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04 DE NOVEMBRO DE 2016 Produzido pela Comunicação Social

04 DE NOVEMBRO DE 2016 Produzido pela Comunicação Social · danos-morais-por-bloqueio-indevido-de-conta-de-advogado/ Postada em 03 de novembro de 2016 ... Corte Eleitoral. Na ocasião,

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04 DE NOVEMBRO DE 2016 Produzido pela Comunicação Social

CAPAS DE JORNAIS: 04/11/2016

CLIPAGEM DA JUSTIÇA FEDERAL NA PARAÍBA

Portal da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Paraíba – OAB/PB: http://portal.oabpb.org.br/exibe-noticia.php?codigo=8081 Postada em 01 de novembro de 2016

Portal “Farol Corporativo”: http://farolcorporativo.com.br/portal/justica-federal-na-pb-condena-uniao-em-danos-morais-por-bloqueio-indevido-de-conta-de-advogado/ Postada em 03 de novembro de 2016

Portal “Mídia”: http://portalmidia.net/justica-federal-na-pb-condena-uniao-em-danos-morais-por-bloqueio-indevido-de-conta-de-advogado/ Postada em 03 de novembro de 2016

Portal “Caldeirão Político”: http://www.caldeiraodochico.com.br/justica-federal-na-pb-condena-uniao-em-danos-morais-por-bloqueio-indevido-de-conta-de-advogado/ Postada em 03 de novembro de 2016

Justiça Federal na PB condena União em danos morais por bloqueio indevido de conta de advogado

Em 14 de março de 2014, o advogado Valter

Lúcio Lelis Fonseca teve sua conta corrente bloqueada por cinco dias, em virtude de uma ordem de juiz trabalhista de João Pessoa (PB), referente a um processo em que o mesmo atuava.

A Vara do Trabalho erroneamente bloqueou a conta corrente do advogado, quando deveria ter

bloqueado as contas dos seus constituintes, executados no processo trabalhista. Em virtude da violação de suas prerrogativas, o advogado ingressou com

uma ação pleiteando danos morais, mas o juiz federal de primeiro grau, Rodrigo Cordeiro de Souza Rodrigues, julgou improcedente, entendendo que “por mais desagradável que seja sofrer o bloqueio indevido de valores em sua conta bancária, isso não gera automática danificação moral”.

Após a improcedência da ação, Valter Lelis pediu o apoio e assistência da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), que logo se prontificou e não mediu esforços para zelar pela preservação e respeito das prerrogativas dos seus membros, designando a Comissão de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia, representada por seu presidente, Allyson Fortuna, para acompanhar o caso.

Com a assistência e o apoio da OAB-PB, a decisão foi reformada por unanimidade pela Turma Recursal da Justiça Federal na Paraíba, na sessão do último dia 21 de outubro, e condenou a União Federal ao pagamento de danos morais pelo constrangimento sofrido pelo advogado. Participaram do julgamento, os juízes federais : Rudival Gama do Nascimento, Bianor Arruda Bezerra Neto e João Pereira de Andrade Filho.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Sítio virtual do Tribunal Regional Eleitoral na Paraíba – TRE/PB: http://www.tre-pb.jus.br/imprensa/noticias-tre-pb/2016/Novembro/desembargadora-maria-das-gracas-recebe-visita-do-desembargador-federal-rogerio-fialho Portal “Jus Brasil”: http://tre-pb.jusbrasil.com.br/noticias/401562736/desembargadora-maria-das-gracas-recebe-visita-do-desembargador-federal-rogerio-fialho Desembargadora Maria das Graças recebe visita do desembargador federal Rogério Fialho

Nesta quinta-feira (03), a desembargadora Maria das Graças Morais Guedes, presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), recebeu em seu gabinete a visita de cortesia do presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, desembargador federal Rogério de Meneses Fialho Moreira, que veio cumprimentá-la pela assunção ao cargo máximo da Corte Eleitoral.

Na ocasião, estavam presentes o vice-presidente e corregedor do TRE-

PB, desembargador Romero Marcelo da Fonseca Oliveira, e os juízes membros da Corte Eleitoral, Emiliano Zapata de Miranda Leitão, Antônio Carneiro de Paiva Júnior, Ricardo da Costa Freitas, Breno Wanderley César Segundo e Marcos Antônio Souto Maior Filho.

A desembargadora agradeceu a visita recebida: “Sentimo-nos honrados com a presença do desembargador federal Rogério Fialho, nosso amigo, a quem muito estimamos”, ressaltou a desembargadora Maria das Graças. - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Blogue do César Silva: http://www.cesarsilva.blog.br/2016/11/ex-prefeito-de-princesa-isabel-thiago.html Blogue do José Duarte Lima: http://www.duartelima.com.br/?p=48862 Ex-prefeito de Princesa Isabel, Thiago Pereira vira réu na Justiça Federal por improbidade administrativa

A Justiça Federal na Paraíba, através da 11ª Vara de Monteiro, aceitou denúncia do Ministério Público Federal na Paraíba (MPF-PB) contra o ex-prefeito de Princesa Isabel, Thiago Pereira (PMDB), e os sócio-diretores da E.P.A Construções, Eufrásio Peixoto de Alencar e Rizelda de Melo, por improbidade administrativa.

Na Ação Civil de Improbidade Administrativa Número 0800130-48.2016.4.05.8203 ajuizada, o MPF-PB indica irregularidades na aplicação de recursos destinados pelo Ministério da Saúde, através de convênio celebrado entre Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e a Prefeitura de Princesa Isabel, em dezembro de 2008, para construção de privadas em comunidades rurais.

O convênio, no valor de R$ 100 mil, com contrapartida municipal de R$ 24.411,06, previa “melhorias sanitárias domiciliares para atender o município de Princesa Isabel-PB, no programa de Aceleração do Crescimento 2008”, cuja liberação ocorreu no dia 3 de março de 2009, de acordo com dados disponíveis também no Portal da Transparência do Governo Federal, que aponta a situação de ‘inadimplente’.

NOTÍCIAS DOS PORTAIS DA JUSTIÇA

Supremo Tribunal Federal - STF

Abaixo, reprodução do andamento do processo no site oficial da Justiça Federal na Paraíba (http://www.jfpb.gov.br/), no Portal da Justiça Federal da 5ª Região, na seção Consulta Pública (Processo Judicial Eletrônico).

O ex-gestor já teve cinco contas (exercícios de 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011) reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), duas condenações por improbidade administrativa pelo Tribunal de Justiça da Paraíba, nos processos relacionados pela Meta 4 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), além de ser já ter sido denunciado pelo Ministério Público Federal no âmbito da Operação Cardeiro.

STF inicia julgamento de ADI que questiona protesto de certidão de dívida ativa

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta quinta-feira (3) o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5135, em que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) questiona norma que incluiu no rol dos títulos sujeitos a protesto as certidões de dívida ativa (CDA) da União, dos estados, do Distrito Federal, dos municípios e das respectivas autarquias e fundações públicas. O relator, ministro Luís Roberto Barroso, votou pela improcedência da ação, pois entende como constitucional o protesto efetuado

pela Fazenda Pública para promover a cobrança extrajudicial de CDAs e acelerar a recuperação de créditos tributários.

