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1. APRESENTAÇÃO DO COMITÊ: Escritório das Nações Unidas sobre drogas e
crime (UNODC)
A ONU (Organizações Nações Unidas) tem representação fixa no Brasil
desde 1947, o UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e
Crime), no entanto, atuam por aqui com a colaboração do Governo
brasileiro desde 1990.
O UNODC tem sede em Brasília (Distrito Federal) e tem como objetivo
apoiar o governo brasileiro no cumprimento das obrigações assumidas
junto às Convenções da ONU tendo como áreas de atuação o combate a
corrupção, drogas, HIV e AIDS, a prevenção ao crime e a justiça
criminal, o tráfico de pessoas e contrabando de migrantes e em estudos
sobre as armas de fogo.
O trabalho do UNODC sustenta-se sobre três pilares:
• Trabalho normativo, para ajudar os Estados na ratificação e na implementação dos tratados
internacionais, e no desenvolvimento de suas legislações nacionais em matérias de drogas, criminalidade e
terrorismo, além de oferecer serviços técnicos e operacionais para órgãos de execução e controle
estabelecidos pelos tratados internacionais.
• Pesquisa e análise, para aumentar o conhecimento e a compreensão dos problemas relacionados
às drogas e à criminalidade e para ampliar a definição de políticas e de estratégias com base em critérios
baseados em evidências.
• Assistência técnica, por meio de cooperação internacional, para aumentar a capacidade dos
Estados-membros em oferecer uma resposta às questões relacionadas às drogas ilícitas, ao crime e ao
terrorismo.
No campo da saúde, o UNODC trabalha no sentido de garantir o acesso universal aos serviços de saúde
como um direito humano fundamental, independentemente da condição social ou da situação jurídica das
pessoas. Nesse sentido, o UNODC se esforça para garantir o acesso a tratamento para usuários
problemáticos de drogas e para garantir o atendimento integral de saúde também nos ambientes prisionais.
Além disso, conduz esforços de prevenção voltados para a população em geral, a fim de conscientizar as
pessoas sobre os riscos do uso abusivo de drogas.
Na área de justiça, o UNODC trabalha pela manutenção e pelo desenvolvimento do Estado de Direito,
auxiliando os países, por meio da implementação de instrumentos jurídicos internacionais relevantes, a
desenvolver sistemas de justiça íntegros e justos, além de sistemas prisionais adequados, sempre a partir
da perspectiva do respeito aos direitos humanos.
No campo de segurança pública, o UNODC trabalha para ampliar a capacidade dos países em oferecer
uma resposta à criminalidade. Para isso, busca reforçar a ação internacional contra a produção de drogas,
o tráfico e a criminalidade associada às drogas, por meio de iniciativas como projetos de desenvolvimento
alternativo, monitoramento de cultivos ilícitos e programas contra a corrupção e a lavagem de dinheiro.
Promovendo o intercâmbio de boas práticas e soluções, o UNODC busca concentrar a ação conjunta dos
países no enfrentamento ao crime organizado internacional, buscando reforçar o Estado de Direito e
promover a estabilidade dos sistemas de justiça criminal.
O trabalho técnico e operacional do UNODC é realizado por cerca de quinze profissionais das mais
diferentes áreas de formação - Economia, Direito, Administração, Antropologia, Relações Internacionais,
Letras e Comunicação. Eles formam uma equipe preparada para atuar nos diferentes temas que compõem
o mandato do UNODC.
Fonte: https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/index.html
2. APRESENTAÇÃO DO TEMA: O crime organizado no Brasil
A sistematização do crime organizado no Brasil passou a acontecer durante a ditadura militar, quando
presos políticos passaram a conviver com criminosos comuns dentro das cadeias e compartilharem
técnicas de guerrilha.
Foi nessa época que teve início uma das maiores facções criminosas do Brasil, o Comando Vermelho, que
homenageia a cor dos guerrilheiros. Com o passar do tempo, surgiram outras organizações e especialistas
afirmam que existem hoje, aproximadamente, 80 facções criminosas.
