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1- APRESENTAÇÃO A sociedade atual demanda por uma escola com novas características, que promova uma educação de qualidade social, de modo que possibilite o domínio de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas operativas e sociais necessárias ao atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos, a inserção no mundo do trabalho, a constituição da cidadania, tendo em vista a construção de uma sociedade mais justa, democrática, fraterna e sustentável. Para tal, cada escola possui um espaço de autonomia (relativa), que lhe permite definir o que deseja ser, que tipo de seres humanos pretende formar na constituição de uma sociedade melhor. Assim, para que a escola conquiste a autonomia, necessita possuir um Projeto Pedagógico construído com a participação de seus membros, o que demanda consistente fundamentação teórica, liderança educacional, organização dos tempos da escola, empenho do colegiado da escola para que possa expressar a unidade de pensamento, idéias, propostas e ações na efetivação de uma escola de qualidade social. O projeto político pedagógico do Colégio Agrícola Estadual do Noroeste foi construído em 2005 a partir da mobilização e sensibilização da própria escola, através de reuniões pedagógicas, cursos ofertados pela SEED e participação da Universidade Estadual de Maringá. Em 2008, após o parecer desfavorável da SEED sobre a organização das disciplinas no currículo em módulos surgiu a necessidade da reelaboração do Projeto Político Pedagógico. Sendo assim, foram organizadas reuniões com a participação da comunidade escolar e foram enviados questionários para os pais na intenção de reavaliar, analisar e (re) definir as estratégias de ação do projeto educativo da escola. Nessa perspectiva, o projeto pedagógico desta instituição foi elaborado em conformidade com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) e em consonância com a política nacional de educação, tendo por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, sua preparação para o exercício da cidadania e sua qualificação para o mundo do trabalho, estimulando o desenvolvimento de virtudes necessárias para a vida em sociedade.

1-APRESENTAÇÃO · de seus membros, o que demanda consistente fundamentação teórica, liderança educacional, organização dos tempos da escola, empenho do colegiado da escola

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1- APRESENTAÇÃO

A sociedade atual demanda por uma escola com novas características, que

promova uma educação de qualidade social, de modo que possibilite o domínio de

conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas operativas e sociais

necessárias ao atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos, a

inserção no mundo do trabalho, a constituição da cidadania, tendo em vista a

construção de uma sociedade mais justa, democrática, fraterna e sustentável.

Para tal, cada escola possui um espaço de autonomia (relativa), que lhe

permite definir o que deseja ser, que tipo de seres humanos pretende formar na

constituição de uma sociedade melhor. Assim, para que a escola conquiste a

autonomia, necessita possuir um Projeto Pedagógico construído com a participação

de seus membros, o que demanda consistente fundamentação teórica, liderança

educacional, organização dos tempos da escola, empenho do colegiado da escola

para que possa expressar a unidade de pensamento, idéias, propostas e ações na

efetivação de uma escola de qualidade social.

O projeto político pedagógico do Colégio Agrícola Estadual do Noroeste foi

construído em 2005 a partir da mobilização e sensibilização da própria escola,

através de reuniões pedagógicas, cursos ofertados pela SEED e participação da

Universidade Estadual de Maringá. Em 2008, após o parecer desfavorável da SEED

sobre a organização das disciplinas no currículo em módulos surgiu a necessidade

da reelaboração do Projeto Político Pedagógico. Sendo assim, foram organizadas

reuniões com a participação da comunidade escolar e foram enviados questionários

para os pais na intenção de reavaliar, analisar e (re) definir as estratégias de ação

do projeto educativo da escola.

Nessa perspectiva, o projeto pedagógico desta instituição foi elaborado em

conformidade com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96)

e em consonância com a política nacional de educação, tendo por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, sua preparação para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o mundo do trabalho, estimulando o desenvolvimento de virtudes

necessárias para a vida em sociedade.

2- INTRODUÇÃO

O Projeto Político Pedagógico implantado nas escolas brasileiras a partir do

início dos anos noventa tem sua origem justificada pelo esgotamento do modelo de

gestão baseado no poder centralizado e no controle técnico-burocrático. Assim a

mudança institucional de descentralização da educação e de deslocamento do poder

de decisão para os níveis de execução, pela autonomia das escolas, foi adquirindo

força no debate sobre gestão democrática e sendo institucionalizada pelas leis

maiores.

A Lei de Diretrizes e Bases Lei nº 9.394/96, estabelece no seu art. 12, Inciso I,

que os estabelecimentos de ensino, respeitados as normas comuns e as do seu

sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta

pedagógica; no artigo 13 e 14 – Definem as incumbências docentes com relação ao

projeto pedagógico; no artigo 13 “l – participar da elaboração da proposta

pedagógica do estabelecimento de ensino e no Artigo 14”

“l – participação dos profissionais de educação na elaboração do projeto pedagógico

da escola”.

Em conformidade com a nova LDB, o Projeto Político Pedagógico constitui-se

na construção coletiva da identidade da escola pública de qualidade que pressupõe

um projeto de sociedade, de educação, de cultura e de cidadania, fundamentado na

democracia e na justiça social.

Portanto, deve expressar a reflexão e discussão crítica sobre os problemas da

sociedade e da educação, para encontrar as possibilidades de intervenção na

realidade, buscar a transformação da realidade social, econômica e política; e exigir

e articular a participação de todos os sujeitos do processo educativo: professores,

funcionários, pais, alunos e outros, de modo a construir uma visão global da

realidade e dos compromissos coletivos.

É importante salientar que o objetivo do Colégio Agrícola Estadual do

Noroeste é oferecer o Ensino Médio integrado à Educação Profissional,

desenvolvendo uma visão solidária e social na formação dos alunos e atender com

cursos e treinamentos práticos, um número elevado de famílias de baixo poder

aquisitivo na busca de alternativas para o desenvolvimento, emprego e renda da

região.

Para tanto, o Colégio Agrícola Estadual do Noroeste visa oferecer um ensino

pautado na ampliação e diversificação das atividades desenvolvidas nas pequenas

propriedades rurais, segundo a vocação regional, com enfoque agroecológico, de tal

forma que, os mesmos possam agregar valores a seus produtos, promovendo a

melhoria na qualidade de vida do homem do campo.

Nesse sentido, a metodologia aplicada tem em vista o desenvolvimento

humano sustentado, isto é, ir além dos conhecimentos técnicos. A educação como

meio de crescimento pessoal, deve levar o individuo ao conhecimento e pleno uso

dos seus direitos de cidadania e, a atingir uma vida digna e o enobrecimento da sua

personalidade, pois os profissionais que enfrentarão o mundo moderno devem estar

preparados para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo e para o exercício

da cidadania.

Deste modo, o Ensino Técnico Profissionalizante de nível médio, para a sua

consolidação, necessita de algumas ações que envolvem recursos financeiros para

atender um maior número de alunos e a própria comunidade local. Considerando as

necessidades pedagógicas, a equipe técnica através de estudos da especificidade

regional, elaborou um projeto contemplando as atividades agrícolas e pecuárias a

serem implementadas na estrutura do Colégio.

2.1 – Identificação do estabelecimento

UNIDADE EXECUTORA: Colégio Agrícola Estadual do Noroeste – E.F.P

Código do Colégio: 00192

ENDEREÇO PARA CONTATO: Rodovia Pr 182 Km 01 – Cx postal: 13 CEP: 87990-000

LOCALIZAÇÃO: Zona Rural

MUNICÍPIO: Diamante do Norte

Código do Município: 0710

ESTADO: Paraná

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE LOANDA

Código do NRE: 20

TELEFONES: (44) – 3429-8300 ou Fax: (44) 3429-8305

E-MAIL: [email protected]

SITE: dttcolagricola.seed.pr. gov.br

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

ATO DE AUTORIZAÇÃO – Resolução n°1044/05

ATO DE RECONHECIMENTO: Resolução n° 3253/07

ATO ADMINISTRATIVO DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR: nº. 170/07.

2.2 – Aspectos históricos da escola

Em 1986 a prefeitura municipal de Diamante do Norte solicita apoio da

Universidade Estadual de Maringá (UEM) para a implantação de um Colégio

Agrícola no Município. A UEM a partir disso, inicia negociação com os governos dos

Estados do Paraná e São Paulo e elabora o projeto do Campus.

Em 1987 a Companhia Energética de São Paulo – CESP começou o

programa de desativação do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Rosana,

localizada no Rio Paranapanema, em território paranaense.

O Prefeito de Diamante do Norte, Sr. Manoel Francisco de Queiroz,

através do Ofício nº 122/87, de 11/05/87, solicita ao Exmº Sr. Governador do Estado

de São Paulo, a doação das instalações do canteiro de obras da Represa de

Rosana para estabelecimento de um Colégio Agrícola na região Noroeste do

Paraná. A solicitação é acatada e a Prefeitura Municipal de Diamante do Norte

solicita apoio à Secretaria de Estado da Educação, que por sua vez consulta a UEM,

quanto ao interesse de realizar o projeto, organizar e dirigir o futuro Colégio Agrícola

do Noroeste do Estado.

Em agosto de 1987 após visita local, UEM e SEED, verificam a viabilidade

e a necessidade da instalação de um Colégio Agrícola na região.

Em novembro do mesmo ano, representantes da UEM e da Associação

dos Municípios do Noroeste do Paraná – AMUNPAR entregam ao Governador do

Estado do Paraná o projeto do campus do qual faz parte o subprojeto do Colégio

Agrícola e outros subprojetos de pesquisa e extensão. Em dezembro é comunicado

o apoio ao projeto através do Ofício nº 1132/87-GAB.

Em reunião da AMUNPAR decidiu-se que cada município contribuiria com

uma quantia para a aquisição dos 30 alqueires de terra arável necessários à prática

agrícola do Colégio. Igualmente as cooperativas da região se comprometeram a

colaborar.

Em junho de 1988, o Governador Álvaro Dias, através do ofício ATG-

1000/88, comunica ao Governador de São Paulo, Sr. Orestes Quércia, seu interesse

em receber o canteiro de obras de Rosana. Em outubro, a CESP envia a UEM como

seu representante o Dr. Sérgio Pamplona para acertar com a Direção da UEM os

termos do compromisso de intenções que deverá ser assinado entre CESP, UEM e

governos de São Paulo e Paraná.

Em fevereiro de 1989 ficou caracterizada a doação à UEM de 79,8

hectares de terra com 37.000m2 de edificações diversas.

Através do Parecer da Secretaria de Educação do Estado do Paraná de

28/03/90, o Governo do Estado cria o Colégio Agrícola do Noroeste do Paraná.

Nesta mesma data a UEM cria o Campus Regional do Noroeste. Em Dezembro, a

UEM faz a doação de 30 alqueires para Implantação da fazenda Escola.

Em 1993, o então governador Roberto Requião autoriza o início do

funcionamento do Colégio Agrícola.

O Parecer 239/93 de 18/03/93 recomenda que seja encaminhado à

SEED/DESG no 3º trimestre de 1994 o processo próprio (reconhecimento) e

aprovação da Grade Curricular e aprova Projeto de Implantação de Ensino de 2º

Grau Técnico em Agropecuária.

Portanto, em 1994 a Deliberação 17/93, Parecer 239/93 de 26/01/94

considera a Grade Curricular adequada a tal Deliberação, suprimindo EMC e OSPB.

Ainda neste mesmo ano, o Parecer 602/94 de 29/09/94 favorece o pedido de

prorrogação de autorização de funcionamento da Habilitação Técnico em

Agropecuária que é concedido com a Resolução nº 4949/94 que autoriza a

prorrogação por mais 02 (dois) anos, a partir do início do ano letivo de 1995.

Em 1996, o governo de Jaime Lerner estabelece uma nova política para o

Ensino profissionalizante no Estado do Paraná e o fechamento do Colégio Estadual

Agrícola do Noroeste.

Em 1997, a UEM solicita sua renovação do convênio junto à SEED, a fim

de concluir as turmas em andamento no Colégio Estadual Agrícola do Noroeste, o

que não ocorreu, e por meio de recursos próprios manteve seu compromisso com a

Região.

O Ato Administrativo nº 122/97, Parecer 157/97 de 30/07/97 aprova o

Regimento Escolar.

A Resolução nº 3082/97, Parecer 269/97 de 10/09/97 reconhece a

habilitação Técnica em Agropecuária, em caráter excepcional, para fins de cessação

gradativa, a partir do ano letivo de 1997 e reconhece o estabelecimento.

A cessação gradativa das atividades escolares da Habilitação Técnico em

Agropecuária ocorre com a Resolução nº 3458/97, Parecer 1906/97 de 15/10/97,

obedecendo ao seguinte cronograma de cessação: 1997 a 3ª série; 1998 a 1ª e 2ª

séries; 1999 a 1ª, 2ª e 3ª séries.

A Resolução nº4801/99, Parecer 440/99 de 10/11/99 acrescenta

profissional no nome, passando a denominar-se: Colégio Agrícola do Noroeste -

Ensino Médio e Profissional.

A partir da mesma Resolução autoriza o funcionamento do Curso Técnico

em Produção Agrícola com ênfase em Mandiocultura no Colégio Agrícola do

Noroeste - Ensino Médio.

Em 2004, o governo de Roberto Requião estabelece uma nova política

educacional que contribui para a reabertura do Colégio Agrícola Estadual do

Noroeste, com um total de 120 alunos.

A Alteração da denominação de Centro Estadual de Educação

Profissional Agrícola do Noroeste para Colégio Agrícola Estadual do Noroeste -

Ensino Fundamental e Profissional, é autorizada com o Parecer 0470/05 -CEF.

Em 2005 tem-se a abertura de mais 80 vagas para o curso Técnico em

Agropecuária e apresentação do projeto de implementação da infra-estrutura do

Colégio Agrícola Estadual do Noroeste. Neste mesmo ano, a Resolução n°1044/05,

Parecer 0470/05 - CEF de 08/04/05 autoriza o funcionamento do Ensino

Fundamental 5/8 série, com a oferta da 8ª série, no período matutino, com 25 vagas.

A Resolução n°3331/05, Parecer 0682/05 - CEE reconhece o curso da oitava série

do Ensino Fundamental.

Em 08 de março de 2006 a Resolução n° 997/06 autoriza o

funcionamento do curso Técnico em Agropecuária - Área profissional Agropecuária,

integrado ao Ensino Médio, com oferta presencial desde 2004, com sua implantação

gradativa através do Parecer 0134/06 - DEP.

A Resolução n° 3253/07, Parecer 409/07 reconhece em 12/09/2007 o

curso Técnico em Agropecuária integrado ao Ensino Médio a partir de 04/07/07.

2.3 - Espaço físico

O Campus onde está localizado o Colégio Agrícola Estadual do Noroeste

possui uma área total de 84,7 hectares, sendo 14.184,47m2 de construções e

71,8.ha ocupado pela fazenda - escola. Toda esta área está inserida na Estação

Ecológica do Caiuá que conta com 142.630 hectares, protegendo uma das últimas

amostras significativas da exuberante Floresta Estacional Semidecidual.

O Colégio Agrícola Estadual do Noroeste está instalado no Campus Regional

do Noroeste, extensão da Universidade Estadual de Maringá ocupando um espaço

físico que abrange 05 (cinco) pavilhões, destinados a salas de aula, alojamentos dos

alunos, sala dos professores, laboratórios de física, química, biologia e agroindústria,

lavanderia, sala de coordenação de curso e coordenação pedagógica, sala de

coordenação de estágio, sala de administração do internato, sala de vídeo, sala de

jogos. E ainda conta com área reservada às dependências administrativas (sala de

direção, secretaria e setor financeiro) além dos espaços reservados à cozinha,

refeitório, biblioteca e laboratório de informática.

As instalações físicas da escola precisam de constantes reparos e necessitam

de profundas reformas por se tratar de uma construção antiga e também sendo a

sua estrutura física mista. Por isso, para sua manutenção torna-se necessário um

dispêndio de recursos financeiro muito grande.

Muitos dos seus ambientes, principalmente, as salas de aula, apresentam-se

pouco iluminadas e ventiladas. Com relação aos problemas de ventilação, justifica-

se pela sua arquitetura em relação à altura do piso ao teto e quantidade de janelas e

portas. Já o problema da iluminação se refere à precariedade da rede elétrica.

Os alojamentos masculinos e femininos dos alunos contam com móveis

adequados fornecidos pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná bem como

mobília de uso pessoal.

Os ambientes que compõem a atual estrutura física do colégio na sede do CRN são:

• Sala da direção• Secretaria• Sala da Coordenação Pedagógica e Coordenação de Curso • Sala da Coordenação de Estágio• Sala da Sala da Direção da UDP• Sala dos professores• Sala de jogos• Sala do setor financeiro• Sala do Grêmio Estudantil• Internato• Cozinha• Refeitório• Lavanderia• 04 Sanitários femininos• 10 Sanitários masculinos• Biblioteca• Laboratórios de informática• Salão de reuniões• 10 Salas de Aula em funcionamento• 03 Quadras de esportes (apenas uma é coberta)• Alojamento feminino: 02 pavilhões com 08 quartos cada• Alojamento masculino: 06 pavilhões com 08 quartos cada• 02 Salas de televisão/vídeo• Laboratório de química e física• Sala para agroindústria• Laboratório de biologia.• Área para cunicultura e avicultura• Área do viveiro de mudas• Área da olericultura

2.4 - Recursos materiais

MATERIAIS DIDÁTICOS/TECNOLÓGICOSDescrição Quantidade

Televisor 21 (tela plana) 01TV 29 - multimídia 12Vídeo-cassete 01Aparelho de DVD 01Retroprojetor 03Conjunto de ótica e ondas 01Conjunto de termologia 01LEIS DE OHMs 01Globo (mapa mundi) 02

Monitor 15” (Laboratório Proinfo) 10CPU 16Impressora 01Monitor 17” (Laboratório Paraná Digital) 25Impressora 03Servidor 01Micro sistem 01Televisor 02Microscópio 02

EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIOSDescrição QuantidadeFogão 6 bocas 02Conjunto Escolar FDE/4 312Conjunto de mesas e bancos 30Extrator Centrífugo 01Lavadora horizontal – 50 kg 01Beliche tubular 143Estante de aço 14Multiprocessador de alimentos 01Amassadeira basculante 01Mesa de leitura 20Cadeira estofada 45Cadeira tubular 150Freezer 300 lts 04Liquidificador industria 8 lts 02Ventilador de parede 32Batedeira Semi-industrial - 12 lts 01Armário de aço 2 portas 136Mesa do professor 11Armário aço 16 portas 03Mesa de informática 17Cadeira giratória 34Receptor 02Rack p/ TV 12Mesa escrivaninha com3 gavetas 04Secadora rotativo frontal 01Modelador de pão 01Bebedouro 04Coifa industrial (aço inox) 01Distribuição de alimentos (aço inox) 01Dosador de cloro 01Geladeira 05Arquivo de aço com 4 gavetas 07Aparelho de fax 02Câmera fotográfica digital 01Cofre de gaveta 01Computador 02

Condicionador de ar 03Esmerilhadeira moto esmeril 01Fogão industrial 01Furadeira elétrica 02Home theater 01Impressora 06Lavadora (tanquinho) 01Máquina jato d água 01Mesa p/ computador 03Serra circular 01Serra marmori 01Antena parabólica 01Cilindro elétrico 01

VEÍCULOS E IMPLEMENTOSDescrição QuantidadeTrator John Deer 4x4 01Semeadora adubadora 01Carreta agrícola 01Micro - ônibus 01Caminhonete S-10 01Distribuidor de esterco 01Escarificador - tração mecânica 01Pulverizador agrícola 01Misturador ração 01Triturador 01Cabine para trator 01Trator roçadeira 01Moenda de cana c/ motor 01Motor bomba p/ irrigação 01Soldador elétrico 01Roçadeira motor 02Motoserra 01

2. 5 - Recursos humanos

Pessoal de execução, apoio, docente e administrativo do Colégio Agrícola Estadual do Noroeste. (ver tabela).

Equipe administrativa do Campus Regional do Noroeste – extensão da UEMDiretor(a) do Campus/CRN

ÓRGÃOS COLEGIADOS QUANTIDADE FUNÇÃO VÍNCULO

EQUIPE DE DIREÇÃO

03

Diretor QPM

Diretor auxiliar QFEB

Diretor Auxiliar da UDP QPM

EQUIPE PEDAGÓGICA

01 Coordenador Pedagógico QPM

02 Pedagogo do Internato REPE

COORDENAÇÃO

02 Coordenador de Curso QPM

01 Coordenador de Estágio QPM02 Coordenador técnico QPM

EQUIPE DOCENTE

08 Base Nacional Comum QPM

03 Base Nacional Comum REPR

11 Formação Específica QPM01 Formação Específica REPR

EQUIPE TÉCNICO-

ADMINISTRATIVO

01 Secretário (a) QFEB01

01

Auxiliar de secretaria

Auxiliar de secretaria

PSS

QFEB

01 Auxiliar Adm. do Internato QFEB02 Bibliotecário (a) QFEB

01 Técnico em contabilidade QFEB02 Almoxarife QFEB

EQUIPE AUXILIAR –

OPERACIONAL

06 Cozinheiras REPR

02 Lavadeiras READ01 Motorista READ

01 Inspetor READ01

03

Vigia

Vigia

READ

QFEB

06

01

Trabalhador de Campo

Trabalhador de Campo

READ

QFEB

02 Auxiliar Serviços Gerais READ01

01

Tratorista

Tratorista

QFEB

READ

Coordenador (a) de Projetos -UEM/CRN;

Coordenador (a) de ensino e treinamentoSecretário(a)

2.6 - Oferta e demandas de vagas

Nº. DE ALUNOS 2007 2008 2009 2010INSCRITOS 233 207 240 233VAGAS 80 110 80 80EXCEDENTES 153 97 160 153

2.7 - Dados educacionais

ANO LETIVO Nº de alunos matriculados

Taxa de aprovação

Taxa de Reprovação

Taxa de abandono

2007 211 95,7 4,2 02008 224 97,3 2,6 02009 209 93,7 4,8 1,4

0

50

100

150

200

250

300

350

2006 2007 2008 2009 2010

INSCRITOS

VAGAS

EXCEDENTES

2.8 – Característica da comunidade escolar

2.8.1 – Corpo Discente

O corpo discente é constituído, em sua maioria, de alunos advindos dos

municípios do estado do Paraná, principalmente, da região noroeste paranaense e

em minoria advindos dos estados do Mato Grosso do Sul e São Paulo. E, em 2008

também recebemos alunos paraguaios.

Quanto ao nível sócio-econômico e cultural apresentam-se heterogêneos,

pois nossos alunos são oriundos de famílias de trabalhadores rurais, de pequenos

proprietários rurais, assentados e de latifundiários.

Portanto, grande parte dos alunos reside na zona rural, advindos de famílias

de classe média baixa, cuja renda varia de um a três salários mínimos.

Os alunos internos utilizam o transporte coletivo para o deslocamento de suas

casas até o colégio. Já os alunos externos, ou seja, aqueles que residem na cidade

de Diamante do Norte utilizam o transporte escolar.

0

50

100

150

200

250

2006 2007 2008 2009

TAXA DEAPROVAÇÃO %

TAXA DEREPROVAÇÃO %

TAXA DE ABANDONO

Nº ALUNO/ANO

2.8.1.1 – Alunos atendidos

ESTADOS

Ano letivo

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Paraná 76 67 72 41 71 49 51

São Paulo 0 2 3 2 6 3 6

Mato Grosso do Sul

3 2 8 9 18 13 10

2.8.1.2 – Requisitos de acesso

Para o ingresso em nossa instituição os alunos passam por um processo de

seleção: questionário sócio-econômico, apresentação do histórico escolar da 8ª

série, especificamente, com atenção voltada ao desempenho nas disciplinas de

Língua de Portuguesa e Matemática e entrevista para, com isso, tentar identificar o

seu perfil agropecuário.

2.8.2 – Corpo Docente

Em relação aos professores, a escola conta com educadores licenciados,

especialistas, mestres e doutores sendo que vários deles se deslocam de municípios

0

10

20

30

40

50

60

70

80

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Paraná

São Paulo

Mato Grosso doSul

relativamente distantes para cumprirem sua jornada de trabalho. Deste modo, para

sua maior comodidade é disponibilizado alojamento para esses professores.

Também encontramos professores com jornadas complexas, que precisam

completar sua carga horária em diversas escolas, o que desfavorece a excelência

na execução de suas atividades didáticas. Porém, mesmo dentro deste quadro de

adversidades contamos com professores comprometidos com a formação integral

dos alunos.

A equipe docente é composta por 11 professores licenciados que atendem as

disciplinas da Base Nacional Comum de ensino e 14 professores da formação

específica (06 agrônomos, 01 médico veterinário, 03 zootecnistas, 01 administrador,

02 técnicos em informática e 01 tecnólogo em alimentos) que atendem as disciplinas

aplicadas às técnicas de produção agropecuária.

2.8.3 – Quadro de Funcionários

A maioria dos funcionários reside no município e tem o trabalho na escola sua

forma principal de sustento. Os funcionários que moram em outros municípios têm

alojamento dentro da escola.

O quadro dos Funcionários é formado pelos cargos de Agente Educacional I e

Agente Educacional II.

O cargo de agente educacional abrange as funções na área de manutenção

de infra-estrutura escolar e preservação do meio ambiente, alimentação escolar e in-

teração com o educando. E, o cargo de agente educacional II abrange as funções na

área de administração escolar e operação de multimeios escolares.

Todos os funcionários não concursados e que atuam na categoria agente

educacional I possuem o ensino médio completo e alguns já freqüentam curso de

nível superior na área da educação. Os funcionários da categoria agente

educacional II têm curso de nível superior e a maioria possui cursos de

especialização. As funções são bem diversificadas e cada um trabalha, sempre que

possível, no setor no qual tem alguma experiência.

Os funcionários permanecem em tempo integral na escola e, portanto utilizam

o refeitório para as refeições e contam com espaço para descanso. O meio de

transporte de acesso ao colégio utilizado pelos funcionários que residem em

Diamante do Norte é disponibilizado pela prefeitura do município.

2.8.4 – Equipe de direção e pedagogo(s)

A equipe de direção é composta pelo diretor, diretor auxiliar e diretor auxiliar

da UDP (Unidade Didática Produtiva) eleitos democraticamente pela comunidade

escolar.

O gestor escolar administra, dirige, coordena e articula o trabalho de

professores e funcionários em função de uma meta: a aprendizagem de todos os

alunos. E a equipe pedagógica junto com ele responde por esse trabalho, formando

uma relação de parceria e cumplicidade para transformar a escola num espaço de

aprendizagem.

A relação intrínseca do papel do diretor e equipe pedagógica na gestão esco-

lar é clara e inevitável, uma vez que o pedagogo responde pela mediação, organiza-

ção, integração e articulação do trabalho pedagógico e ao diretor, cabe dirigir e coor-

denar o andamento do trabalho pedagógico, de acordo com sua função social.

2.8.5 - Relação entre a escola - família e comunidade

A escola busca o fortalecimento da participação efetiva dos pais,

principalmente, através do Conselho Escolar e APMF, de modo que possam

contribuir com suas opiniões, suas culturas, revelando seus desejos e aspirações no

sentido de colaborar com a qualidade de ensino de seus filhos. Contudo,

encontramos dificuldades com relação à efetiva participação da família na escola,

pois a maioria reside em municípios distantes e até mesmo em outros estados.

No entanto, é imprescindível a presença e a participação da família na escola

não apenas em reuniões de pais de entrega de boletins e para informá-los dos

problemas disciplinares do aluno, mas para responder pelo que é de sua

responsabilidade na educação de seus filhos.

3 - Objetivos da Instituição

3.1 - Objetivo geral

Formar profissionais técnicos para a área agropecuária com enfoque na

produção agroecológica, despertando consciência crítica com visão solidária e social

com condições de promover o desenvolvimento regional sustentável.

3.2 - Objetivos específicos

Desenvolver a educação profissional, integrada às diferentes formas de

educação, trabalho ciência e tecnologia, conduzindo ao permanente

desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva.

Propiciar a melhoria da qualidade da produção e de qualidade de vida do

homem do campo, através de ações voltadas para a agropecuária sustentada nas

pequenas e médias propriedades.

• Contribuir para o acesso, a permanência e o sucesso dos alunos em relações

democráticas, promovendo a identidade social dos mesmos;

• Proporcionar formação técnica às atividades agropecuárias que permita o

desenvolvimento rural, com capacidade de pensamento autônomo e criativo;

• Oferecer uma educação de qualidade em vista à formação do cidadão crítico,

reflexivo e participativo;

• Respeitar a diversidade étnica, social e cultural dos educandos;

• Possibilitar a formação continuada do coletivo de profissionais da educação;

• Possibilitar o uso das novas tecnologias de informação e de comunicação na

prática docente;

• Favorecer a participação da comunidade escolar na gestão democrática da

escola, de modo a promover a integração com os órgãos colegiados (Conselho

Escolar, APMF, Grêmio Estudantil, Conselho de Classe);

4 – MARCO SITUACIONAL

Na sociedade contemporânea, as vertiginosas transformações no mundo do

trabalho, o avanço tecnológico configurando a sociedade virtual e os meios de

informação e comunicação exercem uma força brutal nas relações sociais e em

todas as instituições de nossa sociedade, exigindo delas um reposicionamento e a

busca de um novo perfil frente aos desafios do que tem se chamado de pós-

modernidade.

Essas transformações atingem crucialmente a escola, suas concepções, suas

formas de construção do saber, pois há, sem dúvida alguma, uma mudança de

paradigma que está a exigir um novo modelo de escola e um novo perfil de

professor que possam estar a serviço de uma escolarização de qualidade social, e

atenda efetivamente, com eficiência e eficácia, a todas as crianças, jovens e adultos

que demandam a instituição escolar.

Nesse sentido, as tendências do mundo contemporâneo de adaptar as

políticas públicas, principalmente de Educação Profissional e de instituições

responsáveis por essa modalidade de ensino, aos aspectos orientadores da

globalização, do neoliberalismo, das novas tecnologias, das novas formas de

informação, de comunicação e de todas as rápidas transformações em que a

sociedade está envolvida, apontam para a necessidade de um novo modelo de

desenvolvimento afluído para o conhecimento.

Desta forma, a educação deve pensar o desenvolvimento considerando os

aspectos da diversidade, da especificidade regional, os recursos disponíveis, as

expectativas, os anseios e necessidades da comunidade.

4.1 - Realidade brasileira

O Brasil é considerado um país emergente e ocupa, atualmente, o 6º lugar no

ranking das maiores economias do mundo. O país é um grande produtor e

exportador de mercadorias de diversos tipos, principalmente commodities minerais,

agrícolas e manufaturados. As áreas de agricultura, indústria e serviços são bem

desenvolvidos e encontram-se, atualmente, em bom momento de expansão.

Contudo, o Brasil está com uma das mais altas concentrações de renda do

mundo. E, embora o país tenha enriquecido nos últimos anos não conseguiu

transformar esta riqueza em mais expectativa de vida e em educação.

A educação brasileira passou por grandes transformações nas últimas

décadas, que tiveram como resultado uma ampliação significativa do número de

pessoas que têm acesso a escolas, assim como do nível médio de escolarização da

população. No entanto, estas transformações não têm sido suficientes para colocar

o país no patamar educacional necessário, isto é, da igualdade de oportunidades

que a educação deve proporcionar a todos os cidadãos.

As grandes disparidades sociais e econômicas existentes no Brasil se

refletem em especial sobre a qualidade de vida da população: expectativa de vida,

mortalidade infantil e analfabetismo, dentre outros aspectos.

Segundo os dados divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento (PNUD) o Brasil apresenta IDH de 0,813, valor considerado alto e

atualmente ocupa o 75° lugar no ranking mundial.

Os novos números mostram que taxa de alfabetização brasileira aumentou de

88,6% para 89,6% (10,4% de analfabetismo), correspondendo ao principal motivo da

melhoria do IDH do Brasil. Já a taxa bruta de matrícula não sofreu alteração. No

ranking do índice referente à educação, o país é o 65º do mundo.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Paulo Montenegro revelou que 74% dos

brasileiros são analfabetos funcionais, ou seja, não são capazes de realizar a leitura

de um texto devido à dificuldade de interpretação. De cada 4 pessoas somente uma

consegue entender um texto complexo.

4.2 - Realidade do estado do Paraná

O Paraná ocupa o quinto lugar em importância econômica entre todos os

estados brasileiros. As diferentes características físicas e climáticas do estado

propiciam a existência de atividades agrícolas diversificadas e seu grau de

desenvolvimento econômico permite a utilização de avançadas técnicas agrícolas,

que nos traduzem mais altos índices de produtividade do país.

Na agricultura, a soja, milho, feijão, algodão, café e trigo são as principais

lavouras do estado. Destaca-se ainda, a produção de batatas, de cana-de-açúcar,

de mandioca e de arroz. Nos últimos anos, programas de desenvolvimento da

fruticultura vêm sendo implantados em diversas regiões do estado.

O estado possui um dos maiores rebanhos pecuário do país, sendo

expressivas também as criações de suínos e galináceos. A produção paranaense

de leite representa cerca de 10 % da produção nacional.

O estado do Paraná apresenta o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)

de 0,820. Na área de educação, o estado saltou de 0,896 em 2002 para 0,913 em

2005. Para a avaliação desta área, o indicador é medido pela combinação da taxa

de alfabetização de pessoas de 15 anos ou mais e taxa de freqüência escolar nos

três níveis de ensino (fundamental, médio e superior) em relação à população de 7 a

22 anos de idade.

4.3 - Realidade do município

O Colégio Agrícola Estadual do Noroeste, localizado no Município de

Diamante do Norte – situado na região Noroeste do Estado do Paraná, atende

alunos dos municípios da AMUNPAR (Associação dos Municípios do Noroeste do

Paraná) além de outros municípios do Paraná, Estado de São Paulo e Mato Grosso

do Sul e através de um acordo entre o governo do Paraná e do Paraguai passamos

a receber alunos Paraguaios.

A população dos 28 municípios da Amunpar é de 260.234 habitantes,

segundo estimativa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE,2009).

Cerca da metade desses municípios apresentam um percentual de pessoas

pobres mais do que a média do estado.

A taxa de analfabetismo da população entre 15 anos e mais dos municípios

que integram a Amunpar é de 12% a 17% da população.

O município de Diamante do Norte possui uma população de 5.624

habitantes, segundo estimativa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE, 2007).

Quanto à situação educacional da comunidade, a taxa de analfabetismo

(IBGE, 2000) da população de 15 anos e mais é de 15,1% e de 15 à 19 anos é de

1,6 %. E o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município - 0,738

é considerado médio.(PNUD,2000).

O nível sócio-econômico da comunidade classifica-se de médio para baixo,

sendo a renda familiar de 80% da população em torno de um salário mínimo.

O ramo de atividade exercido pela maioria da população baseia-se na

agropecuária, indústria e comércio/serviços.

A atividade econômica predominante no município está ligada à Agricultura e

Pecuária.

Na agricultura destaca-se o plantio de café, milho, mandioca, feijão e cana-

de-açúcar e na pecuária destaca-se a criação de bovinos e suínos.

A região Noroeste do Paraná caracteriza-se pela existência de uma grande

quantidade de pequenos proprietários de terras. Das propriedades rurais existentes

na região cerca de 4.950 são classificadas em micro e pequenas propriedades,

sendo que cerca de 85% dos alunos são oriundos destas propriedades.

Diante deste quadro, o fortalecimento do ensino médio profissionalizante,

principalmente em regiões carentes, beneficiando principalmente o meio rural, é uma

atitude política que promove a sustentabilidade das famílias no campo. Neste

contexto, o estado assume a responsabilidade social de incentivo à produção,

geração e distribuição de rendas, inclusão das minorias e de respeito às diferenças

sociais.

5 - MARCO CONCEITUAL

5.1 - Pressupostos filosóficos

O ensino ministrado no Colégio Agrícola Estadual do Noroeste será em

conformidade com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº

9.394/96, o Estatuto da Criança e do Adolescente –ECA -, Lei nº 8069/90 e a

Legislação do Sistema Estadual de Ensino, pautado nos princípios de liberdade,

dignidade, respeito e solidariedade humana, tendo como finalidade a efetivação do

processo de apropriação do conhecimento, de modo a garantir o pleno

desenvolvimento do educando e sua preparação para o exercício da cidadania.

A prática pedagógica a ser desenvolvida nesta escola está embasada na

construção de valores sociais e humanos, dentre eles, a cidadania e a ética, pois, de

acordo com Libâneo:

É preciso que a escola contribua para uma nova postura ético-valorativa de recolocar valores humanos fundamentais como a justiça, a solidariedade, a honestidade, o reconhecimento da diversidade e da diferença, o respeito à vida e aos direitos humanos básicos, como suportes de convicções democráticas. (2002, p.7).

A proposta educativa, portanto baseia-se na formação ampla do técnico em

Agropecuária, abordando a formação técnica alinhada a conhecimentos humanos

que permitam os estudantes compreender melhor a realidade que o cerca, perceber

os aspectos morais, éticos e filosóficos envolvidos na convivência em sociedade e

adquirir uma formação cultural mais ampla, compreendendo o papel do ser humano

enquanto produtor e disseminador de conhecimento e cultura.

A educação profissional em nível médio será desenvolvida de forma integrada

ao ensino médio, e tendo o trabalho como princípio educativo, visando à formação

humana para a apreensão dos conhecimentos sócio-histórico-científicos e

tecnológicos, indispensáveis ao exercício da cidadania, à efetiva participação nos

processos sócio-culturais e produtivos e a continuidade dos estudos. Para tal,

alicerça seu planejamento a partir das seguintes concepções.

5.1.1 - Concepção de mundo

O Mundo é onde ocorrem as interações homem-homem e homem-meio social

caracterizadas pelas diversas culturas e pelo conhecimento.

Enquanto uma dimensão histórico-cultural e, portanto inacabado, o mundo

encontra-se em uma relação permanente com o ser humano, igualmente inacabado

que transformando e sendo transformado pelo mundo, o mesmo sofre os efeitos de

sua própria transformação.

O mundo atual se caracteriza pela pluralidade de formas de compreender a

realidade, exigindo o surgimento de novas narrativas no processo de produção do

conhecimento.

Uma vez que a atuação da escola consiste na preparação do aluno para o

mundo adulto e suas contradições e considerando que seu papel “transformador”

está na compreensão crítica do mundo, a qual só é possível através da apropriação

dos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade, torna-se

necessário que a escola inclua em seus conteúdos curriculares a dimensão

humanística, técnica-científica e político-social, de modo a permitir a inserção do

educando no mundo real e complexo, fazendo-o compreender que as mudanças

estruturais também necessitam de sua participação.

5.1.2 - Concepção de sociedade

A sociedade pode ser conceituada como organização humanamente fundada

ou sistema de inter-relações que articula indivíduos numa mesma cultura. Ou ainda,

conjunto de indivíduos que vivem em um grupo organizado, sujeitos as mesmas

regras, compartilhando costumes, histórias, valores e princípios. Esse conjunto de

normas e regras determina condutas que rege a vida dos indivíduos, entrando assim

no campo da moral e da ética, atingindo terrenos dos valores, presentes nas ações e

nas reflexões de homens e mulheres na sociedade.

