6
Editorial Retomamos este mês de março a edição da nossa/vossa newsletter”. Após algum tempo sem que fosse possível a sua emissão, aqui estamos de novo. Um Museu Militar Promove a valorização, o enriquecimento e a exposição do património histórico-militar á sua guarda”, pondo em prática o constante na Lei Orgânica do Exército, mas também carrega o peso do atual conceito de Museu. Como tal está imerso no mercado do ócio e constitui-se como uma oferta que embora com especificidades, concorre concretamente após a classificação de Elvas como, CIDADE-QUARTEL FRONTEIRIÇA DE ELVAS E SUAS FORTIFICAÇÕES”, (património UNESCO), com outras para ocupar um lugar na vontade e eleição do visitante. A comunicaçãoé um assunto ainda pendente no museu. Para melhor entender, assumir e desenvolver todas as estratégias e ações que integram a comunicação, apoiamo-nos na Secção (Departamento) de Educação, Divulgação, Biblioteca e Arquivo”. Pretendemos com este Boletim Informativo, que se quer trimestral, utilizá-lo como ferramenta de Comunicação (Promoção). Com o nosso trabalho tentaremos criar em todos vós expectativas positivas que se constituam na decisão de visitar-nos. A imagem institucional do museu deve ser positiva, mas também deve ser um fiel espelho das suas funções e da sua missão. Editorial Retomamos este mes de marzo la edición de nuestra/vuestra newsletter”. Después de algún tiempo sin qué fuera hacerse posible su emisión, aquí estamos de nuevo. Un Museo Militar Promueve la valoración, el enriquecimiento y la exposición del patrimonio histórico-militar que guar- da, poniendo en práctica el constante en la Ley Orgánica del Ejército de Tierra, pero además conlleva el peso del concepto actual de Museo. Como tal, está sumergido en el mercado del ocio y constituye una oferta que aunque con especificidades, concurre concreta- mente después de la clasificación de Elvas como, Ciudad-Cuartel Fronteriza de Elvas y sus Fortificaciones (patrimonio UNESCO), con otras por ganarse la voluntad y la elección del visitante. La comunicaciónes una asignatura pendiente en el museo. Para mejor entender, asumir y desarrollar todas las estrategias y acciones alrededor de la comunicación, nos socorremos de la Sección (Departamento) de Educación, Divulgación, Biblioteca y Ar- chivo”. Intentamos con esta newsletter , que se pretende trimestral, utilizarla como herramienta de Comunicación (Promoción). Con nuestro trabajo intentaremos crear en vosotros expectativas positivas que se constituyan en una decisión de visitarnos. La imagen institucional del museo debe ser positiva, pero además debe ser fiel espejo de sus funciones y su misión. MUSEU MLITAR DE ELVAS Peça em Destaque – Espada de Cano de Tigela Nesta newsletter nº 1 de 2016, o destaque do acervo do Museu Militar de Elvas, vai para a replica Espada de Copo de Tigela, que fora atribuída a título póstumo ao Duque de Sabóia, Don Rodrigo López de Quiroga, nascido na Galiza em data incerta faleceu em 1632 em Lodi, no norte de Itália, graças à sua actuação como brilhante militar em 1619 na Guerra dos Trinta Anos, ilustre Cavaleiro da Ordem de Santiago foi o 1º Mestre de Campo do Tercio de Sabóia no norte de Itália. A Espada de Copo de Tigela do século XVII, de lâmina hexagonal dois gumes, sem goteira contendo as seguintes inscrições: Don Rodrigo López de Quiroga, 1º Maestre de Campo del Tercio de Saboya 30-03-1633”, com coroa e escudo, na outra face gravação em alto relevo, contendo o brasão de armas da casa de Sabóia e do Tercio de Sabóia no copo, punho com quartão posterior e anterior com cordão em malha metálica, guarda mão com pomo e pomo do punho. Doada a este Museu Militar, por familiares do Exmo. General Pedro Alexandre Gomes Cardoso; Maria Isabel Teixeira de M.R. Coelho de Sousa, Carlos Manuel Teixeira de Moraes Rocha, Fernando Sotomayor Coelho de Sousa; a espada faz parte de um espólio muito vasto e ecléctico do General Pedro Cardoso, actualmente em tratamento arquivístico. A tipologia da Espada de Copo de Tigela, à semelhança das espadas do século XVII, de lâmina hexagonal de dois gumes, comprimento total 105,00 cm, comprimento da lâmina 80,03 cm, espessura 0,40 cm, largura da lâmina 2,04 cm, máxima largura da guarda 26,00 cm. A espada foi oferecida ao então Chefe de Estado-Maior do Exército Exmo. General Pedro Cardoso em 18-11-1980, pela División Acorazada Brunete nº 1 de Espanha. Como curiosidade, as relações dinásticas entre a monarquia portuguesa e a Casa de Sabóia foi uma constante durante oito séculos, a primeira rainha de Portugal Mafalda (ou Matilde) de Mouriana e Savoia que, casou com D. Afonso Henriques, Dona Maria Pia de Sabóia rainha de Portugal esposa do rei D. Luis 1 . A Espada de Copo de Tigela do Duque de Sabóia está cedida à Escola das Armas em Mafra, integra a exposição alusiva à Batalha de Montes Claros. 1 RAVIOLA, Maria Antónia Lopes Blythe Alice, Portugal e o Piemonte: A Casa Real Portuguesa e os Sabóias, Imprensa da Universidade de Coimbra , Junho 2012, Coimbra. Espada de Cano e Tigela

