07/01/2015 - Jornal Semanario - Edição 3.093

BENTO GONÇALVESQuarta-feira7 DE JANEIRO DE 2015ANO 48 N°3093 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Páginas 7, 8 e 9

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Caminhões na área Central

Multas começam em 15 diasAtualmente, DMT apenas orienta motoristas. Sete empresas conseguem liminar para veículos circularem Página 10

Temporal

Vários bairros da cidade precisam de atendimento e prefeitura corre contra o tempo para abrir licitações e reparar os estragos feitos pela chuvarada

10 dias depois, muita coisa para recuperar

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Semanário na Internet

Muitos estragos e uma surpresaEditorial

Este período entre o Natal e o Ano Novo costuma reservar algumas surpresas e outro tanto de tragédias ou maus acontecimentos. A chuva torrencial depois do Natal, mesmo não sendo novidade, deixou estra-gos de difícil assimilação.

A constatação/interrogação que mais se repetiu nos últimos dias tem sido a mesma: mas agora vai ser as-sim a cada enxurrada, com inundação e estragos espalhados por todos os bair-ros? Será que não há o que fazer?

A reportagem do Semanário levou a questão ao ente público e ouviu uma reposta que pode não ser a esperada, mas é a mais realista possível. O cres-cimento exponencial da cidade e a cres-cente ocupação do solo sem o devido acompanhamento - na velocidade e na envergadura - de obras de saneamento acabaram por levar a cidade a uma espécie de falência do sistema de escoamento de suas águas.

Corrigir tudo de uma só empreitada é trabalho ine-xequível, quer pela amplitude do trabalho, quer pelo custo. Resta a alternativa de atacar por mutirão nos pontos mais críticos. E esta parece ser a estratégia

O velho bordão de que a dor

ensina a gemer cabe nesta situação

adotada pela municipalidade, que se depara com falta de recursos e de pessoal para tantos reparos em tão pouco tempo. O velho bordão de que a dor ensina a gemer cabe nesta situação. Há vinte anos ventava for-te e várias residências ficavam destelhadas. Logo os proprietários trataram de mudar o sistema do telha-do e passaram a buscar novas formas de fixação das

telhas. Hoje pouco se vê de estragos nos casos de vendavais.

Num passado recente os antigos ca-nos de 40 centímetros de diâmetro bastavam. Hoje é preciso tubos de pelo menos 100 centímetros. Faltou previsão, então agora é correr atrás para recuperar o prejuízo. E o poder público sabe que a população não as-simila este tipo de descaso que, diga-

-se de passagem, não é de agora.Já a surpresa de ano novo não deixa de trazer uma

mensagem dos novos tempos. Quis o destino que o primeiro bebê nascido em 2015 na cidade de Bento Gonçalves seja filho de imigrantes haitianos. Obra do acaso que soa como mais uma reafirmação que signi-fica algo como: eles vieram para ficar e multiplicar.

Quarta-feira, 7 de janeiro de 20152 Opinião

Começo nada promissorJá antes de ser alçado ao comando do governo

do Estado do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori – que foi eleito com ampla maioria de votos – deu mostras, através do Secretário da Fazenda, que uma promessa de campanha não seria cum-prida. A exemplo de Tarso Genro, prometeu, so-lenemente, com todas as letras, que iria acabar com o famigerado e inconstitucional (duvido que qualquer advogado consiga provar o contrá-rio) Imposto de Fronteira, que massacra, tritura as contas e a vida de micros e pequenas empre-sas. Minha afirmação de que é inconstitucional é pelo fato básico, elementar que essas empresas já pagam ICMS sobre o seu faturamento. Portan-to, pagando o desgraçado do Imposto de Fron-teira (ICMS complementar para compras feitas fora do Estado) há uma flagrante e ridícula bitri-butação. Mas, voltando ao que os políticos pro-metem e NÃO CUMPREM (e estão em TODOS os partidos esse tipo de políticos), há que se sa-lientar que o agora Secretário da Fazenda, como deputado de oposição a Tarso Genro, fez discur-sos defendendo incondicionalmente o FIM DO IMPOSTO. E ele votou a favor do Decreto Legis-lativo que acabou com esse ele, criticando o Go-verno Tarso por não ter acatado a decisão da As-sembleia Legislativa. Portanto, senhores micros e pequenos empresários, esqueçam da promessa de Sartori. Terão que depositar o valor em juízo ou pagar sem a mínima possibilidade de ressar-cimento futuro. O argumento do novo governo é

a falta que os trezentos milhões de reais que são arrecadados são “indispensáveis” para os cofres do Estado. Interessante é que “incentivos fis-cais” em valores fantásticos, concedidos a gran-des empresas jamais têm sequer cogitação de serem reduzidos, mesmo para cumprir preceitos constitucionais de tributação diferenciada para micros e pequenas empresas. Tem uma podero-sa multinacional que se comprometeu a oferecer ridículos DEZ EMPREGOS diante dos incenti-vos recebidos do generoso governo do Estado. Só que o grande empregador é, sem dúvidas, o micro e pequeno empresário. Só que esses não têm como financiar campanhas políticas e, por isso, têm reduzido seu poder de pressão. Some--se a isso o fato desses empresários ainda serem associados de entidades empresariais que só de-fendem os interesses das médias e grandes em-presas. O presidente da FIERGS, por exemplo, em artigo escrito em jornal regional, sob o título “Teste de Visão”, defende com unhas e dentes a manutenção do Imposto de Fronteira. E há mi-cros e pequenas empresas que sustentam a enti-dade. Como entender essas excrescências? Já é mais do que hora de micros e pequenos empre-sários se unirem e contribuírem a entidade que defenda OS SEUS INTERESSES, não os daque-les que já têm seus próprios defensores. Quanto ao novo governo, há outras atitudes que definem o título deste artigo: Começo nada promissor. Comentarei sobre elas, certamente.

Antô[email protected]

Quarta-feira, 7 de janeiro de 2015 3Opinião

O ano de 2014 foi muito bom para o voleibol de Bento Gon-çalves. As meninas do Bento Vôlei retornaram às quadras após vários anos e já conquis-taram o vice-campeonato gaú-cho. Além delas, duas atletas bento-gonçalvenses, oriundas do projeto local, brilharam nas quadras gaúchas.

As jovens Marília Tieppo Fer-reira e Paula Panno fizeram bo-nito na disputa do Campeonato Gaúcho de Voleibol, categoria infantil. Elas foram campeãs da competição estadual no fi-nal do ano passado e jogaram pela escola Martin Luther, do município de Estrela.

Campeãs gaúchas em 2014

Descaso na rua Avelino Menegotto

IFRS é o melhor do país

Novo secretário e subprefeito

Semáforo Semanário

PARE!

ATENÇÃO

SIGA!

Os estragos nas ruas a cada chu-va que cai em Bento Gonçalves.

Para o pagamento dos impostos e tributos do mês de janeiro.

O trabalho feito na Fiorelo Bertuol também em outras ruas da cidade.

Painel

O que será que o governador Sartori vai fazer por Bento em 2015? Nada, porque não tem dinheiro?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calarMoradores da rua Avelino Menegotto, no bairro Ouro Verde esperam há vários me-ses pela limpeza da escadaria e da rua. Segundo eles, foram dezenas de ligações para o Fala Cidadão, programa de atendi-mento da prefeitura voltado às reclamações da comunidade bento-gonçalvense.

Além do matagal que está em volta das escadas, colocando em risco a segurança de quem circula pelo local, principal-mente à noite, a rua não possui calçadas e os moradores se ar-riscam dividindo o espaço com os veículos que utilizam a via diariamente.

A situação já beira o descaso, pois em nenhuma das vezes obtiveram retorno de uma so-lução para a situação. Algumas pessoas já estudam a possibi-lidade de formarem um grupo e realizarem a limpeza do local sem o auxílio do poder público.

O Instituto Federal de Edu-cação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) foi o melhor classificado, entre os 38 institutos federais do país, no conceito médio da graduação no ranking nacional do Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC). O indicador foi divulgado no final de de-zembro pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educa-cionais Anísio Teixeira (Inep) e refere-se à avaliação do ano de 2013. Com conceito de gra-duação 3,3315, o IFRS apare-

ce com a 21ª colocação neste quesito na lista nacional das 228 universidades (públicas e privadas) e institutos federais avaliados.

