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08 a 10/10/2011 188 XIX 2ª Edição * Para 274 prefeitos, a cassação - p.04 * Sem manutenção, câmara do Olho Vivo não filmam nada - p.07

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08 a 10/10/2011188XIX

2ª Edição

* Para 274 prefeitos, a cassação - p.04

* Sem manutenção, câmara do Olho Vivo não filmam nada - p.07

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A Associação Nacional dos Membros do Ministério Pú-blico (Conamp) entrou com um Mandado de Segurança, no Supremo Tribunal Federal, para tentar suspender decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que im-pediu o pagamento de gratificação a procuradores de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.

De acordo com a Conamp, o pagamento dessas gratifi-cações está previsto na Lei 6.536/1973 (artigo 64, inciso I, letra b) do Estado do Rio Grande do Sul, que assegura o re-cebimento dessa vantagem por participação em órgão de de-liberação coletiva. Com base nesta lei, o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul tem efetuado o pagamento das gratificações àqueles procuradores de Justiça que inte-gram o Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justi-ça e o Conselho Superior do Ministério Público, calculando essa vantagem pecuniária com base no valor do vencimento básico do cargo.

No entanto, o CNMP determinou que o MP do Rio Grande do Sul se abstenha de fazer esse pagamento da re-ferida gratificação, por considerá-la não recepcionada pela ordem constitucional instituída pela Emenda 19/98, acerca do regime remuneratório do subsídio.

Por discordar desse entendimento, a Conamp recorre ao Supremo para suspender a decisão e argumenta que a grati-ficação especial em análise não é paga a todos os procurado-res de Justiça do estado mas, tão somente, àqueles que fazem jus ao recebimento e apenas pelo período em que durarem seus mandatos nos órgãos de deliberação.

Além disso, destaca que o CNMP não tem competên-cia constitucional para tomar tal decisão, pois sua nature-za é “eminentemente administrativa no controle da atuação financeira e administrativa do Ministério Público e na fis-calização do cumprimento dos deveres funcionais por seus membros”.

Portanto, sustenta que analisar a constitucionalidade da lei seria atribuição do Supremo Tribunal Federal e que o CNMP “extrapolou suas funções”. Além da liminar com o objetivo de suspender a determinação, a Conamp pede, no mérito, a cassação definitiva da decisão “reconhecendo a re-gularidade do pagamento da gratificação especial. A relatora do caso é a ministra Cármen Lúcia. Com informações da Assessoria de Imprensa do STF.

MS 30.922Revista Consultor Jurídico, 8 de outubro de 2011

cOnsultOr JuríDIcO - sp - cOnAMp - 10.10.2011

Conamp recorre ao STF para garantir gratificação

O Conselho Nacional do Ministério Públi-co (CNMP) realiza nas próximas segunda e ter-ça-feira, dias 10 e 11 de outubro, em Brasília, o Fórum de Capacitação para Persecução Penal nos Crimes de Homicídio. O objetivo é discutir e formular um curso permanente para qualificar, simultaneamente, todos os agentes que atuam na investigação do crime.

O evento concretiza uma das ações vincula-das à Meta 2 da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), que busca a con-clusão dos inquéritos de homicídio doloso instau-rados até dezembro de 2007. A abertura contará com a presença do ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp. Está confirmada também a presença do presidente do CNMP, o procura-dor-geral da República Roberto Gurgel.

De acordo com Taís Ferraz, conselheira do CNMP e coordenadora do Grupo de Persecução Penal da Estratégia Nacional de Justiça e Seguran-ça Pública, é necessário que um agente conheça as capacidades e dificuldades do outro para que a investigação tenha sucesso. “O promotor precisa saber, por exemplo, que tipo de dados um exame de DNA realizado pela perícia pode fornecer para que ele não requisite informações impossíveis de

serem obtidas”, explicou.A ideia é elaborar um programa de curso que

coloque todos os envolvidos numa mesma sala de aula. “Assim eles poderão compartilhar suas necessidades durante cada fase do processo, des-de a constatação do homicídio até o julgamento do caso pelo tribunal do júri.”, acrescentou.