Vivemos hoje, na era da sociedade do conhecimento, marcada pelo foco na

informação, onde estamos reaprendendo a conhecer, a comunicar-nos, a ensinar e

a aprender; a integrar o humano e o tecnológico; a integrar o individual, o grupal e o

social.

Na atual sociedade capitalista e globalizada, caracterizada pelo individualismo

e a competitividade faz-se necessário construir uma sociedade democrática e

autônoma, crítica e reflexiva, comprometida com o desenvolvimento sustentável.

5.1.3 - Concepção de educação

A Educação é um dos pilares fundamentais dos direitos humanos, da

democracia, do desenvolvimento sustentável e tem dado provas de sua capacidade

de transformar-se e propiciar mudanças e progressos para a sociedade.

A educação é processo de emancipação humana. Educar é totalmente

diferente de treinar, domesticar, adaptar, moldar, adequar, integrar. Educar não é

enquadrar, incutir um padrão ou modelo, mas sim formar pessoas autônomas,

sujeitos livres e responsáveis.

A Educação deverá ser transformada para enfrentar os desafios propostos

pelo desenvolvimento da sociedade do conhecimento, enfrentando a profunda crise

de valores afetada pelo exacerbado interesse econômico, e assumir dimensões

éticas e morais mais profundas.

5.1.4 - Concepção de escola

A Escola enquanto instituição social tem uma série de funções, dentre elas,

contribuir para o desenvolvimento global do indivíduo, ou seja, desenvolvimento nos

aspectos sociais, cognitivos, afetivos, moral cívico e ético, e ao mesmo tempo

integrá-lo na sociedade como membro ativo e participante. Esses objetivos são para

todos, sem distinção.

A Escola, portanto deve responder às necessidades de socializar, de

transmitir a cultura, de integrar, de capacitar para o exercício pleno da cidadania as

novas gerações, satisfazendo as necessidades de desenvolvimento pessoal e

realização do indivíduo, sem discriminação de qualquer índole.

Portanto, a Escola deve ser o espaço que proporciona igualdade de

oportunidades, compensando as desigualdades sociais existentes na sociedade.

Uma Escola de qualidade seria aquela que presta serviços públicos gratuitos, de

qualidade pedagógica, sem privilégios, com espaço aberto para todos. Uma escola

comum, que lute contra a segregação, contra as desigualdades e discriminação.

Sem essa base epistemológica será difícil responder aos desafios

educacionais do século XXI.

5.1.5 - Concepção de homem

O homem é sujeito histórico, produto e produtor das relações econômicas,

sociais, culturais e políticas que o transformam e são transformados pelos conflitos

estabelecidos entre as diferentes classes sociais.

O ser humano é social por natureza. Desde muito jovens vivemos em

sociedade, fazemos parte e formamos grupos com pessoas das mais diversificadas

crenças, origens e personalidades. Graças a esse convívio no decorrer de nossas

vidas, vivemos situações que nos constrangem ou enaltecem, sofremos desilusões,

aprendemos com nossos erros e acertos e, através de comparações, conseguimos

construir a nossa personalidade e interagir com o universo.

Para que o Homem seja considerado enquanto sujeito histórico há a

necessidade de levar em consideração o seu mundo vivido, os conflitos

estabelecidos entre as diferentes classes sociais que são determinadas pelas

relações dialéticas, e, para que o educando possa analisar-se enquanto sujeito no

convívio social através da ação pedagógica consideramos que a leitura crítica da

realidade social tem de ser evidenciada, através da Ação Comunicativa.

5.1.6 - Concepção de trabalho

O trabalho é o eixo do processo educativo, porque através dele o homem

modifica a natureza e também se modifica, numa perspectiva que incorpora a pró-

pria história da formação humana. Ao consideramos o trabalho uma práxis humana,

é importante o entendimento de que o processo educativo é um trabalho não mate-

rial, uma atividade intencional que envolve formas de organização necessária para a

formação do ser humano.

5.2 - Pressupostos epistemológicos

O contexto social, político, econômico e educacional em que vivemos, tem

pressionado por necessárias transformações dos sistemas de ensino e das escolas

na direção de novas concepções de conhecimento, ensino e aprendizagem,

avaliação e currículo, dentre outros elementos do processo ensino-aprendizagem.

Nesse sentido, a proposta educativa desta instituição de ensino apresenta as

concepções de conhecimento, ensino e aprendizagem, avaliação e currículo

defendidos pelo coletivo da escola de forma a contribuir no desenvolvimento de

práticas escolares capazes de aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem.

5.2.1 - Concepção de conhecimento

O conhecimento é construído através das relações sociais, em suprimento

das necessidades individuais, pensadas coletivamente, e revestidas de

intencionalidade. Sendo o conhecimento processos humanos, históricos,

incessantes, de busca de compreensão, de organização, de transformação do

mundo vivido e sempre provisório, têm origem na prática do homem e nos processos

de transformação da natureza.

De acordo com Luckesi (1995) consideramos o conhecimento como uma

forma teórica-prática e prático-teórica de compreender a realidade que nos cerca.

Desse modo, a compreensão do mundo ocorre tanto em situações simples do

cotidiano quanto nas complexas, em instituições e laboratórios científicos.

Destacam-se, ainda, os seguintes aspectos em relação ao conhecimento:

- é social; é o indivíduo relacionado a outros que encontra saídas para os problemas

da realidade;

- é histórico: para solucionar impasses da atualidade contamos com a contribuição

do passado;

- é necessário para o progresso, para o atendimento às necessidades do ser

humano;

- e, finalmente, “o conhecimento, como compreensão da realidade e como

necessidade para o ser humano, pode ter uma função de libertação ou de

opressão”(p.56).

5.2.2 - Concepção de ensino e aprendizagem

Conjunto de ações e estratégias que o sujeito/educando, considerado na sua

individualidade ou coletividade, realiza, contando para tal, com a gestão facilitadora

e orientadora do professor, para atingir os objetivos propostos pelo plano e

formação. Constitui essencialmente o trabalho escolar, cujo produto é os

conhecimentos construídos, os conhecimentos dominados e as habilidades.

Consideramos que a relação entre ensino e aprendizagem não é mecânica,

não é uma simples transmissão do professor que ensina para um aluno que

aprende. Ao contrário, deve ser uma relação recíproca na qual se destacam o papel

dirigente do professor e a atividade persuasiva dos alunos.

Para Libâneo (1994) a educação sempre será produto da relação entre

educadores e educandos, porém, nesta concepção, os papéis de cada um são

diferentes em relação à construção do conhecimento. A tarefa principal do professor

é garantir a unidade didática entre ensino e aprendizagem, através do processo de

ensino. Ensino e aprendizagem são duas facetas de um mesmo processo. O

professor planeja, dirige e controla o processo de ensino, tendo em vista estimular e

suscitar a atividade própria dos alunos para a aprendizagem.

O Processo ensino-aprendizagem deve ser entendido como valorização do

educando em sua experiência social, na construção coletiva do conhecimento, para

que possa ser desenvolvida sua capacidade de pensar, criar, produzir, criticar,

também devendo participar nas decisões da estruturação e organização das aulas

como agente de transformação social na busca de determinados saberes e

conhecimentos. Nesta perspectiva, a relação professor-aluno deverá ser dialógica,

democrática, solidária, horizontal, em constante interação, possibilitando a

humanização e conscientização, ajudando-o a se comprometer no processo de

transformação social.

Portanto, pela diversidade individual e pela potencialidade que esta pode

oferecer à produção de conhecimento, conseqüentemente ao processo de ensino e

aprendizagem, pode-se entender que há necessidade de estabelecer vínculos

significativos entre as experiências de vida dos alunos, os conteúdos oferecidos pela

escola e as exigências da sociedade, estabelecendo também relações necessárias

para compreensão da realidade social em que vive e para mobilização em direção a

novas aprendizagens com sentido concreto.

5.2.3 - Concepção de avaliação

A avaliação na prática escolar tem sido associada a fazer prova ou fazer

exame, atribuir notas, repetir ou passar de ano, revelando desta forma, sua função

exclusivamente classificatória, oficializada pela visão de sociedade excludente, de

educação como simples transmissão e memorização de informações prontas e de

educando como ser paciente e receptivo.

Numa abordagem dialética e libertadora, concebemos a avaliação como um

processo contínuo de aprendizagem no qual se deve manter a interação professor-

aluno. Pode também ser definida como um meio de obter informações sobre os

avanços e as dificuldades do aluno, constituindo-se em um procedimento

permanente de suporte ao processo de ensino e aprendizagem, de orientação ao

professor na tomada de decisões em relação às atividades didáticas, a fim de ajudar

o educando a prosseguir com êxito seu processo de escolarização. Portanto, de

acordo com Luckesi, ao referir-se sobre a avaliação:

“significa diagnosticar e intervir, o que quer dizer,

praticar a investigação sobre o que está

acontecendo tendo em vista proceder intervenções

adequadas, sempre para a melhoria dos

resultados. ( 2005,p.8).

Neste caso, a avaliação não pode ser vista como método de reprovação, mas

uma especialidade para promover o conhecimento participativo, coletivo e

construtivo entre professor e aluno.

A avaliação entendida como uma ação pedagógica necessária para a qualida-

de do processo ensino-aprendizagem, deve cumprir, basicamente, três funções di-

dático-pedagógicas: função diagnóstica, função formativa e função somática.

A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96)

determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos

prevaleçam sobre os quantitativos. Da mesma forma, os resultados obtidos pelos

estudantes ao longo do ano escolar devem ser mais valorizados que a nota da prova

final. Entendemos, portanto, que a avaliação do aproveitamento escolar seja

praticada como uma atribuição de qualidades aos resultados da aprendizagem dos

educandos.

5.3 - Princípios da Gestão democrática

5.3.1 – Acesso e permanência na escola

A Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (Lei n° 9394/96) e o Estatuto da Criança do Adolescente (ECA -) garantem

e asseguram a igualdade de condições para o acesso e permanência do aluno na

escola.

Em vista disso, a gestão escolar tem como função propiciar a formação de

seus alunos e contribuir para o acesso, a permanência e o sucesso escolar da sua

aprendizagem.

O acesso aos alunos portadores de necessidades especiais (deficiência

física) relacionadas à locomoção ainda é restrito devido às instalações físicas da

escola sendo necessário realizar adaptações para assegurar as condições para sua

permanência na escola.

Apesar de apresentar baixos índices de evasão escolar devido ao seu

funcionamento em tempo integral, a escola realiza o trabalho de adaptação ao

regime de internato com os alunos da 1ª série. Os casos de desistências ocorrem

com mais freqüência nas primeiras semanas de aula e por isso proporcionamos aos

alunos uma semana de integração.

Outra medida adotada pela escola para a permanência do aluno na escola é a

oferta de atividades de complementação curricular e extracurricular realizadas no

período noturno e que envolve atividades artísticas, culturais e esportivas.

Com relação à assiduidade dos alunos, quando constatada a sua ausência

continuada o professor comunica a direção e/ou equipe pedagógica para que sejam

tomadas as devidas providências. A primeira medida a ser tomada é o registro na

Ficha FICA e o contato com os pais ou responsáveis, depois recorrer ao Conselho

tutelar e em última instância a Vara da Infância e da Juventude.

5.3.2 – Capacitação continuada de educadores

De acordo com Libâneo (2001), a formação teórica e prática dos professores

envolvem obviamente a formação inicial, mas será necessário um investimento

maciço na formação continuada através de um programa de requalificação

profissional.

A formação dos professores envolve a apreciação do saber e do saber-fazer;

o domínio de sua área de conhecimento, a relação desta com currículo da escola;

envolve competência profissional e a especificidade da função de ensinar, a necessi-

dade inerente desta profissão de estudo e de pesquisa permanente, bem como com-

promisso ético e político com a sociedade e com a escola pública. No entanto, de

acordo com Libâneo (2001) para garantir o exercício profissional de qualidade deve-

mos considerar as condições ideais de formação continuada:

(...) nas quais o professor aprende e desenvolve as competências, habilidades e atitudes profissionais; remuneração compatível com a natureza e as exigências da profissão; condições de trabalho (recursos físicos e materiais, ambiente e clima de trabalho, práti-cas de organização e gestão). (Libâneo, 2001, p. 63).

As ações de formação consistem em participar da construção e discussão do

projeto político pedagógico, reuniões de trabalho para discutir a prática com os cole-

gas, encontros com a Coordenação Pedagógica, pesquisas, mini-cursos, participar

de congressos, cursos, seminários, encontros, palestras, dentre outros.

A formação continuada se faz por meio de estudo, da reflexão, da discussão e

da confrontação das experiências dos professores. A rotina do funcionamento da Es-

cola pode ser a possibilidade de o professor aperfeiçoar, continuamente, sua compe-

tência docente-educativa.

A direção e a coordenação pedagógica deveram exercer um papel de desta-

que, apoiando e sustentando esses espaços de reflexão, investigação e formação

contínua.

A formação continuada é de responsabilidade da instituição de ensino, mas

também do professor que deve investir no seu desenvolvimento profissional.

5.3.3 – Qualidade do ensino-aprendizagem

A gestão democrática, em vista a qualidade de ensino-aprendizagem requer

a análise e avaliação dos aspectos físicos, administrativos e pedagógicos da escola

e suas implicações na prática pedagógica para assegurar ao educando o domínio de

conhecimentos escolares assim como o desenvolvimento de suas capacidades

intelectuais.

Para tanto, é preciso investir na formação continuada dos profissionais da

educação e na avaliação do seu desempenho; buscar cada vez mais a participação

de todos, procurando tomar as decisões em forma de colegiado, envolvendo o maior

número possível de atores do processo ensino/aprendizagem; implementar medidas

pedagógicas que levem em conta os resultados de avaliação dos alunos e a atuação

dos professores articulada ao projeto pedagógico e às necessidades de melhoria do

rendimento escolar; analisar os serviços prestados pela escola em relação ao

atendimento ao público, à manutenção do prédio, dos equipamentos, bem como a

utilização e aplicação dos recursos financeiros e analisar os resultados obtidos pela

escola (aprovação/reprovação); considerar a qualidade do ambiente escolar e a

adoção de mecanismos de monitoramento e avaliação desses resultados, com o

objetivo de melhorá-los, em compatibilidade com o projeto pedagógico escolar.

5.4 – Currículo da escola pública

Conforme as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do

Paraná, concebemos o currículo como “produto histórico, resultado de um conjunto

de forças sociais, políticas e pedagógicas que expressam e organizam os saberes

que circunstanciam as práticas escolares na formação dos sujeitos que, por sua vez,

são também históricos e sociais.” (DCE, 2008).

É uma seleção de conteúdos, de concepções, de intenções que devem ser

democratizados para toda a população, e são requisitos mínimos para a participação

consciente em uma sociedade cada vez mais excludente, seletiva e contraditória.

Expressa as intenções da escola, através do conjunto das atividades nucleares que

devem refletir um projeto maior, o projeto de sociedade. O currículo deve ser

pensado em duas dimensões principais: a seleção dos conteúdos e os métodos de

apropriação dos conteúdos.

Os conteúdos devem ser trabalhados de forma contextualizada,

estabelecendo-se entre eles relações interdisciplinares, partindo sempre do contexto

histórico-social no qual se encontram os alunos. Desta perspectiva, propõe-se que

tais conhecimentos contribuam para a crítica às contradições políticas e econômicas

presentes na estrutura da sociedade contemporânea.

Acreditamos que no processo de construção do currículo é possível

estabelecer um processo dinâmico de ação e reflexão, como uma prática social

coletiva, fruto de debates e da consistência de propósitos que envolvem as

perspectivas e as intenções sociais do conjunto de professores e alunos. Este

movimento não se constitui num processo harmônico, porém, os conflitos e

contradições são necessários e desejáveis para a legitimidade de um projeto que se

pretenda coletivo e democrático, na construção de práticas curriculares reais.

5.5 - Trabalho coletivo

O trabalho coletivo é o melhor meio de atualização e reflexão sobre a ação

educativa de seus profissionais. Entende-se o trabalho coletivo como um articulador

dos diversos segmentos da comunidade escolar e que é fundamental para sustentar

a ação da escola em torno de um projeto.

Para romper as relações de poder autoritárias, rígidas e burocratizantes

existentes durante anos na escola, o trabalho coletivo torna-se condição “sine qua

non” para a construção e reconstrução do dia a dia escolar.

5.6 – Perfil do Técnico em Agropecuária

O Técnico em Agropecuária deverá ser um profissional eclético, detentor das

competências gerais da área agropecuária e com perfil que lhe permita atuar como

agente autônomo de desenvolvimento, tanto nas inúmeras e predominantes

pequenas propriedades da região, bem como na prestação de serviços de

assistência técnica e extensão rural. Deverá também atender às necessidades de

formação para atuação como empregado de organizações empresariais de todos os

portes, publicas ou privadas.

6 – MARCO OPERACIONAL

6.1 – Pressupostos didático-metodológicos

O trabalho pedagógico da escola consiste em uma ação intencional e

sistemática voltada à articulação dos diferentes trabalhos educativos. É constituído

pelo conselho escolar, equipe de direção, órgãos colegiados de representação da

comunidade escolar, conselho de classe, equipe pedagógica, equipe docente,

equipe técnico-administrativa e equipe - auxiliar operacional.

A educação preconizada nesta instituição de ensino quer ser coerente com as

concepções de conhecimento, de homem, de mundo e de sociedade assumida pelo

coletivo da escola. Deste modo, orienta sua prática educativa segundo preceitos

legais que asseguram a todos, o direito de igualdade de acesso e permanência na

escola, sendo respeitada a diversidade cultural, a diferença de gênero, orientação

sexual, etnia e os alunos portadores de necessidades especiais.

A prática educativa deve ser orientada para o desenvolvimento de atividades

práticas e projetos inter-relacionados voltados às especificidades do campo,

facilitando a aprendizagem e a qualificação para uma melhor formação profissional.

Estas novas diretrizes estão de acordo com a política para a Educação

Profissional definida pela Secretaria de Estado da Educação em consonância com a

política nacional que ratifica a necessidade de oferta de um ensino profissionalizante

que integre os conhecimentos da Base Nacional Comum com a Formação

Especifica no currículo dos cursos.

A prática cotidiana da escola está voltada também para a construção de

valores educativos, éticos e morais, de cidadãos e cidadãs autônomas, que buscam

de maneira consciente e virtuosa, o bem-estar pessoal e coletivo.

6.2 – Gestão da escola

Num processo de descentralizado de tomada de decisões, a gestão escolar

deverá propiciar a participação da comunidade escolar na construção da prática

pedagógica.

O modelo de gestão democrática tem criado novas oportunidades de

participação popular no campo educacional, contribuindo para construir uma

representação social de que a gestão da escola pública não pode ser apenas

responsabilidade do Estado ou do gestor, mas também responsabilidade de outros

atores educativos, integrando conselhos de escola e outros órgãos colegiados.

Para que a tomada de decisão seja partilhada, é necessária a implementação

de vários mecanismos de participação tais como: o aprimoramento dos processos

de provimento ao cargo de diretor, a criação e consolidação de órgãos colegiados na

escola, a construção coletiva dos projetos, a progressiva autonomia da escola e,

conseqüentemente, a discussão e a implementação de novas formas de organiza-

ção e de gestão escolar e a garantia de financiamento público da educação.

O gestor escolar deve ser o articulador da proposta pedagógica, propiciar

momentos de discussão e participação da comunidade escolar na tomada de

decisões, coordenar a parte administrativa sem prejuízo do acompanhamento das

questões pedagógicas, ressaltar as funções educativas dos funcionários e

providenciar condições materiais e estruturais para que todos possam realizar seu

trabalho

Portanto, com base no princípio de democratização, compete aos

responsáveis pela Gestão escolar, promover a criação e a sustentação de um

ambiente propício à participação plena, no processo social escolar, dos seus

profissionais, de seus alunos e de seus pais, uma vez que se entende que é por

essa participação que os mesmos desenvolvem consciência social crítica e sentido

de cidadania.

6.3 - Órgãos colegiados

6.3.1 - Conselho escolar

O conselho escolar torna-se um espaço privilegiado de discussão, negociação

e encaminhamento das demandas educacionais, possibilitando a participação social e

promovendo a cultura da gestão democrática. Tem por atribuição deliberar sobre

questões pedagógicas, administrativas e financeiras no âmbito escolar.

A Lei nº 9394/96 no Artigo 14, que trata dos princípios da Gestão Democrática

no inciso II – "participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares

ou equivalentes", esses conselhos devem ser implementados para se ter uma gestão

democrática.

O conselho escolar desta instituição de ensino é constituído por pais,

representantes de alunos, professores, funcionários, membros da comunidade e

diretores de escola que participaram efetivamente na organização, na construção e

avaliação dos projetos pedagógicos, na administração dos recursos, enfim nos

processos decisórios que garantem uma escola de melhor qualidade social.

6.3.2 - Associação de pais e mestres e funcionários (APMF)

A Associação de Pais e Mestres é o órgão destinado a promover o

intercâmbio entre a família do aluno, os mestres, que tem por finalidade colaborar no

aprimoramento do processo educacional, na assistência ao escolar e na integração

família-escola-comunidade. Os objetivos da APM são de natureza social e educativa,

sem caráter político, racial ou religioso, assim como sem finalidades lucrativas.

Como a escola não tem autonomia para movimentar recursos financeiros

diretamente, é pela APMF que recebe e aplicam os recursos vindos da Secretaria de

Educação ou resultante de festas, contribuições etc.

Os membros da APMF da nossa escola prima pela busca de soluções

equilibradas para os problemas coletivos do cotidiano escolar, dando suporte a

Direção e Equipe Pedagógica, visando o bem estar e formação integral dos alunos.

6.3.3 - Grêmio estudantil

O Grêmio Estudantil é a organização que representa os interesses dos

estudantes firmando, sempre que possível, uma parceria com todas as pessoas que

participam da escola. É também um importante espaço de aprendizagem, cidadania,

convivência, responsabilidade e de luta por direitos.

Com o Grêmio, os alunos têm voz na administração da escola, apresentando

suas idéias e opiniões.

O Grêmio Estudantil da nossa escola tem como objetivo contribuir para

aumentar a participação dos alunos nas atividades da escola, organizando

campeonatos, palestras, projetos e discussões, de modo a criar e fortalecer inúmeras

possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade.

6.3.4 - Conselho de classe

Conselho de classe é um dos vários mecanismos que possibilitam a gestão

democrática na instituição escolar. Tem caráter deliberativo, sendo instância de

reflexão, discussão, decisão, ação e revisão da prática educativa.

É um órgão colegiado, presente na organização da escola, o qual reúne

periodicamente os vários professores das diversas disciplinas, juntamente com a

Equipe pedagógica, direção e representantes dos alunos para refletirem

conjuntamente e avaliarem o desempenho pedagógico dos alunos das diversas

turmas, séries ou ciclos.

A finalidade primeira do conselho de classe realizado em nossa escola é

diagnosticar problemas e apontar soluções tanto em relação aos alunos e turmas,

quanto aos docentes.

Portanto, o Conselho de Classe deve desempenhar um papel no sentido de

mobilizar avaliação escolar na perspectiva de desenvolver um maior conhecimento

sobre o aluno, a aprendizagem, o ensino e a escola.

6.4 – Equipe docente

A equipe docente é composta de profissionais que desenvolve o currículo

escolar, responsável por conduzir saberes científicos, conteúdos formais, com base

nos conhecimentos prévios destes alunos, além de receber dos educandos novas

informações que vão modificando e enriquecendo gradativamente a sua visão de

sociedade, civilização e de mundo.

Portanto, o professor tem a função de vivenciar com seus alunos, a

transposição didática, do saber científico em saber escolar, possibilitando a

construção dos novos saberes.

O novo paradigma educacional, com sua evolução, leva a sociedade a exi-

gências qualitativas que são visíveis e prioritárias, requerendo um novo tipo de edu-

cador que assume o papel de ensinante e ao mesmo tempo de aprendente.

O novo sujeito educativo é o educador que é capaz de entender a heteroge-

neidade da turma, adequando-se e integrando-se a ela, tendo domínio do conteúdo,

que o torne capaz de promover o intercâmbio entre os alunos e o conhecimento,

consequentemente estabelecendo uma relação harmoniosa em atendimento às exi-

gências do princípio da inclusão.

Os professores, enquanto intelectuais, precisam ser fomentadores de mudan-

ças, incentivando seus alunos nesta luta contra as injustiças sociais, econômicas e

políticas para assim buscar soluções para os problemas da atualidade.

6.5 – Equipe pedagógica

A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e

implementação das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político-Pedagógico

e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e orientações

emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

O papel da equipe pedagógica é de favorecer a construção de um ambiente

democrático e participativo, onde se incentive a produção do conhecimento por parte

da comunidade escolar, promovendo mudanças atitudinais, procedimentais e

conceituais nos indivíduos.

6.6 - Equipe técnico-administrativa e auxiliar operacional

O reconhecimento de que todos os espaços da escola, além da sala de aula

são importantes espaços educativos confere aos funcionários a responsabilidade na

formação do educando e tem papel importante na elaboração de práticas, sejam

elas dentro ou fora da sala de aula.

A função do funcionário como apoio ao projeto pedagógico e ao processo de

ensino-aprendizagem contribui para a melhoria do processo pedagógico. Em vista

disso, à merendeira, cabe a educação alimentar; aos encarregados da limpeza e

manutenção, a educação ambiental; aos auxiliares de bibliotecas, de laboratórios, a

educação para a cultura, para a comunicação, para o lazer; aos que trabalham nas

secretarias, a educação para a gestão democrática, para a responsabilidade cidadã.

Conforme previsto no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos do Quadro

dos Funcionários da Educação Básica da Rede Pública Estadual do Paraná (Lei

Complementar nº 123) os funcionários que atuam como agente educacional I tem

como atribuições: zelar pela ambiente escolar, preservando, valorizando e integran-

do o ambiente físico escolar bem como executar atividades de manutenção e limpe-

za conforme a necessidade de cada espaço. E os funcionários que atuam como

agente educacional II tem como atribuições realizar atividades administrativas e de

secretaria, atuando como educador e gestor dos espaços e ambientes de comunica-

ção e tecnologia.

6.7 - Organização do espaço e tempo escolar

Por se tratar de uma instituição de ensino em regime de internato, os alunos

internos têm disponíveis: alojamento, serviços de lavanderia e recebem cinco

refeições diárias (café da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e lanche noturno).

A finalidade do internato é possibilitar alojamento para os alunos advindos dos

municípios do estado do Paraná, principalmente, da região noroeste paranaense,

além dos estados do Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Em vista disso, o internato tem como função o acompanhamento dos alunos

internos considerando os aspectos sociais e emocionais. Para tanto é realizado um

trabalho de orientação e apoio pedagógico através do diálogo, aconselhamento e,

se houver necessidade, o cumprimento de medidas disciplinares.

Os alunos estudam dez aulas por dia, sendo 05 no período matutino e 05 no

período vespertino, distribuídas em aulas teóricas e práticas de 50 minutos de se-

gunda a sexta-feira.

No período noturno, a escola oferta atividades de complementação curricular

como: Celem (Centro de Língua Estrangeira Moderna) de espanhol e a atividade do

Programa Viva a Escola (Jornal Agriconews), além de aulas de orientação de está-

gio e atividades recreativas, esportivas, artísticas e culturais.

TURNO HORÁRIO ROTINA ESCOLAR

MANHÃ

06h: 00 Sinal para despertar

06h: 30 min as 07h: 00 Limpeza dos alojamentos e café da

manhã

07h: 30 às 11h: 50min Aulas teóricas/práticas

11h: 50min as 13h: 00 Almoço

TARDE

13h:00 Aulas teóricas/práticas

15h:30min as

15h:45min

Café da tarde

15h:45min as

17h:25min

Aulas teóricas/práticas

NOITE

18h:00 as 19h:00 Jantar

19h:30min – 22h:00min Leitura e pesquisas na biblioteca,

pesquisas no laboratório de informática,

cursos, palestras, atividades de

complementação curricular (CELEM e

Programa Viva a Escola), orientação de

estágio, atividades recreativas, esportivas

e culturais.

6.7.1 - Critérios para elaboração do calendário escolar

O calendário escolar ordena o tempo, prevê os dias letivos e não letivos, as

ferias, os períodos escolares em que o ano se divide os feriados cívicos e religiosos,

os períodos para reuniões técnicas - pedagógicas, cursos e projetos, conselho de

classe e eventos a serem realizados pelo estabelecimento.

O Calendário Escolar deve estar embasado na LDBEN no 9394/96, a qual

determina o mínimo de oitocentas (800) horas anuais, distribuídas por um

mínimo de duzentos (200) dias de efetivo trabalho escola.

6.7.2 - Critérios para a organização das turmas

Os critérios utilizados para a organização das turmas são regulamentados por

Instrução própria, normalizadas pela SEED (Secretaria de Estado da Educação).

A organização das turmas da-se a partir de dados levantados em Conselho

de classe, do acompanhamento da equipe pedagógica, da observação cotidiana e

da observância da equidade do número de alunos.

6.7.3 - Distribuição de aulas

A Resolução nº. 6007/2006, em seu Art. 2º, especifica que “A distribuição de

aulas nos estabelecimentos de ensino da rede estadual de Educação Básica, far-se-

a com a observância das normas e diretrizes contidas” na Lei, considerando-se a

jornada de trabalho dos professores a soma das horas-aula e das horas – atividade.

6.7.4 - Critérios para organização e utilização dos espaços educativos

6.7.4.1 - Biblioteca

A biblioteca é um espaço de aprendizagem que tem por finalidade incentivar e

disseminar o gosto pela leitura junto à comunidade escolar por meio do acervo

organizado e integrado aos interesses e necessidades da instituição.

O objetivo da biblioteca nesta instituição de ensino é de subsidiar a pesquisa,

leitura e a informação ao educando, professores, funcionários e comunidade em

geral.

Compreendemos que o espaço da biblioteca não pode se tornar um mero

“enfeite” da escola e os livros não pode ser vistos como produtos ou mercadorias,

mas sim como um objeto cultural gerador de conhecimentos e prazeres aos leitores.

Portanto, como ambiente educativo deve proporcionar o desenvolvimento cultural,

autonomia intelectual e o pensamento crítico em vista a formação de leitores.

A Biblioteca será regida por um regulamento próprio, onde estarão

explicitados sua organização, funcionamento e atribuições dos bibliotecários.

6.7.4.2 - Laboratório de informática

O laboratório de informática tem o objetivo de propiciar o uso das novas

tecnologias na educação de modo a permitir ao professor a utilização de

metodologias didáticas que facilitem o processo ensino-aprendizagem.

A utilização do computador e o acesso à internet devem ser considerados

como ferramenta educacional para melhorar o ensino despertando o gosto pela

pesquisa e o saber, dando acesso à informação, onde professor e aluno se

integrem, buscando o conhecimento através da investigação, de forma a transformar

o conhecimento em ação concreta, possibilitando o bem comum.

O uso do laboratório, bem como as principais normas relativas ao seu

funcionamento encontram-se especificadas no Regimento Escolar.

7- PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ESCOLA

7.1 - Apresentação da modalidade da Educação Básica

O estabelecimento de ensino oferta o Curso Técnico em Agropecuária - Área

Profissional Agropecuária integrado ao Ensino Médio com 03 (três) de duração.

A Educação Profissional, em nível médio, será desenvolvida de forma

integrada/articulada ao Ensino Médio, observados os princípios de articulação com a

Educação Básica, o trabalho como princípio educativo, integração com o trabalho, a

ciência, a cultura e a tecnologia e o estímulo à educação permanente e contínua

visando à formação humana para apreensão dos conhecimentos sócio-históricos,

científicos e tecnológicos.

A nossa proposta é formar cidadãos com visão de mundo que ultrapasse as

barreiras do comodismo, da disputa do poder, do egoísmo, sendo pessoas com

capacidades de enxergar o ideal de liberdade nas suas relações em sociedade,

tendo a possibilidade de agir e transformar o meio em que vive.

Portanto, o compromisso da escola não está apenas na formação para o

mundo do trabalho, no qual se espera que o trabalhador seja cada vez mais

polivalente, multifuncional, criativo e flexível, mas, principalmente, com a formação

do ser humano, no seu desenvolvimento como pessoa e cidadão, de sua inserção

no processo democrático de construção de uma sociedade mais justa e humana.

Diante disso, é primordial que a escola assuma sua função social, ou seja,

propiciar ao educando meio de acesso aos saberes essenciais para sua formação

como sujeito autônomo, crítico e competente no mundo do trabalho e em todas as

demais esferas da vida em sociedade.

Nesse contexto, a Educação Profissional na área Agropecuária deve

contribuir para a formação técnica, sendo propulsor da capacitação profissional e do

exercício da cidadania e também como um meio de desenvolvimento regional, uma

vez que é suporte para a transformação dos pequenos proprietários em empresários

rurais que alcançam a auto-suficiência de suas propriedades.

A Educação Profissional, portanto, passa a ser um pilar na formação da

consciência e da aplicação do conhecimento técnico, na motivação dos filhos dos

pequenos proprietários, agentes multiplicadores do saber e do agir e também a

valorização da permanência do homem no campo.

7.2 - Fundamentos da Proposta Pedagógica

O trabalho pedagógico do colégio Agrícola Estadual do Noroeste se

desenvolverá com base nos princípios da Lei 9.394/96 e em conformidade com as

Diretrizes Curriculares da Educação Básica e organizada de acordo com as

Diretrizes da Educação do Campo.

O curso Técnico em Agropecuária tem como proposta pedagógica a matriz

curricular integrada com enfoque Agroecológico, pois se acredita que é possível re-

orientar os processos produtivos e estratégias de desenvolvimento que sejam

capazes de contribuir para minimizar os impactos ambientais gerados pela

agricultura convencional e, ao mesmo tempo, sugerir estratégia que possam vir a ser

adotadas para um desenvolvimento socialmente mais apropriado e que preserve a

biodiversidade e a diversidade sócio-cultural.

Nesse sentido, o processo de ensino-aprendizagem a ser desenvolvido

propiciará ao educando aprendizagem significativa, aproximando de seus interesses

e conseqüentes motivações numa dialética de interação, onde articula os diversos

atores, professores e alunos, socializando o conhecimento produzido historicamente

pela humanidade, de forma a ampliar a compreensão do sujeito sobre a prática

social e promover ações transformadoras.

Para tanto, a nossa proposta pedagógica fundamenta-se na pedagogia

histórico-crítica, que entende que a função social da escola é de promover o acesso

aos conhecimentos socialmente produzidos pela humanidade a fim de possibilitar ao

educando condições de emancipação humana. Em vista disso, busca-se a

promoção, através da escola, do desenvolvimento sustentável e do acesso aos bens

econômicos, sociais e culturais. Em outros termos, significa que a educação é

entendida como mediação no seio da prática social global.

De acordo com Saviani, a prática social é o ponto de partida e de chegada do

processo de ensino-aprendizagem. Daí decorre o método dialético que parte da

prática social, onde professor e aluno se encontram igualmente inseridos, ocupando,

porém, posições distintas, condição para que travem uma relação fecunda na

compreensão e encaminhamento da solução dos problemas postos pela prática

social, cabendo aos momentos intermediários do método identificar as questões

suscitadas pela prática social (problematização), dispor os instrumentos teóricos e

práticos para a compreensão e solução (instrumentação) e viabilizar sua

incorporação como elementos integrantes da própria vida dos alunos (catarse).

Deste modo, a prática educativa será desenvolvida com o objetivo de

privilegiar a aquisição do saber vinculado às realidades sociais de modo que os

métodos favoreçam a correspondência dos conteúdos com os interesses dos

alunos, e que estes possam reconhecer nos conteúdos o auxílio ao seu esforço de

compreensão da realidade (prática social). Assim, acreditamos que o conhecimento

da prática social-histórica deve proporcionar a dimensão crítica ao educando, para

que possa reagir sobre a própria realidade social no sentido de sua transformação.

7.3 – Objetivo geral

- Formar profissionais de nível médio na área de agropecuária para atuar nas

atividades voltadas para a produção vegetal, produção animal, produção

agroindustrial, planejamento, gestão de negócio, com competência para realizar e

orientar o desenvolvimento de práticas agropecuárias economicamente viáveis e

com menor impacto ambiental, visando a sustentabilidade dos sistemas produtivos,

e com capacidade para o autodesenvolvimento, visando a incorporação das

inovações tecnológicas da área agropecuária.

7.3.1 – Objetivos específicos

• Despertar consciência crítica no presente e no futuro da agropecuária, como

atividade transformadora do meio ambiente em geral e do próprio

agroecossistema, em particular sua relação com os aspectos sócio-econômico

e culturais;

• Promover a compreensão e o conhecimento do funcionamento dos

ecossistemas em geral e dos agroecossistemas em particular, assinalando

diferenças e semelhanças entre ambos;

• Manejar ferramentas que permitam compreender os principais processos que

ocorrem em agroecossistemas e suas relações com diferentes práticas

agropecuárias.

• Visualizar o impacto do manejo dos agroecossitemas sobre as principais

adversidades do sistema produtivo predominante na região, como pragas,

doenças, clima, e até no desequilibro sócio econômico;

• Desenvolver atitude reflexiva em torno dos fundamentos conceituais, critérios e

parâmetros que permitam entender e propor soluções à problemática rural com

enfoque agroecológico, visando a sustentabilidade agrícola;

• Conhecer as metodologias que permitam diagnosticar, avaliar e investigar os

agroecossistemas, com a finalidade de estabelecer o manejo de sistemas

sustentáveis.

7.4 - Metodologia

A proposta pedagógica da escola privilegia o ensino onde a teoria e a prática

esteja fundamentalmente interligada no saber, em que a prática funcione como

elemento motivador e a teoria uma reflexão sobre esta prática, capazes de produzir

alterações comportamentais que levem os alunos a elaborar e criar soluções

próprias.

Partindo dos princípios educativos da escola, a organização curricular tem

como ponto de partida a compreensão do conhecimento em sua totalidade, de modo

a também abarcar as questões sociais, ambientais, econômicas, políticas e culturais

no currículo, sem, contudo, secundarizar a função social da escola. Deste modo, os

Desafios Educacionais Contemporâneos (Educação Ambiental, Educação Fiscal,

Enfrentamento a Violência, História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena,

Prevenção ao uso indevido de drogas e Sexualidade) serão trabalhados no currículo

somente como condição de compreensão do conteúdo na totalidade a fim de

compreendê-lo como parte da realidade concreta e de forma que incentivem

mudanças individuais e sociais.

O trabalho desenvolvido com a questão ambiental visa implementar a Lei

9795/99 e promover o desenvolvimento da Educação Ambiental a partir de uma

compreensão crítica e histórica das questões relacionadas ao meio ambiente e de

forma a promover um processo permanente de formação e de busca de informação

voltada para a preservação do equilíbrio ambiental e para a qualidade de vida. Com

relação à educação fiscal propõe-se a conscientizar os alunos do seu papel de

cidadão com relação aos direitos e deveres em acompanhar a arrecadação e

aplicação dos tributos; no que se refere ao enfrentamento à violência, é necessário

desenvolver um trabalho no sentido de preparar os alunos para o convívio em

sociedade, respeitando-os e fazendo-os respeitar às leis e ao próximo.

