1
Latinoamericano de BOTÁNICA CONGRESO LXV CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA XXXIV ERBOT - Encontro Regional de Botânicos - MG, BA, ES Botânica na América Latina: conhecimento, interação e difusão 18 A 24 DE OUTUBRO DE 2014 - SALVADOR - BAHIA - BRASIL FILOGENIA MOLECULAR REVELA A MONOFILIA DE ANTIGRAMMA SW., MAS REAFIRMA SEU POSICIONAMENTO COMO SINÔNIMO DE ASPLENIUM L. (ASPLENIACEAE – POLYPODIOPSIDA) AUTOR(ES):Vanessa Lino de Lima;Lana da Silva Sylvestre;Maria Beatriz Barbosa de Barros Barreto; INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Rio de Janeiro Aspleniaceae é uma família monofilética de samambaias leptosporangiadas. É subcosmopolita, embora predominantemente tropical, e é caracterizada por apresentar escamas clatradas e soros lineares com indúsio ao longo das nervuras secundárias. Estudos moleculares recentes reconhecem dois gêneros: Asplenium, com ca. de 700 espécies, e Hymenasplenium, com ca. de 24. No Brasil, ocorrem 74 espécies de Asplenium e quatro de Hymenasplenium. Os representantes de Asplenium que apresentam lâmina inteira, nervuras areoladas e pares de soros faceados eram geralmente associados ao gênero Antigramma, representado por três espécies com distribuição restrita ao sudeste e sul do Brasil e uma ocorrente no norte da América do Sul. No entanto, estas espécies nunca foram incluídas em estudos filogenéticos da família, que poderiam ou não confirmar a validade deste gênero. Portanto, este trabalho tem por objetivo testar a validade de “Antigramma” e tentar inferir qual é a sua posição na filogenia de Aspleniaceae, com base em análises moleculares e morfológicas. Para isso, foram realizadas extrações de DNA, amplificação com os marcadores moleculares trnL-F e rbcL e posterior sequenciamento das amostras, gerando árvores de máxima verossimilhança para ambos marcadores. Foi montada uma matriz de caracteres morfológicos, a qual foi reconstruída sobre as árvores de dados moleculares, usando o programa MESQUITE. Paralelamente, foi feito o estudo da ornamentação da superfície dos esporos em Microscopia Eletrônica de Varredura de espécies analisadas na filogenia, visto que este é um caráter de extrema relevância no gênero. Os resultados apontaram para a monofilia de Antigramma, mas o clado formado não foi segregado dos demais Asplenium. Consequentemente, Antigramma não é suportado como gênero próprio, confirmando sua sinonímia em Asplenium, a saber: Asplenium balansae (Baker) Sylvestre [Antigramma balansae (Baker) Sylvestre & P.G. Windisch], Asplenium brasiliense Sw. [Antigramma brasiliensis (Sw.) T. Moore], Asplenium douglasii Hook. & Grév. [Antigramma plantaginea (Schrad.) C. Presl] e Asplenium purdieanum Hook. [Antigramma purdieaena (Hook.) Sylvestre & Windisch].

$0/(3&40 -97 $0/(3&440 /$*0/- %& #05 ... - · PDF file-bujopbnfsjdbopef #05«/*$" $0/(3&40-97 $0/(3&440 /"$*0/"- %& #05¬/*$" 999*7 &3#05 &odpousp3fhjpobmef#puÉojdpt .( #" &4 #puÉojdbob"nÏsjdb-bujob

  • Upload
    vudang

  • View
    222

  • Download
    7

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: $0/(3&40 -97 $0/(3&440 /$*0/- %& #05 ... - · PDF file-bujopbnfsjdbopef #05«/*$" $0/(3&40-97 $0/(3&440 /"$*0/"- %& #05¬/*$" 999*7 &3#05 &odpousp3fhjpobmef#puÉojdpt .( #" &4 #puÉojdbob"nÏsjdb-bujob

Latinoamericano de

BOTÁNICACONGRESO LXV CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA

XXXIV ERBOT - Encontro Regional de Botânicos - MG, BA, ES

Botânica na América Latina: conhecimento, interação e difusão

18 A 24 DE OUTUBRO DE 2014 - SALVADOR - BAHIA - BRASIL

FILOGENIA MOLECULAR REVELA A MONOFILIA DE ANTIGRAMMA SW., MAS REAFIRMA SEU

POSICIONAMENTO COMO SINÔNIMO DE ASPLENIUM L. (ASPLENIACEAE – POLYPODIOPSIDA)

AUTOR(ES):Vanessa Lino de Lima;Lana da Silva Sylvestre;Maria Beatriz Barbosa de Barros Barreto; INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Rio de Janeiro Aspleniaceae é uma família monofilética de samambaias leptosporangiadas. É subcosmopolita, embora predominantemente tropical, e é caracterizada por apresentar escamas clatradas e soros lineares com indúsio ao longo das nervuras secundárias. Estudos moleculares recentes reconhecem dois gêneros: Asplenium, com ca. de 700 espécies, e Hymenasplenium, com ca. de 24. No Brasil, ocorrem 74 espécies de Asplenium e quatro de Hymenasplenium. Os representantes de Asplenium que apresentam lâmina inteira, nervuras areoladas e pares de soros faceados eram geralmente associados ao gênero Antigramma, representado por três espécies com distribuição restrita ao sudeste e sul do Brasil e uma ocorrente no norte da América do Sul. No entanto, estas espécies nunca foram incluídas em estudos filogenéticos da família, que poderiam ou não confirmar a validade deste gênero. Portanto, este trabalho tem por objetivo testar a validade de “Antigramma” e tentar inferir qual é a sua posição na filogenia de Aspleniaceae, com base em análises moleculares e morfológicas. Para isso, foram realizadas extrações de DNA, amplificação com os marcadores moleculares trnL-F e rbcL e posterior sequenciamento das amostras, gerando árvores de máxima verossimilhança para ambos marcadores. Foi montada uma matriz de caracteres morfológicos, a qual foi reconstruída sobre as árvores de dados moleculares, usando o programa MESQUITE. Paralelamente, foi feito o estudo da ornamentação da superfície dos esporos em Microscopia Eletrônica de Varredura de espécies analisadas na filogenia, visto que este é um caráter de extrema relevância no gênero. Os resultados apontaram para a monofilia de Antigramma, mas o clado formado não foi segregado dos demais Asplenium. Consequentemente, Antigramma não é suportado como gênero próprio, confirmando sua sinonímia em Asplenium, a saber: Asplenium balansae (Baker) Sylvestre [Antigramma balansae (Baker) Sylvestre & P.G. Windisch], Asplenium brasiliense Sw. [Antigramma brasiliensis (Sw.) T. Moore], Asplenium douglasii Hook. & Grév. [Antigramma plantaginea (Schrad.) C. Presl] e Asplenium purdieanum Hook. [Antigramma purdieaena (Hook.) Sylvestre & Windisch].