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ALERTA O PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL É OBRIGATÓRIO E, ENTRE AS SANÇÕES, ESTÁ A COBRANÇA JUDICIAL Informativo FAEC/SENAR Informativo FAEC/SENAR ANO 17 – Nº 184 – Março de 2011 ANO 17 – Nº 184 – Março de 2011 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - AR/CE PROJETO BALDE CHEIO – UMA ALTERNATIVA PARA O CEARÁ, Resultado da parceria entre Sebrae Ceará, Sistema FAEC/SENAR, OCB-CE, produtores do seguimento leiteiro da Região a Laticínios Betânia, foi discutido no dia 29 no Encontro Semanal do Pacto de Cooperação Agropecuária Cearense – AGROPACTO. Na ocasião, o Consultor da Pecuária Intensiva Consultoria e Treinamento LTDA, Samer Ramos Monteiro Rodrigues, ministrou a palestra. Fazer ração para bovinos, suínos, caprinos, e peixes, é fazer do Ceará igual ou melhor produtor em pecuária do que o estado do Paraná, pois nós temos 5 bilhões de quilos de palha de carnaúba, 8 bilhões de quilos de pedúnculos de caju . E, ainda temos a carnaubinha e a mandioca capazes de produzir até 40 toneladas por hectares em 10 meses com o processo de gotejamento. Detalhes Página 8 BAGANA DA CARNAÚBA Uma solução para tornar Granja competitível em pecuária e criação de tilápia e peixes a nível nacional. Técnicos do Mapa virão ao Ceará para colaborar na campanha. A sorologia será feita no segundo semestre Fortaleza Está previsto para 1º de maio o início da campanha contra a febre aftosa 2011 no Ceará. A segunda etapa de vacinação será realizada em novembro. Página 6 VACINAÇÃO CONTRA AFTOSA PROJETO BALDE CHEIO É TEMA DO AGROPACTO Precisamos atualizar o atual Código Florestal para que o Brasil continue a produzir alimentos para os brasileiros e para o mundo, com proteção efetiva, e não apenas aparente, dos nossos recursos naturais. A vigência da atual legislação, que em grande medida é obra de burocratas, sem conhecimento da ciência agronômica e das boas práticas e não de legisladores eleitos para fazer as leis, criou uma situação de tal modo absurda que tornou ilegal quase toda a atividade agropecuária. Reconhecida, internacionalmente, como a mais sustentável do planeta e um exemplo a ser seguido pelos países emergentes da África e da Ásia, como sugeriu recentemente a inuente revista The Economist. Detalhes página 2 FAEC pede apoio a Bancada Federal na aprovação do Código Florestal O XV Seminário Nordestino de Pecuária – PECNORDESTE chega este ano a sua 15ª edição como evento reconhecido nacionalmente pela sua qualidade e pelo alcance de seus resultados. Acontecerá nos dias 13 a 16 de junho, no Centro de Convenções em Fortaleza. Esse compromisso de excelência exigiu a busca de um novo formato que amplia, ainda mais, os espaços para a discussão de políticas públicas e de inovações tecnológicas que fortaleçam o agronegócio da pecuária, a solução das questões ambientais e o desenvolvimento sustentável do Nordeste. XV PECNORDESTE 2011 Detalhes Página 5

017006 - Jornal Faec - Abril 2011 2011.pdf · Rodrigues, ministrou a palestra. Fazer ração para bovinos, suínos, caprinos, e peixes, é fazer do Ceará igual ou melhor produtor

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Page 1: 017006 - Jornal Faec - Abril 2011 2011.pdf · Rodrigues, ministrou a palestra. Fazer ração para bovinos, suínos, caprinos, e peixes, é fazer do Ceará igual ou melhor produtor

ALERTA O PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL É OBRIGATÓRIO E, ENTRE AS SANÇÕES, ESTÁ A COBRANÇA JUDICIAL

Informativo FAEC/SENARInformativo FAEC/SENARANO 17 – Nº 184 – Março de 2011 ANO 17 – Nº 184 – Março de 2011

Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará ● Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - AR/CE

PROJETO BALDE CHEIO – UMA ALTERNATIVA PARA O CEARÁ, Resultado da parceria entre Sebrae Ceará, Sistema FAEC/SENAR, OCB-CE, produtores do seguimento leiteiro da Região a Laticínios Betânia, foi discutido no dia 29 no Encontro Semanal do Pacto de Cooperação Agropecuária Cearense – AGROPACTO. Na ocasião, o Consultor da Pecuária Intensiva Consultoria e Treinamento LTDA, Samer Ramos Monteiro Rodrigues, ministrou a palestra.

Fazer ração para bovinos, suínos, caprinos, e peixes, é fazer do Ceará igual ou melhor produtor em pecuária do que o estado do Paraná, pois nós temos 5 bilhões de quilos de palha de carnaúba, 8 bilhões de quilos de pedúnculos de caju . E, ainda temos a carnaubinha e a mandioca capazes de produzir até 40 toneladas por hectares em 10 meses com o processo de gotejamento.

Detalhes Página 8

BAGANA DA CARNAÚBAUma solução para tornar Granja competitível em pecuária e criação de tilápia e peixes a nível nacional.

Técnicos do Mapa virão ao Ceará para colaborar na campanha. A sorologia será feita no segundo semestre

Fortaleza Está previsto para 1º de maio o início da campanha contra a febre aftosa 2011 no Ceará. A segunda etapa de vacinação será realizada em novembro.

Página 6

VACINAÇÃO CONTRA AFTOSA

PROJETO BALDE CHEIO É TEMA DO AGROPACTO

Precisamos atualizar o atual Código Florestal para que o Brasil continue a produzir alimentos para os brasileiros e para o mundo, com proteção efetiva, e não apenas aparente, dos nossos recursos naturais.

A vigência da atual legislação, que em grande medida é obra de burocratas, sem conhecimento da ciência agronômica e das boas práticas e não de legisladores eleitos para fazer as leis, criou uma situação de tal modo absurda que tornou ilegal quase toda a atividade agropecuária. Reconhecida, internacionalmente, como a mais sustentável do planeta e um exemplo a ser seguido pelos países emergentes da África e da Ásia, como sugeriu recentemente a infl uente revista The Economist.

Detalhes página 2

FAEC pede apoio a Bancada Federal na aprovação do Código Florestal

O XV Seminário Nordestino de

Pecuária – PECNORDESTE chega este ano a sua 15ª edição como evento reconhecido nacionalmente pela sua qualidade e pelo alcance de seus resultados. Acontecerá nos dias 13 a 16 de junho, no Centro de Convenções em Fortaleza.

Esse compromisso de excelência exigiu a busca de um novo formato que amplia, ainda mais, os espaços para a discussão de políticas públicas e de inovações tecnológicas que fortaleçam o agronegócio da pecuária, a solução das questões ambientais e o desenvolvimento sustentável do Nordeste.

XV PECNORDESTE 2011

Detalhes Página 5

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PALAVRA DO PRESIDENTE

Flávio Saboya

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA está

bastante empenhada na votação e aprovação pelo Congresso Nacional, o mais rápido possível, do Projeto de Lei nº 1876/99, do novo Código Florestal, representado pelo Parecer do seu Relator, Deputado Aldo Rebelo. Todos os esforços estão sendo envidados pela CNA, a fi m de que a mobilização para a votação do Código Florestal seja coroada de pleno êxito. Como isso só será possível com a união de todos, a Confederação da Agricultura realizará no dia 5 do mês de abril próximo, uma reunião, para a qual serão levados participantes, entre produtores rurais e representantes dos demais setores da sociedade brasileira, visando sensibilizar o Congresso Nacional, a fi m de que seja colocado em pauta, o mais breve possível. A Presidente da CNA, Senadora Kátia Abreu, constituiu, no âmbito da Confederação, uma Comissão Organizadora para a Mobilização do Código Florestal, composta por três dos seus Vice-Presidentes Diretores, visando imprimir um maior andamento das providências da aludida mobilização.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará – FAEC, como as demais congêneres do País, objetivando contribuir para uma mais rápida discussão e aprovação do novo Código Florestal, dirigiu o expediente que a seguir se transcreve, a todos os vinte e dois Deputados Federais do Ceará, certa de que, os nossos parlamentares prestarão a sua inestimável parcela de contribuição, visando ao alcance

