Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS SÉRIES INICIAIS
Por: Paulo Martorano
Orientador
Prof. Celso Sanches
Rio de Janeiro
2007
DOCU
MENTO
PRO
TEGID
O PEL
A LE
I DE D
IREIT
O AUTO
RAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS SÉRIES INICIAIS
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Educação
Ambiental.
Por: Paulo Martorano
3
AGRADECIMENTOS
Ao meu grande amor, “sempre comigo,
meu melhor amigo” que jamais
esquecerei...
E a todos que acreditam que: “Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer. Porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura... ”
Fernando Pessoa
4
DEDICATÓRIA
A todos que direta ou indiretamente
contribuíram para a realização deste
trabalho. Ademais, para todos que
acreditam na frase de Teodoro Sampaio:
_ “A história antes de tudo é uma lição de
moral”.
5
RESUMO
A nossa situação problema: “_Será que a Educação Ambiental pode
contribuir para o desenvolvimento das crianças?” Sabemos que a Educação
Ambiental deve ser resignificada e não entendida só como um simples projeto.
Então, houve a necessidade de esclarecer os conceitos, objetivos e princípios.
Também ressaltamos a observação das crianças em relação aos problemas
ambientais e como colocar em prática a Educação Ambiental na sala de aula.
Trabalhar a Educação Ambiental nas séries iniciais é de extrema importância
para todos nós, pois o que está em questão é o futuro de nossas gerações. A
solução encontrada foi trabalharmos com recursos pedagógicos _vídeos,
história em quadrinhos, músicas e atividades lúdicas_ tanto para
contextualização quanto para sensibilização. Mas também, é preciso que haja
uma mudança de hábito não só do professor, mas também da comunidade.
Enfim, entendemos que a Educação Ambiental pode promover o
desenvolvimento das crianças através da simples mudança de hábitos. Logo,
se dá a construção de uma nova postura: ética e solidária.
6
METODOLOGIA
Para aplicação da metodologia necessária, visando alcançar os
objetivos propostos utilizamos o recurso da pesquisa bibliográfica e
observação.
A nossa proposta é tornar a questão ambiental mais significativa nas
séries iniciais, e não mais um objeto que se utiliza só para a feira de ciências.
Por isso, é extremamente importante torná-la significativa para o pleno
desenvolvimento dos educandos.
Desenvolvemos o processo metodológico de acordo com as etapas: a)
promovemos atividades em sala de aula; b) espalhamos cartazes pela escola
sobre a questão ambiental; c) pesquisamos em revistas e livros; d) espalhamos
caixas coletoras pela escola; e) conscientizamos a família e a comunidade
escolar sobre a necessidade de adotar novas posturas tanto ética quanto
solidária.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................8
CAPÍTULO I - EDUCAÇÃO AMBIENTAL...........................................................9
1.1 Como surgiu?.........................................................................................10
1.2 O que é?................................................................................................11
1.3 Quais são os objetivos?.........................................................................12
CAPÍTULO II - ALGUNS PROBLEMAS AMBIENTAIS OBSERVADOS PELAS
CRIANÇAS........................................................................................................14
2.1 Propostas das crianças...............................................................................17
2.2 O que fazer?...............................................................................................19
2.3 Como trabalhar a educação ambiental na sala de aula?............................25
CAPÍTULO III – EDUCAÇÃO............................................................................33
3.1 Princípios do tratado de Educação Ambiental............................................33
3.2 Princípios da Ecopedagogia.......................................................................35 3.3 Educar é preciso.........................................................................................36 CONCLUSÃO...................................................................................................39
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................40
WEBGRAFIA....................................................................................................42
ANEXOS...........................................................................................................43
8
INTRODUÇÃO
O tema desta monografia é trabalhando a educação ambiental nas
séries iniciais.
A questão central deste trabalho é: será que a educação ambiental nas
séries iniciais pode contribuir para o desenvolvimento das crianças?