Quando englobados mes-trados e doutorados, o IFRS fica na quarta posição entre os institutos federais e na 51ª entre as 228 instituições, pois ainda não oferecia cursos de pós-graduação stricto sensu no ano de 2013. Assim, a pon-tuação final de IGC foram os mesmos 3,3315 do conceito da graduação.

De acordo com o Inep, os indicadores de qualidade de 2013 comprovam que a educa-ção superior avançou nos últi-mos anos. No IGC, a maioria (81,91%) obteve conceitos 3, 4 e 5, considerados satisfatórios. O IGC resulta da média ponde-rada do Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador de ava-liação de cursos de graduação, e obedece a um ciclo de três anos, em combinação com o resultado do Exame Nacional de Desempenho dos Estudan-tes (Enade).

O prefeito Guilherme Pasin comunicou na segunda-feira, 5, a saída do secretário Municipal de Desenvolvimento da Agricul-tura, Thompsson Didoné e da subprefeita do Distrito de Faria Lemos, Rejane Enderle. Dido-né, técnico agrícola e enólogo da Emater, deixa o governo muni-cipal em virtude do término do contrato de cedência firmado entre o órgão estadual e a pre-feitura que tinha prazo definido

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de dois anos. Já Rejane Enderle solicitou afastamento para con-duzir um projeto familiar ligado ao setor do turismo.

Os dois cargos serão assumi-dos interinamente por Valde-mar Finatto (E), na Agricultura e por Rudinei Heissler na Sub-prefeitura. Finatto atuava como secretário adjunto e Heissler é funcionário público do quadro dos servidores efetivos da Secre-taria da Agricultura.

Paulo Vicente Caleffi

Crônica

Quarta-feira, 7 de janeiro de 20154 Geral

“Molhando” os dedos- “Desculpe! O dinheiro está meio colado!”O cara contava as notas de reais e vez por

outra ele molhava os dedos na língua. Isto mesmo: NA LINGUA, NA SALIVA.

Muita gente faz isto, molhar o dedo na língua, quando tem que passar folhas de papel, contar dinheiro, passar a folha de jornal e do livro. Lembram daquele filme: “O NOME DA ROSA”. Pois é! O assassino usou veneno na folha do livro e quem molhou o dedo para passar a página “foi pro beleléu”, literalmente. O livro era considerado pornográfico por um dos monges do monastério.

É uma hábito antigo este de molhar a língua mas, no passado, lembro do Gava na tesouraria do Banco do Brasil e lá se usava uma almofada úmida que tinha a função, porém mais higiênica. Hoje as máquinas é que contam o dinheiro no banco.

Vez por outra eu também me encontro “molhando o dedo” ....

Fato muito interessante deu-se quando em uma lanchonete, cujo nome vou omitir, solicitei um FARROUPILHA COM SALAME. Lá em Porto Alegre é o nome dado para um pão francês, “cacetinho”, untado na manteiga, recheado conforme a preferência do freguês: presunto, queijo, salame, mortadela...

Pois o atendente foi muito solícito e na minha frente cortou o salame na máquina de fatiar em finas e abundantes fatias. Na hora de formatar o lanche, pasmem: O RAPAZ MOLHAVA O DEDO NA BOCA E PEGAVA CADA UMA DAS FATIAS DE SALAME PARA COLOCAR NO PÃO. Incríííível, tchê!

Não tive coragem de chamar a atenção do indivíduo e, para aumentar a desgraça, já havia pago pela “meleca”.

Mandei embrulhar e, numa das esquinas que passei, dei para um andarilho, da turma dos “sem teto”, e avisei:

- “Olha moço! Não comi porque o cara da padaria experimentou as fatias de salame na língua, uma por uma, antes de colocar no pão”.

O andarilho respondeu:- “Já comi coisa pior! O tio tem aí um

dinheirinho para o café?” ...Dei uns pila e segui a viagem, com fome e

pensando na vida.

Espumantes puxam vendas de Ano-Novo

A preocupação com uma ceia de Natal de qualida-

de e o aumento das crenças e superstições natalinas e de fim de ano deram o tom das compras dos gaúchos para o feriado do Ano-Novo nos su-permercados. Conforme da-dos da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), a ven-da de produtos típicos para as ceias cresceram 6% na com-paração com o mesmo perío-do do ano de 2013. O balanço do Réveillon foi fechado pelo presidente da entidade, Antô-nio Cesa Longo, que destacou a baixa procura por filtrados como um marco das festas de 2014.

Segundo Longo, os espu-mantes moscatéis nacionais ganharam espaço na ceia da Virada dos gaúchos, ficando com a venda superior ao de filtrados e sidras. “Percebe-mos a preocupação com a rea-lização das festas de Réveillon com mais qualidade, enquan-to, nos outros anos, somente a quantidade era primordial”, destaca o dirigente. Conforme o supermercadista, 95% dos espumantes comercializados pelos supermercados do Rio Grande do Sul foram produ-zidos na Serra Gaúcha. Outra bebida em destaque foram os energéticos, com crescimento de 20% na comparação com o Réveillon passado. “Para muitos gaúchos, os energé-ticos ocuparam o lugar dos refrigerantes no Ano-Novo”, sugere. A utilização deste tipo de bebida também cres-ceu devido à popularização de drinks onde se mistura o energético a bebidas alcoóli-cas como a vodca ou o whisky.

Segundo Longo, uma das bebidas preferidas para as fes-tas, também teve crescimento de venda. A comercialização de cervejas apresentou alta de 12% com relação às vendas do ano passado, o que foi uma surpresa para os mercadistas.

No Natal, as vendas totais dos supermercados gaúchos registraram um crescimento nominal de 5,5% na compara-ção com a mesma festividade em 2013.

Setor alimentício

Negócios na véspera do Réveillon cresceram 6%, segundo a Agas

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Consumidores optaram por espumantes de qualidade no fim do ano

Alimentos

Com os cortes bovinos mais caros, a tradicional carne suí-na foi uma das principais car-nes vendidas deste Réveillon, com um crescimento de 18% na comparação com o fim de ano anterior. Outro prato típi-co muito procurado para a ceia foi a lentilha, com incremento de 6% nas vendas. “Este é um item que não falta na mesa dos gaúchos, devido à superstição que já está consolidada. O gaú-cho mostrou-se mais preocu-pado do que nunca em garantir vibrações positivas na Virada”, observa Longo.

Se na média estadual as ven-das cresceram 6%, nos super-mercados do Litoral a média de crescimento chegou a 15% na comparação com o fim de ano anterior, devido à maior migração de gaúchos para a região. O número mais alto de pessoas nas praias também se deve aos dias da semana em que os feriados caíram, já que muitas pessoas, mesmo sem férias, puderam apro-veitar o feriadão. Os itens de camping, como cadeiras de praia, tendas e caixas térmi-cas, também foram produtos muito procurados pelos con-sumidores.

Quarta-feira, 7 de janeiro de 2015 5Geral

RGE se reúne com o Poder Público

Os postes e o cabeamento de energia elétrica de Bento

Gonçalves foram assunto na Câmara de Vereadores nos últi-mos dias de 2014 e, após a san-ção do prefeito, a Lei requere que a permissionária Rio Gran-de Energia (RGE) realize o ali-nhamento e a retirada dos fios inutilizados nos postes de luz. Além disso, a medida obriga a empresa a notificar as demais empresas que utilizam os pos-tes como suporte de seus cabea-mentos. Porém, a RGE diz que já realiza o que está sendo soli-citado no texto da norma e que terá reunião nesta quinta-feira, 8 de janeiro, com o prefeito Guilherme Pasin para esclare-cer o fato.

O gerente de relacionamento com o Poder Público e o Grupo A da RGE, João Pedro de Qua-

Postes de luz

Após sanção do Projeto de Lei que torna a empresa a responsável pela fiação, companhia afirma que já exerce o trabalho

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Vitória [email protected]

Muitos cabeamentos estão em situação precária ou caídos pela calçada

dros, explica que a empresa foi notificada sobre a medida, mas que uma reunião com o pre-feito e os demais responsáveis pela medida precisa ser feita para que eles possam com-preender melhor qual é o obje-tivo do Poder Público com isso. “Nós ficamos um pouco con-fusos porque não entendemos o pedido. Nós já realizamos o trabalho que está sendo solici-tado pela prefeitura”, explica.