Depois das palestras, os participantes serão divididos em quatro grupos trabalho e cada um se debruçará sobre uma das etapas do processo: ocorrência da morte violenta ou suspeita, fase de investigação, fase processual e plenário de julga-mento. Na terça-feira à tarde, dia 11, as equipes vão expor o resultado das atividades. A partir daí, o programa do curso será finalizado. A proposta é de que a construção em conjunto do programa e da metodologia do curso permanente resulte na implementação do programa de capacitação in-tegrada em todos os estados, que, realizado no formato proposto, receberá o selo de qualidade da Enasp.

sErvIçOInscrições: (61) 3366-9133Local: hotel Nobile Lake Side, em Brasília,

SHTN Trecho 1, Lote 02, das 8 às 18 horas.

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Fórum de Capacitação para Persecução Penal nos Crimes de Homicídio

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ROGÉRIO PAGNANDE SÃO PAULO

Um magistrado do Rio processa o condomínio onde mora para ser chamado de “doutor” pelo porteiro.

Outro, de Franca, manda prender um policial de trânsito que lhe repreende por falar ao celular no volante.

Um procurador de São Paulo ameaça prender uma alu-na que questiona seus métodos de ensino na aula.

Comportamentos como esses envolvendo autoridades brasileiras são mais comuns do que se imagina.

Tornaram-se, inclusive, alvo de um trabalho de uma as-sociação dirigida por juízes, promotores e advogados espí-ritas.

“Esse é um dos problemas crônicos do sistema de Justi-ça brasileiro. Há um problema comportamental que envolve vaidade e prepotência”, afirma o promotor Tiago Essado, presidente da AJE (Associação Jurídico-Espírita do Estado de São Paulo).

“Não estamos nos excluindo desse comportamento. Es-tamos reconhecendo o problema e a necessidade de modifi-cá-lo. Fazemos reformas nas leis, mas, às vezes, o problema não está nela. Está na postura”, afirmou.

Desde 2009, a associação vem promovendo palestras e videoaulas para tentar ensinar aos colegas (atuais e futuros) como lidar com seus cargos tão poderosos sem ser absorvi-dos por eles.

A tarefa não é simples. Especialistas dizem que a sen-sação de poder chega a provocar prazer, pela endorfina, em algumas pessoas.

Essado estima que cerca de cem juízes e promotores já tiveram a aula “O Exercício da Autoridade com Humilda-de”.

A AJE, que também defende o uso de cartas psicografa-das em processos judiciais, tem mais de 400 associados.

As palestras presenciais são gratuitas, marcadas de tem-po em tempo. A videoaula é vendida pelo site www.ajesa-opaulo.com.br. O DVD custa R$ 15 (para sócio) e R$ 25 (para não sócio).

ESTUDANTESO maior público é de alunos de direito. A associação

visita universidades levando a mensagem e estima ter atin-gindo cerca de mil estudantes pelo país. Para especialistas, esse é o melhor público para ser abordado.

Um dos principais palestrantes é o juiz Donizete Apa-recido Pinheiro da Silveira, 55, de Marília. Na videoaula, o magistrado aconselha que a humildade seja treinada. “Mes-mo que em um primeiro momento a humildade pareça falsa, é preciso insistir. Precisa ser desenvolvida.”

Entre as dicas, o magistrado fala da efemeridade das pessoas diante de suas funções. Da diferença do ser e do estar das profissões.

“A autoridade precisa saber que está juiz, e não é juiz. O mandato se perde”, afirma.

O magistrado pode até resistir em deixar o cargo, ex-plica, mas esse dia vai chegar mais cedo ou mais tarde até porque existe um mecanismo legal para “expelir” os resis-tentes, chamado “expulsória”. “Quando completa 70 anos, ele entrega a toga, coloca pijamas e vai para casa”, completa o magistrado.

Também argumenta que as autoridades não têm o poder que elas acreditam ter. A força é da lei, que as autoridades precisam respeitar.

À Folha Silveira diz que a intenção do trabalho não é ensinar, mas argumentar que é possível exercer a autoridade com humildade.

“O exercício da autoridade dispensa a conduta prepo-tente, arrogante, violenta ou permissiva de quem ocupa um cargo público.”