O trabalho com a História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena tem

como intuito a implementação da Lei 10.639/03, a consolidação das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e o Ensino da

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, acrescida da Deliberação Estadual

n°04/06 do Conselho Estadual de Educação, de modo a promover o reconhecimento

da identidade, da história e da cultura da população negra, assegurando a igualdade

e valorização das raízes africanas ao lado das indígenas, européias e asiáticas.

Nesse sentido, a formação da Equipe Multidisciplinar, que envolve a direção,

equipe pedagógica, professores e funcionários têm como finalidade orientar e

auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnicos e

Raciais e o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana ao longo do ano

letivo.

A prevenção ao uso indevido de drogas busca instigar a busca pelo

conhecimento da legislação específica e debater assuntos presentes em nosso

cotidiano como: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação do usuário

de drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros.

A questão da sexualidade deverá ser entendida como uma construção social,

histórica e cultural. O trabalho educativo será desenvolvido de modo a considerar os

referenciais de gênero, diversidade sexual, classe e raça/etnia.

Dentro desta perspectiva, a escola propõe-se a delinear uma forma de

construir o fazer educativo, desenvolvendo o senso crítico, reflexivo e libertador.

Assim, o professor deve ver o aluno como um ser social e político e ser o mediador

no processo de apropriação do conhecimento pelo aluno e em sua relação com a

prática social.

Nesse sentido, o trabalho educativo da escola fundamenta-se na concepção

dialética de educação, de modo a priorizar a prática pedagógica através do diálogo,

partindo do contexto histórico-social do educando em situações de ensino e

aprendizagem que favoreçam a postura crítica, ou seja, para que possa reagir sobre

a realidade concreta e melhor entendê-la, explica-la e transformá-la, com autonomia

na busca e ampliação dos conhecimentos.

Comprometida com a busca da qualidade da educação pública a escola

assume uma concepção de educação técnica profissional alinhada com o trabalho

como princípio educativo, que considera o homem em sua totalidade histórica e a

articulação entre trabalho manual e intelectual, presentes no processo produtivo

contemporâneo.

Nesse intuito, um dos fundamentos das práticas pedagógicas está o respeito

à especificidade da Educação do Campo e à diversidade de seus sujeitos, e cuja

intenção está em promover o desenvolvimento sustentável, tornando viável a vida

digna, o trabalho e a cidadania para os povos do campo.

Portanto, nossa proposta educativa concebe a formação geral integrada a

formação técnica profissional em vista a formação integral dos educandos, de modo

que a abordagem dos conteúdos se fundamente no conceito de totalidade para que

possa propiciar um trabalho interdisciplinar.

Nessa perspectiva, o estabelecimento de ensino desenvolve atividades

pedagógicas de complementação curricular através do Programa Viva a Escola com

o Jornal Agriconews. Este programa permite a elaboração e execução de atividades

artísticas, culturais, científicas e esportivas, de acordo com as necessidades

pedagógicas e sociais dos alunos e da escola. Essas atividades são realizadas em

horários alternativos aos de aula. Ofertamos também o CELEM (Centro de Língua

Estrangeira Moderna) de língua inglesa e espanhola, com carga horária de 320

horas/aulas, organizado em 4 semestres de 80 horas/aulas cada.

Em vista a formação cívica do aluno executamos (uma vez por semana) o

Hino Nacional Brasileiro e o Hino do Paraná, buscando esclarecer e valorizar o signi-

ficado dos Hinos, resgatando o contexto cultural, histórico e social em que está ou

esteve inserido.

A escola, também participa de outros programas oficiais da Secretaria de

Estado da Educação do Estado do Paraná (SEED) como o Festival de Arte da Rede

Estudantil (FERA) e a Educação Com Ciência, de modo a propiciar o enriquecimento

na formação de alunos e professores e o aprimoramento da expressão de sua

criatividade e, além disso, dar a oportunidade de divulgação de trabalhos de

natureza cientifica e tecnológica, incentivando a curiosidade e a pesquisa. E, ainda

participamos dos Jogos Colegiais do Paraná (Jocop's) com o objetivo de possibilitar

aos nossos alunos o aprendizado das regras, dos limites, da dedicação, do esforço

individual e coletivo que torna possível o enfrentamento aos desafios do mundo

contemporâneos.

As disciplinas do curso Técnico em Agropecuária deverão ser desenvolvidas

de forma integrada às disciplinas da Base Nacional Comum, utilizando metodologias

que visem a articulação entre todas as disciplinas. Isto irá possibilitar ao aluno o

desenvolvimento das competências cognitivas, pela apreensão dos saberes próprios

da ciência e da cultura, os quais irão dar a fundamentação necessária para a

incorporação dos saberes técnicos e tecnológicos específicos da agropecuária.

A opção da organização curricular, partindo de uma concepção de

conhecimento interdisciplinar possibilita uma relação significativa entre

conhecimento e realidade, de modo a envolver o educador na prática de construir o

currículo, determinando uma relação dialética entre a realidade local e o contexto

mais amplo.

Nesse sentido, as atividades práticas realizadas nas áreas da UDP (Unidade

Didático Produtivo) têm como objetivo proporcionar uma aprendizagem significativa

aos alunos e favorecer o processo de ação-reflexão-ação.

Na integração entre a sala de aula e o campo podemos identificar e estamos

aprimorando os trabalhos em:

Agricultura Pecuária

Bioenergéticas: Apicultura

Cana de açúcar e oleaginosas para fins energéticos como: mamona, girassol, pinhão manso e canola).

Avicultura de corte e postura

Olerícolas Bovinos de leite

Culturas anuais: Minhocultura (húmus)

Milho, Feijão, Soja, Sorgo, Mandioca, Arroz e Triticale*

Cunicultura

Secundárias/perenes: Forrageiras (fenação e silagem)

Café e Seringueira Suinocultura

Forrageiras (implantação das espécies)

Sericicultura *

Produções de mudas: Caprinos e ovinos *

Olerícolas, frutíferas, espécies nativas e exóticas

Sistema de Mandala (Peixes/Aves) *

Fruticultura:

Abacate, Abacaxi, Banana, Coco, Citros, Goiaba, Lichia, Maracujá, Uva

Sistema de Mandala (olerícolas) *

* em processo de instalação e adequação.

A parceria SEED/UEM visa levantar dados administrativos de forma

sistemática para clarear e distribuir de forma constante e firme todos os custos e

produções a fim de demonstrar ao aluno vantagens e desvantagens na adoção de

certas tecnologias.

Parceria com produtores, empresas e indústrias para obtenção de mudas,

coleta de materiais (irrigação, adubação, forração), bem como para, conjuntamente

com os alunos, elaborar testes varietais com a comunidade local e arredores.

Sempre tendo em mente a segurança do agricultor, meio ambiente e

operadores, mostramos aos alunos o uso e cuidados quando ao uso correto de EPIs

(Equipamento de proteção individual) e EPCs (Equipamento de proteção coletiva).

Em concordância com regras de mecanização para manutenção, operação,

regulagens em máquinas e implementos, o aluno terá a oportunidade de manipular

elementos essenciais ao bom andamento de técnicas como plantio direto, rotação

de culturas, controle integrado e biológico de pragas e doenças com monitoramento

e contagem.

É essencial que os alunos deste estabelecimento saibam demarcar e

executar o levantamento de CNs (curva de nível) em vários condições

edafoclimáticas e culturais, disponibilizando ao aluno ferramentas e softwares

atualizados para a solução dos problemas que poderão advir.

Montagem e manutenção de sistema de irrigação seja ao nível de horta

(gotejamento com fertirrigação), de pastagem (aspersão) ou na forma de

gotejamento ao pé da planta em frutíferas.

Para o melhor aproveitamento do conteúdo estipulado nas respectivas

ementas da matriz curricular do curso técnico, os professores em reunião com a

equipe pedagógica e direção concluíram que a divisão de pequenas equipes de 6

(seis) alunos para cada setor de produção, quando em aulas de práticas

agropecuárias e 2 (duas) equipes de meia sala quando em aula da parte específica,

tendo um relevante que de acordo com o horário do respectivo professor estiver

embutido em alguma aula da BNC (Base Nacional Comum), esse professor

acompanhara as aulas à nível de campo, sempre com a visão de integração e

aplicabilidade dos conteúdos ministrados em sala para o futuro técnico de nível

médio.

As aulas práticas realizadas na UDP (Unidade Didática Produtiva), a cargo da

responsabilidade do professor da respectiva disciplina serão ministradas após a

execução das aulas de PA (práticas agropecuárias) o professor poderá visitar ou

acompanhar o desenvolvimento de outros alunos em outros setores.

Dentre as atividades teóricos-práticas a serem desenvolvidas pelos

professores junto aos alunos poderão ser contempladas:

– Práticas Agropecuárias: desenvolvimento de projetos nos setores agro-

pecuários: implantação; manutenção; manejo alimentar; manejo sanitário; plantio;

tratos culturais; colheita; montagem, desenvolvimento e avaliação de experimentos;

acompanhamento dos resultados técnicos, econômicos e financeiros dos setores;

– Visitas Técnicas: visitas técnicas às propriedades rurais, agroindus-

triais, haras, cabanhas, fábricas de rações, instalações avícolas e suinícolas, labora-

tórios entre outras. As visitas têm por objetivo introduzir, reforçar ou melhorar as téc-

nicas e práticas e, ainda obter informações e cooperação técnica; além do conheci-

mento sócio-econômico da região, complementando o conhecimento técnico e tec-

nológico de alunos e professores.

– Práticas de Campo: serão feitas concomitantemente ao embasamento

teórico, podendo ser individuais ou conjugadas, ou seja, com a participação de dois

ou mais professores, visando a complementação dos conteúdos.

– Estudos de Caso: serão feitos estudos de acordo com a especificidade

do conteúdo a ser trabalhado nas disciplinas do curso.

– Acompanhamento e Desenvolvimento de Projetos, Experimentos, Pes-

quisas e Avaliações: o desenvolvimento de projetos de agropecuária dentro da área

de experimentação e produção da escola-fazenda, juntamente com empresas públi-

cas e privadas, proporcionam maior aprofundamento de conteúdos, sempre com o

direcionamento e supervisão dos professores.

– Dias de Campo: esta estratégia tem a finalidade de mostrar uma serie

de atividades em uma mesma propriedade, realizadas durante um dia e tem o objeti-

vo de despertar o interesse e a adoção mais rápida da tecnologia que está sendo

apresentada. O dia de campo é realizado em propriedade de colaboradores, unidade

demonstrativa para demonstrações de resultados ou em estações experimentais.

Não se limita apenas a uma determinada atividade, mas um conjunto destas, com o

fim de sensibilizar o publico para sua adoção, sendo aberta a qualquer pessoa inte-

ressada. Quando o dia de campo se realizar no colégio será com o objetivo de:

apresentar à comunidade o trabalho realizado pela instituição e pelos pesquisado-

res, despertando o desejo para melhorar os trabalhos agrícolas, expor os trabalhos

executados e as finalidades da instituição. Além disso, oportuniza a integração de

produtores de várias comunidades e/ou alunos para troca de experiências.

– Conferências: é uma atividade formal em que, em uma única sessão,

os conferencistas apresentam temas específicos aos alunos do Centro, em tempo

previamente determinado com programação definida, articulada aos conteúdos do

curso.

– Cursos: é uma metodologia que emprega um conjunto de atividades

técnicas e práticas, com progressão especifica, objetivando capacitar um grupo de

pessoas com interesses comuns. Sua realização envolve técnicas de trabalho em

grupo, recursos áudio visuais, excursões programadas, demonstrações. Pretende-se

oferecer vários cursos para que os alunos, através destes fiquem motivados para

aprender, verificando a possibilidade de adoção de novas tecnologias e/ou aperfei-

çoamento de determinadas práticas e conhecimentos.

– Palestras: as palestras que se pretende oportunizar aos educandos

têm como objetivo principal apresentar informações de maneira formal/informal, es-

clarecer pontos de controvérsia, informar e analisar fatos e explorarem facetas limi-

tadas de um problema.

– Seminários: nesta atividade os alunos terão contato com temas abran-

gentes da agropecuária, pois os docentes serão especialistas de renomadas institui-

ções públicas e/ou privadas, de comprovada experiência sobre o tema a ser aborda-

do. Os alunos participam de grupos de discussões e, ao final apresentam as con-

clusões em plenária.

– Entrevistas: é uma metodologia realizada extra-classe, e tem como ob-

jetivo conhecer pessoas e fatos, identificar problemas, estudar situações, pesquisar

determinado assunto.

– Reuniões Técnicas: as reuniões técnicas serão realizadas regularmen-

te pelos alunos em propriedades da região com orientação dos professores e princi-

palmente em unidades experimentais, com elaboração de relatório.

– Aulas Práticas: atividade sistemática desenvolvida pelos professores

sendo as turmas divididas em, no máximo, quinze alunos para assegurar o melhor

aproveitamento das práticas apresentadas.

7.5 – Avaliação

A avaliação deve ser planejada e articulada com os objetivos propostos no

processo de ensino e aprendizagem, ou seja, deve ser coerente com os resultados

que pretende alcançar. É concebida como oportunidade de acolhida e

acompanhamento do(a) aluno(a), no seu processo de construção do conhecimento,

com vistas a resultados satisfatórios. Não apenas uma constatação de dados, mas

ocasião em que o professor, identificando as razões que impedem a aprendizagem

de acontecer, redireciona a sua prática, buscando novas alternativas para o êxito.

A avaliação do processo ensino-aprendizagem é contínua, cumulativa e

processual e procura estar vinculada ao grande objetivo da educação que é a

formação de pessoas autônomas, críticas e conscientes.

7.6 - Práticas avaliativas

A concepção de avaliação que fundamenta nossa proposta pedagógica tem

sua base no materialismo histórico-dialético. Nesta perspectiva, a avaliação está

voltada para a aprendizagem do aluno e para a sua inclusão nos processos

escolares e na sociedade como ser ativo, autônomo, ético, informado e participante

do processo de produção e de melhoria social.

Nesse contexto, coerente com a concepção de homem, de educação, de

sociedade e de processo de ensino e aprendizagem preconizada pela escola, o

processo de avaliação se dá nas modalidades diagnóstica, formativa e somativa.

Para tanto, a finalidade de cada uma delas está em:

Diagnóstica: conhecer as condições de trabalho, as dificuldades e

possibilidades do aluno;

Formativa: verificar se os educandos estão alcançando os objetivos previstos,

isto é, os resultados obtidos durante o desenvolvimento das atividades propostas;

Somativa: classificar os alunos, de acordo com os níveis de aproveitamento

previamente estabelecidos, geralmente, tendo em vista sua promoção de uma série

para outra.

A avaliação, desta forma, deve ser processual, sistemática e contínua, de

modo a superar seu caráter punitivo e classificatório, sendo pensada de forma

democrática e emancipadora, o que implica em garantir o acesso ao conhecimento

por parte do aluno e avaliá-lo durante todo seu processo de apropriação do saber.

De acordo com Luckesi (1999, p.43) “para não ser autoritária e conservadora,

a avaliação tem a tarefa de ser diagnóstica, ou seja, deve ser o instrumento dialético

do avanço, terá de ser o instrumento de identificação de novos rumos”.

Atuar numa perspectiva dialógica de avaliação implica superarmos a

concepção de “educação bancária” como a define Paulo Freire e passarmos a

postura libertadora, na qual alunos e professores sejam efetivamente sujeitos do

processo ensino-aprendizagem e este seja mediado pelo diálogo.

Nessa visão de educação, a mensuração no processo avaliativo deve ter sua

importância relativizada. Ela deve ser vista como um instrumento que auxilia o

professor dentro da dinâmica iniciante à prática avaliativa que objetiva em última

instância, criar situações em que os alunos sejam estimulados a usar a criatividade

para enfrentar desafios e resolver problemas relacionados às suas vidas.

O objetivo das práticas avaliativas, então, é de promover a aprendizagem e o

desenvolvimento global do aluno. Entendemos, portanto a recuperação paralela

como uma prática avaliativa permanente que deve ser realizada no decorrer das

aulas, por meio da retomada de conteúdos, orientação de estudos e atividades

diversificadas.

Acreditamos, portanto, que a avaliação deve ser utilizada como procedimento

de preparação do aluno para a conquista da sua autonomia, visando à

transformação do modelo de sociedade para que cada pessoa se assuma cidadão,

consciente de seus direitos e de seus deveres e dos compromissos com a

coletividade.

7.7 - Estágio Supervisionado

O estágio supervisionado, estabelecido pelas necessidades da natureza da

qualificação ou habilitação profissional, deverá ser orientado e acompanhado por

profissional qualificado habilitado.

Será realizado em empresas e entidades ligadas à agropecuária, a partir da

conclusão da primeira série. O aluno será orientado na escola pelo Orientador de

Estágio e na empresa e/ou instituição por um supervisor.

A avaliação será realizada pelo supervisor responsável e, no Colégio, através

de relatório escrito e com defesa das atividades desenvolvidas no estágio perante

uma banca avaliadora. O estágio será detalhado no Plano de Estágio Orientado, a

ser elaborado pelo Estabelecimento para integrar o Regimento Escolar.

8 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

8.1 - Disciplinas da Base Nacional Comum

Língua Portuguesa

Apresentação geral da disciplina:

A Língua Portuguesa como disciplina escolar passou a integrar os currículos

escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX.

Com a Lei 5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se, no

primeiro grau, Comunicação e Expressão e Comunicação em Língua Portuguesa,

baseando-se nos estudos de Jakbson, referentes à teoria da comunicação.

Diante disso, tinha-se um ensino de Literatura focado na historiografia literária

e no trabalho com fragmentos de textos, em vez dos textos integrais. Para o Ensino

de Língua Materna, aplicavam-se exercícios estruturais que desconsideravam as

potencialidades que a interação com o texto proporcionaria para a expansão dos

sentidos da leitura.

Na década de 90 surgem os Parâmetros Curriculares Nacionais que

fundamentava a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções

interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem

oral e escrita.

Dessa forma, os fundamentos teóricos que levam às discussões sobre o

ensino da Língua Materna ganham novos posicionamentos em relação as suas

práticas.

A Língua Portuguesa deve basear-se em propostas interativas

língua/linguagem, consideradas em um processo discursivo de construção do

pensamento simbólico, constitutivo de cada aluno, em particular e da sociedade em

geral.

O desenvolvimento e sistematização da linguagem interiorizada pelo aluno, a

verbalização da mesma e o domínio de outras linguagens utilizadas em diferentes

esferas sociais serão o ponto de partida para a construção do saber e dos valores

transformadores e permanentes, abordando o universo e o modo de vida do aluno,

incluindo-o numa sociedade que busca a justiça, a igualdade, a equidade e a

felicidade para o indivíduo.

O ensino da língua materna deve proporcionar situações que favoreçam

melhorias qualitativas no uso e conhecimento da língua, de modo a remediar as

desigualdades entre os alunos e a garantir o progresso no domínio efetivo da língua

oral e escrita. Portanto, o ensino da língua materna, requer que se considerem os

aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido, bem como o contexto de

produção do enunciado, uma vez que os seus significados são sociais e

historicamente construídos.

O trabalho educativo com e sobre a língua somente tem sentido se

considerar, como ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem, presente em

atividades que possibilitem, aos alunos e professores, experiências reais do uso da

língua materna, pois de acordo com FARACO (2002):

Os conceitos de texto e de leitura não se restringem, aqui, à linguagem escrita; abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal com as outras linguagens (as artes visuais, a música, o cinema, a fotografia, a semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as charges, a multimídia e todas as formas infográficas ou qualquer outro meio de linguagem criado pelo homem), percebendo seu chão comum (são todas as práticas sociais, discursivas) e suas especificidades (seus diferentes suportes tecnológicos, seus diferentes modos de composição e geração de significados). (FARACO, 2002, p. 101)

Os professores de Língua Portuguesa e Literatura têm o papel de promover o

amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para

que os estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com

seus próprios pontos de vista, fazendo deslizar o signo-verdade-poder em direção a

outras significações que permitam, aos mesmos estudantes, a sua emancipação e a

autonomia em relação ao pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis

ao convívio social. Esse domínio das práticas discursivas possibilitará que o aluno

modifique, aprimore, re-elabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade.

Objetivos gerais da disciplina

Propiciar a valorização da língua portuguesa como patrimônio nacional e fator de

ligação entre povos distintos;

Alargar a competência comunicativa pela confrontação de variações lingüísticas

regionais ou sociais com formas padronizadas da língua;

interagir com o universo textual, a partir da sua experiência e conhecimento do

mundo;

Praticar a escrita como meio de desenvolver a compreensão na leitura;

Propiciar o uso da linguagem oral em diferentes situações, sabendo adequá-la a

cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos

discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por

meio de praticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o

assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

Proporcionar as produções de textos, os quais deverão ser lidos ou ouvidos,

atualizar o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais

empregados na sua organização.

Contribuir para a identificação crítica do aluno com a literatura e outras

manifestações de cultura, nacional e universal;

Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento

critico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando por meio da Literatura, a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com

as praticas da oralidade e da escrita;

Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de

texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a

cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos

do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno

amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;

Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da

leitura e da escrita;

Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando

ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,

apropriando-se, também, da norma padrão.

BÁSICOS

Conteúdo Estruturante

- Discurso como prática social

Metodologia da disciplina

No processo de ensino e aprendizagem da língua devem-se tomar como

ponto de partida os conhecimentos lingüísticos dos alunos, promovendo situações

que os incentivem a falar, fazendo uso da variedade de linguagem que empregam

em suas interações familiares.

As aulas de Língua Portuguesa devem possibilitar aos alunos o uso das

linguagens verbais e não verbais por meio do contato direto com textos dos mais

variados gêneros. Para que esse trabalho tenha efeito significativo, é necessário

relacionar os gêneros com o contexto social em que a escola está inserida.

O professor deve apresentar a norma culta da Língua Portuguesa, mas sem

ignorar os fatores lingüísticos que compõem nosso país.

Planejar ações pedagógicas que permitam ao aluno a leitura de textos difíceis

que impliquem o desenvolvimento de novas estratégias com a mediação do

professor.

O professor, ao escolher o conteúdo a ser trabalhado, deverá levar em conta

o conhecimento prévio e o desenvolvimento cognitivo e lingüístico dos alunos.

Práticas discursivas: a ação referente à língua(gem) precisa se pautar na

interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno não apenas a

leitura e a expressão oral ou escrita, mas também reflexão sobre o uso da

linguagem em diferentes situações.

Prática da oralidade: deve oferecer condições ao aluno de falar com fluência

em situações formais. adequar a linguagem conforme as circunstâncias, aproveitar

os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a

convivência democrática, tanto pelo livre direito à expressão quanto pelo

reconhecimento do mesmo direito ao outro.

Prática da leitura: compreende o contato do aluno com uma ampla variedade

de textos produzidos numa ampla variedade de práticas sociais. Trata-se de

propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o

sujeito presente nos textos e, ainda, a uma atitude responsiva diante deles.

Em relação à escrita, os alunos precisam se envolver com os textos que

produzem, assumindo sua autoria.

O ato de ler é identificado com o de familiarizar-se com diferentes tipos de

textos produzidos em diferentes práticas sociais, percebendo em cada texto a

presença de um sujeito histórico, de uma intenção.

O trato com a leitura a escola não pode deixar de lado as linguagens não-

verbais que fazem parte do universo do aluno. É preciso levar em consideração o

multiletramento, textos que os alunos têm facilmente acesso.

As atividades de leitura devem considerar a formação do leitor, seu diálogo

com o texto, o envolvimento com sua leitura de mundo e experiência de vida.

O professor deve trabalhar de forma que o aluno tenha noção de unidade

temática, entendendo como um assunto é organizado e como as partes de um texto

são costuradas, garantindo a interação com o leitor.

No que se refere à literatura, o professor deve ser um leitor, capaz de

conhecer e selecionar textos de diferentes gêneros, que se relacionem com o

contexto social do aluno para qualificá-los como sujeitos capazes de fazer proliferar

o pensamento por meio da multiplicidade de relações possíveis. A leitura do texto

literário deve ser uma experiência que revela ao aluno suas especificidades na

criação de mundos, nos recursos de linguagem presentes em cada obra.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

Oralidade

Espera-se que o aluno:

- Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

- Apresente idéias com clareza;

- Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

- Compreenda os argumentos do discurso do outro;

- Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas idéias;

- Organize a seqüência da fala de modo que as informações não se percam;

- Respeite os turnos de fala;

- Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas

apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

- Contra-argumente idéias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas

redondas, diálogos, discussões, etc.;

- Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais,

pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos.

Leitura

Espera-se que o aluno:

- Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não

verbais;

- Localize informações explícitas e implícitas no texto;

- Produza inferências a partir de pistas textuais;

- Posicione-se argumentativamente;

- Amplie seu léxico;

- Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

- Identifique a idéia principal do texto;

- Analise as intenções do autor;

- Identifique o tema;

- Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os

diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o

contexto histórico atual;

- Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

- Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras ne/ou expressões no

sentido conotativo;

- Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as

partes e elementos do texto;

- Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;

- Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

Escrita

Espera-se que o aluno:

- Expresse idéias com clareza;

-Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero,

interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática;

- Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

- Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade,

etc.;

- Utilize adequadamente recursos lingüísticos como pontuação, uso e função do

artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;•

Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

- Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos;

- Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;

- Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

Referências Bibliográficas

BRAGGIO, Silvia L.B. Leitura e Alfabetização: da concepção mecanicista à

sociopsicolingüística. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1992.

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná –– SEED/2008.

FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura. Curitiba: Base, 2003.

FÁVERO, Leonor L; KOCH, Ingedore G. V. Lingüística textual: uma introdução.

São Paulo: Cortez, 1988.

KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7. ed.

Campinas: Pontes, 2000.

LAJOLO, Marisa. O que é literatura? São Paulo: Brasiliense, 1982.

QUELUZ, A.; ALONSO, M. O trabalho docente: teoria & prática. São Paulo:

Pioneira, 1999.

Matemática

Apresentação geral da disciplina

A Matemática está impregnada na história da humanidade desde seus

primórdios, surgindo justamente para suprir as necessidades do cotidiano das

primeiras civilizações. Deste modo, faz parte também da cultura, seja na economia,

na tecnologia, no comércio ou mesmo nas atividades mais simples do cotidiano.

Aplicamos a matemática em nossa vida quando, diante de uma situação prática,

utilizamos conceitos matemáticos que vamos, pouco a pouco, incorporando as

atividades que realizamos diariamente.

Na Grécia por meio dos pitagóricos ocorreram as preocupações inicias sobre

a importância e o papel da matemática no ensino e na formação das pessoas. Com

os platônicos, buscava-se, pela matemática, principalmente a aritmética um

instrumento que, para eles, instigaria o pensamento do homem.

Trabalhar matemática é construir conhecimentos que nos incidirão aos mais

variados domínios do pensamento, correspondendo a uma necessidade social para

melhor compreender o mundo que exige diferentes habilidades; Dessa forma os

educandos poderão tomar decisões, agindo como produtores de conhecimento e

não apenas executores de instruções o que irá contribuir par a formação de

cidadãos autônomos e críticos.

Assim, a matemática também pode transformar-se em uma importante

ferramenta de mudança social, pois partindo do pressuposto que o aluno assimilou o

conhecimento matemático ele é capaz de contextualizá-lo.

O ensino da matemática, portanto, deve possibilitar aos estudantes análises,

discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias. Aprende-

se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas teorias,

mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte,

contribua para o desenvolvimento da sociedade.

Objetivos gerais da disciplina

- Perceber a Matemática no dia-a-dia, considerando-a uma necessidade natural,

científica e social,

- Desenvolver os conceitos e procedimentos matemáticos que são úteis para

compreender o mundo e, compreendendo-o, poder atuar melhor nele;

- Propiciar sistematicamente a presença da Matemática no dia-a-dia

(quantidade, números, formas geométricas, simetrias, grandezas e medidas, tabelas

e gráficos, “previsões”, etc.);

- inter- relacionar os vários eixos temáticos da Matemática (números e operações,

geometria, grandezas e medidas, raciocínio combinatório,estatística e probabilidade)

entre si e com outras áreas do conhecimento;

- Propiciar a comunicação de modo matemático, argumentando, escrevendo e

representando de varias maneiras (com números, tabelas, gráficos, diagramas, etc.)

as idéias matemáticas;

- Possibilitar a interação com os colegas cooperativamente, em dupla ou em

equipe, auxiliando-os e aprendendo com eles, apresentando suas idéias e

respeitando as deles, formando, assim, um ambiente propicio a aprendizagem;

- Desenvolver o pensamento lógico, relacionando idéias, descobrindo regularidades

e padrões, estimulando sua curiosidade, seu espírito de investigação e sua

criatividade na solução de problemas.

- Desenvolver a capacidade de o aluno utilizar a Matemática como instrumento

de novas aprendizagens e como meio de interpretação da realidade;

- Ampliar as capacidades de raciocínio, de resolução de problemas, de comunicação

e de rigor, bem como o espírito critico e a criatividade;

- Incentivar a relação pessoal, o desenvolvimento de atitudes de autonomia e

cooperação e o sentimento de segurança em relação as próprias capacidades

matemáticas;

- Desenvolver conceitos e procedimentos com relação aos temas: Números,

Álgebra, Medidas, Geometria, Estatística, Contagem e Probabilidades, bem como

aplica-las na resolução de problemas matemáticos ou não;

- Expressar-se oral e graficamente em situações matemáticas e valorizar a precisão

da linguagem e as demonstrações em Matemática.

Conteúdos Estruturantes

- números e álgebra

- grandezas e medidas

- funções

- geometrias

- tratamento da informação

Conteúdos básicos

Números e álgebra -

- Números Reais;- Números Complexos;- Sistemas lineares;- Matrizes e Determinantes;- Polinômios;- Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.ICOS

Grandezas e medidas

- Medidas de Área;- Medidas de Volume;- Medidas de Grandezas Vetoriais;- Medidas de Informática;- Medidas de Energia;- Trigonometria.

Funções

- Função Afim;- Função Quadrática;- Função Polinomial;- Função Exponencial;- Função Logarítmica;- Função Trigonométrica;- Função Modular;- Progressão Aritmética;- Progressão Geométrica.

Geometrias

- Geometria Plana;- Geometria Espacial;- Geometria Analítica;- Geometrias não-euclidianas

Tratamento da informação

- Análise Combinatória;- Binômio de Newton;- Estudo das Probabilidades;- Estatística;- Matemática Financeira.

Metodologia da disciplina

Para um aprendizado matemático com significado é preciso trabalhar as

idéias, os conceitos matemáticos, antes da simbologia e da linguagem matemática.

É imprescindível que o estudante se aproprie do conhecimento de forma que

“compreenda os conceitos e princípios matemáticos, raciocine claramente e

comunique idéias matemáticas, reconheça suas aplicações e aborde problemas

matemáticos com segurança”

Enfatizar a história da matemática em cada conteúdo apresentado, mostrando

que ela está centrada na pratica pedagógica da matemática, de forma a envolver-se

com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático.

Abordar o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os

conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando

na formação do pensamento do aluno.

Por meio de situações-problema próprias da vivencia do aluno, fazer com que

ele realmente pense, analise, julgue e decida pela melhor solução de um problema.

Apresentar as atividades desenvolvidas pelo aluno e o comentário das

dificuldades sentidas na realização dessas atividades.

Alertar para o fato de que nem sempre essas idéias aparecem explicitamente

Cabe ao professor ter consciência e conhecimento da importância da inclusão

desses conceitos nos conteúdos propostos para eu os alunos tenham a

possibilidade de perceber por si mesmo as idéias apresentadas.

Criar novas oportunidades no aprendizado, proporcionando um melhor

desempenho, fazendo com que a passagem do concreto ao abstrato seja feito com

desenvoltura e precisão.

Propor atividades em sala de aula instigando os alunos a explicitarem os

procedimentos adotados.

A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que possibilitam

ao aluno atribuir sentido e construir significado às idéias matemáticas de modo a

tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. Desse

modo, supera o ensino baseado apenas em desenvolver habilidades, como calcular

e resolver problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exercícios.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

- elaborar planos e estratégias para a solução do problema, desenvolvendo varias

formas de raciocínio (estimativa, analogia, indução, busca de padrão ou

regularidade, pequenas inferências lógicas, etc.), executando esses planos e

estratégias com procedimentos adequados;

Números e álgebra

- Amplie os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes

contextos;

- Compreenda os números complexos e suas operações;

- Conceitue e interprete matrizes e suas operações;

- Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por

meio de determinante;

- Identifique e realize operações com polinômios;

- Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações, inclusive as

exponenciais, logarítmicas e modulares.

Grandezas e medidas

- Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de

diferentes grandezas e compreenda a relações matemáticas existentes nas suas

unidades;

- Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo para determinar

elementos desconhecidos.

Funções

- Identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as;

- Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações-problema;

- Realize análise gráfica de diferentes funções;

- Reconheça, nas seqüências numéricas, particularidades que remetam ao conceito

das progressões aritméticas e geométricas;

- Generalize cálculos para a determinação de termos de uma seqüência numérica.

Geometrias

- Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria Plana e Espacial;

- Determine posições e medidas de elementos geométricos através da Geometria

Analítica;

- Perceba a necessidade das geometrias não euclidianas para a compreensão de

conceitos geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano de

Euclides;

- Compreenda a necessidade das geometrias não euclidianas para o avanço das

teorias científicas;

- Articule idéias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa;

- Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica, Hiperbólica e Fractal.

Tratamento da informação

- Recolha, interprete e analisem dados através de cálculos, permitindo-lhe uma

leitura crítica dos mesmos;

- Realize cálculos utilizando Binômio de Newton;

- Compreenda a idéia de probabilidade;

- Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas;

- Compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos ramos da atividade

humana;

- Perceba, através da leitura, a construção e interpretação de gráficos, a transição

da álgebra para a representação gráfica e vice-versa.

Referências Bibliográficas

ANAIS, VI Encontro Paranaense de Educação Matemática VI EPREM - outubro de

2000.

BEZERRA, Jairo Manoel. Matemática – Volume único – 2º grau – editora Scipione.

Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica – Curitiba 2008.

LONGEN, Adilson. Matemática – coleção nova didática – Ensino Médio 2ª série –

Editora Positivo. Curitiba: 2004

Língua Estrangeira Moderna (Inglês)

Apresentação geral da disciplina

Em 1976, o ensino de Línguas Estrangeiras voltou a ser valorizada, pois na

década de 1950 o governo preocupado com o currículo mais técnico diminuiu a sua

carga horária, sendo obrigatório somente no 2º grau, depois paulatinamente

alcançou o 1º grau. Em 1982, a UFPR incluiu a Língua Estrangeira em seu

vestibular. Caminhando em nossa história chega-se à 1996 quando a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação determina a oferta obrigatória de pelo menos uma

LEM no Ensino Fundamental e Ensino Médio.

As línguas estrangeiras assumem a condição de serem parte indissolúvel de

conjunto de conhecimentos essenciais que permitem ao estudante aproxima-se de

várias culturas e conseqüentemente, propiciar sua integração num mundo

globalizado. Nesse sentido, a aprendizagem da Língua Estrangeira Moderna

possibilita o acesso à informação e a comunicação internacional necessário para o

desenvolvimento pleno do aluno na sociedade atual.

Entendendo a importância do plurilingüísmo dentro da política educacional,

percebe-se a valorização e respeito à diversidade cultural, e há a liberdade para a

escola definir qual a Língua Estrangeira que deve ser ensinada.

Objetivos gerais da disciplina

- Desenvolver a capacidade de usar a língua em situações de comunicação oral e

escrita;

- Vivenciar, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe possibilite

estabelecer relações individuais e coletivas;

- Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passiveis de transformação na pratica social;

- Proporcionar maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

- Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do pais.

Conteúdo Estruturante

- Discurso como prática social

Conteúdos Básicos

• Greetings; texts;

• Leitura; escrita e fala;

• Compreensão auditiva;

• Occupations; Nationalities;

• Grammar.

Metodologia da disciplina

O trabalho com Língua Inglesa na escola não deve ser entendido apenas

como um instrumento para que o aluno tenha acesso a novas informações, mas

como uma possibilidade de ver e entender o mundo e de constituir significados.

O processo de aprendizagem de uma língua estrangeira exige o confronto da

língua materna com a que se está aprendendo. Dessa forma, tanto os alunos quanto

os professores percebam que é possível construir significados além dos encontrados

na língua materna, ou seja, outras possibilidades de entender o mundo.

Língua e cultura constituem um dos pilares da identidade do sujeito como

cidadão. Por isso, é necessário aproximar o aluno de algo que constrói por uma

determinada comunidade.

A apresentação do discurso nos mais variados gêneros: orais, escritos ou

visuais, garantirá ao aluno o estímulo necessário para que entre no universo da

língua estrangeira e interaja com ele.

O docente deverá realizar atividades baseadas na resolução de problemas

que estimulem o desenvolvimento de processos lingüísticos que são considerados

fundamentais para a aprendizagem da língua estrangeira.

Para que esse trabalho seja executado de forma eficiente, o professor deverá

empregar o listening (ouvir), writing (escrever), speaking (falar) e reading (leitura).

A gramática indutiva é parte integrante do processo de aquisição de uma

língua estrangeira, pois permite que o aluno reconheça e produza as estruturas

linguísticas com precisão. Desse modo, ele é capaz de inferir regras que facilitarão

sua compreensão e lhe darão a confiança necessária para o seu uso eficaz em um

contexto real.

A língua inglesa é instrumento de comunicação entre alunos e professor

durante as aulas por meio de atividades, jogos, dinâmicas de grupo, debates,

discussões, dramatizações, música e filmes. É, portanto, incentivado o trabalho em

pares, trios e grupos, o que favorece a cooperação entre os alunos e o envolvimento

deles em um aprendizado mais significativo.

O estudo da Língua, Cultura e Literatura permeia o ensino de Inglês no

Ensino Médio; esses conteúdos são acessados por meio de livros de literatura,

produções de textos autênticos de variadas fontes, possibilitando a inserção de

aspectos culturais de países de língua inglesa e ampliando o repertório cultural do

aprendiz.

O trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a busca por

sua solução deverá despertar o interesse dos alunos para que desenvolvam uma

prática analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos linguístico-culturais e

percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso

no qual se revele o respeito às diferenças culturais, crenças e valores.

Expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, de

modo que se familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo

articulado com as demais disciplinas do currículo para relacionar os vários

conhecimentos proporcionará ao aluno, pertencente a uma determinada cultura, o

contato e a interação com outras línguas e culturas.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

Leitura

• Realização de leitura compreensiva do texto;

• Localização de informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicionamento argumentativo;

• Ampliação do horizonte de expectativas;

• Ampliação do léxico;

• Percepção do ambiente no qual circula o gênero;

• Identificação da idéia principal do texto;

• Análise das intenções do autor;

• Identificação do tema;

• Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

• Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no

sentido conotativo e denotativo;

• Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência

textual;

Escrita

• Expressão de idéias com clareza;

• Elaboração de textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero,

interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática;

• Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Uso de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade,

intertextualidade, etc;

• Utilização adequada de recursos lingüísticos como: pontuação, uso e função do

artigo, pronome, substantivo, etc;

• Emprego de palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem

como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero

proposto.