Segundo Quadros, a RGE não tem uma equipe de inspe-ção que verifica assiduamente os fios, entretanto, nas saídas para trocas e consertos de ca-bos e postes, os agentes obser-vam possíveis problemas com os cabeamentos das demais empresas e, mais tarde, as no-tificam. “Nós notificamos as demais empresas e estipula-mos prazos para que elas fa-çam reparos nos seus fios, isso é um serviço que a empresa

presta faz anos”, completa. Ele destaca que os cabos que

apresentam maior risco são os de energia elétrica, já que po-dem causar curtos circuitos e choques. Os demais fios, quan-do caídos ou cortados, segun-do ele, apresentam risco para o trânsito, caminhões altos ou ônibus. Porém, o Projeto de Lei do vereador Moisés Scussel (PMDB) alega que a poluição visual também aumenta com o desleixo com os postes e cabos.

Quadros diz que a equipe da RGE irá conversar com o pre-feito Pasin, com o vereador e com os demais responsáveis pela Lei para avaliar o que é possível fazer. “Vamos con-versar com todos para saber o que podemos fazer em con-junto. Acredito que o trabalho em equipe será mais eficiente e poderemos chegar a um resul-tado para melhorar esta situa-ção”, finaliza.


Vestibular UFRGS

Última prova será aplicada hojeNeste ano, em Bento Gonçalves, 2.853 candidatos realizam o exame que dá direito a uma vaga na Universidade Federal

Para milhares de estudan-tes gaúchos, o dia de hoje

representa o final de uma in-tensa e cansativa maratona de estudos. Será realizada na manhã desta quarta-feira, 7 de janeiro, a última prova do vestibular 2015 da Universida-de Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Os testes estão sendo aplicados em seis ins-tituições de ensino de Bento Gonçalves e também nas ci-dades de Porto Alegre, Imbé e Tramandaí.

Neste ano, o vestibular teve 39.849 inscritos (com 20% de abstenção), sendo que destes, 2.853 optaram por prestar as provas em Bento. Para cente-nas deles, a aprovação no ves-tibular é o único meio de rea-lizar um curso superior, já que não têm condições de pagar por uma faculdade particular. O gabarito está sendo divulga-do no dia anterior às provas, mas o resultado está previsto somente para o dia 17 de janei-ro, pois depende da divulgação dos resultados do Enem.

Durante os quatro dias de testes, a movimentação na cidade foi intensa. Além dos bento-gonçalvenses, mui-tos candidatos de cidades

Silvia [email protected]

vizinhas se hospedaram no município para a realização do exame. Como é o caso de Georgia Ciotta, 17 anos, de Nova Prata. “Estou em uma pousada aqui da cidade, mas não vejo a hora que termine,

Movimento era intenso no Colégio Landell de Moura, uma das seis instituições onde a prova era aplicada

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Candidatos revelam não ter tido dificuldades na redação

é realmente muito cansativo. Ainda mais porque também temos provas à tarde do curso pré-vestibular, como forma de reforço”, comenta a estu-dante, que tenta uma vaga no curso de nutrição.

Ano de 2015 estámais competitivo

Para o diretor do Grupo Uni-ficado, que realiza cursos pré--vestibular, Vagner Jardim da Cruz, o vestibular da UFRGS

deste ano inclui questões mais difíceis em relação a 2014. Além disso, ele nota que o exame vem se tornando mais competitivo ao longo dos anos. “As questões da UFRGS têm um perfil diferen-ciado, que exige mais da capa-cidade de interpretação de texto dos alunos, e eles estão sentindo mais dificuldade nisso. Todas as questões, não só na Língua Por-tuguesa, tem pequenos textos ou gráficos para os candidatos interpretarem”, comenta.

O diretor, que também é pro-fessor de geografia, acredita que os estudantes estão tendo mais dificuldades em função da preparação tardia para o exa-me. “Acredito que precisamos ter mudanças no Ensino Médio, pois os alunos não estão sendo bem preparados, o conheci-mento precisa ser interdiscipli-nar. Claro que um bom desem-penho também depende muito do aluno, não adianta querer revisar três anos em apenas al-guns meses”, opina.

Apesar de ser diretor do Uni-ficado, ele afirma que somente a realização de um curso pre-paratório não é suficiente para passar no exame. “O curso ser-ve como reforço e revisão, mas muitos alunos chegam até nós esperando aprender o conteú-do. Percebo que falta essa base do Ensino Médio”.

O tema da redação do ves-tibular 2015 da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) era sobre o que é a amizade verdadeira e o im-pacto da internet e das novas tecnologias nas relações. Para os candidatos entrevistados pelo Semanário, o assun-to não gerou dificuldades na hora de defender o ponto de vista na dissertação. A reda-ção foi aplicada no segundo dia do exame, junto com a prova de Língua Portuguesa.

Roni Kafer Nobre, 17 anos, natural de Marau, tenta uma vaga no curso de medicina da faculdade. Ele já havia reali-zado a prova no ano passado, como treineiro, e desta vez considerou o teste mais difí-

Natural de Marau, Roni busca por uma vaga no curso de medicina

Caroline conta que não teve dificuldades para escrever

cil. Apesar disso, a redação, na opinião do estudante, teve um tema fácil de debater. “Te-nho facilidade em português, mas, em compensação, na li-teratura ainda tenho muitas dificuldades”, disse ele, en-quanto conferia os gabaritos.

A bento-gonçalvense Ca-roline Weirich, 17, conta que não esperava por um tema “tão tranquilo”. “Realizamos várias redações de temas an-teriores nos cursinhos pre-paratórios, então estava com medo que fosse algo mais difícil de debater. Mas falar sobre amizade não foi um problema. Minha maior difi-culdade é a prova de matemá-tica, acho que essa será a pior das matérias”, comenta.

A estudante tenta uma vaga para o curso de odontologia e, além do curso pré-vestibular, também realizou exercícios diários ao longo do ano. “Mas agora não adianta estudar o que não foi visto ao longo do ano. Nestes dias, eu faço no máximo uma revisão de cada disciplina, para refrescar a memória”, orienta Caroline.

As colegas Ana Carolina Bi-sinella da Silva, 17, Barbara Guarese, 18, e Alice Pasqua-li, 17, também consideraram fácil o tema de 2015 sobre amizade. “Não tive dificulda-des para debater e o restante da prova também foi dentro do esperado. É um tema que todos conseguem escrever so-bre”, revela Barbara.


A verdadeira história sem fim

Mais uma vez o bento-gon-çalvense se deparou com

uma situação que parece não ter fim. O cenário é sempre o mesmo, a cada novo temporal que atinge a cidade, ruas são completamente arruinadas, ca-sas inundadas, muros se rom-pem e vêm ao chão, móveis, roupas, calçados e até mesmo veículos são destruídos ao som de uma tenebrosa sinfonia de choros, lamentações e protestos vigorosos de seus proprietários. Como era de se esperar, a cena também se repetiu no temporal do dia 26 de dezembro, quando dezenas de estragos foram con-tabilizados por toda a cidade, deixando o contribuinte com uma pergunta ecoando em sua mente: até quando essa situa-ção vai continuar?

Estragos da chuva

Temporal do dia 26 de dezembro danificou 25 ruas, além de causar alagamentos e prejuízos que passam de R$ 1 milhão

Moradores do Imigrante viveram tarde de terror

Cristiano Migongeral [email protected]

Rua Beatriz Dall’Onder ficou completamente destruída após as chuvas

Pela terceira vez em menos de um ano, rua Antônio Michelon no Santa Rita ficou seriamente danificada

A enorme cratera que se formou na rua Mario Morassutti preocupa os motoristas que trafegam pelo local

Moradores realizaram um mutirão para limpar as casas alagadas

Os piores estragos foram regis-trados no bairro Imigrante, devi-do a sua localização topográfica íngreme, a força da água invadiu sete residências, deixando uma família desabrigada e outra em situação de risco. De acordo com o relato dos moradores, a situa-ção ficou ainda mais tensa ao en-trarem em contato com o Poder Público e serem informados que naquele momento nenhuma aju-da poderia ser cedida. “Em época de campanha tiveram a capaci-dade de vir pedir voto e prometer que resolveriam este problema. Mas, além de não realizarem a obra prometida, ainda negam ajuda quando pedimos”, desa-bafa Terezinha Invernizzi, que teve a casa invadida pelo esgoto. Segundo ela, no decorrer dos 39 anos que reside na rua João Ca-sagrande, a situação já se repetiu inúmeras vezes. “Mais uma vez a água estragou móveis, tapetes e a máquina de lavar roupas. Sem contar o cheiro do esgoto que fica impregnado por dias. Não aguento mais essa situação e nin-guém toma nenhuma providên-cia” relata.