FOlHA DE s. pAulO - sp - cOnAMp - 10.10.2011

Grupo ensina humildade a juiz e promotor Entidade que reúne profissionais de direito faz palestras e videoaulas para conter

vaidade e prepotência no cargo. Para líder de entidade, forma como se exerce a autoridade é problema crônico do sistema de Justiça brasileiro hoje

DE SÃO PAULOO procurador-geral de Justiça de São Paulo, Fernando

Grella, diz que os casos de autoridades que extrapolam os

limites de seus cargos não são comuns.“Existem, mas são raríssimos”, afirmou. De acordo com

o chefe do Ministério Público paulista, a maior parte dos promotores age com bom senso e equilíbrio, porque cum-prem a lei e se pautam pelos ordenamentos jurídicos.

“A pessoa precisa ter a exata noção das responsabilida-des da função, de que é muito mais para servir.”

Sobre o comportamento de juízes e promotores, Grella afirma que ações praticadas por autoridades têm uma reper-cussão muito maior do que quando se trata de pessoas co-muns.

Por isso, na opinião do procurador, há a necessidade de um cuidado especial.

“É preciso ter um cuidado, mesmo com os atos da vida pessoal, até pelo simbolismo muito forte de ter sido pratica-do por alguém que exerce um cargo no Ministério Público, na magistratura. Um ato que qualquer outro poderia praticar e não ter um impacto, uma repercussão social.” (RP)

FOlHA DE s. pAulO - sp - cOnAMp - 10.10.2011

Extrapolar não é comum, afirma procurador-geral

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Por Allan Titonelli NunesA atual Constituição, nominada pelo deputado federal Ulysses Gui-

marães de Constituição Cidadã, no encerramento dos trabalhos da Assem-bleia Nacional Constituinte, da qual era presidente, completou 23 anos de sua promulgação no dia 5 de outubro de 2011. Contudo, muitas de suas pretensões ainda não foram concretizadas e já se falam em uma nova Constituinte.Pode-se dizer que uma das preocupações do Constituinte foi a promoção de mecanismos para efetivação do equilíbrio entre os Pode-res, que devem ser harmônicos e independentes. Objetivando concretizar esse preceito, o Título IV da Constituição regulamentou e disciplinou a Organização dos Poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário. Incluiu, ainda, capítulo específico relacionado às Funções Essenciais à Justiça, que serão objeto de análise no presente artigo.

Entre as Funções Essenciais à Justiça, a Carta Magna não fez qual-quer menção à prevalência de uma instituição ou órgão, colocando no mesmo patamar o Ministério Público, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e a Advocacia stricto senso. Crucial destacar que o capítulo re-ferente às Funções Essenciais à Justiça encontra-se dentro do Título IV, Da Organização dos Poderes. Essa sistematização foi observada visando atender os preceitos modernos do Estado Democrático de Direito.

Isso porque Montesquieu, ao descrever sua teoria sobre a Tripar-tição dos Poderes, já alertava sobre a possibilidade de, em determinada época, haver prevalência de um Poder em relação aos demais. Os freios e contrapesos seriam a forma de manter a harmonia. Ocorre que sua teoria teve como parâmetro o absolutismo europeu, necessitando adaptá-la ao surgimento do Estado Democrático de Direito. Assim, o Poder Consti-tuinte Originário, atento às lições de Montesquieu, positivou no artigo 2º da Constituição Federal de 1988, entre os princípios fundamentais da Re-pública Federativa do Brasil, a Separação entre os Poderes, que é cláusula pétrea, ante ao que preceitua o artigo 60, parágrafo 4º, III, da CF/88.

Entretanto, o Constituinte não estava satisfeito apenas com essa ga-rantia, necessitando dar maior efetividade a esse equilíbrio inclui na Or-ganização dos Poderes um novo capítulo, o Das Funções Essenciais à Jus-tiça. Nesse novo capítulo, o Constituinte incluiu órgãos e instituições que possuem atribuições de defender a sociedade, o Estado, os hipossuficien-tes e o cidadão, dentro de um mesmo patamar hierárquico, exigindo um entrelaçamento dessas funções.Logo, no cenário político nacional após a Constituição de 1988, o equilíbrio e harmonia entre os Poderes, dentro de uma perspectiva do Estado Democrático de Direito, será concretizado, em parte, por meio das Funções Essenciais à Justiça. Outrossim, o desígnio “Justiça” não teve um alcance restrito, de prestação jurisdicional, mas sim de isonomia, imparcialidade, preservação dos direitos, eliminação da ingerência do estado, cidadania e democracia. O que Diogo de Figueiredo Moreira Neto convencionou chamar de “Estado de Justiça”.

