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Descaso público CRISTIANO MIGON BENTO GONÇALVES Sábado 4 DE ABRIL DE 2015 ANO 48 N°3118 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br A Centenário pede socorro Com revitalização longe de sair do papel, praça não é frequentada devido à sensação de insegurança Página 21 Novos rumos Indústrias despertam para exportação Setores moveleiro e vinícola aproveitam alta do dólar e expandem suas vendas a novos mercados Páginas 18 e 19

04/04/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.118

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04/04/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.118 - Bento Gonçalves/ RS

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Descaso público

CRISTIAN

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BENTO GONÇALVESSábado4 DE ABRIL DE 2015ANO 48 N°3118

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

A Centenário pede socorroCom revitalização longe de sair do papel, praça não é frequentada devido à sensação de insegurança

Página 21

Novos rumos

Indústrias despertam para exportaçãoSetores moveleiro e vinícola aproveitam alta do dólar e expandem suas vendas a novos mercados Páginas 18 e 19

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Páscoa para hipertensos: como manter uma alimentação balanceada?Páscoa é, para muitos, sinônimo de almoço farto e

muitos chocolates. E, acredite, não é preciso se privar das delícias oferecidas nesta época. Se você tem pro-blemas de pressão alta, algumas dicas podem te aju-dar a festejar sem colocar a saúde em risco e sem que os sentimentos de culpa apareçam depois, mantendo uma alimentação saudável nesse período.

É fundamental iniciar a refeição com um prato de salada verde, como um mix de folhas (alface, rúcula, agrião, couve) e legumes cozidos, pois apresentam baixa quantidade calórica e são ricos em fibras, que dão maior sensação de saciedade. Para temperar a salada, a melhor opção é utilizar azeite extra-virgem que estimula a produção de óxido nítrico, um excelen-te regulador da pressão sanguínea, que deixa o sangue mais fluido. Ervas aromáticas, como manjericão, oré-gano, alecrim também são uma boa pedida.

Além disso, para manter a pressão em dia, evite o sal e dê espaço para o salgante, que é a base de cloreto de potássio. Ele é uma ótima opção, pois é livre de só-dio e ajuda a controlar a hipertensão.

Para o prato principal, dê preferência para peixes assados, grelhados ou cozidos. Na hora de preparar, tempere com azeite de oliva extra-virgem, limão, er-vas e salgante. Um peixe tradicional nessa época do ano é o bacalhau. Com baixa taxa de colesterol e gor-dura, é rico em ômega-3 e ajuda a reduzir o risco de doenças cardiovasculares.

Esse peixe é rico também em magnésio, excelente ativador do óxido nítrico (substância vasodilatadora), que tem um efeito direto na diminuição da pressão arterial por causa da vitamina B3 (Niacina), que pos-sui efeitos positivos na redução dos níveis de LDL-c, de triacilgliceróis e aumento dos níveis de HDL-c. Só tome cuidado com o sal do bacalhau. Retire-o comple-tamente quando for prepará-lo.

Evite frituras de acompanhamento. Prefira purê de mandioquinha, batata assada, arroz integral ou arroz branco com legumes. Esses acompanhamentos são ri-

cos em fibras e ajudam a diminuir a absorção de gor-dura, além de aumentarem a saciedade.

O vinho, símbolo da Páscoa, é um ótimo acompa-nhamento para peixes e um protetor do coração, pois é rico em resveratrol. Para quem não pode com bebida alcoólica devido ao uso contínuo de alguns medica-mentos, pode substituir por um suco de uva natural integral orgânico.

O tradicional ovo de Páscoa deve ser consumido com moderação. O máximo por dia de chocolate é 30 gramas, o que equivale a um bombom pequeno. Veja o peso do ovo e divida o número de porções. Prefira as versões meio amargo ou com mais de 70% de cacau. Além de possuir menor quantidade de açúcar, o ca-cau tem ação antioxidante e efeitos benéficos no risco de doenças cardiovasculares por meio da diminuição da pressão sanguínea, antiagregação plaquetária, au-mento do HDL e diminuição do LDL.

Já os outros tipos de chocolates, como ao leite, bran-co e trufado, entre outros, são preparados com muito açúcar e gorduras de cacau e, quando consumidos em excesso, podem trazer prejuízos à saúde. Se você não for diabético, o chocolate diet não é uma boa opção. Ele é isento de açúcar, mas possui grande quantidade de gordura e, por isso, não é indicado para quem quer emagrecer, por exemplo.

Coma devagar e com calma, isto fará com que a digestão seja mais lenta, e você ficará satisfeito com menor quantidade. Com essas dicas será possível se alimentar bem na Páscoa, sem culpa e mantendo os níveis de pressão arterial em dia.

Artigo

O texto para esta seção deve conter aproximadamente 2.500 caracteres, incluindo os espaços, e ser enviado para o endereço de e-mail [email protected]

BRUNA MELLO Nutricionista

Uma alternativa à CentenárioEditorial

A praça Centenário, em tese, deveria ser um dos locais mais frequentados de Bento Gonçalves. Sua localização privilegiada, na área central do município, poderia estar recebendo as famílias nos finais de semana e, por que não, também os turistas. Mas, infelizmente, isso não acontece.

Nos últimos anos, o Poder Público fez um louvável tra-balho de revitalização das praças da cidade, fazendo com que as famílias redescobrissem as áreas de lazer dos bairros. No entanto, nin-guém explica os motivos que fizeram a praça Centenário ser esquecida e ficar a mercê de viciados e indivíduos que ame-açam a segurança de quem insiste ou precisa passar por lá.

Mesmo com um pórtico da Brigada Militar junto à pra-ça, o prédio não intimida a ação dos que querem usar drogas. Fumar maconha e crack por ali é algo que faz par-te da rotina. Como há apenas um policial no pórtico, não é possível que seja feita uma ronda pelo parque público, a fim de intimidar os usuários. Da mesma forma, a Prefei-tura não providencia a colocação de um guarda no local.

É preciso seguir o exemplo positivo da praça Vico Barbieri que voltou ao uso da comunidade

Com isso, o cidadão se torna refém da criminalidade e desiste de frequentar a praça. A sensação de insegurança não permite que os moradores vizinhos à Centenário le-vem seus filhos até lá para brincar. Preferem ir de carro até a praça da igreja São Bento que, mesmo sem banhei-ros, tornou-se a melhor alternativa para estas famílias.

A Prefeitura afirma que já encaminhou projeto ao Governo Federal para revitalizar a Centenário, num investimento de R$ 400 mil. Esperamos ansiosos que este projeto seja aprovado e a recuperação de um dos principais espaços públicos da cidade seja entregue novamen-te para a comunidade. Temos um exemplo positivo com o que foi feito com a praça

Vico Barbieri, que ficou um bom tempo sendo ponto de usu-ário de drogas e hoje é um dos locais mais visitados pelas famílias bento-gonçalvenses. Possui brinquedos, vigilância e banheiros em condições de utilização.

Não podemos permitir o abandono da praça Centenário. Ela está no coração da cidade e precisa voltar a ser um de nossos cartões postais.

Sábado, 4 de abril de 2015 2 Opinião

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PainelOs moradores do bairro Fe-

navinho estão com esperança de usufruir, ainda este ano, de uma Unidade Básica de Saú-de (UBS). O prédio, que antes era de lata e estava em estado de abandono, está sendo cons-truído em alvenaria, conforme determinação da 5ª Coorde-nadoria Regional de Saúde (CRS). A nova UBS terá ca-pacidade para atender quatro mil pessoas, oferecendo 450 consultas por mês (uma média de 30 ao dia). Também será oferecido atendimento a dia-béticos e hipertensos, além de pré-natal às gestantes de baixo risco. O custo total da obra está orçado em R$ 378,9 mil.

A Companhia Riogranden-se de Saneamento (Corsan) executa uma obra emergen-cial no trecho compreendi-do entre o Recalque de Água Bruta do Barracão até o trevo de acesso a Pinto Bandeira. O trabalho consiste na subs-tituição da antiga tubulação de fibrocimento que conduz água bruta das barragens São Miguel e Burati até o recalque daquela localidade.

A obra estava prevista para

ser executada somente no se-gundo semestre deste ano ou até mesmo para 2016. Entre-tanto, devido aos sérios com-prometimentos nos anéis das bolsas da tubulação, que co-locava em risco a demanda de vazão necessária, a direção da Corsan decidiu realizar a ope-ração de forma emergencial. A previsão é que o trabalho seja concluído até o dia 15 de abril.

De acordo com o chefe da Unidade de Saneamento de

Bento Gonçalves, Claudio Fer-reto, as obras estão transcor-rendo normalmente. “Verifi-camos o mínimo transtorno possível, e será dessa forma que tentaremos conduzir. Contudo, pedimos encareci-damente sua compreensão e apoio a esta fundamental e estratégica ação, que foca o objetivo principal que é ga-rantirmos a normalidade do abastecimento de água para a nossa comunidade”, reforça.

UBS Fenavinho em fase de conclusão

Obras da Corsan no Barracão

Sábado, 4 de abril de 2015 3

Em São Paulo, esta semana, rapaz de 23 anos, sob o pretexto de que ela o traiu com um amigo, cortou a cabeça da namorada, de 16 anos, que estava grávida de sete meses. Levou a cabeça para o delegado e disse: “ela não vai mais me trair”. Essas coisas macabras não são fruto também de exibição, em horário nobre, de “lixos” como os temas de novelas e os Big Brothers da vida?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

CURTI!

NÃO CURTI...

O trabalho de vários voluntários que, de forma anônima, estarão proporcionando uma Pás-coa mais feliz para crianças carentes. A ação é feita anualmente, nesta época e no Natal.

A inundação do banheiro da praça Walter Galassi. Quem foi utilizar os sanitários nesta semana acabou molhando os calçados, por-que o local estava sempre alagado.

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HUMOR Moacir Arlan

Você já sorriu hoje? Essa será a principal pergunta que o cantor Ivo Mozart fará aos alunos de 25 escolas públicas, de 12 municípios gaúchos, que participarão do projeto “Cor-rente do Sorriso”, financiado pelo sistema Pró-cultura RS, por meio da Lei de Incentivo à Cultura. A iniciativa ocorrerá durante todo o mês de abril e vai reunir shows do artista, co-nhecido nacionalmente pelas músicas “Vagalumes” e “Anjos de Plantão”, bate-papo sobre os principais valores humanos e interatividade. Na terça-fei-ra, 7 de abril, o projeto estará em Bento Gonçalves, no Insti-tuto Estadual .

Projeto Sorriso em Bento

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Sábado, 4 de abril de 20154 Geral

As obras do Contrato de Res-tauração e Manutenção

de Rodovias da Serra (Crema Serra) da BR-470 e da ERS-324 devem ser retomadas na segunda-feira, 13. A expectati-va foi dada pela empresa Traça-do, responsável pela recupera-ção do trecho. Inicialmente, os trabalhos iriam recomeçar no início deste mês, mas o prazo precisou ser estendido para fi-nalizar a contratação de equipes e a aquisição de maquinário.

A retomada das obras vai ocorrer no quilômetro 292,13 da ERS-324, em Nova Prata, em direção a Nova Bassano. Entre os trabalhos previstos estão a remoção e recompo-sição do asfalto, que está em

Prazo de início das obras foi revisto devido à necessidade de contratação de funcionários

CRISTIAN

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Inicialmente será realizada a roçada do mato que esconde as placas

Crema/Serra deve ser retomado até segunda-feira, 13

BR-470

Resposta do secretário

Mas, mesmo assim...

A conta de luz

Houve aumento, mesmo?

Na semana passada questionei o aumento de mais de 48% na Contribuição de Iluminação Pública, conforme foi publicado em Edital pela Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves. O Secretário de Finanças, Marcos Fra-calossi, em contato mantido, me informou que os per-centuais foram transmitidos para a Prefeitura pela Rio Grande Energia – RGE -, empresa concessionária local. Quanto ao meu outro questionamento, relativo ao valor arrecadado e que é pago para a RGE, o Secretário Marcos me assegurou que os valores coincidem, ou seja, a Pre-feitura só repassa o que é cobrado. Isso poderá ser con-ferido nas prestações de contas da Municipalidade para Câmara de Vereadores e Tribunal de Contas.

Pois é, mesmo assim me insurjo contra essa cobrança por ser absolutamente injusta. Como já comentei aqui, ela era “Taxa de Iluminação Pública”. Mas, como isso foi questionado, com sobradas razões, já que não era possí-vel mensurar o que cada contribuinte “consome” ou “uti-liza” a título de iluminação pública, ela foi derrubada na justiça. E não poderia ser diferente, já que “taxa” é um pagamento de contraprestação de serviço perfeitamen-te identificada e individualizada. Aí resolveram “dourar a pílula”, ou seja, mudaram o nome para “Contribuição para Custeio da Iluminação Pública”, com o entendimen-to de que poderia ser cobrada de forma “diferenciada” em cada conta de energia elétrica, conforme o consumo. Entendo que ela continua sendo uma “taxa” e, por isso, inconstitucional. Contribuição é bem diferente. Exem-plo: CPMF. Ela poderia ser mensurada e, por isso, paga de forma justa entre os contribuintes, o que não é o caso da iluminação pública. Mas, com argumentos sólidos, talvez algum advogado possa me convencer do contrário.

Ouço contundentes reclamações sobre o valor da ener-gia elétrica. Há algum tempo escrevi na Coluna o que eu estava pagando por Kwh. Agora, depois dos aumen-tos anunciados, resolvi fazer novas comparações. Eis os valores a que cheguei (tenho as contas arquivadas para comprovar), dividindo o valor pago pelo número de Kwh medidos na conta: agosto de 2006: R$ 0,52 por kwh; abril de 2007: R$ 0,48; agosto de 2008: R$ 0,53 por Kwh; setembro de 2012, R$ 0,61 por Kwh; março de 2013, R$ 0,52 por Kwh; maio de 2014, R$ 0,40 por Kwh; setembro de 2014, R$ 0,51 por kwh; fevereiro de 2015, R$ 0,52 por Kwh e abril de 2015, R$ 0,60 por Kwh. Nes-ses valores por Kwh estão inclusos impostos, bandeiras, iluminação pública, enfim tudo o que vem na conta.

Conclusão: estou pagando hoje o mesmo valor por Kwh que pagava em setembro e novembro de 2012 e 17,6% a mais do que em setembro de 2014, valor anterior às elei-ções. Como constatei, não tive esse anunciado aumento brutal no meu consumo (que, aliás, varia pouco mês a mês). A “Contribuição de Iluminação Pública” é que re-presentou uma paulada de 72,6% de janeiro de 2013 a abril de 2015. Confira suas contas e tire suas próprias conclusões. E, importante se dizer, não houve “apagões”, pelo que reafirmo o que já falei: prefiro pagar mais caro (o que não constatei) do que não ter energia, como em 1999 anos posteriores.

ÚLTIMAS

Primeira: O artigo 88º do Có-digo de Trânsito Brasileiro con-tinua sendo violentado por pes-soas que não estão nem aí para os usuários de rodovias. O 88º obriga a sinalização das rodovias antes de serem colocadas à dis-posição dos motoristas;

Segunda: Bem, se nem a Reso-lução nº 396 do Contran merece toda a consideração das “autori-dades competentes”, o que se pode esperar a não ser pagar o IPVA no vencimento para não ser multados?

Terceira: Ainda falando em trânsito, até quando teremos o caos que se verifica na área cen-tral por falta de atitudes pontuais para solução dos gargalos?

Quarta: O bom dessas oper-ações todas da polícia federal é saber que muita “gente boa” não está dormindo direito, temendo que chegue a sua vez para ir atrás das grades;

Quinta: E é bom se ver, tam-bém, muitos dos que detonavam políticos corruptos envolvidos até o pescoço nesse festival de falcatruas;

Sexta: Quando eu comecei afirmar, há muitos anos, que os políticos governavam, mas o “poder” estava na mão dos “donos do Brasil” poucos entendiam;

Sétima: Agora, com o envolvi-mento deles (grandes empresári-os, empreiteiros, banqueiros, barões da mídia, etc.) na Oper-ação Zelotes, vejo minha tese comprovada. Resta saber se os “paladinos da ética”, os “hones-tos” apoiarão a PF ou não;

Oitava: E o Esportivo venceu a primeira. Agora é embalar e am-bicionar coisas bem melhores do que fugir do rebaixamento;

Nona: E o “campeonato mau caráter gaúcho” continua sem modificações. Os escândalos de arbitragem o tornam cada vez mais “mau caráter”;

Décima: O Grêmio, com mais um balanço deficitário (59 mil-hões em 2013 e 31,6 milhões em 2014), segue lutando contra arbi-tragens em várias competições. Até quando, mesmo?

Antô[email protected]

péssimas condições, além da roçada e manutenção nos acostamentos. A recuperação da pavimentação está prevista somente para o início de maio. Apesar do recomeço dos tra-balhos, a BR-470 terá somen-te serviços de conserva até o avanço da recuperação.

O lote 1 do Crema/Serra pre-vê asfalto novo na BR-470 e na ERS-324, de Bento Gonçalves a Nova Araçá. As obras estão pa-radas desde o fim do ano para a renegociação do contrato entre a empresa Traçado, vencedora da licitação, e o Estado. Os no-vos valores foram acertados no início de março e, desde então, a empresa está em processo de contratação de novos operários.

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Sábado, 4 de abril de 20156 Geral

Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.970

IGVariedades

A FRASE

Muitas vezes palavras inadequadas e insensatas são como flechas: cortam e ferem o coração! (.)