Um dos fatores que favorecem a existência do crime organizado no Brasil são o livre comércio e a
globalização da economia. Um artigo por Luiz Alcione Gonçalves, no site Âmbito Jurídico, afirma que
“esses fatores facilitam a formatação dessas organizações pelas boas condições de manipulação financeira
e de comunicação, bem como a lavagem de dinheiro através de empresas com fachada legal, como
instituições de caridade, fundações sem fins lucrativos, escritórios imobiliários, agências de turismo e
viagens, escritórios jurídicos e de assessoria”.
Atualmente, o crime organizado funciona como um poder paralelo cujo tráfico de drogas é a mais
importante fonte de sobrevivência financeira dessas facções. Estima-se que o narcotráfico movimente por
ano mais de 300 bilhões de dólares em todo o mundo.
Gonçalves aponta 15 características do crime organizado descritas na tese de doutorado do pesquisador
Guaracy Mingardi, em 1996. São elas: práticas de atividades ilícitas; atividade clandestina; hierarquia
organizacional; previsão de lucros; divisão do trabalho; uso da violência; simbiose com o Estado;
mercadorias ilícitas; planejamento empresarial; uso da intimidação; venda de serviços ilícitos; relações
clientelistas; presença da lei do silêncio; monopólio da violência e controle territorial.
Outro agravante para o desenvolvimento do crime organizado no Brasil é a certeza da impunidade. As
brechas da legislação permitem que os líderes mais poderosos não sejam punidos ou escapem com
facilidade das condenações.
Há ainda outras razões que fazem do Brasil um franco território para o desenvolvimento do crime
organizado. Um deles é que o nosso país está estrategicamente localizado entre os maiores países
produtores de drogas e o continente Europeu.
Isso faz com que o Brasil seja rota para o transporte de parte da droga produzida no Peru e na Bolívia cujo
destino é o velho continente. Para isso, os entorpecentes cruzam o nosso território por meio do ar, da água
e por terra.
Essa facilidade também ocorre por conta do tamanho das fronteiras territoriais do Brasil. Ao todo, o país faz
fronteira com nove nações, estando entre elas os maiores produtores de drogas do mundo. São quase 17
mil km de fronteiras que dificultam a fiscalização por parte dos homens da Polícia Federal. Isso bonifica o
negócio de drogas que é o sustentáculo do crime organizado.
FONTE: (https://www.estudopratico.com.br/crime-organizado-no-brasil/)
O crime organizado no Brasil gera uma série de fatores para o atraso no desenvolvimento do país, alta
inflação anual, elevado preço de produtos, crimes considerados pequenos (como furto de celulares),
violência, e muitos outros.
O assunto é de extrema importância para um melhor desenvolvimento do país, e deve ser combatido
através das leis impostas pela constituição da República Federativa do Brasil.
FONTE:(https://pt.wikipedia.org/wiki/Viol%C3%AAncia_no_Brasil#/media/File:Homic%C3%ADdios_no_Bras
il_de_1996_a_2015.png)
Estatísticas apontam que no Brasil o uso de armas não registradas e o uso de drogas ilícitas aumentaram
nos últimos 20 anos, e estão diretamente ligadas com o crime organizado que abre as portas para a
violência e o uso de drogas.
Devido à produção em grande escala feita por Bolívia, Colômbia, Paraguai e Uruguai, o Brasil como
principal comerciante e portador para a Europa é alvo da comercialização ilegal de drogas e armas.
3.DOSSIÊS
3.1 Brasil
O Brasil é um país de dimensões continentais localizado na América do sul, sendo o maior país da América
latina e o quinto maior país do mundo em área territorial.
Possui pouco mais de 209 milhões de habitantes, sendo o quinto país mais populoso.
Tem como língua oficial o português (brasileiro).
Maioria da população é cristã.
O tipo de governo é uma república federativa constitucional presidencialista.
Tem como moeda o real.
Economia é baseada no setor agropecuário e de mineração.
Destaca-se na produção de soja, carne bovina, frango, cana-de-açúcar e café, sendo estes seus principais
produtos de exportação.
É um país subdesenvolvido industrializado.
Tem o maior PIB nominal da América latina, cerca de 2,06 trilhões de dólares, e é a oitava maior economia
mundial.