Sem o auxílio imediato da pre-feitura, centenas de pessoas da vizinhança se solidarizaram para ajudar os moradores mais preju-dicados. Uma multidão de rodos, vassouras, baldes, panos e man-

gueiras cruzavam rapidamente de um lado a outro na rua Pedro Maragno Sobrinho, uma das mais afetadas pela enxurrada. “É triste ver a minha casa neste esta-do. Pior, é ligar para a prefeitura para pedir ajuda e ouvir um não. Estamos revoltados, pois há mais de 30 anos vivemos com essa si-tuação e fica cada vez pior. Não entendo porque não canalizam o esgoto” comenta a dona de casa Nelci Buckel Alessi, que perdeu móveis e eletrodomésticos no temporal.

O susto também foi grande na residência do aposentado Silvino da Rosa. Segundo ele, devido ao transborde de um açude locali-zado acima de sua residência, a água derrubou uma mureta de contenção, alagando a parte in-ferior de sua residência. “Tinha quase um metro e meio de água dentro de casa. O casal que mo-rava de aluguel aqui é natural de Santiago e não conseguiu salvar praticamente nada. Sem paren-tes ou conhecidos eles agora es-tão em uma situação financeira muito complicada”, diz.

Ao todo, aproximadamente 25 ruas sofreram avarias em diver-sos bairros da cidade contabili-zando um prejuízo, segundo o secretário da SMVOP Sérgio José Gabrielli, de mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos.

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Lar da Caridade

Instituição precisa de auxílio Entidade perdeu 2,5 toneladas de alimentos em função do alagamento que invadiu a sede no bairro São Francisco

Depois de ajudar milhares de pessoas ao longo do ano,

agora é o Lar da Caridade que pede socorro à população de Bento Gonçalves. A instituição, que presta serviços a pessoas carentes, perdeu 2,5 toneladas de alimentos nos dias 26 e 27 de dezembro, por causa das fortes chuvas que alagaram a sede do Lar, no bairro São Francisco. Milhares de roupas também fo-ram perdidas, mas segundo os voluntários, a principal necessi-dade no momento é de alimen-tos não perecíveis.

Glademir Antonio José, vo-luntário na entidade, conta que foi avisado sobre a inundação ainda na noite de sexta-feira, dia 26. Por causa das fortes chu-vas, o encanamento estourou e a água atingiu a altura de até meio metro dentro do Lar. “Nos ligaram para avisar que estava entrando água do esgoto. Quan-do cheguei lá, quatro dos cinco freezers já estavam danificados e toda comida estocada neles foi perdida. Um caminhão de rou-


Maior necessidade no momento, segundo os voluntários do Lar, é de arroz, feijão, açúcar, entre outros

pas também foi perdido, mas já recebemos bastante doações disso”, lembra. Ele informa que arroz, feijão, açúcar e massa são

Para a Defesa Civil, esta foi a pior tempestade em 2014

Famílias de Bento Gonçalves perderam tudo o que tinham em casa Água atingiu a altura de até 1,5 metro em algumas residências

Entre os dias 26 e 27, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) prestou auxílio em diversos pontos no município. Segundo o órgão, foram atendidos 12 chamados naquele final de semana, sen-do que o local mais afetado foi o Lar da Caridade.

O coordenador do Comdec, Gilmar Reginato, explica que o número de atendimentos é elevado e classifica a enxur-rada como a pior do ano de 2014. “Parece pouco apenas 12 lugares, mas levando em con-sideração todo o trabalho que precisa ser feito em cada um deles, é bastante. Só no Lar da Caridade, foram feitas cinco viagens para retirar tudo que foi perdido. Começamos a tra-balhar às 6h no sábado, sendo que já havíamos atendido al-gumas casas na sexta-feira à noite. Ficamos até às 22h au-xiliando pessoas e retomamos no domingo. Foram realmente

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alguns dos itens que a entidade mais precisa no momento.

No sábado, José voltou ao Lar e, com ajuda dos demais volun-

tários, trabalhou das 4 até às 17 horas, limpando os estragos da enchente na sede da entidade. A Coordenadoria Municipal de

Defesa Civil (Comdec) chegou ao local às 8h. “Eles nos auxi-liaram muito, atenderam nosso chamado imediatamente e se prontificaram a nos ajudar no que fosse preciso”, lembra José.

Os voluntários do Lar pedem ajuda da comunidade, pois o prejuízo também prejudicou o trabalho que é feito nas co-munidades carentes. “A cida-de como um todo foi atingida, então além de perdermos to-neladas de doações, também estamos com mais dificuldades para ajudar as outras pessoas atingidas”, diz José.

Fundado em 2000, o Lar da Caridade tem como principal objetivo promover ações que possam auxiliar as pessoas ca-rentes. Entre essas ações, des-tacam-se os almoços serviços de forma gratuita todos os dias, oficinas de corte e costura, visita e distribuição de cestas básicas à famílias carentes. Além dos trabalhos sociais, a casa tam-bém funciona como um Centro Espírita, que realiza atividades voltadas à doutrina, tendo como base o pensamento Kardecista que busca o reequilíbrio e a paz.

muitos danos”, conta. Reginato explica que, em to-

dos os casos atendidos, o pro-blema foi o mesmo: a tubula-ção, que não resistiu a grande quantidade de água e estourou. O problema é histórico em Ben-to Gonçalves, já que os canos

do esgoto são muito antigos e precisam ser trocados. “Mas isso vai levar anos até ser resol-vido, as obras são muito caras e geram muitos transtornos. Pre-cisaríamos de milhões de reais para resolver o problema e o Estado está endividado, então

isso ainda vai demorar para ter uma solução”, comenta.

Em Bento, os locais mais atin-gidos foram os bairros Imigran-te, Zatt, Municipal, entre outras comunidades do interior, como Linha Paulina. Em algumas ca-sas, a água chegou a atingir a

altura de até 1,5 metro. “Mui-tas famílias perderam tudo que tinham. E não adianta, pois é água de esgoto, não da chuva. E aí nesses casos não tem o que fazer, a não ser se desfazer do material para ninguém ser con-taminado”, diz Reginato.


Nova tubulação em quatro ruas

Após quase três meses de obras, a rua Fiorelo Bertuol no Borgo, será inteiramente liberada para o tráfego de veí-culos nesta quinta-feira, 8 de janeiro. A via havia sido inter-ditada após o temporal do dia 7 de novembro, quando a malha asfáltica cedeu devido à baixa capacidade de escoamento de água da tubulação no local. Com custo final de R$ 233 mil, aproximadamente 125 metros de tubos de 40 milímetros fo-ram substituídos por novos, de 60mm. Durante as obras, o

local ficou com o trânsito par-cialmente interrompido o que causou desagrado aos mora-dores e motoristas e preocu-pação aos pais dos alunos da escola Alfredo Aveline, que temiam pela segurança das crianças nos horários de en-trada e saída da escola.

Ao todo, aproximadamente 200 toneladas de asfalto serão utilizadas para selar a nova tu-bulação. Segundo a SMVOP, será possível o tráfego completo pela via a partir de quinta-feira, 8. “Ainda faltará a pintura de

demarcação, que será efetuada pelo Departamento Municipal de Trânsito (DMT) nos próxi-mos dias, porém, os motoristas poderão trafegar normalmente pela via”, comenta Gabrielli.

O termino das obras é visto com bons olhos pelo comer-ciante Marcelo Gomes. Para ele, a nova tubulação trará mais segurança ao seu negó-cio. “Sofríamos constante-mente com alagamentos por aqui, agora temos esperança de que esse problema não vol-te a acontecer”, diz.

em que já apresentamos os projetos ao prefeito, o que cus-tará cerca de R$ 3 milhões para ser concluído. Para o segundo semestre, existem outros seis pontos vulneráveis que preten-demos efetuar obras, como a rua Giovanni Grando Filho no bairro Licorsul, que tem causa-do muitos problemas aos mo-radores locais”, explica.

