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Cornelius a Lapide, sj (1597-1637) + ADULAÇÃO E ELOGIO Tradução por Uyrajá Lucas Mota Diniz A adulação é um erro e uma mentira Os nossos elogios, diz São Bernardo, são apenas mentiras elogios, é o !e "# de mais $ão% Os amigos de “contar fábulas são elogiados, e os !e elogiam são mentirosos% &nganamos aos !e elogiamos' os Lauda!us !endaciter, delecta!ur inaniter" #anilo$ui laudantur, et ! laudant% &lii adulantur, et ficti sunt" alii laudant, et falsi su ( 'pist%*** ad (etr% )% Os ad!ladores são enganosos% +d!lam-me om os l# ios, di me maldizem om o ora.ão' )re suo benedicebant, et corde suo !aledicebant ((sal!% / *, 5)% Os 0il"os dos "omens não são senão $aidade, os 0il"os de mentira, a res enta o Salmista; olo ai-os em !ma alan.a mais le$es do !e nada' *ani filii o!inu!, !endaces, filii o!inu! in stateris decipiant ipsi de #anitate in idipsu! ((sal!% / *, 1 )%

03 - ADULAÇÃO E ELOGIO

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Texto de Cornélio à Lápide traduzido da Obra "TESOROS DE CORNELIO Á LÁPIDE" - Tomo I, por Uyrajá Lucas Mota Diniz

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Cornelius a Lapide, sj (1597-1637)+ADULAO E ELOGIO

Traduo por Uyraj Lucas Mota Diniz

A adulao um erro e uma mentira

Os nossos elogios, diz So Bernardo, so apenas mentiras; alegrar-se pelos elogios, o que h de mais vo. Os amigos de contar fbulas so elogiados, e os que elogiam so mentirosos. Enganamos aos que elogiamos: os aduladores mentem. Laudamus mendaciter, delectamur inaniter; vaniloqui laudantur, et mendaces qui laudant. Alii adulantur, et ficti sunt; alii laudant, et falsi sunt (Epist. XVIII ad Petr.).

Os aduladores so enganosos. Adulam-me com os lbios, diz o Salmista, e me maldizem com o corao: Ore suo benedicebant, et corde suo maledicebant (Psalm. LXI, 5).

Os filhos dos homens no so seno vaidade, os filhos de Ado no so seno mentira, acrescenta o Salmista; colocai-os em uma balana e vereis que todos so mais leves do que nada: Vani filii hominum, mendaces, filii hominum in stateris, ut decipiant ipsi de vanitate in idipsum (Psalm. LXI, 10).

Desde o momento em que nos elogiam, diz Sneca, complacemo-nos e felicitamo-nos a ns mesmos; cremos naqueles que nos chamam homens de bem, prudentes, perfeitos, e nos alegramos por isso; tudo o que a adulao derrama sem pudor sobre ns, consideramo-lo como justo, e queremos nos persuadir de que nossos aduladores dizem a verdade, ainda que saibamos que mentem quase sempre (Epist. LIX).

A bajulao e os elogios no so mais do que ar; aquele que se nutre deles, somente de ar se alimenta...

Aquele que nos adula, zomba de ns

Da mesma maneira, diz So Joo Crisstomo, que os meninos que jogam fazem coroas de erva e as pe alternadamente sobre suas cabeas, zombam daqueles que as portam, assim mesmo aqueles que diante de vs se desfazem em elogios e vos enaltecem, os coroam de flores, e sois sua irriso quando vos achais ausentes. Assim que quando escutamos a bajulao, coroamo-nos mutuamente de flores sem consistncia. E oxal no fosse esta mais que uma coroa de flores de um dia! Porm, esta coroa ilusria nos funesta, porque nos faz perder todo o mrito do bem que temos feito. Eu desprezo a bajulao mesquinha, fujo dela. Ainda que me elogiem milhares de pessoas e me adulem, escutarei suas palavras como escuto o gorjeio de um pssaro importuno. Se olhais aos aduladores com os olhos da f, eles vos parecero mais vis que os vermes que se arrastam; tereis em menor conta seus elogios que a fumaa e que um ligeiro sonho (Homil. XVII, in Epist. Ad Rom.).