Editorialassets.exercito.pt/SiteAssets/MusMil_Elvas/Newsletter 01_16 MMElvas... · Editorial Retomamos este mês de março a edição da nossa/vossa “newsletter”. ... mas também

Embed Size (px)

Citation preview

Editorial

Retomamos este mês de março a edição da nossa/vossa “newsletter”. Após algum tempo sem que fosse possível a sua emissão, aqui estamos de novo. Um Museu Militar “Promove a valorização, o enriquecimento e a exposição do património histórico-militar á sua guarda”, pondo em prática o constante na Lei Orgânica do Exército, mas também carrega o peso do atual conceito de Museu. Como tal está imerso no mercado do ócio e constitui-se como uma oferta que embora com especificidades, concorre concretamente após a classificação de Elvas como, “CIDADE-QUARTEL FRONTEIRIÇA DE ELVAS E SUAS FORTIFICAÇÕES”, (património UNESCO), com outras para ocupar um lugar na vontade e eleição do visitante. A “comunicação” é um assunto ainda pendente no museu. Para melhor entender, assumir e

desenvolver todas as estratégias e ações que integram a comunicação, apoiamo-nos na Secção (Departamento) de “Educação, Divulgação, Biblioteca e Arquivo”. Pretendemos com este Boletim Informativo, que se quer trimestral, utilizá-lo como ferramenta de Comunicação (Promoção). Com o nosso trabalho tentaremos criar em todos vós expectativas positivas que se constituam na decisão de visitar-nos. A imagem institucional do museu deve ser positiva, mas também deve ser um fiel espelho das suas funções e da sua missão.

Editorial

Retomamos este mes de marzo la edición de nuestra/vuestra “newsletter”. Después de algún tiempo sin qué fuera hacerse posible su emisión, aquí estamos de nuevo. Un Museo Militar “Promueve la valoración, el enriquecimiento y la exposición del patrimonio histórico-militar que guar-da”, poniendo en práctica el constante en la Ley Orgánica del Ejército de Tierra, pero además conlleva el peso del concepto actual de Museo. Como tal, está sumergido en el mercado del ocio y constituye una oferta que aunque con especificidades, concurre concreta-mente después de la clasificación de Elvas como, “Ciudad-Cuartel Fronteriza de Elvas y sus Fortificaciones” (patrimonio UNESCO), con otras por ganarse la voluntad y la elección del visitante. La “comunicación” es una asignatura pendiente en el museo. Para mejor entender, asumir y desarrollar todas las estrategias y acciones alrededor de la comunicación, nos socorremos de la Sección (Departamento) de “Educación, Divulgación, Biblioteca y Ar-chivo”. Intentamos con esta newsletter, que se pretende trimestral, utilizarla como herramienta de Comunicación (Promoción). Con nuestro trabajo intentaremos crear en vosotros expectativas positivas que se constituyan en una decisión de visitarnos. La

imagen institucional del museo debe ser positiva, pero además debe ser fiel espejo de sus funciones y su misión.

