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Recrutar, incluir e socializar: O portador de necessidades especiais e o mercado de trabalho. Nem todas as pessoas são iguais. Existe um certo grupo que apresenta algumas limitações, ou falta de habilidade na realização de uma atividade comparada ao desempenho da média de um total de pessoas; a este grupo, dá-se o nome de portadoras de necessidades especiais (PNE'S). Mesmo com algumas habilidades reduzidas, deve-se apoiar a inclusão das pessoas portadoras de deficiência na sociedade e no mercado de trabalho.Elas podem apresentar potencial e desenvolver um talento tanto quanto os indivíduos que não são considerados deficientes. Incluí-las não é fácil. A sociedade, as empresas e as próprias pessoas às vezes, mesmo que não intencionalmente são um pouco preconceituosas. Muitos acreditam que incluir pessoas deficientes principalmente no mercado de trabalho pode vir a gerar muitos problemas, pois consideram este grupo de pessoas incapazes de trabalhar, desenvolver e pensar direito, portanto, passam a ser consideradas pessoas que não dão um bom rendimento e podem até causar prejuízos. Baseado neste preconceito existente, e também para tentar amenizar o problema de que algumas empresas não empregam pessoas portadoras de deficiência foram criadas leis de proteção ao deficiente. Estas leis não visam apenas diluir o preconceito existente, mas também, facilitar a inclusão deste grupo de pessoas na sociedade. De acordo com o art. 93 da Lei 8.213 de 24 de julho de 1991(Plano de Benefícios de Previdência Social), Portaria do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) fica instituída a obrigatoriedade de reserva de postos em empresas privadas à portadores de deficiência de acordo com os percentuais abaixo listados: "A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção": até 200 empregados.............................. 2% de 201 a 500 empregados..................... 3% de 501 a 1000 empregados.................. 4% de 1001 em diante.................................. 5% A lei já está em vigor, e as autoridades (Ministério Público do Trabalho, Ministério da Justiça, Ministério da Previdência e Assistência Social e Ministério do Trabalho e Emprego) têm a responsabilidade de zelar pelo seu cumprimento. A preocupação das instituições em manter e passar para a sociedade uma imagem de empresa cidadã, está relacionada com o processo de recrutamento de uma força de trabalho mais diversificada, e também de cumprimento da legislação em vigor, que exige que as empresas possuam um quadro funcional diversificado.Recrutar uma força de trabalho diversificada não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas uma necessidade.

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0902024001327512843Gabriela Nazario de Mattos

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  • Recrutar, incluir e socializar: O portador de necessidades especiais e o mercado de trabalho.

    Nem todas as pessoas so iguais. Existe um certo grupo que apresenta algumas limitaes, ou falta de habilidade na realizao de uma atividade comparada ao desempenho da mdia de um total de pessoas; a este grupo, d-se o nome de portadoras de necessidades especiais (PNE'S).

    Mesmo com algumas habilidades reduzidas, deve-se apoiar a incluso das pessoas portadoras de deficincia na sociedade e no mercado de trabalho.Elas podem apresentar potencial e desenvolver um talento tanto quanto os indivduos que no so considerados deficientes.

    Inclu-las no fcil. A sociedade, as empresas e as prprias pessoas s vezes, mesmo que no intencionalmente so um pouco preconceituosas. Muitos acreditam que incluir pessoas deficientes principalmente no mercado de trabalho pode vir a gerar muitos problemas, pois consideram este grupo de pessoas incapazes de trabalhar, desenvolver e pensar direito, portanto, passam a ser consideradas pessoas que no do um bom rendimento e podem at causar prejuzos.

    Baseado neste preconceito existente, e tambm para tentar amenizar o problema de que algumas empresas no empregam pessoas portadoras de deficincia foram criadas leis de proteo ao deficiente. Estas leis no visam apenas diluir o preconceito existente, mas tambm, facilitar a incluso deste grupo de pessoas na sociedade.