A alma do sbio padece, diz So Cirilo, quando ouve que a elogiam. Porque a verdadeira virtude, maneira de virgem pudica, no pode sofrer sem corar, que a exponham ao olhar alheio, e se oculta, como se oculta a brilhante estrela na presena do sol: Sapiens, dum laudatur, in facie, flagellatur in mente. Virtus enim vera, ut virgo pudicssima, sine rubore se videri non patitur, et quase stella rutilans ab aparente sole absconditur (Lib. II Apol. Moral. C. XXVIII).

Perigos e desgraas da bajulao e dos elogios

Pitgoras ensina-nos que devemos nos alegrar quando nos reprovem, e jamais quando nos elogiem. Olhai aos aduladores como a inimigos mais perigosos e detestveis (Anton. in Meliss., p. I. c. LII).

Crates dizia que aqueles que vivem entre aduladores abandonam seus deveres e se acham como ovelhas no meio de lobos (Anton. in Meliss.).

Bion, a quem perguntaram qual era o animal mais prejudicial, respondeu: Entre as bestas selvagens, o tirano; entre os animais domsticos, o adulador: Si de feris percuncteris, tyrannus; si de mitibus, adulator (Anton. in Meliss.).

Digenes chama bajulao de lao de mel que sufoca ao homem, abraando-lhe: Melleum laqueum quo blande amplectans hominem jugulat (Anton. in Meliss.).

O imperador Constantino era to inimigo dos bajuladores, que os chamava de traas e ladres de seu palcio (Hist. Eccles.).

O imperador Segismundo deu uma bofetada em um adulador. Porque me feris, senhor? perguntou este. Porque me mordes, bajulador? respondeu o prncipe. Cur me caedis, imperator? Cur me mordes, adulator? (In ejus vita).

As palavras que saem de sua boca so mais doces que o mel, diz o Salmista, e a guerra est em seu corao; seus discursos so melosos, porm ferem mais que uma espada: Divisi sunt ab ira vultus ejus, et appropinquavit cor illius: molliti sunt sermones ejus super oleum, et ipsi sunt jacula (Psalm. LIV, 22).

O que a bajulao, diz So Cirilo, seno uma melodia serena, um canto pestfero, um gusle enganoso, a voz mentirosa da hiena? Ao prprio tempo que seu som encantador chega a nosso ouvido, apaga a luz da razo, corrompe a formosura da virtude com seu sopro de monstro e devora com seus dentes vorazes toda a vegetao que pode haver na alma. Tem um som doce, penetra com suavidade, fere mortalmente tudo quanto toca e tudo devasta sem remdio. A lisonja destri todos os bens interiores; e desde o momento que surge, j danifica.

Dormindo Tobias, diz a Escritura, desprendeu esterco quente de um ninho de andorinhas, caiu sobre seus olhos, e lhe cegou (Tob. II, 11). O que representa estas rpidas andorinhas seno a volubilidade dos aduladores, que s podem dar elogios, e que adulando com palavras suaves, derramando o leo envenenado da bajulao sobre a cabea e os olhos daquele que, com prazer as escuta, obscurecem-lhe a vista interior, cegam-lhe e fazem-lhe perder a cabea?

O adulador que perdeu a sua alma, diz So Bernardo, busca o meio de perder a vossa; porque suas palavras no so mais que iniquidade e fraude. Acaricia, porm, atravs de sua linguagem, descobre-se o trabalho e a dor. Chora, e ao mesmo tempo, dispe emboscadas. Desprezai, pois, as bajulaes, desprezai as promessas. A bajulao lisonjeia, porm perigosa, quando o pecador elogiado segundo os desejos de sua alma. So licores dulcssimos, porm repletos de um veneno mortal. As palavras do adulador so mais suaves que o leo, porm so dardos envenenados.

Assim como os corvos arrancam os olhos dos cadveres, da mesma maneira os aduladores arrancam os olhos da razo e da alma...

A lngua dos aduladores, diz Santo Agostinho, mais perigosa que a lmina do verdugo: Plus persequitur lngua adulatoris, quam gladius persecutoris (In Psalm. LXIX).

Plnio compara o bajulador a uma hiena. A hiena, diz ele, imita a voz humana e chama, e despedaa o imprudente que se aproxima; e assim tambm os aduladores gastam elogios at que arrastem perdio aqueles que lhes creem. A bajulao torna-se, para os insensatos que lhes do ouvido, o que o leo para as moscas, formigas e para quase todos os insetos. O leo mata aos insetos, e os que se deleitam nas bajulaes, nelas perecem. O veneno na bajulao mortal, sobretudo para os espritos dbeis e efeminados (Anton. in Meliss.).

