopes, afirma que o número de postos de tra-balho fechados é recorrente ao primeiro semestre de cada ano, e espera que o dado melhore no próximo semestre. Ele indi-ca que a população não deve se desesperar e nem achar que a maioria dos trabalhadores nas indústrias de móveis serão de-mitidos, porque a situação não está tão ruim quanto parece.

Segundo o presidente do Si-tracom, o primeiro semestre é tradicionalmente mais difí-cil para as empresas do setor moveleiro. “Historicamente, o polo das indústrias do mobili-ário demora alguns meses para

As medidas de proteção ao emprego estão sendo

aplicadas na maioria das in-dústrias do setor moveleiro de Bento Gonçalves. As grandes empresas já optaram por férias coletivas, feriados prolonga-dos e diminuição de jornada de trabalho, mas as iniciativas não têm sido suficientes contra a diminuição de postos de tra-balho e o aumento do desem-prego. No primeiro semestre de 2015, o polo de móveis do município demitiu mais do que contratou. O saldo de janeiro a junho teve uma queda de 5,5% apresentando um saldo negati-vo de 459 postos. Já a soma de postos fechados desde o início de 2014 chega a 1126.

Os dados do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmó-veis), apontam, além da queda em 2015, uma diminuição de postos de trabalho ainda em 2014. O ano passado também foi marcado pelas demissões já que a comparação entre janei-ro de 2014 e janeiro de 2015 re-sultou em 667 postos fechados. Entre 2011 e 2014 o saldo foi sempre positivo, porém a cada ano o número de contratações

Apesar das medidas de proteção ao emprego, indústrias de móveis têm o maior número de demissões dos últimos anos

“Não é um número alto, não devemos nos desesperar”

Datas Número de empregados Saldojaneiro de 2010 7447 janeiro de 2011 8129 682janeiro de 2012 8542 413janeiro de 2013 8896 354janeiro de 2014 8973 77janeiro de 2015 8306 -6672015 até junho 7847 -459

FONTE: SINDMÓVEIS

Balanço de emprego no polo moveleiro

O polo bento-gonçalvense abrange também as cidades de Santa Tereza, Monte Belo do Sul e Pinto Bandeira

Itajiba pede que o setor seja mais otimista com relação às dificuldades

Desde 2014 setor perde 1,1 mil postosPolo moveleiro

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Vitória [email protected]

era menor: de janeiro de 2010 ao mesmo mês de 2011, 682 posto foram abertos; de 2013 para 2014, foram 77. Os dados do polo não abrangem somen-te Bento, mas também Santa Tereza, Monte Belo do Sul e Pinto Bandeira.

O presidente do Sindmóveis, Henrique Tecchio, aponta que os resultados são a combina-ção da queda no consumo e a crise econômica, com a alta generalizada de custos de pro-dução e preços finais. “As difi-culdades pelas quais estamos passando não afetam somente o faturamento das indústrias, mas também os empregos. Não é só o empresário que sofre. In-felizmente o trabalhador tam-bém paga esta conta”, lamenta.

Considerando o cenário de queda nas atividades, no con-sumo e na renda da população, aliadas às dificuldades para obtenção de crédito e aumen-to de taxas de juros, Tecchio aponta que a saída é o aumen-to de competitividade por meio da inovação e design, além da prospecção de mercados. “Mais do que nunca, o Sindmóveis aposta em ações em outros es-tados para dar mais visibilida-de ao nosso polo. É o momento de nos tornar mais conhecidos e, quem sabe, conseguir novos clientes”, defende.

recuperar as perdas dos pri-meiros semestres. Os nossos principais números são sem-pre no último trimestre de cada ano e acredito que este ano não será diferente”, estima.

Lopes aponta que apenas uma empresa de grande porte realizou 150 demissões neste ano devido à recuperação ju-dicial e este pode ser um dos motivos para o número estar tão alto. “Essa foi apenas uma empresa, não estamos falando de todas”, complementa.

O sindicalista defende que apesar de 1,1 mil postos esta-rem fechados, as pessoas que antes ocupavam estes cargos não estão, necessariamente, desempregadas. “Elas podem ter conseguido emprego em outra empresa, podem ter

começado a trabalhar no co-mércio ou, também, estar uti-lizando o seguro-desemprego. Precisamos ser realistas e sa-ber que teremos mais dificul-dades este ano, mas também temos que ser um pouco mais otimistas com relação a fase pela qual estamos passando e também ter cautela”, destaca

Quem está com mais difi-culdades são as empresas de maior porte, explica Lopes. Ele coloca que elas é que es-tão demitindo e buscando for-mas de manter a mão de obra qualificada empregada. “Já as empresas de menor porte não estão com índices tão ruins. Por terem menos funcionários, dificilmente demitem e estão com a demanda de trabalho normalizada”, conclui.

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Sábado, 1º de agosto de 201520 Geral

Em paralelo aos dados seto-riais do semestre, a Fenabrave também anunciou mais uma revisão para baixo de todas as suas projeções para desempe-nho das vendas do setor auto-motivo em 2015. É a terceira revisão realizada pela entidade desde o início deste ano. As úl-timas mudanças de estimativas tinham sido feitas em março e abril. A instituição espera ago-ra que os emplacamentos to-tais de veículos novos deverão somar 2,662 milhões de uni-dades em 2015, o equivalente a queda de 23,8% ante as 3,498 milhões de unidades vendidas

no ano passado. A nova previ-são é bem mais pessimista do que a retração de 18,93% esti-mada em abril, de 10% prevista até março e de 0,53% projeta-do no início do ano.

De acordo com a instituição, corroboram para a projeção desfavorável das vendas as con-dições restritivas do setor ban-cário na liberação de crédito, somado a um ambiente macro-econômico mais complexo, com a inflação em alta, retirada de incentivos ao consumo e aperto na política monetária, que re-sulta em maiores taxas de juros repassados ao produto final.

beça do consumidor sempre ressaltando a retração econô-mica. Enquanto continuarem batendo na mesma tecla, os clientes não retornarão às re-vendas e o cenário só tenderá a piorar”, afirma.

Para Raimundi, este é o mo-mento ideal para a troca do veículo, em virtude da grande quantidade de promoções dis-ponibilizadas pelos estabeleci-

mentos, os incentivos a troca e a facilitação no crédito. “To-das as concessionárias estão focadas em ofertas para atrair o consumidor, como o paga-mento de 100% do valor da ta-bela FIPE na troca de veículos usados por novos e descontos expressivos em automóveis zero quilômetro. O cenário nunca esteve tão favorável ao cliente como agora”, revela.