M U S E U M L I T A R

D E E L V A S

Peça em Destaque – Espada de Cano de Tigela Nesta newsletter nº 1 de 2016, o destaque do acervo do Museu Militar de Elvas, vai para a replica Espada de Copo de Tigela,

que fora atribuída a título póstumo ao Duque de Sabóia, Don Rodrigo López de Quiroga, nascido na Galiza em data incerta faleceu em 1632 em Lodi, no norte de Itália, graças à sua actuação como brilhante militar em 1619 na Guerra dos Trinta Anos, ilustre Cavaleiro da Ordem de Santiago foi o 1º Mestre de Campo do Tercio de Sabóia no norte de Itália. A Espada de Copo de Tigela do século XVII, de lâmina hexagonal dois gumes, sem goteira contendo as seguintes inscrições: “Don Rodrigo López de Quiroga, 1º Maestre de Campo del Tercio de Saboya 30-03-1633”, com coroa e escudo, na outra face gravação em alto relevo, contendo o brasão de armas da casa de Sabóia e do Tercio de Sabóia no copo, punho com quartão posterior e anterior com cordão em malha metálica, guarda mão com pomo e pomo do punho. Doada a este Museu Militar, por familiares do Exmo. General Pedro Alexandre Gomes Cardoso; Maria Isabel Teixeira de M.R. Coelho de Sousa, Carlos Manuel Teixeira de Moraes Rocha, Fernando Sotomayor Coelho de Sousa; a espada faz parte de um espólio muito vasto e ecléctico do General Pedro Cardoso, actualmente em tratamento arquivístico. A tipologia da Espada de Copo de Tigela, à semelhança das espadas do século XVII, de lâmina hexagonal de dois gumes, comprimento total 105,00 cm, comprimento da lâmina 80,03 cm, espessura 0,40 cm, largura da lâmina 2,04 cm, máxima largura da guarda 26,00 cm. A espada foi oferecida ao então Chefe de Estado-Maior do Exército Exmo. General Pedro Cardoso em 18-11-1980, pela División Acorazada Brunete nº 1 de Espanha. Como curiosidade, as relações dinásticas entre a monarquia portuguesa e a Casa de Sabóia foi uma constante durante oito séculos, a primeira rainha de Portugal Mafalda (ou Matilde) de Mouriana e Savoia que, casou com D. Afonso Henriques, Dona Maria Pia de Sabóia rainha de Portugal esposa do rei D. Luis1.

A Espada de Copo de Tigela do Duque de Sabóia está cedida à Escola das Armas em Mafra, integra a exposição alusiva à

Batalha de Montes Claros.

1RAVIOLA, Maria Antónia Lopes Blythe Alice, “Portugal e o Piemonte: A Casa Real Portuguesa e os Sabóias”, Imprensa

da Universidade de Coimbra , Junho 2012, Coimbra.