Movelsul – referência mundialCom 58 mil m² de área o Parque de Eventos de Bento Gonçalves

oferece amplas condições para a realização de feiras, congressos, ex-posições e encontros destinados a diversos segmentos. Comparado entre os melhores centros do mundo continua sendo palco de impor-tantes feiras movimentando a cidade e região. Com foco no consu-midor – desejo por reformar e decorar – feira Segmentada – Projeto Comprador – tecnologia de ponta e bons negócios, entram em campo os profissionais do maior evento internacional de móveis da América Latina. É a Movelsul Brasil 2016, movimentando negócios e atraindo lojistas nacionais e importadores de todos os continentes.

Feira qualificadaPromovida pelo Sindmóveis e diante da sua organização e credibilida-

de a Movelsul Brasil além de promover o setor moveleiro nacional será altamente qualificada e inovadora. Centenas de expositores, importa-dores de dezenas de países, milhares de visitantes e negócios superando a expectativa são metas da grande feira. O presidente do Sindmóveis Henrique Tecchio e equipe diretiva ao lado da hospitalidade da nossa gente o sucesso será alcançado. É Bento na frente de 14 a 18 de março 2016 com a realização da 20ª Movelsul Brasil! E vamos em frente!

Simmme – nova sedeE continuam avançando as obras de construção e conclusão da nova

e moderna sede do Simmme – Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico – de Bento Gonçalves com extensão territorial junto aos municípios de Pinto Bandeira, Monte Belo do Sul e Santa Tereza. Com destacada atuação em nosso meio e agregando centenas de indústrias ligadas ao setor o Simmme é liderado pelo pre-sidente e empresário Juarez José Piva e equipe diretiva. Uma missão pela qual segue um trabalho de constante inovação voltada ao bem maior que é o quadro de empresas e trabalhadores do setor.

Belo investimentoCom o crescimento das atividades o Simmme através de seus diri-

gentes e ao longo dos anos vem buscando importantes caminhos con-solidando benefícios aos integrantes da entidade. Em fase de conclu-são, na rua Domingos Rubechini, bairro Fenavinho, ergue-se a nova Sede do Simmme, numa área de 1.705m² com cinco pavimentos. Com espaços distribuídos a nova Sede comportará salas administrativas, salas para cursos e reuniões, auditório, salão de festas, garagem entre outras dependências, tornando o investimento expressivo.

Mais qualificaçãoSem dúvida alguma, o investimento representa mais qualificação

de profissionais ligados ao setor segundo o presidente do Simmme Juarez José Piva. Com avanços na qualificação e tecnologia integram a Comissão de Obras a empresária Fabiana Geremia Bucco e Clovis Francisco Ferri; Engº Responsável Rafael De Toni e Arquiteto Gil-berto Donatti que destacam a importância do empreendimento na busca da qualificação de profissionais para o mercado, tecnologia e novos horizontes beneficiando todos os seus associados.

Preservando o planeta...Como feira de negócios a Proamb liderada pelo presidente Neri

Gilberto Basso promove de 5 a 8 de abril de 2016, no Parque de Eventos em Bento Gonçalves a 7ª Fiema Brasil – Feira Internacional de Tecnologias para o Meio Ambiente – evento presidido pelo em-presário Jones Favretto e equipe de apoio. É bom saber o que está sendo feito para preservar o nosso Planeta! Fique ligado!

Mérito Lojista 2014E a CDL-Cãmara de Dirigentes Lojistas de Bento Gonçalves liderada

pelo presidente Marcos Rogério Carbone convidando para o jantar e cerimônia de entrega do Prêmio Mérito Lojista 2014 que acontece dia 9 de abril 2015, às 20h no Dall’Onder Grande Hotel. Fica o registro!

Muito mais do que tubos de ensaio, trabalhar

com a ciência pode ser diver-tido. Os materiais estudados são produzidos por reações químicas ou físicas e algumas análises podem ser realizadas em laboratórios ou na natu-reza. Ser cientista, formado, necessita de muito estudo e anos de dedicação. Mas as atividades relacionadas a essa profissão podem ser iniciadas desde criança.

Na Escola Municipal Pro-fessor Noely Clemente de Rossi, no Bairro Santa Marta, em Bento Gonçalves, os pe-quenos vestem jalecos para iniciar as experiências. Trinta e duas crianças, do Jardim I e II, acompanhadas das profes-soras Marlova Cavalli Picoli e

Rosângela Detoni, irão traba-lhar, durante o ano, o projeto: “Pequenos Cientistas, Gran-des Descobertas”.

Utilizando os recursos dis-poníveis na Escola, as crian-ças desenvolverão atividades a partir dos quatro elementos: ar, água, terra e fogo, onde po-

derão observar as transforma-ções destas utilizando as mais diversas experiências. Os pais foram comunicados, colabora-ram com o valor do jaleco e po-derão acompanhar as ativida-des desenvolvidas pelos filhos através do site da Escola, que é uma novidade neste ano.

Pequenos descobrem as maravilhas da ciência

Escola Noely de Rossi

Crianças do Jardim I e II vão aprender a transformação dos elementos

Alunos e professoras estão empolgados com o início do projeto

CLEUN

ICE PELLENZ

Cleunice [email protected]

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Sábado, 4 de abril de 20158 Geral

A clientela da Liga de Com-bate ao Câncer de Bento Gon-çalves vai ter uma Páscoa muito mais doce. A entidade estará distribuindo dezenas de cestas com alimentos, além de chocolate e brinquedos, para portadores de câncer ca-dastrados e convidados pela instituição. A entrega será na manhã deste sábado, 4 de abril, em frente à Liga, numa barraca montada pelo 6º Ba-

Liga faz entrega de chocolates hojePáscoa

[email protected]

DenisedaRé

Rir ainda é o melhor remédio

Nem “angústia cívica”, nem “angústia existencial”. Para “fugir dos escândalos e troca de insultos” atuais, proponho que entremos no universo do riso, ao invés de nos embrenharmos no universo do “inimaginável” (crônica de L.F.Veríssimo do dia 30/03). Filosofar é bom, mas uma folga para a cuca é saudável.

Motivos para o alto astral? Já que vivemos num enor-me circo, aproveitemos para achar graça, inclusive de nós mesmos, afinal rir é ainda o melhor remédio. Po-demos curtir, por exemplo, os deslizes de linguagem ou de semântica, cometidos aqui e ali, já que nosso idio-ma, com seus homônimos, parônimos, homófonos e si-milares, presta-se a isso.

Vamos começar com a Isabela, uma menina que,

apesar da pouca idade (cinco anos), tem muita sabe-doria. Sempre atenta ao que se passa, faz uma leitura do mundo com clareza. Ela sempre surpreende. Dia desses, o pai quase teve um ataque, com a observação de sua filhota:

-Seria bom ter dois amantes...Percebendo o ar apalermado ao seu redor, ela justi-

ficou:-Várias mulheres têm! A mãe saiu de fininho, deixando a batata quente para

o pai, que tentou puxar, lá do fundo do baú, teorias psi-canalíticas... Media as palavras quando teve um insight:

-Filhinha, o que é “amante”? A que a menina prontamente respondeu: -Aquelas pedrinhas que brilham.

Ufa! “Diamantes”! Alívio imediato... por hora. Vá que ela começasse a bater o pé querendo ganhar de presen-te de Páscoa “dois amantes” no lugar de alguns ovinhos de chocolate!

Saindo do universo infantil, aterrisso no mundo dos adultos, com uma história igualmente real e tão ingê-nua quanto:

Uma simpática senhora, antenada que nem a meni-na acima, contou que seu marido andava “embatuma-do”, por isso o internou num quarto “semi-primitivo” do Tacchini. Depois, aproveitando a ausência dele e da cachorrinha, que estava na veterinária para ser “cadas-trada”, ela mandou “imunizar” a casa. Embora recém reformada, com “porcelato” no chão, as baratas tinham se bandeado pra lá. Mas ocorreu que o cheiro forte a fez espirrar adoidado, de modo que ela também teve que ir ao médico.

-Sou “antialérgica” a produtos químicos – confidenciou.

Mas nada disso era motivo para se deixar abater. Ta-garela como de costume, ela informou que a vizinha ti-nha ido a Caxias para fazer o “suporte”, pois em breve viajaria ao exterior.

-“Passaporte” – corrigiu a amiga sorrindo.

Ela sacudiu os ombros. Não estava nem aí pra aque-las bobagens. E sem perder o bom-humor, aceitou, com entusiasmo, o café que lhe ofereceram:

-O cheiro está “insuportável”! Não “registro”.

E quem é que resiste? Tamanha espontaneidade lin-güística põe as pérolas de alguns jogadores de futebol no chinelo... se bem que é difícil a comparação, pois , como disse o deputado Jardel, em tempos idos, “com o jogo a mil, a naftalina sobe”.

talhão de Comunicações. A ação solidária foi idea-

lizada no Colégio Sagrado Coração de Jesus, que com o envolvimento de seus alunos e professores, arrecadou o material, elegendo a Liga de Combate ao Câncer como ins-tituição a ser beneficiada. Os mantimentos foram arrecada-dos pelo colégio foi seleciona-do e distribuído em cestas de-coradas pelas voluntárias da

entidade durante a semana.“Agradecemos o lindo gesto

dos estudantes e colaborado-res do Sagrado. Agora vamos compartilhar a atitude, le-vando um pouco de carinho a muitas famílias que vivem a luta contra o câncer e que precisam de um afago nesta Páscoa”, destaca a presidente da Liga de Combate ao Cân-cer de Bento Gonçalves, Ma-ria Lúcia Severa.

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Sábado, 4 de abril de 2015 9Geral

Sessão da Câmara

Ressarcimento de moradores em pautaDia 6, será votado projeto de lei que devolve o valor pago pelos compradores de lotes no Vila Nova III, adquiridos em 2008

Dois Projetos de Lei Ordi-nária e três Emendas à

Lei Orgânica estão na pauta dos vereadores para a sessão da câmara de segunda-feira, 6. Entre eles, será encami-nhado para primeira votação o projeto de autoria do Execu-tivo que autoriza o município a ressarcir os beneficiários do Loteamento de Interesse So-cial Vila Nova III. No total, o valor a ser devolvido aos 18 compradores é de aproxima-damente R$ 65 mil.

Os terrenos foram adquiri-dos em 2008 e 2009, porém, segundo Lei Municipal n° 3.530/2004, os compradores tinham um prazo para iniciar a construção no local, por serem lotes de interesse social. Como isso não foi cumprido, o Con-selho Municipal de Habitação autoriza o ressarcimento des-

Silvia [email protected] OUTROS PROJETOS

Proposta de Emenda à Lei Orgânica nº 2/2015: De auto-ria da Mesa Diretora da Casa e subscrita por outros sete verea-dores, será submetida à segunda e terceira votações a proposta que tem por objetivo adequar o texto da Lei Orgânica Municipal à legislação vigente.

Projeto de Lei Ordinária nº 20/2015: De autoria do verea-dor Moacir Camerini (PT), pretende tornar obrigatória aos clubes sociais, esportivos, condomínios, hotéis e demais entidades congê-neres, a instalação de dispositivo que interrompa automaticamente o processo de sucção em piscinas coletivas. De acordo com a jus-tificativa do projeto, a proposta tem como objetivo evitar aciden-tes nas piscinas coletivas do município pelas bombas de sucção.

ses compradores. Os valores a serem devolvidos aos pro-mitentes compradores serão atualizados pela URM na data de sua restituição.

Outra proposta que será enca-minhada para segunda e tercei-

ra votação é a Emenda à Lei Or-gânica nº 2/2015. O objetivo é adequar o texto da Lei Orgânica Municipal à técnica legislativa e à legislação vigente, por meio de alterações, adições e supressões de artigos, incisos e parágrafos.

Antes de apreciarem a propos-ta, os vereadores deverão votar duas emendas modificativas ao texto – ambas de autoria do presidente da câmara, Valdecir Rubbo (PDT). Estas matérias também irão para a segunda e terceira votações.

Prestação de contas

A sessão de segunda-feira, 6, também terá a presença do secretário municipal de Tu-rismo, Gilberto Cristino Du-rante, que fará uma prestação de contas da sua pasta. O re-presentante falará no plenário sobre as ações que estão sendo desenvolvidas e também irá responder aos questionamen-tos dos vereadores.

Além da prestação, Durante afirma que também preten-de explanar sobre o resultado do estudo de Competitividade do Turismo Nacional, no qual

Bento Gonçalves teve posição de destaque. “Nosso municí-pio, ficou entre os 65 destinos indutores e, no ano passado, também fomos uma das cida-des que mais evoluiu no setor”, afirma o secretário.

De acordo com o estudo, na dimensão cooperação regional, Bento foi o destino que mais se destacou e foi o único a atingir o nível cinco nesta dimensão. Um dos motivos que possibi-litou esse destaque, segundo o estudo, é o fato do município executar projetos comparti-lhados com outros destinos da região, com planejamento es-tratégico de desenvolvimento turístico integrado.

A Sessão Ordinária inicia às 18h e é aberta ao público. A re-união também será transmiti-da ao vivo pela TV Câmara, no Canal 16 da NET, ou pelo site da Câmara. A pauta da ordem do dia pode sofrer modifica-ções até o início da sessão.

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Sábado, 4 de abril de 201510 Geral

Estratégia da diretoria da feira é aproveitar o aniversário de 125 anos da cidade para divulgá-la em todo o Brasil

Comerciantes têm até segunda-feira para votar

Diretor de Marketing Rafael Fantin

Mídia alternativa para Bento Gonçalves

Mérito Lojista

ExpoBento 2015

A homenagem que a Expo-Bento 2015 presta a sua

cidade sede, Bento Gonçalves, não se limita apenas ao layout da feira. A cidade e seus atra-tivos estão impressos em toda identidade visual num ato de reconhecimento ao município que empresta seu nome e seus talentos para a maior feira mul-tissetorial do Brasil. É em torno deste enredo que o marketing desenvolveu uma campanha que, além de reforçar a abran-gência ampliada na edição pas-sada, também aposta em estra-tégias de mídia alternativa.

A feira, que carrega consi-go muita inovação, mantém seu compromisso com a mídia tradicional, mas também vem apostando em novas ferramen-

tas e em estratégias de mídia al-ternativa. Um exemplo é a cria-ção do wobbler, um display que percorrerá estabelecimentos já confirmados como expositores e que se somarão à divulgação tra-dicional, fazendo um link entre a empresa, a feira e os visitantes. “A ExpoBento está presente em todos os canais. E o nosso desa-fio é incrementar nosso público com potencial comprador, ge-rando negócios aos nossos expo-sitores. Para isso, vamos seguir inovando, investindo em nossos parceiros e apostando em novas possibilidades”, destaca o dire-tor de Marketing, Rafael Fantin, o Dentinho.

A área de marketing é lidera-da por Fantin, que tem o desafio de superar os 200 mil visitantes,

marca perseguida por um plane-jamento fortalecido, inclusive, com o uso de tecnologias digi-

tais, acompanhando um con-ceito criativo que não somente fortalece, como também eleva a Serra Gaúcha. Toda campanha, que traz como ícone elementos da cultura local, foi desenvolvi-da pela Tátum Ideias 360º. A te-mática também é abraçada pela assessoria de imprensa encabe-çada pela Conceitocom Brasil. Alinhadas, ambas assessorias le-varão a mesma linguagem para todo o país, que ao visitar a feira será remetido aos tempos do iní-cio do Século XIX, vivenciando casarios e praças do período.

O site e a fanpage da feira também seguem a mesma cara, assim como o folder de comer-cialização e todas as peças publi-citárias que começarão a circular a partir deste mês. A mídia, que

Os associados da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/BG) têm até segunda-feira, 6 de abril, para participar do processo de seleção dos vencedores do Mé-rito Lojista 2014. A premiação, promovida pela CDL/BG conta com mais de 60 cases nas cate-gorias Mérito Lojista Comércio; Mérito Lojista Serviços e Mérito Lojista Jovem Empreendedor.

Para participar do processo de seleção, os associados podem preencher o formulário de vo-tação disponibilizado pela CDL. Cada empresa tem direito a um formulário, podendo votar em um candidato por categoria. O documento pode ser preenchido em via impressa ou em formato eletrônico. Após tabulados, os resultados serão apresentados ao setor em uma noite de festa: a solenidade de entrega da premia-ção ocorre na noite de 9 de abril, no Dall’Onder Grande Hotel.

será intensa em regiões como a Serra Gaúcha, Vale do Taqua-ri, Passo Fundo e Grande Porto Alegre, além de estar presente em outras áreas, vai ganhando força com a aproximação do evento. O projeto Mesa ao Vivo oxigena a feira, ampliando a di-vulgação em todo o Brasil, com destaque para São Paulo. A di-vulgação prevê, além de anún-cios em jornais, revistas, rádios e televisão, outras ferramentas como busdoor, placas de estrada e ações de marketing direto.

Os shows nacionais, que serão lançados no final de abril, terão mídia específica da feira e da pro-dutora. O jingle, outra importan-te peça que acompanhará toda divulgação da ExpoBento, será apresentado nos próximos dias.

No Mérito Lojista 2014 o ta-lento empreendedor dos profis-sionais de Bento Gonçalves apa-rece em destaque. Reformulado em sua 16ª edição, o Mérito Lo-jista inovou ao permitir que as empresas interessadas em par-ticipar inscrevessem seu case, contando sua história e os pon-tos de destaque em sua atuação. Nesses depoimentos, puderam evidenciar aspectos importantes como a abertura de um comér-cio ou desenvolvimento de novo serviço; aumento da estrutura física, ampliação ou mudança de instalações; geração de novos empregos; participação ativa em atividades comunitárias e/ou projetos sociais; implantação de processos de gestão e desen-volvimento de inovações em seu estabelecimento, entre outros. A relação completa dos concor-rentes podem ser conferidas no site www.cdlbento.com.br.

