08 Gestão em Design - Consultoria

Gestão&MétodosemDesign / Valdir Soares D.Eng. / Designer Industrial

Design ManagementDesign ManagementProf. Valdir Soares / Designer / Dr.Eng

Gestão em DesignGestão em Design.

08Consultoria em Design


• Apresentação: Introdução & Conceitos• Design e o Ambiente Organizacional• Design: Diferenciação e Valor• Design & Estratégia Coorporativa• Seminário de Gestão em Design• Design: Profissionais & Organizações • Design e Identidade Corporativa• Design: Demanda e Consultoria• Design como Processo• Design Management - Futuro

Design ManagementDesign Management Gestão em DesignGestão em Design

Prof. Valdir Soares / Designer – Dsc.Eng.Produção

0808


Consultoria é um processo interativo, executado

por uma ou mais pessoas, independentes e

externas ao problema em análise, com o

objetivo de fornecer aos executivos da empresa

cliente, um ou mais conjuntos de opções de

mudanças, que proporcione a tomada de

decisão mais adequada ao atendimento das

necessidades da organização.

Conceituando Consultoria EmpresarialConceituando Consultoria Empresarial


Consultoria em Design é um processo interativo,

executado por pessoas ou escritórios de Design,

independentes e externas ao problema em análise,

com o objetivo de fornecer aos executivos da

empresa cliente, um ou mais conjuntos de opções de

mudanças, que proporcione a tomada de decisão

mais adequada ao atendimento das necessidades e

promovendo a inserção ou fortalecimento de uma

cultura de Design na organização.

Conceituando Consultoria em DesignConceituando Consultoria em Design


1a. Fase : 1a. Fase : CContato inicial com o cliente / organizaçãoontato inicial com o cliente / organização

O CONTEXTO DO CONTATO

• Não há regras...nem um manual !• O contato inicial...é predominantemente verbal • Cliente...tenta esboçar o problema• Consultor...organiza os anseios e submete-os,

reagrupados, a análise do cliente / briefing• Um contato inicial...não revela as reais aspirações

do cliente...as vezes, nem ele sabe ! • Visitas posteriores amadurecem o conhecimento

mútuo...necessidades e ações em Design, podem começar a tomar forma.


1a. Fase : Contato inicial com o cliente / organização

• Uma visita a um estande de determinada empresa, durante um Congresso ou Feira pode promover uma relação de Consultoria em Design.

• A troca de informações sobre necessidades de melhoria ou inovação de produtos e/ou serviços,

• ...de posicionamento da marca e/ou identidade visual, desenvolvimento de novas embalagens...

• O negócio não é fechado de imediato...passados alguns meses, pode acontecer um telefonema, ...nasce dai um um relacionamento de projetos futuros



• três pontos básicos nessa fase de sondagem entre Consultor e Cliente:

– QUEM É O CLIENTE? (individuo, grupo, organização)– QUAL É O PROBLEMA? (natureza, escopo, gravidade– ONDE SE LOCALIZA O PROBLEMA? (área, nível,

foco)



• O contato inicial deve se desdobrar em, no mínimo, três outras visitas de conhecimento obtendo-se respostas para as tres questões básicas.

• A primeira ocorre, via de regra, com algum executivo de contato da empresa.

• Na segunda,é fundamental o apoio de algum executivo principal na hierarquia da empresa

• Numa terceira, é conveniente reunir esses contatos envolvidos, na busca da identificação do problema e garantir a ação participativa...Cliente / Consultor



• Como exemplo, observa-se no modelo GIIC – Gestão Integrada da Identidade Corporativa, a busca pela participação coletiva no processo. FASCIONI,2006.



O CLIENTE COMO FOCO...E DESIGN COMO MISSÃO

• É importantes para o trabalho de Consultoria em Design a relação que se estabelece, inicialmente, entre Consultor e Cliente.

• O Cliente deve se sentir livre para avaliar quanto ao uso, ou não, dos serviços de consultoria.

• Um Consultor, Empresa de Consultoria ou um Escritório de Design, com excessivo interesse comercial pode prejudicar a relação, o projeto ou a intervenção necessária de Design.

• Seja ambicioso nos negócios...mas não estrague o mercado futuro, para si ou para o coletivo dos profissionais de Design.

• Ser aceito como Consultor em Design numa organização é um privilegio que deve ser respeitado não só pelo cliente ou organização, mas também, e principalmente, pelo próprio consultor e/ou por seus intermediários.



O CONTRATO MEDIADO...

• O contato Consultor / Cliente é imprescindível,...mesmo em casos com intermediações de terceiros,

• O Consultor não deverá permitir interferência na sua percepção do todo.

• O êxito...associado a que cada parte interessada cumpra o seu papel;

• O Cliente apresenta um conjunto de demanda:

• O Consultor assume a demanda colocando á disposição do cliente sua “expertise” sobre o assunto.