Enfrenta problemas ambientais como desmatamento e crimes ambientais de grande escala. Quanto a
esses problemas, está tentando resolvê-los a partir de leis mais
rígidas e fiscalização.
Faz parte da ONU, MERCOSUL, BRICS, OMC e outros.
Situação do crime organizado no Brasil
Atualmente, o crime organizado funciona como um governo
paralelo cujo tráfico de drogas é a mais importante fonte de
sobrevivência financeira dessas facções. O crime organizado
apresenta características como hierarquia organizacional,
divisão de trabalho e uso da violência como forma de intimidação.
Um grande agravante para o desenvolvimento do crime organizado no Brasil é a certeza de impunidade. As
brechas da legislação permitem que os líderes mais poderosos não sejam punidos ou escapem com
facilidade das condenações. E continuem chefiando. Além disso, o Brasil localiza-se próximo aos maiores
produtores de drogas (Peru e Bolívia) e ainda serve como despache dessas substâncias que tem como
destino a Europa.
3.2 Uruguai
O Uruguai é um país localizado na América do Sul com
população de aproximadamente 3,4 milhões de pessoas
e sua capital é Montevidéu. Tornou-se independente em
1825 e hoje é uma democracia constitucional em que o
presidente é chefe de estado e governo. É uma das
economias mais desenvolvidas da América do Sul e
possui um dos maiores Produto Interno Bruto (PIB) per
capita, e depende fortemente do comércio para crescer.
Possui um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e
taxa de alfabetização elevados e a maioria da população
é cristã. Além disso, o Uruguai vem participando de diversas cúpulas sobre o meio ambiente, tentando
incentivar uma “economia verde” para o desenvolvimento sustentável no país, criando uma agenda que
concilie o crescimento socioeconômico com a preservação do meio ambiente. Faz parte da Organização
das Nações Unidas (ONU), Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização dos Estados
Americanos (OEA), Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) e outras organizações.
Fonte: https://17minionucsw2016.files.wordpress.com/2016/09/uruguai.pdf
Situação do crime organizado no Uruguai
O narcotráfico no Uruguai se tornou mais violento após a regularização da venda da maconha, o que está
ligado ao crime organizado, tendo sua maior fonte de renda ameaçada, portanto as facções começaram a
disputar com mais violência o espaço, agora reduzido, para atuação.
Houve aumento no número de homicídios (66%) na primeira metade de 2018 em comparação ao mesmo
período do ano anterior.
Houve também o aumento no número de registros de furtos a domicílios e assaltos à mão armada.
3.3 Paraguai
A República do Paraguai, localizada na América do Sul, adota o
presidencialismo como forma de governo e tem como idioma o espanhol.
Estima-se que a população deste país seja de aproximadamente 6,7
milhões de habitantes, dados de 2012, e destes 28,5% possuem entre
zero e 14 anos.
Apresentando um Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente US$
23 bilhões e um crescimento de 4,4%, o Paraguai posiciona-se como 101°
economia mundial. O principal setor da economia é o setor de serviços, que corresponde por 55% do PIB,
seguido do setor da agricultura com 26% e a indústria com 19%. O Paraguai apresentou em 2012 um IDH
de 0,669.
A taxa de mortalidade infantil no Paraguai é uma das maiores das América do Sul, cerca de 22 mortes a
cada 1000 nascimentos. De acordo com o Fundo das Naçôes Unidas para a Infância (UNICEF), a situação
das crianças no Paraguai é crítica, uma vez que 43% delas vivem em situação de pobreza.
Fonte: https://14minionuagnu2012.wordpress.com/2013/09/19/dossie-paraguai/
Situação do crime organizado no Paraguai
Atualmente os país sofre aumentos significativos de atividades criminosas de facções principalmente em
fronteiras com outros países e principalmente com o Brasil.
Tradicional rota de fuga de Brasil e Argentina.
O Paraguai é uma espécie de plataforma continental de armas, drogas que vêm da Colômbia, Peru, Bolívia
para sua distribuição no Brasil e sua reexportação para outros países.
O governo do Paraguai intensificou o combate das ramificações das organizações criminosas brasileiras
que atuam no país. O ministro do Interior paraguaio, Juan Ernesto Villamayor, disse que os grupos oriundos
do Brasil estão no foco das preocupações.