CARLO

S BEN, D

IVULG

AÇÃ

O

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Sábado, 4 de abril de 2015 11

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Sábado, 4 de abril de 201512 Geral

Tão importante quanto saúde e segurança, a educação e a

cultura são indispensáveis para a formação dos indivíduos. Con-forme o Artigo 215 da Constitui-ção Federal o dever de oferecer para a sociedade acesso a elas é de responsabilidade do Estado. A Fundação Casa das Artes, conve-niada com a Prefeitura, está com as matrículas abertas para mais de 50 cursos e oficinas, no perío-do de 1º a 10 de abril. As oficinas têm uma mensalidade de R$10 e tiveram mais de 400 inscrições efetuadas, das quais 20% das vagas eram destinadas a pessoas com baixa renda, que não têm condições de pagar pelos cursos. No entanto, não houve divulga-ção da disponibilidade dessas vagas para a população, anulan-do a procura de matrículas isen-tas de mensalidades.

Segundo o secretário da Cul-tura e presidente da Fundação Casa das Artes, Jovino Nolasco, as pessoas que queriam realizar as oficinas sem pagar as taxas deveriam ir até a sede da Fun-

Falta de divulgação faz com que mais de 80 vagas destinadas a pessoas de baixa renda do município fiquem sem candidato

Pouca orientação e ausência de transporte são entraves

CAIA

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ARTIN

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Para Alice Menocin, as oficinas são uma forma de manter sua filha ocupada e longe dos perigos das ruas

Caiani [email protected]

Cursos sem auxílio à população carenteCasa das Artes

dação e solicitar a isenção. “Esse ano não tivemos nenhum caso de pessoa carente que solicitou a isenção da mensalidade, e é de responsabilidade do aluno in-formar que não pode pagar esse valor por mês”, afirma.

Oficinas como pintura sob tela, cinema digital, artesanato, teatro infantil, danças urbanas, fotogra-fia, violão, baixo elétrico, sax alto e tenor, bateria, guitarra e violino são ministradas na sede da Fun-dação e algumas delas são reali-

zadas de maneira itinerante, ou seja, o professor se desloca até a escola ou Centro de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Cea-cri) para dar as aulas. Entretan-to, não são todos que têm acesso a eles, pois a maioria das oficinas

são centralizadas na Casa das Ar-tes, fazendo com que o aluno se desloque até a sede da fundação para aprender. Desta forma, o projeto não consegue atender a todas as camadas da sociedade, pois aqueles que moram em bair-ros periféricos, como o Munici-pal e Eucaliptos, nem chegam a saber da existência das oficinas. As famílias mais carentes acre-ditam que os cursos oferecidos são para pessoas com mais re-cursos, pois não é feito nenhum trabalho explicativo das oficinas aos pais das crianças.

De acordo com a secretária de Habitação e Assistência Social (SEMHAS), Rosali Faccio Forna-zier, os pais devem demonstrar o interesse de matricular seus fi-lhos nas oficinas. Ainda, segundo a secretária, a SEMHAS não tem como transportar os alunos in-teressados até a Fundação Casa das Artes. “Nós temos duas op-ções para as famílias, ou ela ma-tricula a criança no Ceacri e ela fica no contraturno lá, ou ela se inscreve nas aulas da Fundação, mas ai o deslocamento até a Casa das Artes é de responsabilidade de cada família”, diz.

Os cursos itinerantes que são realizados nas escolas e Ceacris são solicitados pelas diretoras de cada instituição, por meio de um ofício a di-retora faz o pedido das ofici-nas que deseja na sua escola. A diretora de um dos Ceacris que não quis se identificar, diz que não recebeu nenhu-ma orientação da Secretaria de Cultura sobre as inscrições das oficinas. “Eu fiquei saben-do das inscrições por meio do site, não recebi nenhum aviso oficial, nem orientação sobre como passar para as crianças instruções sobre as inscri-ções”, comenta.

Outra dificuldade encontra-da pela diretora foi o fato de a escola estar muito afastada da cidade, fazendo com que alguns professores que são pa-gos metade pelo Poder Público e metade pela Fundação, não irem até o local. “Não é que os oficineiros não queiram dar

as aulas, acontece que o custo para eles é muito maior que o benefício”, explica a diretora.

De acordo com a Coordena-dora das oficinas, Jacqueline Siviero Karkaba, a Fundação também não tem como dis-ponibilizar um transporte para as pessoas carentes que moram em bairros mais afas-tados. “Essa questão é de res-ponsabilidade da diretora do Ceacri que articula e geren-cia com os pais como é feito isso”, explica.

A cozinheira Alice Menocin, 39, que matriculou sua filha no curso de Artes, diz que as ofi-cinas são uma maneira de tirar os jovens das ruas. “É ótimo, pois minha filha não vai estar na rua, vai estar fazendo algo produtivo que futuramente po-derá usufruir”, comenta. Alice conta que irá levar a filha para a fundação e quando não der, ela irá de ônibus, pois não tem outra maneira para se deslocar.

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Sábado, 4 de abril de 2015 13Geral

Autistas

Conquistar vai em busca de mais atendimentosNovos profissionais deverão ser contratados após captação de recursos

O autismo é uma síndrome que atinge quase dois mi-

lhões de brasileiros. No dia 2 de abril, foi comemorado o Dia Mundial de Conscientização do mesmo. Em Bento Gonçal-ves, além da Escola Caminhos do Saber, o município conta, desde o dia 16 de março, com a Associação Pró Autistas Con-quistar (Apac), antiga Gota d’Água. Inicialmente, os aten-dimentos estão sendo reali-zados nas segundas, quartas e sextas-feiras, das 13h30min às 17h, mas a ideia é trabalhar diariamente a partir da capta-ção de recursos.

A equipe diretiva da asso-ciação é composta por em-presários. Um deles, ex-pre-sidente da ExpoBento e agora presidente da Apac, Rafael De Toni, explica o início da caminhada. “Quando o Luiz Felipe Scolari esteve em Ben-to Gonçalves, na 24ª edição da Feira, pediu que usásse-mos o dinheiro do seu cachê para fazer uma doação para alguma instituição”, relata. A partir disso, e sabendo da si-tuação da associação, o grupo se reuniu, aceitou o desafio, realizou uma assembleia para que a diretoria fosse aceita e o trabalho pode ser iniciado.

A coordenadora pedagógi-ca da Secretaria de Educação, Claudia Regina Ferreira, ex-plica que existe uma parce-ria com o Poder Público, que cedeu alguns profissionais da rede. “Nós temos um psi-copedagogo, uma terapeuta ocupacional e um educador esportivo que vai trabalhar a psicomotricidade. Esses são profissionais efetivos da rede, eles foram cedidos de uma es-cola e já trabalham aqui. Tra-

Cleunice [email protected]

balhamos com atendimentos técnicos terapêuticos”, relata. Ela ainda explica que existe a possibilidade da contratação de novos profissionais assim que os recursos forem obtidos. “Queremos oferecer a musi-coterapia, a arteterapia, mas para isso é necessário anga-riar fundos”, aborda. Ao todo, 19 autistas estão cadastrados e existe a prospecção de mais, pois as entrevistas ainda estão sendo realizadas.

De Toni explica que o intui-to é ampliar o trabalho através das parcerias que serão forma-das. “É livre, vamos pegar, por exemplo, uma Pessoa Física, que pode contribuir com R$15 por mês. As empresas, R$50 ou R$100. Esse é o sentido da associação, uma parceria na verdade”, ressalta.

Quanto à estrutura física, as reformas ainda estão em andamento. “Algumas neces-sidades aparecem com o cli-ma, como quando chove, se aparece um vazamento a gen-te vai detectando para fazer a adequação”, aborda Claudia. “Nós estamos buscando asso-ciados que, mesmo não tendo um parente autista ou alguém que frequente aqui ou tenha alguma situação na sua famí-lia, possa associar-se e aju-

dar”, relata.Ela também fala da evolução

dos alunos nestas duas pri-meiras semanas de trabalho. “Vimos muito avanço. Eles precisam desta referência, des-ta rotina. Eles saem de casa e já seguem o seu cronograma aqui, com um quadro de aten-dimentos e horários. Eles vão se acostumando com os hábi-tos que nós vamos conduzin-do, de higiene, alimentação e participando de todas as ativi-dades”, aborda.

Além disso, o dia 2 de abril foi marcado por várias mobili-zações. Em Bento Gonçalves foi realizado o Encontro Azul, um pequeno evento na Via Del Vino, onde pais de autistas se encon-traram a fim de conscientizar as pessoas sobre a síndrome.

Anita Smalti, mãe de autista e ativista da causa, afirma que o retorno dos atendimentos foi uma conquista. “A volta do ser-viço na Associação Pró Autis-tas Conquistar foi uma vitória. Os maiores de 18 anos tem este acompanhamento multidiscipli-nar. A dificuldade ainda é com as crianças menores de sete anos”, relata. Ela espera que o Poder Público continue apoiando fi-nanceiramente não só aos autis-tas, mas todas as entidades com pessoas deficientes.

Serviços na antiga Gota D’Água foram retomados no dia 16 de março

APAC , D

IVULG

AÇÃ

O

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Sábado, 4 de abril de 201514 Geral

Pais que têm filhos nas es-colas municipais de Ben-

to Gonçalves não precisam se preocupar com a sua ali-mentação enquanto estão em aula. A qualidade dos alimen-tos oferecidos para as crian-ças e adolescentes é assunto primordial na Secretaria de Educação, já que grande par-te dos alimentos são compra-dos de agricultores familiares de Bento Gonçalves. As me-rendas envolvem a secretaria, nutricionistas, os produtores, a fiscalização da Emater e, é claro, as boas receitas das merendeiras.

O programa consiste em oferecer uma alimentação mais saudável para as crian-ças, minimizar os riscos de obesidade infantil e outras en-fermidades causadas pela má alimentação. Com isso, a de-terminação nacional é de que a Secretaria de Educação fi-que responsável pela inserção mínima de 30% de produtos

Secretaria de Educação investe na compra de alimentos ecológicos e estimula a renda dos produtores rurais do interior

Merenda balanceada é determinada pelo FNDE

CRISTIAN

O M

IGO

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Vitória [email protected]

Mais qualidade na merenda escolarAgricultura familiar

ecológicos. Contudo, Bento foi além e passou a comprar muito mais do que o estipula-do, passando a ter uma rede de agricultores fornecedores de subsídios semanalmente.

Segundo a secretária de Edu-cação, Iraci Vasques, em 2014 mais de R$ 1,9 milhão foram investidos nas merendas e 94% das compras para as escolas provêm de agricultura fami-liar. Do total, foram utilizados R$775 mil por meio do Progra-ma Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o restante foi a contrapartida do Poder Pú-blico municipal.

Da Associação dos Agri-cultores Familiares de Bento Gonçalves, os principais pro-dutos comprados são frutas, legumes e verduras de época, doces de frutas, sucos inte-grais de uva, pães e biscoi-tos. “Porém, nem tudo o que é necessário é cultivado aqui por perto e, o restante dos insumos precisam ser adqui-ridos por meio de um pregão presencial para que possa-mos buscar o menor preço”,

ressalta. Nesta modalidade, são comprados alguns pro-dutos como mamão, abacaxi ou maracujá.

Para 2015, Iraci diz querer manter a média de investi-mento em R$ 2 milhões e não deixar que o percentual da compra de agricultura fami-liar caia. “Além disso, também continuaremos observando que os produtos sejam de qua-lidade, regionais, naturais e com procedência dentro das normas técnicas de segurança alimentar”, explica.

Programa Um Olhar Atento

Junto da associação dos pro-dutores também existe uma ação de ensino com os estu-dantes, onde eles conhecem as plantações dos alimentos que comem. O Um Olhar Atento busca levar as crianças para o interior, para feiras ecológicas e também levar feiras para a escola fazendo com que eles tenham um contato mais pró-ximo com esta realidade.Por determinação do FNDE, crianças precisam comer frutas e verduras

As refeições que vão para os refeitórios das escolas mu-nicipais são planejadas de acordo com a faixa etária e a modalidade de ensino em que as crianças e adolescentes se encontram. Os cardápios são balanceados e pensados por três nutricionistas que se-guem as recomendações téc-nicas do Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educa-ção (FNDE) para atender as necessidades diárias.

Uma das nutricionistas da Secretaria, Renata Geremia, explica que nas escolas de en-sino fundamental é oferecido um lanche por dia que deve su-prir 20% das necessidades nu-tricionais diárias das crianças. Já para os alunos que frequen-tam a escola em turno integral, do programa Mais Educação ou as de educação infantil são oferecidas de três a cinco refei-

ções diariamente, devendo su-prir 70% das necessidades diá-rias nutricionais. “Além disso, o FNDE determina que sejam oferecidas no máximo duas porções de doce por semana e, no mínimo, 200 gramas de frutas e verduras por aluno a cada semana”, aponta.

Todos os lanches devem, obrigatoriamente, ser feitos dentro das cozinhas das esco-las e com os produtos cedidos pela Prefeitura. As determi-nações nutricionais também não podem ser alteradas, en-tretanto, as instituições têm o poder de alterar os dias dos cardápios já prontos para adaptar ao estoque disponível. “O serviço de nutrição está em constante aperfeiçoamento, seguindo as orientações esta-belecidas pelo FNDE e aten-dendo a demanda das esco-las”, completa.

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Os pães e biscoitos que as crianças comem nos lan-ches são feitos por Mare-lice Marcantin Dall Oglio. Ela, junto do esposo, tem uma agroindústria em Fa-ria Lemos que produz as mercadorias entregues nas escolas e diz que a renda da família se estabilizou após o ingresso no programa. “Há quatro anos nós forne-cemos pães e biscoitos para a merenda escolar. Isso nos garante uma renda fixa

Produtores venderam mais de R$ 700 mil em 2014

Programa motiva e estabiliza renda dos agricultores

VITÓRIA

LOVAT

Sábado, 4 de abril de 2015 15Geral

Cedenir Postal, agricultor e presidente da Associação dos Agricultores Familiares de Bento Gonçalves, afirma que a associação é composta por 40 famílias de agriculto-res que, em 2014, venderam para a Secretaria de Educa-ção uma média de R$ 700 mil reais. “Se esse programa não existisse, esse valor teria ido para fora de Bento Gonçalves. Com isso, fomentamos a eco-nomia daqui e exploramos a capacidade que a agricultura familiar tem a oferecer para a cidade”, comenta.

Após os pedidos da Secre-taria de Educação serem en-tregues, eles observam o que cada um tem e dividem os alimentos para fazer as entre-gas nas instituições em todos os bairros da cidade. “Ficaria complicado entregar em todas as escolas as coisas que produ-zimos, por isso, nos reunimos semanalmente na Secretaria de Obras e lá fazemos a divi-são de entrega e tornamos a nossa logística mais simplifi-cada”, relata. O valor das en-tregas não é pago à parte pela Prefeitura, já que foi incluso no valor dos insumos.

Mesmo com a grande quanti-dade de alimentos que são for-necidos para a Prefeitura, eles ainda não são suficientes para fazer o lanche dos mais de nove

mil alunos, sendo necessária a compra de alimentos de fora de Bento Gonçalves. “Ainda bem que essa necessidade é míni-ma, já que fornecemos 80% de tudo o que as crianças comem. O que ocorre é que existem al-gumas coisas que não podem

ser plantadas aqui devido ao clima e ao solo, como é o caso do mamão, abacaxi, maracujá que precisam ser importados de outros lugares. Não é má vontade dos agricultores, é im-possibilidade”, explica.

Para vender mais, Postal

construiu uma estufa para ter algumas hortaliças e legumes o ano inteiro. Antes disso, ele só podia entregar alface ou toma-te nos períodos propícios, o que diminuía a quantia repassada para o município. Segundo ele, após o ingresso no programa,

a família passou a ter recursos para melhorar a quantidade e a qualidade da produção que, consequentemente, passou também a vender mais.

Fiscalização

Os alimentos que serão consumidos pelas crianças precisam de regras para se-rem cultivados e a cultura da agricultura familiar deve ser mantida. A fiscalização sobre as produções é da Emater, que envia fiscais periodicamente para avaliar o que está sendo plantado e se tudo está dentro das regras impostas pelo pro-grama nacional.

“Uma das principais exigên-cias é a respeito do tempo de carência. Este é um período mínimo que é preciso esperar para colher as verduras, legu-mes e frutas após a aplicação dos defensivos agrícolas. Por exemplo: eu não posso colher os tomates quatro dias depois de aplicar os produtos, se isso for feito, os técnicos da Emater inviabilizam a venda”, comen-ta. Postal diz que a qualidade dos produtos é prioridade na hora do cultivo e que os pro-dutores também fazem cursos e assistem palestras para se manterem sempre atualizados a fim de melhor atender as re-gras da Emater.

Em seus hectares, Postal produz couve-flor, brócolis, tomate e construiu uma estufa para cultivar alface

mensal e ajudou a estabilizar as finanças da nossa família”, explica.

