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0231.10.000449-9 TAC ABATE

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TERMO DE COMPROMISSO E AJUSTAMENTO DE CONDUTA

Processo Administrativo – 0231.10.000449-9Assunto: Estabelecimento se condições de higiene para abate de aves

A PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE DEFESA DOS DIREITOS DO CIDADÃO DE RIBEIRÃO DAS NEVES, com endereço na Rua José Pedro Pereira, nº 175, no Bairro São Pedro, em Ribeirão das Neves, CEP 33.805-000, Fone (31)3624-6762, representado pelo Dr. Marcelo Dumont Pires, Promotor de Justiça, de um lado, e AVIÁRIO DEL REY LTDA ME, empresa inscrita no CNPJ/MF sob o nº 71.082.895/0001-07, com sede na Rua Josué Martins de Souza, n.º 736, bairro Santa Branca –Justinopolis, em Ribeirão das Neves/MG, CEP 33.935-121, representada por João Bosco de Sá, inscrito no CPF sob n.º 110.410.306-06, de outro, resolvem, nos termos do art. 5º, § 6º, da Lei nº 7.347, de 24/7/85 (Lei de Ação Civil Pública), e art. 6º do Decreto nº 2.181, de 20/3/97 (Regulamento do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor – SNDC, com normas gerais de aplicação das sanções administrativas por infrações ao Código de Defesa do Consumidor), firmar o seguinte Termo de Ajustamento de Conduta:

1 - o presente Termo de Ajustamento de Conduta tem por objetivo a adequação do fornecedor às normas legais que regem a sua atividade econômica, nas quais se encontram as condições exigidas para a comercialização de frangos abatidos e produtos de origem animal e seus derivados, dentre outras, nos termos da Lei Federal n° 1.283 de 1950, regulamentada pelo Decreto Federal n° 30.691 de 1952, Lei n° 8.078, de 11/09/90 (art. 18, § 6º), do Decreto nº 2.181, de 20/03/97, da Lei Estadual nº 12.728/97, do Decreto 38.691/97 e da Lei Complementar Municipal nº 020, de 30/12/1999.

2 - o fornecedor pagará, como sanção administrativa pelos fatos ocorridos, o valor de R$ 530,00 (quinhentos e trinta reais), dividido em 02 (duas) parcelas de valor igual a R$265,00(duzentos e sessenta e cinco reais), com vencimentos, respectivamente, em 20 de julho de 2012 e 20 de agosto de 2012, a ser depositado na conta do Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor, do Banco do Brasil, nº 6.141-7, agência nº 1615-2, criado nos termos da Lei Complementar nº 66, de 22/01/03, para posterior

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aplicação em projetos e programas de defesa do consumidor, no âmbito estadual, sob pena de pagar multa de 2% (dois por cento), acrescido de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês e correção monetária, se ultrapassado o prazo de 30 (trinta) dias;

3 – O fornecedor enviará a esta Promotoria de Justiça, no prazo de 5 (cinco) dias após o vencimento de cada uma das parcelas acordadas, cópia do comprovante de pagamento da mesma, sob pena de execução judicial para a sua cobrança;

4 – O fornecedor se compromete, ainda, a não colocar no mercado serviços impróprios ao consumo, observando, sempre, as normas de proteção e defesa do consumidor, entre as quais se inclui o Código de Defesa do Consumidor e legislação complementar, da seguinte forma:

4.1 - DO ESTABELECIMENTO

I - O fornecedor obriga-se a adequar o estabelecimento AVIÁRIO DEL REY LTDA ME, empresa inscrita no CNPJ/MF sob o nº 71.082.895/0001-07, com sede na Rua Josué Martins de Souza, n.º 736, bairro Santa Branca –Justinopolis, em Ribeirão das Neves/MG, CEP 33.935-121, às normas de vigilância sanitária para venda de frangos abatidos e produtos de origem animal e seus derivados, conforme relatório de inspeção sanitária elaborado pela Vigilância Sanitária do Município de Ribeirão das Neves realizado em 16/06/2010, que passa a fazer parte integrante deste ajuste.