de resultados que redundarão na obtenção de um Novo Código Florestal, conforme prevê o Projeto de Lei nº 1.876/99, cujo Relator é o nobre parlamentar Aldo Rebelo. Eis o texto: “Senhor Deputado, A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará - FAEC solicita o apoio de Vossa Excelência na aprovação do Projeto de Lei 1876/99, que tramita na Câmara dos Deputados, na forma de um substitutivo apresentado pelo seu relator, Deputado Aldo Rebelo, que visa à atualização do Código Florestal, fundamental para que nosso país continue a produzir alimento para os brasileiros, com proteção efetiva. O Código Florestal em vigor foi editado em 1965, quando a agricultura e a pecuária brasileira eram atividades tradicionais de baixa produtividade e de reduzidas dimensões, incapaz, sequer, de suprir nosso mercado interno de alimentos. As grandes transformações de nossa produção rural, que tornaram o Brasil o segundo maior exportador de alimentos, só começariam dez anos mais tarde. A extensão e a natureza dessas transformações, por si só, já tornariam as regras do Código Florestal obsoletas e ultrapassadas. Posteriormente, em pleno regime democrático, uma série de atos normativos do Governo, além da edição de medidas provisórias alterou, para muito pior, as disposições do Código, sem considerar a ciência agronômica e os critérios internacionais de conservação adotados por outros países, criando uma situação desastrosa em que praticamente 90% do universo de 5,2 milhões de propriedades rurais do país passaram para a ilegalidade. Em contraposição, nenhum dos grandes países produtores do mundo submete seus agricultores aos limites e as restrições que foram aqui estabelecidas. Estados Unidos, Europa, Argentina, Austrália, nenhum deles tem algo equivalente à nossa reserva legal ou às exigências

das áreas de proteção permanente. Nenhum deles pune seus agricultores por produzir em áreas que um dia foram fl orestas, nem cogita de obrigá-los a parar de produzir para tentar recriar o ambiente de outrora. A aplicação apenas das normas da reserva legal, uma invenção exclusivamente brasileira, que não existe em país algum do mundo, sem ressalvas ou adaptações, retiraria da produção, praticamente, um quinto de todas as áreas exploradas atualmente com a agricultura e a pecuária, com redução brutal da produção rural brasileira e da renda dos produtores, principalmente, dos agricultores familiares. O resultado imediato seria a elevação forte e repentina dos preços dos alimentos no mercado doméstico e o desaparecimento dos excedentes para a exportação. Como são os saldos comerciais do agronegócio que asseguram o relativo equilíbrio de nossas contas externas, o Brasil certamente seria precipitado por uma grave crise cambial, com a imediata depreciação da moeda, o aumento da infl ação e o fi m do crescimento econômico. A lei atual, entre seus inúmeros defeitos, ignora inteiramente as conseqüências econômicas de sua aplicação. Só para restabelecer a vegetação natural, que foi substituída para a produção dos alimentos que consumimos e exportamos, seriam necessárias duas vezes o PIB anual de todo o setor agropecuário, apenas com o plantio, sem considerar a perda de produção dessas terras. E se o Brasil quiser fazer isso de uma hora para outra, não teremos mudas sufi cientes. Os altos custos, certamente, arruinariam a maioria dos produtores rurais brasileiros. O mundo dos ricos assistiria com prazer a destruição de tão forte concorrente nos mercados mundiais de produtos agrícolas. Os pobres do mundo passariam a pagar muito mais pelo pouco que comem e o futuro da produção de alimentos se tornaria mais

2 | União Rural - Informativo FAEC/SENAR

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sombrio que a pior das profecias. Se o objetivo da legislação fl orestal em vigor é a preservação do meio ambiente, suas normas e suas penalidades são equivocadas. A tentativa de interditar áreas de exploração agrícola já longamente consolidadas para nelas reconstituir as paisagens nativas do passado, é irrealista e contraria, não só a ciência – pela falta de plausibilidade e de funcionalidade ambiental – mas, também, os interesses do Brasil e dos brasileiros. Nunca é demais lembrar que país algum no mundo tentou esta reversão. Ninguém, em tempo algum, cogitou de recompor as fl orestas originais que no passado recobriam a Europa, os Estados Unidos ou a Ásia. A atual revisão do Código Florestal é, portanto, uma necessidade imperiosa. É acima de tudo, um esforço honesto de trazer a lei de volta à realidade. E, principalmente, é a primeira oportunidade que tem os brasileiros de discutir, com liberdade e por meio das instituições democráticas, o tema da preservação ambiental, pois até hoje, toda a legislação que temos padece de grave défi cit democrático. Senão vejamos: - O primeiro código foi editado por decreto em 1934. O código de 1965, na sua forma original não era tão restritivo e considerava a exploração econômica como essencial, muito diferente do que é a regra atual. As alterações posteriores foram feitas por decretos e portarias do Poder Executivo e diversas Medidas Provisórias. - A atual MP 2166-67/2001 e suas edições anteriores, apesar de não haver sido, até hoje, transformada em lei pelo Congresso, confi gura-se, no mínimo, um absurdo jurídico que os temas relacionados à reserva legal e às áreas de preservação permanente estejam, no momento, indefi nidos por causa da eternização da não votação da MP 2166, o que traz grande insegurança aos

produtores rurais. Quem quer preservar o meio ambiente, com sinceridade, deve dispor-se a duas atitudes. A primeira é não querer mudar o passado, a qualquer preço. A energia dispendida nos confl itos com as situações do passado será melhor utilizada na criação de um futuro diferente e melhor. A segunda atitude é conciliar, de modo equilibrado, a preservação ambiental e a produção de alimentos, pois dessa produção depende o bem-estar e o progresso dos brasileiros. A proposta de revisão do Código Florestal, de autoria do Deputado Aldo Rebelo, ao contrário do que afi rmam seus detratores, mantém as mais duras disposições da legislação hoje em vigor, inclusive a exigência, mais uma vez, exclusivamente brasileira, de reserva legal e de áreas de preservação permanente, fi xadas por critérios abstratos, no entanto, busca preservar as áreas em produção já consolidadas. Abandona a disposição punitiva, própria de quem quer destruir e não preservar para o futuro e que causa danos aos proprietários, sem nenhuma vantagem para a natureza. Criam formas factíveis de cumprimento da lei. Aprovada esta revisão, teremos, pela primeira vez, uma legislação ambiental democrática, socialmente reconhecida e acordada, apta a ser cumprida, espontaneamente, e capaz de garantir proteção efetiva ao meio ambiente. Certos do nobre trabalho de Vossa Excelência e dessa Casa em defesa da população brasileira, acreditamos contar com seu apoio para a aprovação do aludido código”.

Para o evento do dia 05 de abril próximo, foram formulados convites a diversos produtores rurais do agronegócio cearense, conclamando a todos as suas presenças naquele Encontro, por se tratar de uma causa nobre que merece a atenção e a colaboração de quantos militam em atividades do setor agropecuário brasileiro e, notadamente do Ceará.

O governo Dilma Rousseff negocia uma nova versão de reforma do Código Florestal que tire da ilegalidade a maior parte dos produtores rurais do país, mas sem promover anistia geral para quem cortou vegetação nativa acima dos limites da lei nem abrir mão da recuperação de áreas desmatadas ilegalmente em regiões prioritárias.

A ideia em debate no governo é votar uma proposta mais próxima do consenso antes que os produtores rurais comecem a ser autuados com base na lei de crimes ambientais, por descumprir a área mínima de preservação do meio ambiente em suas propriedades, que variam a 20% a 80%, de acordo com o bioma onde o imóvel rural está localizado.

A data para o início das autuações é 11 de junho. As multas poderiam ser aplicadas a partir de abril de 2012. Uma das possibilidades é a edição de uma medida provisória pela presidente. Outra é mais um adiamento das punições aos desmatadores, para que o Congresso vote uma proposta de consenso.

Desde o fi nal de 2009, os produtores tiveram incentivos para regularizar suas propriedades, por meio da anistia de multas já aplicadas, mas eles optaram por investir em mudança do Código Florestal por deputados e senadores. Durante a campanha eleitoral, Dilma Rousseff acenou com o veto de trechos do relatório do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), já aprovado em comissão especial da Câmara. As partes do relatório mais criticadas no governo são a redução da área de proteção permanente (APP) às margens dos rios e a dispensa da área de reserva legal nas áreas até quatro módulos fi scais nas propriedades (a extensão varia de 20 a 400 hectares, dependendo do município).