Espada de Cano e Tigela

Destacados – Espada de Fuente Cano

Este boletín nº 1 de 2016, el destaque de las colecciones del Museo Militar de Elvas, va para la réplica de la “espada de taza”, que fue otorgada a título póstumo al Duque de Saboya, Don Rodrigo López de Quiroga, nacido en Galicia en fecha incierta y murió en 1632 en Lodi en el norte de Italia, gracias a su actuación tan brillante como militar en 1619 en la Guerra de los Treinta años, distinguido caballero de la Orden de Santiago fue el 1er Maestro de Campo del Tercio de Saboya en el norte de Italia. La guarda con grabado de la espada, contiene el escudo de armas de la Casa de Saboya y del Tercio de Saboya en la hoja y en la taza. Donada a este museo militar, por los familiares del Exmo. General Pedro Alexandre Gomes Cardoso (1922 – 2002); María Isabel Teixeira de Sousa; Carlos Manuel Teixeira de Moraes Rocha, Fernando Sottomayor Sousa Coelho; la espada era parte de una vasta y ecléctica colección del general Pedro Cardoso. La espada del siglo XVII, de lámina hexagonal de dos bordes, sin alero muestra las siguientes inscripciones: “Don Rodrigo López de Quiroga, 1º Maestre de Campo del Tercio de Saboya 30-03-1633”, con corona e escudo, en la otra inscripción el alto relieve, presenta el escudo armas de la casa de Saboya e del Tercio de Saboya en la guarda, empuñadura con cordón en malla metálica, guarda con pomo e pomo de em-puñadura. La tipología de la guarda de la espada, al igual que las espadas del siglo XVII, de hoja hexagonal de doble filo, tiene una la longitud total de 105.00 cm, la lon-gitud de la hoja 80,03 cm, espesor 0,40 cm, el ancho de la hoja 2, 04 cm, ancho máxi-mo de 26,00 cm de guardia, La espada fue una oferta al entonces Jefe del Estado Mayor del Ejército de Tierra, Su Exa. General Pedro Cardoso en 11/18/1980, por la División Acorazada Bru-nete Nº 1 de España. Como curiosidad, las relaciones dinásticas entre la monarquía portuguesa y

la Casa de Saboya fue una constante durante ocho siglos, la primera reina de Portugal Mafalda (o Matilde) de Mouriana y Saboya que se casó con D. Afonso Henriques, doña María Pía de Saboya reina de Portugal, esposa del rey D. Luis1. La Espada del Duque de Saboya está asignada a la Escuela de Armas en Mafra, integra la exposición alusiva a la batalla de

Montes Claros.

Espada de Fuente Cano

Sugestão de Leitura

Sugestão de leitura do Centro Documental do Museu Militar de Elvas, vem da Coleção Pátria, no seu livro número trinta e oito - “HISTÓRIA DA BOA GENTE QUE SABIA O QUE QUERIA” – Lisboa - Edições S.P.N. 1943.

Passados 357 anos da Batalha das Linhas de Elvas, a brochura revive as vivências da praça-forte de Elvas sitiada pelas forças espanholas, sob o Comando Dom Luís de Haro. A tenacidade de um povo lutando contra os ataques da artilharia e a peste que alastrava na cidade raiana com mortes diárias na ordem das centenas de pessoas, não fez esmorecer o seu ensejo de vitória.

Mas o espírito combativo das forças enquadradas pelo tenaz General André de Albuquerque Ribafria e sob a batuta de D.

António Luís de Meneses, Conde de Cantanhede no comando geral das tropas portuguesas no Alentejo derrotaria as tropas espanholas

perseguindo-as até Badajoz.

Sugerencia de Lectura

La sugestión de lectura del Centro de Documentación del Museo Militar de Elvas, viene de la Colección Patria, en su libro número treinta e ocho – “HISTORIA DA BOA GENTE QUE SABIA O QUE QUERIA” – Lisboa – Ediciones S.P.N 1943. Pasados que están 357 años de la Batalla de las Líneas de Elvas, el folleto revive las vivencias de la plaza fuerte de Elvas sitiada por las fuerzas españolas, bajo el mando de D. Luís de Haro. La tenacidad de un pueblo luchando contra los ataques de artille-ría y la plaga que alastraba por la ciudad de la raya con muertes en el orden de los centenares de personas, no hizo esmorecer su vo-luntad de victoria.

El espíritu combativo de las fuerzas encuadradas por la tenacidad del General André de Albuquerque Ribafria y bajo la batu-

ta de D. Luís de Meneses, Conde de Cantanhede al mando general de las fuerzas portuguesas en Alentejo vendría a derrotar las fuer-

zas españolas persiguiéndolas hasta Badajoz.

Restauro

Quando visita o acervo do museu o rosto do visitante cora de espanto, perante o lustre e o estado de conservação de uma peça vetusta, mas desconhece todo o processo a montante do restauro, desde a recepção e respectiva classificação, passando pela verificação do seu estado geral, bem como as medidas a adoptar no sentido de lhe devolver a sua constituição original e respectivo valor intrínseco, conferindo-lhe o estatuto de peça de museu evitando a sua ruína permanente.