O secretário ressalta que até que uma obra definitiva seja

efetuada por toda a cidade os problemas irão continuar. “In-felizmente, se voltar a chover como nas últimas vezes, onde registramos a precipitação plu-vial de 66 milímetros em apenas uma hora, praticamente todas as obras de reparo que efetuar-mos terão sido em vão. Bento Gonçalves precisa que uma obra concludente seja executada em toda a cidade”, salienta.

As primeiras tubulações a

serem substituídas serão na rua Beatriz Dall’ Onder, no bairro Salgado, Mario Mo-rassutti, no Borgo, Antônio Michelon, no Santa Rita e na avenida São Roque. As obras deverão iniciar em março. Para a execução da obra, a se-cretaria também contará com o auxílio de R$ 1.260 milhões providos pela Companhia Rio-grandense de Saneamen-to (Corsan) provenientes do

Após os temporais que atin-giram a cidade nos dias 20

e 26 de dezembro, o Poder Pú-blico continua efetuando pe-quenos reparos viários na ten-tativa de minimizar os estragos causados pelas chuvas. Segun-do dados da Secretaria Muni-cipal de Viação e Obras Públi-cas (SMVOP), mais de 25 ruas foram danificadas em diversos bairros da cidade, além de ca-sas e vias alagadas, residências destelhadas, muros que ruíram e famílias que perderam seus pertences e estão desabrigadas a mercê do Poder Público. Na tentativa de por fim a situação, que se repetiu outras três vezes em 2014, o Poder Executivo aprovou, na segunda-feira, 5, um projeto em caráter de ur-gência, que visa a troca da tu-bulação pluvial de quatro ruas apontadas como os pontos mais críticos da cidade.

De acordo com o secretá-rio da SMVOP, Sérgio José Gabrielli, os projetos já estão prontos e dentro de 20 dias en-trarão em processo licitatório para contratação da empresa responsável pela execução das obras. “A meta da secretaria para 2015 é efetuar a troca da tubulação de 10 ruas, porém, esta não é uma tarefa fácil. Em primeiro plano faremos a cap-tação de verba federal para a substituição nas quatro ruas

Fundo de Gestão Comparti-lhada, arrecadado por meio de cobranças na conta de água do consumidor.

Para o empresário Gilson Maragno, cuja empresa está estabelecida próxima a um dos pontos mais afetados da cidade no bairro Salgado, a possibilidade de finalmente sanar o problema das chuvas é animadora. “A troca da tubu-lação é promessa de campanha há mais de dez anos no bairro. Para nós, alagamentos, danos à rua e a entrada do meu esta-belecimento já são rotineiros, estamos muito ansiosos pela obra que vai dar um desfecho a essa situação”, diz.

Os danos a ruas e malha as-fáltica, e os alagamentos têm origem na baixa capacidade de escoamento de água da cida-de, que ganhou mais de 50 mil moradores nos últimos 10 anos sem receber adequações ao sis-tema de drenagem de água.

Enquanto as obras definiti-vas de troca não iniciam, a pre-feitura tenta conter os estragos com operações de reparo nas vias mais afetadas na cidade e nos distritos adjacentes, po-pularmente conhecidas como tapa-buracos. “Em plena safra de uva, precisamos garantir que as estradas que ligam o interior às vinícolas estejam transitáveis, o que por infor-túnio tem sido uma realidade difícil de presenciar”, comenta o secretário Gabrielli.

Rua Fiorelo Bertuol

Luz no fim do túnel

Projeto em caráter de urgência objetiva a troca completa da canalização pluvial nos pontos mais críticos da cidade

Via será liberada na quinta-feira, 8

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Segundo a SMVOP, projetos começarão a ser licitados em 20 dias com previsão de início para março

Trecho foi parcialmente interditado após a tubulação pluvial ceder



Motoristas têm 15 dias de adaptação

Desde os primeiros dias do ano, o trânsito de Bento

Gonçalves está mais tranquilo e com menos congestionamen-to. A calmaria não é somente devido ao período de férias e ao menor número de pessoas na cidade, mas também, ao decreto que proíbe a circula-ção dos caminhões de grande porte nas imediações centrais da cidade. A primeira semana após a validação da Lei ainda é de orientação e adaptação dos motoristas, as fiscalizações e punições começam a partir do dia 15 deste mês.

O Decreto Municipal n° 8.672 regulamenta a Área de Restrição de Circulação de Veículos de Carga que prevê que veículos com mais de 9,5 toneladas poderão passar pelo Centro apenas das 19h às 9h. O secretário de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana, Mauro Moro, explica que os veículos estão proibidos, em qualquer circunstância, de circular pelo Centro e que a sua passagem pelas ruas que foram determi-nadas são exclusivamente para a realização de entregas. Veí-culos com peso superior a 25 toneladas não poderão passar pelo local, exceto se o motoris-ta portar uma autorização da prefeitura e se ele estiver escol-tado pelo poder público.

Mesmo com a rigidez da me-dida, os primeiros quinze dias após o decreto ainda serão de adaptação dos motoristas e do comércio local, que precisa ajustar as suas cargas e des-

Nem todas as empresas fi-caram satisfeitas com a res-trição da circulação dos cami-nhões e algumas acionaram o poder judiciário para contes-tar o direito de transportar matéria prima e os produtos da sua empresa pelas ruas centrais. Segundo Mauro Moro, sete empresários con-seguiram liminares na justiça para poder trafegar com os caminhões de grande porte pelas ruas onde os demais fi-

Caminhões fora do Centro

A medida passou a valer no primeiro dia do ano, mas as multas serão aplicadas somente depois da quinta-feira, 15

Empresas têm liminar para circular

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Vitória [email protected]

Ruas onde a circulação está proibidaRua Benjamin Constant, Rua Dr. Casagrande (da Rua Olavo Bi-

lac até Rua Candido Costa), Rua Gilberto Tim, Rua Félix da Cunha, Rua General Osório (da Rua Marechal Floriano até Rua 13 de Maio), Rua Saldanha Marinho até Rua 13 de Maio, Rua Cândi-do Costa, Rua Julio de Castilhos até Rua 13 de Maio, Rua Dou-tor Montaury, Rua Maceió, Rua Barão do Rio Branco, Rua Mare-chal Floriano, Rua Marechal Deodoro, Rua Ramiro Barcelos até Rua Assis Brasil, Rua Dr. José Mário Mônaco até Rua Assis Brasil, Rua Gomes Carneiro (da Rua Marechal Deodoro até Rua Ricar-do Cainelli), Rua Doutor Antunes, Rua Marciano Cainelli, Traves-sa Baía, Travessa Piauí, Rua República (da Rua Olavo Bilac até a Rua Benjamin Constant), Travessa Bercheti e Rua Emilton Rossetti.

Secretário de Mobilidade Urbana diz que decreto deve reduzir o número de acidentes e os conflitos de trânsito

cargas para as novas normas. Moro diz que, aos poucos, as pessoas estão compreenden-do a real necessidade da mu-dança e que os comerciários estão sendo solícitos e tentan-do se adaptar. “Estou muito satisfeito porque tenho visto a comunidade se empenhar. Precisamos entender que esta é uma melhoria do coletivo e que com a adaptação de al-guns, todos serão beneficia-dos”, afirma.

O secretário destaca que está acompanhando o fluxo central e que não tem obser-vado infrações por enquan-to. Mas, da mesma forma, o Departamento Municipal de Trânsito está trabalhan-do para orientar quem ain-da tiver dúvidas ou aqueles que ainda não tomaram co-nhecimento da medida. “Eu, particularmente, não tenho observado caminhões no centro, mas é claro que nes-

tes primeiros dias nem todos sabem das mudanças e algu-mas infrações devem ocorrer. Estipulamos um prazo de 15 dias para orientar as pessoas, depois disso, acreditamos que todos já estarão cientes e res-peitando a lei”, destaca.

A partir do dia 15 de janei-ro as multas começarão a ser aplicadas, porém o secretário diz que esta será uma medida utilizada apenas em última instância. “Eu não gosto de

ameaçar os motoristas com multas, por exemplo. Se come-çarmos a observar que alguns indivíduos sempre cometem infrações, eles serão notifica-dos e, apenas como uma últi-ma opção, multados”, ressal-ta. Moro diz que o objetivo é tratar da educação no trânsito, conscientizando a população e fazendo com que as multas não precisem ser utilizadas.