Até o momento, quatro ministros – Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux e Dias Toffoli – seguiram este entendimento. O ministro Edson Fachin, acompanhado pelo ministro Marco Aurélio, abriu divergência entendendo o protesto de CDA como inconstitucional. O julgamento será retomado na próxima semana.

Ao propor a ação, impugnando o parágrafo único do artigo 1º da Lei 9.492/1997, acrescentado pelo artigo 25 da Lei 12.767/2012, a confederação sustentou que o protesto de CDA não tem qualquer afinidade com os institutos dos protestos comum e falencial, e que a utilização do protesto pela Fazenda “teria o único propósito de funcionar como meio coativo de cobrança da dívida tributária, procedimento esse que revela verdadeira sanção política". Sustenta também vício formal por conta de falta de sintonia e pertinência temática com o tema da Medida Provisória (MP) 577/2012, que foi convertida na lei em questão. Relator

O ministro Roberto Barroso inicialmente rejeitou a alegação de vício formal. Ele explicou que o STF, ao julgar a ADI 5127, declarou inconstitucional a prática do “contrabando legislativo”, mas modulou os efeitos da decisão para preservar, até a data do julgamento, as leis oriundas de projetos de conversão de medidas provisórias, em obediência ao princípio da segurança jurídica. E a lei em questão, segundo explicou, se enquadra nesta situação.

O relator também afastou as alegações de vícios materiais. Ele afirmou que o protesto das certidões de dívida ativa é um mecanismo constitucional legítimo de cobrança do crédito tributário. Em seu entendimento, essa modalidade de cobrança extrajudicial não afronta a Constituição Federal nem representa uma forma de sanção política, porque não restringe de forma desproporcional direitos fundamentais assegurados aos contribuintes.

Em seu voto, o relator observou que a jurisprudência do STF veda sanções que interfiram no funcionamento legítimo da empresa de forma a coagi-la a pagar impostos. Entretanto, não verificou qualquer sanção desse tipo na lei questionada pela CNI. No entendimento do ministro, não há inconstitucionalidade em se criar uma forma de cobrança extrajudicial para ser utilizada em vez da execução fiscal.

O ministro Barroso destacou que a cobrança extrajudicial também não representa violação do devido processo legal, como alegou a CNI. Segundo ele, o fato de existir uma via de cobrança judicial da dívida com a Fazenda Pública não significa que seja a única via admitida para a recuperação de créditos tributários ou que deva ser exclusiva. “O fato de haver o protesto não impede o devedor, o contribuinte, de questionar judicialmente a dívida ou a legitimidade do próprio protesto”, afirmou.

O relator salientou que a cobrança extrajudicial, por meio de protesto, é uma modalidade menos invasiva aos direitos do devedor que uma execução fiscal, que permite a penhora dos bens do devedor até o limite da dívida desde a propositura da ação judicial. Divergência

Para o ministro Fachin, a inclusão dos CDAs no rol dos títulos sujeitos a

protesto é uma sanção ilegítima que viola a atividade econômica lícita. Em seu entendimento, essa forma de induzir o contribuinte a quitar débitos tributários é, sim, uma sanção política, o que é vedado pela jurisprudência do STF. Para o ministro, o protesto de dívidas tributárias é incompatível com a Constituição Federal, pois há outros meios adequados e menos gravosos para efetuar a cobrança de tributos.

O ministro entende que o protesto de certidão é oneroso para o empresário e não é instrumento indispensável para o ajuizamento da ação fiscal. Segundo ele, o empresário com título protestado passa a ter restrições no mercado, como a dificuldade para obtenção de crédito, que podem afetar sua atividade, produzindo efeitos que vão além da execução fiscal e ofendendo o princípio da proporcionalidade. “As restrições opostas à obtenção de crédito podem, não raro, equiparar-se à indevida restrição nas atividades comerciais dos contribuintes”, afirma.

O ministro Marco Aurélio, além assinalar a inconstitucionalidade material da norma, que entende ser uma forma de coerção política para que o devedor quite seus débitos com a fazenda pública, entendeu haver também vício formal de inconstitucionalidade, pois a norma era matéria estranha ao escopo da Medida Provisória 577, que tratava da extinção das concessões de serviço público de energia elétrica e a prestação temporária do serviço. - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Valores repatriados por Nestor Cerveró devem ser integralmente destinados à Petrobras

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que os valores repatriados em decorrência de colaboração premiada firmada pelo ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cuñat Cerveró sejam integralmente revertidos em favor da empresa. A decisão foi tomada na Petição (PET) 5886, que trata da formalização e homologação do acordo firmado entre Cerveró e a Procuradoria Geral da República (PGR). Nos termos do acordo, 80% dos valores repatriados iriam para a Petrobras e 20% para a União. A empresa pediu para ingressar no processo, na condição de parte interessada, com o intuito de ver reparado o dano sofrido por meio dos delitos investigados pela Operação Lava-Jato. O ingresso foi deferido pelo ministro Teori.

Em sua decisão, o ministro salientou que, embora estabeleça como um dos resultados necessários da colaboração premiada “a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa”, a Lei 12.850/2013 (artigo 4º, inciso IV) deixou de prever a destinação específica desses ativos. De acordo com o relator, a lacuna pode ser preenchida pela aplicação, por analogia, dos dispositivos do Código Penal que tratam da destinação do produto do crime cuja perda foi decretada em decorrência de sentença penal condenatória.

O artigo 91, inciso II, alínea “b” do Código Penal estabelece, como um dos efeitos da condenação, a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé, do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que

constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso. “Como a Petrobras é o sujeito passivo dos crimes em tese perpetrados por Nestor Cunãt Cerveró e pela suposta organização criminosa que integrava, o produto do crime repatriado deve ser direcionado à sociedade de economia mista lesada, uma vez que o dispositivo legal invocado ressalva expressamente o direito do lesado”, afirmou.

O ministro entendeu que não seria razoável limitar a restituição a 80% dos ativos repatriados, e lembrou que a Petrobras tem personalidade jurídica própria, razão pela qual seu patrimônio não se comunica com o da União. Por isso, eventuais prejuízos sofridos por ela afetam apenas indiretamente a União, na condição de acionista majoritária. Essa circunstância, segundo o ministro Teori, não é suficiente para justificar que 20% dos valores repatriados sejam direcionados à União, uma vez que o montante recuperado é evidentemente insuficiente para reparar os danos supostamente sofridos pela Petrobras em decorrência dos crimes imputados a Cerveró e à organização criminosa que ele integraria. Segundo informações da PGR, os prejuízos ultrapassariam R$ 1,6 bilhão. - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Suspenso julgamento sobre réus na linha sucessória da Presidência da República

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta quinta-feira (3) a análise de ação ajuizada pelo partido Rede Sustentabilidade na qual se discute se réus em ação penal perante o STF podem ocupar cargos que estão na linha de substituição da Presidência da República. Até o momento, votaram pela procedência da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 402, no sentido da impossibilidade de que réus ocupem cargos que possam substituir o presidente da República, os ministros Marco Aurélio (relator), Edson Fachin, Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux e Celso de Mello. O julgamento foi suspenso por pedido de vista do ministro Dias Toffoli.