• Ao intermediário, quando houver, cabe identificar a oferta (Consultor) e a demanda (Cliente).



A sondagem entre Consultor / Cliente pode levantar questões tais como:– Contexto da demanda / cliente: história, sintomas

observados, causas identificadas, conseqüências e efeitos, reações e resistências a inovações e mudanças;

– Qual a perspectiva do Cliente...aonde quer chegar;– O que o Cliente deseja ou espera do consultor;– O que o Consultor pode oferecer, (sua filosofia gerencial);– O que o Consultor necessita ou espera do cliente,

(condições mínimas de trabalho);– Desafios, riscos e possibilidades de ação da

consultoria;...e– Confiança, abertura e trocas ou influências mútuas.



Abordagem do problema...Conhecimento mútuo entre Cliente e Consultor

• As organizações, em grande maioria, não possuem qualquer informação sobre aspectos relativos à sua cultura organizacional...menos ainda quanto a uma cultura de Design.

• Para os seus integrantes, é difícil entender por que tratar alguns temas como, por exemplo,

– preocupações com objetivos e normas da organização que inibem ou facilitam mudanças,

– relações internas e externas de poder que dificultam ou não o desenvolvimento da organização.

– a própria relação Consultor / Cliente.– O que Design tem haver com a organização.

• Em Design, o Cliente deve ter por princípio que uma intervenção, mesmo com uma finalidade especifica, irá se relacionar diretamente à algum aspecto da cultura organizacional.



Tipos de abordagem do problema ou perfil das soluções esperadas:

"um consultor pode ser chamado para restaurar uma situação deteriorada (problema corretivo), melhorar a situação existente (problema inovativo) ou criar uma outra totalmente nova (problema criativo)", KUBR (1986).

• Soluções corretivas / ex. resolver problemas com embalagem de transporte, rever situações de uso de um produto.

• Soluções de inovação / ex. desenvolver um novo produto com agregação de novas tecnologias, materiais.

• Soluções criativas / ex. redesenhar um produto com agregação de valor, posicionamento, novas alternativas de uso.


2ª. Fase:2ª. Fase:Definição de relações e de contrato Definição de relações e de contrato

Representante do Cliente /Organização e o Consultor constroem o diálogo e ações quanto ao que deve ser feito:

• as pessoas ou setores que deverão participar das próximas reuniões,

• o nível e tipo de acesso de informações, pessoas, setores, em relação aos objetivos e às metas pretendidas.


2ª. Fase:Definição de relações e de contrato

RELAÇÃO DE TRABALHO

• à primeira reunião, (a de reconhecimento) deverá estar presente um membro do escalão superior da organização;

– com poder de influência; ou...– alguém suficientemente esclarecido que reconhece a

necessidade de a organização ser auxiliada na busca de solução para os problemas de cultura em Design;

– ou um membro que questione acontecimentos e situações específicas que exigem providencias; ou...

– alguém já familiarizado com a idéia de poder ser criar parcerias através dos serviços de Consultoria em Design.



PRETENSÕES DA RELAÇÃO

Na reunião de conhecimento mútuo, pretende-se:

a) identificar, com maior precisão, qual é o problema do Cliente / organização;

b) verificar se a participação do Consultor no tratamento do problema evidencia a utilidade para o Cliente;

c) observar se o problema a ser trabalhado é de real interesse para o Cliente e/ou para a especialidade ou “espertise” do Consultor; e...

d) agendar as próximas atividades, se as respostas à “b” e "c" forem favoráveis.



CONTRATO FORMAL E INFORMAL • A negociação adequada de mútuas expectativas Consultor / Cliente com relação ao

processo de Consultoria em Design vai delinear a integração de dois tipos de contrato.

CONTRATO FORMAL• Determinam-se expectativas e compromissos mútuos sobre o relacionamento entre

ambos. – O escopo do trabalho...claramente definido e entendido entre as partes. – Outros aspectos...serviços a serem executados, – Os recursos necessários, – O tempo a ser empregado, – O local ou setor a ser utilizado.

CONTRATO INFORMAL• Precisa ser dinâmico e flexível:

– as circunstâncias podem se modificar e... – as expectativas também, conforme o desenvolvimento do processo de

investigação e estratégias em Design– mudanças planejadas ou prescritas da organização e mudanças reais.– coesão na confiança e parceria mútua Consultor / Cliente.


3a. Fase:3a. Fase:Seleção do plano de ação e da metodologiaSeleção do plano de ação e da metodologia

• A escolha do que observar e quando observar deve ser analisada em colaboração com o Cliente.

• O plano de ação deve estar o mais próximo quanto possível do topo da estrutura organizacional do Cliente.

• O plano de ação deve permitir fácil observação dos procedimentos interpessoais e grupais, fornecedores, acionistas...dependendo da amplitude das intervenções da Gestão em Design proposta.