Segundo ela, todo o mês a Secretaria de Educação repas-sa as suas necessidades para os próximos dias e que a ro-tina de trabalho se estabelece com base nas datas de entrega que já foram estipuladas pelo órgão público. “Todo o mês sabemos a quantidade de pães ou biscoitos que eles irão pre-cisar, assim eu verifico os dias de entrega e me programo

para fazer tudo um pouco an-tes, para que eles tenham ali-mentos frescos para comer”, relata. As entregas são feitas nas terças-feiras, porém, os produtos de Marelice são ne-cessários apenas a cada 15 dias. Segundo ela, uma média de 3,5 mil pães são entregue a cada 15 dias, totalizando apro-ximadamente sete mil ao mês, além de dos biscoitos que são de 150 a 200 sacos por mês.

O preço fixado dos produtos é definido também pela Secre-

taria de Educação, onde, para chegar ao valor final de cada mercadoria, é feita uma média de preços com três marcas de três supermercados e um de agricultura familiar: o resul-tado é o que será pago. “Esse projeto é fantástico porque nos garante uma venda men-sal e, consequentemente, uma renda fixa. Se nós vendêsse-mos em feira, por exemplo, precisaríamos contar com que os consumidores optassem pelas nossas marcas e nem

sempre as vendas podem ser boas”, destaca.

Com a renda, a família também passou a investir em novos maquinários para deixar a produção mais mo-derna e com mais qualidade. “Conseguimos investir em máquinas para trabalhar com mais quantidade e me-nos trabalho braçal, sem isso talvez nós nem pensás-semos em investimento e crescimento da agroindús-tria”, finaliza.

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Sábado, 4 de abril de 201516 Geral

Inaugurado em novembro, o calçamento na rua Ormus Freitas Rivaldo era a pro-messa de melhora na vida de diversas famílias. Custando mais de R$ 300 mil aos cofres públicos entre mão de obra, drenagem e aquisição de ma-téria prima, em menos de dois meses a obra ruiu em dois pontos, bloqueando parcial-mente a passagem de veículos.

Naturalmente, o cenário causa desagrado aos locais, que relatam acidentes e pre-juízos em virtude da situação. “Durante a chuva torrencial que caiu na última semana, uma moça que não conhe-cia o bairro passou de moto pelo buraco, vindo ao chão. Ela teve sorte de ter sofrido apenas escoriações leves”, explica a dona de casa Marta Soares Builler. Segundo ela,

outros acidentes ocorreram no decorrer do mês com da-nos materiais. “Meu marido teve que mandar trocar a sus-pensão do carro, além de re-fazer parcialmente a pintura lateral quando tentava chegar em casa”, relata.

O secretário da SMVOP, Sérgio Gabrielli, esclarece que o local também será vis-toriado na próxima semana por uma equipe de engenhei-ros. “Temos que averiguar se os buracos foram abertos em virtude da falta de escoamen-to de água, se tornando as-sim, nossa responsabilidade, ou por má execução da obra, que ficaria a encargo da em-presa terceirizada que foi contratada para fazer o ser-viço”, explica. A expectativa é que o problema seja resolvido até o final de abril.

ali. “Temos que deixar eles trancados para evitar que en-trem em contato com a água empoçada, é revoltante”, pro-

testa. Segundo Susele, a rei-vindicação por melhoras foi feita pessoalmente em duas ocasiões tanto na Secretaria

de Viação e Obras Públicas (SMVOP) quanto na Compa-nhia Rio-grandense de Sa-neamento (Corsan). “Um diz

O que surgiu como uma pe-quena vertente de água

acabou se transformando em um grande incômodo para os moradores da rua Ivalino Bonatto, no bairro Vila Nova. Em mais um típico problema de capacidade de escoamento pluvial, após fortes chuvas re-gistradas em fevereiro, a tubu-lação de esgoto que corta a via rompeu, vertendo água diaria-mente na rua e causando di-versos transtornos aos locais.

A principal prejudicada com a situação é a dona de casa Susele Ribeiro. Segundo ela, pelo fato de sua casa es-tar situada em local íngreme, abaixo da linha de escoamen-to, os alagamentos se torna-ram rotina em dias de chuva. “A água desce pelo terreno com força e traz junto sujei-ra e entulho. Sem contar no mau cheiro que fica impreg-nado por dias”, explica. Suse-le teme pela saúde das quatro crianças que também residem

que a responsabilidade sobre a situação é do outro, mas ne-nhum teve sequer a decência de vir aqui averiguar o pro-blema”, diz.

A situação também cau-sa revolta a Sandro Santos. Morador do bairro há mais de um ano, o vigilante revela que em dias mais quentes, as janelas da casa têm que per-manecer fechadas devido ao forte cheiro e a quantidade de insetos atraídos pelo cenário. “É compreensível que a Pre-feitura tenha outras obras em andamento como prioridade, mas acredito que um mês é tempo o suficiente para resol-ver o problema”, afirma.

Segundo o secretário da SMVOP, Sérgio Gabrielli, em-bora a falta de tempo tenha impedido que o local fosse vi-sitado, o problema é conheci-do pela Secretaria. “Faremos uma averiguação do aconteci-do na próxima semana. Após o laudo expedido polo setor de engenharia, tomaremos as providencias cabíveis a situa-ção”, explica.

Tubulação de esgoto danificada desde fevereiro causa mau cheiro e alagamentos em residências na rua Ivalino Bonatto

Obra de R$ 300 mil em rua sofre avarias após 60 dias

A casa de Susele Ribeiro é uma das principais atingidas pelos alagamentos que trazem lixos para o terreno

Cristiano Migongeral [email protected]

Um mês aguardando por soluções

Ormuz Freitas Rivaldo

Vila Nova II

CRISTIANO

MIG

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Sábado, 4 de abril de 2015 17Geral

Vai demorar, mas um cam-pus da Universidade Fe-

deral do Rio Grande do Sul (UFRGS) vai ser instalado na Serra Gaúcha. A instalação deve sanar, em partes, as neces-sidades dos jovens estudantes daqui que fazem quilômetros para fazer graduações e pós--graduações em Caxias do Sul ou na região metropolitana. Após projetos e discussões in-ternas da Universidade Fede-ral, uma missão foi concedida à Associação dos Municípios da Encosta do Nordeste (Amesne): escolher um terreno apropriado para a instalação do campus. E, por decisão de maioria, será no Vale dos Vinhedos.

A área escolhida tem 23,6 hec-tares e está localizada entre Ben-to Gonçalves e Garibaldina. O lo-cal é propriedade da Embrapa, o que facilita os trâmites burocrá-ticos, já que ambos os órgão são federais. O presidente da Ames-ne, Aícaro Ferrari, explica que a Embrapa procurou a entidade e ofereceu o terreno que não esta-va está sendo utilizado e acabaria sendo vendido se não fosse re-passado à universidade. “Todos vimos uma boa oportunidade de unir forças. A Embrapa é um centro de pesquisa muito grande e pode gerar boas parceria depois que a UFRGS estiver aqui, será um incentivo, inclusive, para os estudantes”, explica.

Próximo a todas as principais cidades da Serra Gaúcha e com

Apesar da pressão imposta por políticos de Caxias e Farroupilha, Associação garante que local do campus não vai mudar

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Distância do terreno das cidades mais próximasBento Gonçalves 8kmGaribaldi 5kmMonte Belo do Sul 10kmCarlos Barbosa 10kmFarroupilha 35kmVeranópolis 49kmCaxias do Sul 60km

Área da Embrapa tem 23 hectares e está localizada no Vale dos Vinhedos

Amesne não abre mão de área no ValeUFRGS na Serra

“Precisamos verificar que o crescimento aqui na nossa região será imenso devido à vinda de pes-soas de outras regiões e, quem sabe, estados. Não somente a universidade irá investir, assim como o Governo Federal e todos os municípios dos arredores, ninguém vai medir esforços

para o crescimento. Isso sem contar que a definição do cam-pus no vale dos Vinhedos ajuda a acelerar o projeto do trem regional, que anda em passos lentos. Será um crescimento constante em conjunto, todos teremos a ganhar”, Guilher-me Pasim, prefeito de Bento Gonçalves

“Nós precisamos pen-sar em conjunto e tomar as decisões que sejam melhores para todos os municípios. Estamos vi-vendo um momento de Região Metropolitana da Serra Gaúcha e isso pre-cisa ser valorizado, a lo-calização aqui no Vale é a melhor opção, já que fica perto também dos muni-cípios do Vale do Taquari. Acho que é momento de todos apoiarem a UFRGS aqui ao passo que todos também pode-mos apoiar a UCS em Caxias. Se brigarmos, todos sairemos perdendo”, Antônio Cettolin, prefeito de Garibaldi

“A instalação da UF-GRS aqui trará benefí-cios inimagináveis para a região, isso acarretará muito desenvolvimento para as cidades menores da Serra e dando opor-tunidade para que todas cresçam nos mesmos índices. Eu não observo dificuldades em investir em infraestrutura, porque nós estamos diante de um avanço muito grande para a nossa região e acredito que todos os prefeitos vão colaborar para disponibilizar suporte às necessidades da Universidade fede-ral”, Lírio Turri, prefeito de Monte Belo do Sul

benefícios que não seriam en-contrados em outros terrenos, Amesne verifica o local como ideal para a instalação do com-plexo. Porém, os municípios de Farroupilha e Caxias do Sul não concordam com o posicio-namento de todos os outros e ofereceram um terreno de aproximadamente sete hecta-res no Desvio Rizzo. “Todos os município tinham o direito de defender o seu, porém são dois contra 17, como ocorreu na as-sembleia e votação”, coloca.

Neste período, o vereador caxiense Rafael Bueno convo-cou uma comissão na Câmara de Vereadores tornando a dis-cussão ainda mais presente em ambas as cidades. O prefeito de Farroupilha, Claiton Gonçal-ves, justifica a escolha dizendo que a localização é perfeita por ser entre Caxias do Sul e Ben-to Gonçalves, os dois maiores aglomerados de pessoas da Serra. O terreno, segundo ele, é particular, porém a Prefeitura não tem condições de comprá--lo para diminuir os processos burocráticos mais adiante.

“À Amesne foi concedido o poder de escolher a localidade para a instalação do campus da UFRGS e nós, somente nós, temos o poder de apresentar um projeto oficial para a Uni-versidade. Ponto final. Não sei porque motivo ainda está ha-vendo discussões sobre outros pontos”, declara o presidente da Amesne. Ferrari ressalta que a decisão da entidade foi democrática e tem que ser res-

peitada. “Nós votamos entre 19 municípios que estavam repre-sentados na reunião. Com isso ficou definido, por 17 votos a fa-vor, que o projeto a ser apresen-tado é o do Vale dos Vinhedos. O prefeito de Farroupilha nem compareceu à reunião e seu re-presentante se absteve de votar. Com que credibilidade, mesmo, eles querem questionar a nossa escolha?”, desabafa.

Gonçalves destaca o bom relacionamento que ambos os prefeitos têm com a reitoria da UFRGS, afirmando que isso fa-cilitaria a escola entre os dois terrenos pleiteados. Mesmo com a função de escolha sen-do da Amesne, o documento de Caxias e Farroupilha será apresentado da mesma forma à Universidade Federal.

A assessoria de imprensa da UFRGS informou que foi dada liberdade para a entidade esco-lher o melhor local possível na região e apresentar quais são as condições do local para a enti-dade. A assessoria garantiu que não irá interferir nas escolhas e que o poder de apresentar o projeto final para o vice-reitor é exclusivamente da Amesne.

Sobre o período de instala-ção, a assessoria informou que deve demorar, mas que não pode precisar quanto. “Mes-mo se o terreno já for federal, existe uma série de burocracias pelo qual precisamos passar para ter as construções e tam-bém existe um período de pes-quisa sobre os cursos que serão oferecidos aí na localidade”.

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Apesar do polo moveleiro de Bento Gonçalves ser

um dos maiores do Brasil, a participação do setor na eco-nomia mundial é pequena, isso porque o mercado de exportações é muito tímido tendo menos de 1% de parti-cipação em um mercado de aproximadamente 75 bilhões de dólares. No ranking mun-dial, o país aparece na 28ª posição dos maiores expor-tadores de móveis para cozi-nhas, dormitórios, banheiros e salas de estar e jantar, ex-cluindo assentos e colchões.

O presidente do Sind-móveis, Henrique Tecchio, aponta que o setor moveleiro exporta apenas aproximada-

A economista e doutora em Economia Aplicada, Patrícia Palermo, explica que o setor moveleiro de Bento Gonçalves tem condições de aproveitar a alta do dólar para a exploração de novos mercados. Porém, as empresas precisam ter os co-nhecimentos suficientes sobre as economias dos investidores para que façam as escolhas corretas nas negociações. “O que acontece é que o dólar está se valorizando diante de todas as outras moedas do mundo, não somente do real. Isso faz com que os valores de exporta-ção das empresas daqui não se-jam lá tão significantes quanto se acredita”, revela.

Segundo a economista, isso não deixa que os ganhos na ex-portação sejam tão altos, mas existe um segundo fator a ser considerado. A desvaloriza-ção do real diante do dólar está sendo mais alto do que a baixa das demais moedas e isso tem um impacto positivo que é o aumento de compra daqui por-que a moeda está mais barata. “Entretanto, deve lembrar que os compradores internacionais também estão a par da situação econômica brasileira e sabem que com os lucros mais repre-sentativos, existe uma possibili-dade de renegociação de preços,

Empresas que investiam timidamente no mercado externo, agora enxergam oportunidade para sair da estagnação brasileira

Economista explica porque se deve investir nos Estados Unidos

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Tecchio diz que o setor deve pensar mais em vender para o exterior

Patrícia Palermo não vê grandes possibilidades em mercados pequenos

Setor quebra as barreiras da exportaçãoIndústria moveleira

Sábado, 4 de abril de 201518 Geral

fazendo com que eles pechin-chem e queiram dividir o grande lucro que seria nosso, também com o país deles”, explica.

Entretanto, o que pode ofus-car as conquistas do mercado externo são as importações de insumos que, com a situação

de ambas as moedas, custa mais caro. Mas os empresários ficam sem opção quando, ain-da com a alta do dólar, com-prar de fora é mais barato do que investir aqui. Os materiais brasileiros ainda são vendidos com preços altos acarretados

de impostos, dificuldades de logística, burocracia e inflação.

Oportunidade nos

Estados Unidos

Patrícia destaca que uma das economias mais potentes do mundo também é a que pode representar mais oportunida-des para as indústrias move-leiras daqui. Ela salienta que a economia dos Estados Unidos está crescendo cada vez mais rápido, em um momento de muito consumo e com as pers-pectivas de crescimento de 3,2% em 2015, o que é muito. “Estamos vivendo em uma so-ciedade baseada em energia. O que tem nos EUA? Energia baratíssima. Os gastos com esse recurso são baixos, fazen-do com que sobre um valor na renda das famílias estaduni-denses que se torna poder de compra gerando, desta forma, crescimento”, pontua.

A especialista ressalta que só uma potência como essa é sufi-ciente para comprar tudo o que o setor moveleiro daqui tem a oferecer. “Existem sim outros mercados a serem explorados, mas são mercados pequenos que suprem pequenas deman-das e não grandes como as do Brasil. A África do Sul, por

exemplo, é um mercado in-teressante e pode ser alvo de algumas empresas daqui, mas essa fonte se esgota em pou-co tempo porque o poder de compra não é tão alto”, com-plementa. Na América Latina também existem mercados al-ternativos, mas como a África do Sul, são pequenos.

Para 2015, Patrícia não ex-pecta nenhum crescimento e pontua que uma queda nos valores nacionais seria positi-vo desde que isso acarretasse o tão desejado ajuste fiscal. “Este vai ser um ano que todo mundo vai torcer pra passar rapidinho. A nossa expectativa de cresci-mento é de 0,01%, mas temos margem para cair de -1 a -1,5% e aí o ajuste fiscal se faz neces-sário para que possamos voltar a crescer. Então se avaliarmos bem, é bom decrescer este ano para que haja logo o ajuste fis-cal, assim voltamos a crescer o quanto antes”, observa.

No entanto, se o país ficar por mais muito tempo no zero a zero, o ajuste não vai ocor-rer e nós vamos continuar na mesma situação em que esta-mos. “Esse ajuste precisa ser feito no tamanho certo, no tempo certo e no ponto certo. Então imagine o quanto é difí-cil acertar”, finaliza.

mente 5% da sua produção, e é um dos setores industriais mais fechados para vendas no mercado internacional. No entanto, as atuais circunstân-cias da valorização do dólar diante de todas as moedas do mundo e da desvalorização do real, fazem com que exista uma possibilidade de maior rentabilidade das exporta-ções, e por tornarem os pro-dutos potencialmente mais competitivos internacional-mente, muitos empresários voltam suas atenções às ven-das externas.

Porém, Tecchio destaca que os altos custos de produção e as dificuldades enfrentadas com a infraestrutura e logís-tica, além da burocracia e a incerteza política e econômi-ca atual, baixam a competi-

tividade e a expectativa de ganhos no comércio interna-cional. “Apesar de melhorar o cenário para os exportado-res, acreditamos que somente a desvalorização do real tem pouca capacidade de mudar o patamar das exportações de modo sustentável”, observa.

Os lucros da exportação de uma empresa também ficam a mercê da importação de in-sumos que custam mais caro com o dólar alto. Isto, junto dos demais fatores governa-mentais, nem sempre tornam as negociações viáveis para o empresário. As políticas nacionais industriais que se-riam necessárias não estão sendo aplicadas e, tendo em vista a situação política brasi-leira, não deve ser colocadas em prática tão cedo.