Resultado só depois das férias

Moro destaca que o perío-do de férias escolares também contribui para que o trânsito esteja mais tranquilo neste pri-meiro período do ano, mas as-sim que o ano letivo começar, a população poderá sentir os benefícios que o decreto trou-xe. “A cidade está mais vazia e, por isso, o trânsito está mais tranquilo do que o normal, po-rém, quando as aulas dos jo-vens voltarem, em março, tudo voltaria a ser um caos. Agora, com a retirada dos caminhões, a diferença será visível para to-dos”, comenta.

Com a medida, Moro estima uma redução no número de acidentes e conflitos de trânsi-to. Mas, para isso, ele também pretende intensificar a sinali-zação de trânsito no primei-ro semestre de 2015 e seguir executando o plano de mobi-lidade urbana para que o trân-sito central fique ainda mais desobstruído. “Vamos dar se-quência ao trabalho que esta-va sendo realizado em 2014 e melhorar nosso trânsito cada vez mais”, completa.

caram restritos.O secretário destaca as em-

presas de construção civil que têm prédios em obra no Cen-tro e precisam que materiais como cimento e tijolos che-guem até eles. “Algumas em-presas, de fato, não aceitaram o que foi imposto e buscaram seu direito na justiça. Entre-tanto as liminares são tempo-rárias para empreendimentos como os de construção civil, por exemplo, até que a obra

seja finalizada”, explica. De acordo com a legislação,

os caminhões de coleta de lixo, do Corpo de Bombeiros, os veículos para atendimen-to de emergência, ônibus do transporte coletivo urbano e intermunicipal, veículos com de tanque de gás para abas-tecimento na rede hospitalar e prédios residenciais, guin-chos e carros de transporte de valores também têm a circu-lação liberada.


Ano Novo

Filho de haitianos é primeiro a nascerFamília que mora no bairro Licorsul agora pede ajuda da comunidade de Bento, já que tem poucas condições financeiras

O primeiro nascimento de 2015 em Bento Gonçalves

mostra a nova realidade que o município vive atualmen-te. Às 22h58min do dia 1º de janeiro, foi realizado no Hos-pital Tacchini o parto natural do filho de imigrantes haitia-nos Bendgi Loubenz. O meni-no nasceu com 3,2 quilos e 47 centímetros, e já está em casa junto com a mãe Marie Car-mide Mortume Fleurius des-de o dia quatro. “Senti muita dor na hora, mas agora estou bem e meu filho também. Ele quase não chora”, comenta.

Ela e o pai do bebê, Fede-re Bris, que vieram do Haiti para o Brasil em 2013, mo-ram no porão de uma casa no bairro Licorsul, junto com Lougens Pierre, também imi-grante haitiano e padrinho de Bendgi. A família tem poucos recursos e, por isso, as volun-tárias que atuam no Hospital Tacchini fizeram a doação de um enxoval para o menino e roupas para a mãe.

A gravidez não estava no pla-nejamento da mãe Marie. A auxiliar de produção descobriu que estava esperando um filho depois de realizar um exame, a pedido da empresa onde traba-lhava. Depois do resultado, po-rém, Marie foi demitida e hoje busca na Justiça a solução para o seu caso, que complicou ain-


da mais a situação dos pais.A família já conseguiu um

berço para Bendgi, mas tam-bém precisa de doações de ali-mentos. Quem quiser colabo-rar, pode deixar os donativos na casa dos haitianos, locali-

Bendgi Loubenz nasceu no dia 1º, às 22h58min, com 47cm e 3,2kg, e já está em casa com a família

SILVIA DA

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zada na rua Felix Fazenda, nú-mero 122, no bairro Licorsul. “Se possível, gostaríamos tam-bém de uma cadeira de bebê. Mas já recebemos muita ajuda, agradecemos a todos que doa-ram”, diz a mãe.

Mãe deixou outros cinco filhos no Haiti

Depois dos europeus terem se instalado há 100 anos na região, agora um novo movimento de imigração se iniciou. A família

de Bendgi faz parte do grupo de haitianos que, em busca de me-lhores condições, arriscaram as chances de construir uma nova vida no Brasil, deixando para trás amigos e familiares – assim como fizeram os europeus.

Os pais Marie e Bris perde-ram tudo o que tinham depois do terremoto de magnitude sete, que deixou milhares de pessoas desabrigadas no país em 2010, e por isso decidiram partir para o Brasil, deixando os outros cinco filhos no país. Antes de chegar, eles passaram pela República Dominicana, Equador e Peru, mas somente aqui conseguiram um visto.

Aqui, apesar de viverem de forma precária e de sentirem muita saudade daqueles que deixaram no Haiti, eles encon-traram condições de vida mui-to melhores do que no seu país de origem. “Aqui é muito bom, temos trabalho e moradia. Mas, apesar disso, as coisas custam muito caro aqui em Bento. É preciso ter bastante dinheiro para viver bem. E o frio é difícil de aguentar”, comenta Pierre.

Marie, Bris e Pierre afirmam que pretendem voltar ao Haiti, para visitar os familiares, mas não têm intenções de deixar Bento Gonçalves. “Tenho sau-dade deles e a família quer ver o Bendgi, mas não quero sair da-qui”, conta Marie, complemen-tando que, aqui no município, vê um futuro com dignidade e oportunidades para seu filho.

Quarta-feira, 7 de janeiro de 201512 Segurança

em 2009 e deu prazo de cinco anos para a adaptação. Com algumas fábricas prevendo o reabastecimento apenas para

fevereiro, ou até março, a fis-calização retornou ao normal. O Denatran também infor-mou, nesta segunda-feira, 5,

que não havia possibilidade para suspender a fiscalização e a multa, mas acabou ceden-do. Em Bento Gonçalves a

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Medida tem intuito de normalizar o abastecimento do equipamento a fornecedores e comerciantes

Embriagado é autuado duas vezes em oito horas

Um motorista de 47 anos foi autuado duas vezes por em-briaguez em um período de oito horas entre a madrugada de do-mingo e segunda-feira. Na se-gunda abordagem, o motorista tinha se envolvido em acidente.

A primeira autuação ocorreu na sede do Grupo Rodoviário de Bento Gonçalves, na RSC-470, por volta das 20h de domingo, 4 de janeiro. O motorista do C3 teria se recusado a fazer o tes-te do etilômetro, foi multado e teve a carteira de habilitação re-colhida. O veículo e o condutor foram liberados após a chegada

de um condutor habilitado.Mais tarde, por volta das

3h30min de segunda-feira, 5 de janeiro, o motorista se envolveu em um acidente no km 211 da RSC-470. O motorista teria per-dido o controle do C3 e colidido contra um barranco. Desta vez, o acusado de 47 anos realizou o teste do etilômetro, que acusou 0,35 miligrama de álcool por litro de ar expelido pelos pul-mões. O homem foi preso em flagrante e a fiança foi arbitrada em R$ 800. O acusado não pa-gou a fiança e foi encaminhado para o presídio.

Perigo ao volante

Dois bandidos invadiram uma cerimônia religiosa no bairro Santa Rita na noite desta segunda-feira, 5 de dezembro. Conforme as informações da Brigada Militar (BM), por volta das 21h, um indivíduo armado e com o rosto coberto com um lenço e seu comparsa, entraram no salão comu-nitário da rua Antônio Michelon e renderam 15 pessoas que participa-vam do grupo de orações. As vítimas foram trancadas no banheiro. Os assaltantes fugiram com um veículo Corolla de cor bege, com placas IOU 5640, levando uma bolsa feminina e três microfones da paróquia.

Ladrões roubam grupo de oração no Santa Rita

Extintor automotivo

Prazo para adequação prorrogadoDevido à falta do produto do tipo ABC no mercado, Denatran adia a obrigatoriedade do equipamento por mais 90 dias


Em virtude da falta de ex-tintores do tipo ABC no

mercado, o Departamento Nacional de Trânsito (De-natran) prorrogou por mais 90 dias a obrigatoriedade do equipamento em veículos automotivos. O tipo ABC é específico para combate a in-cêndios em materiais sólidos como pneus, estofamentos, tapetes e revestimentos, além de componentes elétricos e combustíveis.

A medida tem intuito de normalizar o fornecimento do equipamento aos revendedo-res, pois o item desapareceu das prateleiras, devido a gran-de demanda constatada após a resolução do Conselho Na-cional de Trânsito (Contran) entrar em vigor, em primeiro de janeiro. Segundo o órgão, a resolução entrou em vigor

procura do produto ainda não atingiu níveis críticos, porém, segundo o gerente dos Extin-tores Cenci, Maurício Amaral Dias, a empresa trabalha no limite operacional. “Tivemos um aumento de 60% na de-manda da classe ABC, porém, como já tínhamos conheci-mento da nova resolução, ti-vemos um bom tempo para nos prepararmos”, comenta.