A nova versão da reforma do Código Florestal levará em conta proposta apresentada reservadamente na semana passada por entidades de produtores rurais e entidades ambientalistas, coordenadas pelo Diálogo Florestal, a que a reportagem teve acesso. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

GOVERNO DILMA negocia alternativa ao Código Florestal

3Março 2011 |

SENAR SINRURALCEARÁ

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Precisamos atualizar o atual Código Florestal para que o Brasil continue a produzir

alimentos para os brasileiros e para o mundo, com proteção efetiva, e não apenas aparente, dos nossos recursos naturais.

O Código Florestal, em vigor, foi editado em 1965, quando a agricultura e a pecuária brasileira eram atividades tradicionais de baixa produtividade e de reduzidas dimensões, incapaz, sequer, de suprir nosso mercado interno de alimentos. As grandes transformações de nossa produção rural, que tornaram o Brasil o segundo maior exportador de alimentos, só começariam dez anos mais tarde. A extensão e a natureza dessas transformações, por si só, já tornariam as regras do Código Florestal obsoletas e ultrapassadas.

Posteriormente, em pleno regime democrático, uma série de atos normativos do Governo, além da edição de medidas provisórias alteraram, sem considerar a ciência agronômica e os critérios internacionais de conservação adotados por outros paises, para muito pior as disposições do Código, criando uma situação desastrosa em que praticamente 90% do universo de 5,2 milhões de propriedades rurais do país, passaram para a ilegalidade.

A vigência da atual legislação, que em grande medida é obra de burocratas, sem conhecimento da ciência agronômica e das boas práticas e não de legisladores eleitos para fazer as leis, criou uma situação de tal modo absurda que tornou ilegal quase toda a atividade agropecuária. Reconhecida, internacionalmente, como a mais sustentável do planeta e um exemplo a ser seguido pelos países emergentes da África e da Ásia, como sugeriu recentemente a infl uente revista The Economist.

Em contraposição, nenhum dos grandes países produtores do mundo

submete seus agricultores aos limites e restrições que foram aqui estabelecidos. Estados Unidos, Europa, Argentina, Austrália, nenhum deles tem algo equivalente à nossa reserva legal ou às exigências das áreas de proteção permanente. Nenhum deles pune seus agricultores por produzir em áreas que um dia foram fl orestas, nem cogita de obrigá-los a parar de produzir para tentar recriar o ambiente de outrora.

A aplicação pura e simples da lei atual obrigaria, por exemplo, o fi m da produção de arroz nas várzeas do Rio Grande do Sul, responsável por dois terços da produção nacional, algo entre 6 a 7 milhões de toneladas por ano. Como o arroz é o nosso principal alimento e no mercado mundial um tal volume não está disponível para importação, teríamos que mudar rapidamente a dieta de nossa população e o arroz passaria a ser alimento apenas dos mais ricos.

A aplicação apenas das normas da reserva legal, uma invenção exclusivamente brasileira, que não existe em país algum do mundo, sem ressalvas ou adaptações, retiraria da produção praticamente um quinto de todas as áreas exploradas atualmente com a agricultura e a pecuária, com redução brutal da produção rural brasileira e da renda dos produtores.

O resultado imediato seria a elevação forte e repentina dos preços dos alimentos no mercado doméstico e o desaparecimento dos excedentes para a exportação. Como são os saldos comerciais do agronegócio que asseguram o relativo equilíbrio de nossas contas externas, o Brasil, certamente, seria precipitado em uma grave crise cambial, com a imediata depreciação da moeda, o aumento da infl ação e o fi m do crescimento econômico. A lei atual, entre seus inúmeros defeitos, ignora inteiramente as consequências econômicas de

sua aplicação. Só para restabelecer a vegetação natural, que foi substituída para a produção dos alimentos que consumimos e exportamos, seriam necessários duas vezes o PIB anual de todo o setor agropecuário, apenas com o plantio, sem considerar a perda de produção das áreas esterilizadas. E se o Brasil quiser fazer isso de uma hora para outra, não teremos mudas sufi cientes. Os altos custos certamente arruinariam a maioria dos produtores rurais brasileiros.

Se o objetivo da legislação fl orestal em vigor é a preservação do meio ambiente, suas normas e suas penalidades são equivocadas. A tentativa de interditar áreas de exploração agrícola já longamente consolidadas para nelas reconstituir as paisagens nativas do passado, é irrealista e contraria não só a ciência – pela falta de plausibilidade e de funcionalidade ambiental – mas também os interesses do Brasil e dos brasileiros.

A proposta de revisão do Código Florestal, ao contrário do que afi rmam seus detratores, mantém as mais duras disposições da legislação hoje em vigor, inclusive a exigência, mais uma vez, exclusivamente brasileira, de reserva legal e de áreas de preservação permanente, fi xadas por critérios abstratos. Mas busca preservar as áreas em produção já consolidadas. Abandona a disposição punitiva, própria de quem quer destruir e não preservar para o futuro e que causa danos aos proprietários, sem nenhuma vantagem para a natureza. Cria formulas factíveis de cumprimento da lei.

Aprovada esta revisão, teremos, pela primeira vez, uma legislação ambiental democrática. Socialmente reconhecida e acordada, apta a ser cumprida espontaneamente, sem a intervenção repressora da burocracia governamental e capaz de garantir proteção efetiva ao meio ambiente.

CÓDIGO FLORESTAL

Porque é importante mudar O CÓDIGO FLORESTAL?

4 | União Rural - Informativo FAEC/SENAR

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O XV Seminário Nordestino de Pecuária – PECNORDESTE chega este ano a sua 15ª edição, como

evento reconhecido nacionalmente pela sua qualidade e pelo alcance de seus resultados.

Este compromisso de excelência exigiu a busca de um novo formato que amplia, ainda mais, os espaços para a discussão de políticas públicas e de inovações tecnológicas que fortaleçam o agronegócio da pecuária, a solução das questões ambientais e o desenvolvimento sustentável do Nordeste.

É neste momento de transformações políticas, sociais, econômicas e parâmetros ambientais no Nordeste e no Brasil, que

o evento assume a missão de estimular o debate de ideias. Aqui estarão reunidos os mais representativos nomes dos setores público e privado repensando o agronegócio da pecuária e, certamente encontrando novos caminhos e soluções para um setor de vital importância para a nossa região e para o nosso País.

Maiores informações: Ana Cecília (Organização - Prática Eventos) Paulo Helder (Coordenador Geral)Jorge Prado (Coordenador da Comissão Técnica e Cientifi ca)

Fone: (85) 3535.8000

XV PEC NORDESTE de 13 A 16 de Junho de 2011Centro de Convenções do Ceará - Fortaleza-Ce

RICARDO LIMA DE MEDEIROS MARQUES, Engenheiro Agrônomo da Secretaria de Recursos Hídricos e Produtor Rural,

A convite da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará- FAEC, esteve

no dia 15, no Auditório do Sebrae, em mais uma reunião do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense, o Engenheiro Agrônomo da Secretaria de Recursos Hídricos e Produtor Rural, RICARDO LIMA DE MEDEIROS MARQUES, que discutiu o tema: “PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO HIDROAMBIENTAL – CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO.”

Na ocasião o anuncio sobre o Projeto foi feito pelo Presidente da Faec, Flavio Viriato de Saboya Neto.

O Engenheiro Ricardo Lima disse aos participantes que o Projeto de Desenvolvimento Hidroambiental – PRODHAM teve seu inicio em 2001, concebido como parte integrante do Programa de Gerenciamento e Integração dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará(PROGERIRH), constitui um dos projetos-piloto prioritários na busca de formas de promoção da sustentabilidade dos recursos hídricos e das populações rurais do Estado, mitigando, assim, os efeitos sociais e econômicos das secas e corrigindo o processo de degradação ambiental, causado pela conjugação dos períodos cíclicos de estiagem e uma forte pressão antrópica, que atua, especialmente, nas nascentes das bacias hidrográfi cas.