O tema seguido é de fundamental relevância, pois segundo o
PCNs(1998), trabalhar com a questão ambiental nas séries iniciais é importante
para que os alunos construam a visão da globalidade das questões ambientais,
é necessário que cada profissional de ensino seja agente da
interdisciplinaridade que o tema exige. Por isso, é necessário que a questão
ambiental seja trabalhada nas séries iniciais do ensino fundamental.
São, portanto, objetivos desta pesquisa identificar as várias maneiras
de se propor um ensino contextualizado com a educação ambiental, levando o
aluno a uma reflexão e ao mesmo tempo ao respeito mútuo. Propor alternativas
de formas significativas para a formação de uma mentalidade ética.
Examinar/analisar a questões que possam influenciar tanto positivamente
quanto negativamente a formação das crianças.
Enfim, a educação ambiental pode promover o desenvolvimento das
crianças através de mudanças de hábitos e a construção de uma postura ética
e solidária.
9
CAPÍTULO I
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
“Há tanto pra conhecer,
há tanto para explorar!
Basta os olhos abrir,
E com o ouvido escutar.
Aprende-se o tempo todo,
Dentro, fora, pelo avesso,
Começando pelo fim,
Terminando no começo!”.
Pedro Bandeira
“Eu vivo na cidade e a cidade
vive em mim”. Lima Barreto
segundo o prof. Celso Sanchez(Apostila de Meio Ambiente, Cultura,
Desenvolvimento e Políticas Ambientais Módulo IV), percebe-se o
estabelecimento de um princípio em que toda a educação é por si só
ambiental, e que é através do processo da educação que será possível
construir uma relação de harmonia entre natureza e cultura.
Notamos que toda educação é ambiental, logo precisamos resignificar a
mentalidade das pessoas para que elas possam contribuir significativamente
para a construção de uma sociedade fraterna.
10
1.1 Como surgiu?
segundo o prof. Celso Sanchez(Apostila de Educação Ambiental Módulo
II), o surgimento da educação ambiental se dá a partir do final da década de
60, sob a influência da contra cultura e dos movimentos sociais que reivindicam
uma melhor qualidade de vida e questionam o padrão de desenvolvimento da
sociedade ocidental.
Observamos que a educação ambiental aparece atrelada a uma nova
maneira de ver o mundo, de questionar, de perceber, de sentir, de reivindicar e
de pensar e repensar um futuro melhor para todos.
Segundo, o prof. Celso Sanchez(Apostila de Educação Ambiental
Módulo II), no cenário oficial, a Educação Ambiental é lançada em 1972, na
Conferência das Nações Unidas para o Ambiente Humano, em Estocolmo,
Suécia.
Verificamos que oficialmente a Educação Ambiental é lançada em 1972,
na Conferência das Nações Unidas, mas é importante notar que este fato só se
realizou graças á mudança de hábitos e a vontade de refletir um mundo melhor
para as futuras gerações.
Segundo Grün(2002), “A Educação Ambiental surge no Brasil e no
mundo Ocidental de modo geral a partir da constatação de que a educação
deveria ser capaz de reorientar as premissas do agir humano em sua relação
com o meio ambiente”.
Notamos que depois que se constatou a importância da educação como
fonte de mudança da mentalidade do ser humano se deu o destaque devido
para auxiliar o homem a conviver e respeitar o meio em que vive.
11
Segundo Grün(2002), “A Educação Ambiental constitui para mim
meramente um dos vários modos de abordar as conseqüências políticas da vida
contemporânea. O respeito pela outridade da Natureza implícito nesse processo
pode nos levar ao reconhecimento de novas formas de solidariedade e respeito
pela outridade do Outro”.
Observamos que o autor considera a educação ambiental como um dos
vários modos de abordagem da questão política atual, e, além disso,
respeitando não só a natureza, mas também ser solidário e respeitar o outro.
Segundo, o prof. Celso Sanchez(Apostila de Educação Ambiental
Módulo II), a Educação Ambiental, surge como uma ferramenta da esperança,
como uma possibilidade de transcendência do ser humano de seus conflitos
com seu meio ambiente.