O ministro do Paraguai afirmou que a intenção é combater a lavagem de dinheiro, resultado de toda
atividade do crime organizado.
Fonte:https://www.google.com/amp/agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2018-11/paraguai-
intensifica-combate-grupos-criminosos-oriundos-do-brasil
3.4 Bolívia
O Estado Plurinacional da Bolívia, popularmente chamado de Bolívia,
conta com um território de 1 099 000 km² e uma população de 11 milhões
de pessoas aproximadamente. O seu regime de governo é
presidencialista, portanto o chefe de estado é o chefe de governo
também. É considerado nas questões de política externa como um país
intermediário, assim tenta acatar medidas recomendatórias. Nas
Relações Internacionais se destaca por ser integrante de organizações
internacionais como a Organização Mundial do Comércio (OMC),
Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), Organização dos Estados Americanos (OEA), União das Nações
Sul-Americanos (UNASUL) e Organização das Nações Unidas (ONU).
Fonte: file:///D:/User/Downloads/bolc3advia.pdf
Situação do crime organizado na Bolívia
Na tentativa de enfrentar o crime organizado e o tráfico de drogas nas regiões de fronteira do Brasil, Bolívia
e Peru, os governos firmaram um acordo de cooperação mútua. A parceria estabelece ações por terra, ar e
água.
Segundo o ministro boliviano, o ato define ações integradas que visam a uma “guerra contra as drogas” a
partir de medidas técnicas determinadas no “mais alto nível político dos governos dos três países”.
Foi ressaltado que o crime organizado e o tráfico de drogas são fenômenos internacionais e cabe às
autoridades buscar o aprimoramento dos recursos para combatê-los.
Fonte: https://www.otempo.com.br/mundo/brasil-bol%C3%ADvia-e-peru-firmam-parceria-para-combater-
crime-organizado-e-tr%C3%A1fico-de-drogas-1.382603
3.5 Peru
O Peru está localizado na região Ocidental da América do Sul, na
fronteira com o Oceano Pacífico Sul, entre o Chile e o Equador. Sua
capital é a cidade de Lima. O país é possui uma extensão em área
total de 1.285.216 km2, possui uma grande diversidade étnica e uma
religião predominantemente católica romana. Tem uma população
com cerca de 30.741.062 milhões de habitantes e o IDH considerado
elevado, de 0,740. O Peru é o maior produtor de ouro da América
Latina e o sexto maior do mundo, o segundo maior produtor mundial
de prata e o terceiro maior produtor de cobre, possui uma grande
variedade de recursos minerais e um PIB, per capita, de US $
13.000. Além do Conselho de Direitos Humanos, o Peru participa de
outras Organizações Internacionais como: o G-24, Organização das
Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Organização Mundial do Comércio (OMC) e
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Peru, os direitos humanos são protegidos pela Constituição. A
Constituição peruana destaca a importância do Estado para preservar a dignidade de todos os seres
humanos. A Constituição inclui artigos que promovem o direito à autodeterminação, igualdade e não
discriminação, e vida. Desde o fim do conflito interno que ocorreu no Peru entre 1980 e 2000, o país
trabalhou para integrar regulamentos e status humanitários na legislação nacional. No entanto ainda
existem casos de direitos específicos sendo contestados. As investigações judiciais sobre abusos graves
contra os direitos humanos cometidos durante os 20 anos de conflito armado que terminaram em 2000
continuam lentas e limitadas. As ameaças à liberdade de expressão e à violência contra as mulheres são
outras preocupações importantes.
Um pouco sobre o Crime Organizado O Cartel de Sinaloa, o Los Urabeños e o Los Rastojos estão entre os
grupos do crime organizado que realizam extração ilegal de ouro. Esses grupos são organizações
internacionais de tráfico de drogas e outras atividades criminosas. Os grupos do crime organizado estão se
aproveitando de um dos recursos naturais mais valiosos do Peru. As atividades ilegais do crime organizado
produzem entre 15% a 22% do ouro do país, o equivalente a US$ 3 bilhões todos os anos, aponta o
relatório. Desde 2008, a produção de ouro extraído ilegalmente aumentou cinco vezes no Peru, de acordo
com estudos divulgados. Inclusive Um aspecto negativo da economia peruana é a grande comercialização
de maconha e cocaína. Em fevereiro de 2014, autoridades peruanas destacaram equipes especiais de
policiais e promotores públicos para os aeroportos de Lima, Cusco, Juliaca e Madre de Dios, para frear a
exportação ilegal de ouro. Em 25 de janeiro de 2014, 900 membros da Polícia Nacional do Peru, apoiados
por dois helicópteros e 18 promotores, retiraram mais de mil trabalhadores de um garimpo ilegal na região
de Tambopata.
Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/peru.htm
Fonte: https://minionupucmg.files.wordpress.com/2017/08/peru-cdh-2018.pdf
3.6 Colômbia
A República da Colômbia é uma república constitucional localizada
ao noroeste da América do Sul. Possui área de 1.138.910 km² e
população de aproximadamente 45 milhões de habitantes. O
espanhol é a língua oficial do país. Sua economia é voltada para a
agricultura e pecuária. Possui um IDH de 0,727.
O país possui problemas internos em relação a seus habitantes que
muitas vezes fogem para partes mais afastadas do país. Por não
haver estrutura e por medo da violência envolvendo guerrilheiros,
militares e forças do governo, muitos abandonam suas casas, ou
acabam por se refugiarem em países vizinhos, muitas vezes para viver em condições precárias.
Apesar do histórico do país, os refugiados que chegam à Colômbia recebem assistência do PNUD
(Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), no âmbito de um Memorando de Entendimento
com o ACNUR. Além disso, a agência está trabalhando em estreita colaboração com o governo do país
para preparar uma estratégia para solucionar a questão dos conflitos internos.
Fonte: https://14minionuacnur2020.wordpress.com/2013/08/31/dossie-colombia/
Situação do crime organizado
O crime organizado e as insurgências na Colômbia sofrem transformações há anos. Um processo de
desmobilização acaba com a existência de determinado grupo, mas sem desenvolvimento social, abre
espaço para outros ocuparem seu espaço. Agora, é justamente esse o desafio do país se quiser alcançar a
“paz completa”, como pediu o papa Francisco em sua visita ao país, e não ficar apenas “no primeiro
passo”.
A Colômbia sofre com um intenso tráfico de drogas, violência nas sociedades e políticas de proteção que
carecem em eficiência.
Em questões criminais, a Colômbia se assemelha ao Brasil.
3.7 Venezuela
A Venezuela é um país situado no continente americano
(especificamente no subcontinente América do Sul), constituído
em sua maior parte por áreas continentais e também por ilhas
pequenas, situadas no Mar do Caribe. São pertencentes ao país
as ilhas de Las Aves, Los Roques, Orchila, Blanquilla, Los
Hermanos e a ilha Margarita. Faz fronteira, à leste, com a Guiana,
ao sul, com o Brasil e a oeste, com a Colômbia. O país é
considerado rico em biodiversidade e em recursos naturais,
conhecido principalmente por suas reservas de petróleo.
A Venezuela configura uma República Presidencialista baseada na Constituição de 1999. Os estados
possuem seus próprios governadores, sendo eleitos por um período de quatro anos. Os principais partidos
políticos são a Acción Democrática, o Partido Social Cristiano e o Partido Socialista Unido de Venezuela.
Historicamente, a Venezuela viveu inúmeras crises políticas e algumas tentativas de golpes. Atualmente, o
país vive um intenso cenário de crise política, em que o cargo do presidente, ocupado por Nicolás Maduro,
é questionado pela comunidade internacional.
Possui uma economia mista baseada no mercado do petróleo. O país possui a gasolina mais barata do
mundo. Isso é possível porque a gasolina que chega ao consumidor é subsidiada pelo governo. A
Venezuela é um dos principais exportadores de petróleo do mundo.
O setor industrial representa cerca de 17% do PIB, e o setor agrário representa cerca de 3%. O país
exporta produtos, como arroz, milho, frutas e carnes bovinas, contudo, não é autossuficiente nesse setor.