O PRODHAM permitiu, igualmente, desenvolver um trabalho de conscientização das comunidades sobre sua permanente responsabilidade

AGROPACTO debate sobre o desenvolvimento hidroambiental no semiárido

na preservação e multiplicação dessa experiência de recuperação e preservação hidroambiental.

Para a implementação do PRODHAM, em caráter piloto e experimental, foram selecionadas 04 microbacias do Estado do Ceará, sendo localizadas duas na região do semiárido (Rios Cangati e Batoque) e duas em áreas subúmidas (Rios Pesqueiro e Salgado), com uma superfície variando de 3.000 a 5.000 ha e que estão inseridas em bacias hidrográfi cas, que têm como principal função o abastecimento humano. A população residente nas áreas está entre 170 - 350 famílias e a estrutura econômica e produtiva está baseada em uma agricultura de subsistência.

Ricardo ressalta, que o Ceará é constituído por 80% de rochas cristalinas, camadas de solos rasos e poucos recursos hídricos subterrâneos e que 20% do estado está em processo de desertifi cação,com isso infl uenciou a construção de dispositivos de acumulação natural de umidade e sedimentos e de manejo de solos, com técnicas apropriadas de conservação, para organizar a recomposição da biodiversidade com essências nativas selecionadas.

O projeto tem a metodologia de atuação em áreas de microbacias hidrográfi cas, estudos básicos e diagnósticos, planejamento e convênio com associações locais.

Segundo Ricardo, os resultados da ação do PRODHAM são: diminuição da erosão, melhoria da qualidade da água

do solo, aumento da quantidade de água disponível, ressurgimento de olhos d’água (em Canindé ressurgiram cinco), redução da perda do solo aluvional, diminuição do assoreamento, aumento da cobertura vegetal, diversifi cação dos cultivos, geração de renda, incorporação dos temas de educação ambiental nas escolas, dentre outros.

Para ele, o segredo do PHODHAM é “atuar de forma concentrada nas microbacias hidrográfi cas, com atividades integradas nas dimensões ambientais, sociais, econômicas e de conhecimento.”

Paulo Sucupira, gerente de agronegócio do Banco do Brasil colocou-se à disposição para a ampliação do projeto.

Por fi m, o presidente da Faec, Flávio Saboya falou a Ricardo que o Projeto de Desenvolvimento Hidroambiental pode contar com a Federação.

5Março 2011 |

SENAR SINRURALCEARÁ

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PROJETO BALDE CHEIO é tema do AGROPACTOUm dos problemas da pecuária leiteira

do Brasil é que muitas das informações geradas nas instituições de ensino e pesquisa não chegam aos produtores, principalmente os de pequeno porte. Uma das causas dessa não aplicação de técnicas é o desconhecimento pela maioria dos extensionistas, sobre o signifi cado de produzir leite de forma intensiva e sustentável.

PROJETO BALDE CHEIO – UMA ALTERNATIVA PARA O CEARÁ, Resultado da parceria entre Sebrae Ceará, Sistema FAEC/SENAR, OCB-CE, produtores do seguimento leiteiro da Região a Laticínios Betânia, foi discutido no dia 29 no Encontro Semanal do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense – AGROPACTO. Na ocasião, o Consultor da Pecuária Intensiva Consultoria e Treinamento LTDA, Samer Ramos Monteiro Rodrigues, ministrou a palestra.

A abertura foi realizada pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará – FAEC, Flavio Viriato de Saboya Neto.

Surgido em 1988, Artur Chinelattto criador do projeto, via a necessidade de ser uma atividade rentável para o produtor, o projeto então foi desenvolvido pela Embrapa Sudeste com o objetivo de promover o desenvolvimento da pecuária leiteira na região de atuação de extensionistas vinculados a instituições públicas ou privados, por meio de transferência de tecnologia, utilizando uma metodologia inovadora, na qual uma propriedade leiteira de cunho familiar, transforma-se numa “sala de aula prática”, denominada UD (Unidade de Demonstração), onde o conhecimento de todos os envolvidos (pesquisadores, extensionistas e produtores) é atualizado. A partir do implantação do projeto a UD passa a ser uma referência na região, permitindo que outro produtores acompanhem o trabalho de viabilização

da produção de leite, sob vários aspectos: técnico, econômico, social e ambiental.

Como projeto piloto, a iniciativa chega ao Ceará benefi ciando, inicialmente, 100 produtores do Sertão Central e Baixo Jaguaribe, sendo 50 de cada região. Durante o projeto, eles participarão de seminários de sensibilização e avaliação de cursos gerenciais e tecnologicos e de consultorias na área gerencial do Sebraetec e assistencia técnica continuada.

Para participar do projeto, o produtor deve desenvolver atividade rural familiar, ter o leite como principal fonte de renda estar geografi camente inserido em uma rota de coleta do produto.

Os produtores acompanhados pelo projeto terão obrigações tais como: fazer exames de brucelose e tuberculose, permitir visitas a propriedade, executar o que foi combinado com o técnico, fazer sempre anotações climáticas, fi nanceiras, zootécnicas.

Com o projeto atuando nas propriedades e com os resultados obtidos, é observado que intensifi ca o uso racional da terra, gera renda, conserva o ambiente e cumpre com a lei ambiental.

O Projeto Balde Cheio é aplicado

hoje em mais de 6000 propriedades nas regiões brasileiras. Até o fi nal de 2013, a meta do Projeto Balde Cheio é chegar a 200 produtores nas duas regiões.

Foram debatidos, no encontro, a questão do solo e a alimentação dos rebanhos com a palma, o Senhor Luiz Girão, empresário da Betânia, questionou a possibilidade de o produtor trabalhar no Ceará, em áreas de sequeiro e alimentar o rebanho com palma. Em resposta Samer, Consultor da Pecuária Intensiva disse que é uma questão de área e umidade para conseguir uma produção de palma, e que isso deve ser discutido entre técnicos e produtores da região.

Atualmente são 50 pessoas capacitados a treinarem 500 técnicos em todo o Brasil.

Samer destacou que, onde houver uma demanda de produtores de rebanho, o projeto irá atuar, mas com isso, os produtores têm que buscar as informações para que o projeto possa atuar nas devidas áreas.

Por fi m, Flávio Saboya, presidente da Faec e o tecnico Gemano Parente, representante do Sebrae, disseram que apóiam o projeto, para que possa ser ampliado, também , em outras regiões.

Está previsto para 1º de maio o início da campanha contra a febre aftosa 2011 no Ceará. A segunda etapa de vacinação será realizada em novembro. A informação é do titular da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), Nelson Martins.

O secretário espera a vinda de técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) entre março e abril. Nelson Martins

explica que a sorologia do rebanho, que determina se o Estado poderá mudar de classifi cação de risco da doença, só deverá ser feita no segundo semestre.

Ele esteve em Brasília com outros secretários de Desenvolvimento Agrário, numa audiência com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. "O Mapa tem defi nido todo um calendário de visitação para

o Nordeste ao longo deste ano. Porque a ideia é que toda a região possa tornar-se zona livre de aftosa com, ou sem vacinação", afi rmou Nelson Martins.

Enquanto isso, a divulgação dos resultados da campanha realizada no fi m de 2010 aguarda as ações educativas a serem realizadas junto a 36 mil criadores cearenses, que deixaram de vacinar seu rebanho,

VACINAÇÃO contra aftosa será iniciada em 1º de maio

6 | União Rural - Informativo FAEC/SENAR

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Os criadores devem regularizar a situação cadastral nos escritórios da Adagri e Ematerce.

No dia 14 de março, começou a notifi cação dos cerca de 37 mil criadores que deixaram de vacinar o rebanho contra a febre aftosa, pelo menos uma vez nos últimos três anos. Os técnicos e fi scais da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ematerce) receberam instruções, para a orientação e atualização cadastral dos proprietários.

Segundo o Presidente da Adagri, Augusto Junior, a reunião no dia 11 de março foi a primeira ação da pós campanha 2010 e inicia a pré-campanha, da primeira etapa de vacinação 2011 contra a febre aftosa. Ele explica que os proprietários notifi cados deverão comparecer aos escritórios da Adagri, Ematerce ou Secretarias Municipais de Agricultura, para regularizar a situação no cadastro de inadimplentes. Em alguns casos, “o rebanho não existe mais ou o produtor faleceu. Isso atrapalha o índice de vacinação”, explica Augusto.