Como a Constituição Federal veda o exercício da chefia do Poder Executivo por réu em processo criminal, o partido alega que tal requisito também deve ser observado quanto a ocupantes das funções constitucionais incluídas na linha sucessória da Presidência da República. Sustenta violação dos princípios republicano e da separação dos Poderes e do artigo 80 da Constituição Federal.

Ao ajuizar a ação, em maio deste ano, a Rede pediu ao STF a concessão de liminar para afastar da Presidência da Câmara dos Deputados seu então ocupante, Eduardo Cunha, sob a alegação de que não poderia permanecer no cargo – que se insere na linha sucessória – depois do recebimento de denúncia contra ele no Inquérito 3983. Contudo, este pedido ficou prejudicado, pois na mesma data em que o exame da liminar na ADPF estava na pauta, o Plenário referendou decisão do ministro Teori Zavascki na Ação Cautelar (AC) 4070 que determinou o afastamento de Cunha da Presidência da Câmara e do exercício do mandato, havendo, posteriormente, sua cassação por quebra de decoro parlamentar.

Relator

Ao votar pela procedência da ação, o ministro Marco Aurélio afirmou ser inviável que réus, em ações criminais em curso no Supremo, ocupem cargo de substituição imediata do chefe do Poder Executivo. Para ele, tal situação “gera estado de grave perplexidade” e caracteriza “desvio ético-jurídico”, tendo em vista que, conforme o artigo 86 da Constituição Federal, o presidente da República, no caso de recebimento de denúncia pelo STF, é automaticamente suspenso das funções exercidas.

O ministro lembrou que, na linha de substituição do presidente e do vice-presidente da República, devem ser chamados para o exercício do cargo, sucessivamente, o presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo. “Essas Presidências hão de estar ocupadas por pessoas que não tenham contra si a condição negativa de réu, que possam, impedido o presidente e o vice-presidente da República, ou no caso de vacância dos cargos, assomar à cadeira presidencial, fazendo-o, é certo, de forma temporária”, ressaltou.

De acordo com o relator, a Constituição não prevê a substituição do titular de qualquer das Presidências nem a possibilidade de, impedido o primeiro da ordem de substituição, vir a ser chamado o subsequente, “com a quebra do sistema, com menosprezo para esta ou aquela Casa”. Assim, os titulares dos cargos “devem guardar, necessariamente, a possibilidade de virem a exercer o cargo de presidente da República”. Votos

O ministro Edson Fachin também votou pela procedência da ação ao considerar nítida a violação ao princípio da República e da separação dos Poderes. O ministro Teori Zavascki também acompanhou o relator.

Para a ministra Rosa Weber, uma vez instaurado o processo criminal contra o presidente da República, ele passa a ser réu em ação penal, situação considerada pela Constituição Federal como incompatível com a permanência no exercício do cargo. “Entendo que, assim, o constituinte situou a dignidade institucional do presidente da República, acima de qualquer interesse individual de quem o exerça, seja como titular, seja em caráter substitutivo”, afirmou.

O ministro Luiz Fux considerou que a própria Constituição estabelece regras que resguardam a dignidade e a moralidade do cargo de presidente da República. Considerou, portanto, que os eventuais substitutos devem se submeter às mesmas limitações. “Não há de se falar em legitimidade democrática da Presidência da República quando o presidente se distancia desses patamares éticos e morais”, disse.

Da mesma forma votou o ministro Celso de Mello. Ele salientou que todas as Constituições republicanas brasileiras, com exceção da Carta de 37, previram o afastamento cautelar do presidente da República “quando instaurado contra ele processo de impeachment ou processo penal tendente a uma sentença condenatória proferida pelo Supremo”.

Superior Tribunal de Justiça - STJ Ministro Og Fernandes toma posse no Conselho Superior da Enfam

A diretora-geral da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de

Magistrados (Enfam), ministra Maria Thereza de Assis Moura, deu posse ao mais novo membro do Conselho Superior da instituição, o ministro Og Fernandes.

“Antes mesmo de tomar posse, o ministro Og já está colaborando, participando dos projetos da escola de uma forma muito eficiente. Ele está se dispondo a apresentar projetos de formação de juízes de uma forma inédita e que em muito contribuirá para a formação dos magistrados”, destacou a diretora-geral.

Maria Thereza afirmou que “o trabalho em conjunto possibilita a construção de uma formação que permite ao magistrado ver muito mais do que meramente um horizonte jurídico, mas algo que traduza uma postura humanística, ética, e que possa resultar em uma melhor prestação jurisdicional do juiz que fica em cada comarca do Brasil”.

No discurso de posse, Og Fernandes relembrou sua passagem como primeiro coordenador da escola estadual de magistrados de Pernambuco, quando teve sua primeira experiência com a formação de juízes. Ressaltou que a Enfam é uma escola ainda jovem, mas que nasceu com base no ideal de se fazer algo específico pela formação e pelo aperfeiçoamento dos magistrados brasileiros.

O ministro salientou ainda que será uma grande satisfação trabalhar com a ministra Maria Thereza na Enfam, com os demais conselheiros, dirigentes e todo o corpo técnico. “Tenho certeza que esta será uma experiência que vai ficar marcada na minha história de profissional do direito. Estou disposto a contribuir para a construção de uma magistratura cada vez mais qualificada”, concluiu.

Og Fernandes foi eleito conselheiro da Enfam pelo Pleno do STJ, no dia 28 de setembro.

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STJ define prescrição para repetição de indébito em cédula de crédito rural

Em julgamento de recurso repetitivo, a Segunda Seção do Superior

Tribunal de Justiça (STJ) estabeleceu a tese de que, nos contratos de cédula de crédito rural, a pretensão de repetição de indébito prescreve no prazo de 20 anos, no caso dos ajustes firmados na vigência do Código Civil de 1916. Já as discussões relacionadas a contratos firmados sob a vigência do Código Civil de 2002 estão submetidas ao prazo prescricional de três anos, devendo ser observada a regra de transição fixada pelo artigo 2.028 do CC/2002.

O colegiado também consolidou o entendimento de que o marco inicial para contagem da prescrição do pedido de repetição em contratos dessa modalidade é a data da efetiva lesão, isto é, o dia do pagamento contestado.

O repetitivo foi cadastrado como Tema 919. De acordo com informações encaminhadas ao Núcleo de Gerenciamento de Precedentes (Nugep) do tribunal, pelo menos 266 ações em todo o país aguardavam a conclusão do julgamento pelo STJ.

Pedido prescrito

No caso apontado como representativo da controvérsia, um aposentado

ingressou com ação de repetição de indébito contra o Banco do Brasil (BB), para ter de volta valores supostamente pagos a mais em contrato de financiamento rural.