• Pertinência do uso dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos;

• Reconhecimento de palavras e/ ou expressões que estabelecem a referência

textual.

Oralidade

• Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

• Apresentação de idéias com clareza;

• Compreensão de argumentos no discurso do outro;

• Exposição objetiva de argumentos;

• Organização da seqüência da fala;

• Respeito aos turnos de fala;

• Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua

materna, etc;

• Utilização consciente de expressões faciais corporais e gestuais, de pausas e

entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos

Referências Bibliográficas

ANDREOTTI,V.;JORDÃO,C. M. GIMENEZ, T. (orgs).Perspectivas educacionais e ensino de Inglês na escola pública. Pelotas:Educat,2005.

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná –– SEED/2008.

FERRARI, Mariza & Rubin, Sarah G. Inglês.Coleção novos Tempos. Ensino Médio. Volume único. Editora Scipione.

JORDÃO, Clarissa Meneses. A língua estrangeira na formação do indivíduo- Curitiba:Mimeo,2004.

Língua Estrangeira Moderna (Espanhol) – CELEM

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A oferta da Língua Espanhola na escola pública representa um importante passo

para a implantação de uma visão plurilíngüe do ensino de idiomas e ainda, é um

imprescindível instrumento de democratização do ensino de idiomas na rede pública e,

sobretudo, de inclusão.

O idioma espanhol assume, atualmente, um papel importante no cenário econômico,

político e, sobretudo cultural, do mundo inteiro. É a segunda língua mais falada no Ocidente,

bem como, nos Estados Unidos. É a língua oficial de 21 nações e constitui, juntamente com

a Língua Portuguesa, o idioma dos países membros do MERCOSUL.

Ao longo da história da educação brasileira, o ensino de línguas estrangeiras e a

estrutura do currículo sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social,

política e econômica do país.

A análise a seguir da trajetória do ensino de línguas na escola pública objetiva

refletirmos sobre a relevância da inserção da Língua Espanhola no currículo do ensino

médio da Escola Pública a partir de uma visão plurilíngüe e democrática.

As línguas estrangeiras que integravam o currículo no modelo educacional dos

jesuítas eram os idiomas clássicos – Grego e Latim, consideradas importantes para o

desenvolvimento do pensamento e da literatura. O método de ensino adotado era o

Tradicional, em que concebia a língua como um conjunto de regras gramaticais e

privilegiava somente a escrita, visto que a língua não era ensinada como instrumento de

comunicação.

O início da valorização do ensino de LEM no Brasil ocorreu em 1809, com o decreto

assinado por D. João VI, em que se criaram cadeiras de inglês e francês de forma a atender

as demandas que surgiram com a abertura dos portos ao comércio.

No final do século XIX e início do século XX o número de imigrantes aumentou,

consideravelmente no país. Em grande parte do território brasileiro foram criadas colônias

de imigrantes, que numa tentativa de preservar suas culturas, organizaram-se para construir

e manter escolas para seus filhos, onde a língua de seus ascendentes era ensinada como

língua materna. Porém, em 1917, para efetivar os propósitos nacionalistas essas escolas

forma fechadas e, criou, a partir de 1918, as escolas primárias sob a responsabilidade dos

Estados.

Em 1931, com a reforma Francisco Campos, estabeleceu-se o Método Direto como o

primeiro método oficial de ensino de Língua Estrangeira. Em contraposição ao Tradicional,

esse método tem como princípio fundamental a aprendizagem em constante contato com a

língua de estudo, sem intervenção da tradução, de modo que, o significado deve ser

construído por meio de figuras, gestos e simulação e a gramática aprendida de forma

indutiva com o objetivo de atingir uma competência semelhante ao do nativo.

Com a instauração do Estado Novo durante o governo Vargas deu-se a ênfase no

discurso nacionalista. Naquela conjuntura, o idioma espanhol foi introduzido como matéria

obrigatória alternativa ao ensino do alemão e o Latim permaneceu como Língua Clássica.

Tal valorização da Língua espanhola se deu com o fim do prestígio das línguas alemã,

japonesa e italiana, em função da Segunda Guerra Mundial. O idioma espanhol, então,

passou a ser permitido oficialmente como componente curricular, porque representava para

o governo um modelo de patriotismo e respeito daquele povo às suas tradições e á história

nacional.

[..] o espanhol, que até então não havia figurado como componente curricular; é escolhido para compor os programas oficiais do curso científico, que pertencia à escola secundária. Na época, os conteúdos privilegiados pelos professores de línguas vivas eram a literatura consagrada e noções de civilização, ou seja, história e costumes do país onde se fala a língua estrangeira.O espanhol, naquele momento, era indicado como a língua de autores consagrados, como Cervantes, Becker e Lope de Veja. Ao mesmo tempo, era a língua de um povo que [...] (mesmo com) importante participação na história ocidental, com episódios gloriosos de conquistas territoriais [...], não representava ameaça para o governo durante o Estado Novo. (PICANÇO, 2003 apud DCE, 2008, p.42).

O sistema de ensino proposto em 1942, pela Reforma Capanema, que atribuía ao

ensino secundário um caráter patriótico, existiu até 1961 quando, depois de 13 anos de

tramitação, foi aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 4.024). Com a

LDB, as línguas estrangeiras foram incluídas como disciplinas complementares, não mais

obrigatórias, o que significava que as línguas poderiam, de acordo com os Conselhos

Estaduais de Educação, constar ou não do currículo escolar.

Em 1942, lingüistas estruturalistas da época, pautados na concepção de

aprendizagem, segundo o princípio do behaviorismo, sistematizaram os Métodos

Audiovisual e Áudio-Oral onde a língua era concebida como um conjunto de hábitos a serem

automatizados e não mais um conjunto de regras gramaticais a serem memorizadas.

(DCE,2008).

Na época da ditadura militar, a inclusão de línguas estrangeiras nos currículos de

primeiro e segundo grau deixou de ser obrigatórias, numa tentativa exacerbada de impedir a

entrada de outras culturas e ideologias no país.

Em 1976, as línguas estrangeiras recuperam sua obrigatoriedade, com importantes

mudanças no aspecto que ocupa nossa atenção: a língua a ser ensinada continua sendo de

escolha da comunidade, mas a obrigatoriedade de ensino de línguas estrangeiras modernas

passa a existir para o segundo grau. Porém, o parecer nº 581/76 do Conselho Federal

determinou que esta fosse ensinada por acréscimo, conforme as condições de cada

estabelecimento, ocasionado desta forma, a redução do ensino de língua estrangeira por

uma hora semanal, por apenas um ano, de um único idioma. As reformas do ensino

geraram o descontentamento por parte dos docentes que impulsionados pelos movimentos

de redemocratização do país, na década 1980 realizaram mobilizações em prol do retorno

da pluralidade de oferta de Língua Estrangeira nas escolas públicas. Em decorrência disso,

a secretaria de Estado da Educação do Paraná criou, em 1986, o Centro de Línguas

Estrangeiras Modernas (CELEM).

Nesse contexto histórico, ganhou força no Brasil um novo método de ensino: a

Abordagem Comunicativa, que concebia a “língua como instrumento de comunicação ou

interação social, concentrada nos aspectos semânticos, e não mais no código lingüístico”.

(DCE, 2008, P.46). Nesse método, os alunos deveriam comunicar-se em Língua Estrangeira

por meio de jogos e dramatizações. Porém, a abordagem comunicativa começou a ser

criticada por alguns intelectuais, por estar centrada em funções da linguagem do cotidiano,

sem considerar as diferentes vozes que permeiam as relações sociais, o que esvazia as

práticas sociais mais amplas de uso da língua.

No artigo 36 da lei 9394/ 96, disposto na LDB, Lei de Diretrizes e Bases da

Educação, no tópico direcionado ao ensino médio, é estabelecida a inclusão de uma língua

estrangeira moderna, como disciplina obrigatória escolhida pela comunidade escolar, e uma

segunda, com caráter optativo, dentro das possibilidades da instituição.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1999) de Língua Estrangeira

para Ensino Médio torna-se imprescindível incorporar ao currículo, novas alternativas

lingüísticas que atendam às necessidades do estudante e supere o monopólio lingüístico

existente nas escolas da rede pública. Conforme os PCNs, a ênfase está no ensino da

comunicação oral e escrita, para atender as demandas relativas à formação pessoal,

acadêmica e profissional.

Em contraposição aos PCNs, novos referenciais teóricos analisam a função da língua

estrangeira com vistas a um ensino que contribua para reduzir as desigualdades sociais e

desvelar as relações de poder que as apóiam.

A inserção da Língua Espanhola no currículo do Ensino Médio, de forma obrigatória,

por determinação da lei 11.161, de 05 de agosto de 2005, em horário regular, nas escolas

públicas e privadas brasileiras que atuam nesse nível de ensino, representa o resultado de

um processo que buscava destacar o Brasil no Mercosul e ainda, atender a interesses

político-econômicos para melhorar as relações comerciais do Brasil com países de Língua

Espanhola.

A oferta de Língua Espanhola, portanto, tornou-se obrigatória nos estabelecimentos

de ensino de Ensino Médio e de matrícula facultativa para o aluno, tendo as escolas cinco

anos para implementação da referida lei.

O curso de espanhol oferecido pelo Centro de Línguas Estrangeiras Modernas

(CELEM) tem duração de dois anos e as aulas são divididas em quatro semestres. Os

estudantes freqüentam uma base de duas horas aula por dia, duas vezes por semana. Ao

final desse período recebem certificado reconhecido pela Secretaria de Educação do

Paraná.

A rede pública de ensino do Paraná tem como referencial teórico as Diretrizes

Curriculares da Educação Básica para o ensino de Língua Estrangeira Moderna (LEM)

fundamentada na pedagogia crítica e na teoria do Discurso proposta pelo Círculo de

Bakhtin, que concebe a língua como discurso, não como estrutura ou código a ser decifrado,

constrói significados e não apenas os transmite. Conforme as DCEs (2008):

[...] “ao conceber a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma língua estrangeira permite-se aos sujeitos perceberem-se como integrantes da sociedade e participantes ativos do mundo”. (p. 57).

Nesta perspectiva, a DCE (2008) de Língua Estrangeira Moderna tem a língua

como objeto de estudo e como conteúdo estruturante - o Discurso como prática

social. Desta forma, pretende-se que o ensino de LEM na Educação Básica permita

que os alunos analisem as questões sociais-políticas-econômicas da nova ordem

mundial, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do

papel das línguas na sociedade e o reconhecimento da diversidade cultural.

As línguas estrangeiras assumem a condição de serem parte indissolúvel de

conjunto de conhecimentos essenciais que permitem ao estudante aproxima-se de

várias culturas e conseqüentemente, propiciar sua integração num mundo

globalizado. Nesse sentido, a aprendizagem da Língua Estrangeira Moderna

possibilita o acesso à informação e a comunicação internacional necessário para o

desenvolvimento pleno do aluno na sociedade atual.

Não se trata aqui de por em evidência uma língua, em detrimento da negação

da importância de outra. Trata-se de reduzir a limitação, historicamente existente,

com a ampliação do universo de ofertas e possibilidades, através da oportunidade

de acesso a outras línguas estrangeiras, de escolha dos próprios alunos, escola e

comunidade.

Nesse sentido, o principal objetivo do Colégio Agrícola Estadual do Noroeste em

ofertar o ensino de Língua espanhola no CELEM é possibilitar que o aluno entre em contato

com o universo de informações e conhecimentos que, diariamente, são inseridos na cultura

brasileira, por meio da língua castelhana para que, ao conhecer outra(s) cultura(s), outra(s)

forma(s) de encarar a realidade, os alunos possam refletir, também, muito mais sobre a sua

própria cultura e ampliem a sua capacidade de analisar o seu entorno social com maior

profundidade, tendo melhores condições de estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes

entre a sua forma de ser, agir, pensar e sentir e a de outros povos, enriquecendo a sua

formação.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS

Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social

Conteúdos Básicos – P1

GÊNEROS DISCURSIVOS: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e

análise lingüística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos

conforme suas esferas sociais de circulação.

ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS

Esfera cotidiana de circulação:

Bilhete

Carta pessoal

Cartão felicitações

Cartão postal

Convite

Letra de música

Receita culinária

Esfera publicitária de circulação:

Anúncio**

Comercial para radio*

Folder

Paródia

Placa

Publicidade Comercial Slogan

Esfera produção de circulação:

Bula

Embalagem

Placa

Regra de jogo

Rótulo

Esfera jornalística de circulação:

Anúncio classificados

Cartum

Charge

Entrevista**

Horóscopo

Reportagem**

Sinopse de filme

Esfera artística de circulação:

Autobiografia

Biografia

Esfera escolar de circulação:

Cartaz

Diálogo**

Exposição oral*

Mapa

Resumo

Esfera literária de circulação:

Conto

Crônica

Fábula

História em quadrinhos

Poema

Esfera midiática de circulação:

Correio eletrônico (e-mail)

Mensagem de texto (SMS)

Telejornal*

Telenovela*

Videoclipe*

Arte

Apresentação geral da disciplina

A Arte é produto de um conjunto de idéias, crenças e doutrinas, próprias de

uma sociedade, de uma época ou de uma classe. É organizada e estruturada por

um conhecimento próprio, o conteúdo formal, ao mesmo tempo possui, o conteúdo

social, que tem como objeto o ser humano em suas múltiplas dimensões. É uma

forma de trabalho onde, ao criar o ser humano se recria, constituindo-se como ser

que toma posição ante o mundo.

A disciplina de Arte ainda exige reflexões que a contemplem como área de

conhecimento e não meramente como meio para o destaque de dons inatos, sendo

até mesmo utilizada equivocadamente, em alguns momentos, como pratica de

entretenimento e terapia. O ensino de Arte deixa de ser coadjuvante no sistema

educacional e passa também a se preocupar com o desenvolvimento do sujeito

frente a uma sociedade construída historicamente

e em constante transformação.

O ensino de Arte deve interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo,

aguçar o espírito crítico para que o aluno possa situar-se como sujeito de sua

realidade histórica. Deve ampliar o repertorio cultural do aluno a partir dos

conhecimentos estético e artístico aproximando-o do universo cultural da

humanidade nas suas diversas representações.

Objetivos gerais da disciplina

- Desenvolver a capacidade de raciocínio, a memória, o espírito crítico e estimular a

criatividade e a sensibilidade estética;

- Conceituar e conhecer através do contato com o mundo da cultura a forma

especifica de a arte significar o mundo e as coisas, expondo o que pensam sobre a

forma expressiva que vêem e o sentido que elaboram ao usufruir a produção

artística.

1

- Relacionar e comparar intenções e valores nas manifestações artísticas e estéticas

do passado e da atualidade, na sua própria cultura e na de outros povos, bem como:

no teatro, na musica, na dança, nas artes visuais, identificando autores e artistas de

diferentes épocas, paises, movimentos, gêneros nas diversas linguagens da arte.

Conteúdos Estruturantes

- Elementos formais;

- Composição;

- Movimentos e períodos.

Conteúdos Básicos

Música

- Elementos formais : altura, duração, timbre, intensidade e densidade.

Composição: Ritmo, Melodia, Harmonia, Escalas, Modal, Tonal e fusão de ambos.

Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop ...Técnicas: vocal,

instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação.

Movimentos e períodos: Música Popular Brasileira, Paranaense, Popular, Indústria

Cultural, Engajada, Vanguarda, Ocidental, Oriental, Africana e Latino-americana.

Artes visuais

Elementos formais: ponto, Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor e Luz

Composição: bidimensional, Tridimensional, Figura e fundo Figurativo, Abstrato

Perspectiva, Semelhanças, Contrastes, Ritmo, Visual, Simetria, Deformação

Estilização Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance,

fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em Quadrinhos, Gêneros:

paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia...

Movimentos e períodos: Arte Ocidental, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Brasileira,

Arte Paranaense, Arte Popular, Arte de Vanguarda, Indústria Cultural, Arte

Contemporânea, Arte Latino-Americana.

2

Teatro

Elementos formais: Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação Espaço

Composição: Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio,

Teatro, Fórum, Roteiro, Encenação, leitura dramática, Gêneros: Tragédia, Comédia,

Drama e Épico, Dramaturgia, Representação nas mídias Caracterização,

Cenografia, sonoplastia, figurino, iluminação, Direção Produção

Movimentos e períodos: Teatro Greco-Romano,Teatro Medieval, Teatro Brasileiro,

Teatro Paranaense, Teatro Popular, Indústria Cultural, Teatro Engajado, Teatro

Dialético,Teatro Essencial, Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro de Vanguarda,

Teatro Renascentista, Teatro Latino- Americano, Teatro Realista e Teatro Simbolista

Dança

Elementos formais: Movimento Corporal, Tempo Espaço

Composição: Kinesfera, Fluxo, Peso, Eixo, Salto e Queda, Giro, Rolamento

Movimentos articulares, Lento, rápido e moderado, Aceleração e desaceleração,

Níveis Deslocamento, Direções, Planos, Improvisação Coreografia, Gêneros:

Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, populares, salão

Movimentos e períodos: Pré-história, Greco Romana, Medieval Renascimento,

Dança Clássica, Dança Popular Brasileira, Paranaense, Africana, Indígena, Hip Hop,

Indústria Cultural, Dança Moderna, Vanguardas, Dança Contemporânea

Metodologia da disciplina

- Música

Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea

(popular e erudita), dos modos de fazer música e sua função social. Teoria da

Música Produção de trabalhos com os modos de organização e composição

musical, com enfoque na música de diversas culturas.

3

- Artes visuais

Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e

mídias. Teoria das artes visuais. Produção de trabalhos de artes visuais com os

modos de organização e composição, com enfoque nas diversas culturas.

- Teatro

Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com

os elementos de composição e movimentos e períodos do teatro. Percepção dos

modos de fazer teatro e sua função social. Teorias do teatro. Produção de trabalhos

com teatro em diferentes espaços.

Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social. Produção de trabalhos

com os modos de organização e composição teatral como fator de transformação

social.

- Dança

Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos

de composição e movimentos e períodos da dança. Percepção dos modos de fazer

dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada. Teorias da

dança. Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos

tecnológicos. Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de

composição.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação

com a sociedade contemporânea. Produção de trabalhos musicais, visando atuação

do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriação prática e teórica dos

modos de composição musical das diversas culturas e mídias, relacionadas à

produção, divulgação e consumo.

- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua

relação com a sociedade contemporânea. Produção de trabalhos de artes visuais

visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriação prática

e teórica dos modos de composição das artes visuais nas diversas culturas e mídias,

relacionadas à produção, divulgação e consumo.

4

- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação

com o movimento artístico no qual se originaram. Compreensão da dimensão do

teatro enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos teatrais,

visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriação prática e

teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias;

relacionadas à produção, divulgação e consumo. Apropriação prática e teórica de

técnicas e modos de composição teatrais

- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação

com o movimento artístico no qual se originaram. Compreensão das diferentes

formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas. Compreensão

da dimensão da dança enquanto fator de transformação social. Compreensão das

diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função social e

ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e

modos de composição da dança nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e

consumo.

Referências Bibliográficas

AZEVEDO, Heloiza de Aquinop. Aprendendo com Arte,S.P. Arvore do Saber.2005.

BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da Arte. S.P. Perspectiva, 1991.

Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ –– SEED/2008.

Livro Didático Público de Arte

REZENDE E FUSARI, Maria. Arte na Educação Escolar. São Paulo: Cortez,2002.

Educação Física

Apresentação geral da disciplina

A disciplina de Educação Física apresenta uma proposta avançada de ensino-

aprendizagem em que o mero exercício físico deve dar lugar a uma formação

humana do aluno em amplas dimensões. O reflexo desse contexto para a Educação

Física configurou-se em um projeto escolar que possibilitasse a tomada de

5

consciência dos educandos sobre seus próprios corpos, não no sentido biológico,

mas especialmente em relação ao meio social em que vivem.

A Educação Física na escola deve oportunizar aos alunos uma organização

do pensamento a respeito de um conhecimento, As atividades, tarefas e

responsabilidades dos alunos não são simplesmente correr, brincar, jogar, exercitar,

fazer. Esse “fazer” deve configurar-se como procedimento imprescindível para

refletir criticamente o conhecimento trazido por um determinado tema da cultura

corporal, compreendendo-o conceitualmente, inclusive através de experimentações

corporais; ou seja, deve ser um “fazer” crítico-reflexivo.

Compreender a Educação Física sob um contexto mais amplo significa

entender que ela é composta por interações que se estabelecem nas relações

sociais, políticas, econômicas e culturais dos povos.

Nesse sentido, procura-se possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento

produzido pela humanidade, relacionando-o às práticas corporais, ao contexto

histórico, político, econômico e social.

A educação física deve oferecer conhecimentos para que os indivíduos

possam ter participação efetiva no mundo do trabalho no que se refere à

compreensão do papel do corpo no mundo da produção, no que tange ao controle

sobre a próprio esforço e do direito ao repouso e ao lazer.

Portanto, torno-se importante que o professor reconheça as maneiras

como o modo de produção capitalista influencia as formas de pensar e agir

sobre o corpo, o que tem efeitos diretos na prática pedagógica da Educação

FísicaA finalidade das práticas corporais deve ser a modificação das

relações sociais. Portanto, os conteúdos esporte, jogos e brincadeiras,

ginástica, dança e luta deve estar comprometida como uma Educação Física

transformadora.

Por fim, o papel da Educação Física é transcender o senso comum e

desmistificar formas arraigadas e equivocadas em relação às diversas

práticas e manifestações corporais. Prioriza-se o conhecimento

sistematizado, como oportunidade para re-elaborar idéias, e práticas que

6

ampliem a compreensão do aluno sobre os saberes produzidos pela

humanidade e suas implicações para a vida.

Objetivos gerais da disciplina

- Proporcionar uma vivencia corporal variada a fim de estimular as habilidades

corporais, a criatividade e a expressividade, o senso critico, podendo assim,

contribuir de forma significativa no desenvolvimento geral do educando;

- Demonstrar o verdadeiro significado e importância da disciplina de Educação

Física no currículo escolar.

Conteúdos Estruturantes

- Ginástica

- Lutas

- Esporte

- Jogos e brincadeiras

- Dança

Metodologia da disciplina

A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o

acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido,

exteriorizadas pela expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas,

ginásticas e esportes. Essas expressões podem ser identificadas como formas de

representação simbólica de realidades vividas pelo homem

As práticas pedagógicas devem promover a integração e a inserção no grupo;

representar uma via de acesso para a valorização e apreciação da cultura corporal;

mostrar a relação entre a cultura corporal e o exercício de cidadania; validar e

instrumentalizar o lazer resgatando o prazer enquanto aspecto fundamental para a

saúde e melhoria da qualidade de vida; promover por meio de conhecimento sobre o

corpo, a formação de hábitos de autocuidado; e também criar condições para que os

conhecimentos construídos possibilitem uma analise critica dos valores sociais,

7

Os conteúdos precisam ter uma complexidade crescente a cada série

acompanhando o desenvolvimento motor e cognitivo do aluno. Precisa existir uma

relação teórica-prática na metodologia de ensino.

O professor tem de inovar e diversificar, pois o campo de trabalho envolve

muitas atividades que podem ser trabalhadas com os alunos como jogos,

competições, danças, música, teatro, expressão corporal, práticas de aptidão física,

jogos de mímica, gincanas, leituras de textos, trabalhos escritos e práticos, dinâmica

em grupo, uso de TV, DVD, etc.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

Ginástica

- Aprofundar e compreender as questões biológicas, ergonômicas e fisiológicas que

envolvem a ginástica.

- Compreender a função social da ginástica.

- Discutir sobre a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural na ginástica.

- Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e trabalho.

Lutas

- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes

manifestações das lutas.

- Compreender a diferença entre lutas e artes marciais, assim como a apropriação

das lutas pela indústria cultural.

- Apropriar-se dos conhecimentos acerca da capoeira como: diferenciação da

mesma enquanto jogo/dança/luta, seus instrumentos musicais e movimentos

básicos.

- Conhecer os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções, formas de

deslocamento, entre outros.

- Organizar um festival de demonstração, no qual os alunos apresentem os

diferentes tipos de golpes,

8

Esporte

- Organizar e vivenciar atividades esportivas, trabalhando com construção de

tabelas, arbitragens, súmulas e as diferentes noções de preenchimento.

- Apropriação acerca das diferenças entre esporte da escola, o esporte de

rendimento e a relação entre esporte e lazer.

- Compreender a função social do esporte.

- Reconhecer a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no esporte.

- Compreender as questões sobre o doping, recursos ergogênicos utilizados e

questões relacionadas a nutrição.

Jogos e brincadeiras

- Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando alternativas

de superação.

- Organizar atividades e dinâmicas de grupos que possibilitem aproximação e

considerem individualidades.

Dança

- Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento,

entre outros,

- Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões culturais,

por meio da dança.

- Discutir e argumentar sobre apropriação das danças pela indústria cultural.

- Criação e apresentação de coreografias

9

Referências Bibliográficas

CARLINI, Alda Luiza. A educação e a corporalidade do educando. Discorpo. São

Paulo, N.04, P.41-60,1995.

Diretrizes Curriculares do Estado do PARANA –– SEED/2008.

MEDINA, João P.S. O Brasileiro e seu corpo. 2a Ed. Campinas: Papirus,1990.

Física

Apresentação geral da disciplina

O conhecimento físico é imprescindível, pois leva a compreensão do mundo

em que vivemos, contribui para a formação de uma cultura científica efetiva que

permite ao indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais,

redimensionando sua relação com a natureza em transformação.

A importância da física para a formação do cidadão se deve pela presença

desta ciência no dia-a-dia das pessoas, traduzindo não só pelas leis que a regem e

estão inseridas na natureza, mas por ser um dos motivos da forma como o mundo

se comporta atualmente: em constante transformação.

A educação para cidadania se faz considerando não a apenas a dimensão

crítica do conhecimento científico sobre o Universo de fenômenos e a não-

neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e

envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais.

A disciplina de física tem como objeto de estudo o Universo, sua evolução,

suas transformações e as interações que nele se apresentam. Portanto, o ensino de

física procura a compreensão e interpretação dos fenômenos naturais relacionados

com: os movimentos, a termodinâmica e o eletromagnetismo.

O ensino de física não deve realizar-se mediante a apresentação

desarticulada e descontextualizada de conceitos, leis e fórmulas, distantes da vida

do aluno e desprovidos de significado. Sendo assim, o professor deve buscar

construir um ensino de física centrado em conteúdos e metodologias capazes de

levar os estudantes a uma reflexão sobre o mundo das ciências, sob a perspectiva

10

de que esta não é somente fruto da racionalidade científica. É preciso ver o ensino

da física “com mais gente e com menos álgebra, a emoção dos debates, a força dos

princípios e a beleza dos conceitos científicos”

Objetivos gerais da disciplina

- Levar o aluno a refletir sobre o mundo das ciências sob a perspectiva de que esta

ciência não é fruto apenas de pura racionalidade científica.

- Contribuir para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza

da produção científica e compreender a necessidade deste conhecimento para

entender o universo de fenômenos que o cerca,

- Compreender enunciados que envolvem códigos e símbolos físicos para tabelas,

gráficos e relações matemáticas gráficas para a expressão do saber físico.

- Ser capaz de discriminar e traduzir as linguagens matemáticas e discursivas entre

si. Expressar-se corretamente utilizando a linguagem física adequada e elementos

de sua representação simbólica.

- Apresentar de Forma clara e objetiva o conhecimento aprendido, através de tal

linguagem.

- Elaborar sínteses os esquemas estruturados dos temas físicos trabalhados.

- Conhecer e utilizar conceitos físicos.

- Relacionar grandezas, quantificar, identificar parâmetros relevantes.

- Relacionar e compreender leis e teorias físicas.

- Construir e investigar situações -problema, identificar a situação física, utilizar

modelos físicos, generalizar de uma outra situação, prever, avaliar, analisar

previsões.

- Articular o conhecimento físico com conhecimento de outras áreas do saber

cientifico.

- Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que envolvam

aspectos físicos e/ou tecnológicos relevantes.

- Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de expressão da

cultura humana.

- Conhecer fontes de informações relevantes, sabendo interpretar noticias

cientificas.

- Reconhecer a física enquanto construção humana, aspectos de sua historia e

relações com o contexto cultural, social, político e econômico.

11

- Reconhecer o papel da física no sistema produtivo, compreendendo a evolução

dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução dos meios

tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do conhecimento

cientifico.

Conteúdos Estruturantes

- Movimento

- Termodinâmica

- Eletromagnetismo

Conteúdos básicos

- Momentum e inércia Conservação de quantidade de movimento (momentum)

Variação da quantidade de movimento = Impulso 2ª Lei de Newton 3ª Lei de Newton

e condições de equilíbrio

- Energia e o Princípio da Conservação da energia

- Gravitação

- Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica, 1ª Lei da Termodinâmica ,2ª

Lei da Termodinâmica

- Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas, Força eletromagnética

Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de

Ampère, Lei de Gauss, magnética, Lei de Faraday)

- A natureza da luz e suas propriedades

Metodologia da disciplina

O conhecimento físico não pode apresentar-se ao aluno como um produto

acabado, fruto da genialidade dos grandes cientistas. O grande desafio é que a

atividade científica seja vista com uma atividade humana, com seus acertos, virtudes

,falhas e limitações.

A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e,

por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza, os

conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não são

12

coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo Homem no

intuito de explicar e entender essa natureza.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

Movimento

Espera-se que o estudante:

• formule uma visão geral da ciência (Física), presente no final do século XIX e

compreenda a visão de mundo dela decorrente;

• compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de

partículas subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros princípios (entre

eles o da Incerteza);

• perceba (do ponto de vista relativístico e quântico) a necessidade de redefinir o

conceito de massa inercial, espaço e tempo e, como consequência, um conceito

básico da mecânica clássica: trajetória;

• compreenda o conceito de massa (nas translações) como uma construção

científica ligada à concepção de força, entendendo-a (do ponto de vista clássico)

como uma resistência à variação do movimento, ou seja, uma constante de

movimento e o momentum como uma medida dessa resistência (translação);

• compreenda o conceito de momento de inércia (nas rotações) como a dificuldade

apresentada pelo objeto ao giro, relacionando este conceito à massa do objeto e à

distribuição dessa massa em relação ao eixo de rotação. Ou seja, que a diminuição

do momento de inércia implica num aumento de velocidade de giro e vice-versa;

• associe força à variação da quantidade de movimento de um objeto ou de um

sistema (impulso), à variação da velocidade de um objeto (aceleração ou

desaceleração) e à concepção de massa e inércia;

• entenda as medidas das grandezas (velocidade, quantidade de movimento, etc.)

como dependentes do referencial e de natureza vetorial;

• perceba, em seu cotidiano, movimentos simples que acontecem devido à

conservação de uma grandeza ou quantidade, neste caso a conservação da

quantidade de movimento translacional ou linear;

• compreenda, além disso, a conservação da quantidade de movimento para os

movimentos rotacionais;

13

• perceba que os movimentos acontecem sempre uns acoplados aos outros, tanto os

translacionais como os rotacionais;

• perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a

aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo;

• aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático, identificado na 1ª lei de

Newton e as noções de equilíbrio estável e instável.

• reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais diferentes situações.

Energia e o Princípio da Conservação da energia

Espera-se que o estudante

- Perceba a idéia de conservação de energia como uma construção humana,

originalmente concebida no contexto da Termodinâmica, como um dos princípios

fundamentais da Física e, a amplitude do Princípio da Conservação da Energia,

aplicado a todos os campos de estudo da Física, bem como

outros campos externos à Física.

Assim, ao se avaliar o estudante espera-se que ele:

• conceba a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas

formas e, no caso da energia mecânica, em energias cinética, potencial elástica e

potencial gravitacional;

• perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à

transformação/variação de energia;

• compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico. Ou

seja, é importante entender com que rapidez no tempo ocorrem as transformações

de energia, indicada pela grandeza física potência.

Gravitação

- A Lei da Gravitação Universal como uma construção cientifica importante, pois

unificou a compreensão dos fenômenos celestes e terrestres, cujo resultado sintetiza

uma concepção de espaço, matéria e movimento, desde os primeiros estudos sobre

a natureza até Newton.

Assim, ao se avaliar o estudante, espera-se que ele:

14

• associe a gravitação com as leis de Kepler;

• identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa inercial, do ponto de

vista clássico.

• compreenda o contexto e os limites do modelo newtoniano tendo em vista a Teoria

da Relatividade Geral.

Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica, 1ª Lei da Termodinâmica ,2ª

Lei da Termodinâmica.

- Tem-se como expectativa que o estudante compreenda o quadro teórico da

termodinâmica, composto por idéias expressas nas suas leis e em seus conceitos

fundamentais: temperatura, calor e entropia.

Assim, ao se avaliar o estudante,espera-se que ele:

• compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido

para o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e

fundamental para o desenvolvimento das idéias na termodinâmica;

• formule o conceito de pressão de um fluido, seja ele um líquido ou um gás, e

extrapole o conceito a outras aplicações físicas;

• entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de

um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um

sistema;

• diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das

formas de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da

termodinâmica;

• compreenda a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação de

Energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e a sua

importância para a Revolução Industrial a partir do entendimento do calor como

forma de energia;

• associe a primeira lei à idéia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor.

• compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como

propriedade de um material identificável no processo de transferência de calor. Da

mesma forma, o conceito de calor latente;

• identifique dois processos físicos: a) os reversíveis e b) os irreversíveis, que vêm

acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei. Esse

15

princípio físico deve ser compreendido como tão universal quanto o de conservação

de energia e sugere um estudo da entropia;

• compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em processos espontâneos

e artificiais, como uma medida de desordem e probabilidade;

Carga, corrente elétrica

Espera-se que o estudante:

• compreenda a teoria eletromagnética, suas idéias, definições, leis e conceitos que

a fundamentam.

• compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois

todos os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga.

• compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o

campo de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim, a idéia de

campo deve ser entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja-se que

o estudante entenda essa idéia de campo como uma entidade teórica criada no

eletromagnetismo, pois ele é básico para a teoria e mediador da interação entre

cargas;

• compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base

para a explicação dos fenômenos eletromagnéticos;

• entenda o campo como uma entidade física dotado de energia;

• apreenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o seu movimento (a

corrente elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais;

• associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica;

• conheça as propriedades elétricas dos materiais, como por exemplo, a

resistividade e a condutividade;

• conheça as propriedades magnéticas dos materiais;

• entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao

campo;

• reconheça as interações elétricas como as responsáveis pela coesão dos sólidos,

pelas propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) e

propriedades dos gases;

16

• compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético

sobre a corrente elétrica;

• entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos

constituintes;

• conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação

de energia, como a nuclear e a eólica.

• compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema

elétrico;

• perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à transformação/

variação de energia elétrica.

A natureza da luz e suas propriedades

- A partir da formulação das equações de Maxwell e a comprovação experimental de

Hertz, a luz passou a ser entendida como uma entidade eletromagnética. No

entanto, estudos realizados

no final do século XIX e início do século XX levaram ao estabelecimento da natureza

corpuscular da luz (os quanta). Isso contribui para a apresentação da Física como

uma ciência construída e em construção. Dessa forma, ao se avaliar o estudante

espera-se que ele:

• entenda o propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo;

• conceba a luz como parte da radiação eletromagnética, localizada entre as

radiações de alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos, o ondulatório

e o de partícula, dependendo do tipo de interação com a matéria;

• entenda os processos de desvio da luz, a refração que pode ocorrer tanto com a

mudança do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo

de reflexão, no qual a luz é desviada sem mudança de meio;

• entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, reflexão difusa,

dispersão e absorção da luz, dentre outros importantes para a compreensão de

fenômenos cotidianos que ocorrem simultaneamente na natureza, porém, às vezes

um ou outro se sobressai;

• associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação

do arco íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos

luminosos estudados;

17

• compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria,

apresenta alguns comportamentos que são típicos de partículas (por exemplo, o

efeito fotoelétrico) e outros de ondas (por exemplo, a interferência luminosa), ou

seja, entenda a luz a partir do comportamento dual;

• extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por

exemplo ao elétron.

Referências Bibliográficas

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná –– SEED/2008.

Sampaio, José Luiz, Calçada, Caio Sérgio. Física. 2ª ed.São Paulo:Editora atual,

2005.

Luz, Antônio Máximo R. Álvares, Beatriz Alvarenga. Física – Ensino Médio. 1ª

ed.São Paulo: Scipione, 2008.

Sampaio, José Luiz, Calçada, Caio Sérgio. Universo da Física. 2ª ed. São

Paulo:Saraiva, 2005.

Química

Apresentação geral da disciplina

A aprendizagem da Química indica a compreensão e a utilização dos

conhecimentos científicos para explicar o funcionamento do mundo, planejando,

executando e avaliando as ações de intervenção na realidade.

A química no Ensino Médio deve possibilitar ao aluno uma compreensão dos

processos químicos em si, suas implicações ambientais, sociais, políticas e

econômicas.

Não se pode simplesmente aceitar que a ciência está pronta e acabada, e

que os conceitos científicos atuais são uma verdade absoluta. Assim, o

conhecimento químico não deve ser entendido como um conjunto de conhecimentos

isolados, prontos e acabados, mas sim uma construção da mente humana, em

constante mudança.

18

Considerando a ciência como produção humana e como processo dinâmico

em constante evolução, abordam-se as temáticas de forma crítica e reflexiva,

buscando-se estabelecer interações fundamentais no âmbito da sobrevivência e da

melhoria da qualidade de vida.

Objetivos gerais da disciplina

- Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;

- Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual;

- Identificar fontes de informações e formas de obter informações relevantes para o

conhecimento da Química (livro, computador, jornais, manuais, etc);

- Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão macroscópica;

- Compreender dados quantitativos, estimativas e medida;

- Selecionar e utilizar idéias e procedimentos científicos (leis, teorias, modelos) para

resolução de problemas quantitativos em química, identificando e acompanhando as

variáveis relevantes;

- Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado a química,

selecionando procedimentos experimentais;

- Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação do ser humana individual

e coletiva com o ambiente;

- Reconhecer as relações entre desenvolvimento cientifico e tecnológico da Química

e aspectos sócio-político-culturais;

- Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da química e vice-versa.

- Utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer suas

modificações ao longo do tempo;

- Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em química:

gráficos, tabelas e relações matemáticas;

- Compreende dados quantitativos, estimativos e medidas, compreender relações

proporcionais presentes na Química (raciocino proporcional);

- Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou outros

(classificação, seriação e correspondência em Química);

- Desenvolver conexões hipotético- lógicas que possibilitem revisões das

transformações químicas;

19

- Reconhecer o papel da Química no sistema produtivo, industrial e rural;

- Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no

desenvolvimento da Química e da tecnologia.

Conteúdos Estruturantes

• Matéria e sua natureza

• Biogeoquímica

• Química Sintética

Conteúdos básicos

Matéria - Constituição da matéria; Estados de agregação; Natureza elétrica da

matéria; Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...). Estudo dos

metais. Tabela Periódica.