Após os 90 dias de pror-rogação, será considerada infração, caso o motorista esteja circulando sem equi-pamento obrigatório ou ine-ficiente, podendo também re-ceber multa quem estiver com o extintor inoperante ou com equipamento em desacordo com o estabelecido pelo Con-tran. O valor da penalidade é de R$ 127,69, mais cinco pon-tos na carteira de motorista. A fiscalização também poderá reter o veículo até que haja regularização.

Um grupo armado com um facão e pedaços de madeira teria assaltado um motorista na RSC-470, em Garibaldi, na noite de domingo, 4 de janei-ro. O veículo roubado foi en-contrado horas mais tarde em Bento Gonçalves, resultando no flagrante de três indivíduos.

Conforme as informações da Brigada Militar (BM), por vol-ta das 23h30min, quatro ou cinco indivíduos teriam rou-bado um Vectra de cor prata próximo ao Trevo da Fena-champ, na rodovia estadual. A vítima teria sido agredida na cabeça e foi encaminhada por populares para o Hospital São Pedro. Além do veículo, tam-bém foram levados documen-tos pessoais e cartões de banco do motorista.

Buscas pelo veículo foram iniciadas e policiais militares das cidades vizinhas foram alertados do ocorrido. Por vol-ta das 2h50min de segunda--feira, 5 de janeiro, o Vectra foi encontrado na rua Livra-mento, no bairro Juventude,

No Trevo da Fenachamp

Ladrões roubam e agridem motorista

em Bento Gonçalves. Juliano Luís de Borba, de 25 anos, e Antônio Márcio Zonatto, de 33, moradores do bairro Bela Vista I em Garibaldi, e Joce-mar Antônio Gritti, de 36, re-sidente em Bento Gonçalves, foram detidos em flagrante. Uma mulher também estava no veículo no momento da

Três homens foram flagrados com o carro roubado no bairro Juventude

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abordagem, porém foi libera-da porque apenas estaria de carona.

Uma faca com lâmina de 20cm foi encontrada no inte-rior do veículo. Também fo-ram apreendidos uma jaqueta e um par de botinas. Dos acu-sados, apenas Borba não teria antecedentes criminais.

Quarta-feira, 7 de janeiro de 2015 13Segurança

Convocados por Tarso Genro, candidatos aprovados têm futuro incerto

Uma residência de São Va-lentim foi arrombada durante as férias do proprietário. Con-forme as informações da Bri-gada Militar (BM), por volta das 9h10min, desta segunda--feira, 5 de dezembro, o pai do morador, que está de férias na praia, encontrou a casa de três andares aberta e revirada. A cerca lateral havia sido danifi-cada e foram retirados os para-fusos da porta da cozinha. Foi roubado um veículo Peugeot 207 de cor branca, um for-no elétrico, um micro-ondas, três televisões, um telescópio, instrumentos musicais e uma arma de fogo calibre 12. Por volta das 10h40min, o veículo roubado foi encontrado aban-donado na rua das Videiras, na Linha Garibaldina, em Ga-ribaldi. O veículo estava sujo com pó de extintor, sem as ro-das e sem bateria.

Problema histórico

Efetivo da Polícia Civil diminuiQuadro de pessoal ativo encerrou 2014 com 5.269 servidores, o terceiro menor índice registrado nos últimos 33 anos

Leonardo [email protected]

O primeiro ato do novo go-vernador José Ivo Sartori

acabou por virar mais um ca-pítulo do histórico problema de efetivo da Polícia Civil no Rio Grande do Sul. O decreto publicado no Diário Oficial do Estado na segunda-feira, 5 de janeiro, paralisou, entre outras medidas, a nomeação de novos servidores estaduais, o que resultou na suspensão, pelo menos provisoriamente, a convocação de 650 aprova-dos no último concurso.

A autorização havia sido concedida no dia 26 de de-zembro pelo ex-governador Tarso Genro (PT). Na época, uma nota divulgada pelo Palá-cio Piratini informou que a de-cisão havia sido tomada, mes-mo no fim da gestão, por três razões. A primeira foi a perma-nência do delegado Guilherme Wondracek na chefia da Polí-cia Civil. A segunda, a garantia de que o caixa do Estado teria condições financeiras, segun-do a administração petista, de arcar com o impacto das novas nomeações. Por fim, os novos servidores dariam “sequência à politica de investimentos do Estado na valorização salarial e na redução dos déficits his-tóricos de efetivos da polícia”.

O decreto de Sartori, que te-ria por intenção a contenção de gastos, tornou o destino dos aprovados incertos. Conforme o chefe da corporação, por en-quanto, nenhuma medida será tomada. “Ainda não conversei com o governador nem com o secretário da Segurança so-bre o assunto. Vamos discutir a questão nos próximos dias, mas, por hora, a convocação está em suspensa”, afirmou o delegado Wondraceck.

Efetivo menor que 30 anos atrás

A Polícia Civil terminou o ano de 2014 com 5.269 servi-dores ativos. É o terceiro me-nor efetivo registrado desde 1981, conforme o levantamen-to elaborado pelo Departa-mento de Administração Poli-cial (DAP).

Nem mesmo a formatura de

Roubo a residência em São Valentim

700 novos policiais civis, sen-do 350 inspetores e a outra metade de escrivães, ocorrida no dia 11 de dezembro, evitou que o ano passado terminasse com uma redução no efetivo. Aposentadorias e pedidos de afastamentos seriam os moti-vos da diminuição de pessoal.

Desta nova turma, ainda em dezembro, Bento Gonçal-ves recebeu 10 novos agentes, sendo que seis foram aloca-dos da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), dois foram para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), um para a 1ª Delegacia de Polícia (DP) e outro para a 2ª DP. O reforço seria um terço do que foi des-tinado para a região da Serra.

Os 650 candidatos que se-riam convocados seriam os aprovados excedentes da mes-ma prova desta última turma. Eles estariam aguardando há pelo menos um ano e meio pela chance de entrar na Aca-demia de Polícia (Acadepol).

Ano Nº Policiais198119821983198419851986198719881989199019911992199319941995199619971998199920002001200220032004200520062007200820092010201120122013

31/12/2014

5.6145.9496.1516.2416.2896.0485.8475.6285.5115.6675.4415.2725.3865.5645.9336.2435.9735.7275.5645.4275.6015.5785.2255.7195.5455.3755.2295.5285.3295.9185.4585.7885.5405.269

Evolução de pessoal ativo do quadro da Polícia Civil

19831985

19871989

19911993

19951997

19992001

20032005

20072009

20112013

1981

31/12/2014

FONTE: DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL (DAP)

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Quarta-feira, 7 de janeiro de 201514 Esporte

Resultados de 4/01 Rodada de 11/01Papito 0 x 2 São CaetanoIbituba 1 x 0 OlimpiácosRosário de Pinto Bandeira 0

x 4 Gama24 de Maio 1 x 0 PSGUsinas 1 x 0 JuventusDegasperi 0 x 1 PortuguesaPrimavera 0 x 0 Rosário Armê-

nio (5 x 4 nos pênaltis)

* A partida entre Remus x Kide foi adia-da para o próximo domingo (11 de janeiro)

A partir das 13h:

Cruzeiro x ConceiçãoLajeadense x ST FutebolFachini x Seiva do Mate AFoppa x Barcelona ADestroyer x Sexta LivreSeiva do Mate B x FronteiraBarcelona B X OrtobrásBarrense X Vidraçaria MCA

Apostando na base

Chance para jogar pelo AlviazulAté a sexta-feira, Esportivo realiza peneira gratuita no campo do Municipal em busca de talentos de 15 e 16 anos

Leonardo [email protected]

Quem sonha em se tornar jogador de futebol tem

uma nova oportunidade nes-ta semana. Desde ontem, 6 de janeiro, o Esportivo realiza uma seleção de atletas de 15 e 16 anos visando a disputa do Campeonato Gaúcho sub-17. O popular peneirão é aberto ao público e a inscrição é gratuita.

