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Ano I Número 21 Data 02.08.2011

02 de agosto de 2011

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AnoI

Número21

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PEDRO GROSSIUma TV de LCD de 42 polegadas e que reproduz tec-

nologia 3-D, pelo preço de R$ 799,00. De fato, é um ne-gócio da China. Mas ilustra uma prática ilegal e que tem ganhado espaço no Brasil: a sonegação fiscal na importa-ção de produtos asiáticos. A oferta descrita acima apareceu na última semana no site de compra coletiva Groupalia. A Fluent Celular, empresa que existe desde 2009 e a respon-sável pela promoção, comercializou 60 mil televisores em menos de cinco horas.

A procura foi tanta que a oferta foi retirada do ar oito horas antes do previsto. Depois, começaram a surgir dúvi-das dos consumidores sobre a procedência e as característi-cas técnicas da TV e o próprio site explicou que se tratava de um produto sem marca e que ainda seria importado da China. A Fluent Celular foi procurada pela reportagem e chegou a aceitar um entrevista por email, mas não respon-deu aos questionamentos.

Esse é um exemplo acabado do “dropshipping”, práti-ca de revender no Brasil artigos comprados na China pela internet. É um processo fácil, barato e lucrativo, mas que não é permitido. O intermediador faz a oferta e, quando há comprador, faz a encomenda diretamente do atacado chi-nês já no nome do comprador. Os ganhos chegam a 200%. Assim, nem aparece na transação e consegue se livrar dos impostos. Uma navegada na internet basta para encontrar sites que ensinam o passo-a-passo de como fazer a impor-tação desse tipo.

O chefe de Operações Especiais da Receita Federal em Belo Horizonte, Rodrigo Diniz, lembra que a importação com fins comerciais demanda uma série de ações da pessoa jurídica. “É preciso estar registrado e habilitado na Receita, conseguir dos órgão anuentes a liberação dos produtos e a tributação específica de cada item que entra legalmente no país”. De acordo com o advogado especializado em comér-cio exterior Daniel Polydoro, a importação sem desembara-ço pode configurar uma série de crimes, desde sonegação a interposição fraudulenta de terceiros, como no caso desses sites em que o produto importado é direcionado a outra pes-soa que não o importador.

A advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Con-sumidor (Idec), Mariana Alvez, diz que a maioria desses sites não está hospedado no Brasil, o que torna difícil a responsabilização. “Além disso, a importação ilegal é um problema também da Receita. Ainda assim, o consumidor lesado pode responsabilizar as empresas que comercializa-ram o produto”.

Entrada via CorreiosSegundo o chefe de Operações Especiais da Receita

Federal em Minas Gerais, Rodrigo Diniz, há uma grande dificuldade de fiscalização na fronteira do país, mas que são feitos esforços nos aeroportos para rastrear a entrada ilegal de mercadorias.

Na última operação da Receita Federal, feita em São Paulo no ano passado, foram apreendidos mais de R$ 135 milhões em artigos importados via Correios. (PG)

Sonegação.Sites importam produtos direto de atacados chineses e em nome dos consumidores no Brasil

“Negócio da China” está na mira da Receita Federal Na internet, há um tutorial ensinando a entrar no negócio, considerado ilegal

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GiRo econÔmico

Recall: Renault convoca donos do Clio, Logan e Sandero

A Renault anunciou ontem recall de quase 6 mil veículos dos modelos Clio, Logan e Sandero. Os carros convocados fo-ram fabricados entre 2010 e 2011 e são equipados com o propul-sor 1.0 16V. Segundo a montadora, os proprietários dos modelos receberão comunicado da empresa avisando sobre a necessidade de levá-los às concessionárias para a substituição das travas das válvulas de admissão e de escape do motor. De acordo com a Renault, a campanha de recall atinge 5.736 unidades e a troca das peças é necessária para evitar danos ao motor, que, em casos extremos, podem causar acidentes.

eStado de minaS - p.15 - 02.08.2011

Minas gerais - Liminar da Justiça proibiu a Caixa Econômica Federal de praticar venda casada nos consórcios de imóveis. A decisão atendeu ao pedido feito pelo Ministério Públi-co Federal em Uberlândia (Minas Gerais) em ação civil pública ajuizada em março.

A venda casada é considerada prática abu-siva pelo Código de Defesa do Consumidor e também configura crime segundo a Lei de Cri-mes Financeiros. Segundo o MPF, a Caixa vem fazendo venda casada nas cotas de consórcios de imóveis ao obrigar o cliente a também ad-quirir um seguro de vida (Seguro Habitacional Compreensivo-Vida), que é incluído automati-camente, e cobrado a partir da segunda presta-ção do consórcio.

A Justiça concordou com os argumentos do MPF e considerou evidente a prática ilegal de venda casada pela Caixa, já que o contra-

tante que adere ao consórcio de imóveis não tem meios para se opor à exigência e acaba contratando o seguro oferecido. Foi destacado também eventual prejuízo causado aos consu-midores, que ficam sem condições de efetuar “pesquisa no mercado de eventual seguro que contemple melhores condições”.

A liminar faz referência a diversas outras decisões contra a Caixa por venda casada no oferecimento de seus produtos, entre eles o fi-nanciamento habitacional e até mesmo em pro-gramas federais, como o Construcard.

Os consumidores deverão ser orientados de que, mesmo quando o seguro se tornar exigível após a contemplação, eles poderão contratá-lo com qualquer empresa idônea, à sua escolha. Os contratos deverão agora avisar que o consu-midor não é obrigado a contratar produto que não seja de seu interesse.

conamp - dci - Sp - 02082011

Caixa é proibida de fazer venda casada de seguro

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o GloBo - p.7 - 01.08.2011