O pedido foi julgado parcialmente procedente em primeira instância, com a consequente condenação do BB à restituição dos valores excedentes cobrados pelo banco.

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), porém, considerou prescrito o pedido do aposentado. Para o tribunal gaúcho, o prazo vintenário estipulado pelo Código Civil de 1916 somente seria aplicável se, em 11/01/2003, data de início da vigência do novo código, já houvesse transcorrido mais da metade do prazo de prescrição, ou seja, dez anos.

Entretanto, considerando a data do vencimento originário do crédito rural, em 1993, e a data de ajuizamento da ação, em março de 2010, o TJRS julgou inviabilizada a análise do pedido pela ocorrência da prescrição.

Direito subjetivo

De acordo com o ministro relator do recurso repetitivo, Raul Araújo, as

ações de repetição de indébito estão relacionadas a direito subjetivo em que apenas se busca a condenação do réu a uma prestação. Dessa forma, processos desse tipo devem ser submetidos ao fenômeno da prescrição, e não da decadência.

O ministro também apontou que a discussão sobre a prescrição trazida no recurso estava principalmente relacionada às ações sob a vigência do Código Civil de 2002, já que a jurisprudência do tribunal estabelece o prazo de 20 anos no caso das questões discutidas à luz do código de 1916.

Em relação às ações de repetição submetidas ao código atual, Raul Araújo explicou que a legislação prevê a adoção de prazos mais curtos para as pretensões judiciais relacionadas a direitos subjetivos, como o prazo especial trienal estabelecido pelo artigo 206, parágrafo 3º, IV, que trata de enriquecimento sem causa.

Termo inicial

“Ainda que as partes possam estar unidas por relação jurídica mediata, se

ausente a causa jurídica imediata e específica para o aumento patrimonial exclusivo de uma das partes, estará caracterizado o enriquecimento sem causa”, apontou o relator, ao estabelecer o prazo de três anos para exercício da pretensão de ressarcimento.

No voto, que foi acompanhado pela maioria do colegiado, o ministro relator também considerou que o termo inicial da contagem da prescrição em processos de repetição de indébito deve ser a data do pagamento, caso realizado antecipadamente, ou a data de vencimento do título rural, “porquanto não se pode repetir aquilo que ainda não foi pago”.

No caso analisado, o colegiado manteve a decisão do TJRS que entendeu ter ocorrido a prescrição do direito ao pedido de restituição.

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Primeira Turma mantém condenação de ex-secretários do DF por contratação irregular

Dois ex-secretários do governo do Distrito Federal tiveram a condenação

por improbidade administrativa mantida pelos ministros da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça, embora com redução das penas.

José Geraldo Maciel e Benjamin Segismundo de Jesus Roriz foram condenados pela contratação de uma consultoria (Instituto Euvaldo Lodi) para elaborar o projeto do trem-bala que ligaria Brasília a Goiânia.

O contrato, feito sem licitação, superava R$ 4,5 milhões. Em recurso ao STJ, os ex-gestores alegaram que outras empresas participaram do processo, já que propostas com valores superiores foram apresentadas ao governo. Segundo eles, a contratação era específica, o que inviabilizava o processo licitatório.

Princípios

Para o ministro Sérgio Kukina, autor do voto vencedor na Primeira

Turma, o acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) que condenou os ex-gestores por improbidade administrativa está devidamente fundamentado e descreve com detalhes as ilegalidades praticadas.

O magistrado explicou que a conduta dos ex-gestores não encontra respaldo em lei e configura desrespeito aos princípios da administração pública, violação prevista no artigo 11 da Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92). O ministro destacou que as condenações baseadas no artigo 11 não exigem prova de prejuízo ao erário ou enriquecimento ilícito do agente. Dessa forma, basta o dolo genérico na conduta de não realizar a licitação para que fique configurado o ato de improbidade que atenta contra princípios da administração pública.

De acordo com Sérgio Kukina, os fatos apontados pelo TJDF mostram claramente que os ex-secretários agiram, de forma intencional e indevida, para viabilizar a dispensa de licitação e a consequente contratação direta da empresa que faria os estudos técnicos para a implantação do trem de alta velocidade no trecho Brasília-Goiânia.

Redução da pena

Apesar de manter a condenação, a turma, acompanhando o voto do

ministro Kukina, acolheu parcialmente o recurso para reduzir a pena, pois

entendeu que não houve comprovação inequívoca de violação do artigo 10 da Lei 8.429/92 (lesão ao erário).

Inicialmente, os réus haviam sido condenados, entre outras penas, à suspensão dos direitos políticos por cinco anos e à proibição de contratar com o poder público por igual prazo. Os ministros da Primeira Turma reduziram o período para três anos, mantendo as demais sanções.

O ministro Napoleão Nunes Maia Filho, relator original do caso, votou pelo provimento do recurso em maior extensão, para afastar a condenação imposta com base no artigo 11 da Lei 8.429, por entender que não houve comprovação de má-fé dos gestores, já que a Procuradoria Geral do Distrito Federal emitiu parecer favorável à contratação direta. Nesse ponto, o relator foi vencido pela maioria.

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Programa de Visitação Técnica recebe inscrições a partir de segunda-feira (7)

Os estudantes de direito interessados em participar da 13ª edição do

Programa de Visitação Técnica Conhecendo o STJ poderão se inscrever a partir das 12h da próxima segunda-feira (7), por meio de formulário eletrônico disponível aqui. As inscrições ficarão abertas até as 23h59 do dia 11 de novembro.

Serão selecionados 40 estudantes de graduação de todo o Brasil que estejam cursando, no ato da inscrição, a partir do 5º semestre de direito em qualquer instituição de ensino superior devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação. A visita ao tribunal será realizada entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 2017.

Aprendizagem

Durante cinco dias, os estudantes visitam as dependências da corte,

acompanham sessões de julgamento, assistem a palestras sobre a jurisprudência do tribunal e conhecem o funcionamento das unidades administrativas e judiciárias.

Os candidatos serão escolhidos levando-se em conta o semestre cursado e a ordem cronológica de inscrição.

O Programa de Visitação Técnica Conhecendo o STJ é realizado duas vezes por ano, nos meses de fevereiro e agosto. Ao final das atividades, os participantes que completam no mínimo 80% da carga horária recebem um certificado.

O programa é coordenado pela Secretaria de Gestão de Pessoas do STJ, por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento de Pessoas/Seção de Aprimoramento Gerencial e Cidadania.

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected] ou pelos telefones (61) 3319-9918 e 3319-9942.

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Vigilante condenado em ação penal é impedido de participar de curso de reciclagem

Um vigilante já condenado em ação penal por ameaçar a esposa não

poderá participar de curso de reciclagem periódico exigido pela legislação para o exercício regular da profissão, segundo decisão unânime dos ministros da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Nesse julgamento, a Primeira Turma decidiu não aplicar a tese – já consolidada na jurisprudência do STJ – de que viola o princípio da presunção de inocência impedir vigilante de participar do curso em razão da existência de inquérito ou ação penal em andamento.