Para participar basta ir a um dos dias de testes, que seguem até sexta-feira, 9 de janeiro, no campo do Municipal no tur-no da tarde, às 13h15min, le-vando o seu material de jogo, um documento com foto e um atestado médico recente (de no

A quadragésima edição do Torneio de Verão de Santa Te-reza teve início no domingo, 4 de janeiro. O estádio Colosso do Vale recebeu sete partidas do tradicional torneio de fute-bol amador da região.

Com 40 anos de disputas ininterruptas, o torneio reúne equipes de Santa Tereza, Ben-to Gonçalves, Garibaldi, Monte Belo do Sul, Muçum, São Va-lentim do Sul, Barão e Guapo-ré. As rodadas estão previstas para todos os domingos de ja-neiro, sempre no estádio Co-losso do Vale.

O destaque da primeira roda-

da ficou para a goleada de 4 a 0 do Gama sobre o Rosário de Pinto Bandeira. Na partida mais emocionante da tarde, o Pri-mavera de São Valentin do Sul precisou das cobranças de pena-lidades para passar pelo Rosário Armênio (5 a 4, após um empate de 0 a 0 no tempo normal). A partida entre Remus e Kide pre-cisou ser adiada para a próxima rodada, devido a imprevistos com ambos os times.

No próximo domingo, 11 de janeiro, o torneio segue com mais nove partidas, novamen-te disputadas no estádio Colos-so do Vale, a partir das 13h.

Futebol amador agita final de semana de Santa Tereza

40º Torneio de Verão

BGF anuncia Rafael da Rosa, ex-AfuscaReforço para a Série Ouro

Em preparação para a dispu-ta da Série Ouro, o Bento Gon-çalves Futsal (BGF) anunciou o reforço do ala Rafael da Rosa Fantes, de 23 anos. O atleta atuava desde 2012 na Afusca. O jogador foi autor de dois gols da equipe de Cachoeirinha na competição estadual do ano passado.

Em seu currículo, Rafael ostenta a artilharia do Cam-peonato Metropolitano pela Ulbra, em 2004/2005, e a par-ticipação na Seleção Gaúcha sub-15 em 2006. “O Rafael se destacou nos últimos anos, jo-gando muito bem contra nós. É um menino novo, que vale a aposta e tem tudo para dar certo com a gente”, analisou o técnico Vaner Flores.

Este é o segundo reforço anunciado pela equipe da Ca-pital do Vinho. A primeira con-tratação, ainda no ano passado, foi o goleiro Thiago Lucena, 32 anos, que atuava no Balticflora da República Tcheca. A ideia da direção e da comissão técnica é prosseguir com o projeto de va-lorização das categorias de base e dar continuidade a equipe for-mada nos últimos anos.

De acordo como técnico Vaner Flores, a intenção é investir em mais três contra-tações pontuais para montar

Pela Afusca, Rafael da Rosa chamou a atenção em partidas contra a BGF

uma equipe competitiva den-tro da realidade financeira do clube. O nome mais próximo seria do fixo Fernando Ama-ral Hoffmann, de 32 anos. O experiente atleta, com pas-sagens pela ACBF, Minas e Concórdia, estava na equipe do Lagoa Futsal.

A apresentação da equipe está marcada para o dia 2 de março, quando o técnico Vaner Flores espera ter o grupo com-pleto com 15 atletas. A estreia do BGF na Série Ouro está pre-

vista para o dia 11 de abril, em casa, contra o Teutônia.

Procura por preparador físico

A direção também intensifica a busca por um preparador físi-co. Até o ano passado, o técnico Vaner Flores acumulava as duas funções. A prioridade é encon-trar um profissional de Bento Gonçalves, porém estaria difícil encontrar alguém que se adapte a rotina de trabalho da equipe.

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máximo 45 dias). A intenção do Esportivo é recrutar pelo menos 15 jovens, de todas as posições, nascidos nos anos de 1998 e 1999.

O vice-presidente das cate-gorias de base do Esportivo, Gilson Rigo, conta que este é um procedimento normal de início de ano. “Tivemos a saí-da de atletas que estouraram a idade limite e agora precisa-mos repor o grupo. A intenção é valorizar os atletas da nossa cidade. Os jovens interessados podem participar de qualquer dos quatro dias de testes. O teste ocorre durante uma tar-de e não tem nenhum custo de inscrição”, explica.

A equipe sub-17 do Alviazul

já confirmou participação no Campeonato Gaúcho da cate-goria e analisa convites para participar de diversos torneios, dentro e fora do estado, ao lon-go do ano. A ideia é valorizar o talento dos jovens da região apostando no futuro. “Esta-mos com essa ideia de longo prazo e eu, pessoalmente, es-tou muito feliz de acompanhar este trabalho. O Espinosa está muito motivado, querendo tra-balhar desde a escolinha até o profissional. Todas as idades estão seguindo a mesma linha de ação, didática e esquema de jogo. Ele está implantando e acompanhamos grande expec-tativa”, ressalta o presidente Luis Oselame.Primeiro dia de testes reuniu jovens sonhadores e pais apreensivos

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Danilo e Adelina Marini, Roberto e Terezinha Ceresa, Mário e Rita Zuglian, Egídio

e Vera Fulanetto, Padre Jairo Gusberti, Ulisses

e Hortência Rigoni, em festividade da paróquia

Cristo Rei

Encontro entre amigas, durante a posse da AEARV. Cenira Mazzotti, Adriana Peccin, Iomara Troian e Juliana Jaconi

Leandro Bridi, Marina Selli e Erik Vieczorek, diversão no baile da Via Attiva, escola de dança

Cleide Fontanive, Enulsa Canever e Tânia Dorigon, alegres na confraternização da Bentoincorp

Cine+Animação

Integrando o programa Cultura do Saber, o Cine+Animação tem como objetivo proporcionar uma ativida-de de cultura e lazer para o públi-co infanto-juvenil. A programação inicia hoje, com a exibição do filme “Como treinar seu dragão 2”, sendo que, as sessões serão exibidas to-das as quartas-feiras até o final de fevereiro, às 15h, na Fundação casa das Artes. A entrada é gratuita e as crianças deverão estar acompanha-das de um responsável.

Pet Day Clínica São Francisco

A Clínica São Francisco de Assis comemora seu 3º ani-versário com inúmeras atrações, no próximo sábado, 10 de janeiro. A confraternização ocorrerá na Praça São Bento, das 14 às 17h, com a participação do comuni-cador Rodrigo Reis, além de diversas atrações para os animaizinhos. Participe e traga seu pet, não esquecendo que haverá arrecadação de rações para doação.

Maria Salete e Ivanir da Silva, Maria Inês e Olímpio Damian, Neljo e Serlei Frare, prestando sua homenagem na despedida do Padre Bigolin

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Datas EspeciaisDia de São Luciano da AntioquiaDia da Liberdade de Cultos

EventosMissaLocal: Santuário Santo AntônioHorário: 12h e 18hInformações: (54) 3452-1634

Cine+AnimaçãoLocal: Fundação Casa das ArtesHorário: 15hInformações: (54) 3454-5211

Datas EspeciaisDia de Santo AdrianoDia de Santo André CorsiniDia de Bispo e ConfessorDia do FicoDia do Astronauta

Divulgue seu evento: [email protected] Fone: (54) 3455.4500

Datas EspeciaisDia do LeitorDia do Fotógrafo

Agenda

Hoje

Amanhã

Sexta-feira

Dia 10 de janeiroPet Day Clínica São Francisco Local: Praça São BentoHorário: das 14h às 17hInformações: (54) 2621.5913

Programe-se

Quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

SociaisJS 15

Descendente de haitianos é o primeiro

bebê do ano

A Ediçãowww.jornalsemanario.com.br

24 páginas

Primeiro caderno .................... 16 páginasClassificados .......................... ..8 páginas

BENTO GONÇALVES

Quarta-feira7 DE JANEIRO DE 2015ANO 48 N°3093R$ 3,00

EditorialMuitos estragos e uma surpresa fala sobre o temporal e o primeiro bebê do ano

Esportivo

Meninos sonham com uma vaga no Alviazul

Página 14

Supermercado

Espumantes empurram crescimento nas vendas

Página 4

Novos extintores

Prazo para troca do equipamento é adiada

Página 12

Vestibular 2015

Provas da Ufrgs têm último dia hoje

Página 6

Sinal dos tempos

Página 11

SILVIA DA

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07/01/2015 - Jornal Semanario - Edição 3.093