Outro recurso que ganhou destaque nas agências são as trocas especiais. A prática, instalada em diversas reven-das desde o início do ano, con-siste em realizar a troca do ve-ículo por um de igual ou maior valor além de se capitalizar para quitar dívida ou para re-alizar novos investimentos. “É uma alternativa rápida de conseguir o dinheiro necessá-

rio para sair do sufoco e ainda assim sair de carro novo”, ava-lia Raimundi.

O início do segundo semes-tre marcou também a instau-ração de um pacote de pro-moções e bônus na Simpala Veículos. De acordo com o gerente de vendas Cesar Luis Rosina o consumidor que op-tar pela troca ou aquisição de carros novos poderá receber descontos de até R$ 5 mil. “Desde junho estamos ofere-cendo o abatimento de 100% das taxas na compra e bônus de descontos na aquisição. Outra opção que passou a va-ler foi o aumento no número de parcelas oferecidos ao con-sumidor, que aumentou de 24 para 36 vezes”, destaca.

Embora as promoções au-xiliem as revendedoras a re-sistirem ao cenário negativo originado pela estagnação eco-nômica, os responsáveis pelos estabelecimentos admitem que as projeções para o segundo semestre também não são ani-madoras. Para Rosina, embora o primeiro mês tenha registra-do um leve aumento nas ven-das, a empresa não acredita que o quadro possa ser rever-tido a curto prazo. “Os últimos meses costumam ser melhores para a indústria automobi-lística, contudo, estamos nos preparando para registrar au-mentos significativos somente a partir de 2016”, finaliza.

Os efeitos da atual retração econômica permanecem

nítidos nas vendas do segundo semestre no setor automobi-lístico. De acordo com a pes-quisa divulgada pela Federa-ção Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Fe-nabrave), de janeiro a junho de 2015, as concessionárias registraram queda de 20% no número de licenciamentos em comparação ao mesmo perío-do de 2014. Os efeitos nega-tivos são ainda mais notórios em Bento Gonçalves, onde as agências chegam a contabili-zar diminuição de 25% na sa-ída de veículos ante o último ano. Contudo, de acordo com os gerentes das lojas de carros da cidade, a atual estagnação econômica representa uma grande oportunidade para quem deseja trocar ou com-prar veículos pagando menos.

O motivo da inversão, de acordo com o gerente comer-cial da concessionária DR Sul Marcos Raimundi está no aumento das promoções ofe-recidas pelas revendas após a quebra de confiança dos consumidores, originado pelo bombardeio de notícias nega-tivas apresentadas pela mí-dia. “Acredito que muito dis-so se dá em função do terror que a imprensa coloca na ca-

Na tentativa de reverter os efeitos da estagnação econômica, concessionárias apostam em promoções para atrair clientes

Projeções desfavoráveis para o segundo semestre Segmentos

A) Autos

B) Com. Leves

A + B

C) Caminhões

D) Ônibus

C + D

Subtotal

E) Motos

F) Impl. Rod.

Outros

Máq. Agrícolas

Total

2015Jun (A)175.269

29.354

204.623

6.211

1.698

7.909

212.532

101.130

2.763

9.171

4.045

329.641

2015Acumulado 1.075.966

193.885

1.269.851

37.392

11.741

49.133

1.318.984

641.796

14.779

53.722

23.785

2.053.066

2014Junho (B)211.418

39.201

250.619

10.605

2.333

12.938

263.557

103.866

4.557

7.870

5.463

385.313

Variação(A) / (B)-17,10

-25,12

-18,35

-41,43

-27,22

-38,87

-19,36

-2,63

-39,37

16,53

-25,96

-14,45

FONTE: FENABRAVE

Comparativo nacional

Revendas oferecem desde 10% de desconto no valor final até pagamento de 100% da tabela FIPE em trocas

Bom momento para troca e barganhaVeículos

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Cristiano [email protected]

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Sábado, 1º de agosto de 2015 21Geral

Cleunice [email protected]

Na noite de quarta-feira, 29 de julho, a comu-

nidade de Bento Gonçalves recepcionou uma réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida, vinda do Santuá-rio Nacional. Com fé e devo-ção, os fiéis acenaram e acla-maram a santa que fica na Paróquia São Roque até o dia 6 de agosto.

O atraso de mais de uma hora não tirou a fé dos fiéis, que aguardavam ansiosos a chegada da imagem. Em pro-cissão motorizada, a réplica foi levada pelo padre Celso Cico-netto no caminhão do Corpo de Bombeiros, até a paróquia. A vinda da imagem é uma cele-bração do Santuário Nacional de Aparecida em comemora-

ção aos 300 anos de aparição de Nossa Senhora. Devido a isso existe o projeto ‘300 anos de benção’, que consiste na visita de Aparecida a todas as dioceses do país. São Roque é a primeira paróquia da Dioce-se de Caxias do Sul a receber a

Fiéis emocionados receberam a imagem e igreja permaneceu lotada

imagem.O padre Celso Ciconetto

afirma que a chegada da santa foi um momento especial. “A acolhida da Imagem de Nossa Senhora Aparecida foi um mo-mento de graça e alegria para todos nós. Como padre da Pa-

São Roque

Comunidade lotou a paróquia e com fé e devoção recebeu a imagem da santa na última quarta-feira, 29 de julho

Bento recepciona réplica de Aparecida

róquia de São Roque, me emo-cionei em poder receber das mãos dos jovens, que a trouxe-ram diretamente do Santuário de Aparecida, este símbolo de fé e de união do povo brasilei-ro. Fiquei impressionado com a grande participação do povo das comunidades”, relata.

Além disso, acredita que a presença da imagem será im-portante para o fortalecimento da fé. “Nos resta pedir que a presença da Padroeira do Bra-sil una as famílias, fortaleça as comunidades e consolide em nosso país o processo de cons-trução de uma pátria justa e solidária”, diz.

Marciano Guerra, que será ordenado diácono no dia de hoje, também relata o mo-mento de fé. “A emoção tomou conta de todos. A celebração foi ocorrendo com naturalida-de, até que a entrada da ima-

gem significou a acolhida de alguém que chega e que causa alegria e emoção, por ser es-perada, por ser da casa. Unir a preparação da ordenação com a chegada da imagem vinda do Santuário Nacional de Apare-cida atraiu muita gente. O que também me faz agradecer mui-to a Deus e a toda a comunida-de pela presença e oração em torno da ordenação diaconal”, esclarece.