No caso analisado pelos ministros, o vigilante foi condenado por crime de ameaça, cometido contra a própria esposa, à pena privativa de liberdade de um mês e 15 dias. O réu apelou dessa condenação e aguarda julgamento do recurso.

Matrícula recusada

O vigilante trabalha em uma empresa especializada em serviços de

segurança. Dois anos após sua formação, foi encaminhado a um centro de treinamento para fazer o curso periódico de reciclagem, exigido pela legislação, para porte de arma e posterior registro na Polícia Federal. No curso, teve a matrícula recusada por responder a processo criminal.

Ele ajuizou uma ação na Justiça Federal para conseguir fazer a reciclagem, mas teve seu pedido negado. Para o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o artigo 16 da Lei 7.102/83 impõe que o pretendente à profissão de vigilante não tenha antecedentes criminais registrados.

Paz pública

Inconformado, o vigilante recorreu ao STJ, onde o caso ficou sob a

relatoria do ministro Napoleão Nunes Maia Filho. O Ministério Público Federal opinou pelo não acolhimento do recurso, “no intuito de melhor resguardar a paz pública e a segurança das pessoas”.

Em seu voto, Maia Filho destacou decisões anteriores do STJ no sentido de que, não havendo sentença condenatória transitada em julgado, a existência de inquérito policial ou processo em andamento não pode impedir o exercício da profissão de vigilante, em respeito ao princípio da presunção de inocência.

Especificidade

“No caso sob exame, porém, trata-se de vigilante já condenado por crime

de ameaça contra a sua própria esposa – inclusive, com o emprego de grave ameaça (artigo 44, I, do Código Penal), conforme sentença acostada aos autos”, justificou o ministro.

Para o relator, diante dessa “notável especificidade do caso concreto”, é preciso deixar de aplicar a jurisprudência consolidada no STJ para negar o recurso. O voto de Maia Filho foi acompanhado por todos os demais ministros da Primeira Turma.

Conselho da Justiça Federal - CJF

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Moradora do DF não consegue vaga em pré-escola sem observar lista de espera

A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) não conheceu do

recurso apresentado por uma moradora do Distrito Federal que pretendia garantir vaga para o filho em pré-escola pública, mesmo sem respeitar a lista de espera.

O caso aconteceu na cidade-satélite de São Sebastião. Depois de tentar sem sucesso uma vaga para o filho, então com quatro anos de idade, em pré-escola em período integral, uma beneficiária do Programa Bolsa Família ajuizou ação com auxílio da Defensoria Pública.

Alegou que não tinha com quem deixar o filho para trabalhar e que o direito infantil à educação consta da Constituição Federal e da Lei 9.394/96. O juízo de primeiro grau determinou que fosse feita a matrícula da criança em uma unidade da rede pública ou conveniada mais próxima da casa da criança.

Isonomia

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF), no entanto, reformou a

sentença, sob o fundamento de que direito de acesso à educação previsto na Constituição “não se traduz em direito subjetivo da parte de exigir do Estado a matrícula de seus filhos em escola por ela indicada nem tampouco que funcione em tempo integral, sendo esta uma faculdade”.

Os desembargadores consideraram ainda que, como havia lista de espera na unidade para a qual a criança foi designada, a determinação judicial para que a instituição de ensino aceitasse a matrícula representaria “desrespeito à ordem de classificação”, o que configuraria “violação ao princípio da isonomia”.

Inconformada, a mãe recorreu ao STJ. O tribunal, porém, não pôde entrar no mérito do pedido, pois, conforme apontou o relator, ministro Herman Benjamin, a decisão colegiada do TJDF se deu com base no exame de questões de fato, cuja reanálise é vedada em recurso especial, e também “em fundamento eminentemente constitucional”, cuja avaliação compete com exclusividade ao Supremo Tribunal Federal. Acidente provocado pela falta de conservação da pista dá direito a indenização

Quem pega estrada, sabe: o motorista põe a própria vida em risco ao enfrentar rodovias esburacadas, sem sinalização e cheias de desníveis. E infelizmente, a

causa de alguns acidentes é a falta de conservação das estradas. Em São Paulo, uma mulher que perdeu o controle do carro ao desviar de um bueiro, sem tampa, cobrou do Estado o prejuízo que teve. A repórter Letícia Lagoa conversou com a motorista e mostra que o TRF da 3ª Região responsabilizou o DNIT pelo acidente.

O Via Legal relembra ainda que a prefeitura do Rio de Janeiro construiu uma orla na zona oeste carioca para urbanizar o local. O problema é que o projeto deixou a desejar, e o que seria mais um espaço de lazer para os moradores se tornou uma dor de cabeça. A construção foi destruída em pouco tempo pela força das ondas, o que levou o Ministério Público a questionar a obra. A Justiça Federal condenou o município a recuperar toda a orla. Um produto importado sai bem mais em conta se comprado no exterior, certo? Por isso, quem não pode viajar tem usado a internet para trazer as mercadorias de fora do Brasil. Mas, existem regras na hora de importar como, por exemplo, o limite de isenção de impostos para determinadas compras. Em Palmas, uma consumidora recorreu aos tribunais depois de comprar um produto no valor de US$ 43,00 e ser taxada de forma indevida. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou a liberação da mercadoria sem a cobrança do imposto.

Portadores de algumas doenças graves, como Aids, cardiopatia e Parkinson têm direito à isenção do imposto de renda. O difícil, às vezes, é comprovar a gravidade do estado de saúde. Isso aconteceu com uma aposentada no Rio Grande do Sul, que só conseguiu na Justiça Federal ter direito ao benefício. Por decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, ela vai receber de volta todo o imposto pago nos últimos cinco anos. A reportagem é de Marcelo Magalhães.

O Via Legal fala também de uma fraude que se tornou bem comum no país. Em Pernambuco, um idoso foi enganado, durante anos, sem nem perceber. Empréstimos consignados sem autorização dele foram feitos e a descoberta só veio com os descontos na aposentaria. O Tribunal Regional Federal da 5ª Região determinou aos bancos a devolução de todo o dinheiro em dobro e o pagamento de uma indenização por danos morais ao aposentado.

O Via Legal é produzido pelo Conselho da Justiça Federal em parceria com os Tribunais Regionais Federais. O programa é exibido nas TVs Cultura, Justiça, Brasil, além de outras 25 emissoras regionais. Confira os horários de exibição e assista também pela internet: www.youtube.com/programavialegal e www.youtube.com/cjf.

HORÁRIOS DE EXIBIÇÃO

TV JUSTIÇA 02 de novembro– quarta-feira 21h 03 de novembro - quinta – 12h (reprise) 05 de novembro – sábado - 21h (reprise) 06 de novembro – domingo – 16 h (reprise) 08 de novembro – terça-feira – 12 h (reprise)

TV CULTURA 06 de novembro - domingo 6h30

TV BRASIL (Brasília – canal 02) - 06 de novembro– domingo 6h

Conselho Nacional de Justiça - CNJ

Tribunal Regional Federal da 5ª Região – TRF5

Sem publicações.