• O Plano de ação deve envolver situações reais, quanto ao desenvolvimento de produtos, ambientes e relações de trabalho...observação direta.


3a. Fase:Seleção do plano de açao e da metodologia

A metodologia escolhida deve ser tão coesas quanto possível com a atividade de consultoria

• A escolha do Plano de Ação e da Metodologia são fundamentais ao bom desempenho das intervenções de uma Consultoria em Design.

• As decisões devem ser tomadas de forma coesa para que as transformações delas resultantes consigam se manter por si próprias e por longo tempo, SCHEIN (1977).


4a. Fase:4a. Fase:

Coleta de dados e análise do contextoColeta de dados e análise do contexto

COLETA DE DADOS

• Pode-se relacionar quatro modalidades diferentes de coleta de dados:

• observação direta, • entrevistas com grupos e individuais • Questionários, e...• Análises específicas...relatórios, documentos, concorrentes,

similares, tendências, etc.

• A coleta e análise dos dados disponíveis permitirá entender a natureza, a tecnologia,...,a dinâmica e a cultura da organização subsidiando a construção de um diagnóstico ou diagnósticos segmentados para auxílio à tomada de decisões e implementação de ações.


4a. Fase:Coleta de dados e análise do contexto

ANALISE DO CONTEXTO

• Deve, sempre que possível, ser feita de modo colaborativo entre Consultor e Cliente

• É um processo para entender e acompanhar a organização, suas ações e atitudes de negócio, contribuindo com as Estratégias ou Planos de Ação em Design e decisões a serem tomadas.

• Exploração de fontes de dados• Riscos por falhas no relacionamento com a

estrutura organizacional.


5a. Fase: 5a. Fase: Intervenção no processo de Consultoria em Intervenção no processo de Consultoria em DesignDesign

Coleta de dados, analise do contexto,... e a intervenção propriamente dita !

• Intervenção: "Ato deliberado de utilizar determinado método ou técnica para obter mudanças ou modificações em determinado indivíduo, grupo ou subsisterna" MELLO (1978).


5a. Fase: Intervenção no processo de Consultoria em

Design

• " A falta de entendimento do processo de intervenção, por parte de expressivo número de líderes organizacionais, tem sido apontada por diversos autores como uma das principais causas de fracassos em tentativas de mudanças em sistemas complexos“ FOGUEL & SOUZA (1989).


5a. Fase: Intervenção no processo de Consultoria em Design

• Intervenção na determinação da agenda e/ou etapas do(s) plano(s) de ação.

• Feedback de observações e/ou outros dados.

• Re-educação e aconselhamento.


6a. Fase:6a. Fase:Fortalecimento da Identidade Corporativa, Fortalecimento da Identidade Corporativa, autonomia e da eficácia do Clienteautonomia e da eficácia do Cliente

Após a de intervenção...• Afinal, que conseqüências ou resultados

espera a Consultoria em Design para uma organização ou Cliente?

• Como avaliar esses resultados? • Em que momento a consultoria reduz seu

tempo junto ao Cliente? • É possível medir essas conseqüências ?• Produzir o Relatório Final.


6a. Fase:6a. Fase:Fortalecimento da Identidade Corporativa, Fortalecimento da Identidade Corporativa, autonomia e da eficácia do Clienteautonomia e da eficácia do Cliente

"Um bom relatório de consultoria deve ser capaz de inspirar respeito ao cliente, que o considerará sempre como uma permanente fonte de consulta. O próprio cliente ficara satisfeito em mostrar o relatório a amigos e pessoas ligadas à empresa, como prova de uma empreitada que valeu a pena". KUBR (1986)


Referências• SEBRAE_Consultoria em Design

http://www.sebrae-rs.com.br/_default.asp?Secao=Abrir&SubSecao=Consultoria&idRegistro=8735&idSuperior=8655

• COOPER, R. e PRESS, M. The Design Agenda. New York, Wiley, 1997.• CROCCO, L., GUTTMANN, E. Consultoria Empresarial. São Paulo, Saraiva, 2005.

• OLIVEIRA, D.P.R. Manual de Consultoria Empresarial. 6a.ed. São Paulo, Atlas, 2006.

• FOGUEL, S., SOUZA, C. C. Desenvolvimento e deterioração organizacional. São Paulo Atlas, 1989.

• KUBR, M. Consultoria urn guia para a profissão. Rio de Janeiro : Ed. Guanabara, 1986.

• MELLO, F. A. de F. Desenvolvimento das organizações: uma opção integradora. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Cientificos, 1978.

• SCHEIN, E. H. Consultoria de procedimentos seu papel no desenvolvimento organizacional. São

Paulo: E. Blücher, 1977.

• www.designinbusiness.org

Design Atlas: A tool for auditing design capability.

( Design Atlas: uma ferramenta para auditar capacidades de design ).

Documents

08 Gestão em Design - Consultoria