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5/16/2018 07 Case Renault - slidepdf.com
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Cminhod excelênci
A busca por resultados superiores quanto àqualidade e à produtividade das operações levasetores da indústria automobilística a implantarsoluções para o controle de contaminação
por Crlos Sbri e alberto Srmento pz
m dos mais importantes segmen-
tos econômicos, a indústria au-
tomobilística vem, ao longo das duas
últimas décadas, incorporando cada
vez mais soluções para o controle de
contaminação. O investimento se jus-
tica plenamente, visto que amplia a
produtividade da operação, reduz os
riscos ambientais e é importante para
atender os desejos dos consumidores.
Atualmente, o processo de pintura, a
usinagem de peças para os motores e
sistemas de transmissão, a produção
de vidros e faróis e a montagem do
U sistema de injeção eletrônica (veja ma-
téria sobre a Perkins na pág. 18 ) são as
principais etapas do processo industrial
automotivo que se valem da tecnologia
de áreas limpas.
Segundo o gerente técnico comer-
cial da Caml Farr para a América Lati-
Linha de
montagemda Renault
F o t o : D i v u l g a ç ã o / R e n a u l t
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na, Edmilson Alves, apesar da aplicação
em outras áreas, a principal delas ainda
é o processo de pintura. “As cabines de
pintura, em sua maioria, são ambientes
controlados, com restrições de acesso
e rígido controle da temperatura e da
qualidade do ar. Esse processo vem se
sosticando e está relacionado direta-
mente à busca por maior produtividade,
pois o controle do ambiente reduz o re-
trabalho, minimiza o impacto ambiental
e o desperdício de tintas, entre outras
vantagens”, explica Alves.
Em linhas gerais, o sistema de con-
dicionamento do ar aplicado nas cabi-nes de pintura estabelece um uxo de
ar unidirecional, o que ajuda a evitar o
chamado overspray , que ocorre quan-
do as partículas de tinta mudam sua
trajetória e passam a se deslocar para
a região do teto da cabine de pintura,
desperdiçando tinta (o jato de spray -
ca descontrolado), além de minimizar o
risco de as partículas secarem e trans-
formarem-se em um novo problema,
que gerará retrabalho, já que essas
partículas irão de encontro às peças.
A questão do controle nas cabi-
nes de pintura merece, inclusive, uma
recomendação normativa do IEST
– Instituto de Ciências Ambientais e
de Tecnologia. A RP-CC 029.1 – Au-
tomotive Paint Spray Automotive está
sendo adotada na América do Norte.
“A recomendação não é plenamente
aplicada, nem existe essa necessida-
de legal, porém é um indicador da im-
portância do tema”, argumenta Alves.
“Esperamos debater esse assunto no
mercado nacional para demonstrar os
benefícios ambientais, produtivos e de
saúde de se seguir essa recomenda-ção”, completa.
A Renault, montadora francesa com
três unidades de produção no Paraná
(fábrica de veículos de passeio, de
utilitários e de motores), com vendas
anuais no mercado nacional de cerca
Cabine de pintura com robôs, o que
permite menor velocidade de ar
descendente
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de 80 mil unidades em 2008, reforça
a importância do ambiente controlado
no setor de pintura. “O maior retraba-
lho é o retoque por grãos (entende-se
por grão toda partícula que marca a
superfície da carroceria, podendo ser
pó, bra, pelos, etc) e para evitar essa
ocorrência negativa temos um cuidado
especial com a área da cabine e seus
acessos. Só os envolvidos diretamente
com o processo têm acesso às cabi-
nes”, conta o responsável pelo setor
de manutenção de pintura CVU da Re-
nault, Glauco Dayle Azevedo Cezar.
Outro ponto levantado por AzevedoCezar é que na Renault do Brasil as
cabines utilizam a tecnologia Hydro-
Spyn, que oferece um ambiente onde
se controlam a temperatura, a umidade
e a velocidade vertical de ar dentro de
parâmetros que garantem a padroniza-
ção do processo. Assim, amplia-se a
produtividade da operação e elimina-se
corretamente os resíduos (sobra de tin-
ta em suspensão, por exemplo).
Na opinião de Azevedo Cesar,
existem avanços nesse setor. “Ideias
simples da própria indústria, como ado-
ção de roupas especiais para trabalho
dentro das cabines e o treinamento pa-
ra a conscientização dos operadores,
a m de manter os ambientes sempre
estabilizados, representam um avanço
cultural. Em termos de avanço tecno-
lógico, temos o desenvolvimento cons-
tante dos ltros para as CTAs (Centrais
de Tratamento de Ar), estufas e mantas
para cabines que, além de manter as
áreas isentas de partículas, diminuem
o consumo de energia”, explica.
O rocesso de intur
Maior fabricante mundial de cabines
de pintura, a alemã Durr executa proje-
tos e instalação de linhas de montagem
de veículos para pintura em regime de
turn key nas montadoras. “Essa etapa
é muito especíca, exige grande co-
nhecimento e atualização constante.
O revestimento de tinta não só protegea carroceria, como também aumenta o
apelo visual, adicionando brilho e cor,
fatores importantes para a venda. Nos-
sa função é atuar em parceria com as
montadoras para levar a excelência ao
processo de pintura. Atualmente, cerca
de 80% das cabines instaladas nas
fábricas de automóveis são da Durr”,
comenta Miguel Horvath, diretor de
Operações da Durr Brasil.