Ele afi rma que o intuito é regularizar a situação do rebanho e fazer vacinação assistida dos que faltam.“ Adagri e Ematerce vão identifi car e notifi car os proprietários e a ação vai até 30 de março”. Segundo Walmir Severo, diretor da Ematerce, cabe à empresa de assistência ajudar na divulgação e no esclarecimento, além de orientar os criadores para a campanha de vacinação 2011, que se iniciará em maio. “Pelo menos 70% dos agricultores vão regularizar”, afi rma Walmir.

O fi scal da Agradi, Célio Rocha atua na região de Campo Sales com a defesa sanitária animal. Ele disse que a força tarefa vai conseguir enxugar e corrigir os cadastros, ajudando o Ceará a sair da zona de risco médio da doença. “Nós orientamos e fazemos a educação sanitária. Quase sempre somos bem recebidos”, disse.

No último dia 10 de março, os fi scais da Adagri também discutiram aspectos da campanha de vacinação contra a febre aftosa, além de orientações legais como a cobrança da multa. Segundo o presidente da Adagri, é cobrado 5 UFIRCE por cada animal, não vacinado.

COMEÇA a notifi cação de proprietários de rebanhoCOMEÇA a notifi cação de proprietários de rebanho

pelo menos uma vez nos últimos três anos.

Os criadores inadimplentes serão notifi cados a comparecer, num prazo de 15 dias, às unidades da Adagri ou nos escritórios da Ematerce mais próximos para se justifi car. Caso comprovem que a vacinação está em dia, serão incluídos no cadastro dos adimplentes. Caso contrário, será realizada a vacinação assistida do rebanho, às custas do proprietário. Somente, em última instância, serão

aplicadas multas aos criadores que insistirem em não vacinar.

"A nossa meta não é multar, e sim fazer um trabalho educativo junto aos criadores. Porque é do interesse deles que haja maior qualidade e controle daquilo que eles produzem, a fi m de que possa ser comercializado em outros Estados e, futuramente, no exterior", fi naliza.

Fonte: Diário do Nordeste

FEBRE AFTOSA

7Março 2011 |

SENAR SINRURALCEARÁ

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Uma s olução para tornar Granja competitível em pecuária e criação de tilápia e peixes a nível nacional.

Fazer ração para bovinos, suínos, caprinos, e peixes, é fazer do Ceará igual ou melhor produtor em pecuária do que o estado do Paraná, pois nós temos 5 bilhões de quilos de palha de carnaúba, 8 bilhões de quilos de pedúnculos de caju . E, ainda temos a carnaubinha e a mandioca capazes de produzir até 40 toneladas por hectares em 10 meses com o processo de gotejamento. Então, o Ceará com esses produtos, pode ser competitivo com o Paraná. Nós temos clima, e uma forma barata de fazer uma ração de excelente qualidade.

Em Granja , localizado, a 335km de Fortaleza, a experiência com a bagana da carnaúba vem dando certo. O município foi criado em 1776, sendo a sede elevada à categoria de cidade em 1854. Conhecida pelas vastas planícies cobertas de belos carnaubais e interrompidas por serrotes e outeiros, dos quais o mais alto é o da Tiaia.

E é nessa cidade que o engenheiro agrônomo, Aníbal Arruda, desenvolve há 8 anos uma experiência pioneira que é a utilização da bagana da carnaúba que produz segundo ele, a "Ração da vida," em que é possível fazer-se com apenas três produtos básicos: carnaúba, palha da carnaúba e a bagana.

Há anos, ele prega o método que segundo ele, ainda não foi reconhecido, cientifi camente, mas na prática traz excelentes resultados na produtividade dos animais.

Inicio da ExperiênciaTudo começou a partir de

observações empíricas, ele viu que os animais comiam a palha da carnaúba verde, e o porquê de não comerem a bagana?Indagou. E como experiência, foram confi nados um casal de bovinos somente com baganas, água e sal, durante uma semana, observou-se que o macho comeu a bagana, mas fi cou com a boca ferida devido ao gume da palha entrar na boca e na gengiva do animal. Com isso, foi triturada toda a bagana, mas aconteceu que, por a bagana ser muito leve, fl utuava e não dava produção, daí foi desenvolvido uma forrageira com um exaustor e o problema foi resolvido.

Pegaram o pedúnculo do caju, prensaram fazendo o melaço e mandaram examinar, resultado: a

farinha do caju tem 15% de proteína, o milho tem 8%, e o melaço tem 6 vezes mais energia que o milho, então em comparação ao pedúnculo do caju com o milho, constatou que o caju é 6 vezes maior que o milho em energia.

Fizeram o teste, também, com o fruto da carnaúba e verifi caram que ele tem a mesma quantidade de proteína do milho, sendo 3 vezes a mais de energia. Com isso o Engenheiro Anibal verifi cou que poderia desenvolver rações fareladas sem utilizar o milho e o farelo da soja, tendo melhores resultados usando a carnaúba e o caju.

Foi feito o primeiro teste com os animais e se observou que nessa ração farelada, os animais selecionavam, comendo o farelo do caju e o melaço, deixando a bagana. Então começavam a resolver esse problema utilizando o processo de Peletização.

O que é peletização

Pletização seria o processo de trituração da ração, ou seja, na propriedade do Sr. Anibal esse processo dar-se através da colheita de capim verde, onde é levado para o secador solar (estufa coberta com um plástico especial que resiste a diferentes temperaturas), onde esse capim é colocado para secar, depois é levado à forrageira e transformado em pó, é peletizado com a palha da carnaúba, pedúnculo do caju, melaço e o fruto da carnaúba, é colocado para secar, atingindo 0% de água. É poletizado a um motor de 1HP e sem usar vapor, diferentemente das industrias. Outra vantagem, que nesse mesmo secador, podem secar também carnes, em que depois passadas pelo processo de salmora, são colocadas no secador solar, onde a carne fi ca seca, levada para o forrageiro e moinho e transformada em farinha de carne ou de peixe, tendo 48% de proteínas.

O município de Granja produz 1 milhão e quinhentos mil quilos de pó, o que equivale a um peso da bagana que dá para criar junto com o bagaço, 6 milhões de ovinos que representam 60% de toda produção do nordeste.

Segundo Anibal, com o aval da prefeitura e com as comprovações cientifi cas é possível juntar os produtores e explorarem ovinos, caprinos, bovinos, tilápias.

Com a criação de tilápias, é vendido somente o fi lé, aproveitando-se as sobras para a fabricação da farinha de

peixe misturando a ração peletizada, com a qual em 6 meses possa ser engordado um carneiro em até 40kg, esse carneiro levado ao abate é vendido apenas as partes traseiras e dianteiras e com resto sendo feito a ração de carne que já seria utilizada na alimentação das tilápias e crescendo na produção de até 3 safras por ano.

“No processo integrado, nada se perde, tudo se aproveita. Sendo apenas produtos básicos: caju e carnaúba e como aglutinante é usado a mandioca como digestivo, energético e carboidrato. Com isso é fechado o ciclo da farinha da carne e peixe complementando as rações.”

Segundo Anibal a Prefeitura contribui com o produtor com seu projeto, que pode ser independente ou através de cooperativas, mas ele acredita que com um projeto através do sistema de cooperativas o produtor irá integrar-se aos frigorífi cos fazendo uma redução de custos, pois os estes fi carão encarregados não somente da carne, mas, também com a comercialização da pele, fi lé e também se encarregará na fabricação da farinha de peixe e de todos os outros produtos que possam advir.

“É mais fácil quebrar um átomo do que o preconceito. Eu quebrei o preconceito. Hoje, nós temos mil cabeças de ruminates vivendo e comendo a bagana da carnaúba, que tem 20% de proteína. A tendência no Ceará não é para a agricultura, é para a pecuária, porque nós temos sol. O Ceará pode ser rico plantando carnaúba e criando ruminantes.”

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BAGANA da Carnaúba

ANÍBAL ARRUDA, Egenheiro Agrônomo, Empresário. Desenvolveu a Ração da Vida

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O IV Congresso Cearense de Aqüicultura, em Camocim foi realizado em março. Entre os destaques discutidos no evento, os impactos ambientais, os investimentos na área e as pesquisas realizadas sobre o tema.