Temos duas classes de inimigos, diz Santo Agostinho, os que nos desaprovam e despedaam nossa honra, e os que nos adulam. Porm o adulador mais temvel que o carasco e caluniador. Duo sunt genera persecutorum, scilicet, vituperantium, et adulantium, sed pluspersequitur lngua adulatoris, quam manus interfectoris (In Psalm. LXIX).

O adulador cobre ordinariamente de oprbrio aquele a quem elogia; com uma mo oferece flores e, com a outra, barro; porque supe, com efeito, que aquele a quem adula vo, amigo da vanglria, sequioso dos louvores humanos, e ele indica, por conseguinte, que um esprito vil, uma alma baixa e que o despreza.

No nos detenhamos com complacncia nos elogios que fazem faltar verdade aos que no-los do, diz So Baslio: Ne nobis stulte placeamus, propter quae veritatem excedunt (Anton. in Meliss.).

Os elogios e as honras conduzem ao supremo orgulho, diz So Gregrio Nazianzeno (Anton. in Meliss.).

O co o inimigo da lebre e o adulador o inimigo do homem, diz Plutarco. Aborrecei aos bajuladores e tende-os por sedutores: Odio habeas adulantes sicut decipientes (Anton. in Meliss.). Fugi dos aduladores, acrescenta, olhai-os com horror, pois so vossos mais crus inimigos: Tamquam deteriores inimici adulatores aversare (ut supra).

Os que me elogiam, me flagelam, diz Santo Ingio: Laudantes me, flagellant (Apud Maxim, serm. XLIII).

Desgraados de vs, diz Jesus Cristo, quando os homens vos elogiam! Assim portaram-se vossos pais a respeito dos falsos profetas: Vae cum bene vobis dixerint omnes homines secundum haec faciebant pseudoprophetis patres eorum (Luc. VI, 26).

Vossos elogios subjugam-nos e expe-nos a grandes perigos: toleramo-los; porm, fazem-nos temer: Lades istae vestrae gravant nos potius, et in periculum mittunt; toleramos illa, et tremimus inter illas (Serm. V in Matth.).

A licena aumenta com a bajulao; o esprito se torna orgulhoso com o elogio: Laude crescit licentia; spiritus assurgit, si laudatur (De Ira, lib. II).

Senhor, diz Santo Agostinho, aquele que busca elogios dos homens, apesar de vossas advertncias, no ser defendido por eles em vosso juzo, nem arrancado de vossas mos quando os condenardes: Qui laudari vulta b hominibus, vituperante te (Domine), non defendetur ab hominibus, judicante te; nec eripietur, damnante te (Lib. X, Confess., c. XXXVI).

O homem que dirige a seu amigo frases elogiosas, dizem os Provrbios, arma-lhe um lao perigoso: Homo qui blandis fictisque sermonibus loquitur amico suo, rete expandit gressibus ejus (XXIX, 5). No um amigo, mas um inimigo; porque lhe encaminha ao orgulho, inclina-lhe a olhar os vcios ora com indiferena ora como virtudes; compromete-lhe com suas desculpas e elogios a entregar-se a eles sem temor.

O adulador, diz Plutarco, arrasta e prende em suas redes ao homem a quem seduz e logo lhe torna pleno de males: Adulator trahit, et in laqueum injicit; ipsum in plagas conjicit (Tract. de differentia adulatoris et amicis).

Olhai a adulao como o mais vergonhoso dos vcios, diz Digenes; porque corrompe tudo quanto de mais honesto e mais santo h na vida. Os aduladores cometem um crime maior que os que falsificam moeda: Ominium vitiorum turpissimum invenias adulationem, id enim quod honestissimum justissimumque in vita est corrumpit. Multo pejus faciunt quam qui corrumpunt nometam (Orat. III de Regno).

Falamos, diz o grande Apstolo, no para agradar aos homens, seno a Deus, que conhece nossos coraes. Porque jamais empregamos palavras lisonjeiras, como j o sabeis, e Deus testemunha disso; nem buscamos em vs nem em outros a glria que provem dos homens: Quasi hominibus placentes sed Deo qui probat corda nostra neque enim aliquando fuimus in sermone adulationis sicut scitis neque in occasione avaritiae Deus testis est nec quaerentes ab hominibus gloriam neque a vobis neque ab aliis (I Thess. II, 4-6).