Solução - Substância: simples e composta; Misturas; Métodos de separação,

Solubilidade; Concentração; Forças intermoleculares; Temperatura e pressão;

Densidade; Dispersão e suspensão; Tabela Periódica.

Velocidade das reações - Reações químicas; Lei das reações químicas;

Representação das reações químicas; Condições fundamentais para ocorrência das

reações químicas. (natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de

colisão) Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato,

temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores); Lei da velocidade

das reações químicas; Tabela Periódica.

Equilíbrio químico - Reações químicas reversíveis; Concentração; Relações

matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio); Deslocamento de

equilíbrio (príncipio de Le Chatelier): concentração, pressão, temperatura e efeito

dos catalizadores; Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização,

Ks ). Tabela Periódica

20

Ligação química - Tabela periódica; Propriedade dos materiais; Tipos de ligações

químicas em relação as propriedades dos materiais; Solubilidade e as ligações

químicas; Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias

moleculares; Ligações de Hidrogênio; Ligação metálica (elétrons semi-livres)

Ligações sigma e pi; Ligações polares e apolares; Alotropia.

Reações químicas - Reações de Oxi-redução, Reações exotérmicas e

endotérmicas; Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas, Variação de

entalpia; Calorias; Equações termoquímicas; Princípios da termodinâmica; Lei de

Hess; Entropia e energia livre, Calorimetria; Tabela Periódica.

Radioatividade - Modelos Atômicos (Rutherford); Elementos químicos

(radioativos); Tabela Periódica, Reações químicas; Velocidades das reações;

Emissões radioativas; Leis da radioatividade; Cinética das reações químicas;

Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear);

Gases - Estados físicos da matéria; Tabela periódica; Propriedades dos gases

(densidade/ difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e

temperatura x volume); Modelo de partículas para os materiais gasosos; Misturas

gasosas; Diferença entre gás e vapor; Leis dos gases

Funções químicas - Funções Orgânica, Funções Inorgânicas, Tabela Periódica

Ementa da Disciplina

Modelos atômicos; alotopia; elementos químicos; aspectos técnicos da química

moderna; tabela periódica; número de oxidação; sistemas substância e misturas;

funções e reações inorgânicas; Leis das Reações Químicas; massa atômica,

molecular e mol; estudo dos gases; estequiometria; soluções; termoqímica;

oxirredução; química orgânica suas funções e reações; isomeria; compostos

orgânicos; solos – formação micro e macro nutrientes, reações; esterilização e

desinfecção.

21

Metodologia da disciplina

Considere os conhecimentos prévios e o contexto social do aluno, para (re)

construir os conhecimentos químicos. Essa (re) construção acontecerá por meio das

abordagens histórica, sociológica, ambiental e experimental dos conceitos químicos,

A abordagem teórico metodológica mobilizará para o estudo da Química

presente no cotidiano dos alunos, evitando que ela se constitua meramente em uma

descrição dos fenômenos, repetição de fórmulas, números e unidades de medida.

Sendo assim, quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do conteúdo

estruturante Biogeoquímica, é preciso relacioná-lo com a atmosfera, hidrosfera e

litosfera. Quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do conteúdo

estruturante Química Sintética, o foco será a produção de novos materiais e

transformação de outros, na formação de compostos

artificiais. Os conteúdos químicos serão explorados na perspectiva do Conteúdo

Estruturante Matéria e sua Natureza por meio de modelos ou representações. E é

imprescindível fazer a relação do modelo que representa a estrutura microscópica

da matéria com o seu comportamento macroscópico.

Para os conteúdos estruturantes Biogeoquímica e Química Sintética, a

significação dos conceitos ocorrerá por meio das abordagens histórica, sociológica,

ambiental, representacional e experimental a partir dos conteúdos químicos. Porém,

para o conteúdo estruturante Matéria e sua Natureza, tais abordagens são limitadas.

Os fenômenos químicos, na perspectiva desse conteúdo estruturante, podem

ser amplamente explorados por meio das suas representações, como as fórmulas

químicas e modelos.

O conteúdo básico Funções Químicas não deve ser apenas explorado

descritivamente ou classificatoriamente. Este conteúdo básico deve ser explorado de

maneira relacional, por que o comportamento das espécies químicas é sempre

relativo à outra espécie com a qual a interação é estabelecida.

Subsidiar reflexões sobre o ensino de Química, bem como possibilitar novos

direcionamentos e abordagens da prática docente no processo ensino–

aprendizagem, para formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e

seja capaz de refletir criticamente sobre o meio em que está inserido.

22

Critérios de avaliação específicos da disciplina

Espera-se que o aluno:

- Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área da

Química;

- Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos;

- Problematize a construção dos conceitos químicos;

- Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela

produção do conhecimento químico.

• Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos sobre

modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria;

• Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo

básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação, solubilidade,

concentração, forças intermoleculares, etc;

• Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas,

representações, condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade,

inibidores;

• Compreenda o conceito de equilibro químico, a partir dos conteúdos específicos:

concentração, relações matemáticas e o equilíbrio químico, deslocamento de

equilíbrio, concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores, equilíbrio

químico em meio aquoso; de ligação química, na perspectiva da interação entre o

núcleo de um átomo e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos deste

conteúdo básico;

• Entenda as reações químicas como transformações da matéria a nível

microscópico, associando os conteúdos específicos elencados para esse conteúdo

básico;

• Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem

na natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõe esse conteúdo básico;

• Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedades dos

gases, modelo de partículas e as leis dos gases;

• Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outra

espécie com a qual estabelece interação.

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- Compreenda que o conhecimento químico, assim como todos os demais saberes,

não é algo pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação.

Referências Bibliográficas

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná –– SEED/2008.

FELTRE, Ricardo. Química. 6ª ed. São Paulo: Moderna, 2004.

PENTEADO, Paulo César M,, TORRES, Carlos Magno A. Física, Ciência e

Tecnologia. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2005.

Biologia

Apresentação geral da disciplina

O processo científico tecnológico inegavelmente tem gerado, em algum nível,

uma melhora de qualidade de vida de uma parcela da população mundial e do nosso

país ao longo do processo histórico. Contudo, esse mesmo progresso e

desenvolvimento têm comprometido drasticamente as condições naturais e

humanas, contribuindo para o processo de desumanização do homem na esfera

social.Isso nos leva a tomar a ciência e a tecnologia como objetos de

questionamentos, passíveis de uma necessária contestação crítica e de uma ampla

problematizarão de sua suposta neutralidade.

É necessário, então,que o ensino de Biologia efetivamente subsidie a

transferência de uma esfera e percepção ingênua da realidade para uma esfera

crítica, na qual se denuncia a estrutura desumanizante presentes nas relações entre

ciências, economia, política e sociedade e se anuncia à estrutura humanizante

A Biologia não pode significar a simples memorização de nomenclatura

taxonômica, filos, etapas e processos fisiológicos, ecológicos, probabilidades em

problemas de genética, nomes de doenças e seus ciclos, etc. Ela não pode ser

encarada como um amontoado de frases, esquemas, nomes e raciocínios para o

vestibular ou para o concurso, para se passar de ano. O aprendizado da biologia,

em seus princípios gerais, é necessário para que o cidadão moderno possa melhor

interagir com o mundo.

24

A formação do sujeito crítico, reflexivo e analítico, portanto consolida-se por

meio de um trabalho em que o professor reconhece a necessidade de superar

concepções pedagógicas anteriores, ao mesmo tempo em que compartilha com os

alunos a afirmação e a produção de saberes científicos a favor da compreensão do

fenômeno VIDA.

Como elemento da construção científica, a Biologia deve ser entendida como

processo de produção do próprio desenvolvimento humano.

Objetivos gerais da disciplina

- Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos, observados

em microscópio ou a olho nu;

- Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da biologia;

- Apresentar, de forma organizada o conhecimento biológico apreendido através de

textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, etc;

- Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento,

leitura de texto e imagem, entrevista) selecionando aquelas pertinentes ao tema

biológico em estudo;

- Expressar duvidas, idéias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos;

- Relacionar os diversos conteúdos conceituais de biologia (lógica interna) na

compreensão de fenômenos

- Estabelecer relações entre parte e todo, de um fenômeno ou processo

biológico;

- Selecionar e utilizar metodologias cientificas adequadas para a resolução de

problemas, fazendo uso quando for o caso de tratamento estatístico na analise de

dados coletados;

- Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas

apresentados, utilizando elementos da Biologia;

- Utilizar noções e conceitos da Biologia em novas situações de aprendizado

(existencial escolar);

- Entender a Biologia como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto da

conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e

tecnológicos;

25

- Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos do

senso comum relacionadas a aspectos biológicos;

- Reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformações

intencionais por ele produzidas no seu ambiente;

- Julgar ações de intervenção, identificando aquelas que visam a preservação e a

implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente;

- Identificar as relações entre o conhecimento cientifico e o desenvolvimento

tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as

concepções de desenvolvimento sustentável.

Conteúdos Estruturantes

- Organização dos Seres Vivos

- Mecanismos Biológicos

- Biodiversidade

- Manipulação Genética

Conteúdos básicos

- Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.

- Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.

- Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

- Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

- Teorias evolutivas.

- Transmissão das características hereditárias

- Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com

o ambiente

- Organismos geneticamente modificados.

Metodologia da disciplina

Confrontar os saberes do aluno com o saber elaborado, na perspectiva de

uma apropriação da concepção de ciência como atividade humana. Ainda, busca-se

26

a coerência por meio da qual o aluno seja agente desta apropriação do

conhecimento.

Para o ensino de Biologia, propõe-se o método da prática social, que decorre

das relações dialéticas entre conteúdo de ensino e concepção de mundo; entre a

compreensão da realidade e a intervenção nesta realidade.

A abordagem dos conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos

estruturantes, de modo que, ao introduzir a classificação dos seres vivos como

tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, agrupando-os e

categorizando-os, seja possível, também, discutir o mecanismo de funcionamento, o

processo evolutivo, a extinção das espécies e o surgimento natural e induzido de

novos seres vivos. Deste modo, a abordagem do conteúdo “classificação dos seres

vivos” não se restringe a um único conteúdo estruturante. Ao adotar esta abordagem

pedagógica, o início do trabalho poderia ser o conteúdo específico “organismos

geneticamente modificados”, partindo se da compreensão das técnicas de

manipulação do DNA, comparando as com os processos naturais que determinam a

diversidade biológica, chegando à classificação dos Seres Vivos. Portanto, é

imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro conteúdos

estruturantes.

Outro exemplo é a abordagem do funcionamento dos Sistemas que

constituem os diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo estruturante

Mecanismos Biológicos, incluindo-se o conteúdo estruturante Organização dos

Seres Vivos, que permitirá estabelecer a comparação entre os sistemas,

envolvendo, inclusive, a célula, seus componentes e respectivas funções. Neste

contexto, é importante que se perceba que a célula tanto pode ser compreendida

como elemento da estrutura dos seres vivos, quanto um elemento que permite

observar, comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma forma, a

abordagem do conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da

existência dos diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a

diversidade, envolvendo a variabilidade

genética, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e o meio ambiente, e os

processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido modificações naturais e

as produzidas pelo homem.

27

Critérios de avaliação específicos da disciplina

Espera-se que o aluno:

• Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;

• Estabeleça as características específicas dos micro-organismos, dos organismos

vegetais e animais, e dos vírus;

• Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular),

tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia

(autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);

• Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e

molecular) dos seres vivos;

• Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas

biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular,

esquelético, excretor, sensorial e nervoso);

• Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;

• Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que

ocorrem no interior das células;

• Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão,

reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;

• Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais

freqüentes nos sistemas biológicos (histologia);

• Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das

espécies;

• Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade

dos seres vivos;

• Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os

seres vivos;

• Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as

relações existentes entre estes;

• Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do

equilíbrio dos ecossistemas;

• Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o

meio em que vivem;

28

• Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados

decorrentes de sua aplicação/utilização;

• Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos

biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução

de problemas sócio-ambientais;

• Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem

na diversidade biológica;

• Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da

pesquisa científica que envolve a manipulação genética.

Referências Bibliográficas

AMABIS, José Mariano, MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia. 2ª ed. São Paulo:

Moderna, 2004.

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná –– SEED/2008.

FAVARETTO, José Arnaldo, MERCADANTE, Clarinda. Biologia. 1ª ed. São Paulo:

Moderna, 2005.

LINHARES, Sérgio. GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia. São Paulo: Ática,

2009.

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2008.

História

Apresentação geral da disciplina

A finalidade da História é a busca da superação das carências humanas

fundamentadas por meio de um conhecimento constituído por interpretações

históricas, É a formação de um pensamento histórico a partir da produção do

conhecimento. Esse conhecimento é provisório, configurado pela consciência

histórica dos sujeitos.

Entende-se que a consciência histórica seja uma condição da existência do

pensamento humano, pois sob essa perspectiva os sujeitos se constituem a partir de

29

suas relações sociais, em qualquer período e local do processo histórico, ou seja, a

consciência histórica é inerente à condição humana em sua diversidade

A disciplina História tem como objeto de estudo os processos históricos

relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a

respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas

ações. As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como

estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir,

representar, imaginar, instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente.

O ensino de história não pode reduzir-se a memorização de fatos, a

informação detalhada dos eventos, ao acúmulo de dados sobre as circunstâncias

nas quais ocorreram. A história não é simplesmente um relato de fatos periféricos,

não é o elogio de figuras ilustres. Ela não é um campo neutro, é um lugar de debate,

as vezes de conflitos. É um campo de pesquisa e produção do saber que está longe

de apontar para o consenso.

No ensino de história o principal objetivo é compreender e interpretar as

várias versões do fato, e não apenas memoriza-lo. Sem que se identifique, preserve,

compreenda, sem que se indique onde se encontram outros fatos e qual o seu valor,

não pode haver continuidade consciente no tempo, mas somente a eterna mudança

do mundo e do ciclo biológico das criaturas que nele vivem. O conhecimento da

história da civilização é importante porque nos fornece as bases para o nosso futuro,

permite-nos o conhecimento de como aqueles que viveram antes de nós

equacionaram as grandes questões humanas.

São essas as grandes questões que devemos nos ocupar no ensino de

História. Que homem se quer formar Agente transformador na construção de um

novo mundo, posicionando de maneira crítica, responsável e construtiva nas

diferentes situações sociais.

Sob essa perspectiva, os estudos de história contribuiriam para formar no

aluno a idéia de que a realidade como está foram produzida por uma determinada

razão, e mais importante, podem ser alteradas ou conservadas. Para isso é

importante que a História seja entendida como o resultado da ação de diferentes

grupos, setores ou classes de toda a sociedade. É importante que o aluno conheça

30

a história da humanidade como a história da produção de todos os homens e não

como resultado da ação ou das idéias de alguns poucos.

Nessa medida a História seria entendida como um processo social em que

todos os homens estariam nele engajados como seres sociais. De outra parte, é

fundamental que se estabeleça a relação do passado e do presente, isto é, que os

estudos não se restrinjam apenas ao passado, mas sim que este seja entendido

como chave para a compreensão do presente, que por sua vez melhor esclarece e

ajuda a entender o passado. Aqui duas funções se evidenciam como básicas nos

estudos da história: capacitar o individuo a entender a sociedade do passado e a

aumentar o seu domínio da sociedade do presente.

Sob esse enfoque, não tem sentido um ensino de História que se restrinja a

fatos e acontecimentos do passado sem estabelecer sua vinculação com a situação

presente; como não têm sentido analisar os acontecimentos atuais sem buscar sua

gênese e sem estabelecer sua relação com outros acontecimentos políticos,

econômicos, sociais e culturais ocorridos na sociedade como um todo. Não é

possível, portanto, analisar fatos isolados. Para entender seu verdadeiro sentido é

imprescindível remete-los á situação socioeconômica, política e cultural da época

em que foram produzidas, reconstituídas suas evoluções na totalidade mais amplas

do social até a situação presente.

Objetivos gerais da disciplina

- Despertar reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais,

e das relações entre o ensino da disciplina e a produção do conhecimento histórico;

- Estabelecer o diálogo entre o presente e o passado, incorporando elementos da

historia do cotidiano, da historia cultural;

- Identificar no próprio cotidiano, nas relações sociais e nas ações políticas da

atualidade, a continuidade de elementos do passado, reforçando o dialogo passado -

presente;

- Contribuir para que o educando amplie a compreensão da realidade e seja capaz

de estabelecer relações com outras realidades históricas e de respeitar os valores

culturais das diferentes sociedades;

31

- Formar cidadãos critico, participativo, reflexivo, compromissado e atuante, capaz

de exercer com êxito a sua cidadania.

Conteúdos Estruturantes

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

Conteúdos básicos

- Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.

- Urbanização e Industrialização

- O Estado e as relações de poder

- Os sujeitos, as revoltas e as guerras

- Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções

- Cultura e Religiosidade

Metodologia da disciplina

- Problematização dos conteúdos básicos como temas históricos por meio da

contextualização espaço temporal;

- Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da

América Latina, África e Ásia;

- Os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades

(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

- Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e

estruturantes;

32

- O confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem

aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de

narrativas históricas.

- Utilizar de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos

alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

Trabalho Escravo, Servil,Assalariado e o Trabalho Livre

- Pretende perceber como os estudantes compreendem: o conceito de trabalho; o

trabalho livre nas sociedades do consumo produtivo (primeiras sociedades,

indígenas, africanas, nômades, seminômades); o trabalho escravo e servil; a

transição do trabalho servil e artesanal para o assalariado; o sistema industrial,

Taylorismo, Fordismo e Toyotismo; o sindicalismo e legislação trabalhista; as

experências do trabalho livre nas sociedades revolucionárias; a mulher no mundo do

trabalho (...).

Urbanização e Industrialização

- Pretende perceber como os estudantes compreendem as cidades na História

(neolíticas, antigüidade greco-romana, da Europa Medieval, pré-colombianas,

africanas e asiáticas); ocupação do território brasileiro e formação de vilas e cidades;

urbanização e industrialização no Brasil; urbanização e industrialização nas

sociedades ocidentais, africanas e orientais; urbanização e industrialização no

Paraná no contexto da expansão do capitalismo; modernização do espaço urbano

(...)

O Estado e as relações de poder

- Pretende perceber como os estudantes compreendem: os Estados teocráticos; os

Estados na antigüidade clássica; o poder descentralizado e a igreja católica na

33

sociedade medieval; a formação dos Estados Nacionais; as metrópoles européias,

as relações de poder sobre as colônias na expansão do capitalismo; o Iluminismo e

os processos de independência da América Colonial; o Paraná no contexto da sua

emancipação; o Estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo, positivismo);

o nacionalismo nos Estados ocidentais; o populismo e as ditaduras na América

Latina; o Estado e as relações de poder na segunda metade do século XX; o Estado

na América Latina no contexto da Guerra Fria; o Estado ideologia e cultura; a

independência das colônias africanas e asiáticas.[...]

Os sujeitos, as revoltas e as guerras

- Pretende perceber como os estudantes compreendem: as relações de dominação

e resistência nas sociedades grega e romana na Antiguidade: (mulheres, crianças,

estrangeiros e escravos); as guerras e revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e

Roma; relações de dominação e resistência na sociedade medieval: (camponeses,

artesãos, mulheres, hereges e doentes); as relações de resistência na sociedade

ocidental moderna; as revoltas indígenas, africanas na América portuguesa; os

quilombos e comunidades quilombolas no território brasileiro; as revoltas sociais na

América portuguesa; as revoltas e revoluções no Brasil no século XVII e XIX; [...]

Movimentossociais,políticos e culturais e as guerras e revoluções

- Pretende perceber como os estudantes compreendem: as revoluções democrática-

liberais no Ocidente: Inglaterra, França e EUA); as guerras mundiais no século XX;

As revoluções socialistas na Ásia, África e América Latina; os movimentos de

resistência no contexto das ditaduras da América

Latina; os Estados africanos e as guerras étnicas; a luta pela terra e a organização

de movimentos pela conquista do direito a terra na América Latina; a mulher e suas

conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas [...].

Cultura e Religiosidade

34

- Pretende perceber como os estudantes compreendem: os rituais, mitos e

imaginários dos povos (africanos, asiáticos, americanos e europeus); os mitos e a

arte greco-romanos e a formação das grandes religiões( hinduísmo, budismo,

confuncionismo, judaísmo, cristianismo, islamismo); os movimentos religiosos e

culturais na passagem do feudalismo para o capitalismo; o modernismo brasileiro;

representação dos movimentos sociais, políticos e culturais por meio da arte

brasileira; as etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e

religiosas; as festas populares no Brasil;

Referências Bibliográficas

COTRIM, Gilberto, História Brasil e Geral. 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná –– SEED/2008.

EITEL, Lúcia da Silva. Conhecendo o Paraná/Estudos Sociais. Editora Ática/1995.

KARNAL, Leandro. História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. (org.). 4ª ed. São Paulo: Contexto, 2005.

PETTA, Nicolina Luiza; OJEDA, Eduardo Aparício Baez. História (Volume Único). São Paulo: Editora Moderna, 1999.

Geografia

Apresentação geral da disciplina

O conhecimento geográfico é fundamental para o desenvolvimento e

evolução da humanidade, principalmente nos dias atuais onde vivemos o

advento da globalização e a Revolução Técnico-Cientíca-Informacional.

A geografia estuda as relações entre a sociedade e a natureza,analisa a forma

como a sociedade atua,criticando os métodos utilizados e indicando as técnicas e as

formas sociais que melhor mantenham o equilíbrio biológico e o bem estar social.

Ela é a ciência eminentemente política, no sentido aristotélico do termo, devendo

indica caminhos a sociedade, nas formas de utilização da natureza. daí admitiu que

a Geografia fosse eminentemente uma ciência social da sociedade.

35

Como Ciência Social, a geografia tem a preocupação de entender o espaço em

sua dimensão social de construção. Nesse sentido,o papel da geografia escolar é de

pensar este espaço com o aluno.Não nos serve o papel de passar informações,para

isto,os meios de comunicação já fazem com mais recursos.As mudanças,ocorridas

com a globalização,mudaram também a noção de tempo e espaço,de relações de

trabalho e de poder nas diversas esferas da sociedade.

Hoje podemos obter os mais diversos conhecimentos sobre o espaço, seja

pelos meios de comunicação, pela ciência etc. Assim parece que tudo e o todo

podem ser estudados pela geografia. Então é preciso definir o que queremos com a

geografia,para quê,o quê e como vamos ensinar.

O homem, individualmente, não tem influência na formação do espaço e na

utilização do território, mas a sociedade, dispondo cada vez mais de capital e de

tecnologia, modifica o espaço natural criando o espaço próprio que lhe interessa. As

aspirações da sociedade variam conforme os recursos e a força de que dispõem,e

também,conforme os objetivos que pretendem alcançar

Entende-se que, para a formação de um aluno consciente das relações sócio-

espaciais de seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro conceitual

das abordagens críticas dessa disciplina, que propõem a análise dos conflitos e

contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, constitutivas de um

determinado espaço.

Pretende-se que o estudo da Geografia estimule o desenvolvimento do

educando e forneça-Ihes um conjunto de informações, e também a ampliação do

pensamento reflexivo no que se refere ao mundo do trabalho, pois a construção

deste planejamento está tratando de assuntos atuais, que estará levando o aluno

a se enquadrar dentro destes novos paradigmas exigido pelo mundo

mercadológico, além de estar formando cidadãos na concepção da palavra.

A educação para cidadania é um desafio para o ensino e a Geografia é um dos

componentes curriculares fundamentais para tanto. Os conteúdos trabalhados

devem ter uma tríplice função,qual seja:resgatar o conhecimento produzido

36

cientificamente,reconhecer e valorizar o conhecimento que cada aluno traz

consigo,como resultado de sua própria vida e dar sentido social para este saber.

Assim, a geografia serve para ajudar o educando a desvendar o mundo pelo

método de análise e investigação procurando formar o verdadeiro cidadão

participativo, levando a conhecer a organização do espaço local, nacional e

mundial,bem como as inter-relações,enfim a sociedade como um todo, despertando

a sua verdadeira cidadania e necessidade da conquista de seu próprio espaço,

capaz de transformar e usufruir os benefícios da natureza, conservando-a.

Portanto, o campo de preocupação da geografia é o espaço da sociedade

humana, onde homens e mulheres vivem, e ao mesmo tempo, produzem

modificações que constroem e reconstroem permanentemente; a realidade a ser

estudada não pode ficar restrita aos seus limites, devendo sempre ser

contextualizada no espaço e no tempo, sem que se perca de vista as várias

dimensões da escala geográfica.

Objetivos gerais da disciplina

- Formar um cidadão crítico e atuante, capaz de exercer com êxito a sua cidadania;

- Formar indivíduos capazes de entender e interpretar os fatos que acontecem no

mundo, estabelecer relações entre os fatos e o espaço geográfico;

- Ajudar o aluno a entender as diversidades e as mudanças que acontecem no

espaço geográfico, tornando-o capaz de “pensar” esse espaço e perceber-se como

parte integrante dele;

- Fornecer a base conceitual da disciplina através de sua evolução; educar o aluno

para o pleno domínio da linguagem cartográfica, noções de escala e fusos horários,

alem de conhecer os processos naturais e antrópicos que regem a superfície do

planeta Terra;

- Colaborar para que o aluno compreenda os processos que regem as sociedades

humanas e sua organização; ter noções dos processos de urbanização, evolução

populacional, desenvolvimento da agricultura e problemas ambientais.

37

Conteúdos Estruturantes

- Dimensão econômica do espaço geográfico;

- Dimensão política do espaço geográfico;

- Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico; e

- Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Conteúdos básicos

- A formação e transformação das paisagens.

- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço

geográfico.

- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

- A revolução técnico- científica- informacional e os novos arranjos no espaço da

produção.

- O espaço rural e a modernização da agricultura.

- O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração

territorial.

- A circulação de mão- de- obra, do capital, das mercadorias e das informações.

- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente

- A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores

estatísticos.

- Os movimentos migratórios e suas motivações.

- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

- O comércio e as implicações socioespaciais.

38

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

- As implicações socioespaciais do processo de mundialização.

- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

Metodologia da disciplina

- Problematizar os conteúdos, bem como reconhecer que os impasses e

contradições existentes são procedimentos fundamentais para compreender e

ensinar o espaço geográfico no atual período histórico.

- O professor deverá proporcionar atividades,oportunizando ao educando relacionar

conhecimentos (geográficos e interdisciplinares), tirar conclusões e realizar trabalhos

de síntese dos conhecimentos adquiridos.

- Oferecer temas de discussão, de questionamento, reflexão que colaborem para a

abertura do diálogo, despertando o senso crítico, para que o estudante através

dessas reflexões no contexto social atual, se instrumentalize para o pensamento

crítico.

- Aula de campo - parte-se de uma realidade local bem delimitada para investigar a sua constituição histórica e realizar comparações com os outros lugares, próximos ou distantes.

- A aula de campo abre possibilidades de desenvolver múltiplas atividades práticas,

tais como: consultas bibliográficas (livros e periódicos), análise de fotos antigas,

interpretação de mapas, entrevistas com moradores, elaboração de maquetes,

murais, etc.

O trabaIho com lmagens - Filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e

imagens em geral (fotografias, slides, charges, ilustrações) podem ser utilizados

para a problematização dos conteúdos da Geografia, desde que sejam explorados à

luz de seus fundamentos teórico-conceituais.

- Obras de arte - As obras de arte possuem uma importância destacada no conjunto

de abordagens possíveis nas aulas de Geografia, visto que abarcam

particularidades que não são possíveis em outros recursos

39

-Obras literárias - As obras literárias, por sua vez, podem ser entendidas como uma

representação social condicionada a certos períodos históricos e utilizadas, no

ensino de Geografia, como instrumento de análise e confronto com outros contextos

históricos.

Cartografia: como linguagem - os mapas e seus conteúdos sejam lidos pelos

estudantes como se fossem textos, passíveis de interpretação, problematização e

análise crítica.

O domínio da leitura de mapas é um processo de diversas etapas porque

primeiro é acolhida a compreensão que o aluno tem da realidade em exercícios de

observar e representar o espaço vivido, com o uso da escala intuitiva e criação de

símbolos que identifiquem os objetos. Depois, aos poucos, são desenvolvidas as

noções de escala e legenda, de acordo com os cálculos matemáticos e as

convenções cartográficas oficiais interagem na sociedade e que possa crescer cada

vez mais em sua consciência e na consciência do mundo em que vivem.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

Espera-se que o aluno:

- Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza e lugar.

- Faça a leitura do espaço através dos instrumentos da cartografia - mapas, tabelas,

gráficos e imagens.

- Compreenda a formação natural e transformação das diferentes paisagens pela

ação humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade capitalista.

- Analise a importância dos recursos naturais nas atividades produtivas.

- Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e nas

atividades produtivas.

- Estabeleça relação entre a exploração dos recursos naturais e o uso de fontes de

energia na sociedade industrializada.

- Identifique os problemas ambientais globais decorrentes da forma de exploração e

uso dos recursos naturais.

- Evidencie a importância das atividades extrativistas para a produção de matérias

primas e a organização espacial.

- Reconheça as influências das manifestações culturais dos diferentes grupos

étnicos no processo de

40

configuração do espaço geográfico.

- Compreenda as ações internacionais de proteção aos recursos naturais frente a

sua importância estratégica.

- Compreenda o processo de formação dos recursos minerais e sua importância

política, estratégica e econômica.

- Reconheça a influência dos avanços tecnológicos na distribuição das atividades

produtivas, nos deslocamentos de população e na distribuição da população.

- Compreenda a importância da revolução técnico-científica informacional e sua

relação com os espaços de produção, circulação de mercadorias e nas formas de

consumo.

- Entenda como as guerras fiscais atuam na reorganização espacial das regiões

onde as indústrias se instalam.

- Compreenda a importância da tecnologia na produção econômica, nas

comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço geográfico.

- Analise as novas tecnologias na produção industrial e agropecuária como fator de

transformação do espaço.

- Identifique a concentração fundiária resultante do sistema produtivo agropecuário

moderno.

- Entenda a importância das redes de comunicação e de informação na formação

dos espaços mundiais.

- Reconheça a importância da circulação das mercadorias, mão-de-obra, capital e

das informações na organização do espaço mundial.

- Analise a expansão das fronteiras agrícolas, o uso das técnicas agrícolas na

atualidade e sua repercussão ambiental e social.

- Identifique a relação entre a produção industrial e agropecuária e os problemas

sociais e ambientais.

- Reconheça as interdependências econômicas e culturais entre campo e cidade e

suas implicações socioespaciais.

- Compreenda as relações de trabalho presentes nos espaços produtivo rural e

urbano.

- Relacione o processo de urbanização com as atividades econômicas.

-Compreenda o processo de urbanização considerando as áreas de segregação, os

espaços de consumo e de lazer e a ocupação das áreas de risco.

- Entenda o processo de crescimento urbano e as implicações socioambientais.

41

- Compreenda que os espaços de lazer são também espaços de trabalho, consumo

e de produção.

- Compreenda a espacialização das desigualdades sociais evidenciadas nos

indicadores sociais.

- Entenda como se constitui a dinâmica populacional em diferentes países.

- Estabeleça a relação entre impactos culturais e demográficos e o processo de

expansão das fronteiras agrícolas.

- Reconheça o caráter das políticas migratórias internacionais referentes aos fatores

de estímulo dos deslocamentos populacionais.

- Compreenda o conceito de lugar e dos processos de identidade que os grupos

estabelecem com o espaço geográfico, na organização das atividades sociais e

produtivas.

- Identifique os conflitos étnicos e religiosos existentes e sua repercussão na

configuração do espaço mundial.

- Entenda a importância das ações protecionistas, da abertura econômica e da OMC

para o comércio mundial.

- Compreenda as ações adotadas pelas organizações econômicas internacionais,

FMI e Banco Mundial, em suas implicações na organização do espaço geográfico

mundial.

- Diferencie as formas de regionalização do espaço mundial, considerando a divisão

norte-sul e a formação dos blocos econômicos.

- Analise a formação dos territórios supranacionais decorrente das relações

econômicas e de poder na

nova ordem mundial.

- Compreenda a regionalização do espaço mundial e a importância das relações de

poder na configuração das fronteiras e territórios.

Referências Bibliográficas

ADAS, Melhem. Noções básicas de Geografia. São Paulo Moderna

DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação do Estado do Paraná. Geografia

LUCCI, Elian Alabi. Geografia – Homem Espaço. São Paulo: Saraiva

Livro Didático Público. Secretaria de Estado da Educação

42

MOREIRA, João Carlos e SENE, Eustáquio – Geografia. São Paulo: Scipione.

2008, 1 ed.

PIFFER, Osvaldo. Geografia Geral – Novo Ensino Médio – volume único curso

completo. Sistema de Ensino IBEP

TERRA, Lygia e COELHO, Marcos de Amorim. Geografia Geral e Geografia do

Brasil – O Espaço Natural e Socioeconômico. São Paulo: Moderna, 2008 1 ed.

Sociologia

Apresentação geral da disciplina

A sociologia tem a contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico,

ao lado de outras disciplinas, pois promove o contato do aluno com sua realidade

bem como o confronto com realidades distantes e culturalmente diferentes. É

justamente nesse movimento de distanciamento do olhar sobre nossa própria

realidade e de aproximação sobre realidades outras que desenvolvemos uma

compreensão de outro nível e crítica.

O conhecimento sociológico certamente beneficiará nosso educando na

medida em que lhe permitirá uma análise mais acurada da realidade que o cerca e

na qual está inserido. Mais que isto, a sociologia constitui contribuição decisiva para

a formação da pessoa humana, já que nega o individualismo e demonstra

claramente nossa dependência em relação ao todo, isto é, à sociedade na qual

estamos inseridos. Representa uma tomada de consciência de aspectos importantes

da ação humana e da realidade na qual se manifesta. Adquirir uma visão sociológica

do mundo ultrapassa a simples profissionalização, pois, nos mais diversos campos

do comportamento humano, o conhecimento sociológico pode levar a um maior

comprometimento e responsabilidade para com a sociedade em que se vive,

A Sociologia permite ao ser humano conscientizar-se de seu papel enquanto

agente transformador da realidade.

43

Deste modo, o desafio do educador é apresentá-los a uma sociologia que

forneça novas expectativas, e que alimenta o jovem da sua importância enquanto

agente social, que é seu verdadeiro papel. Não podemos responsabilizar a

implantação da disciplina como a “solucionadora” de todos os problemas da

sociedade, mas como uma tentativa lúcida de refletir sobre ela.

Objetivos gerais da disciplina

- Contribuir para o desenvolvimento do pensamento analítico, livre de noções

preconceituosas e deterministas, acerca das relações sociais;

- Desnaturalizar as ações que se estabelecem na sociedade;

- Reconhecer a importância do homem como um ser social;

- Percepção de que a realidade social é histórica e socialmente construída explicitar

e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, desconstruindo pré-

noções e pré-conceitos

- Questionar quanto à existência de verdades absolutas, sejam elas na

compreensão do cotidiano ou na constituição da ciência

- Possibilitar através do conhecimento sociológico a reflexão, a observação, a

pesquisa, levando o educando a compreender a complexidade dos fenômenos

sociais, culturais, econômicos e políticos confrontando-os em diferentes

interpretações, construindo sua própria versão de mundo, desenvolvendo o

compromisso de ampliar o exercício da cidadania;

- Compreender as transformações no mundo do trabalho e o novo perfil de

qualificação exigido, gerado por mudanças em diferentes níveis da sociedade.

- Respeitar a diversidade cultural, levando o educando a perceber a riqueza,

complexidade cultural e a existência de inexistência de culturas superiores e

inferiores.

Conteúdos Estruturantes

- O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas

- O Processo de Socialização e as Instituições Sociais Cultura e Indústria Cultural

- Trabalho, Produção e Classes Sociais Poder, Política e Ideologia

44

- Direito, Cidadania e Movimentos Sociais.

Conteúdos básicos

- Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do

pensamento social;

- Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber.

- O desenvolvimento da Sociologia no Brasil.

- Processo de Socialização;

- Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;

- Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).

- Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na

análise das diferentes sociedades;

- Diversidade cultural; Identidade; Indústria cultural;

- Meios de comunicação de massa;

- Sociedade de consumo;

- Indústria cultural no Brasil;

- Questões de gênero;

- Cultura afro-brasileira e africana;

- Culturas indígenas;

- O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

- Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais

- Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

- Globalização e Neoliberalismo;

- Relações de trabalho;

- Trabalho no Brasil

- Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

- Democracia, autoritarismo, totalitarismo

- Estado no Brasil;

- Conceitos de Poder;

- Conceitos de Ideologia;

- Conceitos de dominação e legitimidade;

- As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

- Direitos: civis, políticos e sociais;

45

- Direitos Humanos;

- Conceito de cidadania;

- Movimentos Sociais;

- Movimentos Sociais no Brasil;

- A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

- A questão das ONG’s.

Metodologia da disciplina

- Problematizar a vida do próprio aluno, sua existência real num mundo real, com

suas implicações nos diversos campos da vida: ético-moral, sociopolítico, religioso,

cultural e econômico”.

- Apropriação, por parte dos educandos, de um modo de pensar distinto sobre a

realidade humana, não pela aprendizagem de uma teoria, mas pelo contato com

diversas teorias e com a pesquisa sociológica, seus métodos e seus resultados.

- Refletir profundamente sobre a vida, seu papel na sociedade e sobre suas relações

enquanto indivíduos. Enfim, devemos formá-los enquanto seres conscientes de que

seus interesses particulares devem ceder espaço aos interesses sociais.

Problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos

que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos

sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.

Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se lançarmos mão de

recursos audiovisuais que, assim como os textos, também são passíveis de leitura.

A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constituem importante elemento

para que os alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a

construção coletiva dos novos saberes.

A pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que articule os

dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de

compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno

46

Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária

a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações

e contextualizações propostas Essa prática deve permitir que os conteúdos

estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir, também, que o

conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras

disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

Espera-se que os estudantes compreendam:

- O processo histórico de constituição da Sociologia como ciência;

- Como as teorias clássicas relacionam se com o mundo contemporâneo;

- Que o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos para a compreensão

da sociedade e dos indivíduos.

- Que os conceitos formulados pelo pensamento sociológico contribuem para

capacidade de análise e crítica da realidade social que os cerca.

- Que as múltiplas formas de se analisar a mesma questão ou fato social refletem a

diversidade de interesses existentes na sociedade.

- Identifiquem se como seres eminentemente sociais;

- Compreendam a organização e a influência das instituições e grupos sociais em

seu processo de socialização e as contradições deste processo;

- Reflitam sobre suas ações individuais e percebam que as ações em sociedade são

interdependentes;

- Identifiquem e compreendam a diversidade cultural, étnica, religiosa, as diferenças

sexuais e de gênero presentes nas sociedades

- Compreendam como cultura e ideologia podem ser utilizadas como formas de

dominação na sociedade contemporânea;

47

- Compreendam como o conceito de indústria cultural engloba os mecanismos que

transformam os meios de comunicação de massa em poderosos instrumentos de

formação e padronização de opiniões, gostos e

comportamentos;

- Entendam o consumismo como um dos produtos de uma cultura de massa, que

está relacionada a um determinado sistema econômico, político e social

Espera-se que os estudantes compreendam, de forma crítica:

- A diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história

- A sociedade capitalista e a permanência de formas de organização de trabalho

diversas a ela.