    De acordo com o art. 93 da Lei 8.213 de 24 de julho de 1991(Plano de Benefcios de Previdncia Social), Portaria do Ministrio da Previdncia e Assistncia Social (MPAS) fica instituda a obrigatoriedade de reserva de postos em empresas privadas portadores de deficincia de acordo com os percentuais abaixo listados:

    "A empresa com 100 (cem) ou mais empregados est obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficirios reabilitados ou pessoas portadoras de deficincia, habilitadas, na seguinte proporo":

    at 200 empregados.............................. 2% de 201 a 500 empregados..................... 3% de 501 a 1000 empregados.................. 4% de 1001 em diante.................................. 5%

    A lei j est em vigor, e as autoridades (Ministrio Pblico do Trabalho, Ministrio da Justia, Ministrio da Previdncia e Assistncia Social e Ministrio do Trabalho e Emprego) tm a responsabilidade de zelar pelo seu cumprimento.

    A preocupao das instituies em manter e passar para a sociedade uma imagem de empresa cidad, est relacionada com o processo de recrutamento de uma fora de trabalho mais diversificada, e tambm de cumprimento da legislao em vigor, que exige que as empresas possuam um quadro funcional diversificado.Recrutar uma fora de trabalho diversificada no apenas uma questo de responsabilidade social, mas uma necessidade.

  • Ainda existem muitas empresas que resistem ao emprego da minoria, principalmente no caso de portadores de necessidades especiais. Pode-se atribuir esta resistncia falta de preparo e de programas de incentivo a recolocao desta parte da populao. Existem milhares de portadores aguardando por uma oportunidade de colocao profissional, graas Legislao e a constante fiscalizao este sonho tem se tornado realidade para muitas pessoas. As organizaes tem colaborado efetivamente para esta recolocao, algumas abrem processos seletivos paralelos e no discriminatrios para que no haja constrangimento e exposio dos candidatos, assim como utilizam parmetros diferenciados para a seleo.

    A incluso da pessoa portadora de deficincia no mercado de trabalho no pode mais ser considerada um problema individual; do portador e de sua famlia. Ao incluir uma pessoa com necessidade especial, estar se proporcionando ela uma razo para lutar e amenizar os problemas enfrentados com a sua deficincia, uma maneira de estar reconhecendo-a e lhe dando oportunidade iguais no mercado de trabalho to competitivo dos dias de hoje.

    Muitos problemas que afligem a vida dos portadores de deficincia tm origem na sociedade. Uma parte da reduo da capacidade de andar, pensar, aprender, falar ou ver est ligada s limitaes que possuem, mas, uma boa parte decorre das barreiras que lhes so impostas pelo meio social. Isso fcil de ser observado, basta atentar para o fato de que em muitos casos, a pessoa deixa de ser deficiente no momento em que a sociedade lhe proporciona condies adequadas; o caso de um cadeirante, por exemplo, para se locomover na escola e no trabalho so necessrias providncias no transporte e na arquitetura, como uma simples rampa de acesso.

    A insero e a reteno de portadores de necessidades especiais no mercado regular de trabalho depende basicamente de trs providncias:

    1. Preparo do portador; 2. Educao do empregador; 3. Disposio de boas polticas pblicas.

    Para enfrentar as dificuldades atuais de identificar e recrutar pessoas qualificadas, as empresas brasileiras tero de envolver-se com programas de educao e treinamento dos candidatos.Isso pode ser feito de maneira direta ou indireta. bem provvel que as grandes empresas optem pela implantao de programas prprios nesse campo, e que as mdias prefiram utilizar os servios de escolas e entidades de portadores de deficincia atravs de convnios e outros tipos de articulaes.

    Referncia Bibliogrfica

    WHITE, ROBERT, In: BATISTA, C. ; BORGES, M. do R.; et. al (org). Educao Profissional e Colocao no Trabalho: uma nova proposta de trabalho junto a pessoa portadora de deficincia. Braslia, Federao Nacional das APAEs.