Na próxima semana have-rá momentos de oração e re-flexão, e a igreja ficará aberta pela parte da tarde para que as pessoas possam realizar seu pedido e agradecer. A imagem permanece na Diocese de Ca-xias do Sul até janeiro de 2017, visitando 74 paróquias e par-ticipando de alguns eventos como o encontro de zeladores de capelinhas e a romaria da juventude.

Fátima

Secretaria inicia troca de canalização no bairro

Durante esta semana, e na próxima, obras estão previstas no bairro Fátima. Na quarta--feira, 29, a Secretaria Munici-pal de Viação e Obras Públicas (SMVOP) deu início à troca de tubulação da rede pluvial na rua Hermenegildo Poloni.

O trabalho realizado deverá continuar na próxima sema-na, pois uma extensão de 118 metros deve receber novos canos, com diâmetro de 1,20.

Conforme o secretário, Sérgio Gabrielli, a tubulação antiga teve que ser trocada, pois ge-rava transtornos à população. “A estrutura já não suportava mais a passagem da água, o que, muitas vezes, causava o rompimento dos canos. Além disso, estamos refazendo as caixas coletoras da tubulação. Então, nesta semana e na pró-xima, trabalharemos para refa-zer a nova estrutura”, garante.

Estrutura antiga da via está sendo substituída por nova tubulação

Mãos ágeis e imparáveis. O traçado preciso e colorido faz parte do dia a dia de um grupo de mulheres que participa da oficina de bordado no Espaço Saúde do Idoso. Localizada no bairro Progresso, a unidade re-aliza uma abordagem integral aos idosos, e atua com uma equipe multidisciplinar.

Toda quarta-feira é especial para 10 senhoras que partici-pam do grupo, que há três anos pratica a atividade no espaço cedido pela unidade. Neste ano, o trabalho realizado é em patchwork. Edite Debona, 56 anos, explica que os momentos proporcionados são prazero-sos. “Para mim é uma terapia, eu esqueço tudo quando estou aqui. Montamos o necessário e finalizamos o trabalho em casa”, relata.

Leonilda Páris, 74, tem a companhia, além das amigas, da filha Eliane Bianchetti. “Participo há três anos já do grupo, e incentivei a minha fi-lha a participar também, tanto que ela está aqui há um ano já”, salienta. A filha Eliane co-menta que muitas vezes sente

falta quando está em casa. “Por mais que a gente trabalhe em casa, aqui é diferente, sinto fal-ta quando não tem a oficina”, esclarece.

Além do grupo de bordado, a unidade possui consultas nutricionais, em grupo e indi-viduais; consulta de psicolo-gia com atividades em grupo, atendimento individual e te-rapia ocupacional nas terças e quartas à tarde. Atendimento de fisioterapia preventiva em grupos, com alongamentos, orientação postural, fortale-cimento muscular e treino de

equilíbrio, além de exercícios adaptados aos idosos, com música, monitorados por uma professora nas segundas e quintas-feiras.

Oferece também consultas geriátricas, para pacientes com idade ou igual a 80 anos e aten-dimento médico clínico, reali-zado pela parte da manhã de segunda a quinta-feira, além de uma equipe de enfermagem que verifica a pressão arterial, dosagem glicêmica capilar de jejum (DCG), orientações so-bre a adesão terapêutica medi-camentosa, entre outros.

Bordado no Espaço Saúde do IdosoProgresso

Grupo participa das atividades na unidade toda quarta-feira à tarde

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S CLEUN

ICE PELLENZ

Page 22: 01/08/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.152

Sábado, 1º de agosto de 201522 Regional

O Hospital Beneficente São Carlos de Farroupilha forma-lizou na quinta-feira, 30 de julho, o empréstimo de R$ 7,4 milhões, por meio da Cai-xa Econômica Federal (CEF). O ato ocorreu na prefeitura, com as presenças da gerente regional de Governos da CEF, Débora Cristina Bolzzoni e do gerente em Farroupilha, Plínio Balbinot. Também participa-ram os integrantes da adminis-tração da casa de saúde, como

A primeira edição da Feira do Livro de Pinto Bandeira

ocorre de 17 a 20 setembro, no Salão Paroquial do Santuário Nossa Senhora do Rosário de Pompéia. O patrono será o jor-nalista e escritor Airton Ortiz, especialista em escrever sobre viagens e países.

O convite ao homenagea-do foi formalizado no mês de julho pelo secretário de De-senvolvimento Econômico, Urbanismo, Indústria e Co-mércio, Cultura e Turismo, Danio Nichetti, que esteve em Porto Alegre, acompanhado do secretário de Educação, Espor-te e Lazer, Antônio Gilson de Brum, e da diretora de Cultura, Helena Paese Comiotto. Du-rante o encontro, Ortiz agrade-ceu ao convite. “É uma grande satisfação ser o patrono deste primeiro evento, um momen-to histórico para o município, que nos permite ampliar essa missão que temos, como cida-dãos, de despertar as pessoas para a importância da leitura, do livro, do acesso ao conheci-mento”, ressalta o escritor.

Segundo Ortiz, o livro con-tinua sendo a maior arma na luta pela liberdade, pois a lei-tura ensina a pensar e quem pensa age com a razão e não com a emoção. “Ler não é um dever, e sim um direito que as pessoas têm. Entendo que seja o maior de todos os direitos, porque o acesso ao conheci-

A diretoria do Conselho Co-munitário Pró-Segurança Pú-blica de Garibaldi (Consepro) está estudando a realização de um evento para angariar re-cursos aos órgãos de segurança pública do município. A pro-posta começou a ser estudada durante reunião de diretoria realizada na Câmara de Indús-tria e Comércio (CIC).

O objetivo é realizar uma promoção que envolva a comu-nidade garibaldense. O recur-so resultante desta ação será destinado à Brigada Militar e à Polícia Civil, atendendo às

Uma assembleia para pon-tuar as demandas do municí-pio de Monte Belo do Sul para a Consulta Popular do Estado de 2015 foi realizada na manhã de quarta-feira, 29 de julho. O encontro teve a participação do prefeito Lirio Turri, e do pre-sidente do Corede Serra José Adamoli.

Primeira edição do evento literário do município ocorre em setembro

Consepro planeja ação para auxiliar a segurança

Definidas demandas para Consulta Popular 2015

CEF libera empréstimo para hospital

Convite foi entregue por comitiva ao homenageado no mês de julho

Prioridades foram definidas em encontro realizado quarta-feira, 29

Encontro debateu alternativas para angariar recursos para o setor

CurrículoNasceu em Cachoeira do Sul

e reside em Porto Alegre des-de 1975;

Foi patrono de mais de 20 fei-ras do livro no interior gaúcho;

Criador do gênero Jornalismo de Aventura;

Jornalista freelancer, especiali-zado em reportagens internacio-nais sobre a natureza selvagem;

Membro da Federação Inter-nacional de Jornalistas;

Colunista da revista digi-tal www.360graus.com.br e do programa Mapa Mundi na rádio Bandeirantes. Comentarista do programa Galpão do Nativismo, da rádio Gaúcha e de literatura da rádio Band News FM.