Uso do Serasajud pelos magistrados cresce 135% em um ano

Em um ano de funcionamento, o uso do sistema Serasajud pelos magistrados de todo o país cresceu 135%, chegando a 12.902 ofícios encaminhados pelos juízes no mês de setembro. Lançado em setembro de 2015, o sistema facilita a troca de ofícios entre os tribunais e a Serasa Experian, reduzindo o tempo de tramitação e de cumprimento de ordens judiciais, principalmente em processos envolvendo cobranças de dívidas e relações de consumo. Entre as demandas mais comuns encaminhadas por meio do sistema estão os pedidos de inclusão de devedores no cadastro de inadimplentes, de exclusão de registros feitos indevidamente e de informações, como endereços e contatos de devedores.

O uso do sistema reduz os riscos decorrentes de eventuais descumprimentos de ordens judiciais, bem como fraudes, graças à utilização da certificação digital. Reduz também os gastos dos tribunais com papel, Correios e pessoal, porque o envio das ordens judiciais e o acesso às respostas do Serasa são feitos por meio da internet.

O sistema responde hoje por 44% dos ofícios judiciais recebidos mensalmente pela Serasa Experian. Os demais continuam sendo encaminhados pelos Correios. Segundo informações da Serasa Experian, antes do sistema, o tempo decorrido entre o envio do pedido e o recebimento da resposta pelo Poder Judiciário era de dois a três meses. Com a utilização da ferramenta, esse prazo hoje é de um a cinco dias.

Ainda de acordo com a empresa que administra o cadastro de inadimplentes, cerca de 15 mil usuários já estão cadastrados para uso do sistema. A implantação da ferramenta está mais avançada na Justiça do Trabalho, onde 96% dos tribunais aderiram ao termo de cooperação para uso do sistema, faltando apenas o Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região, com jurisdição no estado de Alagoas.

No último dia 4 de outubro, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) anunciou a disponibilização do sistema às suas unidades judiciárias. Com isso, os Tribunais de Justiça do Acre, Ceará e Paraíba são os únicos da Justiça estadual que ainda não aderiram ao Serasajud. Na Justiça Federal falta apenas a adesão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que tem sob sua jurisdição os estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.

O Serasajud é um dos sete sistemas de pesquisas patrimoniais disponibilizados pelo CNJ aos magistrados. A criação e disponibilização dos

sistemas busca agilizar o trâmite de ofícios e o cumprimento das ordens judiciais. Além disso, buscam reduzir os custos dos tribunais com papel e Correios.

Além do Serasajud, o CNJ disponibiliza ainda o Bacenjud (para bloqueio de valores em contas bancárias), o Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional / CCS-Bacen (para pesquisa das instituições financeiras onde determinado cliente mantém conta corrente, poupança, contas de depósitos a prazo e outros bens, direitos ou valores), o Infojud (para pesquisa dos dados dos contribuintes da Receita Federal), o Infoseg (para pesquisa de informações relativas à segurança pública, justiça e fiscalização), o Sistema de Registro Eletrônico de Imóveis / SREI (para pesquisas referentes ao registro de imóveis) e o Renajud (para restrição judicial de veículos). Por Tatiane Freire - Agência CNJ de Notícias

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Tribunal faz audiências concentradas em instituições de acolhimento

A juíza titular da 1ª Vara da

Infância e Adolescência de Teresina,

Maria Luiza Moura Mello e Freitas,

iniciou no dia 24 de outubro, no Lar da

Criança Maria João de Deus, uma série

de audiências concentradas em regime

de mutirão. As audiências concentradas

ocorrem semestralmente, atendendo à

Lei Federal 8.069, de 13 de julho de

1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

As audiências atendem, sobretudo, ao artigo 19, parágrafo 1º, do ECA, e

aos provimentos 32/2013 e 36/2014 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que

preveem a reavaliação pessoal e processual de crianças e adolescentes em

situação de acolhimento institucional, na matéria cível (de proteção), com a

finalidade de zelar pela plena efetivação dos direitos constitucionais da

população infanto-juvenil em Teresina.

O mutirão ocorrerá nas instituições de acolhimento Casa Dom Barreto,

Casa Savina Petrilli, Casa de Punaré, Casa de Acolhimento Feminino, Abrigo

Masculino, Centro de Reintegração e Incentivo à Adoção-CRIA e Fazenda da Paz.

Fonte: TJPI

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Varas Cíveis realizam 5 mutirões para agilizar julgamentos de ações

Cinco Varas Cíveis da Comarca de Fortaleza realizaram, entre os dias 17 e 21 de outubro, em parceria com o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e

Cidadania (Cejusc), mutirões para agilizar processos do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT). A 13ª Vara Cível concluiu, na quinta-feira (20/10), mutirão de perícias médicas e audiências conciliatórias com 91 acordos efetivados entre clientes e empresas de seguros. Além disso, foram efetuados 156 pagamentos administrativos. Ao todo, foram agendadas 431 audiências de conciliação.

Na quarta-feira, dia 19 de outubro, a 19ª, a 33ª e a 35ª Varas Cíveis iniciaram mutirões de perícias e audiências, que se encerraram no dia 21. As três unidades agendaram o total de 1.089 processos para análise, sendo 315 da 19ª Vara, 360 da 33ª Vara e 414 da 35ª Vara. Já a força-tarefa da 3ª Vara Cível, também ocorrida na sexta-feira (21/10), foi destinada somente para a realização de exames periciais. Ao todo, foram agendados 150 exames médicos. Fonte: TJCE - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Tribunal de Mato Grosso vai criar núcleo para gerenciar precedentes O Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça de

Mato Grosso (TJMT) autorizou a criação do Núcleo

de Gerenciamento de Precedentes (Nugep),

vinculado à Vice-Presidência da corte mato-

grossense. O núcleo é uma unidade técnico-

administrativa encarregada de controlar

informações sobre os processos que geram

precedentes, como os recursos repetitivos e os incidentes de assunção de

competência.

O novo Código de Processo Civil (CPC) – Lei 13.105/2015 –, que entrou

em vigor neste ano, trouxe importantes institutos que visam diminuir o tempo

do processo, como o Incidente de Assunção de Competência (IAC, artigo 947) e o

Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR – artigos 976 ao 987),

bem como a uniformização de jurisprudência dos tribunais.

Para gerenciar todas essas informações, o Conselho Nacional de Justiça

(CNJ), nos termos da Resolução 235, determinou a criação de um Nugep em cada

tribunal. O núcleo também terá como função alimentar um banco de dados

nacional com informações da repercussão geral, dos casos repetitivos e dos

incidentes de assunção de competência. O núcleo deve ser constituído, nos

termos da resolução, por no mínimo quatro servidores e será supervisionado por

uma comissão gestora, de acordo com o regimento interno de cada tribunal.

A vice-presidente do TJMT, desembargadora Clarice Claudino da Silva,

explica que a criação do Nugep é importante, pois a secretaria da Vice-

Presidência não tem estrutura para assumir essas funções, posto que compete a

ela dar todo o processamento aos recursos especiais e extraordinários, bem

como gerenciar os processos sobrestados. “Para estruturar o núcleo, será

necessária a criação de novas funções de confiança. Por isso, é preciso submeter

o projeto à apreciação do Poder Legislativo”, explica.

