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Filiado à CUT/FENAJUFE BOLETIM SEMANAL 05 de junho de 2014 Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal N o dia 3 de junho, o diretor-geral do STF levou a proposta consolidada de reajuste para os servidores do Poder Judiciário à Câmara dos Deputados. Enquanto isso, o Ministério Público ainda não se pronunciou oficialmente sobre a proposta de seus servidores. O Grupo de Trabalho instituído para dis- cutir a valorização dos servidores do MPU não deu em nada. O Sindjus apresentou JANOT, CADÊ O DIÁLOGO proposta e ficou sem resposta. No dia 30 de Maio expirou o prazo para as prévias orçamentárias serem encaminhadas. O Judiciário fez a sua parte, já o MPU... O Sindjus, tanto diretamente ao secre- tário-adjunto da PGR, Danilo Dias, quanto por meio de oficio ao PGR, solicitou que os valores correspondentes ao reajuste dos servidores dos ramos do MPU fossem inclusos nessa proposta orçamentária. Em razão do descaso com que o PGR, Rodrigo Janot, tem tratado questões de interesse dos servidores do MPU, sobre- tudo, no que diz respeito à proposta de reajuste salarial, o Sindjus dá publicidade a uma carta aberta ao Procurador-Geral da República explicando com detalhes o processo de nossa desvalorização salarial e cobrando providências imediatas para solucionar esse impasse. Inúmeros pedidos de audiência e ofícios não tiveram retorno algum. O PGR, que prometeu uma gestão dife- rente da anterior no tocante à valori- zação dos servidores e ao diálogo com os sindicatos, calou-se dando as costas aos servidores. O que o PGR está esperando? O que o PGR pretende com tudo isso? São per- guntas que só ele pode responder. EM CARTA ABERTA, SINDJUS COBRA PGR CENSURADO: PROIBIDA A DISTRIBUIÇÃO NA PGR A carta, que será encaminhada ao próprio Janot e amplamente divulgada, afirma que a defasagem salarial dos ser- vidores em relação à inflação acumulada desde a aprovação do nosso último plano está em torno de 40% e que nosso abis- mo salarial em relação a outras categorias só fez crescer, pois não tivemos projeto algum de reajuste salarial aprovado do segundo mandato do governo Lula pra cá. A carta também traz a frustração com o Grupo de Trabalho do MPU ainda mais se comparado ao do Judiciário, que já levou a proposta ao Congresso e incluiu os valores do reajuste nos pré- limites orçamentários. Cobrando celeridade e coerência, o Sindjus espera que com essa carta o PGR reveja a forma como vem tratando a enti- dade sindical e os servidores. ?

05 de junho de 2014 JANOT, CADÊ O DIÁLOGO...2014/06/05  · 05 de junho de 2014 Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal

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Filiado à CUT/FENAJUFE BOLETIM SEMANAL

05 de junho de 2014

Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal

No dia 3 de junho, o diretor-geral do STF levou a proposta consolidada de reajuste para os servidores do

Poder Judiciário à Câmara dos Deputados. Enquanto isso, o Ministério Público ainda não se pronunciou oficialmente sobre a proposta de seus servidores.

O Grupo de Trabalho instituído para dis-cutir a valorização dos servidores do MPU não deu em nada. O Sindjus apresentou

JANOT, CADÊ O DIÁLOGO

proposta e ficou sem resposta. No dia 30 de Maio expirou o prazo para as prévias orçamentárias serem encaminhadas. O Judiciário fez a sua parte, já o MPU...

O Sindjus, tanto diretamente ao secre-tário-adjunto da PGR, Danilo Dias, quanto por meio de oficio ao PGR, solicitou que os valores correspondentes ao reajuste dos servidores dos ramos do MPU fossem inclusos nessa proposta orçamentária.