Nesse sentido, o Poder Judiciário não é o único responsável pela prestação da Justiça, necessitando da intervenção do Ministério Público, da Advocacia Pública, da Defensoria Pública e da Advocacia Privada, como garantidores e defensores dos interesses da sociedade e do Estado. Diogo de Figueiredo Moreira Neto ao discorrer sobre o papel afeto às Funções Essenciais à Justiça consigna que[1]:

“Sem esses órgãos, públicos e privados de advocacia, não pode ha-ver justiça, aqui entendida como a qualidade ética que pretende exigir do Estado pluriclasse quanto à legalidade, à legitimidade e à licitude. E porque essa justiça só pode vir a ser realizada em sua essencialidade se dispuser dessas funções, autônomas, independentes, onipresentes, e, so-bretudo, corajosas, o legislador constitucional as denominou de ‘essen-ciais à justiça’ (Título IV, Capítulo IV, da Constituição).”

Mais a mais, pode-se acrescer, ainda segundo as lições de Diogo de Figueiredo Moreira Neto. “Não haja dúvida de que, ao recolher, na evolução teórica e prática do constitucionalismo dos povos cultos, no-víssimas expressões institucionais, como o são a participação política e as funções essenciais à justiça, o Constituinte de 1988 deu um passo de-finitivo e, oxalá, irreversível, para a preparação do Estado brasileiro do segundo milênio como um Estado de Justiça, aspiração, como se expôs, mais ambiciosa do que a realização de um Estado Democrático de Direito, que naquela se contém e com ela se supera.”Dito de outra forma, pode-

se asseverar que a positivação do Ministério Público ao lado das novas instituições Constitucionais, Advocacia Pública, Defensoria Pública e Advocacia stricto senso veio concretizar a intenção de justaposição des-sas funções, necessitando garantir a elas uma atuação dentro do mesmo patamar hierárquico, repelindo qualquer grau de subordinação, tendo em vista sua “essencialidade”.

Por esses motivos, para que haja prestação jurisdicional célere e universal e respeito ao Estado Democrático de Direito, resguardando os direitos e garantias fundamentais, é necessário que os atores do processo judicial possuam igualdade de prerrogativas e estrutura. Todavia, a Ad-vocacia-Geral da União e a Defensoria Pública da União não possuem estruturas nem prerrogativas similares ao Poder Judiciário e ao Ministério Público.Relevante destacar que a posição institucional do Ministério Pú-blico de sentar-se ao lado do juiz, em patamar superior às partes, não teria sentido quando atuasse como parte, face as considerações anteriormente expostas. Pode-se ir mais além e dizer que essa posição institucional tam-bém não teria relevo nos processos em que atua como custos legis, uma vez que todas as instituições capituladas entre as Funções Essenciais à Justiça possuem a atribuição mediata de defesa da Justiça, e, consequen-temente, da sociedade.

Nesse pormenor, também ganha relevo o discurso protagonizado pelos magistrados, de inclusão em todos os debates atinentes às políticas públicas, o qual tem contribuído para uma preeminência do Judiciário em relação aos Poderes Executivo e Legislativo. Vive-se um momento em que o Poder Judiciário interfere em quase todas as políticas públicas exe-cutadas (fenômeno conhecido como “ativismo judicial”), legisla (vide o exemplo das decisões do Tribunal Superior Eleitoral em diversas matérias: número de vereadores, fidelidade partidária, entre outras), e, obviamente, presta a tutela jurisdicional, que deveria ser sua única função. Esse fenô-meno é relatado por Luiz Werneck Vianna, em seu livro “Judicialização da Política e das Relações Sociais no Brasil”, como resultado da judiciali-zação da política nacional.Ocorre que, passados 23 anos da promulgação da Constituição, é chegada a hora de concretizar o tratamento isonômico entre as Funções Essenciais à Justiça, buscando, assim, restabelecer esse equilíbrio. Nesse contexto, o fortalecimento da Advocacia Pública e da Defensoria Pública é relevante para a implementação desse objetivo.