No Museu Militar de Elvas é na Secção de Conservação e Restauro, através da conservação curativa e manutenção, que um manancial de peças são recuperadas, numa labuta feita na sombra, o trabalho menos visível de um museu, mas preponderante para a sua manutenção e na preservação da autenticidade da peça, sem recurso ao “pastiche”, no seu sentido puro de mera imitação de um original.

Neste artigo poderá seguir todo o processo de conservação curativa da ambulância de Campanha Modelo Francês do ano de 1890, que levava um doente e estojo de cirurgia de campanha e instrumentos sanitários. Equipou o Corpo Expedicionário Português (CEP) durante a 1ª Guerra Mundial. Como curiosidade, a primeira ambulância de Campanha foi projectada em 1792 pelo barão Dominique Larrey, médico de Napoleão Bonaparte, utilizada pela primeira vez na invasão à Itália em 1796-97.

A ambulância, mereceu a intervenção criteriosa da equipa liderada pelo Sargento-Ajudante Guilherme Guerra e constituída por:

1º Cabo Pedro Curvinha, Soldado Carlos

Santana, Soldado Fábio Limpo, Soldado

José Ferreira, Soldado João Renga, Soldado

Mário Coutinho, Soldado André Gualdrapa,

Soldado João Silveira, Funcionário Civil

José Adelino e Sr. António Mariquita

Formador IEFP Portalegre.

O restauro da ambulância abarcou um

período de cinco meses, considerando que as

deficiências eram inúmeras: fissuras no

compartimento de carga e nos varais;

orifícios provocados por insectos xilófagos

da madeira; longarinas do tejadilho e

suporte das macas partidas; porta de acesso

ao compartimento inferior de carga

danificada; rodas deterioradas; ferragens

oxidadas; lanterna do lado direito amolgada;

a ambulância encontrava-se pintada de azul

pombo com muitas irregularidades devido às

várias camadas de pintura sobrepostas

(como é possível verificar nas fotos).

Decapagem e

Tratamento da Madeira

Após a desmontagem das peças de madeira, procedeu-se à sua limpeza e tratamento; na fase de tratamento da madeira as pinas

contendo orifícios dos insectos xilófagos da madeira passaram pela imersão em gasóleo durante várias horas, as restantes partes da

rodas (raios e massa) o gasóleo foi aplicado, pelo método de injecção directa nos orifícios através de seringas e posteriormente à

trincha. Na fase de decapagem, o estado avançado de degradação das pinas, obrigou à aplicação do decapante de tintas Dissoltin

“Ref1101” sobre a tinta, retirada a capa da tinta com auxílio de espátulas e raspadores, repetindo esta acção até à decapagem total com

a lixa de madeira grão 80. Durante esta fase foi descoberta a inscrição “SERVIÇO DE SAÚDE DO EXÉRCITO”, com um tipo de letra

coevo da construção da ambulância decalcado a branco, depois de recuperado o tipo de letra original, a mesma foi delimitada a sua

altura por linhas longitudinais com recurso a esquadro e lápis, reconstruindo a sua traça original, realçadas as letras insertas na

inscrição em papel vegetal, no sentido de uniformizar a altura o comprimento e espaçamento das letras. Durante este processo de

decapagem descobriu-se a cor original da ambulância, verde tropa e das letras de cor preta.

Decapagem Metal

Na desmontagem das peças metálicas, foi necessário o recurso à desoxidação das porcas com Spray WD-40, após o que se

deu início à decapagem das ferragens, para estas ficarem com a textura natural, neste processo recorreu-se à utilização de rebarbadora,

com escovas de tipo T/Vaso de arame retorcido e de arame ondulado, nos locais de difícil acesso foram limpos com o berbequim,

acopladas com escovas circulares de arame retorcido.

Partes Reconstruídas

As rodas de madeira e partes integrantes, os orifícios provocados pelos insectos foram reconstruídos com a aplicação do

betume de madeira. Os suportes das macas foram totalmente reconstruídos em madeira de pinho.

Construção total do estrado para suporte de maca situado na zona intermédia do compartimento de carga e respectivas pegas.