Em razão do descaso com que o PGR, Rodrigo Janot, tem tratado questões de interesse dos servidores do MPU, sobre-tudo, no que diz respeito à proposta de reajuste salarial, o Sindjus dá publicidade a uma carta aberta ao Procurador-Geral da República explicando com detalhes o processo de nossa desvalorização salarial e cobrando providências imediatas para solucionar esse impasse.

Inúmeros pedidos de audiência e ofícios não tiveram retorno algum. O PGR, que prometeu uma gestão dife-rente da anterior no tocante à valori-zação dos servidores e ao diálogo com os sindicatos, calou-se dando as costas aos servidores.

O que o PGR está esperando? O que o PGR pretende com tudo isso? São per-guntas que só ele pode responder.

EM CARTA ABERTA, SINDJUS COBRA PGR

CENSURADO: PROIBIDA A DISTRIBUIÇÃO NA PGR

A car ta, que será encaminhada ao próprio Janot e amplamente divulgada, afirma que a defasagem salarial dos ser-vidores em relação à inflação acumulada desde a aprovação do nosso último plano está em torno de 40% e que nosso abis-mo salarial em relação a outras categorias só fez crescer, pois não tivemos projeto algum de reajuste salarial aprovado do segundo mandato do governo Lula pra cá.

A car ta também traz a frustração com o Grupo de Trabalho do MPU ainda mais se comparado ao do Judiciário, que já levou a proposta ao Congresso e incluiu os valores do reajuste nos pré-limites orçamentários.

Cobrando celeridade e coerência, o Sindjus espera que com essa carta o PGR reveja a forma como vem tratando a enti-dade sindical e os servidores.

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Page 2: 05 de junho de 2014 JANOT, CADÊ O DIÁLOGO...2014/06/05  · 05 de junho de 2014 Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal

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ÇA? LUTA PELA VALORIZAÇÃO

POR TEMPO DE SERVIÇOEmbora Janot tenha assumido o cargo anunciando o início de um

novo tempo, tudo continua como sempre na PGR. Em cinco tópicos, confira que não há diferença alguma entre a gestão do novo e do an-tigo procurador-geral da República.

1. A Censura de Informação vivida hoje é a mesma de antigamente, o Sindjus é impedido de entregar boletins e outros materiais no interior da PGR. Atenção: Em todos os outros ramos do MPU e órgãos do Judi-ciário o Sindjus tem livre acesso.

2. O fato de não receber o Sindjus para discutir a pauta dos ser-vidores não é novidade. Durante a Era Gurgel o comportamento foi o mesmo. Importante dizer que todos os procuradores dos outros ramos e presidentes dos tribunais, inclusive o presidente Joaquim Barbosa, receberam o sindicato. O único inacessível é Janot.

3. A prática de não responder qualquer comunicação oficial en-caminhada pelo sindicato segue como antigamente. Nada mudou.

4. A ofensiva contra servidores em dias de ato em frente à PGR é idêntica ao período de repressão de Gurgel. Os por tões são fechados até mesmo para os servidores da casa. Além da segu-rança terceirizada, o apoio de força policial impediram que os servidores do MPU adentrassem ao prédio da Procuradoria-Geral da República.

5. Assim como quando Gurgel estava à frente do MPU, a administra-ção não apresenta proposta alguma de valorização dos servi-dores e também não dá assunto às que são encaminhadas pelo sindicato. Descaso total.

No dia 30 de maio, o Sindjus per-correu os gabinetes dos senadores buscando apoio para apresentação de duas emendas que dizem respeito à volta do adicional de serviço aos servidores do MPU.

A PEC 63/2013 está no Plenário do Senado Federal com intuito de criar uma parcela indenizatória de valorização por tempo de serviço na Magistratura e no Ministério Público. Nada mais justo que os servidores também sejam valorizados pelo tempo de casa.

Para o sindicato, trata-se de uma questão de isonomia de tratamento, uma vez que não pode haver essa diferenciação entre membros e ser-vidores quanto a um direito como o pleiteado. A PEC 63 possibilita um ganho de até 35% líquido sobre o valor do salário.