A crise vivida na Venezuela possui motivações políticas e econômicas e vem sendo intensamente noticiada
em inúmeros veículos de informação. Essa dramática crise de viés humanitário iniciou-se, em 2013, com a
morte do ex-presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que foi sucedido pelo atual presidente, Nicolás
Maduro. Maduro pretendia manter uma política semelhante à de Chávez, contudo o cenário encontrado no
país apresentava uma realidade distinta da vivida pelo seu antecessor.
A Venezuela, nesse período de transição entre governos, apresentava altos índices de inflação,
ultrapassando 800% ao ano. Os preços dos barris de petróleo estavam bem acima da média. Os mercados
passaram a vender produtos básicos a preços exorbitantes, e a população passou a viver dias de pesadelo.
A instabilidade vivida no governo de Maduro associada ao forte autoritarismo, o descontentamento da
população, a falta de insumos básicos para a sobrevivência, o número elevado de desempregados e a
miséria instaurada fizeram com que a Venezuela entrasse em colapso socioeconômico.
A população passou a protestar, muitas vezes violentamente, resultando em mortes. A crise política
agravou-se após uma eleição controversa que reelegeu Maduro novamente ao cargo da presidência.
Contudo alguns países, como Estados Unidos, México e Brasil, não reconheceram seu sucesso, acusando-
o então de totalitarismo.
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/venezuela.htm
Situação do crime organizado
O diretor executivo da paz Activa, Luis Cedeño, disse à agência noticiosa espanhol Efe que se registraram
262 assassinatos encomendados, que causaram 310 mortos, o que dá uma média de 22 homicídios pagos,
por mês.
Mais de metade dos assassinatos encomendados (66,7%) registraram-se no Estado de Zulia, no oeste do
país, que confina com a Colômbia, e 89% das vítimas foram homens, dos quais 83,2% tinha entre 18 e 44
anos, e a grande maioria residente em zonas desfavorecidas.
Outros casos de crime organizado noticiados na Venezuela foram o narcotráfico registrou 256 casos, a
extorsão, 248, o sequestro, 206, e o contrabando, 170.
Fonte: https://www.dn.pt/lusa/interior/crime-organizado-na-venezuela-aumentou-51-em-2017-segundo-ong-
9130470.html
3.8 CCP
Esse Programa tem alcance global e pretende fortalecer as estruturas e processos que permitem a
aplicação de leis sustentáveis para os Estados e portos selecionados, com o fim de minimizar a exploração
de contêineres marítimos para o tráfico ilícito de drogas e outras atividades do crime organizado
transnacional. Visando a obter maior eficiência, esse Programa facilita a cooperação contra o crime entre
Estados e organismos internacionais envolvidos na regulação do tráfico de contêineres, mantém alianças
estratégicas com diversos órgãos de segurança dos Estados com portos operativos, entre os quais se
incluem a Aduana, a Polícia, Instituições relacionadas com o setor Marítimo e o setor privado. Além disso,
ele foi desenhado para fortalecer e promover alianças entre as aduanas, o comércio e a aplicação da lei,
em um esforço para prevenir o abuso do comércio nas atividades ilícitas e ao mesmo tempo reunir esforços
para erradicar a desconfiança interinstitucional e a corrupção que podem ser obstáculos para a execução
eficaz do programa.
A coordenação e o número de portos operacionais trabalham junto com o fim de obter êxito, em nível
global, do Programa de Controle de Contêineres (CCP). No total, são vinte (20) países com Unidades
Portuárias Conjuntas nos portos operacionais.
Fonte: https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/drogas/global-container-control-programme-ccp.html
O controle de contêineres possui um papel fundamental no combate ao crime organizado, pois o comércio
marítimo é alvo constante de organizações criminosas que transportam produtos ilícitos e irregulares como
drogas e outras mercadorias que poderiam dar algum lucro para essas organizações, por isso é de extrema
importância a fiscalização mais rígida das mercadorias via mar e garantir que o sistema não seja burlado.
3.9 UNICEF
É um orgão da ONU, fundado em 11 de dezembro de 1946, que tem como objetivo promover a defesa dos
direitos das crianças/adolescentes.
Relaciona-se com o crime organizado devido este se utilizar de crianças em estado de vulnerabilidade sendo
elas usadas como transporte das substâncias para o tráfico (aviãozinho), ou como sentinelas que têm como
função avisar os outros integrantes sobre ações da polícia através do uso de fogos de artifício (fogueteiros).