Um das palestras foi ministrada pelo professor e doutor em ciências ambientais, Márcio Vaz dos Santos, da Universidade Federal do Maranhão. Ele destacou sobre o impacto do cultivo do camarão no meio ambiente. O professor defende que o cultivo do camarão não destrói os manguezais.

Em outro momento do congresso, o secretario de pesca, Flávio Bezerra, disse que é necessário incentivar o setor pesqueiro. O presidente da Associação Cearense de Criação de Camarões (ACCC), Cristiano Maia, defendeu um maior aquecimento do comercio aquicultor local. “Precisamos aquecer o mercado, incentivar a produção, pois existe uma demanda grande e não estamos conseguindo atender a todos”, afirmou.

Ambientalistas afirmam que a carcinicultura causa destruição das zonas de mangues brasileiras. Segundo o presidente da Associação Cearense de Criação de Camarões (ACCC), Cristiano Maia, a associação vem adequando aos regimentos legais, fiscalizando, incentivando, apoiando estudos que tracem caminhos para os criadores de camarão em cativeiro.

Segundo Maia, nos últimos anos a carcinicultura cearense ultrapassou a do Rio Grande do Norte, tornando-se maior do Brasil.

CARNAUBA

BAGANA ( SUBPRODUTO DA CERA DA CARNAÚBA)BAGANA NOVA : 6% DE PROTEÍNABAGANA COM 1 ANO: 15% DE PROTEÍNABAGANA COM 2 ANOS: 22 % DE PROTEÍNABAGANA COM 3 ANOS: 30 % DE PROTEINA

MANDIOCA: 1.2 % DE PROTEÍNA, AGLUTINANTE QUE FAZ A DIGESTÃO NO ANIMAL

PEDÚNCULO DO CAJU: TRITURADO, PRENSADO, SECO, E COM A ÁGUA TEM-SE O MELAÇO QUE É COLOCADO 5% NA RAÇÃO PARA DAR O GOSTO

FARINHA DE CARNE E FARINHA DE PEIXE

De acordo com Aníbal, os índios chamavam a carnaúba de árvore da vida, devido ao seu fruto carnaubinha, e pela boa quantidade de proteínas encontradas na mistura, ele chamou de ração da vida, pois a carnaubinha tem a mesma quantidade de proteína e 3 vezes mais que a proteína do milho e que até há um ano atrás, isto não era aproveitado.

Fazer ração para bovinos, suínos, caprinos, e peixes, é fazer do Ceará igual ou melhor produtor em pecuária do que o estado do Paraná, pois nós temos 5 bilhões de quilos de palha de carnaúba, 8 bilhões de quilos de pedúnculos de caju, ainda temos a carnaubinha e a mandioca e fazer 40 toneladas por hectares, em 10 meses, com o processo de gotejamento. Então o Ceará com esses produtos, pode ser competitivo com o Paraná. Nós temos clima, e uma forma barata de fazer uma ração de excelente qualidade, ressalta Anibal.

O PORQUE Ração da Vida?

COMPONETES DA RAÇÃO:

A carnaubeira (“copernifera cerífera”), chamada pelo botânico Pio Correia de “Árvore da Vida”, produz em suas folhas um pó cerífero utilizado para a produção da cera de carnaúba, com inúmeras aplicações econômicas, tanto domésticas como (e principalmente) industriais, no Brasil e no exterior. Até o fi nal dos anos 40, início dos anos 50, a cera de carnaúba constituiu um produto muito valorizado, mas a concorrência com as ceras sintéticas e polímeros determinou a decadência do produto natural.

Resistente à seca como o juazeiro, a carnaubeira dá beleza à paisagem do sertão. Exuberante e bonita, é uma palmeira aproveitada integralmente: a fi bra extraída da folha serve para produzir tarrafas, escovas, cordas, chapéus, bolsas, esteiras, etc.; a casca serve como lenha; a palha serve para a cobertura de casas e de solos agrícolas; os cachos dos frutos, colhidos maduros e submetidos à secagem, servem para a extração de óleo comestível e para a alimentação do gado; o tronco (caule), com duração indefi nida, serve para fazer ripas e caibros usados em construções.

O Parque Estadual das Carnaúbas, criado pelo governo do Estado do Ceará por meio do Decreto nº 28.154, de 15 fev. 2006, localizado na cidade de Granja (335 km de Fortaleza), nas imediações do distrito de Timonha, com mais de 10 mil hectares, destina-se a dar proteção integral à carnaúba, árvore símbolo do Estado.

CONGRESSO de Aquicultura realizado em Camocim

SAIBA MAIS

9Março 2011 |

SENAR SINRURALCEARÁ

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O agronegócio brasileiro corresponde a 1/3 do PIB, 1/3 das exportações e é o segmento que mais gera empregos no país. Porém, em muitos municípios brasileiros, as políticas públicas não contemplam o setor.

As Secretarias Municipais de Agricultura são responsáveis pela formulação e implementação das políticas de desenvolvimento local, por isso precisam ser fortalecidas e modernizadas.

Nelas, a falta de recursos e pessoal qualifi cado é uma realidade, da mesma forma que a falta de equipamentos, orçamento, difi culdades de gestão e governança compartilhada. O Sistema CNA/SENAR conhece essa realidade, e, por essa razão, está implantando o PROGRAMA SECRETARIA EFICIENTE, existente apenas há 1 ano.

O programa busca dotar as Secretarias de melhores condições para formentar o agronegócio, com novas ferramentas de gestão, promover maior aproximação com os produtores rurais e o desenvolvimento local.

O objetivo do programa é dotar as Secretarias Municipais de Agricultura de condições propícias para a prestação de serviços públicos com efi cácia, auxiliando na estruturação do planejamento de ações para promover o fortalecimento do setor

agropecuário no município, tais como: fortalecer institucionalmente as secretarias municipais de agricultura com equipamentos e capacitação de seus colaboradores, promover atuação efi ciente e efi caz das secretarias, com aproximação e auxilio de produtores rurais em suas atividades, estimular o consumo e compras governamentais da produção rural local, gerar demanda por programas ou cursos do SENAR baseados nas necessidades ou defi ciências detectadas, estreitar os relacionamentos entre os atores e entidades públicas e privadas ligadas ao agronegócio.

Nos dias 24 e 25 de fevereiro realizaram-se dois workshops no município de Ibaretama. O evento contou com a presença de Victor Hugor Rodrigues, gestor do Senar Nacional, Francisco Edson de Moares, prefeito de Ibaretama, Anízio de Carvalho, superintendente do Senar, Fernando Junior, representando o Banco do Nordeste, José Moacir, gerente da Ematerce, Paulo Henrique Medeiros, gestor do Banco do Brasil. Juntos discutiram o plano de ação para modernizar a Secretaria da Agricultura e Recursos Hídricos do Município.

Com a estruturação das Secretarias, espera-se que a equipe da Secretaria da Agricultura possa atuar dentro de uma fi losofi a das estratégias do Programa, maior efetividade dos

programas parceiros, ampliação da disponibilização de treinamentos feito pelo SENAR-Ce, aproximação maior dos agricultores com a Secretaria, fortalecimento do Sindicato Rural, desenvolvimento econômico local e preservação dos recursos ambientais.

MAIORES INFORMAÇÕES:

Sérgio Oliveira da SilvaEng. Agrônomo - M.sc. em FitotecniaTécnico em Formação Profi ssional Rural

Tel: (85) 3535.8004Fax: (85) 3535.8001

Meu nome é... Maria Luisa Silva Rufi no

Meu trabalho é...Trabalhar em uma área que envolve

a formulação e execução políticas para o desenvolvimento do agronegócio na região. Na busca do crescimento da produção, na geração de emprego e de renda, bem como a inclusão social e a redução das desigualdades sociais.

Quanto tempo trabalho neste lugar...Na Superintendência Federal da

Agricultura estou há 6 anos como funcionária pública tenho 42 anos de serviços prestados

Queria ter sido... Na realidade a área de Agronomia

sempre esteve em minha preferência.

Conselhos que mudaram minha vida...Sempre tive em mente que atitudes

éticas e lutar por meus objetivos, me levassem a percorrer caminhos seguros e que levo comigo até hoje.

Tenho um sonho...Meu sonho é que nosso país se torne

livre da corrupção nas diversas áreas do poder e a erradicação da violência na sociedade.

Acredito em...Deus e no seu poder.