Impende salientar, no âmbito federal, o papel incumbido à Advo-cacia-Geral da União, de representação judicial e extrajudicial da União, prestando as atividades consultoria e assessoramento jurídico ao Poder Executivo Federal, e defendendo em juízo todos os Poderes da República (Executivo, Legislativo e Judiciário), no exercício das atribuições insti-tucionais. Da mesma forma, ressalta-se o papel da Defensoria Pública da União na defesa dos hipossuficientes e preservando a igualdade de acesso à prestação jurisdicional.

Para alcançar o anseio da Constituição é fundamental que os órgãos que compõem as Funções Essenciais à Justiça, Ministério Público, Advo-cacia Pública, Defensoria Pública e advocacia privada, atuem seguindo os preceitos de defesa da Justiça, do Estado, da cidadania, do interesse público e da sociedade. A atuação dos órgãos em destaque deve transcen-der a defesa de apenas um desses interesses, cabendo, no caso sob análise, extrair o alcance da norma ponderando com os múltiplos valores inseridos no debate.Ante ao exposto, para a materialização do papel destinado à AGU e à DPU, segundo os anseios do Estado Democrático de Direito, é fulcral garantir prerrogativas e remuneração condizentes com suas atri-buições, e em condições de igualdade com as demais Funções Essenciais à Justiça, conforme professa a Constituição, ensejando, por relevante, a aprovação das PECs 443/2009, 452/2009 e 82/2011.

MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Constituição e Revisão: Temas de Direito Político e Constitucional. Rio de Janeiro: Forense, 1991, p. 31.

MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. As Funções Essenciais à Justiça e as Procuraturas Constitucionais. Revista de Direito da Procura-doria Geral do Estado de São Paulo: n. 36, dez. 1991, p. 13.

Allan Titonelli Nunes é procurador da Fazenda Nacional e presiden-te do Sinprofaz.

Revista Consultor Jurídico, 7 de outubro de 2011

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Instituições de Justiça merecem isonomia, como diz CF

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LETÍCIA SILVAUm homem de 39 anos foi preso ontem ao ser abordado por mi-

litares da Companhia de Meio Ambiente, que faziam patrulhamento no bairro Parque Betim Industrial, em Betim, na região metropoli-tana da capital. O suspeito estava em uma Saveiro com a carroceria carregada de carvão irregular. Ao todo, foram apreendidos 451 quilos de carvão misto (de origem plantada e nativa), sem Selo de Origem Florestal (SOF).

De acordo com militares, o suspeito, que já foi detido outras três vezes pelo mesmo motivo, afirmou que tentaria vender o produto para comerciantes da região.

O material foi apreendido e será encaminhado ao Instituto Es-tadual de Florestas (IEF) onde será registrado um auto de infração, por se tratar de crime ambiental. O homem detido deve responder processo judicial pela prática. O caso foi encaminhado à 3ª Delegacia de Polícia de Betim

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Homem é preso com caminhonete carregada com 451 kg de carvão ilegal

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Glaydson Soprani Massaria - Procurador-geral do Ministério Pú-blico de Contas

O uso de equipamentos eletrô-nicos para o registro de infrações de trânsito tem crescido assusta-doramente nos últimos anos. Esse incremento da fiscalização, de um modo geral, trouxe bons resultados no combate aos acidentes automo-bilísticos. Infelizmente, porém, o balanço positivo não se verifica no quesito respeito aos direitos dos ci-dadãos. Afigura-se cada vez mais comum a prática de abusos pela ad-ministração pública na instalação e gerenciamento de radares.

Talvez o abuso que tenha ga-nhado mais destaque nos últimos tempos esteja relacionado à forma de remuneração das empresas res-ponsáveis por operacionalizar a fiscalização eletrônica. Tendo em vista que não tem expertise para promover a instalação e manuten-ção de radares, o poder público contrata, mediante prévia licitação, pessoas jurídicas de direito privado para o desenvolvimento da ativida-de. Naturalmente, os serviços téc-nicos prestados exigem uma con-traprestação. No caso dos radares fixos, por exemplo, o correto é que a remuneração das empresas seja fixada com base na multiplicação de valor pré-determinado, previsto contratualmente, pelo número de faixas de trânsito acobertadas pelos equipamentos que estejam em real funcionamento. Vale dizer: a con-traprestação independe do número de multas aplicadas.