3.10 OMS
OMS é a sigla para Organização Mundial da Saúde, que é uma agência especializada em saúde, fundada
em 1948 e é subordinada à Organização das Nações Unidas. A sede da OMS é em Genebra, na Suíça.
A OMS foi criada logo após o fim das guerras do século XIX, como a do México e da Crimeia. A OMS foi
criada com o objetivo de desenvolver, ao máximo possível, o nível de saúde de todos os povos, ou seja,
melhorar o estado de completo bem-estar físico, mental e social dos cidadãos. O Brasil tem grande
participação na história da Organização Mundial da Saúde, a proposta de criação da OMS foi de autoria
dos delegados do Brasil, que propuseram o estabelecimento de um organismo internacional de saúde
pública de alcance mundial, e desde então, ambos desenvolvem uma intensa cooperação.
Fonte: https://www.significados.com.br/oms/
A relação da OMS com o crime organizado está relacionada ao consumo de drogas que são extremamente
prejudiciais à população que consome o produto das organizações criminosas e contribuem para o seu
crescimento. A OMS deve se comprometer a auxiliar o tratamento de dependentes químicos e promover
campanhas contra o uso de drogas para poder enfraquecer o consumo dessas drogas e
consequentemente enfraquecer a renda e a verba de facções criminosas.
3.11 OMA
Organização Mundial das Aduanas, ou OMA, tem a missão de ampliar a efetividade e a eficiência das
Aduanas pelo mundo. Ela se estabeleceu em 1952 como um Conselho de Cooperação entre as Aduanas, e
suas ações tem levado muitos países a modernizarem seus modelos de comércio exterior.
A OMA tem hoje como seus associados 179 das Aduanas de países, cujas trocas internacionais
representam 98% do comércio internacional. Sua função é ajudar aos seus associados a melhorarem o seu
desempenho. Para tal ela recomenda métodos e padrões que auxiliem no desenvolvimento das aduanas,
de forma a tornar seus processos aduaneiros mais modernos e ágeis.
Para discutir suas ações, a OMA realiza fóruns e convenções onde reúne seus membros. Os encontros são
também oportunidades para troca de experiências, aplicação de treinamentos e assistência para os
membros. Assim ela ajuda no desenvolvimento das Aduanas, e na luta contra as ilegalidades, fraudes e
erros que ocorrem nos processos aduaneiros, levando a uma contribuição com a economia e o bem-estar
social dos países envolvidos. Para isso ela cria padrões e normas a serem seguidos, como o caso do
SAFE, um quadro de princípios de segurança e facilitação de comércio.
Fonte: http://www.procomex.org.br/voce-sabe-o-que-e-a-oma/
As Aduanas possuem um papel fundamental na segurança do movimento de entrada e saída de
mercadorias para o exterior ou dele provenientes, garantindo que produtos ilegais, como drogas e armas,
entrem no país, além de detectar fraudes, irregularidades e erros nos processos aduaneiros contribuindo
para o combate ao crime organizado.
3.12 WOSM – Organização Mundial do Movimento Escoteiro
É uma organização mundial que tem como objetivo promover a educação dos jovens, através de um
sistema de valores baseado na Promessa e Lei Escoteiras, para ajudar a construir um mundo melhor onde
as pessoas sejam autorrealizáveis como indivíduos e desempenhem um papel construtivo na sociedade.
Sendo a mais antiga e a maior Associação de jovens do mundo relaciona-se com o crime organizado como
uma das principais instituições que servem como medida preventiva contra a entrada de jovens no crime.
3.13 MERCOSUL
É a mais abrangente iniciativa de integração regional da América Latina, surgida no contexto da
redemocratização e reaproximação dos países da região ao final da década de 80. Os membros
fundadores do MERCOSUL são Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, signatários do Tratado de Assunção
de 1991. A Venezuela aderiu ao Bloco em 2012, mas está suspensa, desde dezembro de 2016, por
descumprimento de seu Protocolo de Adesão e, desde agosto de 2017, por violação da Cláusula
Democrática do Bloco. Todos os demais países sul-americanos estão vinculados ao MERCOSUL como
Estados Associados. A Bolívia, por sua vez, tem o “status” de Estado Associado em processo de adesão.