II – Ainda em cumprimento ao inciso I deste item, o fornecedor se obriga a manter responsável técnico durante o horário de funcionamento do estabelecimento (arts. 82, I, d, e 86 da Lei 13.317/1999 – Código de Saúde do Estado de Minas Gerais e § 1º, do art. 61, da Lei Complementar Municipal n.º 020/1999 – Código Sanitário do Município de Ribeirão das Neves), além de manter atualizados os alvarás de localização, funcionamento e o alvará sanitário.

II.1 – O estabelecimento deverá manter o nome do responsável técnico e seu número de inscrição profissional em placas indicativas, em anúncios ou nas propagandas dos estabelecimentos, conforme dispõe o § 2º, do art. 61, da Lei Complementar Municipal n.º 020/1999.

II.2 - Caso o estabelecimento não possua responsável técnico, a responsabilidade pelas atividades de manipulação do alimentos deverá ser do proprietário ou funcionário designado, devidamente capacitado, por meio de curso abordando, no mínimo, os temas relativos a contaminantes alimentares, doenças transmitidas por alimentos, manipulação higiênica dos alimentos e boas práticas, nos termos do item 4.12 (Responsabilidade) da Resolução ANVISA – RDC n.º 216 de 15 de setembro de 2004.

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III – As obrigações previstas no inciso I e II (e subitens) deverão ser cumpridas no prazo máximo de 90 (noventa) dias, a contar da assinatura do presente termo;

VI - O fornecedor apresentará laudo da Vigilância Sanitária Municipal, conforme o art. 3º do Decreto Estadual nº 38.691/97, atestando a regularidade do estabelecimento, no prazo de 60 (sessenta) dias, contados do fim do prazo previsto no inciso III desta cláusula.

4.2 - DO COMÉRCIO

I - o fornecedor obriga-se a não expor e não armazenar frangos e produtos de origem animal e seus derivados em condições impróprias ao consumo, dentre as quais se inclui a devida inspeção sanitária, nos termos do art 18, § 6º da Lei n.º 8.078/90 e legislação complementar;

II – consideram-se impróprias para o consumo, ainda, dentre outros, frangos e produtos de origem animal e seu derivados, que tenham procedência e estado sanitário atestados em Autorização para Comércio e Trânsito de produto animal – ACT, emitida pelo IMA (instituo Mineiro Agropecuária) ou entidade por ele credenciada.

III – o fornecedor obriga-se, ainda, a não comercializar frangos e produtos de origem animal e seus derivados, provenientes de abate clandestino ou irregular, somente os comercializando, com acompanhamento de documentação fiscal idônea, adquiridos regularmente de frigoríficos, ou, então, abatê-los, ele próprio, desde que o matadouro tenha condições para tanto, sob a fiscalização de vigilantes sanitários e obediência às normas sanitárias e ambientais;

4.3 - DO ABATE

O fornecedor obriga-se a:

I – utilizar práticas e técnicas adequadas para prevenção da contaminação microbiológica e de conservação do produto final;

II – analisar previamente as aves de abate, e não utilizar animais, que apresentem sinais de patologias, ou que tenham comprovante da procedência;

III – a manter registro atualizado no Ministério da Agricultura Pecuária e abastecimento para abate de aves, o que deverá ser apresentado no prazo de 90 (noventa) dias;

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IV – fiscalizar para que os manipuladores do abate utilizem equipamentos de Proteção Individual – EPI’s e recebam treinamento para exercer as atividades;

V – manter o abatedouro afastado dos limites das vias públicas no mínimo 5 (cinco) metros e dispor de áreas de circulação que permita a livre movimentação dos veículos de transporte, exceção daqueles já instalados e que não disponham de afastamento em relação às vias públicas, os quais poderão funcionar desde que as operações de recepção e expedição, se apresentem interiorizadas;