O fecho de fixação da carga de suporte traseiro do lado esquerdo encontrava-se partido a meio. Chanfradas as suas

extremidades, a união foi executada pelo processo de soldadura por eléctrodos revestidos de 2 mm, rebarbadas as irregularidades da

solda com o disco de rebarbar de 115mm, com passagem do fecho pela pedra do esmeril, por fim lixado através da lixa de ferro de

grão 200 e palha-de-aço.

Pintura e Envernizamento

No término do processo de conservação curativa, inicia-se o envernizamento das partes metálicas, numa primeira fase as mesmas foram limpas com diluente sintético da Dyrup “Ref8003”. Depuradas de poeiras e gorduras, foram aplicadas duas demãos à trincha de verniz Metal Bondex da Dyrup. Para garantir uma boa qualidade do envernizamento recorreu-se à utilização de uma estufa de pintura com 9 m2, climatizada com um aquecedor a óleo, onde conseguimos criar um ambiente muito próximo do ideal para a

pintura do ferro, com uma temperatura do ar de 200 C e a humidade relativa de 48%. Na madeira das rodas (pinas, raios e massa) aplicou-se uma demãos à trincha de Bondex Classic Mate Mogno, terminado com

a aplicação do verniz marítimo.

As restantes partes em madeira, após estarem isentas de poeira, aplicou-se duas demãos com Esmalte Cor Verde Tropa.

Aos pilares dos compartimentos de cargas e as letras do “SERVIÇO DE SAÚDE DO EXÉRCITO” depois de redesenhadas no

tipo de letra original foram pintadas de esmalte cor preto.

Findo todo o processo, a Ambulância Modelo Francês 1890 apresenta-se mais próximo da ambulância que integrou o CEP na

Flandres há um século.

Antes do restauro

Restauro Cuando visita la colección del mu-

seo, el visitante ruboriza de asombro ante el brillo y el estado de conservación de una pieza muy antigua, pero no se da cuenta del proceso que le antecede de restauración, desde la recepción y clasificación, incluida la verificación de su condición general, y las medidas que deben adoptarse con el fin de lo devolver a su constitución original y su valor intrínseco, garantizando una condi-ción de pieza de museo e impedir su ruina permanente.

En el Museo Militar Elvas, en la Sección/Departamento de Conservación y Restauro, a través de la conservación y el mantenimiento del estado, se recuperó un elevado conjunto de piezas, un trabajo reali-zado en la sombra, el trabajo menos visible de un museo, pero que sin embargo conduce al mantenimiento y la preservación de la autenticidad de la pieza, sin recurrir a un "pastiche" en su sentido más puro de la mera imitación de un original. En este artículo se puede seguir todo el proceso de conservación curativo de la ambulancia de campaña modelo francés de 1890, que lleva un paciente y caja con instrumentos sanitarios. Equipó el Cuerpo Expedicionario Portugués (CEP) durante la 1ª Guerra Mundial. Curiosamente, la primera ambulancia de campaña fue diseñada en 1792 por Dominique Larrey Baron, médico de Napoleón Bonaparte, y se utiliza por primera vez en la invasión de Italia en 1796-1797.

La ambulancia, tuvo la cuidadosa intervención del equipo dirigido por el Sargento Primero (OR7) Guilherme Guerra y consta de: 1Cabo Pedro Curvinha, Soldado Carlos Santana, Soldado Fabio Limpio Soldado José Ferreira, Soldado John Renga, Soldado Mario Coutinho, Soldado André Gualdrapa, Soldado John Silveira, Oficial Civil José Adelino y el Sr. António Mariquita (Formador del IEFP Portalegre).

La restauración de la ambulancia se extendió por un período de cinco meses, teniendo en cuenta que las deficiencias eran nu-

merosas: grietas en el compartimento de carga y bastones; agujeros causados por los insectos que infestan la madera; travesaños de

techo y apoyo de camillas partidos; puerta de acceso al compartimiento inferior de la carga dañada; ruedas deterioradas; herrajes oxida-

dos; linterna abollada en el lado derecho; la ambulancia había sido pintada con un azul paloma con muchas irregularidades debido a las

múltiples capas de pintura superpuestas (como se puede ver en las fotos).