Hei de desejar a aprovao de Deus ou dos homens?, diz em outra parte este grande Apstolo. Ei de procurar agradar aos homens? Se agradasse a eles, no seria servo de Cristo: modo enim hominibus suadeo aut Deo aut quaero hominibus placere si adhuc hominibus placerem Christi servus non essem (Gal 1, 10).

Havemos de fugir dos aduladores, segundo o seguinte conselho do Sbio: Filho meu, quando os aduladores vos ofeream seus louvores, no os escuteis: Fili mi, si te lactaverint peccatores, ne acquiescas eis (Prov. I, 10).

Assim como o crisol prova o ouro e a prata, assim os elogios provam o homem, dizem os Provrbios: Quomodo probatur in conflatorio argentum et in fornace aurum sic probatur homo ore laudantis (Prov. XXVII, 21). Da mesma maneira que o fogo prova a bondade e a pureza ou a impureza do ouro ou da prata, assim tambm o elogio d a conhecer a virtude ou o vcio do homem, sua sinceridade ou sua vaidade. Se bom e virtuoso, foge e despreza a lisonja. Os humildes rejeitam os elogios, os homens vazios e os soberbos se regalam com elas e se tornam insolentes. Assim, pois, a verdadeira virtude e o verdadeiro mrito repousam no desprezo ao elogio, como a verdadeira glria consiste em desprezar a glria.

Se o corao verdadeiramente humilde, diz So Gregrio, ou no se considera com as boas qualidades que nele exaltam e crer que tudo quanto lhe dizem falso, ou, sim, sabem que as tem, ou teme muito no ser digno da eterna recompensa de Deus. Porque treme ao considerar prudentemente que o que se lhe atribui pode no ser verdade, e que isto mesmo pode lhe atrair uma severa condenao no dia do juzo; ou que possui o que lhe atribuem, e pode perder seu mrito.

So Joo Crisstomo ensina que o desprezo dos elogios e da glria humana nos faz semelhantes a Deus. Porque, assim como Deus no necessita dos louvores nem da glria dos homens, louvores e glria que no existiam durante a eternidade, antes que Deus houvesse criado o mundo, da mesma maneira aparece aquele que despreza os louvores e a glria.

Digamos interiormente: Se desprezo essas coisas, serei semelhante a Deus; e de repente seremos donos de ns mesmos: Quoties dificile existimas contemnere gloriam, ista tecum animo versa: Si hanc despexero, Deo aequalis (similis) efficiar; protinusque subibit contemplus gloriae ex animo (Homil. in epist. ad Titum).

Para achar-me disposto para as coisas de Deus, diz Santo Incio de Loyola, devo distanciar-me valorosamente dos que me adulam sem respeitar a verdade: Ut sanus sim in his quae ad Deum pertinente, vehementius mihi verendum est, et cavendum ab his qui me temere inflant (In ejus vita).

So Macrio diz: muito certo que aquele que olha o desprezo como um motivo de mrito e a pobreza como verdadeira riqueza, no morrer, seno que viver eternamente (Vit. Patr., lib. VII, c. XXXVIII).

Jamais haveremos de elogiar-nos a ns mesmos

Os que se louvam, so vazios, diz So Bernardo (Epist. ad Fulcon). Seja outro aquele que te elogie, e no tua boca; um estranho, e no teus lbios, dizem os Provrbios: Laudet te alienus et non os tuum extraneus et non labia tua (Prov. XXVII, 2).

Louvar-se a si mesmo ser vo, soberbo e insensato... a maior das loucuras, diz So Joo Crisstomo, louvar-nos sem necessidade absoluta: Extremae dementiae, nula iminente necessitate, et necessitae violenta, propriis laudibus vele decorari (Homil. V de Laudib. Pauli). Por isso, So Paulo, depois de haver falado de si mesmo, acrescenta: Manifestei pouca sensatez glorificando-me; porm, vs me obrigastes a isso: Factus sum insipiens, vos me coegistis (II Cor. XII, 11).

No h conversa mais ridcula que a daquele que expe seus prprios mritos, diz Themistio: Nulla narrativo tam odiosa est, quam sui ipsius encomium (Apud Stobaenm).

Elogiar-se a si mesmo coisa torpe, vergonhosa e ridcula... no louvamos nossas aes seno por orgulho e para que nos elogiem e, ento, merecemos somente o mais solene desprezo.

Aquele que se louva, e se vangloria, condena-se e desonra-se; porque seu elogio gera o vcio em si mesmo. O louvor que algum dirige a si mesmo uma vergonha; semelhante testemunho no digno de f, deve se olhar como testemunho mentiroso e falso.