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Sábado, 4 de abril de 2015 19Geral

Há 40 anos no mercado ex-terno, a Cooperativa Aurora se tornou a maior exportadora do Brasil. Tanto tempo e expe-riência de mercado fazem com que a alta do dólar seja ainda mais favorável para as finan-ças internas. A gerente de im-portação e exportação, Rosa-na Pasini, afirma que como o principal mercado é europeu, as negociações em euros não sofrem alterações drásticas de preço como a moeda america-na, porém, os lucros das ven-das em dólar são revertidos em ainda mais investimento no mercado externo.

Rosana destaca que uma das necessidades da empresa é ter mais vitrine nos países com-pradores, principalmente das duas marcas que são exporta-das: os vinhos e espumantes Aurora e Brazilian Soul. “Nós utilizamos estes recursos para investir ainda mais fora do Brasil. Divulgamos mais nos-sas marcas, participamos de feiras internacionais como a Prowein, na Alemanha, ou a Vinexpo, na França e trabalha-mos para que cada vez mais as bebidas brasileiras sejam reco-nhecidas nos outros países por sua qualidade”, coloca.

A Inglaterra é a principal compradora de bebidas da marca, já que a população é muito consumidora de vinhos. Em segundo lugar, aparece a Alemanha e, em terceiro, os Estados Unidos. Ambas as marcas vendidas como produ-tos leves de beber e que con-tém um teor alcóolico muito baixo. “A quantidade de álcool está sendo muito observada no exterior e, quanto menos álcool constar nas bebidas en-tão ainda mais qualidade elas têm”, pontua.

De todas as bebidas da em-presa, o Espumante Moscatel é o principal produto de ven-da, além de ser a bebida mais exportada de todo o setor. As-sim, a qualidade é valorizada de tal forma que os valores ficam em segundo plano. “Os compradores sabem da des-valorização da nossa moeda, mas nós não damos margem para que eles peçam rene-gociações de preço por dois motivos: porque já chegamos com uma boa promoção de valores estudada anterior-mente pela empresa e porque nossas bebidas são reconheci-das pela qualidade e não pelo preço baixo, então se eles sa-

Estudo de mercado e exploração de novos países Investimento e divulgação de marca

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Setor vinícola AuroraUS$ 8,5 milhões US$ 2,8 milhões do total 4 milhões de garrafas US$ 1,7 milhões do total

Os principais mercadosReino Unido 40% das vendasBélgica 42% das vendasAlemanha 55% das vendas

FONTE: COOPERATIVA AURORA

Os números da Aurora em 2014

Tecchio, presidente do Sindmóveis Piva, presidente do Simmme

A presença em feiras internacionais ajuda na expansão das marcas

Vinícola Aurora

bem que irão comprar a qua-lidade dos produtos Aurora, saberão que existe um preço a ser pago”, aponta.

Para 2015, o objetivo é a consolidação de venda para o mercado asiático. A Aurora já faz negociações com o Japão, mas, segundo Rosana, o in-gresso na economia chinesa e também no Sri Lanka, repre-sentará novas boas conquistas de mercado. Nos primeiros meses do ano, a empresa já fe-chou uma negociação com o a China em um pedido de 29 mil garrafas de Espumante Mos-catel Brazilian Soul.

Outros mercados ainda não explorados pela indústria são de países como Canadá, Sué-cia, Dinamarca e Finlândia, que compram bebidas apenas por meio de licitações, fazendo com que o processo burocráti-co leve quase um ano. “Nestes países as compras são feitas após ocorrer degustações às cegas e processos de licitação. E nessas disputas com demais vendedores já conseguimos vendas na Suécia, no ano pas-sado e, na próxima semana, embarca um contêiner de Es-pumante Brut Pinot Noir para o Canadá”, finaliza.

O setor moveleiro passa por um momento de avaliação de novos mercados para a exporta-ção. Até o ano passado, as ven-das daqui eram, principalmente, para países pequenos e com uma economia ainda em desenvolvi-mento. Segundo Henrique Tec-chio, são mercados pequenos, mas com compradores que têm os mesmo interesses que o nos-so setor. “Para Bento Gonçalves, os principais mercados são da América Latina, como Colôm-bia, Peru e Chile, e destacam-se também países no continente africano, como Angola, Namí-bia, Zâmbia e Moçambique”, pontua. Estes países também estão entre os alvos do merca-do do restante do país, contudo eles também investem no Reino Unido e nos Estados Unidos.

Países da América Latina e África são prioritários e estão na mira das vendas das empresas daqui. “Nesse sentido, o Sind-móveis está organizando, por meio do Comitê Internacional, um projeto comprador com a atração de importadores estra-tégicos do mercado do México no mês de agosto”, adianta Tec-chio. Em 2014, cinco importa-dores da Bolívia estiveram em Bento Gonçalves para as roda-das de negócios com expectati-vas de geração de contratos de US$ 1 milhão em um ano.

Apesar da participação brasi-leira nos Estados Unidos ainda ser baixa, Tecchio afirma que este é o principal destino das exportações brasileiras, já que em 2014, o valor vendido ao país foi de US$ 104,7 milhões. Ele garante que os Estados Unidos é um mercado que gera muito interesse por ser a maior eco-nomia do mundo e principal importador e consumidor de móveis. O valor do consumo de

móveis e decoração no varejo em 2014 foi estimado em US$ 168 bilhões pelo Euromonitor. “Cer-tamente este é um país chave para os exportadores brasileiros, tanto pelo tamanho do mercado como pelo crescimento previsto, o que tem potencial de elevar os negócios com o país. Contudo, a alta concorrência e o perfil da demanda de móveis nesse país deve ser observado e o exporta-dor deve estar atento as especifi-cidades do mercado”, destaca.

O presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecâ-nicas e de Material Elétrico de Bento Gonçalves, Juarez Piva, destaca que os investimento no mercado americano já foram mais forte há alguns anos, mas que o setor daqui perdeu espa-ço lá e agora é o momento certo de reconquistar os comprado-res. “Estamos em um momento propício para voltar a crescer no mercado americano e em toda a exportação, precisamos saber aproveitar isso”, declara.

Henrique Tecchio alega que apesar da desvalorização do real tender a melhorar os ter-mos das negociações, pois pode aumentar as margens, também aumenta a busca por descontos. Segundo ele, a alta competitividade do mercado internacional sempre torna a concorrência mais acirrada, mas os valores negociados de-pendem do mercado e do tipo de produto. “Cabe destacar que mesmo com a desvalorização da moeda brasileira, em geral o fabricante de móveis brasi-leiro não consegue concorrer por preço com países asiáticos como a China, por exemplo. Outros atributos como o de-sign, tecnologia e sustentabili-dade devem ser o foco dos ex-portadores”, finaliza.

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Sábado, 4 de abril de 201520 Geral

Uma empresa de 76 anos que não parou no tempo

e não cansa de se reinventar. Assim pode ser descrita a To-deschini, que apresentou sua nova coleção SER na quarta--feira, 1º de abril, para uma equipe de jornalistas. A cria-ção tem como objetivo prin-cipal aproximar ainda mais a marca aos desejos das pes-soas, tornando a montagem da casa, algo único, com a cara e o jeito do cliente.

Novas cores, formatos e ma-teriais, aliados a tecnologia de ponta e modernidade, dão vida a uma coleção única, inovado-ra, que une sofisticação, versa-tilidade e design. “As pessoas passaram a valorizar mais o tempo, a simplicidade e o pra-zer. Elas querem recriar em suas casas pequenos paraísos onde a personalidade do mora-dor é a característica principal, é o que enche a casa de vida. E nesse lugar privilegiado, não há lugar para excessos”, define o presidente da empresa, João Farina Neto.

O gerente de marketing, Fé-lix Polo afirma que na materia-lização desse novo momento da Todeschini, o coração volta a figurar em destaque, já que o slogan da campanha será “O coração da casa”. Polo explica que o coração foi escolhido por ser a fonte de representação mais profundo do sentimento humano, sendo o centro das nossas emoções, a base do nos-so ser. “Experimente morar em uma casa, por mais linda que seja, sem uma cozinha, sem um quarto ou sem um banhei-ro. Ela nunca será a mesma coisa. Estamos impulsionando esta particularidade para o dia a dia das pessoas, mostrando que onde há uma casa, há vi-das e o “Ser” é o morador desta casa”, acrescenta o gerente.

A apresentação do novo showroom foi encerrada com um almoço diferenciado ser-vido aos jornalistas, sob o comando do chef Rodrigo Borghetto. Cada prato apre-sentado foi harmonizado com espumante ou vinho especí-fico, fechando de forma bri-lhante a exposição da Coleção SER da Todeschini.

Nova criação da empresa é inspirada nas pessoas e foi divulgada com exclusividade para a imprensa nacional

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Linha retrô gera muitas expectativas entre lojistas e consumidores

Nereu Conzatti, Túlio Kock, chefe Rodrigo, João Farina e Félix Polo

Gerente Félix Polo comemora mais uma ação bem-sucedida da marca

Objetivo da marca é aproximar-se do estilo de vida das pessoas

Os estilos da Coleção SERRetrô

O lifestyle vivido nas décadas de 50, 60 e 70 surge numa relei-tura moderna e faz do Retrô um estilo dinâmico, de elevado im-pacto visual e muito cool. Peças do mobiliário estilizadas se tor-naram ícones de design e desejo, e voltam à cena na Coleção SER, que explora elementos emocionais e nostálgicos, bem co-mo cores vibrantes e sóbrias. O destaque fica por conta do res-gate histórico da Linha 100, composta pelas antigas “cozinhas coloridas de fórmica da vovó”, e que hoje remetem ao “old fa-shioned”, estilo que traz o velho de volta e transforma-o em no-vo, rejuvenescendo ambientes com as cores e formas caracterís-ticas de décadas passadas.Na Coleção SER, a “cozinha da vovó” retorna como Cozinha Lo-mo, e promete causar o mesmo encantamento de anos anterio-res. Desenvolvida com a tecnologia de ponta de umas das princi-pais fábricas de mobiliário da América Latina, ela segue o estilo retrô, mas com todos os acessórios de última geração que tam-bém estão presentes nos demais modelos da marca.

Contemporâneo

As tendências mais atuais de design ditam as características des-te lifestyle, que apresenta aspectos minimalistas e explora a sim-plicidade nas formas e linhas retas. Considerando que “Menos é Mais”, na Coleção SER ele aparece na mistura de referências modernas e clássicas, criando uma composição clean e acolhe-dora. Matérias-primas como o vidro e revestimentos semelhantes a pedra, cimento, metal, aço, mármore e madeiras clara e escu-ra – que conferem uma elegância sublime aos espaços – fazem parte do estilo Contemporâneo.

UrbanoO lifestyle Urbano Industrial explora elementos e cores que re-metem às ruas e indústrias metropolitanas. É despojado, autên-tico e moderno. Elementos que compõem a atmosfera cool do estilo industrial que invadiu o decor aparecem estilizados em materiais que remetem a madeira desgastada, lona, correntes, engrenagens e peças de maquinário. A estética hypster desse estilo de decoração vem conquistando o mundo pelo clima cheio de personalidade, e que inclusive tem um pé na sustentabilidade, pois, na sua essência, objetiva reu-tilizar antigas estruturas e elementos que passam apenas por um processo de renovação. O industrial style se materializa com um design cheio de atitude que entre os movimentos cíclicos vem ganhando força e destaque na decoração contemporânea.

Marcelo [email protected]

Todeschini apresenta a coleção SERInovação

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Sábado, 4 de abril de 2015 21Geral

O que era a dor de cabeça da vizinhança acabou se transfor-mando em um grande ponto de encontro e confraternização. Após uma revitalização com-pleta, em meados de 2012, a Praça Vico Barbieri, até então pouco frequentada devido a in-segurança, se tornou um gran-de exemplo de infraestrutura de primeiro mundo. O local passou por obras e serviços de melhoria, como plantio de ár-vores, arbustos, flores e grama, iluminação renovada e amplia-da, reforma interna e externa

dos banheiros, melhorias nos passeios públicos e reformula-ção do parque para as crianças.

Após a revitalização, o re-torno da população à praça foi imediato, crescendo significa-tivamente nos anos seguintes. “Moro em frente ao parque há mais de 15 anos. Tivemos diversos problemas no passa-do com usuários de drogas e baderneiros, mas, felizmente após a instalação de iluminação apropriada e a contratação de um guarda noturno, dormimos tranquilamente todas as noi-

tes”, comenta a aposentado Pe-dro Valentim Pimenta, que leva diariamente sua neta à praça. “É uma lugar muito tranquilo, seguro, com banheiros limpos e gente de bem. Tenho confian-ça para trazer minha filha ao parquinho e relaxar enquanto ela se diverte”, diz a professora Tânia de Mello.

Para reforçar a segurança, além da instalação de uma ca-bine fixa de vigia, um guarda de empresa terceirizada con-tratado pela Prefeitura efetua rondas com frequência.

glia revela sentir insegurança quando leva as crianças para brincar na praça. “Para to-dos os lados vemos grupos de pessoas consumindo drogas ou fazendo algazarra, sem ne-nhum policiamento por per-to, não é um ambiente muito saudável para se expor uma criança”, diz.

Os problemas não se limi-tam à quadra da praça. De acordo com a estudante Maria-na de Fabris, de 22 anos, que utiliza a rua Félix da Cunha nas proximidades do parque, ao retornar da faculdade, os assédios por parte dos usuários do local são frequentes. “Na maioria das vezes que eu pas-so, eles gritam ofensas e fazem ameaças. Tive que pedir para meu pai começar a me buscar

todas as noites no terminal de ônibus”, conta.

Embora a praça seja equipa-da com um módulo da Brigada Militar, o relato dos usuários é que o policiamento é ine-xistente na área. “Ainda não entendi a função desta uni-dade instalada na praça, não presenciamos trabalho algum por parte deles para inibir o consumo de drogas, é um des-perdício de efetivo”, protesta o proprietário da loja MS Ferra-gens, Mauri Schmitz.

O problema se alastra para a antiga e única pista dedica-da à prática de skate no mu-nicípio. Cada vez mais, jovens migram para outras praças da cidade em virtude da gran-de quantidade de drogaditos presentes no local.

Trabalho em conjunto com a comunidade

De acordo com o coman-dante do 3º Batalhão de Po-liciamento de Áreas Turísti-cas (3º BPAT), Capitão Reni Onírio Zdruikoski, a solução plausível para reestabelecer a ordem na praça é um trabalho efetivo em conjunto com a co-munidade. “A Brigada Militar só poderá interferir em caso de denúncia, tendo em vista que a segurança do local é de responsabilidade da prefei-tura. Outro fator que agrava o cenário, além da atual falta de efetivo, é que o policial que for designado a trabalhar no módulo da praça não pode-rá abandonar o posto. Seria muito mais efetivo se pudés-semos incumbir um policial para fazer o patrulhamento a pé ao invés de montar guarda no posto. Precisamos que a comunidade se mobilize e de-nuncie os delinquentes para entrarmos em ação”, explica. Segundo o capitão, uma alter-nativa para inibir a presença dos arruaceiros é a retomada de espaço pela comunidade. “A praça precisa voltar a ser frequentada por pessoas de bem. Quanto antes à popula-ção reivindicar o seu direito de lazer em área pública mais rápida acontecerá a partida destes meliantes”, finaliza.

No lado do Poder Público, a aposta para solucionar o atual estado de abandono da praça será um projeto cadas-

trado há 20 dias no Governo Federal. De acordo com o se-cretário de Juventude, Es-porte e Lazer, Gustavo Felipe Sperotto, em conjunto com a construção da nova pista de skate, a Prefeitura também faz a captação de verbas para alterar a iluminação, arbori-zação e infraestrutura do lo-cal. “Será uma revitalização massiva da praça, investire-mos mais de R$ 400 para es-timular o bento-gonçalvense a retornar a rotina de chimar-rão na Centenário aos domin-gos”, diz. Segundo Sperotto, a expectativa do Prefeitura é que a parte burocrática do projeto esteja resolvida até o início do segundo semestre de 2015. “Queremos entre-gar esta obra o quanto antes, é claro, não dependa só de nós. Mas temos esperança de que até o final do ano as alte-rações já estejam em fase de conclusão”, comenta.

Outra novidade que consta no projeto é a parceria pú-blico-privada entre a secre-taria de Juventude, Esporte e Lazer com a Unimed para a construção de uma acade-mia ao ar livre no local. “Foi uma surpresa muito agradá-vel para nós o interesse deles em custear todos os equipa-mentos da academia. Por pa-drão da instituição, ela será mais bem equipada do que as outras que instalamos na cidade, proporcionando mais variedades de exercícios aos usuários”, explica.

Projetada para o lazer, a gi-gante Praça Centenário,

refúgio de centenas de famílias em finais de tarde, se encontra em situação de abandono, to-mada pela marginalidade. Lo-calizada no coração de Bento Gonçalves, o local, que encan-tava com árvores imponentes e gramado impecável, agora causa temor a quem se aven-tura na travessia. Vandalismo, pichações e consumo de dro-gas acontecem livremente em plena luz do dia, manchando a imagem de um dos maiores patrimônios da cidade.

Por ter se tornado um dos principais pontos de encontro de delinquentes, o número de famílias que visitam o local di-minuiu significativamente nos últimos tempos. De acordo o zelador, Alderico de Mari, res-ponsável pela limpeza da praça nos últimos sete anos, a situa-ção é desestimulante. “Dava muito orgulho de ver o pessoal deitado na grama aos domin-gos, hoje tudo que restou é a sujeira deixada para trás pelos arruaceiros”, lamenta. Segun-do de Mari, lixeiras são que-bradas e bancos furtados com frequência. “Desistimos de so-licitar novos porque enquanto nada for feito para mudar esse quadro, será apenas dinheiro jogado fora”, esclarece.

