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OAB 2 FASE - DIREITO CONSTITUCIONAL Direito Constitucional
Flavia Bahia
1
Princpios Fundamentais
1. O Prembulo da Constituio
Ns, representantes do povo brasileiro,
reunidos em Assemblia Nacional
Constituinte para instituir um Estado
Democrtico, destinado a assegurar o
exerccio dos direitos sociais e individuais,
a liberdade, a segurana, o bem-estar, o
desenvolvimento, a igualdade e a justia
como valores supremos de uma sociedade
fraterna, pluralista e sem preconceitos,
fundada na harmonia social e
comprometida, na ordem interna e
internacional, com a soluo pacfica das
controvrsias, promulgamos, sob a
proteo de Deus, a seguinte
CONSTITUIO DA REPBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL.
2. Dos Princpios Fundamentais
Art. 1 A Repblica Federativa do Brasil,
formada pela unio indissolvel dos
Estados e Municpios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrtico de
Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa;
V - o pluralismo poltico.
Pargrafo nico. Todo o poder emana do
povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos
termos desta Constituio.
3. Formas de Governo
A) MONARQUIA
B) REPBLICA
4. Formas de Estado
A) UNITRIO OU SIMPLES
B) FEDERAL.
Caractersticas da federao brasileira
So essas as principais caractersticas da
nossa Federao:
a) descentralizao poltica,
significando que a diviso do Poder Pblico
no espao territorial, ser realizada atravs
de repartio constitucional de
competncias. De acordo com os arts. 21 a
24, 25 e 30, a Constituio delimitou a
esfera de poder interno de cada um de seus
entes, que ser estudado em captulo
prprio;
b) autonomia dos entes federativos, que
identificada pela trplice capacidade de
que os mesmos possuam Governo prprio,
administrao prpria e organizao
prpria;
c) inexistncia do direito de secesso (de
retirada), pois de acordo com o art. 1 da
CF/1988, o vnculo que une os entes da
federao indissolvel. Ressalte-se que o
direito de secesso permitido nos Estados
Confederados;
d) existncia do bicameralismo no
Poder Legislativo central, com um dos
rgos representando a vontade dos entes
federativos na formao das leis centrais.
No Brasil, esse papel foi destinado ao
Senado Federal na forma do art. 46;
e) rigidez constitucional, que protege a
competncia dos vrios entes federativos,
suas autonomias e a prpria estabilidade da
Federao como um todo;
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f) existncia de rgo judicial para
resolver eventuais litgios entre os entes da
federao, sendo do STF essa funo, na
forma do art. 102, I, f;
g) existncia de um mecanismo de defesa para
a proteo do Estado, consistindo na
interveno federal, na forma dos arts. 34 e
35;
h) controle concentrado de
constitucionalidade, que oferece maior
estabilidade ao texto constitucional e,
portanto, essencial manuteno do
equilbrio entre os diversos entes
federativos, j que a soluo de seus
eventuais conflitos reside na prpria
Constituio;
i) adoo de um federalismo tricotmico, com
trs manifestaes de poder (local, regional,
nacional), em vez de duas, como no
federalismo clssico, dual (nacional e
regional) norte-americano;
j) por fim, deve-se recordar que a forma
federativa do Estado brasileiro clusula
ptrea, limite material reforma
constitucional (art. 60, 4, I).
5. A Separao de Poderes
Art. 2 So Poderes da Unio,
independentes e harmnicos entre si, o
Legislativo, o Executivo e o Judicirio.
- Funces tpicas e tpicas
- Ausncia de atividades exclusivas
- Freios e Contrapesos
- Art. 60, 4, III.
6. Objetivos
Art. 3 Constituem objetivos fundamentais
da Repblica Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e
solidria;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalizao e
reduzir as desigualdades sociais e
regionais;
IV - promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raa, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de
discriminao.
7. Princpios que regem o Brasil perante a
comunidade jurdica internacional.