Em tempo tenso...Rezo e peço a Deus para que me

auxilie na tomada de decisões.

Negócio do futuro...O agronegócio sustentável e a sua

incorporação de recursos naturais na elevação da produtividade agrícola, com uma expansão sem agressões ao meio ambiente.

No meu trabalho tem...Pessoas comprometidas no

desenvolvimento de propostas sustentáveis e benefício da Sociedade Brasileira.

Sistema CNA/SENARimplanta PROGRAMA SECRETARIA EFICIENTE

Entrevista

Work Shop realizado no município de Ibaretama

Maria Luisa Silva Rufino

Nessa edição, a entrevistada é Maria Luisa Silva Rufi no, Superintendente Federal do Ministério da Agricultura do Estado do Ceará.

10 | União Rural - Informativo FAEC/SENAR

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Presidentes de Sindicatos RuraisMUNICÍPIO PRESIDENTE FONE

ACOPIARA FCO CHAGAS DE CARVALHO NETO (88) 9908.9299

ALCÂNTARA JOSÉ OSMAR LOPES (88) 9281.2471

ALTANEIRA RAIMUNDO ARRAES DE OLIVEIRA (88) 9934.3543

AMONTADA HUMBERTO ALBANO DE MENEZES (88) 9955.1178

ARACATI NORMANDO DA SILVA SOARES (85) 9652-5699

AURORA FRANCISCO TARCISO LEITE (88) 8897.0650

BANABUIÚ JOSÉ ERNANDO DE OLIVEIRA (88) 9965-0181

BARREIRA ELENEIDE TORRES B. DE OLIVEIRA (85) 9207-8450

BATURITÉ FRANCISCO INÁCIO DA SILVEIRA (85) 8681.1243

BEBERIBE GEHYSE KIRIE CERIS E SANTOS (85) 8747.5701

CANINDÉ BERTOLDO UIAQUERÊ DE O. PAIVA (85) 9970-5693

CASCAVEL PAULO HELDER DE ALENCAR BRAGA (85) 9981.4357

CATUNDA ANTONIO ROMILDO FEIJÃO (88) 3686.1112

CAUCAIA HENRIQUE MATIAS DE PAULA NETO (85) 9997-2618

CEDRO JOSÉ FERREIRA LIMA (88) 3564.0155

COREAÚ JOSÉ PINTO DE ALBUQUERQUE (88) 9928.0245

CRATEÚS ANTONIO NARCELIO DE O. GOMES (88) 9291.4881

CRATO FRANCISCO FERNANDES FERREIRA (88) 9969.6011

GUAIÚBA HAROLDO MOURA SALES (85) 8644.3200

GUARACIABA DO NORTE JULIÃO FERREIRA SOARES (88) 9904.7336

IBARETAMA CARLOS BEZERRA FILHO (85) 9198-9826

IGUATU JOSÉ BESERRA MODESTO (88) 8814.5666

INDEPENDÊNCIA MOACIR GOMES DE SOUSA (88) 9986-5600

JAGUARETAMA EXPEDITO DIÓGENES FILHO (88) 9217.5011

JAGUARIBE MARIA ZIMAR PINHEIRO DIÓGENES (88) 9218.1412

LIMOEIRO DO NORTE LUIZ MENDES DE SOUSA ANDRADE (88) 9958-8000

MADALENA FRANCISCO ALMIR FRUTUOSO SEVERO (88) 92512506

MARANGUAPE FRANCISCO DE ASSIS VIEIRA FILHO (85) 8739.2598

MARCO ALEXANDRE MAGNUM LEORNE PONTES (88) 9928.1092

MASSAPÊ JOSÉ T. VASCONCELOS JÚNIOR (88) 9955.6915

MILAGRES FRANCISCO WILTON FURTADO ALVES (88) 9292-0123

MONSENHOR TABOSA FCO DAS CHAGAS FROTA ALMEIDA (85) 8777-4275

MORADA NOVA FCO EDUARDO B. DE LIMA JUNIOR (88) 9921.7979

MORRINHOS JOÃO OSSIAN DIAS (88) 9952-1774

MOMBAÇA FRANCISCO DANÚBIO DE ALENCAR (88) 8806.8846

PIQUET CARNEIRO FRANCISCO ERIVANDO MAIA (88) 9264-3586

QUIXADÁ FCO FAUSTO NOBRE FERNANDES (88) 9969.2392

QUIXERAMOBIM JOSÉ MAURO MAIA RICARTE (88) 8818.0090

RUSSAS PEDRO MAIA ROCHA JUNIOR (88) 9902-7106

SANTANA DO ACARAÚ FRANCISCO HELDER LOPES (88) 9967.8554

SENADOR POMPEU JOSIEL BARRETO DA SILVA (85) 9986.4789

SOBRAL HIRAM ALFREDO CAVALCANTE (88) 9171.1032

SOLONÓPOLE JOSÉ ALRIBERTO PINHEIRO (88) 9600-5102

TAMBORIL JUSSARA DIAS SOARES (85) 8868.3521

TIANGUÁ FERNANDO ANTO. V. MOITA (88) 9602.9046

TRAIRI JOÃO ALVES FREIRE (85) 9444-7240

UBAJARA INÁCIO DE CARVALHO PARENTE (88) 9953.5382

VIÇOSA DO CEARÁ WILLAME REIS MAPURUNGA (88) 9237-1085

COORDENAÇÃO REGIONAL COORDENADOR FONE

IBIAPABA (UBAJARA) INÁCIO DE CARVALHO PARENTE (88) 9953-5382

SINDICATO PRESIDENTE FONEPRESIDENTE/JUNTA GOVERNATIVA ÁLVARO CARNEIRO JÚNIOR (88) 9927-1110

A Chefe do Departamento Sindical da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará – FAEC, Senhora Maria Nilza Luna Lucas presidiu a eleição e posse dos Sindicatos Rurais de Madalena, Morada Nova e Jaguaribe realizadas, respectivamente, nos dias 28 de janeiro, 21 e 25 de março, para um mandato de três anos.

No Sindicato Rural de Madalena, a Diretoria Executiva ficou constituída pelos agropecuaristas: PRESIDENTE: Francisco Almir Frutuoso Severo; VICE-PRESIDENTE: Francisco de Assis Bezerra da Silva; SECRETÁRIO: Antonio Soares Sousa; TESOUREIRO: José Eurinaldo Vieira. O Sindicato Rural de Morada Nova, a Diretoria tem a seguinte composição: PRESIDENTE: Francisco Eduardo Barros de Lima Junior; VICE-PRESIDENTE: Gerson Eduardo Menezes Bezerra; SECRETÁRIO: José Evaldo Chaves; TESOUREIRO: João de Deus Girão Filho. Já no Sindicato de Jaguaribe, a sua Diretoria foi composta pelos Senhores: PRESIDENTE: Maria Zimar Pinheiro Diógenes; VICE-PRESIDENTE: Antonio Carlos de Freitas; SECRETÁRIO: Francisco Diógenes Neto; TESOUREIRO: Jose Abner Nogueira Diógenes Pinheiro.

A Federação da Agricultura parabeniza e congratula-se, com os companheiros eleitos, pois acredita na capacidade empreendedora desses líderes que, espontaneamente, assumem essas entidades com o intuito de trabalhar em parceria com outros órgãos voltados ao agronegócio, buscando o fortalecimento da classe produtora rural em seu município.

Atualização das informações dos Sindicatos Rurais no Cadastro Nacional de Entidades Sindicais – CNES, do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE

O Departamento Sindical da Federação da Agricultura informa da necessidade, por força do cumprimento das Portarias nºS 197 e 01 do MTE sobre o recadastramento das entidades sindicais.

Informa, ainda, que já foram atualizados, junto ao Ministério do Trabalho os Sindicatos Rurais de Amontada, Banabuiú, Cascavel, Caucaia, Coreaú, Crateús, Guaiúba, Independência, Jaguaretama, Maranguape, Quixadá, Quixeramobim e Sobral.

O Departamento, ALERTA aos Senhores Presidentes das Unidades Sindicais, da obrigatoriedade do respectivo cadastro junto ao MTE e coloca-se à disposição para os atendimentos necessários.