- As especificidades do trabalho na sociedade capitalista;

- Que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja não são

“naturais” variam conforme a articulação e organização das estruturas de

apropriação econômica e de dominação política;

- As transformações nas relações de trabalho advindas do processo de globalização;

- Analisem e compreendam, de forma crítica, o desenvolvimento do Estado

Moderno e as contradições do processo de formação das instituições políticas;

- Analisem criticamente os processos que estabelecem as relações de poder

presentes nas sociedades.

- Compreendam e avaliem o papel desempenhado pela ideologia em vários

contextos sociais.

- Compreendam os diversos mecanismos de dominação existentes nas diferentes

sociedades.

- Percebam criticamente várias formas pelas quais a violência se apresenta e

estabelece na sociedade brasileira.

- Compreendam o contexto histórico da conquista de direitos e sua relação com a

cidadania;

- Percebam como direitos, que hoje se consideram “naturais”, são resultado da luta

de diversos indivíduos ao longo do tempo;

- Sejam capazes de identificar grupos em situações de vulnerabilidade em nossa

sociedade, problematizando a necessidade de garantia de seus direitos básicos;

- Compreendam as diversas possibilidades de se entender a cidadania.

- Compreendam o contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos sociais

em suas especificidades.

48

Referências Bibliográficas

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná –– SEED/2008.

Filosofia

Apresentação geral da disciplina

Na atual polêmica mundial acerca dos possíveis sentidos dos valores éticos,

políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar e muito a

contribuir. Ela está presente em toda a esfera do saber, através da reflexão crítica,

rigorosa e profunda do pensamento.

Os conhecimentos filosóficos devem oferecer aos estudantes a possibilidade

de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas

particularidades e especializações. Deve instrumentalizar o ser humano, buscando

auxiliá-lo quanto à sua capacidade de agir e interagir no mundo e, ao mesmo tempo,

compreender a ação exercida.

Deste modo, o ensino da filosofia deverá dialogar com os problemas do

cotidiano, com o universo do aluno – as ciências, a arte, história, cultura. Deve

considerar as contradições próprias de nossa sociedade que é, ao mesmo tempo

capitalista e dependente, rica e explorada, consciente e alienada.

Na filosofia, aprendemos a analisar os elementos que compõem a existência

do ser-no-mundo. Portanto, ela é um pensar reflexivo, com o qual o ser humano

aprende a saber, a partir da reflexão e do discernimento, que é o verdadeiro

caminho para o conhecimento

Os estudos filosóficos podem contribuir de maneira significativa na vida do

individuo, já que demanda a formação integral do ser humano. É a filosofia que

reúne o pensamento fragmentado pelas ciências e as outras formas do conhecer.

Busca resgatar a integração que se localiza no sentido humano do sentir, do pensar

e do agir. A filosofia dá ao ser humano a oportunidade de desenvolver as

competências necessárias para o seu pensar autônomo, indagando sobre as coisas.

É uma disciplina de caráter interdisciplinar, pois é capaz de estabelecer um elo entre

todos os saberes.

49

A filosofia na escola pode e deve significar o espaço de experiência filosófica,

espaço de provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da

imaginação, da investigação, da análise e da criação de conceitos.

Objetivos gerais da disciplina

- Desenvolver a capacidade da indagação crítica;

- Compreender o significado da existência do homem em suas diferentes interfaces,

oferecendo uma reflexão sobre a natureza e o processo de produção do seu estar

no mundo, ou seja, de sua existência;

- Possibilitar a compreensão do mundo contemporâneo em suas múltiplas

particularidades.

- Entender os mecanismos que estruturam e legitimam os diversos sistemas

políticos, tendo como objetivo problematizar conceitos como o de cidadania,

soberania, justiça, igualdade liberdade de maneira a preparar o estudante para

uma ação política efetiva.

- Permitir a qualidade de sistematização, de fundamentação, rigor conceitual,

combate a qualquer forma de dogmatismo e autoritarismo;

Conteúdos Estruturantes

- Mito e Filosofia

- Teoria do Conhecimento

- Ética

- Filosofia Política

- Filosofia da ciência

- Estética

Conteúdos básicos

Mito e Filosofia - Saber mítico; Saber filosófico; Relação Mito e Filosofia; Atualidade

do mito; O que é Filosofia?

50

Teoria do Conhecimento - Possibilidade do conhecimento; As formas de

conhecimento O problema da verdade; A questão do método; Conhecimento e

lógica.

Ética - Ética e moral; Pluralidade ética; Ética e violência; Razão, desejo e vontade;

Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.

Filosofia Política - Relações entre comunidade e poder; Liberdade e igualdade

política; Política e Ideologia; Esfera pública e privada; Cidadania formal e/ou

participativa.

Filosofia da Ciência – Concepções de ciência; A questão do método científico;

Contribuições e limites da ciência; Ciência e ideologia; Ciência e ética.

Estética - Natureza da arte; Filosofia e arte; Categorias estéticas – feio, belo,

sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc. Estética e sociedade.

Metodologia da disciplina

Os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na perspectiva de fazer

com que os estudantes pensem os problemas com significado histórico e social e

analisem a partir dos textos filosóficos que lhes forneçam subsídios para que

pesquisem, façam relações e criem conceitos a fim de articular os problemas da vida

atual com as respostas e formulações da história da Filosofia e com a criação de

conceitos. Através de diálogos, investigando-se temáticas implicadas no exercício da

cidadania; através de atividades que promovam o uso da argumentação, da

competência de colocar-se no lugar do outro; da habilidade de solucionar problemas,

capazes de articular sua própria visão de mundo enquanto sujeito coletivo,

A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes

para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. O professor

propõe problematização, leituras e análise de textos, organiza debates, sugere

pesquisas e sistematizações.

O ensino de Filosofia, portanto, deverá dialogar com os problemas do

cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de

problematizar e investigar o conteúdo estruturante Filosofia Política e seus

51

conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como

referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

Ao deparar-se com os problemas e por meio da leitura dos textos filosóficos,

espera-se que o estudante possa pensar, discutir, argumentar e, que, nesse

processo, crie e recrie para si os conceitos filosóficos, ciente de que não há conceito

simples.

Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas

particularidades e especializações, espera se que o estudante possa compreender,

pensar e problematizar os conteúdos básicos dos conteúdos estruturantes - Mito e

Filosofia, Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Filosofia da Ciência e

Estética, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a

problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com

os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de

forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de

ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser

avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.

Referências Bibliográficas

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná –– SEED/2008.

8.2 - Disciplinas da Formação Específica

Mecanização agrícola

Apresentação da disciplina

A mecanização agrícola é sem dúvida um dos grandes avanços da agricultura

nas últimas décadas, estando cada vez mais presente inclusive em médias e

pequenas propriedades, trazendo inúmeros benefícios ao produtor, pois, a força

mecânica constitui na agropecuária atual um importante insumo no processo de

52

produção, devido o alto grau de produtividade. Contudo, o uso da mecanização no

campo deve ser feito de maneira racional e sustentável no âmbito ambiental,

econômico e social, tendo com base nisso o conceito de sustentabilidade agrícola.

Em vista aos inúmeros benefícios da utilização de máquinas na agricultura é

fundamental o estudo relacionado ao funcionamento e ao uso adequado dos

equipamentos e máquinas agrícolas no Curso Técnico em Agropecuária, pois além

das altas produtividades, o emprego de maneira displicente ou irracional da

mecanização no campo pode ocasionar vários danos aos recursos naturais,

principalmente a água e ao solo.

Objetivos gerais da disciplina

- Conscientizar o Técnico em Agropecuária de sua responsabilidade em defender e

preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como cidadão;

- Capacitar o Técnico em Agropecuária para o uso adequado dos equipamentos e

máquinas, visando sua otimização e viabilidade da obtenção de altas produtividades

agropecuárias, com a racionalização dos custos e a preservação dos recursos

naturais e do meio ambiente.

Ementa da disciplina

Técnicas de manutenção, regulagem e operação de motores, máquinas,

equipamentos, implementos de tração motorizada, humana e animal; normas de

segurança no uso de maquinários, implementos e equipamentos; técnicas de

direção defensiva; uso de softwares aplicados ao gerenciamento de máquinas e

equipamentos.

Metodologia

− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;

− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;

− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,

científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo

a transformá-los em questões problematizadoras;

53

− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,

palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades

individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;

− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de

giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,

jornais, revistas e outros.

− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que

envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes

com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento

cientifico.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

- Conhecer as técnicas de manutenção, regulagem e operação de motores,

máquinas, equipamentos e implementos de tração motorizada, humana e animal;

- Reconhecer a importância das normas de segurança no uso de máquinas,

implementos e equipamentos;

- Perceber a importância das técnicas de direção defensiva;

- Utilizar os aplicativos no gerenciamento de máquinas e equipamentos;

- Entender o consumo de energia, suas fontes e seu uso para a produção de

trabalho mecânico;

- Conhecer as fontes de potência para a realização das atividades agropecuárias;

- Conhecer a constituição, uso e o princípio de funcionamento dos motores;

- Reconhecer os mecanismos e sistemas que constituem o trator.

- Entender a função, constituição, manutenção e operação da caixa de transmissão;

- Compreender a função, constituição, manutenção e operação do sistema hidráulico

dos tratores, os diferentes tipos de lubrificantes

- Entender a constituição, função, manutenção dos rodados e sistema de direção,

categorias de pneus agrícolas.

- Entender a função, constituição, manutenção e operação do sistema elétrico e de

controle elétrico-eletrônico do trator;

- Conhecer formas de engate de equipamentos;

- Conhecer os principais itens a serem considerados na escolha adequada de um

trator para o trabalho.

54

Referências Bibliográficas

MIALHE, L.G. Máquinas motoras na agricultura. São Paulo, Edusp, 1980.

MIALHE, Luís Geraldo. Máquinas motoras na agricultura. São Paulo, EPU-EDUSP,

1980.

Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural. Mecanização Agrícola

– tração animal; pulverizadores manuais. Brasília, EMBRATER, 1983.

SENAR-PR. Trabalhador na operação e na manutenção de tratores agrícolas.

Curitiba, Senar-PR, 2004.

Topografia

Apresentação da disciplina

O homem sempre necessitou conhecer o meio em que vive, por questões de

sobrevivência, orientação, segurança, guerras, navegação, construção, etc. No

princípio, a representação do espaço baseava-se na observação e descrição do

meio. Com o tempo surgiram técnicas e equipamentos de medição que facilitaram a

obtenção de dados para posterior representação. A Topografia foi uma das

ferramentas utilizadas para realizar estas medições.

A Topografia pode ser entendida como parte da Geodésia, ciência que tem

por objetivo determinar a forma e dimensões da Terra. Estuda os instrumentos,

métodos de levantamento no terreno, cálculos e desenhos necessários à

representação gráfica o mais detalhada possível, de uma parte da superfície da

terra.

A aplicação dos conhecimentos topográficos na área agrícola é fundamental,

principalmente pelas características edafiológicas do Brasil, o que requer a criação e

desenvolvimento de sistemas de conservação estruturada baseados em engenharia

de dados apurados de forma sistemática e lógica para aproveitamento da

biodiversidade de forma racional e produtiva.

As grandes variações altimétricas em lavouras, pastos, estradas,

propriedades em geral, requer o embasamento prático-teórico das aplicações,

55

impedimentos, soluções e avaliações necessárias ao máximo aproveitamento

econômico-social de áreas agricultáveis. Por isso torna-se necessário que na

formação do Técnico em Agropecuária contemple os conhecimentos sobre

levantamento topográfico para melhor utilização da capacidade de uso do solo.

Objetivos gerais da disciplina

- Conscientizar o Técnico em Agropecuária de sua responsabilidade em defender e

preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como cidadão;

- Fornecer subsídios básicos ao Técnico em Agropecuária para assessorar, planejar

e construir curvas de nível bem como terraços, seja de base larga ou estreita, para

manutenção das propriedades edáficas de uma região ou propriedade agrícola à

nível de propriedades rurais ou empresas públicas ou privadas.

Ementa da disciplina

Instrumentos topográficos; convenções topográficas; métodos de levantamento

planimétricos, altimétricos e planialtimétricos; cálculos, representação e

interpretação de plantas topográficas; curvas em nível e em desnível; terraços;

estradas rurais; goniologia; goniometria; aerofotogrametria; sistema de

posicionamento global por satélite.

Metodologia

− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;

− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;

− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,

científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo

a transformá-los em questões problematizadoras;

56

− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,

palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades

individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;

− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de

giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,

jornais, revistas e outros.

− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que

envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes

com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento

cientifico.

- As aulas práticas devem envolver atividades com o procedimento de medida em

campo utilizando um teodolito de modo a possibilitar aos alunos aprender como

usar este instrumento desde a instalação do equipamento; focalização e pontaria;

leitura da direção. E ainda, elaboração dos cálculos baseados nas medidas

obtidas para a determinação de coordenadas, volumes, etc. Produzir o mapa ou

carta a partir dos dados medidos e calculados.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

- Construir curvas de nível;

- Efetuar o levantamento (executar medições de ângulos, distâncias e desníveis) que

permita representar uma porção da superfície terrestre em uma escala adequada.

- Efetuar medidas (lineares e angulares) realizadas sobre a superfície da terra e a

partir destas calcular áreas, volumes, coordenadas, etc.

- Estabelecer os princípios norteadores da construção de terraços;

- Desenhar plantas baixas;

- Desenhar plantas altimétricas;

- Interpretar escalas em mapas geodésicos;

- Separar mapas para estradas e para propriedades.

Referências Bibliográficas

ESPARTEL, L. Curso de Topografia. 9 ed. Rio de Janeiro, Globo, 1987.

57

DOUBECK, A. Topografia.Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 1989.

JOLY, F. A Cartografia. Tradução de Tânia Pellegrini. Campinas: Papirus, 1990.

Irrigação e drenagem

Apresentação da disciplina

O crescimento da área irrigada brasileira acontece de forma lenta mais

gradual. A todo o momento novas aplicações técnicas de irrigação são utilizadas

pelos produtores de forma a ampliar ou de viabilizar sua produção.

A irrigação e a drenagem é uma técnica agrícola que contribui para o

aumento da produtividade sem depender totalmente das condições climáticas, pois

proporciona o desenvolvimento adequado das plantas a fim de suprir a falta, a

insuficiência ou a má distribuição das precipitações pluviométricas.

Para a formação do Técnico em Agropecuária é necessário, então, que no

currículo contemple os conhecimentos sobre a aplicação de técnicas de irrigação de

forma racional e também de outros procedimentos que permitam o controle,

conservação e manutenção dos recursos hídricos.

Objetivos gerais da disciplina

- Conscientizar o Técnico em Agropecuária de sua responsabilidade em defender e

preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como cidadão;

- Capacitar o Técnico em Agropecuária para elaborar, executar e avaliar projetos de

irrigação.

58

Ementa da disciplina

Importância;qualidade da água para irrigação; relação solo-água-clima- planta;

infiltração; ponto de murcha; evapotranspiração; turno de rega; captação e condução

de água para irrigação; equipamentos de irrigação; métodos de irrigação;

importância da drenagem; tipos de drenos; cálculos; condutividade hidráulica;

drenos; salinização e dessalinização; hidroponia; fertirrigação; técnicas de

prevenção de problemas ambientais causados pela irrigação e drenagem; uso de

softwares de irrigação e drenagem.

Metodologia

− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;

− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;

− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,

científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo

a transforma-los em questões problematizadoras;

− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,

palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades

individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;

− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de

giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,

jornais, revistas e outros.

− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que

envolvam situações-problema próprias da vivencia do aluno, de forma a permitir

o confronto dos seus saberes com o saber elaborado, na perspectiva de

apropriação do conhecimento cientifico.

As aulas práticas devem envolver atividades de Identificação de métodos e

equipamentos de irrigação e drenagem e elaboração de projetos de irrigação em

que os alunos possam demonstrar seus conhecimentos e também identificar,

dimensionar e apresentar soluções para problemas com recursos hídricos.

59

Critérios de avaliação específicos da disciplina

- elaborar, executar e avaliar pequenos projetos de irrigação,

- Identificar, dimensionar e apresentar soluções para problemas com recursos

hídricos,

- analisar a economia e sustentabilidade de projetos de irrigação e drenagem,

- Estabelecer as relações solo-água-clima-planta,

− reconhecer a irrigação como tecnologia para aumento da produção de qualidade;

− Conceber a utilização racional e planejada dos recursos hídricos para irrigação

de lavouras como fatores fundamentais na maximização da produção agrícola;

− Entender que o manejo adequado da irrigação no campo depende,

fundamentalmente, de estimativas precisas do uso da água pelas plantas.

- Realizar cálculos de necessidade de água para diferentes estádios de diferentes

culturas,

Referências Bibliográficas

Bernardo, Salassier. Manual de Irrigação Ed. UFV 2005

Coelho, Rubens Duarte. Contribuições para irrigação pressurizada no Brasil. Tese

de Livre-Docência, USP, Piracicaba,SP, 2007.

Daker, Alberto. A água na agricultura, Ed . UFV, vol.1e vol.2, 1976

Olitta, Antônio Fernado Lordello. Os Métodos de Irrigação, Ed Nobel 1976

Construções e instalações rurais

Apresentação da disciplina

No princípio, as construções tinham o objetivo de dar abrigo ao homem.

Com a evolução surgiram outras necessidades. Construíram-se abrigos rústicos

para os animais; locais para máquinas e equipamentos; galpões para depositar as

colheitas enfim… espaços e equipamentos que facilitassem a atividade diária numa

propriedade rural, independente do seu tamanho ou do tipo de produção da mesma.

60

O homem por força das suas necessidades, age como um agente inventivo e

modificador acelerando desta forma, a sua própria evolução.

A funcionalidade que se consegue com a organização de espaços onde o ser

humano desenvolve as suas atividades corriqueiras tanto profissionais como de

vida, tem por objetivo, além de facilitar o trabalho, a redução de custos, uma

lucratividade maior e propiciar o melhor desenvolvimento das funções em locais

onde haja mais conforto ambiental, sejam eles térmico, acústico ou visual.

Objetivos gerais da disciplina

- Conscientizar o Técnico em Agropecuária de sua responsabilidade em

defender e preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como

cidadão;

- Capacitar o Técnico em Agropecuária para projetar, quantificar e executar

diferentes tipos de instalações rurais.

- Fornecer aos alunos conceitos básicos de materiais e técnicas de

construção, especialmente aqueles de maior interesse para construções rurais.

- Proporcionar conhecimentos sobre as principais características dos

materiais e técnicas de construção, adequados à utilização em meios rurais,

Ementa da disciplina

Técnicas de construções e instalações agropecuárias; fundamentos e

operacionalização de obras fitotécnicas e zootécnicas; confecção de plantas de

obras fitotécnicas e zootécnicas; projetos agropecuários, paisagísticos e agro-

industriais; tratamento de madeira; legislação pertinente; uso de softwares de

construções e instalações rurais.

Metodologia

61

− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;

− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;

− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,

científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo

a 62ransforma-los em questões problematizadoras;

− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,

palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades

individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;

− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de

giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,

jornais, revistas e outros.

− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que

envolvam situações-problema próprias da vivencia do aluno, de forma a permitir

o confronto dos seus saberes com o saber elaborado, na perspectiva de

apropriação do conhecimento cientifico.

-Permitir ao aluno organizar de forma racional e funcional através de projetos e

em escala adequada os espaços onde serão desenvolvidas as atividades diárias

em uma propriedade rural, em função do tipo de produção e do tamanho da

mesma. Dar a ele condições de prever os custos das obras e de escolher os

materiais mais adequados a serem utilizados nas mesmas usando o seu

conhecimento, o seu senso de observação e o poder de decisão.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

- Conhecer as técnicas de construções mais simples, os principais materiais de

construção e sua utilização;

- Aplicar os conceitos básicos de materiais e técnicas de construção às instalações

para animais, no que se refere aos sistemas construtivos que as compõem,

quantificação de materiais e conforto térmico.

62

- Conhecer as edificações rurais mais comuns, suas características específicas e os

recursos que poderão ser utilizados para que possam oferecer conforto, eficiência e

praticidade;

- Planejar corretamente uma edificação rural com base no manejo e na finalidade a

que se destina;

- Entender e desenvolver um projeto arquitetônico rural simples;

- Fazer orçamentos para calcular o material necessário para a construção de uma

edificação rural simples;

Referências Bibliográficas

BAETA, F. da C. Resistência dos materiais e dimensionamento de estruturas

para construções. Viçosa: Imprensa Universitária. 1990, 63p. (apostila)

CARDÃO, C. Técnica da construção. Belo Horizonte, Engenharia e Arquitetura,

1983.

CARNEIRO, O. Construções rurais. São Paulo, 1961,

CREDER, H. Instalações hidráulicas e Sanitárias. Rio de Janeiro, Livros Técnicos

e Científicos, 1987,

FREIRE, W. J. Tecnologia da construção. Campinas. 2000, 98p.

PEREIRA, M. F. Construções rurais. v.2. São Paulo, Livraria Nobel S.A , 1983,

PETRUCCI, E. G. R. Materiais de construção. 3.ed. Porto Alegre: Globo. 1978,

SOUZA, J. L. M. Manual de construções rurais. Curitiba. 1997, 165p.

Agroindústria

Apresentação da disciplina

Até o século XX, nossa dinâmica econômica era dada essencialmente pela

sucessão de ciclos de exploração de produtos primários, no que já se incluía certo

nível de processamento, como no caso do açúcar. No início da industrialização, o

63

setor alimentício e o têxtil respondiam por quase dois terços do produto fabril,

proporção que foi caindo à medida que se implantavam novos setores.

A indústria de alimentos ganhou certa prioridade na tarefa de agregação de

valor exportado, com destaque para o processamento da soja, que se tornou cultura

importante a partir dos anos 70. Em grande medida, a agroindústria cumpriu a

contento essas tarefas, embora sua marcha tivesse sido acompanhada de vários

desequilíbrios.

O agronegócio brasileiro tem sido desde o início do processo de

modernização e industrialização da produção agropecuária do país, objeto de

diversos estudos e debates.

A agricultura moderna, mesmo a familiar, extrapolou os limites físicos da

propriedade. Depende cada vez mais de insumos adquiridos fora da fazenda e sua

decisão de o que, quanto e de como produzir, está fortemente relacionada ao

mercado consumidor.

A agroindústria como parte do agronegócio tem sido considerada um dos

segmentos mais importantes da economia brasileira, sendo basicamente o setor que

transforma e processa matérias-primas agropecuárias em produtos elaborados,

adicionando valor ao produto.

Atualmente, tornou-se corriqueiro assegurar que a agro-indústrialização e a

agregação de novos valores aos produtos agrícolas representam vias fundamentais

através da qual é possível viabilizar a agricultura familiar brasileira.

Objetivos gerais da disciplina

- Conscientizar o Técnico em Agropecuária de sua responsabilidade em defender e

preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como cidadão;

- Capacitar o(a) Técnico(a) em Agropecuária para assessorar, planejar, implantar e

conduzir uma unidade agroindustrial a nível de propriedade rural;

- Proporcionar conhecimentos sobre a agroindústria e sua importância no

desenvolvimento regional, sobre as características dos alimentos e matérias primas

64

agropecuárias, as alterações a que estão sujeitas e os métodos de conservação,

bem como os métodos de fabricação de produtos de origem animal origem vegetal.

Ementa da disciplina

Indústria rural-importância sócio-econômica; fundamentos de higiene, sanitização na

agroindústria; água; detergentes e sanitizantes; efluentes e águas residuais;

instalações; equipamentos e utensílios; conservação e armazenamento da matéria-

prima; aditivos; processamento de leite e derivados, de carnes e subprodutos; de

frutas, de hortaliças, temperos; fabrico de produtos de higiene e limpeza;

conservação e armazenamento de produtos agroindustriais; alterações física-

químicas e microbiológicas; embalagens; controle de qualidade; legislação

pertinente.

Metodologia

− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;

− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;

− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,

científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo

a transformá-los em questões problematizadoras;

− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,

palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades

individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;

− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de

giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,

jornais, revistas e outros.

− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que

envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes

com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento

cientifico.

Desenvolver os conteúdos de forma a relacionar a teoria com a prática de

maneira a possibilitar que o aluno aplique os conhecimentos básicos de como

proceder para instalar uma agroindústria.

65

As práticas são desenvolvidas em laboratório próprio com a finalidade de

recriar o ambiente de agroindústria, de modo que, as atividades contemplem os

procedimentos de higienização, utilização de equipamentos e utensílios necessários,

conservação e armazenamento da matéria –prima e processamento e fabricação

dos produtos de origem animal: leite e carnes e de origem vegetal: frutos e

hortaliças, de acordo com a legislação vigente.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

- reconhecer a importância econômica do processamento da matéria-prima animal e

vegetal,

- aprender métodos de fabricação de produtos de origem animal e vegetal,

- conhecer a importância da higiene na agroindustrialização,

- fabricar produtos de higiene e limpeza.

- Conhecer e identificar os equipamentos utilizados na prática agroindustrial e

aprender a manuseá-los de maneira correta;

- saber como estocar a matéria-prima e produtos acabados em conformidade com a

sua condição, natureza e legislação.

- fabricar queijos, iogurtes e doces

- industrializar frutas e fabricar doces, polpas e conservas.

- Manusear hortaliças após a colheita e fabricar temperos e molhos.

- conhecer os procedimentos corretos para obtenção de matéria-prima de qualidade

para fabricação de embutidos e defumados.

- conhecer as possibilidades existentes de transformação de carnes em embutidos e

defumados e suas vantagens

- processar carnes para a fabricação de produtos crus.

66

- processar carnes para a fabricação de produtos fermentados (salames).

- processar carnes para a fabricação de produtos cozidos (presuntos).

- aprender os procedimentos corretos para defumação de carnes;

- processamento dos produtos de origem animal: leite e carnes e de origem vegetal:

frutos, hortaliças de acordo com a legislação vigente,

Referências Bibliográficas

BOBBIO, P. A. & BOBBIO, F. O. Química do processamento de alimentos. Campinas, Fundação Cargill, 1984. 232 p.

CETREISUL. Tecnologia Agroindustrial em pequena escala para agricultores. FAEM. Ed. UFPEL, 1990.

CRUESS, W. V. Produtos industriais de frutas e hortaliças. v. 2. 2 ed. Edgara Blücher, São Paulo, 1973.

Administração e economia rural

Apresentação da disciplina

O processo de modernização da agricultura, durante o século XX, trouxe

consigo a idéia de eficiência produtiva, ou seja, necessidade de maximizar o uso dos

fatores de produção, a fim de obter maiores níveis de produtividade e rentabilidade.

Diante desta situação, há a necessidade de adoção, por parte dos

empreendimentos agropecuários, de modelos administrativos que busquem a

redução dos custos de produção e o aumento do faturamento através da adequada

inserção do empreendimento na cadeia produtiva e, pela definição correta do

produto, do processo de produção, das técnicas de gestão e escoamento de

produção.

67

O gerenciamento da propriedade rural, deste modo, é uma das ferramentas

importantes e indispensáveis para se buscar um desenvolvimento sustentável da

propriedade como um todo, independentemente do seu tamanho.

Objetivos gerais da disciplina

- Conscientizar o (a) Técnico (a) em Agropecuária de sua responsabilidade em

defender e preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como

cidadão;

- Capacitar o (a) Técnico(a) em Agropecuária em gerir atividades na empresa rural

ou agroindustrial., tendo em vista que mudanças significativas ocorrem na ordem

econômica mundial, com conseqüências relevantes para os setores produtivos,

principalmente na agricultura.

- Fomentar a Organização Social como alternativa de desenvolvimento sustentável

no meio rural.

Ementa da disciplina

Princípios de administração; organização de empresas; recursos humanos;

princípios de contabilidade; matemática financeira; noções de estatística; fatores de

produção; planejamento estratégico; comercialização.

Metodologia

− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;

− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;

68

− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,

científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo

a transformá-los em questões problematizadoras;

− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,

palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades

individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;

− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de

giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,

jornais, revistas e outros.

− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que

envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes

com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento

cientifico.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

- Atuar nas diversas etapas do processo administrativo: planejamento, organização,

direção e controle.

- Identificar características inerentes ao empreendedor e a empresa rural.

- Posicionar-se aos diversos elos do agronegócio;

- Reconhecer a necessidade de utilizar os instrumentos contábeis (balanço

patrimonial, fluxo de caixa, capital de giro e custo de produção) no processo de

tomada de decisões;

- Saber efetuar planejamento financeiro de mercado e de comercialização.

Referências Bibliográficas

COMPARIN, EDELAR LUIZ – Noções básicas de Administração Rural – EMATER

PARANÁ 1988.

Extensão rural

Apresentação da disciplina

69

A atividade de extensão rural tem como fundamento a idéia de que o

conhecimento tecnológico, a difusão de novas técnicas agropecuárias e o apoio

financeiro contribuiria para o aumento da produção e melhoria da qualidade de vida

dos agricultores familiares.

A existência do serviço de extensão estimula toda a população rural para que

se processem mudanças em sua maneira de cultivar a terra, criar o gado,

administrar o negócio e até mesmo educar os filhos para um futuro promissor.

Na medida em que o produtor tem a oportunidade de conhecer esses

ensinamentos sobre agricultura, pecuária e economia doméstica, os hábitos e

atitudes da sua família, nos aspectos técnico, econômico e social sofrem alterações

positivas. Isto lhe possibilita produzir mais e melhor, elevando a sua renda e

melhorando o seu nível de vida.

O acesso do produtor rural aos conhecimentos e habilidades, relativamente

às práticas agropecuárias, florestais e domésticas, é imprescindível ao crescimento

da atividade produtiva no campo e à melhoria de sua qualidade de vida.

Objetivos gerais da disciplina

- Conscientizar o Técnico em Agropecuária de sua responsabilidade em defender e

preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como cidadão;

− Propiciar aos alunos conhecimentos básicos sobre o conceito, princípios e objetivos

da extensão rural e os desafios e tendências da Extensão Rural no Brasil, tendo

em vista nossa história e estrutura agrícola e agrária, dando condições para que

possam atuar de forma consciente, crítica e criativa no desenvolvimento do meio

rural e da sociedade como um todo.

− Fornecer embasamento teórico e prático ao Técnico em Agropecuária nas

técnicas de trabalho em grupo, no exercício de liderança, na prática de

motivação e comunicação em massa, no desenvolvimento de práticas de

relacionamento interpessoal, nas práticas extensionistas e organização de

eventos e no desenvolvimento do espírito associativo.

70

Ementa da disciplina

Conceito; objetivos; princípios; técnicas de trabalho em grupo, chefia, liderança,

motivação e comunicação em massa; relacionamento interpessoal; Problematização

e diagnóstico da realidade social urbana e rural;Planejamento extensionista aplicado

à comunidade; planejamento extensionista aplicado à comunidade; associativismo.

Metodologia

− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;

− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;

− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,

científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo

a transformá-los em questões problematizadoras;

− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,

palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades

individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;

− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de

giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,

jornais, revistas e outros.

− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que

envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes

com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento

cientifico.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

- Analisar o papel da Extensão Rural no processo de desenvolvimento da agricultura

brasileira e suas relações com os demais instrumentos de Política públicas;

71

- Estudar e compreender os modelos teóricos de difusão e adoção de inovação

tecnológica, fazendo uma reflexão crítica, sobre as questões de comunicação;

metodologia e planejamento da Extensão Rural brasileira;

- Desenvolver habilidades de transferência de inovações, fundamentais no trabalho

de Extensão Rural;

- Problematizar e diagnosticar a realidade social do meio rural e urbano

− Elaborar planejamento extensionista aplicado á comunidade

- Conhecer e praticar os métodos individuais e grupais de comunicação rural e

difusão de inovações.

Referências Bibliográficas

ALMEIDA, J.A. Pesquisa em Extensão Rural. Brasília: ABEAS, 1989.

ARCAFAR, Manual das Casas Familiares Rurais. Barracão - PR, 1995.

BIASI, C. A. F; GARBOSSA NETO; SILVESTRE F.S.; ANZUATEGUI, I. A. Métodos

e meios de comunicação para a Extensão Rural. Volume I e II, Curitiba, 1979.

BORDENAVE, J. E D. Além dos meios e mensagens: Introdução à comunicação

como processo, tecnologia, sistema e ciência. Rio de Janeiro: Vozes, 1983. 110p.

BORDENAVE, J. E D. O que é comunicação rural. 2 ed. São Paulo: Brasiliense,

1985. 104p.

CAPORAL, F. R.; COSTABEBER, J. A. Agroecologia e Extensão Rural: contribui-

ções para a promoção do desenvolvimento rural sustentável. Brasília: MDA/SAF/DA-

TER-IICA, 2004. 166p.

FONSECA, M. T. L. A Extensão Rural no Brasil, um projeto educativo para o

capital. São Paulo: Loyola, 1985.

Agroecologia

Apresentação da disciplina

72

A Agroecologia é uma nova abordagem da agricultura que integra diversos aspectos

agronômicos, ecológicos e socioeconômicos, na avaliação dos efeitos das técnicas

agrícolas sobre a produção de alimentos e na sociedade como um todo. Engloba

modernas ramificações e especializações, como a: agricultura biodinâmica,

agricultura ecológica, agricultura natural, agricultura orgânica, os sistemas agro-

florestais, etc.

Em anos mais recentes, a referência constante à Agroecologia, que se constitui em

mais uma expressão sócio-política do processo de ecologização, tem sido bastante

positiva, pois nos fazem lembrar de estilos de agricultura menos agressivos ao meio

ambiente, que promovem a inclusão social e proporcionam melhores condições

econômicas aos agricultores.

Objetivos gerais da disciplina

- Capacitar o Técnico em Agropecuária para assessorar, planejar, implantar e

conduzir unidades agroecológicas em nível de propriedades rurais e empresas

públicas ou privadas.

- Conscientizar o Técnico em Agropecuária de sua responsabilidade em defender e

preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como cidadão;

- Fornecer embasamento teórico-prático ao Técnico em Agropecuária sobre este sistema de

produção, a nível global, estadual e regional, fornecendo os subsídios necessários para a

implantação das mesmas observando a sustentabilidade dos ecossistemas.

Ementa da disciplina

Agroecologia -conceitos e importância; biodiversidade; problemas ambientais;

agricultura sustentável; agricultura orgânica; adubação orgânica; manejo de dejetos;

compostagem; controle biológico de pragas e doenças; bioindicadores; uso

sustentável de recursos naturais renováveis e não renováveis; processos de

conversão de sistemas produtivos convencionais em agroecológicos.

Metodologia

73

− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;

− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;

− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,

científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo

a transformá-los em questões problematizadoras;

− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,

palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades

individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;

− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de

giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, vídeo,livros,

jornais, revistas e outros.

− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que

envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes

com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento

cientifico.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

- Conhecer os fundamentos e princípios da Agroecologia;

- Diferenciar sistemas convencionais de sistemas orgânicos;

- Classificar parasitos de importância ecológica;

- Reconhecer e classificar plantas indicadoras;

- Determinar formas de manejo ecológico de solos;

- Diferenciar os sistemas de adubação mineral, sintética da adubação orgânica;

- Fabricar e testar fórmulas de fertilizantes e inseticidas naturais;

- Determinar e estabelecer sistemas de rotação de culturas;

- Estabelecer tabela de composição biológica dos alimentos naturais com sintéticos;

- Conhecer o sistema de renovação energética;

- Reconhecer a forma de manejo de acordo com as condições climáticas.

Referências Bibliográficas

74

ZAM, BERLAM, J.; FRONCHETI, A. Agricultura Ecológica – Preservação do Pequeno Agricultor e do Meio Ambiente. 2ed. Petrópolis. 2002.

Zootecnia

Apresentação da disciplina

A zootecnia tem a finalidade de buscar maior produtividade e rentabilidade na

criação de animais com o uso de técnicas de melhoramento genético, reprodução e

nutrição, em vista a melhoria da saúde dos rebanhos e a qualidade dos produtos de

origem animal.

Objetivos gerais da disciplina

− Conscientizar o Técnico em Agropecuária de sua responsabilidade em defender

e preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como

cidadão;

− Proporcionar subsídios para a formação do(a) Técnico (a) em Agropecuária

através do estudo e controle da reprodução, aprimoramento genético e nutrição

de animais domésticos em vista ao aumento da produtividade e melhoria da

qualidade dos produtos de origem animal.

Ementa da disciplina

Importância sócio-econômica dos animais domésticos; estudo dos animais domésticos;

taxonomia zootecnia; atributos étnicos; influência do meio ambiente sobre os animais de

interesse zootécnico; sistemas de criação; noções de melhoramento animal; ezoognose;

contenção; anatomia e fisiologia do aparelho reprodutor masculino e feminino das

espécies de interesse zootécnico; tipos de monta; coleta e análise de sêmen;

inseminação artificial; transferência de embrião; anatomia e fisiologia do aparelho

digestivo de monogástricos ruminantes; composição e classificação de alimentos

75

usados na alimentação animal; estudo dos nutrientes;aditivos; balanceamento de

rações; epidemiologia; farmacologia;desinfetantes; desinfecção; defesa sanitária

animal.

Metodologia

− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;

− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;

− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,

científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo

a transformá-los em questões problematizadoras;

− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,

palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades

individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;

− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de

giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,

jornais, revistas e outros.

− As aulas práticas de campo na UDP devem proporcionar ao aluno atividades que

envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes

com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento

cientifico.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

Espera-se do aluno:

- Reconhecer a importância sócio-econômica da criação de animais domésticos;

- Saber como ocorreu a domesticação dos animais de interesse econômico;

- Conhecer os sistemas de criação dos animais domésticos;

- Conceituar e diferenciar o sistema intensivo e sistema extensivo de criação;

- Perceber a influência do ambiente sobre os animais;

- Conhecer as técnicas de manejo: sanitário, reprodutivo e nutricional;

- Conhecer a anatomia e fisiologia dos animais domésticos;

- Conhecer a anatomia e fisiologia dos aparelhos digestivo e reprodutivo das

espécies de interesse zootécnico;

76

- Ter noções de melhoramento genético;

- Descrever o método de inseminação artificial;

- Identificar os tipos de monta;

- formular e fabricar uma ração específica para qualquer espécie;

- Conhecer a anatomia e fisiologia do aparelho digestivo de monogástricos

ruminantes;

- valorizar a importância de uma boa alimentação no sucesso da atividade;

- diferenciar quantitativamente os alimentos utilizados na alimentação de animais.

Referências Bibliográficas

Andriguetto, J.M...(et al.). Nutrição Animal. 4ª ed.Nobel São Paulo – SP.

Eduardo, M. Zootecnia e Veterinária. Volume I. – Instituto Campineiro de Ensino

Agrícola, Campinas. 1975

Criações

Apresentação da disciplina

A criação de animais é uma atividade que remonta a tempos longínquos

sendo de grande importância para o ser humano, seja pela produção de alimentos

em quantidade e qualidade, seja pela geração de emprego e renda nos meios rurais

e urbanos ou pela possibilidade de exploração comercial, auferindo lucros e divisas

para o país.