Escritor Airton Ortiz será o patrono da Feira do Livro

Farroupilha

Garibaldi

Monte Belo do SulPinto Bandeira

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As áreas elencadas foram de pesquisa, saúde, educação, agricultura e infraestrutura. Como delegadas municipais, foram eleitas Arlete Zaffari e Fabiana Prestes. Elas irão re-presentar Monte Belo do Sul, na assembleia regional na pró-xima semana, em Caxias do Sul.

demandas feitas pelas institui-ções ao presidente do Conse-pro, Diogo Ongaratto.

O assunto será novamente discutido na próxima reunião, juntamente com representan-tes das polícias civil e militar. Através de repasses efetuados pela Prefeitura e Poder Judi-ciário, juntamente com as con-tribuições obtidas junto a enti-dades (CIC, CDL e Apeme) e a empresas associadas ao Con-sepro, o Conselho amplia as condições de atendimento das demandas que não são manti-das pelo Estado.

mento é o maior direito que o ser humano tem”, reflete. O autor destaca ainda, que a re-alização de feiras leva para as pequenas cidades uma quanti-dade significativa de livros que contém todo o conhecimento que a humanidade gerou nos últimos cinco mil anos. “A Feira do Livro é uma espécie de baú mágico que, quando abrimos, colocamos à disposição de todos um tesouro, que é todo o co-nhecimento que a humanidade produziu até hoje. Fica ali à dis-posição por um valor econômico insignificante, perto do engran-decimento que a pessoa tem ao ler um livro. Por isso, a Feira do Livro, mais do que um evento cultural e social, representa um evento político, de formação e de cidadania”, analisa.

o gerente geral, Francisco Isaias, o diretor técnico Rober-to Sebben e o presidente Onei-de Barbieri. O Poder Público foi representado pelo prefeito em exercício, Pedro Pedrozo, pelo secretário de Finanças, Benami Spilki e pela secretária de Saúde, Gloria Menegotto.

A gerente Débora enfatizou que a Caixa procurou o melhor caminho para viabilizar a con-tinuidade do bom atendimento à comunidade. “Estamos preo-

cupados em atender o hospital, devido a importância que ele tem para o município”, conta.

O valor será pago em 60 me-ses. Para o abatimento da dí-vida serão utilizados recursos que o município recebe do Sis-tema Único de Saúde (SUS). Na oportunidade, foi instituído um comitê de gestão desse recurso, formado por Oneide Barbieri, Roberto Sebben, Glademir An-tunes, Antonio Antunes, Gloria Menegotto e Francisco Isaias.

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Sábado, 1º de agosto de 2015 23Regional

Os consumidores garibal-dense já podem participar da Compra Premiada CDL nos 185 estabelecimentos que ade-riram à campanha de incentivo ao comércio. A distribuição dos cupons da promoção referente ao Dia dos Pais segue até o dia 8 de agosto, com sorteio acon-tecendo no dia 12, pela Loteria Federal. Os empreendimentos participantes estão identifica-dos com cartazes.

Nesta primeira etapa serão sorteados um televisor 48 po-legadas (1º), um notebook Acer (2º), uma adega para 16 garra-fas (3º), um vale-compras no valor de R$ 500,00 (4º) e um vale-compras no valor de R$ 200 (5º).

Para o presidente da CDL,

O Poder Público, em parceria com a Atuaserra e Sindicato de Bares e Restaurantes (SHRBS) vão promover um curso de se-gurança no trabalho que será ministrado no dia 10 de agosto em Monte Belo do Sul. A ofi-cina ocorre das 19h às 22h, no

Um encontro promovido pela Brigada Militar reuniu lide-

ranças comunitárias do Distrito de São Pedro, no Salão da Co-munidade São Miguel. A reu-nião teve como objetivo orientar sobre a segurança na localidade.

A apresentação do trabalho desenvolvido pelo Policiamen-to Comunitário foi realizada pelo comandante do 1º Pelotão do 3º Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (3º Bpat), tenente Clóvis Lavarda Couto. Atualmente, a região está sendo monitorada pela polícia.

Segundo o empreendedor Sil-vério Salvati o tenente orientou que é necessário que cada um se monitore. “Caso vejamos um carro ou uma pessoa é para avi-sar o vizinho mais próximo e li-gar para a polícia”, destaca.

Outro ponto destacado por ele é referente à importância de denunciar quando for vítima de uma violência. “Se não falar não tem como a Brigada Militar saber o que está acontecendo e como será possível intensificar

Encontro para debater o tema reuniu moradores e lideranças locais

Município promove Curso de Segurança no dia 10

Inicia a etapa da Compra Premiada

Projeto prevê castração e implantação de microchip em cães e gatos

Cupons da campanha foram distribuídos para os estabelecimentos

Silvério Salvati recepciona turistas de São Paulo em sua vinícola

Comunidade é orientada com medidas de segurança

Garibaldi

Monte Belo do Sul

São Pedro

RENATA

POZZA

, DIVU

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ÇÃO

REPROD

UÇÃ

OESTEFA

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V. LINH

ARES

Estefania V. [email protected]

o policiamento”, revela.

Turismo

O Distrito de São Pedro, onde está localizado o roteiro do Ca-minhos de Pedra, recebe muitos turistas nesta época em virtude do período de férias escolares. Salvati destaca que geralmente este público vem em busca do frio, de belas paisagens, do vi-nho, da cultura e da enogastro-nomia. “O turismo é uma fonte alternativa de renda que veio e está ficando em Bento Gonçal-

ves”, afirma. A região possui uma grande circulação de pes-soas e a alta temporada está com um fluxo bom de turistas.

No ano passado, com a Copa do Mundo foi disputada no Bra-sil, se teve uma expectativa mui-to grande para que Bento Gon-çalves ou Gramado recebessem para a estadia, uma das seleções que participariam da competi-ção, o que não ocorreu. Esta pos-sibilidade fez com que os valores do transporte e dos hotéis subis-sem e a procura pelos visitantes diminuísse naquela época.

O município de Carlos Bar-bosa promove mais uma ação para melhorar o programa de controle de Zoonoses. Por meio de uma parceria com a Associação Barbosense de Pro-teção aos Animais (Abapa), a Administração Municipal fará a castração e irá implantar um microchip em cães e gatos para controlar a natalidade.