A tecnologia atual faz com que o
prédio de pintura envolva dois ambien-
tes distintos: a área de pré-tratamento
(não controlada) e a chamada clean-
room (controlada). Em linhas gerais,
a carcaça do automóvel entra na linha
de pintura para o pré-tratamento, onde
recebe a lavagem inicial e passa por
enxágues e banhos. É nessa etapa que
recebe o tratamento de superfície con-
tra a corrosão por meio de aplicação de
uma camada de fosfato.
Depois a carroceria é imersa em um
tanque para receber a chamada pintura
E-coat , que emprega eletroforese paradeposição das partes sólidas na super-
fície da carroceria e as que não sofrem
aderência são expulsas para fora da
carroceria e ltradas, minimizando ris-
cos de retrabalhos. Apenas depois des-
se processo, que inclui a passagem na
estufa de cura do E-coat, a carroceria
entra no ambiente controlado (clean-
room), que é contíguo a esse espaço.
“No cleanroom, a carroceria recebe
as camadas de primer, de base-coat
(que dá cor ao automóvel) e de verniz.
Entre as etapas, passa por estufas, lim-
peza e inspeção. O modelo é planejado
para otimizar ao máximo o uxo de ma-
teriais”, comenta Horvath.
A área mais controlada é a cabine
de pintura. Nesse ambiente, o uxo de
ar é contínuo descendente, garantindo
que as partículas em suspensão caiam
em uxo de água que circula abaixo dopiso. Para que isso ocorra, a cabine
possui teto ltrante que insua o ar para
o ambiente. A temperatura é mantida a
23ºC (mais ou menos 2ºC), umidade a
65% (mais ou menos 5%) e há também
diferença de pressão entre as áreas
para evitar contaminação cruzada. “Es-
ses parâmetros são adequados para a
aplicação de tintas a base de água. Os
sistemas de ltragem já são aplicados
N áre chmd de
cleanroom, crroceri
recebe licção
de rime, de verniz,
fz-se ré-cur e,
finlmente, recebe
licção de tint
Detalhe do robô de pintura e do tetofiltrante
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desde a década de 1970, porém há
uma evolução contínua quanto à eci-
ência dos ltros, aos sistemas de auto-
mação e ao projeto construtivo, entre
outros pontos. Também gera impacto a
modernização do processo, como, por
exemplo, a introdução de robôs para a
pintura nal. Com robôs, a necessida-
de de velocidade do ar descendente é
de 0,3 metros por segundo, já quando
o processo é feito por operadores a ve-
locidade é de 0,5 metros por segundo.
Essa diferença exige mudanças de set-
up e no dimensionamento do sistema
de ar-condicionado”, conta MathiasRunk, gerente de Engenharia Mecâni-
ca – Sistemas de Pintura e Montagem
Final da Durr.
Runk conta também que há um
cuidado especial na estufa, pois ainda
existem tintas que contêm solventes
em sua composição. Esse ingredientetóxico evapora na última estufa. “Te-
mos que garantir a ltragem a plenum
para que o solvente seja coletado e
posteriormente destruído em uma câ-
mera de combustão, junto com outros
particulados sólidos”, observa.
Quanto ao futuro, o gerente de
Engenharia Mecânica da Durr aponta
como tendência o uso de tintas pó, que
propiciam economia na produção, per-
da menor de matéria-prima e redução
da emissão de poluentes. A introdução
dessa nova tecnologia deve reforçar
ainda mais o controle de contaminação
nas cabines de pintura. “Essa é uma
experiência distante ainda, em função
dos custos elevados da tinta pó. Ou-
tra novidade é substituir a lâmina de
água que passa abaixo do térreo por
um processo de arrasto provocado por
ventiladores. A tinta em suspensão édirecionada a um ltro especial que tra-
balha em alta velocidade e que contém
um produto químico em seu interior.
Em contato com o produto, a tinta vai
se aglomerando, criando uma borra,
que pode ser incinerada ou reciclada.
Cabine de aplicação de cera
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Esse sistema, chamado de Dry Scrub -
ber , foi desenvolvido pela Durr e oferece
redução de 60% do custo de energia ede 90% da emissão de particulados. Al-
gumas fábricas no exterior já se valem
dessa nova tecnologia”, revela Runk.
a licção em vidros
Assim como as embalagens far-
macêuticas de vidro já são produzi-
das em áreas classicadas, os vidros
laminados utilizados pela indústria de
automóveis também precisam de cui-
dados especiais. Segundo o chefe de
métodos e processos da Sain-Gobain
Glass, João Carlos Valério, a utiliza-
ção da sala limpa é fundamental para
garantir produtividade. “No nosso caso
não há retrabalhos, uma vez detecta-
do um corpo estranho superior a meio
milímetro em um para-brisas ele é des-
cartado”, conta.Valério explica que além da sala
limpa, a empresa utiliza uniformes es-
peciais para o manuseio do vidro. “A
produção é em uma área ISO classe
7, fundamental para que tenhamos
êxito na confecção dos vidros lamina-
dos”, reforça. No Brasil, a Saint-Gobain
Glass está presente desde a aquisição
da Companhia Vidraria Santa Marina
pelo grupo francês Saint-Gobain.
a evolução dos
sistems de filtrgem
está relciondo à
eficiênci dos filtros,dos sistems de
utomção e do rojeto
construtivo