Para obter bons resultados com a criação de animais não podemos

considerá-los simplesmente como fábrica de ovos, leite carne, esterco ou tratores

vivo. Eles até podem ser aproveitados como tal, mas para que isso ocorra sem

maiores problemas e com um grau de satisfação mútuo, temos que mantê-los bem

77

atendidos.Quando não são bem atendidos, ocorrem muitos problemas,

enfermidades, incomodação, frustração e prejuízo financeiro.

Objetivos gerais da disciplina

- Conscientizar o Técnico em Agropecuária de sua responsabilidade em defender e

preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como cidadão;

- Preparar o Técnico em Agropecuária para atuar nas diferentes áreas da produção

agropecuária com enfoque no domínio das técnicas necessárias para conduzir bem

uma criação e para analisar dados que levem à conclusão sobre a viabilidade ou

não da criação, opinando e promovendo ações que garantam a produtividade com

sustentabilidade.

Ementa da disciplina

Animais de pequeno, médio e grande porte. Mercado; principais raças e linhagens;

condições para criação, instalações; sistemas de criação; manejo nas diversas fases

de criação; manejo reprodutivo;manejo nutricional;manejo sanitário e principais

doenças infecciosas e parasitárias; melhoramento genético;custos de

produção;cálculos de índices zootécnicos.

Metodologia

− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;

− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;

− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,

científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo

a transformá-los em questões problematizadoras;

78

− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,

palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades

individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;

− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de

giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,

jornais, revistas e outros.

− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que

envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes

com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento

cientifico.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

- Conhecer as diferentes maneiras de condução da pecuária, avicultura, cunicultura,

minhocultura, psicultura, suinocultura e ovinocultura e observar as atividades

relacionadas com manejo de alimentação, produção e sanidade verificando como as

mesmas interferem diretamente na produtividade.

- Reconhecer a importância sócio-econômica da atividade no Paraná e nos princi-

pais estados produtores do Brasil e no mundo.

- Conhecer índices zootécnicos e de produção.

- Definição do sistema de criação, importância no contexto socioeconômico para o

pequeno produtor;

- Conhecer as técnicas de manejo: sanitário, reprodutivo e nutricional;

- Conhecer os sistemas de criação de minhocas;

- Identificar as raças das minhocas e a característica do húmus,

- Conhecer as práticas de manejo da atividade durante a fase de cria;

- Considerar diferentes temperaturas exigidas pelas aves de acordo com a sua idade

para um melhor rendimento zootécnico.

- Conhecer sobre os principais programas de luz utilizados em avicultura e sua im-

portância para a avicultura.

79

- Identificar os principais tipos de comedouros e bebedouros utilizados em avicultura

de corte e postura;

- Selecionar os diversos materiais utilizados na formação da cama no aviário; Mane-

jo para o reaproveitamento da cama, destino final da cama.

- Saber a importância dos diferentes balanceamentos de rações, de acordo com a

fase produtiva da ave;

- Saber a importância do manejo correto de retira do lote para embarque ao abate-

douro;

- Entender a importância do isolamento de uma propriedade e todos os cuidados

preventivos a entrada de agentes patogênicos no sistema de produção;

- Saber a importância de se construir um aviário de acordo com as recomendações

técnicas.

- Conhecer das principais raças e linhagens produtoras de ovos, mercado consumi-

dor e sistemas de manejo.

- Conhecer sobre as principais raças exploradas economicamente, características e

aptidão zootécnica, sistemas de criação comercial, principais alimentos consumidos.

- Conhecer sobre o manejo reprodutivo dos coelhos, sistemas de criação e suas

principais enfermidades.

-Conhecer práticas de manejo comuns a atividade na suinocultura, caprinocultura e

ovinocultura.

- Conhecer sobre as varias raças de suínos exploradas economicamente.

- Importância dos cruzamentos (vantagens e desvantagens) no sistema de produ-

ção suína.

- Conhecer as primeiras práticas de manejo nos recém nascidos.

- Conhecer as praticas de manejo durante a fase de creche.

- Conhecer sobre os diferentes balanceamentos de rações, nas diferentes fases da

vida do animal.

- Conhecer sobre a formação dos lotes para terminação.

- Conhecer para a seleção e manejo para o embarque dos animais.

- Conhecer sobre as diversas formas de obtenção de alimentos para os suínos, ovi-

nos e caprinos.

- Conhecer sobre as diversas exigências nutricionais dos animais de acordo com

sua fase produtiva.

- Conhecer sobre as diversas fases da reprodução dos suínos, ovinos e caprinos.

80

- Conhecer os protocolos de Inseminação Artificial e monta natural nos suínos, ovi-

nos e caprinos.

- Conhecer as formas de indução de cio na fêmea, momento de cobertura nas mar-

rãs, ovelhas e cabras.

- Conhecer sobre a importância da biosseguridade num sistema de produção.

- Vacinações e monitorias realizadas no rebanho;

- Principais alimentos utilizados no balanceamento de rações.

- Exigências nutricionais dos animais domésticos.

- Os animais e as doenças epidêmicas.

- Tipos de desinfetantes e sua utilização nas atividades pecuárias.

- Métodos de desinfecção e respectivas criações.

- Conhecer a legislação acerca da defesa sanitária

- Identificar os principais mercados e comercialização de carnes e lãs;

- Principais raças e linhagens dentro de cada espécie;

- Condições para criação;

- Instalações;

- identificar e classificar as principais doenças infecciosas e parasitárias;

Referências Bibliográficas

COTTA, Tadeu, “Produção de Frangos de Corte” Viçosa: CPT, PUPA, 2003

RIBEIRO, Júlio Maria ,“Galinhas Poedeiras –Cria e Recria” Viçosa: CPT, PUPA,

2005.

RIBEIRO, Júlio Maria. “Galinhas Poedeiras - Produção e

Comercialização”.Viçosa – MG: CPT, 2005

MELLO, Hélcio Vaz de,SILVA, José Francisco da. “Criação de Coelhos” Viçosa –

MG: Aprenda Fácil, 2003.

ARENALES, Maria do Carmo & ROSSI, Fabrício. “Sistema Orgânico de Criação

de Suínos” Viçosa – MG, CPT, 2001.

STERZELECKI, Remi José; SANTOS, Luiz Feitosa dos & SILVA, Júlio Carlos B.

Veiga“. Criação de Suínos em Camas Sobrepostas” Viçosa – MG, CPT, 2002.

81

JARDIM, V.R. - Curso de bovinocultura.- 4.ed.- Instituto Campineiro de Ensino

Agrícola, Campinas. 1973.

Culturas

Apresentação da disciplina

A agricultura é a atividade desenvolvida pelo homem desde os tempos mais remotos

e que consiste em explorar o sistema solo-planta-atmosfera para produzir alimentos

capazes de manter a espécie.

Objetivos gerais da disciplina

- Conscientizar o Técnico em Agropecuária de sua responsabilidade em defender e

preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como cidadão;

− Fornecer embasamento teórico e prático ao Técnico em Agropecuária para atuar

na área de produção vegetal no uso das técnicas necessárias para conduzir bem

uma lavoura e tenha condições necessárias para avaliar e analisar dados referentes

à produção das espécies;

- Capacitar o (a) Técnico (a) em agropecuária para orientar produtores rurais na

exploração econômica das culturas a serem estudadas.

Ementa da disciplina

Culturas primárias e culturas secundárias: importância sócio-econômica;

classificação botânica; variedades; época de plantio; técnicas de preparo de solo;

tratos culturais; colheita; beneficiamento e armazenagem; comercialização e

transporte.

Metodologia

82

− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;

− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;

− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,

científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo

a transformá-los em questões problematizadoras;

− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,

palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades

individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;

− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de

giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,

jornais, revistas e outros.

− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que

envolvam situações-problema próprias da vivencia do aluno, de forma a permitir

o confronto dos seus saberes com o saber elaborado, na perspectiva de

apropriação do conhecimento cientifico.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

- Conhecer importância sócio-econômica de cada cultura no âmbito mundial e

internamente para todas as regiões e em maiores detalhes para o Estado do Paraná

e suas regiões;

- Conhecer as classes, ordens, famílias, gêneros das espécies objeto de estudo.

- Identificar os estágios de desenvolvimento e os fatores ecológicos que gover-

nam o desenvolvimento das principais culturas agrícolas anuais.

- Reconhecer que o mercado de cada espécie é mister para quem pretende atuar

como empresário rural.

Espera-se que o aluno compreenda que;

- O conhecimento sobre as diferentes cultivares permite utiliza-las de forma mais

adequada em função das condições edafoclimáticas e econômica do produtor rural;

- As diferentes maneiras de preparo de solo podem reduzir custos, melhorar as

propriedades físicas químicas e biológicas, interferindo diretamente na

produtividade;

83

- Diferentes épocas de plantio para determinadas regiões podem proporcionar até

duas colheitas/ano e, para cada cultura em cada região existe uma época adequada.

- Diferentes tratos culturais reduzem o ataque de pragas e doenças em cada cultura,

a minimização de custos através da adoção dessas técnicas é diferencial do técnico

agrícola.

- Conhecer os teores de umidades ideais para colheita, secagem, beneficiamento e

armazenagem dos diferentes produtos agrícolas podem permitir maiores ganhos e

em qualidade dos produtos finais ou mesmo durante o período de armazenamento.

Referências Bibliográficas

TORRES, E.; SARAIVA, O.F.; GALERANI, P.R. Manejo do solo para a cultura da

soja. Londrina, EMBRAPA-CNPSo, 1993. 71p. (EMBRAPA-CNPSo. Circular técnica,

12).

ZAM,BERLAM, J. ; FRONCHETI, A. Agricultura Ecológica- Preservação do

Pequeno Agricultor e do Meio Ambiente.2 ed. Petropolois.2002.

500 perguntas e 500 respostas Autores: Aurelir Nobre Barreto Joffre Kouri e outros

Editora: Embrapa Ano: 2007.

Horticultura

Apresentação da disciplina

Horticultura é o cultivo do Horto, ou seja, é a subdivisão da agricultura que

trata da exploração econômica das plantas. Divide-se em cinco ramos: Olericultura

(hortaliças) Floricultura (flores) Fruticultura (frutas), Silvicultura (floresta) e

Arquitetura paisagista (parques e jardins).

A Olericultura é uma atividade que se encontra em pleno crescimento e

expansão. É um dos setores de produção agropecuária que mais cresceu nas

84

últimas décadas, principalmente próximo aos grandes centros, exigindo, desta

forma, um constante aprimoramento dos técnicos envolvidos nesta atividade,

buscando novas técnica de cultivo como: a fertirrigação, métodos de propagação

assexuada, instalações, equipamentos para produção em ambientes protegidos,

cultivo hidropônico, produção de plantas aromáticas e condimentares, produção

orgânica e tratos culturais pertinentes a cada espécie.

A Olericultura destaca-se como uma atividade rentável, principalmente para a

pequena propriedade, pela alta concentração de produção por unidade área, exigir

uma grande quantidade de mão-de-obra, retorno rápido do capital empregado. Além

da importância econômica, a Olericultura também tem um importante papel social,

através da fixação do homem na área rural, diversificando a fonte de renda das

pequenas propriedades, empregando a mão-de-obra familiar e incentivando a

formação de cooperativas e pequenas agroindústrias.

O cultivo de flores e plantas ornamentais e novas aplicações da cultura in

vitro permitem a obtenção de produtos de alta qualidade e competitividade, tanto

para o mercado interno como para exportação.

A fruticultura brasileira, contemplando o cultivo de várias espécies, alcan-

ça dia a dia maior expressão na agricultura nacional e conta com amplas possibilida-

des de expansão, pois o País dispõe de extensas áreas com condições de clima fa-

voráveis tanto para fruteiras de clima temperado como tropical.

Silvicultura é a ciência que se ocupa das atividades ligadas a

implantação e regeneração de florestas. Vista desta forma o aproveitamento e

manutenção racional das florestas, em função do interesse ecológico, científico,

econômico e social.

O paisagismo é determinado hoje como arquitetura de paisagem, sendo definido

como a arte e a técnica de promover o projeto, planejamento, gestão e preservação

de espaços livres, urbanos ou não.

Objetivos gerais da disciplina

85

- Fornecer embasamento teórico e prático ao técnico em Agropecuária sobre os

princípios básicos de cultivo na área de Olericultura, Floricultura, Fruticultura,

Silvicultura e Arquitetura paisagista quanto aos sistemas de condução e práticas

culturais adequados à produção das espécies de maior importância socioeconômica

no Brasil.

- Capacitar o(a) técnico(a) em Agropecuária para assessorar, planejar, implantar e

fornecer manutenção em unidades produtoras de mudas ou de construção

ambiental, seja em ambiente fechado ou ao ar livre;

Ementa da disciplina

Culturas de olerícolas, frutíferas: importância sócio-econômica; classificação

botânica; variedades; época de plantio; técnicas de preparo de solo; tratos culturais;

plasticultura; colheita; beneficiamento e armazenagem; comercialização e

transporte. Silvicultura: coleta de sementes; produção de mudas; viveiros;

implantação de espécies; manejo agrosilvicultural; tratos culturais; exploração e

comercialização e legislação. Paisagismo: sementeiras; propagação; cultivo;

arborização; implantação de jardins; projetos de paisagismo; comercialização.

Metodologia

− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;

− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;

− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,

científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo

a transformá-los em questões problematizadoras;

− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,

palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades

individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;

− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de

giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,

jornais, revistas e outros.

− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que

envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes

86

com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento

cientifico.

− As aulas práticas serão realizadas na horta com o cultivo a campo, estufa de

cultivo, produção de mudas, berçário.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

Espera-se do aluno:

- Reconhecer a Importância sócio-econômica de cultivo na área de Olericultura,

Floricultura, Fruticultura, Silvicultura e Arquitetura paisagista;

- Posicionar-se quanto à viabilidade sócio-econômica e ambiental dos sistemas de

produção: convencional e alternativo;

- Conceituar e classificar as plantas hortículas;

- Conhecer as principais espécies olerícolas, de ervas medicinais e condimentares

produzidas na região;

- Explicar e determinar os meios de propagação das plantas hortícolas;

- Citar as vantagens e desvantagens da propagação sexuada e assexuada;

- Montar sementeiras e viveiros;

- Planejar e instalar pomares;

- Identificar os fatores de improdutividade dos pomares;

- Conhecer os diversos tipos de podas das árvores frutíferas;

- Implantar e conduzir tecnicamente pomares nos seus diversos aspectos;

- Conhecer as técnicas de implantação de uma horta comercial;

- Diferenciar as melhores técnicas para a multiplicação e o cultivo das espécies

olerícolas, de ervas medicinais e condimentares.

- Conhecer as formas de comercialização dos hortigranjeiros;

- Reconhecer e utilizar as técnicas de controle das principais pragas e doenças que

atacam as espécies olerícolas;

- Relacionar a Influência dos fatores ambientais no desenvolvimento dos cultivos;

- Identificar os sintomas mais comuns de deficiência nutricional das hortaliças.

87

- Conhecer os preceitos da hidroponia;

- Entender as tecnologias de cultivo em ambientes protegidos;

- Planejamento e organização da infra-estrutura: instalações e equipamentos;

- Manusear adubos orgânicos e sintéticos;

- Saber armazenar, tratar e utilizar os resíduos do sistema.

- Entender a classificação botânica das espécies;

- Saber a época de plantio e cultivo com semeio ou transplante;

- Identificar e utilizar as técnicas de preparo do solo, de adubação e capinas;

- Controle ambiental da atividade;

- Saber os requisitos necessários para o beneficiamento e armazenamento de

espécies;

- Conhecer as diferentes espécies de flores e suas associações com arbustos e

árvores observando as maneiras de como associar, como plantar, respeitando suas

aptidões;

- Identificar as principais técnicas de produção comercial de plantas ornamentais

para jardins, vasos e corte;

- Conhecer a certificação para fins de comercialização; padronização para

exportação; potencialidade atual e projetada.

- Saber a classificação botânica, variedades e estrutura anátomo-fisiológica das

plantas;

- Plantio: técnicas (preparo de berço, plantio em nível, período de instalação para

pomar); espaçamento variante para cada cultivar;

- Relacionar as características morfofisiológicas das plantas com os fatores de

produção e utilizar as técnicas culturais objetivando manejo adequado das culturas

da estação;

- Tratos culturais: preparo de mudas (porta-enxertos, doenças permissíveis,

quarentenas, prerrogativas para instalação e condução de viveiros); enxertia (tipos,

88

épocas, compatibilidade); adubações; podas; pulverizações (produtos sintéticos,

orgânicos, ou biológicos); coeficientes técnicos.

- Conhecer as diferentes espécies de flores frutíferas nativas e exóticas, verificar a

maneira de como as mudas são produzidas, sua adaptação e plantio;

- Conhecer e saber identificar as pragas e doenças e as formas de controle;

- Conhecer o método de colheita e pós-colheita: ponto de maturação; efeitos

fisiológicos (desverdeamento); climaterismo e não climatéries; doenças pós-colheita;

beneficiamento; armazenagem (temperatura, sulfetos, dióxidos, radiações e

irradiações);

- Comercialização: legislações pertinentes; acondicionamentos (criofilização,

respiração); efeitos atacadistas x varejistas; perdas pós-colheita.

- Transporte: acondicionamento (temperaturas, efeitos fisiológicos da perda em

estradas de rodagem, trem, navios ou avião).

- Saber escolher espécies para sombra e para luz direta;

- Montar projeto paisagístico;

- Determinar espaço sombrio para estacionamentos;

- Escolher substratos para produção de mudas;

- Reconhecer e detectar comércio para mudas;

- Planejar o uso de equipamentos e sistemas visuais.

- Classificar de plantas ornamentais; de exterior e interior;

- Identificar as espécies para sombra ou ambiente gnóstico;

Referências Bibliográficas

FILGUEIRA, F.A.R. ABC da Olericultura׃ Guia da pequena horta. São Paulo׃

Ceres, 1987.

OLTRAMARI, A.C. Zoldan, P. ALTMANN, R. Agricultura orgânica em Santa

Catarina. Florianópolis. Instituto Cepa, 2002.

89

PINTO,A.S.et al., (org) Controle Biológico de pragas na Prática. Piracicaba

editora gráfica, 2006.

DAROLT, M.R. Agricultura Orgânica,Inventando o futuro. IAPAR, 2002.

CÉSAR, Heitor Pinto. Manual Prático do Enxertador. São Paulo. Ed. Nobel. 12 ed. 1982.

158p.

LORENZI, Harri, et al. Frutas Brasileiras e Exóticas Cultivadas. São Paulo. Ed.

Plantarum. 2006. 640 p.

Sistema agrossilvipastoril

Apresentação da disciplina

O sistema agrossilvipastoril é uma alternativa viável para o uso consciente da

terra, pois contribui de forma muito eficiente para reduzir os problemas causados

pelo desmatamento e pela degradação de diferentes ecossistemas. A combinação

de árvores, cultura agrícola e animais numa mesma área ao mesmo tempo ou de

forma seqüencial, sendo manejados de forma integrada, é uma ótima opção para

auxiliar na reversão do processo de degradação ambiental.

Os sistemas agrossilvipastoris são determinados por três princípios básicos

de sustentabilidade, ou seja, devem ser economicamente viáveis, ambientalmente

equilibrados e socialmente justos. Além disso muitas são as vantagens da utilização

desse sistema, principalmente no que diz respeito à otimização da utilização dos

recursos naturais.

Objetivos gerais da disciplina

- Fornecer embasamento teórico e prático ao técnico em Agropecuária para o uso

consciente da terra de forma a reduzir os problemas causados pelo desmatamento e

pela degradação de diferentes ecossistemas.

90

Ementa da disciplina

Classificação de espécies nativas e exóticas com potencial econômico para compor SAF

(sistemas agroflorestais); Conhecimento dos ecossistemas; Conceitos de vários sistemas

agroflorestais alimentares, energéticos e conservacionista, sistemas silvipastoriis e

silviculturas; seleção de espécies forrageira (gramíneas e leguminosas) em consorcio nos

sistemas silvipastoris; classificar espécies quanto as suas importância na recuperação

ambiental (pioneiras, secundárias, climácias); produção animal em sistemas silvipastoris

(bovinos, ovinos, caprinos, suínos e aves); comportamento animal em sistemas silvipastoris;

produção de forragem em pastagens sombreadas; espécie arbórea para associar com

pastagens; colheita em sistemas SAF e silvipastoris; comercialização.

Metodologia

− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;

− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;

− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,

científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo

a transformá-los em questões problematizadoras;

− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,

palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades

individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;

− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de

giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,

jornais, revistas e outros.

− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que

envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes

com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento

cientifico.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

91

- Conhecer o potencial econômico das diferentes espécies permite selecionar as

mesmas para composição de sistemas agroflorestais em determinadas regiões;

- Conhecer as espécies florestais, sabendo quais são as pioneiras, secundárias e

climácicas permitindo maior conhecimento de como as florestas se formam- qual a

melhor maneira de se montar os Safs(sistemas agroflorestais)

- Conhecer a produção energética e conservacionista das silviculturas assim como

de forrageiras é fundamental no consórcio paisagem x floresta, visando a

maximização do ecossistema;

- Selecionar espécies para sombreamento conhecendo a área foliar e o potencial de

sombreamento das várias espécies é primordial para o bem estar dos animais.

- Potencial econômico de espécies nativas e exóticas;

- Classificação de espécies florestais quanto ao grupo sucessional;

- Consórcios silvipastoris e silviculturas;

Espécies arbóreas para sombreamento de pastagens.

Solos

Apresentação da disciplina

O solo é um componente fundamental do ecossistema terrestre pois, além de

ser o principal substrato utilizado pelas plantas para o seu crescimento e

disseminação, fornecendo água, ar e nutrientes, exerce, também, multiplicidade de

funções como regulação da distribuição, escoamento e infiltração da água da chuva

e de irrigação, armazenamento e ciclagem de nutrientes para as plantas e outros

elementos, ação filtrante e protetora da qualidade da água e do ar.

Como recurso natural dinâmico, o solo é passível de ser degradado em

função do uso inadequado pelo homem, condição em que o desempenho de suas

funções básicas fica severamente prejudicado, o que acarreta interferências

negativas no equilíbrio ambiental, diminuindo drasticamente a qualidade de vida nos

ecossistemas, principalmente naqueles que sofrem mais diretamente a interferência

humana como os sistemas agrícolas e urbanos.

92

As atividades agrícolas, portanto, dependem direta ou indiretamente do solo,

de modo que, não há possibilidade de êxito em exploração agrícola permanente sem

o conhecimento dos conceitos e das técnicas do uso adequado do solo.

Portanto, o estudo científico do solo, a aquisição e disseminação do

conhecimento sobre o papel que o mesmo exerce na natureza e sua importância na

vida do homem, são condições primordiais para sua proteção e conservação, e uma

garantia da manutenção do meio ambiente sadio e auto-sustentável.

Objetivo geral da disciplina

- Fornecer embasamento teórico e prático ao técnico em Agropecuária sobre os

conceitos e as técnicas do uso adequado do solo.

Ementa da disciplina

Gênese e formação do solo; características físicas, químicas e biológicas do solo ;

análise de solo; adubos e adubação; classificação dos solos; capacidade de uso de

solo; adubação verde; rotação de culturas; plantio direto; práticas conservacionistas;

legislação de uso e manejo de solo.

Metodologia

− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;

− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;

− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,

científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo

a transformá-los em questões problematizadoras;

− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,

palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades

individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;

93

− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de

giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,

jornais, revistas e outros.

− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que

envolvam situações-problema próprias da vivencia do aluno, de forma a permitir

o confronto dos seus saberes com o saber elaborado, na perspectiva de

apropriação do conhecimento cientifico.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

- Conceituar solo;

- Saber os fatores e processos de formação dos solos.

- Classificar os solos de acordo com sistema brasileiro de classificação;

- Conhecer as terminologias e os principais solos do estado do Paraná e sua

capacidade de uso;

- Diferenciar através da identificação do solo em cada região e a capacidade de uso,

quais as atividades agrícolas adequada aquele solo;

Espera-se que o aluno compreenda que:

- Ultilização de práticas conservacionistas preservam todas as características físicas,

químicas e biológicas do solo diminuindo a quantidade de insumos, preservando a

fertilidade do solo;

- Conhecer os diferentes tipos de adubos orgânicos e químicos facilita o balanço de

nutrientes nas recomendações de adubos para as diferentes culturas.

Referências Bibliográficas

AMARAL, Nautir David. Noções de conservação do solo. 2. ed. São Paulo : Nobel,

1994.

ANDREI, Edmond. Compêndio de defensivos agrícolas : quia prático de

produtos fitossanitários para uso agrícola. 5. ed. rev. e atual. São Paulo :

Andrei, 1996.

BEISER, Arthur. A terra. Rio de Janeiro : J.Olympio, 1963. (Coleção Biblioteca da

Natureza Life).

94

BRADY, Nyle C. Natureza e propriedade dos solos. 7. ed. Rio de Janeiro: Freitas

Bastos,1989.

Informática aplicada à agropecuária

Apresentação da disciplina

A utilização da informática é cada vez mais importante e imprescindível em

praticamente todos os campos da atividade humana. Pouco se faz, atualmente, sem

a utilização, por menor que seja, de algum recurso computacional.

No caso da agropecuária, houve sempre um interesse especial por causa de

sua importância para o país e, também, por ser um ambiente completamente

diferente daqueles aos quais costumava se associar com a presença de um

computador.

As revistas e os jornais, principalmente os de informática e agropecuária,

davam bastante destaque às atividades pioneiras de utilização dos

microcomputadores nas atividades agropecuárias. Eram, sobretudo, aplicações de

gerenciamento das propriedades, repetindo-se o que normalmente se fazia na

cidade, ou controle de rebanhos e plantações extensivas.

A introdução da microinformática no meio rural era citada como uma nova

revolução no campo, semelhante ao acontecido com a mecanização agrícola. Por

isso, havia uma grande preocupação quanto ao impacto social que isto poderia

causar, contribuindo para aumentar, ainda mais, o êxodo rural.

No entanto, a utilização da informática para fins agropecuários, desde os

"softwares agrícolas" que surgiu com o advento da microinformática, na primeira

metade da década de 80 até os dias atuais com os novos sistemas computacionais,

vem ganhando cada vez mais espaço e importância, pois esses sistemas têm o

objetivo principal de auxiliar os produtores na tomada de decisões importantes

dentro de suas propriedades.

95

Perante os avanços da informática e tecnologia o seu uso se tornou

indispensável em todas as áreas, pois auxilia na economia e melhor uso dos

recursos visando qualidade e redução de custo automaticamente, sendo assim dá-

se a importância de utilizarmos a informática como uma ferramenta necessária no

uso das atividades agropecuárias.

Objetivo geral da disciplina

- Fornecer embasamento teórico e prático ao técnico em Agropecuária para utilizar

as diferentes tecnologias emergentes relativas à área da agropecuária.

Ementa da disciplina

Hardware; software; sistemas operacionais; editores de texto; planilhas eletrônicas;

softwares de apresentação; Internet; navegadores para Internet; Metodologia do

Planejamento de Pesquisas: Fases da elaboração de um projeto utilizando Word,

Excel, Internet e Power Point: - Escolha do tema; - Formulação do problema; -

Construção das hipóteses; - Revisão bibliográfica; - Amostragem; - Seleção dos

métodos e técnicas; - Construção dos instrumentos de pesquisa e coleta de dados; -

Tabulação; - Analise dos instrumentos e procedimentos metodológicos: Softwares

aplicados à Agropecuária; Softwares agropecuários,

Metodologia

− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;

− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;

− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,

científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo

a transformá-los em questões problematizadoras;

− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,

palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades

individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;

96

− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de

giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,

jornais, revistas e outros.

− As aulas no laboratório de informática devem proporcionar ao aluno atividades

que envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus

saberes com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento

cientifico.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

Espera-se que o aluno:

- Conceitue hardware- Identifique os equipamentos que compõem o computador;

- Conceitue software

- Aprenda a utilizar o Sistema Operacional

- Organize arquivos e pastas

- Utilize o editor de texto, seus recursos de formatação, configuração de páginas, ta-

belas, capitulação, colunas, recurso de copiar, recortar, colar e mover e as normas

da ABNT em textos.

- Saiba como utilizar e montar as planilhas eletrônicas de Planilhas eletrônicas;

- Formular e montar apresentações com recursos de som

- Aprenda como utilizar a internet com segurança

- Noções de como trabalhar com software de visualização via Satélite;

- Aprenda como aplicar a Informática no Gerenciamento Rural: levantamento e In-

ventário, Área de Terra: terra nua, cultivada e preservação ambiental proporcional

(20%); atividades agrícolas e pecuárias, custos: entrada e saída de mercadorias, em

moeda, receita e despesa.

Referências Bibliográficas

VELOSO, Fernando de Castro; Informática conceitos Básicos: Ed. Campus. 2000: Rio de Janeiro.

AMARA, Haroldo. Windows. São Paulo: Atlas, 1996.

GREC, Waldir. Informática para todos. Atlas, 1993.

97

MARMEL, Elaine. Excel para Windows. Rio de Janeiro: Campus, 1997

NASCIMENTO, Ângela J., Introdução ao Word: Makron Books; São Paulo; 1999.

OHARA, Selley, Word para Windows rápido e fácil para iniciantes – Campus, 1996 TJARA, Sanmya Feitosa; Projetos em Sala de Aula – Word 98; Ed. Eric: 1ª Ed.: 2000 São Paulo.

TJARA, Sanmya Feitosa; Projetos em Sala de Aula – Windows 98: Ed. Érica: 1ª Ed.: 2000 São Paulo.

WHITE, Ron. Como funciona o software. Quark, 1993.

Práticas agropecuárias

Apresentação da disciplina

As atividades agropecuárias são desenvolvidas pelo homem desde os tempos

mais remotos e consistem na exploração do sistema para produzir alimentos por

meio de atividades denominadas práticas agropecuárias.

Nesse sentido, o objetivo da disciplina de prática agropecuária está em transmitir

conhecimento prático sobre as diversas maneiras de produção, fornecendo os

subsídios necessários para a implantação das diversas atividades agropecuárias

conhecendo as práticas necessárias para a implantação observando a

sustentabilidade do ecossistema.

Ementa da disciplina

Desenvolvimento de projetos nos setores agropecuários: implantação; manutenção;

manejo alimentar; manejo sanitário; plantio; tratos culturais; colheita; montagem,

98

desenvolvimento e avaliação de experimentos; acompanhamento dos resultados

técnicos, econômicos e financeiros dos setores.

Metodologia

− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;

− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;

− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,

científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo

a transformá-los em questões problematizadoras;

− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,

palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades

individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;

− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de

giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,

jornais, revistas e outros.

− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que

envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes

com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento

cientifico.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

- Realizar as atividades práticas na área da pecuária e agricultura, no

desenvolvimento de projetos nos setores agropecuários: implantação; manutenção;

manejo alimentar; manejo sanitário; plantio; tratos culturais; colheita; montagem,

desenvolvimento e avaliação de experimentos; acompanhamento dos resultados

técnicos, econômicos e financeiros dos setores.

9- PROPOSTAS DE TRABALHO

9.1 – Plano de ação de Diretores

99

Ação a ser implementada Objetivos PrevisãoProjeto Político Pedagógico: Revisão e realimentação

Adequar a realidade do momento atual e a legislação vigente.

Durante o primeiro bimestre letivo

Regimento Escolar: Estudo e readequação do regimento escolar vigente.

Atender as necessidades no cotidiano e a legislação vigente.

Durante todo o ano letivo.

Calendário Escolar: Medidas que garantam o cumprimento do calendário escolar e a proposta curricular.

Cumprir a legislação e garantir a qualidade de ensino ao corpo discente.

Durante todo o ano letivo.

Módulos: Discussão e viabilidade de novas propostas curriculares modulares para a BNC e para a formação específica e a sua legalização junto aos órgãos competentes.

Viabilização do melhor aproveitamento das disciplinas, espaço, tempo, qualidade da aprendizagem de cada disciplina envolvida.

Durante o primeiro semestre letivo.

Conselho Escolar: Tornar o Conselho Escolar mais atuante envolvido em todos os setores da escola, conforme previsto em seu estatuto.

Premiar o apoio na gestão escolar, garantindo a transparência e o melhor acerto nas ações envolvidas.

Durante todo o ano letivo.

Grêmio Estudantil: Capacitação e orientação da sua atuação na escola;

Atuar com qualidade dentro das normas legais.

Março e abril.

APMF: Tornar-se mais participativa e atuante nas ações escolares

Envolver mais a participação da família da escola.

Durante todo o ano letivo.

Conselho de Classe: Reavaliar e normatizar as ações respeitando as individualidades de cada ação ou caso; Discutir o papel do conselho e promover palestras.

Avaliar o rendimento escolar, visando a melhora do aluno, oportunizando ações que garantam melhores condições de aprendizagem.

Datas a serem definidas anteriormente ao conselho de classe.

Avaliação: Rediscutir o sistema e possibilitar adequações de acordo com as possibilidades levantadas.

Manter o sistema atualizado e adequado a nossa necessidade e legislação; Garantir a qualidade

Reuniões pedagógicas previstas em calendário.

Hora Atividade: Reestruturar de acordo com novas orientações da SEED com acompanhamento do NRE.

Garantir seu comprimento. Durante todo o ano letivo. Conforme calendário previsto pelo NRE/SEED.

100

Recuperação de Estudos: Além da paralela conforme legislação; proporcionar outros momentos e formas de recuperar conteúdos defasados.

Oportunizar ao aluno outras condições de recuperar conteúdos em função da quantidade dos conteúdos e disciplinas.

Semestral.

Evasão Escolar: Além da semana de integração, criar mecanismos de acompanhamento que visem a adequação e adaptação ao regime de internato e ao sistema curricular.

Diminuir a evasão Início do ano letivo intensivamente e acompanhamento regular durante todo o ano.

Capacitações: Além das agendadas pela SEED, promover outras capacitações de acordo com a necessidade de cada disciplina ou setor

Manter atualizado o quadro funcional; Suprir as necessidades de cada área.

Agendar durante todo o ano letivo.

Projetos: Leitura e literatura; xadrez voltado para o cálculo; sexualidade; educação ambiental; violência na escola; prevenção ao uso indevido de drogas; educação fiscal; história e cultura afro-brasileira e africana; campo agroestológico; compostagem; reciclagem; bolsa estágio e emprego; minhocário; plantas medicinais; mandala.

* Melhorar conhecimentos gerais, dicção e ortografia; * estimular a formação geral do aluno; atender as especificidades de cada projeto.

Durante todo o ano

letivo.

Visitas Técnicas: Proporcionar condições para realização de visitas em feiras, propriedades e outros órgãos.

Complementar conhecimentos teóricos práticos obtidos dentro do espaço escolar.

Agendado durante ano letivo.

Laboratórios: Gestionar perante os órgãos públicos, ONGs ou iniciativa privada para melhoria das instalações e equipamentos.

Aplicação de maior número de aulas práticas visando melhorar a aprendizagem

Durante todo o ano letivo.

Reuniões:Pedagógicas, conselhos, planejamentos e administrativas.

Adequar junto ao corpo docente às datas de reuniões.

Oportunizar a participação do máximo de profissionais possível em função da maioria residir em outros municípios e lecionar em outros estabelecimentos

Durante todo o ano letivo.

101

Torneios Esportivos: Organizar eventos nas diversas modalidades. Torneios oficiais agendados pela SEED.

Sociabilizar; melhorar condicionamento físico e mental; expressão corporal.

Durante todo o ano letivo.

Fera/Comciência: Oportunizar meios de participação incentivando a criação de projetos técnicos e culturais.

Sociabilizar com outras escolas da região; interagir pela troca de experiências aluno-aluno ampliando conhecimentos.

Datas definidas pela SEED.

Sala de Jogos: Implementar outras opções de atividades e equipamentos de lazer com apoio do Grêmio Estudantil e APMF.

Lazer, interação, descontração entre os alunos, funcionários e professores.

Fevereiro e Março.

Viva Escola: Participar do programa. Científico, esportivo e outros.

Oportunizar mais opções de lazer e aprendizagem.

Durante todo o ano letivo.

Show de talentos: Incrementar o evento já realizado com toda a comunidade escolar

Integração com a comunidade escolar. Desenvolver e descobrir novos talentos.

No primeiro e no segundo semestre.

Acervo bibliográficos: Aquisição e renovação de periódicos com vistas a diversificar o material de leitura.

Atualizar os conhecimentos gerais, lazer e cultura.

Durante todo o ano letivo.

Multimeios: Melhoria nas salas de TV, vídeo, multimídia

Melhorar as condições de confortabilidade, estrutural e equipamentos.

Segundo semestre.

Cursos e Capacitação:Disponibilizar cursos de capacitação para funcionários de serviços gerais de acordo com sua área de atuação, além dos previstos pela SEED.

Melhorar e atualizar a capacidade de atuação do servidor.

Durante todo o ano letivo.

Parcerias: IEEs, Empresas para estágio, públicas e privadas, ONGs, etc.

Desenvolver conhecimentos, aplicações e pesquisas

Durante todo o ano letivo.

Horta: Aquisição de sombrite e materiais diversos para sombreamento com utilização de bambu.

Melhorar produção, qualidade de aulas práticas, estabilidade climática; trabalhar no projeto de construção rural com bambu.

Fevereiro a março.

102

Panificadora Caseira: Construção e instalação dos equipamentos conseguidos através de projetos de cota suplementar.

Contribuir para aulas de agroindústria; diversificar a alimentação; reduzir custos de aquisição de alimentos.

Primeiro semestre.

Reparos emergenciais: Prédios, instalações elétricas e hidráulicas.

Cozinha, sala do grêmio estudantil,refeitório, pátios, alojamentos e iluminação na sede do colégio e na UDP.

Melhorar a segurança e bem estar dos alunos e funcionários nos devidos setores.

Primeiro semestre

Recursos financeiros: Gestionar junto aos órgãos competentes a melhoria no repasse de recursos na alimentação e material de consumo.

Melhor qualidade de alimentação e manutenção dos prédios e equipamentos. Aquisição de materiais didáticos pedagógicos e oportunizar mais as visitas técnicas, participações em eventos e exposições agropecuárias.

Durante todo o ano letivo.

Espaço funcional: Gestionar junto a UEM um espaço físico para descanso e lazer durante os intervalos de almoço, jantar e finais de semana.

Melhorar qualidade de vida e rendimento após cada fase da jornada de trabalho. Disponibilizar um espaço apropriado para descanso.

Fevereiro e Março

Interação de setores: Implementar e agilizar formas e mecanismos de comunicação.

Viabilizar meios de comunicação e integração entre os setores visando a melhor padronização das informações.

Fevereiro e Março

Recursos Humanos: Criar mecanismos para melhorar as ações e funcionamento dos setores

Normatizar as ações para melhor organizar e funcionar o setor.

Fevereiro e Março.