A Secretaria da Saúde será responsável pelo pagamento das castrações (até a quantida-de de 10 por mês) e de 50% no valor da colocação do micro-chip – o restante será respon-sabilidade da Abapa. O critério para castração é, primeira-mente, animais abandonados e das famílias de baixa renda cadastradas no CadÚnico.

O projeto foi detalhado em uma apresentação na quinta--feira, 30 de julho. Represen-tando a Abapa, Renata Prina da Silva agradeceu a parceria do Poder Público. “A Abapa vem lutando há muito tem-po por esse programa e assim nosso trabalho terá mais força e, consequentemente, mais re-sultados satisfatórios”, afirma.

Programa para controle de Zoonoses é apresentado

Carlos Barbosa

O prefeito Fernando Xavier da Silva destacou que é um ato singelo, porém muito impor-tante para o município. “Esse programa está apenas come-çando e poderá ser melhora-do no próximo ano, conforme analisarmos a demanda. Ele é muito importante, pois os ani-mais abandonados são uma questão de saúde pública, mas que também interfere na ima-gem do município. Uma cida-de sem animais abandonados mostra que tem um convívio social adequado e qualidade de vida”, ponderou.

Os interessados em utilizar o serviço podem entrar em contato com a entidade pelo telefone (54) 9110.2974. Para formalizar a inscrição, o pro-prietário deverá apresentar comprovante de residência e documentos comprobatórios de vulnerabilidade econômica. No caso do número de inscri-ções ser superior ao de proce-dimentos planejados para o mês, o excedente, por ordem cronológica de inscrição, será transferido para o mês seguin-te.

Auditório do Posto de Saúde da cidade.

A capacitação é destinada à população que possui idade superior a 16 anos. As inscri-ções podem ser feitas até o dia 7, e a taxa de inscrição é de R$ 15.

Giliano Verzeletti, neste mo-mento de instabilidade econô-mica, esta campanha é um ar-tifício importante para motivar os consumidores e contribuir para que o comércio local su-

pere estas barreiras. “Temos uma previsão de aumentarmos as vendas em cerca de 10% en-tre os estabelecimentos par-ticipantes, que prontamente abraçaram a ideia”, comentou.

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Sábado, 1º de agosto de 201524 Obituário/Publicações LegaisFalecimentos

MARIA MALACARNE D’AGNOLUZZO, no dia 24 de julho de 2015. Natural de Casca/RS, era filha de Pedro Malacarne e Vitoria Pilloni e tinha 84 anos.

FATIMA ZANETTI MARIN, no dia 24 de julho de 2015. Natural de Nova Bassano, era filha de Antonio Raymundo Zanetti e Adele Allievi Zanetti e tinha 50 anos.

LUIZ DE CESARO, no dia 25 de julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves/RS, era filho de João Silvio de Cesaro e Adelaide Tonet de Cesaro e tinha 72 anos.

EDEMIR HELENO FELICIO, no dia 26 de julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves/RS, era filho de Leopoldo Felicio e Maria Helena da Silva Felicio e tinha 33 anos.

ALEXANDRE LIMA RAMOS, no dia 26 de julho de 2015. Natural de São Pedro do Sul/RS, era filho de Amarante Soares Ramos e Tereza Ramos de Lima e tinha 28 anos.

FERNANDE TELLES, no dia 26 de julho de 2015. Natural de Maximiliano de Almeida/RS era filho de Capitulino Telles e Pascoina Telles e tinha 68 anos.

JOÃO CARLOS BRUFATTO, no dia 26 de julho de 2015. Natural de Muçum/RS, era filho de Francisco Brufatto e Maria Patussi Brufatto e tinha 59 anos.

IRDES GIROLDI DO NASCIMENTO, no dia 27 de julho de 2015. Natural de Vespasiano Correa/RS, era filha de Rosalino Giroldi e Adelia Zanuso Giroldi e tinha 68 anos.

ENEIDA VAZ NETO PAIS, no dia 27 de julho de 2015. Natural de Pinheiro Machado/RS, era filha de Francisco Vaz Neto e Idraulina Vaz e tinha 81 anos.

ELENA TODESCHINI ZOLDAN, no dia 28 de julho de 2015. Natural de Veranópolis/RS, era filha de Henrique Todeschini e Angelina Todeschini e tinha 78 anos.

TERESINA PROVENSI PAESE, no dia 28 de julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves/RS, era filha de Claudino Evangelista Provensi e Marta Elisabete Paese Provensi e tinha 72 anos.

DELIZIO JOSÉ VILLA, no dia 27 de julho de 2015. Natural de Guaporé/RS, era filho de Eugenio Villa e Rosa Grazzi Villa e tinha 80 anos.

CLEMENTINA PURIFICAÇÃO TROIAN, no dia 28 de julho. Natural de Bento Gonçalves/RS, era filha de José Troian e Maria Toldo e tinha 95 anos.

VANDERLEI ABREU NERY, no dia 28 de julho de 2015. Natural de Barracão, LagoaVermelha/RS, era filho de Abitino do Amaral Nery e Rosa da Silva Abreu Nery e tinha 59 anos.

JORGE FERNANDO STUHLERT, no dia 28 de julho de 2015. Natural de Porto Alegre/RS, era filho de Nicolau Stuhlert Filho e Ines Zamuner e tinha 59 anos.

ARINA VIEIRA DE CASTRO, no dia 28 de julho de 2015. Natural de Porto Alegre/RS, era filha de Manoel José Nunes Vieira e Maria Carolina da Silva Vieira e tinha 61 anos.

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Sábado, 1º de agosto de 2015 25Segurança

A Brigada Militar cumpriu, na quarta-feira, 29, mandado de prisão preventiva contra um acusado de homicídio em Nova Prata. Ezequiel Camar-go da Silva, 23 anos, foi lo-calizado no residencial Novo Futuro, no bairro Ouro Verde.

Silva é suspeito da morte de Roger Jeferson Rodrigues de Ramos, 18, ocorrido no dia 6 de junho. Naquela ocasião, por volta das 8h, o corpo da vítima foi encontrado já sem vida em um campo de fute-

bol no bairro São João Bosco. Uma pedra de calçada foi en-contrada ao lado de Ramos, levando a crer que ele tenha sido morto a pedradas. Con-forme informações da BM na época, a vítima tinha antece-dentes como menor infrator e outros na idade adulta.

Silva foi recolhido ao Pre-sídio Estadual de Bento Gon-çalves. Ele também possui antecedentes criminais por lesão corporal, tráfico de dro-gas e furto.