Entretanto, constitui prática recorrente alguns entes federados remunerarem as empresas que lhes prestam serviços justamente por meio de percentual incidente sobre a renda auferida pela cominação de penalidades de trânsito. Não é difícil visualizar que isso resulta, potencialmente, em desvio de fi-nalidade. Ou seja, a atividade de fiscalização eletrônica do trânsito,

antes tida como instrumento de pre-venção de acidentes e punição de ilícitos, passa a ser encarada como meio arrecadatório, criando-se ver-dadeira indústria de multas. Não é por outra razão que, nas situações em que constata essa forma de con-traprestação, o Poder Judiciário tem anulado todas as autuações oriun-das de equipamentos eletrônicos de registro de infrações. Também o Ministério Público de Contas e o Tribunal de Contas, em suas res-pectivas áreas de atuação, têm sido enérgicos no combate a semelhante desvio.

Outro abuso de relevo encon-trado com frequência na fiscaliza-ção eletrônica do trânsito consiste na delegação a particulares de ati-vidades próprias do poder público. Se por um lado é certo que os entes da Federação podem contratar so-ciedades empresárias para auxiliá-los a operacionalizar a fiscalização do trânsito, também é verdade que a fiscalização em si não pode ser transmitida. Existem atividades que, por natureza, são inerentes exclusivamente a agentes e órgãos estatais, pois o seu adequado de-sempenho exige a supremacia da administração pública sobre os ad-ministrados, indispensável ao bem-estar geral. Apenas essa supremacia fundamenta, ilustrativamente, a ex-pedição de determinações autoexe-cutórias e a aplicação de sanções. Todas as atividades que se destinam a limitar ou disciplinar o exercício de direitos, as quais se inserem no chamado poder de polícia, subme-tem-se ao regime da indelegabili-dade.

No caso específico da fiscali-zação eletrônica de trânsito, nada impede que o fornecimento, insta-lação e manutenção – preventiva ou corretiva – de radares sejam feitos por particulares. Isso porque esses serviços são meramente ope-racionais, não demandando qual-quer prerrogativa especial de seus executores. O mesmo não ocorre

relativamente à expedição de autos de infração ou ao processamento e análise de imagens advindas de equipamentos de engenharia de trânsito. Nessas hipóteses, caso se admita a delegação, a aplicação de multas dependerá de prévio juízo de valor da empresa privada pres-tadora de serviços, a quem caberá não só captar imagens, mas também selecionar aquelas que subsidiarão autos de infrações. Evidentemente, tal circunstância enseja uma série de desvios, principalmente porque particulares não desfrutam das mes-mas garantias dos agentes públicos, que lhes asseguram maior grau de independência.

Pode-se citar, ainda, vários ou-tros abusos por parte do poder pú-blico na instalação e gerenciamento de radares, tais como a ausência de sinalização vertical adequada, a inexistência de estudos técnicos demonstrando a necessidade de instalação dos equipamentos, en-tre outros. Tudo isso sem falar nos recentes escândalos nos quais se constatou que diversas empresas recebiam pagamentos pela locação e manutenção de aparelhos que ja-mais haviam sido instalados.

Em face dos reiterados abusos da administração pública, os cida-dãos devem estar atentos aos seus direitos e buscar melhor conhecê-los, socorrendo-se ao Poder Judici-ário ou aos órgãos de controle em hipóteses de sua violação. Nesse cenário, merece especial realce o papel do Ministério Público de Contas e do Tribunal de Contas, uma vez que “qualquer cidadão, partido político, associação legal-mente constituída ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidade ou ile-galidade de ato de agente público” perante ambos (artigo 82 da Cons-tituição de Minas Gerais). Só a par-tir dessa postura ativa dos cidadãos será possível a mudança da praxe administrativa de modo a respeitar plenamente a ordem jurídica

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