Notícias do Departamento Sindical

ELEIÇÕES Sindicais

11Março 2011 |

SENAR SINRURALCEARÁ

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FAEC PRESIDENTE Flávio Viriato de Saboya Neyto, 1º VICE–PRESIDENTE Paulo Helder de Alencar Braga, VICE–PRESIDENTE DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS Carlos Bezerra Filho, CONSELHO FISCAL – EFETIVOS Alexandre Magnum Leorne Pontes, Francisco Fausto Nobre Fernandes, Sebastião Almeida Araújo. SUPLENTES Maria Zimar Pinheiro Diógenes, Henrique Matias de Paula Neto, Francisco Helder Lopes. CHEFE DE GABINETE Gerardo Angelim de Albuquerque. DIRETORIA REGIONAL - MACIÇO DE BATURITÉ Francisco de Assis Vieira Filho, LITORAL LESTE Normando da Silva Soares, LITORAL OESTE João Ossian Dias, NORTE José Pinto de Albuquerque, IBIAPABA Inácio de Carvalho Parente, SERTÃO CENTRAL José Ernando de Oliveira, BAIXO JAGUARIBE Luis Mendes de Sousa Andrade, MÉDIO JAGUARIBE Expedito Diógenes Filho, CENTRO SUL José Beserra Modesto, SERTÃO DOS INHAMUNS Moacir Gomes de Sousa, CARIRI Francisco Fernandes Ferreira. SENAR-AR/CE PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRATIVO Flávio Viriato de Saboya Neto, SUPERINTENDENTE Anízio de Carvalho Júnior. INFORMATIVO FAEC/SENAR-AR/CE JORNALISTA RESPONSÁVEL Silvana Frota / MTB 432 (editora e redatora), ESTAGIÁRIA Nilian Felix (redação e fotos), REVISÃO Gerardo Angelim de Albuquerque, PROJETO GRÁFICO Jailson Silva / Sullivan Rodrigues EDITORAÇÃO ELETRÔNICA E IMPRESSÃO Expressão Gráfi ca, TIRAGEM 1.000 exemplares.

Rua Edite Braga, 50 - Jardim América – Fortaleza/CE - CEP 60.410–436Fone (85) 3535.8000 - Fax (85) 3535.8001www.faec.org.br ● www.senarce.org.br

Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará ● Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - AR/CE

A Secretaria da Fazenda Estadual, através da Lei 14.560 de 21 de dezembro de 2009; Decreto 30.241 de 29 de junho de 2010 e a Instrução Normativa n º 47, que dispõem sobre a Inscrição do Produtor Rural Pessoa Física, serviço já disponibilizado a partir do dia 19 de janeiro do corrente ano. O cadastramento poderá ser feito pela Internet, no site da Secretaria da Fazenda Estadual (WWW.sefaz.ce.gov.br), no link serviços on-line, na opção “Solicitação de Cadastro”.

Após a inscrição, o Produtor deverá comparecer munido dos documentos que comprovem a sua condição de Produtor Rural, em dos Núcleos da SEFAZ, da sua região.

Segue anexa a documentação necessária:

Cópias autenticadas, RG, CPF, Cadastro do Produtor na Receita Federal – CAFIR (é o mesmo número que consta no ITR (NIRF), do comprovante de aquisição do imóvel (Matrícula atualizada do imóvel; ou ainda, contrato de compra e venda; ou contrato de arrendamento); Matrícula CEI (Cadastro Específi co do INSS, como Produtor Rural);comprovante de endereço da propriedade e de residência(água, luz ou telefone); Caso cadastre um Contador responsável, é necessário, Cópia autenticada do CRC do Contador.

Esta conquista foi fruto de um trabalho da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará – FAEC e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR /AR – CE, para atender a uma ansiedade dos Produtores que desejam regularizar-se perante o fi sco estadual.

Ressaltamos ainda que, alguns dos nossos Produtores, já adquiriram o Cadastro de Produtor Pessoa Física na SEFAZ, nos municípios de Taíba, São Luiz do Curu, da Jurisdição do Município da Caucaia; Aquiraz, Itapipoca.

MAIORES INFORMAÇÕES:

Jucileide NogueiraConsultora do ProgramaCasa em Ordem da Faec Fone: (85) 3535.8021

Agricultura RecordCarlos Prado, diretor da Federação

Nacional da Agricultura, celebra o valor Bruto da Produção (VBP) do setor agrícola brasileiro, que em 2010 bateu nos R$189,6 bilhões. É um recorde, que pode ser quebrado em 2011.

Frutas: Ceará em 3ºInforma a Adece, com números do

Ministério de Desenvolvimento, Industria e Comercio Exterior: as exportações cearsenses de frutas, em 2010, alcançaram US$99,1 milhões, o que coloca o Ceará em terceiro lugar de uma lista que tem Pernambuco (US$ 131,8 milhões) em primeiro, a Bahia (US$ 131,032 milhões) em segundo e São Paulo (US$ 80.095 milhões) em terceiro. O quarto é o Rio Grande do Norte, que exportou US$ 79,5 milhões

Leite orgânico é caroSegundo o Ministério da Agricultura,

a produção brasileira de leite orgânico registrada em 2010 chegou a quase 5,5 milhões de litros. É quase nada, pois equivale a só 1% do comércio total do produto. Mas é um avanço na direção certa. Segundo João Paulo Guimarães, pesquisador da Embrapa, o preço do leite tradicional - isto é, de vacas alimentadas com ração - é em média, no Brasil, de R$ 0,80 por litro. O leite orgânico custa em média R$ 1,20 por litro. Ele é caro porque exige mão de obra mais qualifi cada.

Um São José Abençoado

O Projeto São José, uma iniciativa de combate à pobreza no interior cearense, com apoio do banco Mundial, está completando 16 anos. Criado no segundo Governo Tasso Jereissati, chegou no dia 20 de março, à sua terceira edição, com o lançamento em Sobral, pelo Governador Cid Gomes. Avaliado pelo banco, o projeto foi apontado como “exitosa e efi caz no combate as desigualdades regionais no estado”. O estudo analisou o período de 1992 a 2002 no qual foram investidos 235 milhões, benefi ciando 1 milhão e 432 mil pessoas.

“Meus parabéns pela edição do Informativo FAEC/SENAR, Ano 17- Nº 183. A qualidade das matérias é exemplar. No tocante ao conteúdo sobre a minha palestra, a nota é 10. A Edição Eletrônica, aliás, é excelente.”

Pedro Sisnando Economista

Medalha Prisco Bezerra“Para mim é um orgulho que a Medalha

do Mérito Rural oferecida pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará a pessoas que trabalham pelo engrandecimento do setor agropecuário tenha o nome do meu avô Prisco Bezerra. Para a nossa família ele sempre foi um exemplo de profi ssional ético e dedicado à causa pública. Seu trabalho enquanto botânico e agrônomo também é referência para o setor em nosso Estado. Também seu papel de gestor universitário foi fundamental para a criação e consolidação de nossa Universidade Federal do Ceará (UFC). Hoje, em homenagem ao seu trabalho à frente da Escola de Agronomia, o herbário da UFC e uma rua de Fortaleza, têm o seu nome.”

Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra,

Presidente da Assembléia Legislativa do Estado Ceará.

O PRODUTOR RURAL PESSOA FÍSICA PODE TER A SUA INSCRIÇÃO ESTADUAL NA SEFAZ

COMISSAO ESCOLHE AGRACIADOS COM A MEDALHA DO MERITO RURAL “PROFESSOR PRISCO BEZERRA”

Por ocasião da realização do XV Seminário Nordestino de Pecuária – PECNORDESTE 2011, mais três personalidades serão homenageadas com a autorga Medalha do Mérito Rural Professor Prisco Bezerra. Para a homenagem de 2011, a Comissão do Mérito Rural da FAEC procedeu à escolha das seguintes personalidades, quando a abertura do XV PECNORDESTE a ocorrer no dia 13 junho: para a apresentar a área de política e/ ou administração pública, o senhor Vice-Governador Domingos Gomes de Aguiar Filho; representando a área cientifi ca, econômica, tecnológica ou de ensino superior, o Professor Abelardo Ribeiro de Azevedo, do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará, e como representante da área de produção e/ou liderança classista, o Engenheiro Agrônomo e produtor rural Raimundo Everardo Mendes Vasconcelos.

INFORME AGROPECUÁRIO Depoimentos

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