Investigação

Polícia Civil prende mulher por tráfico no bairro ZattForam apreendidas 20 pedras de crack, três buchas de cocaína e R$ 370

Leonardo [email protected]

A investigação da 1ª Dele-gacia de Polícia (1ª DP)

resultou na apreensão de 20 pedras de crack, três buchas de cocaína e R$ 370 no bairro Zatt na manhã de quarta-fei-ra, 29. Luana dos Anjos, de 23 anos, foi presa em flagrante. O mandado de busca e apre-ensão foi cumprido em uma residência da travessa Verea-dor Roque Betinelli.

Esta investigação teve iní-cio após a denúncia da ven-da ilícita de entorpecentes no local. Luana não possuía antecedentes criminais rele-vantes. A acusada é esposa de Jonas Reginaldo da Silva, 29, conhecido como Hérnia, que cumpre condenação de nove anos por tráfico de entorpe-centes após um flagrante no mesmo endereço.

Em 13 de abril de 2012, du-rante um cumprimento de mandado de busca e apre-ensão, Hérnia foi preso com duas buchas de cocaína, 20 buchas de maconha, R$ 457, uma carabina calibre .44 e 13 cartuchos intactos. O indiciado também possui passagem por homicídio tentado em março de 2012 no bairro São Roque.

Em julho do ano passado, Hérnia progrediu para o regi-me semiaberto. Porém, após sair da rota programada, em 25 de março deste ano, e rom-per a tornezeleira eletrônica, em 20 de abril, regressou para o regime fechado. Nas duas oportunidades Hérnia

Uma revista na tarde de terça-feira, 28, resultou na maior apreensão registrada no Presídio Estadual de Bento Gonçalves. Foram recolhidos 43 telefones celulares, carre-gadores, 23 pedras de crack, 83 buchinhas de maconha e seis facas artesanais.

A operação contou com o apoio do Grupo de Ações Especiais (Gaes) da Supe-rintendência de Serviços Pe-nitenciários (Susepe) e, por precaução, bloqueou a rua Assis Brasil por algumas ho-ras. “Esta revista é uma me-dida padrão, que ocorre de tempos em tempos. A última ocorreu há cerca de um ano. A equipe entra, os apena-dos são revistados e condu-zidos para o pátio. Fazemos

Drogas e celulares

A maior apreensão do Presídio Estadual de Bento

uma revista minuciosa nas celas e, inclusive, revisa-mos toda a estrutura”, expli-ca o chefe de segurança da penitenciária Eder Schilling.

Sobre a origem dos perten-ces, Schilling acredita que uma parte ainda era prove-niente dos arremessos que ocorriam antes da instala-ção da tela de proteção, no ano passado. O resto seria decorrente da nova portaria sobre as revistas íntimas nas visitas.

A administração do presí-dio ainda aproveitou a ope-ração para efetuar a transfe-rência de seis apenados para penitenciárias de Lajeado e Charqueadas. Esta seria uma medida de segurança diante de denúncias recentes.

Foram recolhidos 43 celulares, seis facas artesanais, crack e maconha

Luana dos Anjos é casada com um condenado por tráfico em 2012

se apresentou espontanea-mente após ser considerado foragido por dois dias.

O setor de inteligência da 1ª

DP ainda analisa os fatos para esclarecer se a prisão de Lua-na tem relação com a antiga prática do seu esposo.

Abordagem no Novo Futuro

BM captura acusado por homicídio em São Borja

Um motorista foi autuado por direção perigosa e embriaguez na área central de Garibaldi na madrugada de sexta-feira, 31. Conforme as informações da Brigada Militar, por volta da 1h20min, policiais militares avista-ram uma Saveiro de cor cinza transitando com som au-tomotivo em volume excessivo e efetuando manobras perigosa. O condutor foi abordado e apresentou visíveis sinais de embriaguez. O acusado foi convidado a realizar o teste do etilômetro, porém se negou. O motorista foi autuado e a Saveiro recolhida para um depósito creden-ciado. O veículo estava com o licenciamento vencido.

Flagrante de direção perigosa e embriaguez em Garibaldi

SUSEPE, D

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LEON

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O LO

PES

Um motociclista foi autuado por não possuir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e estar com o licenciamen-to vencido na madrugada de sexta-feira, 31. A abordagem da Brigada Militar ocorreu por volta das 2h40min durante patrulhamento pelo bairro São Francisco, em Garibaldi. O condutor da motocicleta CG Titan de cor azul tentou fugir da abordagem policial e foi realizado acompanhamento até a estrada São Roque Figueira de Mello. Foi constata-do que o condutor não possuía CNH e o licenciamento estava vencido. A motocicleta foi recolhida e o acusado assinou um termo circunstanciado.

Motociclista foge, mas é detido sem CNH e licenciamento

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Sábado, 1º de agosto de 201526 Segurança

Prestes a completar 13 anos atuando em Bento Gonçalves, juíza Fernanda Ghiringhelli comenta o crescimento da violência

No próximo dia 27 de agosto a juíza Fernanda Ghirin-

ghelli de Azevedo, titular da 1ª Vara Criminal e da Vara de Exe-cuções Criminais (VEC), com-pletará 13 anos magistrando em Bento Gonçalves. Ao longo des-te período acompanhou o cres-cimento da violência e a novela que virou o problema do Presí-dio Estadual no município.

Natural de Porto Alegre, Fer-nanda iniciou sua carreira de juíza na comarca de Lagoa Ver-melha há 18 anos. Na sequência, atuou quatro anos e meio em Palmeira das Missões, antes de se candidatar para a vaga em Bento Gonçalves. “Eu já conhe-cia a região, que é muito agra-dável e próxima de Porto Ale-gre, onde minha família ainda reside. Já há muitos anos que eu poderia ter retornado para a Capital, mas gostei muito da ci-dade e resolvi ficar”, afirma.

Desde quando assumiu, há 13 anos, a juíza Fernanda é respon-sável por julgar os crimes mais graves do município e pela VEC, que cuida dos processos de quem está cumprindo pena, “tanto no presídio quanto fora dele, afi-nal existem penas alternativas”. Com atuação também no Juiza-do da Infância e Juventude (de 2002 até 2010) e com a chama-da Lei Maria da Penha (de 2006 até 2010), a magistrada tem uma vasta experiência para comentar os problemas de segurança públi-ca de Bento Gonçalves e o excesso de processos que chegam ao Po-der Judiciário.

Jornal Semanário: Além do expressivo aumento no número de processos, o que mudou em 13 anos de atua-ção em Bento Gonçalves?