Mãe de dois filhos, um de cinco e outro de sete anos, a costureira Deoli Trintina-

Falta de segurança, consumo de drogas e atos de vandalismo, muito presentes no local, afugentam a população

Vico Barbieri, o exemplo que deu certo

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Atos de depredação se tornaram comuns nas imediações do local

Após revitalização em 2012, comunidade voltou a frequentar o local

Cristiano Migongeral [email protected]

O descaso com o coração da cidadePraça Centenário

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Sábado, 4 de abril de 201522 Geral

Dois casos e três suspeitas de dengue Saúde

Vítimas atendidas no município contraíram a doença em outras regiões do país e estão sendo monitoradas pela vigilância

Cleunice Pellenzgeral [email protected]

A proliferação do mosqui-to da dengue é um caso

preocupante em todo país. Em Bento Gonçalves, a Secretaria de Saúde, através da Vigilância Ambiental, trabalha na preven-ção do Aedes Aegypti, confor-me o Plano Municipal de Con-tingência da Dengue.

Inicialmente, larvas o mos-quito foram encontradas por meio de armadilhas colocadas nos bairros Ouro Verde/Zatt, Progresso e Goretti. Nesta se-mana, segundo Analiz Zattera, da Vigilância Ambiental, um foco foi encontrado no Bairro Botafogo. “Todos os bairros nos preocupam na medida em que estamos encontrando bas-tante lixo reciclável em locais indevidos no município e tam-bém acumulado em imóveis. O lixo reciclável é o principal criadouro de Aedes no sul do país”, relata.

A região a ser trabalhada é delimitada por áreas de foco, onde os agentes endêmicos da Vigilância Ambiental visi-tam as residências e orientam sobre os riscos de deixar água acumulada e como evitar a procriação do mosquito, iden-tificando áreas com possibili-dade de ser um criadouro. Ou-tro fato que preocupa, segundo Zattera, é que não existe no município um ecoponto para estocagem de pneus. “Muitos

são deixados a céu aberto acu-mulando água e servindo de criadouro de mosquitos, tanto que nas campanhas de preven-ção à dengue tentamos esclare-cer à população que este tipo de material e também o lixo re-ciclável, deve ser encaminhado ao local correto para que não sejam locais de proliferação do inseto”, ressalta.

O trabalho da equipe é rea-lizado no município há dez anos. Zattera afirma que a receptividade das pessoas

melhorou muito com o passar da década. “Daquela época até agora melhorou, mas ain-da existem pessoas que não acreditam nisso, que tem cer-ta dificuldade em compreen-der a importância do trabalho realizado”, destaca.

Vicente Leon Chaves, morador do residencial L’Harmonie no Bairro Pro-gresso, afirma que o que falta é conscientização. “Algumas pessoas ainda não sabem da importância da reciclagem e

Evitar acúmulo de lixo em locais inapropriados é uma das formas de combater a proliferação do mosquito

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Outro fator que preocupa é a Febre de Chikungunya, trans-mitida pelo Aedes Aegypti e pelo mosquito Aedes Albo-pictus. Segundo a enfermeira da vigilância epidemiológica, Letícia Biasus, um morador de Bento Gonçalves foi detectado com a doença em janeiro, con-traída na Venezuela e região do Caribe. Para este caso os cuidados são os mesmos que o da dengue, sendo realizado o controle vetorial e a assistên-cia médica.

As duas doenças são pareci-das, pois possuem o mesmo ve-tor: o mosquito. A diferença é que a dengue mata, enquanto a

Chikungunya também preocupa

de não deixar água parada em vasos de plantas”, relata.

Dona Eurides Mendes, pen-sionista, orienta os filhos a cuidar para não deixar garra-fas vazias abertas. “Eu estou fazendo a minha parte para evitar. Cada um deve fazer a sua”, ressalta.

Já o Auxiliar de Expedição, Fábio Marques, diz que possui alguns cuidados para evitar a proliferação do mosquito. “Tenho dois cachorros e troco a água deles diariamente, evi-

outra afeta as articulações. “O perigo aumentou, pois já tem casos. O modo de transmissão é o mesmo, os sintomas são parecidos, a diferença é que a Febre de Chikungunya afeta as articulações das mãos, joe-lhos e pés, podendo ficar com sequelas, enquanto a dengue, se não tratada, evolui para hemorrágica podendo levar à morte”, destaca.

Por isso, de acordo com a enfermeira, o controle vetorial deve ser realizado, principal-mente não deixando a água parada e acúmulo de lixo. Isso auxilia para conter a prolife-ração do mosquito e a popula-

ção deve adotar estas medidas como forma de auxiliar a equi-pe da Vigilância Ambiental no combate à doença.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, somen-te em 2015 foram registrados 224.101 casos notificados de dengue no país até a primeira semana de março. O maior nú-mero foi na região Sudeste, com mais de 145 mil casos notifica-dos. Já o Rio Grande do Sul está com 66 casos de dengue confir-mados, dos quais 31 são de pes-soas que adquiriram a doença em viagem a outros estados e 35 são autóctones (doença con-traída na cidade de domicílio).

to deixar a água parada. Em volta de casa não deixo acú-mulo de lixo e resíduos”, afir-ma. Relata, ainda, a importân-cia do trabalho realizado pela equipe da Vigilância Ambien-tal. “Pelo que se vê o pessoal da vizinhança cuida e tem consciência disso. As agentes de saúde também estão sem-pre reforçando as precauções que se deve ter”, finaliza.

Mesmo com todos os cuida-dos e informações disponíveis para a prevenção e o controle da proliferação do mosquito, neste ano dois casos de dengue já foram confirmados no mu-nicípio. Porém, a enfermeira da vigilância epidemiológica, Letícia Biasus, ressalta que ambos são importados, ou seja, foram contraídos em outras re-giões. “Se existe a suspeita de dengue tem que notificar, in-depende se é morador ou não do município”, relata.

Um dos casos é de um mora-dor de Mato Grosso do Sul que estava de passagem pelo mu-nicípio. Outro é de uma bento--gonçalvense que viajou para o Mato Grosso do Sul. Além de três suspeitas de morado-res que viajaram e estão sendo monitoradas aguardando o re-sultado da sorologia.

O importante, segundo ela, é manter a vigilância da doença. “A medida de manter a inves-tigação colabora para saber se existe ou não casos de dengue no município”, aborda.

Combate é realizado pela equipe da Vigilância Ambiental nos bairros

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Sábado, 4 de abril de 2015 23Geral

Educação integral

Projeto que vai além das salas de aula Benefícios das atividades no contraturno incluem diminuição de conflitos, não só na escola, mas também no ambiente familiar

A precariedade da educação no Brasil é um problema

histórico, que se torna ainda mais grave com a violência nas zonas de vulnerabilidade social. Porém, professores e educadores destacam que os projetos de atividades no con-traturno vêm transformando este cenário, melhorando no-toriamente o desempenho dos alunos participantes. Um dos principais benefícios registra-dos por eles é a diminuição dos conflitos, tanto dentro das instituições, quanto no am-biente familiar.

Em Bento Gonçalves, ini-ciou-se há cinco anos o pro-grama Mais Educação, que tem o objetivo de implantar a educação de regime integral nas escolas do país de forma gradativa. O Colégio Estadual Landell de Moura foi uma das primeiras escolas a aderir e a diretora Vanise Somensi Mar-coni destaca que houve uma melhora significativa no ren-dimento dos alunos. “O pro-

Silvia [email protected]

SOBRE O MAIS EDUCAÇÃOO programa Mais Educação iniciou em 2008 e é uma estraté-

gia do Ministério da Educação para indução da educação integral nas redes estaduais e municipais de ensino que amplia a jornada escolar nas escolas públicas, para no mínimo 7 horas diárias, por meio de atividades optativas. Algumas delas são: acompanhamen-to pedagógico; educação ambiental; esporte e lazer; direitos hu-manos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza e educação econômica.

O programa conta com Comitês Metropolitanos ou Regionais, constituídos por representantes das secretarias, gestores escola-res e outros parceiros, entre os quais as universidades, e Comitês Locais, formados por sujeitos do Programa Mais Educação na es-cola e representantes da comunidade escolar e do entorno.

O Mais Educação é coordenado pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), em parceria com as Secretarias Estaduais e/ou Municipais de Educação. Sua operacionalização é feita por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Os território do programa foram definidos inicialmente para atender, em caráter prioritário, as escolas que apresentam baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), situadas em capitais e regiões metropolitanas. Em Bento Gonçalves, parti-cipam do programa cinco escolas, sendo três da rede municipal e duas da estadual, beneficiando, no total, 350 jovens.

Oficinas abrangem diversas áreasAs atividades ofertadas con-

templam diversas áreas, desde apoio pedagógico até oficinas de dança. O programa amplia a jornada escolar nas escolas públicas para no mínimo sete horas diárias, por meio de ati-vidades optativas em campos como acompanhamento peda-gógico, educação ambiental, esporte, direitos humanos em educação, artes, cultura digi-tal, comunicação e educação econômica, entre outras.

Nesta semana, no Colégio Landell de Moura, foram in-cluídas aulas de grafitagem. A ideia partiu de William Sarate Ballestrin, que já ministrava as aulas de hip hop para os alu-nos. Além da parte teórica, com explicações sobre o surgimen-to da prática, os participantes também pintaram um muro da instituição. “Pensei que, como está tendo um evento sobre cultura hip hop no município, seria interessante trazer para as salas de aula”, diz Ballestrin.

No município, o programa Mais Educação beneficia cerca de 350 alunos com oficinas diversas, como de dança

“Eles adoram, afinal essa é a realidade deles, é o que viven-ciam”, complementa a diretora Vanise Somensi Marconi.

O programa é flexível, com períodos destinados ao lazer, para não causar estresse. No Landell, também são ofereci-das aulas de robótica, letra-mento, música, taekwondo,

capoeira matemática e fuxico. “Nossa preocupação é apri-morar o conhecimento num aspecto mais geral. Com o pro-grama, eles têm oportunidades que não teriam fora da escola, principalmente pela questão financeira”, comenta a coor-denadora do Mais Educação, Jania Maria Glanert.

grama é excelente, pois assim estamos tirando eles das ruas e conseguimos trabalhar a cul-tura de paz. Melhorou muito a disciplina dentro de sala de aula e diminuiu a violência na família também”, cita.

Vanise comenta que, antes da adesão ao programa, os pro-

fessores precisavam lidar com conflitos diariamente. “Um dos alunos, inclusive, ateou fogo em parte da escola onde estudava anteriormente, mas hoje ele é um doce. Dessa for-ma, a gente consegue ter mais proximidade deles”, comenta.

No município, são cinco es-

colas participantes, sendo três da rede municipal e duas da rede estadual, beneficiando, no total, 350 jovens. O pro-grama tem critérios de seleção para os alunos e as vagas são destinadas, primeiramente, para os que moram em zonas de vulnerabilidade social. De

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acordo com o supervisor do Mais Educação na rede mu-nicipal, Patric Bernardi, esse é um dos motivos para a re-dução da violência nas salas de aula. “Pois permanecendo por mais tempo no ambiente educacional, participando de situações de aprendizagem formais e informais, os alunos têm oportunidade de desen-volver diferentes habilidades ao mesmo tempo que não es-tão expostos a ambientes de vulnerabilidade”, comenta.

A coordenadora do Mais Educação no Colégio Landell, Jania Maria Glanert, também ressalta que, com o programa, houve uma diminuição consi-derável da desnutrição no país. “A dificuldade de aprendiza-gem está muito ligada a isso, não tanto em Bento Gonçalves, mas principalmente em regiões mais pobres. Passando mais tempo dentro da escola, eles recebem café da manhã, al-moço e lanche”, explica. “Além do mais, os pais ficam mais tranquilos sabendo que eles passam o dia inteiro dentro da instituição”, complementa.

Grafitagem foi oferecida no Colégio Landell de Moura nesta semana

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Sábado, 4 de abril de 201524 Geral

O Sindicato dos Traba-lhadores nas Indústrias

da Construção e do Mobi-liário de Bento Gonçalves (SITRACOM BG) promoveu nos dias 18 e 19 de março a 3ª edição do seminário para o setor moveleiro. O encon-tro contou com cerca de 40 pessoas oriundas de diversas regiões do país. Além do Rio Grande do Sul, participaram também lideranças sindicais de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais e Santa Catari-na. Ocorrendo paralelamen-te a Fimma Brasil, os debate-dores fomentaram questões referentes aos direitos dos trabalhadores. Para o dia 18 foram convidados os seguin-tes painelistas: o advogado Décio Scaravaglioni, que abordou a temática da previ-dência social, e o supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-RS), Ricardo Fran-zoi, abordando o tema “tec-nologia e emprego”.

O presidente do Sitracom, Itajiba Soares Lopes, desta-cou a importância do evento. “O objetivo desse seminário é fortalecer os laços entre os trabalhadores, avançando em direitos e conquistas”. Ainda de acordo com Lopes, o evento é a oportunidade de refletir sobre os avanços das novas tecnologias. “As má-quinas surgiram para acele-rar a produção das empresas,

Entidade promoveu encontro nos dias 18 e 19 de março, na terceira edição do Seminário para o Setor Moveleiro

Presidente Itajiba afirma que a prioridade dos encontros é fortalecer os laços entre os trabalhadores

Sindicalistas discutem seus direitosSitracom BG

mas por outro lado contribuem para o desemprego, por essa razão é importante debatermos essa questão”, reflete.

A primeira palestra do dia foi ministrada pelo advogado Décio Scaravaglioni. Com a pauta“Previdência social”, ele explanou sobre as resoluções da última Portaria, suas alte-rações e consequências. “Esse encontro é importante porque fomenta ideias junto com os trabalhadores, abrindo cons-ciência no campo previdenciá-rio para as medidas provisórias 664 e 665, que foram editadas pelo governo federal em 30 de

dezembro de 2014”, afirma. Segundo ele, as medidas discu-tem o auxílio doença e pensões por morte e entraram em vigor em 1º de março de 2015.

Scaravaglioni enalteceu o pa-pel do operário em seu campo de atuação. “Precisamos ter em mente que é o trabalhador que faz com que a empresa cresça, e com a mão de obra qualifica-da são obtidos lucros, portanto é importante que o trabalhador tenha seus direitos respeita-dos”, sintetiza.

A mulher também possui for-ça nos movimentos sindicais, formando 40% da categoria.

Representando a Coordenado-ria da Mulher e fazendo parte do Sitracom, Leonina Salete Cabral Piegas, contextualiza o papel da mulher na atualidade, reforçan-do a luta por direitos iguais. “Lu-tamos pelo nosso direito porque infelizmente continuamos sen-do discriminadas. Merecemos ganhar o mesmo salário dos homens, já que desenvolvemos as mesmas funções que eles”, ressalta. O espaço conquistado nas últimas décadas, segundo Leonina, foi importante para a autoestima feminina. “Já con-quistamos muitos direitos, e é importante estarmos também

envolvidas no sindicato pelo fato de adquirirmos conhe-cimento e ganharmos força na área. Queremos cami-nhar ao lado dos homens no setor”, afirma.

O segundo palestrante, Ricardo Franzoi levantou questões relevantes sobre a chamada crise econômica difundida pela mídia, além de temas pertinentes sobre a situação atual que o traba-lhador se encontra e as novas tecnologias usadas pelas em-presas. “A questão referente ao desemprego é bastante re-levante justamente porque as empresas investem em novas tecnologias, porém esse avan-ço nem sempre é repassado para quem produz, causando desta forma um grande nú-mero de desempregados”, sin-tetiza. Foi analisado com vee-mência por Franzoi o poder que a mídia estabelece sobre as pessoas. “Estamos vivendo a era do caos da informação, em que os donos de grandes jornais e de canais de televisão vendem notícias pessimistas e catastróficas sobre o setor moveleiro”, critica. O assunto referente à aquisição de má-quinas modernas por empre-sas teve bastante importância na palestra, fomentando o de-bate. “Novas máquinas econo-mizam a força de mão de tra-balho, ou seja, com o excesso de máquinas sobram pessoas no mercado, e isso facilita a conversa”, analisou.

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Sábado, 4 de abril de 2015 25ObituárioFalecimentos

ADEMIRIO JOÃO SIMIONI, no dia 16 de Março de 2015. Natural de São Jorge, RS, era filho de Caetano Simioni e Margarida Castelli e tinha 49 anos.

LOURDES EVANGELISTA DE SOUZA, no dia 10 de Março de 2015. Natural de Vista Alegre do Prata, RS, era filha de João Evangelista e Natalina Bilatto e tinha 74 anos.

VITÓRIA MELISSA PAESE, no dia 26 de Março de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Paulo Sérgio Paese e Cheila Rosa e tinha 1 dia.

FRANCISCO DE SALES ROMUALDO DA SILVA, no dia 27 de Março de 2015. Natural de São Borja, RS, era filho de Abrão Corrêa da Silva e Leonor Romualdo da Silva e tinha 53 anos.

MARIA ANGELITA DA ROSA, no dia 27 de Março de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Sebastiana da Rosa e tinha 30 anos.

ANTONIA SALETE SANDRE, no dia 29 de Março de 2015. Natural de Ronda Alta, RS, era filha de João Dias Cortez e Doralina de Oliveira Dias e tinha 61 anos.

CAROLINA MARIA PAULAZZI SOMENSI, no dia 28 de Março de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Jose Paulazzi e Amalia Borotto Paulazzi e tinha 87 anos.

JULIO GARCIA DE ARAUJO, no dia 29 de Março de 2015. Natural de David Canabarro, RS, era filho de Henrique Jose de Araujo e Dorvalina Garcia de Araujo e tinha 60 anos.