Decapado y Tratamiento de la Madeira

Después del desmontaje de las piezas de madera, se procedió a la limpieza y tratamiento; en el tratamiento de la madera y de

las pinas que contenían agujeros provocados por insectos que infestan la madera supuso la inmersión en combustible diésel durante

varias horas, las partes restantes de las ruedas (rayos y bujes) se aplicó el diésel mediante el método de inyección directa de los aguje-

ros a través de jeringas y después con cepillo. En la fase de decapado, el avanzado estado de degradación de las pinas, requirió la apli-

cación del reactivo de ataque Dissoltin "Ref1101" retirándose la tinta con la ayuda de cuchillos y raspadores, repitiendo esta acción

hasta el decapado total con la ayuda de lija para madera de grano 80. A lo largo de esta fase se descubrió la inscripción “SERVIÇO DE

SAÚDE DO EXÉRCITO” (SERVICIO DE SANIDAD DEL EJÉRCITO DE TIERRA) con un tipo de letra utilizada en la época de la

construcción de la ambulância, luego se recuperó la fuente original, la misma se delimitó a su altura por líneas longitudinales utilizando

regla y un lápiz, se reconstruyó el diseño original, puesto de relieve las letras en la inscripción en papel, con el fin de normalizar la

altura de la longitud y el espaciamiento de las

letras. Durante este proceso de decapado se des-

cubrió el color original de la ambulancia, verde

militar y las letras a negro.

Decapage del Metal

En el desmontaje de las piezas de metal,

fue necesario el decapado de tuercas con spray

WD-40, después de lo cual comenzó el decapa-

do de los herrajes para que estos quedasen con

la textura natural, en este proceso se recurrió a

la utilización de la amoladora, con cepillo metá-

lico cónico, de hilo trenzado y el alambre corru-

gado, en lugares de difícil acceso se limpiaron

con el taladro, junto con cepillos circulares de

hilo trenzado.

Partes Reconstruidas

Las ruedas y piezas de madera, los agu-jeros causados por los insectos fueron reconstruidos con la aplicación de masilla de madera. Los soportes de las camillas fueron recons-truidos totalmente en madera de pino. Construcción total de la plataforma de soporte a la camilla situada en la zona intermedia del compartimento de carga y sus mangos.

Ambulância após o restauro

Pintura de las letras

El cierre trasero izquierdo de fijación de carga

estaba roto al medio. Juntos sus extremos, la unión se

realiza por el proceso de soldadura por electrodos re-

vestidos de 2 mm, las irregularidades de soldadura des-

barbados con el disco abrasivo 115 mm, con trabajo del

cierre en la piedra de esmeril y finalmente, lijada través

de papel de lija de grano 200 y lana de acero.

Pintura y Barnizado

Al final del proceso de conservación curativo, se inicia el barnizado de piezas metálicas, en una primera etapa las que se han limpiado con Dyrup diluyente sintético "Ref8003". Limpias de polvo y grasa se le aplicaron dos capas de barniz Bondex metal de la marca Dyrup, con cepillo. Para asegurar una buena calidad de barni-zado se recurrió a una cabina de pintura con 9 m2, se colocó un calentador de aceite, así hemos conseguido crear un entorno muy cerca del ideal para la pintura de hierro, con una tempera-

tura del aire 200 C y una humedad relativa de 48%. En la madera de las ruedas (pinas, rayos y bujes) se aplicó una capa con brocha, de Bondex Classic Mate de Caoba, acabado con la aplicación de barniz marino. A las demás piezas de madera después de estar libres de polvo, se les aplicó dos capas de esmalte de color verde militar. Los pilares de los compartimentos de carga y las letras de "SERVIÇO DE SAÚDE DO EXÉRCITO" después de diseñadas en la letra original fueron pintadas de esmalte de color negro. Finalizado el proceso, la Ambulancia Modelo Francés 1890 se presenta más cercana de la que acompañó al CEP en Flandes hace un

siglo.