Juíza Fernanda Ghirin-ghelli: O que vemos, atualmente, é uma incidência muito grande de homicídios, tentativas de homi-cídios, tráfico de drogas e crimes patrimoniais, normalmente prati-cados por usuários de drogas que o fazem para sustentar o vício. Em resumo, percebemos o tráfico e o uso das drogas fazendo crescer a criminalidade. Tanto dos crimes violentos como dos não violentos, como os furtos, que aumentaram muito. O principal fator que vejo são os entorpecentes.

Leonardo [email protected]

“É um número astronômico de processos”Poder Judiciário

Há mais de uma década a magistrada é responsável pelo julgamento dos crimes considerados mais graves

JS: Há um acúmulo de processos em seu gabinete?

Juíza Fernanda: A sensação de insegurança aumentou. Dia-riamente, todos nós ouvimos falar de crimes ocorrendo nos mais diversos bairros da cidade. Isso repercute no aumento do trabalho nas Varas Criminais. Além disso, muitas vezes, o acu-sado responde preso ao proces-so, o que exige que este ande com maior rapidez, e que, por-tanto, todo o sistema atue com maior velocidade, acarretando uma sobrecarga de trabalho.

JS: A população costuma reclamar da demora nos julgamentos e conclusões de processos?

Juíza Fernanda: Este atra-so começa ainda na fase policial pela falta de efetivo. Sem toda a estrutura que deveria haver, de material e pessoal, o trabalho da polícia acaba demorando mais. Quando o resultado de tal traba-lho (normalmente na forma de Inquérito Policial), vem para o Fórum, o volume de trabalho faz com que juízes e servidores não consigam fazer com que o pro-cesso tramite com a rapidez de-sejada. E existem algumas situ-ações que ajudam a “emperrar” esse andamento. Por exemplo, quando o processo depende de uma perícia do Instituto Geral de Perícias (IGP) ou do Institu-to Psiquiátrico Forense, ambos situados em Porto Alegre, ór-gãos que atendem todo o estado,

a cargo dos agentes penitenciá-rios de Bento Gonçalves, fazendo com que, muitas vezes, não con-sigam realizar este transporte, gerando a frustração da audiên-cia, que precisa ser reagendada.

JS: A falta de servidores em todos os órgãos envolvi-dos está atrapalhando a ce-leridade dos processos?

Juíza Fernanda: Temos, no Brasil, um número de processos muito elevado sob a responsabi-lidade de cada juiz, em compara-ção com outros países em que a Justiça é mais rápida. Nossos ju-ízes e servidores trabalham mui-to, em razão deste número astro-nômico de processos que cresce cada vez mais. O Estado teria que equipar todos estes órgãos já ci-tados com mais servidores - Po-der Judiciário, Ministério Públi-co, Defensoria Pública, Polícias, órgãos que fazem as perícias, agentes penitenciários, além de dar-lhes uma melhor estrutura material, para que o andamento dos processos tivesse a velocida-de – com qualidade - ideal. Esta-mos muito longe disso.

JS: Os juízes enfrentam problemas com a legislação?

Juíza Fernanda: O número de recursos previstos na legisla-ção também colabora para que o andamento do processo se pro-longue por anos. Entendo que a legislação deveria valorizar mais a decisão do juiz de 1º grau (aquele que atua nas Comarcas), porque é

gerando uma demora de meses ou até de anos. Outro fator que gera atrasos no andamento do processo criminal é a existência de testemunhas que residem fora da Comarca de Bento Gonçalves; nesses casos, as testemunhas são ouvidas em outras Comarcas, até mesmo em outros Estados, e o processo fica aguardando a vin-da destes depoimentos.

JS: Estes são os principais fatores do atraso?

Juíza Fernanda: É a quan-tidade elevada de processos que faz com que não andem tão rápi-do, com que, por exemplo, o juiz não consiga marcar audiências para data próxima. A minha pau-ta, por exemplo, está em novem-bro. E é considerada uma pauta tranquila. Outro problema são as testemunhas que faltam às audi-ências ou não são encontradas, fazendo com que aquela audiên-cia precise ser reagendada para dali a alguns meses. São fatores que não dependem da nossa atu-ação ou vontade e geram esta demora que a população muitas vezes não compreende. Outra causa de atraso é gerada pela Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários), respon-sável pelo transporte dos presos, que muitas vezes não consegue trazer os acusados para as audi-ências. E, em razão da interdição do nosso presídio, temos presos transferidos para diversas regi-ões do estado. A escolta destes presos, nesta situação, continua

ele que tem o contato direto com a prova, o contato pessoal com as testemunhas, com o réu, e conhe-ce a realidade local. Por outro lado, a alegação de muitos, de que legis-lação penal é branda, demonstra que a sociedade, acuada diante do aumento da criminalidade, enxer-ga a prisão como a única solução. Esse entendimento, do meu ponto de vista, e pela minha experiência, está equivocado.

JS: Pelo visto a senhora é contrária à redução da maioridade penal?

Juíza Fernanda: Sou abso-lutamente contra. Esta “solução” que estão buscando para dimi-nuir a criminalidade e a violência demonstra a falência da nossa sociedade. A sociedade que não está conseguindo manter seus jovens longe das drogas, dar-lhes uma educação de qualidade, uma família estruturada. E não é ape-nas nas classes menos favorecidas que estamos falhando e perdendo nossos jovens para o universo da criminalidade e das drogas. Mas a única “solução” que a sociedade parece ter encontrado para com-bater a criminalidade crescente é colocar estes adolescentes na cadeia! Nós não temos prisões suficientes nem para os adultos. Como vamos receber este con-tingente enorme de jovens nas nossas cadeias que já estão super-lotadas? Temos que pensar, isso sim, em medidas de prevenção. Precisamos investir em educação, em escolas em turno integral e em uma atuação efetiva de combate à dependência química (drogadição e alcoolismo), pois é isso que está levando nossos adolescentes e até crianças para a criminalidade.

JS: O nosso sistema peni-tenciário está falido?

Juíza Fernanda: A Lei de Execuções Penais elenca uma série de deveres dos presos, mas também do Estado. Os nossos presídios não atendem minimamente ao que a legisla-ção prevê. E não vejo uma atu-ação efetiva no sentido de me-lhorar esta situação. Quando mantenho contato com juízes de outras Comarcas para con-seguir vagas em outros presí-dios, e eles relatam a situação dos presídios em que atuam, concluo que atingimos uma si-tuação de caos absoluto do sis-tema prisional.