E, de fato, porque devemos nos louvar? Se somos conhecidos, intil; se no somos, no esqueamos que verdadeira virtude agrada ocultar-se.

S devemos nos glorificar em Deus

Aquele que se gloria, glorie-se no Nome do Senhor, diz So Paulo: Qui gloriatur, in Domino glorietur (I Cor. 1, 31).

Podemos ser louvados nas coisas boas, diz So Gregrio, porque o louvor excita a bajulao; a emulao, a virtude; e a virtude nos procura a felicidade (apud Anton. In Meliss., p. I, c. LI).

O elogio provocado com boas aes, diz So Joo Crisstomo, inspira o desejo de fazer outras melhores (apud Anton. In Meliss., p. I, c. LI); porm, preciso atribui-lo totalmente a Deus.

Quando os santos so louvados, tornam-se ainda mais santos, seja aumentando suas virtudes para corresponder ao elogio, seja humilhando-se e elevando-se mais e mais at Deus com grandes e contnuas aes de graas; porque sabem que, por si mesmos, por sua natureza corrompida, somente so capazes de concupiscncia e pecado, e exclamam com o Rei Profeta: Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini tuio da gloriam super misericrdia tua e veritate tua: Fazei brilhar vossa glria, no por ns, Senhor, seno por vosso Nome, vossa misericrdia e verdade (Psalm. CXIII, 1.2). Dizem com Santo Incio de Loyola: Tudo seja para a maior glria de Deus: Ad majorem Dei gloriam (In ejus vita).No probo a glria, diz So Joo Crisstomo, porm quero que no se ambicione seno a verdadeira, aquela que vem de Deus, e no dos homens. No queiramos ser louvados, se no de Deus. Sendo tal nosso modo de pensar, desprezaremos tudo o que seja meramente humano. Que o homem vos elogie ou deixe de elogiar-vos, nada perdeis. Ainda que o homem vos reprove, no vos podem ferir. A aprovao de Deus a nica preciosa, assim como a reprovao que vem de Deus a nica temvel (Homil II in Epist. ad Tit.) O gusle um nico HYPERLINK "http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-BR&prev=/search%3Fq%3Dgusle%2Binstrument%26newwindow%3D1&rurl=translate.google.com.br&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/String_instrument&usg=ALkJrhjpilKnek_6esA7xz274Mugy9a-2g" \o "Instrumento de cordas" instrumento musical de cordas tradicionalmente utilizado no HYPERLINK "http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-BR&prev=/search%3Fq%3Dgusle%2Binstrument%26newwindow%3D1&rurl=translate.google.com.br&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Southeastern_Europe&usg=ALkJrhgxHT9wuJekmpCZkkDaqb1YBlwLOg" \o "Sudeste da Europa" sudeste da Europa. O instrumento mantido na vertical entre os joelhos, enquanto a mo esquerda controla a corda feita de crinas que, friccionadas pela fita de um arco, exibe um som forte a oriental.

Quid enim adulatio, quam melodis syrenies, cantatio letfera, fallacis fistula, er vox hyenis valde mendax? Siquidem , dum suavi sonitu auris, tympanum perculit, lucernam rationis extinguit, flatu draconiano serenum virtutis corrumpti, se brutino dente nihil in anima viriditatis relinquit. Dulciter sonat, suaviter intrat, letaliter occupat, irremediabiliter totum vastat. Adulatio bona interiora perdit; semper, cum placuit, nocuit. (Apol. Moral.).

Quaerit animam tuam qui jam perdit suam; verba oris ejus iniquitas et dolor. Blanditur, sed sub lngua ejus labor er dolor. Lacrimatur, sed insidiatur. Sperne blandimenta, cootemne promissiones. Blanda, sed periculosa laus, cum laudatur peccator in desideriis animae suae. Habent et lac et oleum suave quidem, sed venenosum, sed mortiferum. Molliti sunt sermones ejus super oleum, et ipsi sunt jacula (Epist. II ad Falcon.).

Si cor veraciter humile est, boa, quae de se audit, aut minime recognoscit, et quia falsa dicunt, metuit; aut certe, si adesso sibi ea veraciter acit, eo ipso formidat, ne aba eterna Dei retributione sint perdita. Cauta enim consideratione trepidat, ne aut de his, de quibus laudatur, et non sunt, magis De judicium subeat, aut de his in quibus laudatur, et sunt, competens praemium perdat (Lib. XXII, Moral. c. V).