Os membros fundadores (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e a Venezuela, que completou seu
processo de adesão em meados de 2012, abrangem, aproximadamente, 72% do território da América do
Sul (12,8 milhões de km², equivalente a três vezes a área da União Europeia); 69,5% da população sul-
americana (288,5 milhões de habitantes) e 76,2% do PIB da América do Sul em 2016 (US$ 2,79 trilhões de
um total de US$ US$ 3,66 trilhões, segundo dados do Banco Mundial). Se tomado em conjunto, o
MERCOSUL seria a quinta maior economia do mundo, com um PIB de US$ 2,79 trilhões. O MERCOSUL é
o principal receptor de investimentos estrangeiros diretos (IED) na região. O bloco recebeu 47,4% de todo o
fluxo de IED direcionado à América do Sul, América Central, México e Caribe em 2016 (dados da
UNCTAD). O bloco constitui espaço privilegiado para investimentos, por meio de compra, controle acionário
e associação de empresas dos Estados Partes. A ampliação da agenda econômica da integração
contribuiu para incremento significativo dos investimentos diretos destinados pelos Estados Partes aos
demais sócios do bloco.
O MERCOSUL atravessa um processo acelerado de fortalecimento econômico, comercial e institucional.
Os “Estados partes” consolidaram um modelo de integração pragmático, voltado para resultados concretos
no curto prazo. O sentido da integração do MERCOSUL atual é a busca da prosperidade econômica com
democracia, estabilidade política e respeito aos direitos humanos e liberdades fundamentais.
Relaciona-se ao combate do crime organizado por meio de maior fiscalização nas fronteiras em relação à
entrada e saída de mercadorias
4 DOCUMENTOS RELEVANTES SOBRE A TEMÁTICA
UNODC – Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (2019) Crime organizado no Brasil As informações para a compreensão do cenário do crime organizado no Brasil estão em diversos lugares que vocês deverão buscar como, por exemplo, o site da UNIDC em http://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/index.html, onde há informações como:
as ações para promover o combate ao crime e violência para jovens; o Relatório Mundial sobre as Drogas de vários anos; sobre o AIRCOP - Projeto de Comunicação Aeroportuária; sobre o Programa da União Europeia da Rota da Cocaína; sobre o Programa Internacional de Cooperação Policial em Aeroportos (INTERCOPS); sobre a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE); a Convenção Contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substâncias Psicotrópicas (1988); a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional (2003); a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção (2005).
É importante conhecer A Proposta de Lei Orgânica da Segurança Pública do Brasil, disponível no site https://www.camara.leg.br/sileg/integras/1611546.pdf Mas é fundamental percerber que a juventude é um alvo para o crime organizado, logo, prevenir a entrada de crianças e jovens no crime no Brasil e no mundo é foco constante de ações governamentais nacionais e internacionais, além de Organizações não governamentais. Veja em https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/pesquisas-apontam-educacao-como-escudo-contra-criminalidade.ghtml que a educação é um caminho para o combate ao crime, como aponta pesquisa disponível em https://www5.usp.br/27142/pesquisa-da-esalq-constata-que-educacao-promove-reducao-na-criminalidade/ e http://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/artigo/9/trajetorias-individuais-criminalidade-e-o-papel-da-educacao, por exemplo. Não se podem perder de vista ações como o PROERD, que pode ser visto em https://www.proerdbrasil.com.br/oproerd/oprograma.htm.
5 QUESTÕES RELEVANTES SOBRE O TEMA E ficam perguntas para serem respondidas através de muita pesquisa e discussão:
A criminalidade só acabará se combatida com a Polícia? A educação é um caminho para o combate a criminalidade? O que as ONGs podem fazer para combater a criminalidade? Qual a relação entre educação e criminalidade? Qual a relação entre baixas condições socioeconômicas e criminalidade? É correto afirmar que onde o Estado abre lacunas na sociedade a criminalidade ocupa esse
espaço? Observação: Todo esse material foi elaborado pelos alunos, tendo como fonte de pesquisa sites da internet.