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“Atingimos uma situação de caos absoluto do sistema prisional”

Sábado, 1º de agosto de 2015 27Segurança

Titular da VEC, a juíza Fernanda acompanha de perto o drama do presídio

JS: Você acredita na cons-trução de um novo presídio em Bento Gonçalves?

Juíza Fernanda: Minha preocupação atual é recuperar a parte do presídio que foi danifi-cada na última rebelião, pois a superlotação está se agravando a cada dia. De maio do ano pas-sado até fevereiro deste ano, ob-tivemos a concordância da juíza de Caxias do Sul para que presos de Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa fossem recolhi-dos na Penitenciária Regional de Caxias do Sul. Porém, a partir do final de fevereiro, a juíza daquela Comarca, por razões de superlo-tação, não aceitou mais receber os presos da nossa região. Não tendo obtido vagas em outros presídios, não restou outra alter-nativa a não ser permitir que os presos voltassem a ingressar no nosso presídio, apesar da inter-dição. Não há outra alternativa. E esta situação vem se agravando rapidamente. Os presos, inclusi-ve, fizeram um abaixo-assinado, pedindo a interdição. Porém, não há como colocar esta decisão em prática. Não existem vagas, em outras casas prisionais, para recolher os novos presos.

JS: Esta superlotação dos presídios influencia na de-cisão dos magistrados?

Juíza Fernanda: Sempre ressalto que a prisão provisó-ria, ou seja, antes uma decisão condenatória definitiva, é uma exceção. Isto está previsto em lei e é o norte que cada juiz deve observar ao decidir se mantém uma prisão em flagrante ou solta a pessoa presa. A regra é que os réus respondam ao processo em liberdade. Mas isso não é sinô-nimo de impunidade. Se alguém que responde ao processo em liberdade é condenado a uma

pena de prisão, aí sim, começa a cumprir a pena. Esta possibi-lidade de começar a cumprir a pena antes da condenação deve ser vista, sempre, como exceção. Porque sempre existe a possi-bilidade de o réu ser absolvido, ainda que tenha sido preso em flagrante. Claro que, existindo poucas ou nenhuma vaga, o juiz vai pensar mais ainda antes de decretar uma prisão provisória, ou seja, uma prisão antes da condenação. Outro ponto que ressalto é que os papeis da polí-cia e do juiz não se confundam. O papel da polícia é reprimir, investigar, prender. Em um se-gundo momento, o juiz passa a atuar, e lhe cabe manter preso,

apenas excepcionalmente, al-guém que ainda não tenha sido condenado em caráter defini-tivo. A regra é soltar para que respondam em liberdade. Ainda sobre os diferentes papeis da polícia e do juiz: muitas vezes, a imprensa noticia que a autoria de algum crime está esclarecida, quando o delegado recém está encaminhando as provas que conseguiu obter para a Justiça. A polícia, encaminhar o inqué-rito policial à Justiça, com a in-dicação de uma pessoa como o autor do delito, não precisa ter provas 100% certas e seguras. Na Justiça, os requisitos para condenar uma pessoa são bem mais rigorosos; nesta nova fase,

são produzidas provas para con-firmar ou não aquela indicação inicial da polícia. E, não poucas vezes, não é confirmada.

JS: Só os acusados de cri-mes mais graves acabam fi-cando presos?

Juíza Fernanda: Quando existe uma situação de superlo-tação nos presídios, como a atu-al, é mais difícil manter alguém preso por um delito de menor gravidade. Porém, se o réu não tem antecedentes, a gravidade do delito, por si só, não é suficiente para manter uma prisão preven-tiva, provisória. São necessários outros requisitos, como risco de fuga, notícia de ameaça a teste-munhas, dentre outras hipóteses.

JS: E com estes crimino-sos que repetem delitos após cada prisão, esta decisão é ponderada de outra forma?

Juíza Fernanda: Sim, tanto que há, no presídio local, apesar da grave superlotação, algumas pessoas presas provisoriamen-te (sem condenação) por furto e receptação, por exemplo, que são delitos mais leves, por se-rem cometidos sem violência ou grave ameaça.

JS: Qual sua opinião sobre o monitoramento eletrônico?

Juíza Fernanda: A tornoze-leira eletrônica para os presos é um sistema que ainda apresenta falhas, inclusive de ordem téc-nica. Ainda precisa ser aperfei-çoado. Mas, de qualquer forma, embora não seja um sistema ideal, o preso está mais moni-torado, mais limitado nos seus deslocamentos, do que quando saía para trabalhar durante o dia, quase sem nenhuma fiscali-zação, e se recolhia para o per-noite na casa prisional. Porém,

se o preso é indisciplinado, ir-responsável, não vai se adequar a nenhum sistema e acabará re-colhido novamente ao presídio, com regressão para regime car-cerário mais grave.

JS: Faltam oportunidades de reinserção social?

Juíza Fernanda: O que pre-cisamos urgentemente é de um sistema que consiga acolher estes presos quando saem para traba-lhar no regime semiaberto. Uma rede capaz de encaminhar para um trabalho de verdade, para um tratamento contra as drogas, para reestabelecer o vínculo com a família, que muitas vezes se perde durante o encarceramento. No sistema atual, o preso é sim-plesmente largado na rua, sem nenhuma assistência ou acompa-nhamento. O sistema é falho tam-bém nessa fase do cumprimento da pena. Estas pessoas precisam de um período de acompanha-mento e assistência para se reco-locar na sociedade, mudar de vida e não recair nas drogas.

JS: Qual a principal causa da violência?

Juíza Fernanda: Os fatores são inúmeros. Como referi, exis-tem muitos casos de desestrutu-ra familiar, em que os pais per-dem o controle sobre os filhos. O que acompanhei muito na época em que era a responsável pelo Juizado da Infância e Juventu-de: lares formados apenas pela mãe e filhos, nos quais as mães precisam sair o dia todo para trabalhar e não têm como fisca-lizar o cotidiano dos filhos. Falta uma escola em turno integral, uma educação de qualidade. Infelizmente, em muitos casos, estes adolescentes e crianças acabam sendo atraídos para o mundo das drogas.

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Dia dos Pais

Cinco histórias que representam esse dia

Especial

Mama Dama

Uma loja especial para as mamães

Empresas & Empresários

Pavimentação das ruas deve iniciar em 15 dias

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A Edição www.jornalsemanario.com.br64 páginas

Primeiro Caderno ......................28 páginasCaderno S ................................12 páginas Saúde & Beleza .........................8 páginasEmpresas & Empresários ...........8 páginasEsportes....................................4 páginasEspecial Pais............................... 4 páginas

BENTO GONÇALVESSábado2º DE AGOSTO DE 2015ANO 48 N°3152

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