ILDA CARVALHO FERNANDES, no dia 30 de Março de 2015. Natural de Santiago, RS, era filha de João Medina de Carvalho e Isaura dos Santos Carvalho e tinha 88 anos.

RITA COSTA BASTOS, no dia 30 de Março de 2015. Natural de Caibaté, RS, era filha de Adão Joval Bastos e Aracy Costa Bastos e tinha 47 anos.

JUDITE EUNICE SANTOS DA CRUZ, no dia 30 de Março de 2015. Natural de Cachoeira do Sul, RS, era filha de Bazilio Teixeira da Cruz e Rosa dos Santos Cruz e tinha 68 anos.

AMÉRICO BOSNELO, no dia 01 de Abril de 2015. Natural de Ouro-Campos Novos, SC, era filho de Vitorio Busnelo e Suzana Barbaresco Busnelo e tinha 65 anos.

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Sábado, 4 de abril de 201526 Segurança

Substituição incorreta

Viagem causa desconforto no TutelarApós conselheira se sentir insegura, funcionário administrativo acompanhou adolescente infrator até o Mato Grosso

Leonardo [email protected]

A viagem de um funcioná-rio administrativo, no lu-

gar de um conselheiro tutelar, para conduzir um adolescente infrator até Cuiabá, no Mato Grosso, causou desconforto no Conselho Tutelar de Bento Gonçalves. Apesar de a ação ter tido uma autorização ju-dicial, o procedimento não foi considerado o mais correto. Nesta semana, o envolvido, Jorge Lobo Pizzatto, por ini-ciativa própria, solicitou uma transferência para outro órgão público do município.

O caso seria de um menor infrator sob responsabilidade da conselheira Arari Ballotin Luchese no início deste ano. A profissional não teria se senti-do confortável para viajar com o adolescente e o Pizzatto teria se prontificado para ir. A soli-citação foi encaminhada para o fórum e o acompanhamen-to aprovado. “Se questionam que o conselheiro deveria ir ou não, diante desta solicitação judicial, ninguém é obrigado a viajar. A não ser com uma pro-teção maior de um oficial de justiça ou outra pessoa quali-ficada. Sem segurança, a gente não vai, pois corremos riscos a toda hora”, comentou o pre-sidente do Conselho Tutelar, Lauri Cunico.

Esta viagem ocorreu no pe-ríodo de férias do promotor Él-cio Resmini Meneses, que atua

Uma pedestre foi assaltada no bairro Glória no início da noite desta quarta-feira, 1º de abril. De acordo com a Brigada Mili-tar, a vítima caminhava pela rua Getúlio Vargas, por volta das 20h40min, quando um more-no, usando camiseta laranja e bermuda jeans, lhe puxou com violência. A mulher caiu e sofreu escoriações, enquanto o bandi-do fugia levando sua bolsa, um celular, R$ 10 e documentos pessoais. Policiais militares rea-lizaram buscas, porém nenhum suspeito foi localizado.

Mulher tem bolsa roubada no Glória Um motorista foi preso por embriaguez no Santa Marta na tarde desta

quarta-feira, 1º de abril. Conforme as informações da Brigada Militar, por volta das 19h05min, uma guarnição foi até a rua Aurino Argemiro Zandonai, onde denúncias relatavam um veículo trafegando em zigue-zague. No local, foi abordado um Fusca, placas IEE 8687. O motorista apresentava visíveis sinais de embriaguez e foi convidado para fazer teste do etilômetro, que resultou em 1.59 mg/l de álcool. O acusado foi encaminhado à delegacia.

Motorista preso por embriaguez no Santa Marta

Um roubo a veículo foi registrado na RST-446, entre Carlos Barbosa e São Vendelino, na primeira hora de quinta-feira, 2 de abril. Conforme as informações da Brigada Militar, por volta da 0h10min, a vítima seguia pela rodovia em uma caminhonete Ford 250 de cor prata, com placas IJT 3488, quando foi abordado por dois veículos. Antes de fugirem com a caminhonete, os criminosos agrediram o motorista e o empurram em um barranco. A vítima ficou lesionada e precisou ser atendida no Hospital São Roque, em Carlos Barbosa.

Roubo de caminhonete em Carlos Barbosa

junto ao órgão responsável por zelar pelos direitos das crian-ças e adolescentes. Após seu retorno, uma nova solicitação para Pizzatto realizar o acom-panhamento foi feita, desta vez para Belém, no Pará. Porém, o promotor se manifestou con-trariamente. Após debate, o consenso foi que a pessoa in-dicada e autorizada seria um profissional do Centro de Refe-rência Especializado de Assis-tência Social (Creas).

Quando um conselheiro tu-telar se sente em risco, con-forme Cunico, o padrão seria um oficial de justiça ou um

segurança o acompanharem na viagem. “O correto é andar com o maior número de pes-soas em termos de segurança. Nós encaminhamos (a solici-tação) rapidamente para a juí-za, que deu retorno permitin-do. Mas também não estamos culpando ela, pois talvez não tenha analisado bem o fato. Não que seja desculpa, mas hoje estamos em situação pre-cária (financeiramente) e era outro Estado. Não estou ques-tionando o Poder Público, mas quando solicitamos dinheiro é uma tortura”, refletiu o presi-dente do Conselho Tutelar.

Cunico faz questão de res-saltar que, no final das contas, tudo deu certo e o procedi-mento realizado como devido. “Se foi ou não correto, nós já discutimos a situação em uma reunião lá no Ministério Públi-co. Levantamos, conversamos e chegamos a um consenso e teremos mais cuidado numa próxima. Encontraremos uma alternativa mais condizente. Para tentar amenizar aquela situação. Mas deu tudo certo, graças a Deus”, finalizou.

Procurada pela reportagem, a conselheira Arari Ballotin preferiu não se manifestar.

Pedido de transferência

Pizzatto atuava como coor-denador do setor administra-tivo do Conselho Tutelar, esco-lhido em reunião do colegiado. Cunico o descreveu como um funcionário sério e competen-te. Era o responsável pelas atas de reunião e acompanhamen-to da parte burocrática, o que o fazia ter conhecimento da maioria dos casos.

Sobre possíveis reclamações que Pizzatto extrapolava suas funções, Cunico ressaltou sua dedicação. “Há uma escala, um revezamento de atendimento dos conselheiros. Quem está sempre por aqui, mais de oito horas por dia, é o administrati-vo Jorge. Tem pessoas que nos procuram fora do expedien-te, no horário de almoço, por

Jorge Pizzatto deixou o cargo administrativo no início da semana

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exemplo, e o Jorge é um dos que fica (no prédio). Então ele vai lá e conversa, orienta, pois sabe muito do nosso dia a dia. Mas ele não fala que é conse-lheiro, ele tem discernimento disso”, comentou.

Pizzatto é contratado tercei-rizado da Prefeitura. A Asses-soria de Imprensa municipal emitiu nota informando que “Pizzato, por iniciativa pró-pria, solicitou uma transferên-cia para outro órgão público do município. O pedido enviado pela empresa terceirizada foi aceito pela Prefeitura. O mes-mo estará exercendo ativida-des de assessor administrativo junto a Coordenadoria da Mu-lher - vinculada a Secretaria Municipal de Habitação e As-sistência Social”.

No lugar de Pizzatto, uma estagiária foi designada tem-porariamente ao Conselho Tu-telar. A Prefeitura aguarda pela homologação do recente con-curso público realizado para efetivar no cargo um funcioná-rio definitivo.

Sobre a possibilidade de abertura de um inquérito ad-ministrativo sobre o caso, a res-posta da Assessoria de Impren-sa da Prefeitura foi que “não há inquérito sobre o caso, pois a viagem ocorreu com a concor-dância do Poder Judiciário, por meio do Juizado da Infância e Adolescência, que acatou pedi-do do próprio Conselho Tutelar, autorizando que o funcionário fizesse o acompanhamento”.

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Sábado, 4 de abril de 2015 27Segurança

“Quando estes menores são apreendidos em flagrante ficam na Case por 45 dias e são postos em liberdade. Precisa ocorrer uma mo-dificação nesta menoridade para que a gente consiga manter mais tempo fora de ação estes indiví-duos que estão se tornando piores que adultos. Existe um grande nú-mero de menores assaltantes que estão se tornando mais violentos e audaciosos que os adultos”

“O que a gente vivencia, não só em Bento Gonçalves, mas em âmbi-to nacional, é que muitos crimes são cometidos por menores de 18 anos e outros tantos são atribuídos a eles. Obviamente se valem desta condi-ção dos menores não terem uma punição igual a dos adultos. Acre-dito que a redução da maioridade penal é algo que está carecendo de ser efetivada, em que pese toda a sensação de impunidade”

“Os presídios no Brasil estão falidos. Não se tem nenhuma melhora nos presos, ficam lá só esperando o tempo da pena passar, não há nenhum trabalho efetivo de reeducação do preso. Imagina esses jovens de 16 anos tendo contato com estes crimino-sos mais pesados, sem qualquer reeducação? Acredito que só irá piorar. Vão sair de lá como crimi-nosos pós-graduados”

“Responsabilização há, confor-me as medidas socioeducativas previstas no ECA. No Juizado da Infância e Juventude, a medida so-cioeducativa de Liberdade Assistida tem sido privilegiada, como forma de “não desistir” do adolescente. Mas, a internação é uma possibili-dade concreta e talvez necessária. De uma ou outra forma, há respon-sabilização, graduando-se confor-me a gravidade dos fatos”

“Não vejo uma luz apenas ante-cipando dois anos. O problema está na estrutura familiar. Geralmente, o pai e a mãe precisam trabalhar. Por isso a importância das escolas em tempo integral. Este é o caminho para a sociedade. Que irá tirar toda aquela situação mais grave destas crianças e adolescentes que estão na rua para colocar em um órgão que pode educar e orientar para as coisas boas da vida”

OPINIÕES DIVERGENTES

De 18 para 16 anos

Redução na maioridade penal em debateAutoridades concordam que mudanças são necessárias, porém mesclar adolescentes com adultos criminosos não é a solução

Leonardo [email protected]

A aprovação da Proposta de Emenda Constitucional

(PEC) 171/93, na terça-feira, 31 de março, foi uma primeira vitória daqueles que defendem a redução da maioridade de 18 anos para 16 anos. A votação, que não foi unânime (42 votos a favor e 17 contra), abriu um debate que evidencia a falta de oportunidades aos adoles-centes de periferia, o fascínio gerado pelo tráfico de drogas, a desesperança com jovens in-fratores e a falência do sistema penitenciário brasileiro.

O problema é claro: cada vez mais adolescentes entram para o crime e amedrontam a popu-lação. Na opinião do delegado Álvaro Pacheco Becker, titular da 2ª Delegacia de Polícia, as infrações de menores de idade estão mais frequentes e ousa-das. “No início de março fize-mos o pedido de recolhimento de quatro menores assaltantes apreendidos em flagrante. O problema é que já temos conhe-cimento que outros menores estão praticando os mesmos crimes. E eles estão se tornando mais violentos e audaciosos que os adultos”, relata.

Para o capitão Reni Onírio Zdruikoski, subcomandan-te do 3º Batalhão de Policia-mento de Áreas Turísticas (3º BPAT) da Brigada Militar, o ponto central da discussão é a certeza de impunidade que os adolescentes adquiriram. “Os menores de 18 anos acabam assumindo autoria de crimes, o porte de armas e de objetos ilícitos, pois sabem o que pode ou não acontecer, e que a pena-lidade não terá grande exten-são. Quando prendemos uma quadrilha normalmente há um menor junto”, aponta.

Porém, ambas as autoridades policiais apontam que apenas a redução de dois anos não é a solução. A morosidade da Jus-tiça e a aplicação da Legislação Brasileira precisam ser corrigi-das, e o sistema penitenciário precisa passar por uma rees-truturação. “Óbvio que quando nos posicionamos favorável a redução não podemos deixar de registrar a preocupação com o sistema penitenciário, que é sabido e notório que não recupera ninguém. Se não, ao encarcerar um indivíduo de 16 anos, estaremos apenas

aumentando a vida útil de um delinquente”, argumenta o ca-pitão Zdruikoski.

ECA e Case oferecem esperança ao jovem

O defensor público Eduardo Marengo prevê um resultado negativo na proposta. “Nos cri-mes dos maiores de 18 anos, observamos um índice de re-cuperação muito pequeno. En-quanto que, na Infância e Ju-ventude, o índice é de em torno de 50%. Não iríamos resolver o problema da criminalidade, e ao contrário, iríamos perder cerca de 40% destes jovens que ressocializamos”, conclui.

O defensor destaca o tra-balho realizado no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Caxias do Sul. “Lá eles estudam, aprendem um trabalho, como a montagem de componentes elétricos, e têm o esporte. Claro que ainda não é o ideal, mas oferece condições do jovem manter a dignidade e aprender coisas boas. Ao con-trário dos presídios, os Cases não estão dominados por fac-ções criminosas”, afirma.

A juíza Valéria Neves Wil-lhelm, da Vara da Infância e Juventude, ressalta que, ao con-

trário do atual pensamento co-mum, os menores de idade são responsabilizados por seus atos, conforme previstos no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). “Eles tem um tempo de recolhi-mento em instituições, como a Case, quando os atos infracionais são graves. Talvez devemos cor-rigir o ECA, aumentar este tem-po de internação, que é de três anos. Só que precisamos manter este olhar de reeducação. Um jo-vem até os 18 anos está num pe-ríodo possível de ser trabalhado, de receber boas influências e sair desta esfera infracional. Em um presídio não é possível fazer isso. No ECA eu tenho esperanças, na esfera criminal não vejo perspec-tivas”, argumenta.

Para a magistrada, o gran-de culpado pelo aumento da violência é o tráfico de drogas. Opinião partilhada pelo promo-tor Élcio Resmini. “Pelo menos 80% dos adolescentes que co-metem atos infracionais graves estão sob o efeito ou em crise de abstinência das drogas. Qual a política pública sobre drogas? Que políticas transversais de educação e saúde poderiam ser implantadas para reduzir a de-pendência química, que muitas vezes leva ao crime?”, acrescen-ta o promotor.

Prisão ou Centro Socioeducativo? Mudança definirá futuro de infratores

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Capitão Reni Zdruikoski, da Brigada Militar

Juíza Valéria Willhelm, da Vara da Infância e Juventude

Promotor Élcio Resmini, do Ministério Público

Lauri Cunico, presidente do Conselho Tutelar

Delegado Álvaro Becker, da Polícia Civil

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Sábado, 4 de abril de 201528 Esporte

Uma reunião para entrega das fichas de inscrição para a disputa do Campeonato Dis-trital de Futsal aconteceu na terça-feira, 31 de março, no Ginásio Municipal de Bento Gonçalves. Estiveram presen-tes representantes das catego-rias masculino livre, veteranos e feminino.

Ainda sem data de início, essa competição tem uma re-gra diferente com relação aos outros campeonatos: para jo-gar essa competição o atleta tem que ter vínculos com a co-munidade pela qual vai jogar.

Confira os prováveis par-ticipantes em cada uma das modalidades:

Campeonato Distrital tem primeira reunião realizada

Futsal

De olho na taça

Bento Vôlei joga decisão e quer o título da Superliga BEquipe fez campanha impecável na competição e quer comemorar mais

Geremias [email protected]

A próxima temporada será no topo. Mas a atual ain-

da não acabou. O acesso já foi conquistado, é verdade. Mas ainda resta a cereja do bolo. E ela vai ser degustada junto com o torcedor. Vai funcionar assim: o invicto Bento Vôlei/Isabela decide em casa na noite de sábado, 4 de abril, a final da Superliga B 2015. O adversário é o Sada Cruzeiro, que ganhou do Sesi-SP nas semifinais. Os dois times vão se enfrentar em jogo único, às 20h, no Ginásio Municipal de Bento Gonçalves. O time do oposto Tuba (que marcou 18 pontos na partida contra o Foz do Iguaçu) tem o direito de ser mandante do jogo, pois teve a melhor cam-panha da competição.

Para o treinador Fernando Rabelo, o discurso segue a mesma linha de toda a com-petição. “Temos que ter cabe-ça boa, determinação, manter o foco e continuar treinando. Fazer como fazemos todas as semanas: manter o padrão de trabalho visando esse jogo, que é uma bela oportunidade pra todos nós conseguirmos 100% dos objetivos, dentro de casa, ainda com um jogo festivo e com essa torcida nos apoiando como tem sido. Acredito que vai dar tudo cer-to”, projeta.

É esperado um jogo duro contra o Sada, por ser uma equipe mais qualificada do que os últimos adversários dos playoffs. “Em primeiro lugar, acho que se as outras equipes eram um pouco mais frágeis, é consequência do nosso traba-lho na fase classificatória. Era justamente essa a intenção de classificar em primeiro lugar, para pegar um caminho mais fácil, e foi o que aconteceu. E agora tem a equipe do Sada, uma equipe bem jovem, mas com um potencial muito alto. Eles agridem muito no jogo, no saque e no ataque. Tenho certeza que vai ser uma par-tida difícil, mas vamos nos preparar bem para o sábado”, afirma Rabelo.