Com a aprovação pelo Pleno do Tribunal de Justiça, a proposta segue

agora para a Assembleia Legislativa, para que a proposta seja transformada em

lei.

Fonte: TJMT

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Candidatos aptos à adoção conhecem histórias de crianças por vídeos

O Judiciário gaúcho iniciou no dia 19 de outubro a produção de vídeos com jovens aptos à adoção. No material, que será disponibilizado apenas para candidatos a adotantes já habilitados, crianças e adolescentes contam um pouco sobre suas histórias e rotinas em abrigos e casas lares da capital. O projeto piloto será realizado na Comarca de Porto Alegre e integra a campanha Deixa o Amor te Surpreender, lançada no dia 14 de outubro. A ideia é incentivar a adoção de crianças com mais de 10 anos, adolescentes, grupos de irmãos e jovens com deficiência.

"O objetivo é contar a história desses jovens, sem expô-los, mas que a gente possa também trazer uma reflexão para as pessoas dispostas ao processo adotivo, para que possam ampliar o perfil desejado, dentro do espírito da campanha", afirma o juiz Marcelo Mairon Rodrigues, titular do 2º Juizado da Infância e Juventude da capital. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) preconiza que os direitos deles devem ser assegurados com absoluta prioridade. "O que estamos fazendo aqui é tirar essa prioridade do papel para colocá-la na prática", ressaltou o magistrado.

Na primeira casa lar visitada, vivem oito jovens, com idades entre 7 e 17 anos, dos quais seis estão aptos para adoção. Em todos os casos, o uso de drogas por parte dos pais está ligado aos motivos que levaram ao afastamento da família de origem. O juiz Marcelo Mairon destaca que a drogadição é um fator que também prejudica o andamento do processo que definirá o destino desses jovens. "A localização dos pais se torna muito difícil já que, muitas vezes, eles não têm residência fixa ou conhecida. Isso acaba atrasando os trabalhos", afirmou. Evolução - A psicóloga Solange Paim, do Abrigo João Paulo II, explica que, quando os jovens ingressam na instituição, a preocupação é que se sintam acolhidos. "O objetivo é também avaliá-los, em conjunto com o serviço social, identificando

dificuldades e demandas. Eles vêm com uma realidade de vida difícil. Mas, quando passam a ser acolhidos, a evolução é perceptível", ressaltou.

O abrigo João Paulo II tem 13 casas lares em Porto Alegre, seis em Viamão e três em Alvorada. Elas têm estrutura de um lar de verdade, pais sociais e, geralmente, abrigam até 10 acolhidos. Já nos abrigos, a rotatividade de cuidadores é maior, assim como o número de crianças e adolescentes.

Quando o caminho é a colocação em adoção, o preparo das crianças e adolescentes é feito em conjunto com o Poder Judiciário. "Eles são questionados se querem ter uma nova família. Muitos já não falam nisso; depende da faixa etária. Já outros, embora não digam claramente, querem sim", diz a psicóloga Solange Paim. Perfil - Quanto maior a idade, mais difíceis as chances de adoção. O perfil procurado pela maioria dos candidatos a adotantes é de crianças de até 3 anos. Atualmente, no Rio Grande do Sul 90% dos jovens aptos para adoção têm mais de 10 anos. Para os adolescentes a partir dos 14 anos, a psicóloga conta que é feita uma preparação, trabalhando a autonomia para deixarem o abrigo.

Com foco nas adoções de crianças com mais de 10 anos, adolescentes, grupos de irmãos e jovens com deficiência, a campanha Deixa o Amor te Surpreender foi lançada pelo Poder Judiciário no dia 14 de outubro. Entre as medidas já tomadas, o 2° Juizado da Infância e Juventude de Porto Alegre recebeu o reforço de mais uma magistrada e servidores. A unidade está promovendo ainda seminários com candidatos a pais adotivos, esclarecendo dúvidas sobre os aspectos jurídicos e técnicos da matéria e possibilitando a troca de experiências sobre o tema e despertar a reflexão sobre a adoção tardia.

Além da campanha, a Coordenadoria da Infância e Juventude do Rio Grande do Sul está desenvolvendo outros projetos para propiciar a convivência familiar nas diversas comarcas do estado, tais como: Apadrinhar (programa de apadrinhamento afetivo), Preparação para Adoção (sistematização dos encontros preparatórios com os candidatos à adoção), Entrega Responsável (programa que orienta mães e gestantes que manifestam o interesse em entregar seu filho em adoção) e o Busca Se(R), que são ações de busca ativa para a localização de famílias para as crianças e adolescentes que não tiveram possibilidades de adoção imediata pelo Cadastro Nacional de Adoção e que ainda aguardam um lar. Fonte: TJRS

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Juizado de Violência Doméstica usará o Projudi Criminal em novembro

O 1º Juizado de Violência Doméstica

(Maria da Penha) passará a operar com o

Processo Judicial Eletrônico (PJe) – Processo

Judicial Digital (Projudi) criminal – a partir do

dia 3 de novembro. Os advogados que ainda não

possuem cadastro no Projudi devem fazê-lo, a

fim de que não ocorram inconveniências no uso

da ferramenta. De acordo com o gerente de projeto do PJe do Tribunal de Justiça

de Roraima (TJRR), Carlos Roberto Dias, essa migração será gradual e

progressiva, e todas as novas autuações a partir de 3 de novembro já deverão ser

eletrônicas.

“Os demais processos que tramitam na vara estão sendo digitalizados e

cadastrados no Projudi. O prazo previsto para a conclusão da migração ocorrerá

em 50 dias”, disse. Até a conclusão da digitalização, os processos não

digitalizados terão tramitação no sistema Siscom, sendo possível às partes o

peticionamento em meio físico.

Implantação - O Tribunal de Justiça de Roraima passou a utilizar o Projudi em

todas as varas criminais da Comarca de Boa Vista desde 4 de outubro. Somente a

Vara da Justiça Itinerante, a 1ª Vara da Infância e Juventude e o Juizado de

Violência Doméstica ainda permaneciam com tramitação de processos físicos por

se tratarem de unidades com competência híbrida (cível e criminal), e ainda

necessitarem de ajustes do sistema eletrônico. A partir de agora, o Juizado de

Violência Doméstica também passará a utilizar o sistema.

O Projudi permite a tramitação totalmente eletrônica de processos

judiciais via internet. Seu funcionamento é simples e seguro. Os pedidos serão

registrados eletronicamente, com distribuição e cadastramento automático do

processo. A partir daí, todos os atos serão realizados de maneira virtual,

eliminando-se o papel.

O TJRR contratou uma empresa com larga experiência para digitalizar

com segurança e agilidade os processos, enquanto servidores experientes os

inserem no sistema. As atividades de digitalização tiveram início no mês de

agosto. Assim que essa etapa for concluída, as respectivas versões físicas dos

autos serão arquivadas, deixando de tramitar em papel nas varas, garantindo

mais agilidade na tramitação dos autos, com utilização de um único sistema.