9.2 - Plano de ação da Equipe Pedagógica

Construção e Implementação do Projeto Político-Pedagógico

Ação a ser implementada CronogramaCoordenar a elaboração coletiva e a implementação do projeto político-pedagógico,

No decorrer do ano letivo

Criar condições para a participação dos profissionais da escola e No decorrer do ano

103

comunidade na construção do projeto político pedagógico. letivo

Organização do espaço e tempo escolar

Ação a ser implementada CronogramaOrganizar turmas, calendário letivo, distribuição das aulas e disciplinas, horário semanal de aulas, disciplinas e recreio.

No inicio do ano letivo

Planejar e organizar espaços e tempos da escola para projetos de recuperação de estudos.

No decorrer do ano letivo

Organizar da hora atividade do professor para estudo, planejamento e reflexão do processo de ensino e aprendizagem,

No decorrer do ano letivo

Organização da prática pedagógica

Ação a ser implementada CronogramaImplementar a proposta curricular da escola de acordo com as políticas educacionais da SEED/PR e com as Diretrizes Curriculares Nacionais e Diretrizes Curriculares Estaduais

No inicio do ano letivo

Elaborar projetos de intervenção na realidade da escola para a melhoria do processo educativo. Planejar o ensino e acompanhamento do trabalho pedagógico desenvolvido pelos professores.

No inicio do ano letivo

Assessorar o professor no planejamento, quanto a seleção de conteúdos e transposição didática em consonância com os objetivos expressos no P.P.P.

Periodicamente

Assessorar o professor na identificação e planejamento para o atendimento às dificuldades de aprendizagem.

Periodicamente

Planejar em conjunto com o coletivo da escola a intervenção aos problemas levantados em conselho de classe.

Bimestral

Levantar e informar ao coletivo de profissionais da escola e comunidade os dados do aproveitamento escolar.

Bimestral

Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir da proposta curricular e do projeto político pedagógico da escola;

No inicio do ano letivo

Incentivar e assessorar o professor na seleção de recursos didáticos para o ensino e aprendizagem dos conteúdos escolares

No decorrer do ano letivo

Participar da organização e atualização do acervo de livros e periódicos da biblioteca da escola

Periodicamente

Desenvolver processos de gestão colegiada entre os profissionais da equipe pedagógica.

No decorrer do ano letivo

Orientar o professor no preenchimento do Livro de registro de classe

No decorrer do ano letivo

Orientar o processo de elaboração dos planos de trabalho docente junto ao coletivo de professores da escola;

semestral

104

Formação Continuada do Coletivo de Profissionais da Escola

Ação a ser implementada CronogramaElaborar o projeto de formação continuada dos profissionais da escola para o aprimoramento teórico-metodológico, na forma de trocas de experiências, estudos sistemáticos e oficinas.

No decorrer do ano letivo

Desenvolver processo contínuo pessoal e profissional de fundamentação teórica.

Periodicamente

Pesquisar e fornecer subsídios teórico-metodológicos para o estudo e atender as necessidades do trabalho pedagógico.

Periodicamente

Organizar reuniões de estudo para a reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico da escola

No decorrer do ano letivo

Coordenar grupos de estudo No decorrer do ano letivo

Relação entre Escola e Comunidade

Ação a ser implementada CronogramaDesenvolver projetos de interação escola-comunidade amplian-do espaço de participação da comunidade nas decisões pedagó-gicas da escola

No decorrer do ano letivo

Participar do conselho escolar subsidiando teórica emetodologicamente as reflexões e decisões sobre o trabalho pe-dagógico escolar

No decorrer do ano letivo

Incentivar e propiciar a participação dos alunos nos diversos mo-mentos e órgãos colegiados da escola.

No decorrer do ano letivo

Elaborar estratégias para a superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social e de compromisso ético e político com todas as categorias e classes sociais.

No decorrer do ano letivo

Repensar a natureza da relação dos pais com a escola No decorrer do ano letivo

Promover reuniões de caráter formativo e informativo No decorrer do ano letivo

Levar os pais a conhecerem a proposta da escola. No inicio do ano letivo

Avaliação do Trabalho Pedagógico

Ação a ser implementada CronogramaOrganizar e coordenar conselhos de classe de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagó-gico

Bimestral

Avaliar o trabalho pedagógico pelos profissionais da escola e co-munidade

No decorrer do ano letivo

Acompanhar e assessorar o professor na seleção deprocedimentos de avaliação do rendimento da aprendizagem

No decorrer do ano letivo

105

adequando-os aos objetivos educacionais previstos no P.P.P.

9.3 - Plano de ação da Coordenação de Curso

Ação a ser implementada CronogramaAcompanhar a efetivação da Proposta Curricular do Curso para a consolidação do processo de formação integrada;

No decorrer do ano letivo

Em conjunto com os Docentes de aulas teóricas, Coordenador de Curso e Coordenador de Estágio, elaborar normas e atividades de estágio

Inicio do ano Letivo

Orientar, analisar e acompanhar com o Pedagogo o processo de elaboração do Plano de Trabalho Docente;

Semestralmente

Indicar e sugerir aos Docentes, em articulação com a equipe pedagógica (pedagogo) metodologias de ensino adequadas à concepção do curso e recursos didáticos apropriados e atualizados;

No decorrer do ano letivo

Possibilitar e incentivar os docentes quanto à promoção de atividades complementares extracurriculares do curso como: palestras, seminários, debates, visitas técnicas, etc;

No decorrer do ano letivo

Participar da (re) organização da biblioteca verificando a disponibilidade de bibliografias para pesquisas e a necessidade de aquisição de livros, periódicos, etc;

Periodicamente

Promover e coordenar, em articulação com a equipe pedagógica (pedagogo) reuniões pedagógicas e grupos de estudos para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico, visando a elaboração de propostas de intervenção para aperfeiçoar a proposta do curso;

Periodicamente

Proceder, em articulação com a equipe pedagógica (pedagogo), à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem dos alunos;

Bimestralmente

Organizar, em articulação com a equipe pedagógica (Pedagogo), a hora-atividade dos Docentes do curso, de maneira a garantir que esse espaço/tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;

No decorrer do ano letivo

Estimular e acompanhar a freqüência dos Docentes, negociando antecipadamente sua substituição (troca de horário) e reposição de aulas;

No decorrer do ano letivo

Organizar e acompanhar, em articulação com a equipe pedagógica (Pedagogo), o Pré Conselho e o Conselho de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico, bem como, acompanhar a efetivação de propostas de intervenção decorrentes das

Bimestralmente

106

decisõesOrientar e acompanhar, em articulação com a equipe pedagógica (Pedagogo), entrega de notas/freqüência dos alunos junto à Secretaria da Escola

Bimestralmente

Orientar e acompanhar, em articulação com a equipe pedagógica (Pedagogo), através do Livro de Registro de Classe a freqüência, faltas, desempenho, recuperação paralela, evasão dos alunos;

No decorrer do ano letivo

Orientar o corpo administrativo quanto à concepção e objetivos do curso para atendimento adequado às necessidades do mesmo;

Periodicamente

Acompanhar o processo de Matrículas, transferências, remanejamentos de alunos;

No decorrer do ano letivo

Organizar reuniões com os alunos para: incentiva-los quanto à permanência no curso mostrando a importância do mesmo; informação quanto à diversidade do mundo do trabalho e a profissionalização que o curso oferece;

Periodicamente

Elaborar, em articulação com a equipe pedagógica (Pedagogo), junto aos professores o regulamento de uso dos espaços pedagógicos;

No decorrer do ano letivo

Apoiar e facilitar o acesso à biblioteca, laboratórios, internet; No decorrer do ano letivo

Orientar alunos quanto às dúvidas em relação aos conteúdos, horários de aula, dentre outros;

No decorrer do ano letivo

Promover a intermediação com o mundo do trabalho (estágios, práticas);

No decorrer do ano letivo

Coordenar a elaboração ou reelaboração de normas ou critérios específicos para a operacionalização dos estágios, junto ao Professor Orientador de Estágio e os docentes do curso;

No decorrer do ano letivo

Assessorar o Professor Orientador de Estágio nas questões pedagógicas e práticas do estágio;

No decorrer do ano letivo

Articular junto à Coordenação de Estágio, novas parcerias para firmar cooperação técnica;

No decorrer do ano letivo

Promover intercambio com outras instituições formadoras afins do Curso;

Periodicamente

Participar, em articulação com a equipe pedagógica (Pedagogo), do processo decisório e ações referentes à infra-estrutura e recursos materiais (salas de aulas, laboratórios, biblioteca, ambientes especiais, instalações e equipamentos gerais e específicos).

No decorrer do ano letivo

Orientar e acompanhar, em articulação com a equipe pedagógica(Pedagogo), a distribuição, conservação e utilização dos livros, periódicos, equipamentos pedagógicos e de

No Inicio e no decorrer do ano letivo

107

laboratórios;

Coordenar, em articulação com a equipe pedagógica (Pedagogo), a elaboração de critérios para a aquisição, empréstimo e seleção de materiais, equipamentos de laboratórios, livros, e outros;

No Inicio e no decorrer do ano letivo

Coordenar, em articulação com a equipe pedagógica (Pedagogo), a utilização dos laboratórios do curso;

No decorrer do ano letivo

Acompanhar, em articulação com a equipe pedagógica (Pedagogo), o processo de avaliação institucional do Curso e do Estabelecimento;

Periodicamente

9.4 - Plano de ação da Coordenação de Estágio

Ação a ser implementada CronogramaBuscar e contatar parcerias junto às instituições Públicas e Privadas visando a abertura de vagas para o estágio Semestralmente

Firmar os termos de Cooperação Técnica junto à Direção do Estabelecimento

No Inicio e no decorrer do ano letivo

Coordenar e acompanhar a execução do Plano de Estágio No decorrer do ano letivo

Elaborar e definir junto ao Professor Orientador de Estágio o cronograma de distribuição de alunos nos campos de estágios; Bimestralmente

Manter permanente contato com os supervisores responsáveis pelo estágio procurando dinamizar e otimizar as condições de funcionamento do estágio;

Semestralmente

Promover reuniões com as instituições de campo de estágio No decorrer do ano letivo

Coordenar e acompanhar junto ao Professor Orientador de Estágio o cumprimento, pelo estágio, da assiduidade, responsabilidade, compromisso e desempenho pedagógico;

Bimestralmente

Coordenar e participar junto ao Professor Orientador de Estágio, reuniões de avaliação do Estágio e/ou prática profissional, emitindo conceitos de acordo com o sistema de avaliação;

Semestralmente

Coordenar a confecção de impressos de acompanhamento (Fichas); No decorrer do ano letivo

Providenciar credencial de apresentação do estágio para o ingresso nas empresas

No decorrer do ano letivo

Informar e orientar a instituição concedente quanto à Legislação e Normas do estágio;

No decorrer do ano letivo

9. 5 - Plano de ação da Equipe Multidisciplinar

Dia da Consciência Negra: espaço para a valorização da cultura negra na escola.

108

Objetivo Geral:

- Levar a comunidade escolar a refletir a História e a Cultura Afro-Brasileira e Africana, criando espaços para que se pense na valorização de negros e descendentes numa perspectiva de afirmação positiva de sua identidade.

Objetivos Específicos:

Propor a reflexão a respeito da diversidade étnico-cultural do Brasil, de forma a não discriminar as manifestações culturais pertinentes a cada uma dessas etnias;

Reconhecer a influência da cultura africana na formação do povo e cultura brasileira em suas diversas manifestações como:língua, literatura, artes plásticas, música, festas,danças, religiões, mitos e lendas;

Ampliar o conhecimento e a compreensão sobre a história dos afro-descendentes e a história da África, contribuindo para os objetivos previstos na Lei nº-10.639/03;

Apresentar os costumes e tradições africanas;

Contribuir para a análise crítica das condições sociais da população negra e afro-descendente no Brasil;

Divulgar a contribuição da cultura africana na formação da cultura brasileira;

Levar os envolvidos a refletir sobre os conceitos de raça, etnia, estereótipo, racismo, preconceito, a fim de desconstruir preconceitos;

Conduzir os alunos à reflexão sobre a cultura afro-descendente: importância e valor histórico-cultural;

Estimular o contato com elementos de socialização como: a capoeira,a comida, danças, músicas e narrativas;

Desenvolver trabalhos com a intenção de promover a inclusão cultural e a cidadania participativa.

Disciplinas envolvidas Atividades desenvolvidas

Palavras de origem africana em nossa língua;

Texto sobre o Dia da Consciência Negra;

Poema: O Navio Negreiro, de Castro Alves, recitado sob forma de música por Caetano Veloso;

109

LÍNGUA PORTUGUESA

A imagem do negro na literatura brasileira;

Poesias – Músicas e Literaturas;

Poesias – Estudo das poesias, criação de poesias e recitações.

Músicas – Estudar a musica sobre a questão e parodias e interpretações.

Literatura – Leitura das obras que falam sobre as questões e fazer discussões sobre o tema.

MATEMÁTICA Probabilidades, porcentagens, resolução de problemas;

Levantamento de dados de etnias ( branco, pardo, amarelo, negro, indígena), do colégio.

Organização dos dados em tabelas.

Construção de gráficos.

HISTÓRIA

Fatos históricos: os negros e afro-descendentes no Brasil;

Literatura;

Resgate dos personagens negros que marcaram nossa historia

GEOGRAFIA

A formação do povo brasileiro;

Regiões de maior concentração da população negra;

Aspectos políticos, sociais e culturais da África;

Análise de textos sobre as condições sócio-econômicas dos povos afro – descendentes do passado e na atualidade e comparação econômica entre as raças branca e negra.

Estudo das belezas naturais e o turismo.

Levantamento histórico - geográfico da origem do preconceito racial.

Condições sociais da população negra e afro-descendente na época atual;

110

SOCIOLOGIA Diversidade cultural e regional;

Políticas públicas de valorização da cultura africana;

FILOSOFIA

Valores – preconceito e discriminação social;

Ética

Trabalhar textos-filmes-musica que questionem a grande desigualdade social e outras atividades que contribuam para interiorizar e incorporar novas atitudes em relação ao preconceito.

BIOLOGIA Genética, hereditariedade

EDUCAÇÃO FÍSICA Capoeira: origem e movimentos

ARTE

Diversidade cultural;

Folclore brasileiro

musica, Dança, Teatro e artes visuais;

Arte e cultura negra;

História e obras que retratam a cultura negra;

Exposição com cartazes dos resultados obtidos nas dependências da escola.

PECUÁRIA Criações de animais advindos da África;

Influências gastronômicas (Agroindústria)

AGRICULTURA Culturas e pastagens oriundas dos países africanos

As disciplinas que nos foram citadas incluirão a temática nos seus planos de trabalho.

Exibição dos filmes;

Apresentações artísticas e culturais no Dia da Consciência Negra.

111

10 - PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA

EDUCAÇÃO

A Formação Continuada dos Profissionais da Educação tornou-se uma meta

de políticas educacionais nos últimos 20 anos. A Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, Lei nº 9394/96, ao tratar dos “Profissionais da Educação”

estabelece no art.67 que:

Os sistemas de ensino promoverão a

valorização dos profissionais da educação,

assegurando-lhes, inclusive nos termos dos

estatutos e dos planos de carreira do magistério

público: (...) II – aperfeiçoamento profissional

continuado, inclusive com licenciamento periódico

remunerado para esse fim; (...) IV – Progressão

funcional baseada na titulação ou habilitação, e na

avaliação do desempenho; V – período reservado a

estudos, planejamento e avaliação, incluindo na

carga de trabalho...

A formação continuada dos Profissionais da Educação Pública está sendo

garantida pelas secretarias Estaduais e Municipais de Educação por meio de uma

política de formação continuada através de eventos de capacitação como:

simpósios, encontros descentralizados, semanas de estudos pedagógicos, grupos

de estudos, Grupo de Trabalho em Rede, produção de materiais didáticos

pedagógicos e sua socialização através do portal Dia-a-dia Educação. Todos esses

meios constituem uma forma de garantir espaços para que os docentes socializem

suas experiências, reflitam sobre sua prática pedagógica e redimensionem e,

evidentemente, ampliem seus conhecimentos e seu saber fazer.

112

Os docentes dispõem também da Hora-atividade coletiva, conforme a lei

estadual nº 13.807 de 30/09/2002 em que se reúnem por área do conhecimento,

organizado, em articulação com a equipe pedagógica de maneira a garantir que

esse espaço/tempo seja de efetivo trabalho pedagógico.

Uma educação pública de qualidade depende da valorização de todos os

profissionais. Do professor a todos aqueles responsáveis pela educação escolar,

que trabalham nas secretarias, nas cantinas, nas áreas de infraestrutura, nas

bibliotecas, em laboratórios e na segurança das escolas.

A formação continuada dos funcionários através do Profuncionário é um

grande avanço para a melhoria da qualidade da educação pública. Este Programa

tem por finalidade aumentar a escolarização dos Agentes Educacionais I e II,

entendendo seu importante papel no contexto da escola pública na atualidade.

Esse modo de pensar a formação continuada constitui, então, mais um dos

meios para ressignificar o papel da escola, na medida em que se oportuniza o

acesso aos novos conhecimentos produzidos nas mais diferentes áreas.

11 – Atividades de Complementação Curricular

11.1 - CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas)

É uma oferta extracurricular, plurilinguísta e gratuita de cursos básicos e de

aprimoramento em Línguas Estrangeiras destinada aos alunos da Rede estadual de

educação básica. Esta oferta é estendida aos professores e funcionários que

estejam no efetivo exercício.

11.2 - Programa Viva a Escola

Visa a expansão de atividades pedagógicas realizadas nas escolas como complementação

curricular, vinculadas ao projeto político pedagógico a fim de atender as especificidades da

formação do aluno e de sua realidade. Previsto na Resolução nº 3683/2008 e instrução nº

017/2008 – SUED/SEED.

PROGRAMAS OFICIAIS

113

11.3 - Fera com Ciência

É uma ação pedagógica para ampliação e enriquecimento dos conteúdos curricula-

res das Escolas da Rede Publica Estadual, que podem ser estendidas as escolas

das Redes Municipal e Particular. Será desenvolvido por meio da contextualização e

experimentação da Arte e da Ciência. Trata-se de formação continuada e programa-

ção cultural extracurricular que propicia alternativas para a utilização dos tempos e

espaços escolares.

11.4 - Jogos Colegiais do Paraná (JOCOP’S)

O objetivo do Jocop’s é propiciar o estímulo recíproco, intercâmbio social, a vivência

e reflexo sobre os aspectos positivos do esporte, contribuindo para situar a escola

como centro cultural, desportivo e formativo da comunidade.

12 - ATIVIDADES EXTRACURRICULARES

Leitura

Justificativa

A prática da leitura e a produção de texto constituem hoje um desafio para a

escola, pois sabemos que os alunos estão mais interessados nos jogos e bate–

papos na internet do que ler um livro, revista ou jornal.

Em qualquer meio intelectual a leitura constitui um dos fatores decisivos do

estudo. É principalmente através dela que as pessoas ampliam e aprofundam seu

campo cultural, porque os textos formam uma fonte praticamente inesgotável de

idéias e conhecimentos. Portanto, é preciso ler, sempre e muito, mas também é

preciso saber ler.

114

Saber ler é uma habilidade necessária para aprender e, por isso, os

professores de todas as disciplinas devem ter como foco de seu trabalho

desenvolver o hábito da leitura nos alunos.

Trabalhar e incentivar a leitura em sala de aula contribui na tarefa do

educador de formar leitores eficientes e também competentes na produção de um

bom texto. Devemos permitir ao aluno enxergar a leitura sob outra perspectiva e não

a que já tem internalizado: é chata, monótona e cansativa.

Para tanto, é interessante o professor utilizar a intertextualidade como forma

de prender a atenção do aluno no texto, possibilitar o acesso aos diversos tipos de

textos e diferentes linguagens, de modo a favorecer na ampliação do conhecimento.

Objetivos

Promover e incentivar a prática da leitura e a produção de texto pelos alunos;

Possibilitar que o aluno reconheça a leitura como fonte de informação e prazer;

Desenvolver o senso crítico nos alunos;

Aprimorar a escrita;

Desenvolver o repertório e aumentar o vocabulário.

Metodologia

Mobilizar os professores para o trabalho de leitura e procedimentos de estudo;

Reuniões para orientar os professores sobre procedimentos de apoio à leitura;

Estipular o cronograma das ações;

Organização quanto à utilização dos espaços da biblioteca.

Semana de integração

Justificativa

A finalidade da semana de integração é desenvolver um trabalho com os

alunos calouros da 1ª série, de modo a, facilitar o processo de adaptação ao regime

115

de internato, proporcionar um ambiente agradável e acolhedor, no sentido de

amenizar a ansiedade, insegurança, angústias, medos e as dúvidas nos estudantes

e também ajudar a enfrentar e superar a distância do ambiente familiar.

Objetivos

Proporcionar um ambiente agradável e acolhedor, visando o

bem estar do educando;

Desenvolver atividades que permitam a adaptação gradativa do aluno aos ritmos

e as rotinas da escola;

Conhecer o espaço físico e a rotina da escola.

Metodologia

Recepção dos alunos;

Divulgação do cronograma de atividades;

Passeios pelas dependências da escola;

Passeio na Trilha Ecológica;

Integração entre professores, alunos e funcionários com atividades na fazenda-

escola;

Palestras;

Gincanas e dinâmicas;

Exibição de filme;

Mutirão de combate à dengue

116

Justificativa

Com a expansão da infestação do mosquito Aedes Aegypti no Brasil e em

todas as áreas tropicais do mundo torna-se extremamente necessário a

compreensão e sensibilização de alunos, familiares e comunidade em geral para a

tomada de decisões no combate efetivo à dengue, ampliando as ações já

desencadeadas pelos especialistas e institutos responsáveis pela saúde pública

brasileira.

A dengue se manifesta de forma epidêmica na época do verão, quando as

chuvas são mais freqüentes, pois o mosquito transmissor se reproduz em focos de

água parada.

A localização do colégio em um reserva ecológica, portanto, cercada de mata

virgem, constitui-se local propício para a procriação do mosquito transmissor da

dengue, principalmente em épocas de chuvas.

Em vista disso, a escola através da mobilização da comunidade escolar e de

atividades e ações programadas visam o trabalho preventivo de combate à dengue

e a eliminação dos mosquitos adultos e principalmente, acabar com os criadouros de

larvas.

Objetivos

Conscientizar a comunidade escolar da importância e necessidade do trabalho

preventivo;

Conhecer o ciclo de vida do mosquito Aëdes aegypti;

Reconhecer que a epidemia de dengue é um problema que afeta todos os

cidadãos, não importando suas diferenças sociais e culturais.

Conhecer as diversas formas de contágio, prevenção e tratamento da dengue;

Reconhecer a importância dos hábitos de higiene como a forma de manter a

saúde e prevenir doenças;

Adquirir hábitos e atitudes que colaborem no combate ao mosquito da dengue.

117

Metodologia

Discutir o assunto com toda a comunidade escolar,

Montar cartazes informativos para a exposição em murais da escola,

Divisão e organização dos grupos nos setores da escola para realização do

mutirão, coordenados pelos professores e/ou funcionários;

Distribuição de sacos de lixo, vassouras, rastelos, balaios e pás.

Semana do Meio Ambiente

Justificativa

A importância da temática ambiental diante da preocupação com a

degradação do planeta ocupa atenção da sociedade local e mundial, onde a escola

como espaço social se engaja em promover a Educação Ambiental em que os

alunos têm a possibilidade de tomarem consciência das situações que acarretam

problemas no seu ambiente próximo ou para a biosfera em geral, refletindo sobre

as suas causas e determinarem os meios ou as ações apropriadas na tentativa de

resolvê-los.

A escola deverá oferecer meios efetivos para que cada aluno compreenda os

fenômenos naturais, as ações humanas e sua conseqüência para consigo, para sua

própria espécie, para os outros seres vivos e o ambiente. É fundamental que cada

aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e

comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma

sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável.

Se existe inúmeros problemas que dizem respeito ao ambiente, isto se devem

em parte ao fato das pessoas não serem sensibilizadas para a compreensão do

frágil equilíbrio da biosfera e dos problemas da gestão dos recursos naturais

Não é por falta de conhecimento que o meio ambiente é destruído, mas

devido ao estágio de desenvolvimento existente nas relações sociais de nossa

espécie. Ao desmatar, queimar, poluir, utilizar ou desperdiçar recursos naturais ou

energéticos, cada ser humano está reproduzindo o que aprendeu ao longo da

118

história e a cultura do seu povo. Portanto, este não é um ato isolado de um ou outro

indivíduo, mas reflete as relações sociais e tecnológicas de sua sociedade.

A finalidade da educação para o ambiente é de permitir aos alunos e à

comunidade escolar a compreensão dos problemas existentes, da presença humana

no ambiente, da sua responsabilidade e do seu papel crítico como cidadãos de um

país e de um planeta. Deste modo, busca-se desenvolver assim, as competências e

valores que conduzirão a repensar e avaliar de outra maneira as suas atitudes

diárias e as suas conseqüências no meio ambiente em que vivem.

Objetivos

Estimular a mudança prática de atitudes e a formação de novos hábitos com

relação a utilização dos recursos naturais favorecendo a reflexão sobre a

responsabilidade ética de nossa espécie e o próprio planeta como um todo,

auxiliando para que a sociedade possua um ambiente sustentável, garantindo a vida

no planeta;

Possibilitar a construção da consciência ecológica para este mundo diferente e

transformador, fazendo análises importantes tanto nos conteúdos programáticos

como na prática relativa ao meio ambiente escolar;

Criar uma consciência sobre a necessidade de diminuir e buscar formas para

solucionar a poluição do ar, da água, do solo, sonora e visual;

Adotar posturas na escola, em casa e em sua comunidade que os levem a

interações construtivas, justas e ambientalmente sustentáveis.

Metodologia

Mobilização de toda a comunidade escolar para o desenvolvimento de atividades

durante a Semana do Meio Ambiente, com a finalidade de conscientizar a população

sobre as questões ambientais,

Atividades e ações programadas como: visita a Estação Ecológica do Caiuá;

Trilhas ecológicas; Mutirões de limpeza.

119

Reflexões sobre alguns temas - Lixo (redução, reutilização e reciclagem);

Compostagem, Água (consumo, desperdício, poluição); Florestas (porque

preservá-las?); Fogo (prevenção, efeitos negativos ao meio ambiente); Agrotóxicos

(riscos para a saúde, danos ambientais); Caça e pesca ilegal; Respeito aos animais

silvestres e domésticos,

Elaboração e exposição de cartazes com desenhos e frases relacionados ao meio

ambiente.

Festa Junina

Justificativa

A festa junina ao retratar a diversidade cultural brasileira contribui para a

promoção da cultura popular, pois constitui uma forma de propagação das tradições

folclóricas do nosso povo.

Deste modo, conhecer a origem e as contribuições culturais de cada povo à

cultura brasileira é imprescindível para a valorização e preservação das nossas

tradições culturais. Ao comemorar as festas juninas, agrega-se informações sócio-

históricas que envolvem a origem dessa festividade.

A tradição das festas juninas chegou ao Brasil através dos portugueses, no

período colonial, trazendo influência de diferentes países da Europa e da Ásia. A

dança marcada que inspirou a criação da quadrilha, teria vindo da França; a tradição

de soltar fogos de artifício, da China; a dança de fitas, da Espanha e Portugal. Essas

expressões culturais foram incorporadas aos costumes dos povos indígenas e

negros e resultaram no que hoje conhecemos como Festas Juninas Brasileiras.

O resgate da tradição junina na escola, do significado cultural desta

festividade contribui para o reconhecimento da importância do trabalho na lavoura

e da valorização do homem no campo, pois na verdade, com a festa junina se

comemorava na roça, o solstício de inverno, que marcava o início da colheita de

grande parte dos alimentos, simbolizando, portanto, a fertilidade da terra.

120

Objetivos

Perceber a importância da valorização e preservação das tradições culturais;

Reconhecer os costumes e tradições das festas juninas como parte da cultura do

nosso povo;

Desenvolver o interesse e o gosto pelas diversas tradições culturais do nosso

país;

Promover e divulgar o universo caipira e sertanejo;

Valorizar o trabalho do homem do campo;

Desfazer a imagem estereotipada do homem do campo;

Conhecer a origem das Festas juninas;

Promover a integração da comunidade escolar.

Metodologia

Recriar o ambiente rural: decoração

Arrecadação de prendas;

Culinária regional: organização do cardápio de comidas típicas;

Elaboração e confecção de convite;

Expressão artística: danças folclóricas e músicas regionais.

Jogos Interclasse

Justificativa

A realização dos jogos interclasses é um evento muito aguardado por nossos

alunos, motivo pelo qual a escola se propõe a pensar alternativas para torná-lo um

espaço de formação dos alunos. E ainda, constituem um meio de integração entre

os alunos e estimula a prática esportiva na escola.

121

Objetivos

Despertar o gosto pela prática de esportes, com fins educativos e formativos;

Propiciar o intercâmbio entre os alunos, estreitar laços de amizade e

solidariedade;

Favorecer o desenvolvimento global do aluno;

Proporcionar atividades que contribuam para o aprimoramento psicomotor do

aluno;

Efetuar o processo de formação física, social, de valores, priorizando a

solidariedade.

Metodologia

Reunir a equipe organizadora para discutir e montar o regulamento e dividir as

tarefas durante a interclasse;

Elaborar a tabela de jogos e marcar data para o início dos mesmos.

Show de talentos

Justificativa

O show de talentos é um espaço sócio-educativo para incentivar e divulgar a

cultura e a arte na escola, em vista a formação integral do educando.

A oportunidade de fazer arte é extremamente valiosa, pois ao se apresentar

em público e expressar-se em uma determinada vertente artística provoca intensas

e positivas repercussões e se configura em uma experiência rica em significados

que o aluno leva para toda a vida.

A intenção da escola é contribuir na auto-estima do aluno, desenvolver a

criticidade e a criatividade, promover a descontração e o entretenimento.

122

Portanto, a realização do show de talentos se consolida como o espaço onde

o aluno junto com a comunidade escolar tem a oportunidade de revelar e apresentar

o seu talento seja na música, dança, teatro e artes visuais.

Objetivos

Resgatar e valorizar a arte na escola;

Revelar e desenvolver talentos da comunidade escolar;

Promover a criatividade, cooperação e descontração entre os alunos e a

comunidade escolar.

Desenvolver atividades extracurriculares.

Metodologia

Divulgação do evento;

Inscrições de acordo com as categorias: danças músicas, artes visuais e teatro;

Programação: data, horário e local de realização do evento;

Decoração e organização do ambiente: Instalação do som, do jogo de luz; do gelo seco, etc;

Escolha do Apresentador;

Cronograma das apresentações;

Apresentações artísticas dos alunos;

Halloween

A intenção em comemorar o Halloween é de fazer com que os alunos

percebam a questão da influência de outras culturas no Brasil graças à imigração e

à globalização. E também apontar diferenças culturais entre os vários países e até

discutir o choque cultural.

123

A participação dos alunos em uma manifestação cultural americana permite

que relacionem o aprendizado da língua inglesa com a cultura do país que a fala.

Objetivos

Permitir aos alunos relacionar o aprendizado da língua inglesa com a cultura do

país que a fala.

Promover a socialização entre os alunos,

Desenvolver a criatividade na elaboração da fantasia

Metodologia

Decoração do ambiente,

Organização do cardápio,

Concurso de fantasias,

Consciência negra

Justificativa

A História do Brasil tem suas raízes do outro lado do Atlântico, pois de lá

vieram milhões de escravos que, além de braços para o trabalho, trouxeram também

os seus costumes, os seus hábitos alimentares, as suas religiões, as suas tradições,

enfim os seus diversos modos de vida, contribuindo significativamente para a

formação sócio-cultural da sociedade brasileira.

Explanar sobre as contribuições do povo africano para a formação do povo

afro descendente no Brasil é de fundamental importância uma vez que a cultura é

um produto gerado e transmitido socialmente, é um produto das relações humanas e

que norteia e orienta o ser humano no seu ciclo de convívio.

É necessário pensar a educação voltada para a consciência da importância

do negro para a constituição e identidade da nação brasileira e principalmente, do

124

respeito à diversidade humana e a abominação do racismo e do preconceito,

desenvolvido por meio de um processo educativo de debate, do entorno, buscando

nas nossas próprias raízes a herança biológica e/ou cultural trazida pela influência

africana.

A educação tem fundamental importância nesta luta, pois se acredita que o

espaço escolar seja responsável por boa parte da formação pessoal dos indivíduos,

sendo assim um ambiente fundamental para a superação das desigualdades raciais

e superação do racismo.

Nesse sentido, a Lei nº 10.639/2003 determina a obrigatoriedade de estudos

relacionados á História e Cultura Afro-Brasileira nos diferentes níveis de ensino da

Educação Básica, estabelecendo como conteúdo programático nas diferentes

disciplinas do currículo “o estudo da História da África e dos africanos, a luta dos

negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na sociedade nacional,

resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política

pertinente a história do Brasil. Tal lei é fruto de lutas históricas do Movimento Negro

no Brasil que há tempos combate contra o preconceito racial muito existente na

sociedade brasileira

Esse ato do Estado Brasileiro visa reconhecer, valorizar e discutir

devidamente a cultura e historia da África, evidenciando suas múltiplas dimensões e

contribuições dos povos africanos e afro-brasileiros na conformação do território

nacional.

Conhecer a cultura africana implica valorização e respeito à pessoas negras,

bem como seus descendentes, sua cultura e história. Significa tornar-se sensível ao

seu sofrimento e lutas em busca de uma vida que lhe ofereça liberdade de

expressão e inclusão social.

Objetivos

Resgatar princípios de convivência, tolerância e respeito às diferenças;

Divulgar a contribuição da cultura africana na formação da cultura brasileira;

125

Conduzir os alunos à reflexão sobre a cultura afro-descendente: importância e valor histórico-cultural;

Apresentar os costumes e tradições africanas;

Estimular o contato com elementos de socialização como: a capoeira,a comida, danças, músicas e narrativas;

Desenvolver trabalhos com a intenção de promover a inclusão cultural e a cidadania participativa.

Metodologia

Apresentar a lei nº 10.639/03 que predispõe sobre o trabalho com a cultura afro-

brasileira e africana na escola, inserida nas disciplinas do currículo;

Mobilização do corpo docente na realização dos trabalhos;

Elaboração das atividades a serem desenvolvidas em cada disciplina, as quais po-

derão ser trabalhadas em sala de aula, como extra-classe;

Apresentação e exposição dos trabalhos realizados pelos alunos e professores en-

volvidos no projeto culminando com a comemoração de 20 de Novembro, que e o

“Dia da Consciência negra”.

13 - IMPLEMENTAÇÃO

13.1 – Acompanhamento, assistência à execução e avaliação.

A Avaliação Institucional possibilita analisar as ações administrativas, técnicas

e pedagógicas da escola de maneira crítica e participativa, permitindo perceber suas

possibilidades e limitações, bem como apontar caminhos para a tomada de decisão

em relação ao pensar e o agir institucional, em busca de melhor qualidade de ensi-

no. Portanto requer a participação de todos os profissionais da instituição: professo-

res, direção, pedagogos, alunos, pais, funcionários, A.P.M.F., Grêmio Estudantil,

Conselho Escolar e outros segmentos.

As formas de avaliação curricular e institucional serão diferenciadas oportuni-

zando refletir e debater os avanços e deficiências diagnosticadas. A avaliação envo-

lverá o corpo docente, discente e administrativo e terá como diretriz:

– Análise da compatibilidade do currículo com o planejamento;

126

– Atualização dos conhecimentos por parte dos docentes;

– Participação dos docentes em simpósios, encontros, cursos, etc.;

– Adequação curricular para sanar as deficiências detectadas;

– Avaliação dos docentes pelos discentes;

– Estudos de egressos do curso;

– Acompanhamento e avaliação de Estágio Orientado.

14 - REFERÊNCIAS

CAMPOS, Casimiro de Medeiros. Saberes docentes e autonomia dos

professores. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

CURY, Carlos Roberto Jamil. Legislação Educacional Brasileira. 2ª ed. Rio de

Janeiro: DP&A, 2002.

DONATONI, Alaíde Rita, org. Avaliação Escolar e formação de professores.

Campinas, SP: Ed. Alínea, 2008.

GANDIN, Danilo. Cruz, Carlos Henrique C. Planejamento na sala de aula. 6ª ed.

Petrópolis,RJ: Vozes, 2006.

LIBANEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? 6º ed São Paulo,

SP. Cortez, 2002.

__________________ Organização e gestão da escola: teoria e prática. 4ª ed.

Goiânia: Alternativa, 2001.

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez,

1999.

_________________ Avaliação da aprendizagem na escola: relaborando

conceitos e recriando a prática. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos,

2005.

MENEGOLLA, Maximiliano, SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que planejar ?, Como

planejar ?. 16ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.SAVIANI, Demerval. A pedagogia

histórico -critica e a pratica escolar. IN:

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a Pedagogia Histórico - crítica.

127

Campinas, SP: Autores Associados, 2002.

VEIGA, Ilma Passos A. org. Didática: ensino e suas relações. Campinas,SP:

Papirus, 1999.

___________________ Escola: espaço do projeto político pedagógico.

Campinas,SP: Papirus, 1998.

128

129

15 – ANEXOS

15.1 - Calendário escolar – 2010

JANEIRO FEVEREIRO MARÇOD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6

3 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 13 7 8 9 10 11 12 13 23

10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias

17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 21 22 23 24 25 26 2724 25 26 27 28 29 30 28 28 29 30 31 31 1- Dia Mundial da Paz 19- São José

ABRIL MAIO JUNHOD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 1 1 2 3 4 5

4 5 6 7 8 9 10 21 2 3 4 5 6 7 8 21 6 7 8 9 10 11 12 21

11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias

18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 2625 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 30 31

2- Paixão 1- Dia do Trabalho 3 - Corpus Christi

5 à 9 - FERA CONSCIÊNCIA 8 - OBMEP - 1ª fase

21- Tiradentes

JULHO AGOSTO SETEMBROD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 12 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4

4 5 6 7 8 9 10 dias 8 9 10 11 12 13 14 16 5 6 7 8 9 10 11 20

11 12 13 14 15 16 17 15 16 17 18 19 20 21 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias

18 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 2525 26 27 28 29 30 31 29 30 31 26 27 28 29 30

7- Independência

11 - OBMEP - 2ª fase

OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBROD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4

3 4 5 6 7 8 9 19 7 8 9 10 11 12 13 20 5 6 7 8 9 10 11 16

10 11 12 13 14 15 16 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias

17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 28 29 30 26 27 28 29 30 31 31

12- N. S.Aparecida 2- Finados 19- Emancipação Pol. do PR

11- Dia do Professor 15- Procl. da República 25- Natal

20- Dia Nac. da Consc. Negra

Dias letivos Férias Discentes Férias/Recessos/Docentes

Feriado Municipal 1 janeiro 31 janeiro / férias 30NRE Itinerante 2 fevereiro 7 jul/agosto/recesso 23Recesso 3 julho/agosto 28 dez / reces. 9 dezembro 9 Total 62Dias Letivos 200 Total 75 Início/Término Planejamento e Replanejamento Férias Recesso Formação Continuada Reunião Pedagógica Conselho de Classe ReposiçãoOBS: Conselhos de Classe - período noturno

15.2 – Matriz Curricular

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