Art. 4 A Repblica Federativa do Brasil
rege-se nas suas relaes internacionais
pelos seguintes princpios:
I - independncia nacional;
II - prevalncia dos direitos humanos;
III - autodeterminao dos povos;
IV - no-interveno;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - soluo pacfica dos conflitos;
VIII - repdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperao entre os povos para o
progresso da humanidade;
X - concesso de asilo poltico.
Pargrafo nico. A Repblica Federativa do
Brasil buscar a integrao econmica,
poltica, social e cultural dos povos da
Amrica Latina, visando formao de uma
comunidade latino-americana de naes.
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CONSTITUIES BRASILEIRAS E
DIREITOS HUMANOS
1824
O voto censitrio, baseado em bens de
razes, ou seja, tudo que tivesse valor
financeiro. Desse modo, no s a
aristocracia votaria, mas o comrcio
tambm poderia votar;
Contm um extenso rol de liberdades
pblicas;
So excludos de votar nas Assemblias
Paroquiais os que no tiverem renda lquida
anual de cem mil ris por bens de raiz,
indstria, comrcio, ou empregos;
1891
No podem alistar-se eleitores para as
eleies federais ou para as dos Estados os
mendigos e os analfabetos. As mulheres
tambm no votavam
Fica abolida a pena de morte, reservadas as
disposies da legislao militar em tempo
de guerra;
Trouxe o habeas corpus sempre que o
indivduo sofresse ou se achasse em
iminente perigo de sofrer violncia ou
coao por ilegalidade ou abuso de poder;
1934
Implanta a justia do trabalho, a justia
eleitoral e o voto secreto;
Primeira Constituio a consagrar os
direitos dos trabalhadores, como a jornada
de oito horas e a proibio do trabalho
infantil;
Prev o direito de voto s mulheres na
Constituio;
No podem alistar-se como eleitores os
mendigos e os analfabetos;
Introduz o mandado de segurana
individual e a ao popular no texto da
Constituio.
1937
Inspirada num modelo fascista da Carta
ditatorial polonesa de 1935, foi
extremamente autoritria. Conhecida por
Constituio polaca;
Alm dos casos previstos na legislao
militar para o tempo de guerra, a lei poder
prescrever a pena de morte para alguns
crimes, inclusive os de homicdio cometido
por motivo ftil e com extremos de
perversidade;
1937
Perdem-se os direitos polticos: pela
recusa, motivada por convico religiosa,
filosfica ou poltica, de encargo, servio ou
obrigao imposta por lei aos brasileiros;
A lei pode prescrever censura prvia da
imprensa, do teatro, do cinematgrafo, da
radiodifuso, facultando autoridade
competente proibir a circulao, a difuso
ou a representao;
A greve e o lock-out so declarados
recursos anti-sociais nocivos ao trabalho e
ao capital e incompatveis com os
superiores interesses da produo
nacional;
1946
O alistamento e o voto so obrigatrios
para os brasileiros de ambos os sexos,
salvo as excees previstas em lei;
No podem alistar-se eleitores os
analfabetos;
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livre a manifestao do pensamento, sem
que dependa de censura, salvo quanto a
espetculos e diverses pblicas;
estabelecida a funo social da
propriedade, prevendo desapropriao com
indenizao;
1946
No haver pena de morte, de banimento,
de confisco nem de carter perptuo. So
ressalvadas, quanto pena de morte, as
disposies da legislao militar em tempo
de guerra com pas estrangeiro;
reconhecido o direito de greve, cujo
exerccio a lei regular.
1967
Cria a ao de suspenso de direitos
individuais e polticos;
Ficam aprovados e excludos de apreciao
judicial os atos praticados pelo Comando
Supremo da Revoluo de 31 de maro de
1964;
Em 1968, instituem o AI- 5.
EMENDA CONSTITUCIONAL N 1 DE 1969
Nesse texto emendado, o poder ficou cada
vez mais centralizado, tanto
horizontalmente (legislativo, executivo e
judicirio), quanto verticalmente (Unio,
Estados e Municpios), nas mos do
Presidente da Repblica;
Elimina as imunidades parlamentares
materiais e processuais;
Determina a liberdade de criao de
partidos polticos;
NEOCONSTITUCIONALISMO