Fonte: TJRR

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Tribunal de Justiça do DF adere a sistema de mediação digital do CNJ

No mês de setembro, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) aderiu ao sistema de mediação digital do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A plataforma possibilita a realização de negociações através da troca de mensagens. Qualquer pessoa que tenha um conflito, com ou sem processo, pode acessar a plataforma via web e fazer um cadastro com os

dados pessoais e da pessoa ou empresa com quem pretende negociar. A participação das partes é voluntária e a utilização do sistema é gratuita.

Após a realização do cadastro, a pessoa ou a empresa receberá um e-mail e poderá oferecer uma resposta no prazo máximo de 10 dias úteis. Se houver acordo, haverá homologação judicial pelo juiz coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e de Cidadania (Cejusc). No decorrer da negociação, a qualquer momento, as partes envolvidas poderão converter a negociação digital em conciliação presencial a ser realizada em qualquer Cejusc.

As empresas podem aderir ao sistema e se cadastrar a qualquer tempo. A ferramenta é muito importante na gestão de conflitos e demonstra o interesse da empresa em resolver os conflitos de forma rápida, eficiente e com baixo custo. O sistema de mediação digital está previsto na Emenda 2 da Resolução 125/2010 do CNJ, de 8 de março de 2016, nos artigos 6º, X e 18A. O lançamento da plataforma ocorreu, oficialmente, na abertura da 1ª Reunião Preparatória do 10º Encontro Nacional do Poder Judiciário, em maio deste ano. Fonte: TJDFT - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Ministra Cármen Lúcia abre oficina para suporte técnico em decisões da saúde O termo de cooperação técnica firmado

entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o

Ministério da Saúde para subsidiar os

magistrados em ações judiciais na área da saúde

já começa a dar resultados. Na próxima segunda-

feira (7/11), será iniciada a primeira oficina dos

Núcleos de Avaliação de Tecnologia em Saúde

(NATs) e dos Núcleos de Apoio Técnico do Poder Judiciário (NAT-Jus). A

capacitação ficará a cargo do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A presidente

do CNJ e do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, estará presente

na solenidade de abertura.

A oficina no Sírio-Libanês abordará, entre outros temas, a elaboração e

padronização de pareceres e notas técnicas, que servirão de subsídio científico

aos tribunais para a tomada de decisão em ações relacionadas à saúde.

Supervisor do Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde, o conselheiro Arnaldo

Hossepian também participará da cerimônia. “Nossa ideia é que em até 72 horas

seja possível dar uma resposta ao juiz, que poderá ou não seguir o parecer. É

possível que a demanda seja temerária e ele, desamparado de conhecimento

técnico, tenda a atender o pleito, por tratar-se da vida de alguém”, explicou.

A parceria entre CNJ e Sírio-Libanês dará origem a um banco de dados

com informações técnicas, com base em evidências científicas, para subsidiar os

magistrados de todo o país. O hospital investirá, por meio do Programa de Apoio

ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde, cerca de R$ 15

milhões, ao longo de três anos, para criar a estrutura da plataforma, que estará

disponível na página eletrônica do Conselho. Caberá ao CNJ resguardar as

informações e torná-las acessíveis aos juízes.

O banco conterá notas técnicas, análises de evidências científicas e

pareceres técnico científicos consolidados, emitidos pelos NAT-Jus, pelos NATs,

pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec), além de

informações da biblioteca do Centro Cochrane do Brasil (instituição sem fins

lucrativos) e outras fontes científicas.

A primeira oficina vai contar com a presença de representantes dos

tribunais de 10 estados: Acre, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro,

Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.

Gastos elevados - Levantamento do Ministério da Saúde mostra que, desde 2010,

os gastos da União com ações judiciais para aquisição de medicamentos,

equipamentos, insumos, realização de cirurgias e depósitos judiciais cresceram

727%. Só no ano passado, os gastos atingiram R$ 5 bilhões.

Área sensível – A judicialização da saúde é tema de constante preocupação no

CNJ. Em setembro, foi aprovada a Resolução 238, que dispõe sobre a criação e a

manutenção de comitês estaduais de saúde, bem como a especialização em

comarcas com mais de uma vara de fazenda pública.

Por Thaís Cieglinski - Agência CNJ de Notícias

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Tribunal ampliará gravação audiovisual das declarações em audiências

Iniciar a segunda fase do projeto Gravação de Audiências, com a expansão para as unidades judiciais da área criminal de todo o estado, é uma das metas do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para 2017. Desde 2015, o sistema funciona em 25 unidades judiciais, nas comarcas de Belo Horizonte, Contagem, Conselheiro Lafaiete, Ribeirão das Neves e Vespasiano. Para que a gravação seja estendida às demais comarcas, o TJMG iniciou processo licitatório para compra de software e serviços necessários.

O novo sistema prevê a gravação audiovisual das declarações prestadas em audiências judiciais. Assim, em vez de as declarações serem ditadas pelo magistrado ao escrevente, tudo é gravado em mídia digital, o que agiliza as audiências. O sistema permite fazer marcações em partes importantes da gravação, que poderão ser consultadas pelo magistrado, posteriormente, de forma mais rápida.

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Consultor Jurídico - CONJUR

Equipamentos - A primeira fase do projeto de aquisição teve início em agosto do ano passado, quando foram adquiridos 20 kits. Além do uso do sistema, o kit incluía um microfone e uma câmera. Em novembro, houve a primeira expansão, com a aquisição de mais cinco equipamentos. Na primeira fase, as aquisições foram feitas por meio da adesão a uma ata de registro de preços da Justiça Federal de Sergipe. Na etapa atual, uma nova empresa está sendo escolhida por licitação.

A juíza Juliana Elian Miguel, da 4ª Vara Criminal de Contagem, usa o sistema desde janeiro. “É bastante útil, porque agiliza as audiências. Assim, atualmente, consigo realizar um número maior de audiências por dia. Apenas em setembro, realizei 142”, conta a magistrada. Ela afirma que outra vantagem é captar imagens, o que permite ao juiz, na época em que for sentenciar um processo, relembrar exatamente como foi a audiência. A magistrada relata ainda que as audiências são mais tranquilas e rápidas, porque as partes envolvidas sabem que tudo o que foi dito estará registrado. Agilidade - O juiz Guilherme Sadi, da 3ª Vara Criminal de Belo Horizonte, explica que o manuseio dos equipamentos e do software é simples. Tudo é operado pela equipe do gabinete. O sistema é usado na unidade há seis meses. “Diariamente, é possível fazer um número maior de audiências ou fazer as audiências mais rapidamente para se dedicar a outras tarefas, como a de sentenciar processos”, diz. A gravação, diz ele, também registra expressões corporais e tom de voz. “Muitas vezes, ouvíamos reclamações de que a testemunha havia falado de uma forma, mas que o magistrado tinha ditado de alguma outra forma. Isso agora não ocorre mais”, explica. Fonte: TJMG

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