VI – dar a devida destinação final aos produtos do estabelecimento, de forma que os cortes do abate das aves não aproveitáveis (produtos condenados pela inspeção sanitária) sejam obrigatoriamente incinerados em instalações do próprio estabelecimento (forno crematório);

VII – não descartar no meio ambiente os resíduos gerados pelo abate sem o devido treinamento;

VIII – dispor de abastecimento de água potável (dotada de bomba dosadora de cloro) para tender suficientemente às necessidades de trabalho do abatedouro e das dependências sanitárias, tomando-se como referência o seguinte parâmetro: 30(trinta) litros por ave abatida, incluindo-se aí o consumo de todas as seções do matadouro;

IX – dispor de equipamentos e instalações para produção de vapor e /ou água quente para usos diversos, e com capacidade suficiente às necessidades do matadouro;

X – dispor de iluminação natural abundante e ventilação adequada e suficiente em todas as dependências, através de janela e/ou aberturas, sempre providas de tela à prova de insetos;

XI – dispor de dependência de uso exclusivo para recepção dos produtos não comestíveis e condenados, sendo que esta não deve ter comunicação dieta com as dependências que manipulam produtos comestíveis;

XII- dispor, de esterilizadores fixos ou móveis, para a esterilização do instrumental de trabalho, providos de água quente á temperatura de no mínimo 85º C (oitenta e cinco graus centígrados).

5 – O fornecedor pagará, pelo descumprimento total ou parcial do ajuste firmado acima (item 4 e subitens), apurado em cada fiscalização do PROCON Estadual, sem prejuízo da atuação dos demais órgãos públicos competentes, o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais), a ser exigido com juros de mora de 1% (um por cento) ao mês e correção monetária, se ultrapassado o prazo de 30 (trinta) dias, a ser depositado na conta do Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor, para posterior aplicação em projetos e programas de defesa do consumidor, no âmbito estadual, entre outras medidas cabíveis;

6 – A quantia ajustada acima será reajustada monetariamente, pelo índice oficial de correção da poupança, a partir desta data, pela Tabela da Corregedoria de

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Justiça do Estado de Minas Gerais, ou, na sua falta, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), preservando, assim, o seu valor real, para aplicação futura;

7 – Cumprido o Termo de Ajustamento de Conduta, no prazo e forma legais, pelo fornecedor, constará, do Cadastro de Fornecedores, nos termos dos artigos 57 a 62 do Decreto nº 2.181/97, que a irregularidade apontada pelo PROCON Estadual foi por ele sanada;

8 – Após a inserção do nome do fornecedor no Cadastro de Fornecedores, este processo administrativo, agora suspenso, em função do acordo, será extinto e depois arquivado, nos termos do artigo 6º, § 4º, do Decreto nº 2.181/97.

E por estarem, assim, livres e conscientes, assinam o Termo de Ajustamento de Conduta, em 2 (duas) vias, pela Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos do Cidadão da Comarca de Ribeirão das Neves, pela Dra. Manuela Xavier Lages Faria, Promotora de Justiça, e pelo fornecedor, AVIÁRIO DEL REY LTDA ME, empresa inscrita no CNPJ/MF sob o nº 71.082.895/0001-07, localizado na Rua Josué Martins de Souza, n.º 736, bairro Santa Branca –Justinopolis, em Ribeirão das Neves/MG, CEP 33.935-121.

Para conhecimento de todos os interessados, publique-se, no inteiro teor, este Termo de Ajustamento de Conduta no "Minas Gerais" e no "site" do PROCON Estadual, na forma legal. Nada mais havendo, foi lavrado o presente, que lida e achada conforme, foi por todos assinado.

Ribeirão das Neves, 15 de junho de 2011.

MANUELA XAVIER LAGES FARIA Promotora de Justiça

AVIÁRIO DEL REY LTDA ME

Representante Legal