Para Tuba, um dos princi-

Tuba (2) comemora o ponto decisivo da vitória sobre Foz do Iguaçu

Muai Thay

Campeão mundial visita crianças de projeto social

Na quarta-feira, 1° de abril, o campeão Mundial de Muay Thai, Jussemar André Nos-koski, deu aula para o projeto Muay Thai para Todos, no bair-ro Vila Nova I, que tem apoio da Secretaria de Esportes da Cidade de Bento Gonçalves. A iniciativa tem como professor o mestre Lizandro Aguiar Cal-deira. Além de interagir com as crianças, Noskoski falou de sua trajetória no esporte, suas viagens e conquistas, com a fi-nalidade de tentar plantar um sentimento bom na cabeça das crianças, para que elas bus-

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Noskoski com as crianças, mostra cinturão conquistado na Tailândia

quem ser vencedoras tanto no esporte quanto na vida.

O presidente da academia Garra Team, Eduardo Virissi-mo, agradeceu ao apoio. “Obri-gado ao secretário municipal Gustavo Felipe Sperotto e o prefeito Guilherme Pasim que acreditaram na ideia. Juntos, a Garra Team e a gestão atual do município, tiraram estas e muitas outras crianças da rua, longe das drogas e dos perigos. Aqui eles aprendem a ter honra, moral, lealdade, humildade e respeito ao próximo”, declarou em postagem nas redes sociais.pais pontuadores da equipe,

o momento vivido pelo time é fantástico, tanto dentro e fora de quadra. “É um momento único. Sempre que se fala em título, é um momento especial e acho que não podia ser me-lhor, estar numa final do jeito que foi, com invencibilidade. Agora é o momento do foco to-tal. Eu tenho certeza que todos os meus companheiros estão focados para serem campeões. Todos querem trazer isso para Bento porque é importante para a cidade, para o projeto, para tudo aquilo que temos feito, inclusive para os atletas. Eu estou muito feliz, muito contente, de poder participar de toda esta história, este mo-mento que vivemos”, explica.

O atleta vai além, e analisa o impacto que os bons resultados trazem para a cidade de Bento Gonçalves. “Representa mui-to na minha carreira também, acho que, como atletas, sempre trabalhamos para sermos cam-peões. E, às vezes, não sai da maneira certa, mas quando sai, é uma alegria muito grande. Estamos no foco certo e estar

disputando o título de um cam-peonato como a Superliga B, já classificado para a Superliga A, só nos traz muito mais motiva-ção. Nada disso será comple-to se não tiver o título, então, este é o nosso momento. É um sentimento muito legal apostar num projeto e ver que ele está dando certo, que ele vai pra frente, que as pessoas te param na rua, te admiram, falam do teu trabalho e de como o pro-jeto tem sido bom na vida de-las, das crianças. Todo o nosso intuito é este: é seguir sendo o espelho das crianças de que-rer nos seguir, de mantê-las afastadas das coisas ruins que existem nesta vida. E acho que a coisa mais importante deste projeto, realmente, indepen-dente de tudo, é o que ele traz para a comunidade, para a ci-dade”, conclui Tuba.

O serviço de venda dos in-gressos para a final será o mes-mo das rodadas anteriores: R$ 10 para o público em geral. Me-nores de 12 anos, maiores de 60 anos e alunos das categorias de base e do projeto social unifor-mizados têm entrada franca.

Adulto Livre: Vale Aurora, São Valentin, Faria Lemos, Alcântara, Barracão, Serto-rina, Busa, Eulália, Paulina, Leopoldina (dúvida), 5 da Graciema, Santa Lúcia e Ve-rissimo de Mattos.

Veteranos: Vale Aurora, São Valentin, Barracão, Ser-torina, Busa, Eulália, Paulina, Verissimo de Mattos, Santa Lucia e Santo Antoninho.

Feminino: São Valentin, Barracão, Sertorina, Eulália, São Pedro, Paulina, Verissimo de Mattos.

As comunidades de Tuiuty, São Miguel, Canarinho e 8 da Graciema não participaram da reunião.

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Sábado, 4 de abril de 2015 29Esporte

Divisão de Acesso

Esportivo joga para chegar ao G-5Time do técnico Ben Hur Pereira faz jogo de seis pontos contra o Panambi neste domingo, 5, a partir das 18h30min

Geremias [email protected]

O Alviazul vive uma nova fase com a troca do co-

mando técnico, e quer compro-var isso conquistando a segun-da vitória da Divisão de Acesso do Gauchão 2015. O jogo con-tra o Panambi, fora de casa, representa quase um confron-to direto, já que o adversário se encontra com 8 pontos (o Esportivo tem 6, com a vitória passa para 9 pontos) e o triun-fo representa almejar a parte de cima da tabela de classifica-ção. A partida contra o Panam-bi é fora de casa, no domingo, 5 de abril, no Estádio João Mari-mom Jr., às 18h30min.

Pensando nisso, o treinador Ben Hur Pereira encarou a sua segunda semana de trei-namentos no clube como uma tentativa de fixar a importân-cia da vitória na mente dos atletas. “Foi uma semana tran-quila, trabalhamos com a ideia da vencer fora de casa, lá vai ser um jogo difícil, vai ter tor-cida pressionando, mas vamos fazer de tudo para obter um bom resultado”, destaca.

Próximos Jogos

Classificação

Brasil-Far x TupiSanto Ângelo x GlóriaPanambi x EsportivoGuarani-VA x PelotasRiograndense x Inter-SM Rio Grande x São GabrielSão Luiz x Nova Prata

Chave A1º Glória 18 2º Santo Ângelo 113º Tupi 94º São Luiz 95º Panambi 86º Nova Prata 67º Esportivo 68º Brasil-Far 6

Chave B1º Guarani-VA 132º Pelotas 123º Inter-SM 114º Riograndense 75º São Gabriel 76º Rio Grande 47º Santa Cruz 2

Segundo Tempo

Projeto atende 80 crianças no núcleo do bairro Cohab

O time pode ser o mesmo que começou a partida contra o Santo Ângelo, mas o treina-dor espera ter mais jogadores à sua disposição. “Estamos vendo como vai ser o time, es-pero também dar uma melhor condição ao Rafael Xavier”, explica o treinador.

O volante Fernandinho teve a questão da liberação resol-vida e pode aparecer como alternativa no meio de campo. Bruno Henrique, que foi subs-tituído por sentir um descon-forto na última partida, voltou a treinar normalmente e tam-bém é uma importante peça para compor o meio campo. Na frente, o Alviazul conta com a inspiração de Kelvin, que tem feito belas partidas e pode aju-dar a equipe ainda mais nesse momento de ascensão.

A diretoria corre contra o tempo para anunciar novas contratações devem ser anun-ciadas em breve, contando com atletas que estão disputando a primeira divisão do Gauchão 2015. O jogo contra o Panam-bi é mais um importante passo para o Esportivo mostrar sua plena recuperação.Ben Hur Pereira comando o Esportivo e quer a vitória fora de casa

GEREM

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Existe um programa social desenvolvido em Bento Gon-çalves que merece atenção. É o Programa Segundo Tempo (PST), cujas atividades ocor-rem em dez núcleos, divididos em oito bairros do município.

Um dos exemplos vem do bairro Cohab. No núcleo co-munitário, as crianças apren-dem além de modalidades esportivas, atividades que es-timulam o aprendizado. Cerca de 80 crianças e adolescentes de seis a 17 anos são atendidas pelo núcleo.

Para participar do projeto, é necessário entrar em contato com professora coordenado-ra do núcleo no bairro. Nes-te caso do bairro Cohab, essa pessoa é Kelly Sartor, que pode ser contatada através do telefone (54) 9626.5568. Segundo ela, tem sido uma experiência muito agregado-

ra. “No período em que estão aqui, as crianças não ficam nas ruas. Eu acredito que isso influencia numa melhora de rendimento, e também houve uma aceitação muito gran-de por parte da comunidade aqui do bairro Cohab”, des-creve a coordenadora.

As crianças e adolescentes praticam as atividades no contraturno escolar de se-gunda a quinta-feira. As aulas contam com o acompanha-mento de um professor e um monitor contratados para dar as aulas. O Programa Segun-do Tempo faz parte do projeto estruturante do Governo Mu-nicipal “Viver Bem”, sendo uma realização da Prefeitura, por meio da Secretaria Muni-cipal de Juventude, Esporte e Lazer (Semjel) em parceria com o Ministério do Esporte.

No PST são oferecidas as

modalidades de atletismo, basquete, dama, dominó, fu-tebol, futsal, lutas, ginástica, handebol, peteca, voleibol e xadrez, com o objetivo de de-mocratizar o acesso a prática e a cultura do esporte de for-ma a promover o desenvolvi-mento integral das crianças e adolescentes como fator de formação da cidadania e me-lhoria na qualidade de vida.

Segundo o secretário de Juventude, Esporte e Lazer, Gustavo Felipe Sperotto, por meio do Programa Segundo Tempo o município já atingiu a marca de mil jovens atendi-dos. “Este programa implica diretamente no desenvol-vimento intelectual e social dentro da sala de aula. Essas crianças envolvidas em ativi-dades esportivas estão longe do ócio e das más compa-nhias”, destaca.

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A prática de esportes é realizada no turno alternativo ao das aulas

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30 Sábado, 4 de abril de 2015

SERVIÇO DO JOGOBGF X AGF

Onde: Ginásio de Nova PetrópolisQuando: 4 de abril - 16h

Esporte

Futsal

BGF disputa final em busca do títuloCom 100% de aproveitamento na competição, equipe do técnico Vaner Flores quer a primeira taça da sua história

Geremias [email protected]

O Bento Gonçalves Futsal (BGF) carimbou o pas-

saporte para a final da Copa Metro-Serra. Jogando na quarta-feira, 1° de abril, contra o União de Nova Petrópolis, a equipe do técnico Vaner Flores venceu por 2x1.

A partida foi realizada no Ginásio do distrito de Fa-ria Lemos, e foi a primeira partida da equipe em solo bento-gonçalvense. Mesmo já garantida na final da com-petição em virtude da ótima campanha e de combinação de resultados, a equipe bus-cou a vitória a todo momento.

Silon foi o grande desta-que, marcando os dois gols da equipe. Segundo o atleta, foi uma partida bem equilibra-da. “O jogo de ontem foi de muita paciência, pois o time deles veio com uma propos-ta de jogo de marcação meia quadra e explorar os contra ataques”, avaliou.

E foi além, já projetando o próximo desafio. “Agora bus-

Rugbi

Farrapos segue com sua longa hegemonia no estado

camos continuar evoluindo na final para conquistar o títu-lo, que além de ser a primei-ra conquista do BGF vai fazer com que entramos fortalecidos na Série Ouro”, finalizou.

Na final da competição, que ocorre neste sábado, 4 de abril, em Nova Petrópolis, o BGF en-frenta a AGF, que foi o adver-sário da estreia. Na ocasião a partida terminou em 4x1 para a equipe de Bento Gonçalves.

Se conquistar o título, será o primeiro da agremiação, como destacou Silon, e com certeza merece ser comemo-rado. A competição mostrou que a equipe está plenamen-te preparada para fazer uma ótima participação na Série Ouro de Futsal, que começa em 11 de abril.

Jogo foi equilibrado e com adversário retrancado, mesmo assim Piolho e companheiros venceram

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Foram apenas duas rodadas. Mas apesar disso, os números assustam os desavisados. São 122 pontos marcados e ape-nas 14 sofridos. Foram 20 tries marcados, mais que o dobro do segundo colocado, a equipe do Charrua, próximo adversário na competição.

Ao ser questionado sobre es-ses números, o técnico Carlitos Baldassari fala em trabalho. “Acho que é a evolução, nada é de graça, foi preciso suar bas-tante, treinar bastante”, expli-cou. Sobre o próximo jogo, ele fala do Charrua, uma equipe tradicional no RS. “Costuma ser nosso adversário mais for-te, temos que nos empenhar mais”, comenta.

Em junho a equipe irá dispu-tar mais uma edição do cam-peonato Brasileiro de Rugbi, chamado de Super 8. O Far-rapos é o único representan-te do estado e costuma usar

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2ª RODADA

CLASSIFICAÇÃO

San Diego 13 x 13 SerraFarrapos 67 x 7 BrummersCharrua 40 x 7 Centauros

1º Farrapos 10

2º Charrua 9

3º Serra 7

4º San Diego 3

5º Centauros 0

6º Brummers 0

Charrua x FarraposBrummers x San DiegoCentauros x Serra

3ª RODADA

Farrapos RC segue empilhando muitos pontos pra cima dos rivais

o campeonato Gaúcho como preparação para a importan-te competição. “O ano todo a gente faz em função desse campeonato brasileiro, a meta é chegar pelo menos nas semi-finais. Ano passado o Farrapos ficou na 5ª colocação, esse ano a meta é que possamos realizar um trabalho melhor e chegar pra disputar o título”, finaliza o treinador.

Seleção Brasileira em Bento Gonçalves

Em maio, é a vez da Seleção Brasileira de Rugbi jogar em Bento Gonçalves. A partida é contra a seleção do Paraguai. O jogo ocorre no dia 9 de maio, e é válido pelo campeonato Sul-Americano de Rugby XV. Deve ocorrer a partir das 13h, no estádio da Montanha. Tor-cedor do Rugbi já pode ir re-servando essa data na agenda.

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Sábado, 4 de abril de 2015 31Esporte

Um jovem talento começa a despontar no esporte da re-gião, e ele tem apenas nove anos de idade. Seu nome é Gustavo Pegoraro, e ele dis-puta a 5ª edição do Campeo-nato Regional da Serra de Kart, que começou no dia 22 de março em Farroupilha. A primeira etapa contou com a participação de 61 pilotos, de diversas cidades.

Correndo pelo segundo ano na categoria Cadete, nessa

Pegoraro desponta como jovem promessa no Kart

Automobilismo

Down Hill

Casagranda conquista panamericanoO jovem piloto faz parte da equipe ADHV de Bento Gonçalves, que já conquistou bastante destaque em competições

Geremias [email protected]

Desde 2013 o bento-gonçal-vense Leonardo Casagran-

da, de 15 anos, pratica o Down Hill, modalidade do Mountain Bike que consiste em descer o mais rapidamente possível um dado percurso. Agora a recompensa veio, com o título panamericano na categoria ca-dete, conquistado na cidade de Cota, na Colômbia, no dia 28 de março. Ele integra a equipe da ADHV, de Bento Gonçalves, muitas vezes campeã no cená-rio gaúcho deste esporte.

A modalidade do Down Hill nasceu na Califórnia (EUA), na segunda metade da década de 1970. Depois foi se espalhando pelos quatro cantos do planeta. O primeiro campeonato mun-dial foi disputado somente em

Pádel

1990, no Colorado (EUA).Leonardo Casagranda come-

çou se interessar pelo esporte ao assistir competições e vendo amigos em ação. Tendo como referência no esporte o Austra-liano Sam Hill, de 29 anos, que foi duas vezes seguidas o cam-peão do UCI World Downhill em 2006 e 2007, ele revela que a competição foi muito difícil.

Emocionado, lembra do apoio que recebe. “Gostaria de agradecer a minha família, meus amigos e a equipe ADHV pela força, agora é seguir forte com os treinos e esperar pelos próximos campeonatos”, de-clarou Casagranda.

Agora ele planeja continuar treinando forte e disputar cada vez mais campeonatos. “A pró-xima meta é participar dos campeonatos World Cup”, dis-se o jovem atleta. O atleta de 15 anos fez bonito no desafio e trouxe o primeiro título da modalidade para o Brasil

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O Pádel vem crescendo no Brasil. E em Bento Gonçalves tem representantes preparados para as competições. Um exem-plo disso são os irmãos Juliano e Lucas Bergamini. Juliano pra-tica o esporte há mais tempo, já Lucas ainda almeja disputar um Mundial Sub-18 que irá ocorrer no México no final de 2015.

O fato é que eles começaram com o pé direito no Circuito Gaú-cho de Pádel. Foram os vencedo-res da primeira etapa da compe-tição, disputada no domingo, 29 de março, em Caxias do Sul.

Juliano e Lucas Bergamini disputaram quatro partidas e venceram todas. Na decisão, eles bateram a dupla Roger Lisboa e André Freitas por 2 sets a 0, parciais de 6/1 e 7/5. A dupla volta a jogar pelo Cir-cuito Gaúcho de Pádel nos dias 1º, 2 e 3 de maio, em Santana do Livramento, valendo a se-gunda etapa da competição. Devem ocorrer ainda mais cin-co etapas no cenário gaúcho.

Eles também disputam o cam-peonato Brasileiro, e em etapa realizada no mês passado, em Porto Alegre, chegaram até as semifinais da competição. Se-gundo Lucas, o campeonato foi

Irmãos Bergamini vencem etapa

A dupla ganhou a disputa da primeira etapa do campeonato gaúcho

muito disputado. “O Padel não é muito divulgado no Brasil, mas nessa etapa do campeonato Bra-sileiro, cerca de 150 duplas par-ticiparam”, comenta.

De acordo com ele, a rotina de treinos é intensa. “Treina-mos todos os dias, não importa se tem campeonato ou não. De

manhã geralmente é treino físi-co, e de tarde, treino com bola na quadra”, explica. Sobre o Mundial Sub-18, ele afirma que pretende participar. “É o meu último ano nessa categoria, es-tou procurando outro atleta pra compor a dupla, e tem as fases seletivas ainda”, projeta.

primeira etapa o piloto con-quistou a segunda colocação nas duas baterias disputadas.

Gustavo contou com o apoio e a torcida de familiares e amigos. O bento-gonçalvense briga pelo título com outros 12 competidores da categoria. A próxima etapa do Regional da Serra acontece nos dias 16 e 17 de maio, em Farroupilha. A expectativa é de muito cres-cimento na carreira do jovem talento de Bento Gonçalves.

Piloto de nove anos de idade começa a conquistar bons resultados

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