O Museu O Museu Militar de Elvas tem, por si só uma elevada carga histórica, constituindo-se um valiosíssimo património, por onde se

escreveram algumas das mais belas páginas da História da cidade de Elvas e de Portugal. O Museu é composto por 3 Monumentos Nacionais: o Convento e Claustro de São Domingos (séc. XIII), parte da Muralha

Fernandina (séc. XIV), e um quarto de toda a Fortificação seiscentista de Elvas (séc. XVII). Património que se constitui como o museu com maior implantação de Portugal, alberga as colecções militares do Exército:

Arreios, Serviço de Saúde, Transmissões, Hipomóvel, Viaturas Militares, Peças de Artilharia pós 1895 e Centro Interpretativo do

Património de Elvas.

Recentemente, Elvas foi classificada Património Mundial da Humanidade como “CIDADE-QUARTEL FRONTEIRIÇA DE

ELVAS E SUAS FORTIFICAÇÕES”.

Constituíndo-se assim, uma visita obrigatória.

Como chegar de carro : https://goo.gl/maps/Kc39q6NrxXT2 Como chegar de autocarro :https://goo.gl/maps/mQPYcB4dtxx

El Museo

El Museo Militar de Elvas tiene en sí mismo una alta carga histórica, lo que constituye un patrimonio de valor incalculable,

donde se escribió algunas de las páginas más bellas de la historia de la ciudad de Elvas y Portugal.

El museo consta de tres monumentos nacionales : el Convento y Claustro de Santo Domingo ( . Siglo XIII) , parte de la muralla

Fernandina (Siglo XIV) , y una cuarta parte de la fortificación del siglo XVII de Elvas.

Propiedad que se constituye como el museo más grande en Portugal es el hogar de las colecciones militares del Ejército :

Arneses , Servicio de Salud , Transmisiones , Hipomóvel, Vehículos Militares, Piezas de Artilleria después de 1895 y Centro de

Interpretación del Patrimonio Elvas . Recientemente, Elvas fue clasificada Patrimonio de la Humanidad como "Ciudad-Cuartel Fronte-

riza de Elvas y sus Fortificaciones”" .

Esperamos su visita.

Como llegar en coche: https://goo.gl/maps /TKWgvX6szpp Como llegar de autocar: https://goo.gl/maps/puuVDcbXsu42

Finalizando el trabajo

Dia Internacional dos Monumentos e Sítios (ICOMOS) 2016

Como forma de comemorar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios

(ICOMOS), realiza-se no dia 18 de Abril de 2016, no Museu Militar de Elvas, um Passeio Histórico. Um evento gratis, aberto a todo o público, não sendo mais que

uma milha cultural e histórica no Mu-seu. Poderá conjugar a prática de des-porto, desfrutando de um património comum e ímpar, percorrer numa milha doze séculos da nossa história, visitan-do os pontos de interesse da fortifi-cação abaluartada considerada patri-mónio da humanidade. Pode de forma salutar saber o que é um revelim, cavaleiro, casamata, etc... Pode inscrever-se através dos contactos insertos no cartaz. Para o evento deve trazer uma roupa leve, não descurar a sua hidratação e ser portador de uma caneta.

M U S E U M L I T A R D E E L V A S Avenida de S. Domingos 7350 – 047 Elvas Tel: 268-636-240

Fax: 268-636-249

Correio electrónico: [email protected]; [email protected]

Aberto de Terça a Domingo, das 09H00 às

12H30 e das 14H00 às 17H30 (de Novembro a

Março), das 14H30 às 19H00 (de Abril a

Outubro). Encerra às Segundas Feiras.

Também está encerrado nos feriados de 1 de

Janeiro, Domingo de Páscoa, 1º de Maio e 25

de Dezembro.

Abierto de Martes a Domingo, de las 09H00 a

las 12H30 y de las 14H30 a las 17H30 (de

noviembre a marzo), de las 14H30 a las 19H00

(de abril a octubre). Cerrado los Lunes.

También esta cerrado en los festivos del 1 de

enero, Domingo de Pascua, 1º de mayo e 25 de

diciembre.

Coordenadas Geográficas

38º 52’ 45,734’’ Norte

7º 52’ 33,857’’ Oeste

22 de Março de 2016