Entendemos que o ser humano necessita desta ferramenta para superar
à barbárie que o mesmo cometeu ao meio em que vive. Enfim, o homem
precisa visar mais à qualidade de vida das pessoas, do que tratar o meio
ambiente como uma mera mercadoria.
1.2 O que é?
A educação ambiental pode ser entendida, segundo Vilson Sergio de
Carvalho(apostila de Educação Ambiental módulo I), como um processo crítico
transformador capaz de promover um questionamento mais profundo sobre a
realidade ambiental na qual o homem se integra, levando-o a assumir uma
nova mentalidade ecológica, pautada no respeito mútuo para com o meio
ambiente e os que dele fazem parte.
Notamos que o conceito de educação ambiental é um processo que leva
à transformação, à mudança de hábitos, à mudança de comportamento, à
12
mudança de mentalidade, ou seja, exige de nós uma nova postura, uma nova
forma de ver o mundo, através do respeito aos seres vivos.
Segundo, o prof. Celso Sanchez(Apostila de Educação Ambiental
Módulo II), podemos vislumbrar a Educação Ambiental, como um processo de
aprendizagem permanente baseado na ética, no respeito a todas as formas de
vida, visando gerar mudanças na qualidade de vida e maior consciência de
conduta pessoal, assim como contribuir para uma harmonia entre seres
humanos e destes com outras formas de vida.
Observamos que a educação ambiental é uma aprendizagem contínua.
Por isso, respeitar todas as formas de vida é fundamental para vivermos em
harmonia. Por fim, promover melhorias na qualidade de vida das pessoas sem
prejudicar o meio ambiente é essencial.
1.3 Quais são os objetivos?
Segundo Mattos(1997), citado por Vilson Sergio de Carvalho(apostila de
Educação Ambiental módulo I), a Educação Ambiental busca essencialmente
“fazer um resgate do que é inerente ao homem” devolvendo-lhe “a consciência
de sua unidade com o meio ambiente ao mesmo tempo em que o conscientiza,
sensibilizando para o direito à vida”
Verificamos que um dos objetivos da educação ambiental é trazer à
consciência do homem aspectos positivos em relação ao meio ambiente, para
que ele repense o seu papel enquanto ser pensante no meio em que está
13
inserido, pois o homem faz parte do todo, do contexto, ele não vive sozinho,
isolado.
Segundo, o prof. Celso Sanchez(Apostila de Educação Ambiental
Módulo II), a Educação Ambiental pode ser vista também como uma educação
política, com o objetivo nem sempre explícito de criar novos hábitos e
comportamentos, para organizar populações e grupos sociais, formular
propostas de melhoria ambiental, conquistar espaços e participação nas
decisões políticas públicas e de desenvolvimento visando melhores condições
de vida para todos. Portanto, trata-se de uma busca de reformulações políticas
através de uma base ético-solidária com a terra e seus habitantes.
Notamos que educação ambiental pode ter cunho político, com objetivo
de gerar novas mentalidades e atitudes. Além disso, pode contribuir para à
organização de grupos que possam atuar, pressionar e fiscalizar, à utilização
adequada dos recursos naturais pelos órgãos públicos e privados. Enfim, é
preciso ser solidário e ético.
14
CAPÍTULO II
ALGUNS PROBLEMAS AMBIENTAIS OBSERVADOS
PELAS CRIANÇAS
“Eu não entendo a vida sem
harmonia”. Chiquinha Gonzaga
Aprender é a única coisa que a
gente nunca se cansa, nunca tem
medo e nunca se arrepende”.
Leonardo da Vinci
Segundo o livro Pachamama – missão terra 2(2002), referindo-se à
atmosfera, até a formação da atmosfera protetora da terra, havia vida apenas
no mar. Hoje, as grandes cidades, os automóveis e as fábricas poluem o ar de
tal modo que em breve talvez seja melhor voltarmos a viver na água!
Notamos que estamos correndo o risco, pois estamos poluindo o ar,
logo estamos envenenando nossas vidas. Sendo assim, é possível chegarmos
a ponto de voltarmos a viver na água.
Segundo o livro Pachamama – missão terra 2(2002), sobre a água
doce, quase todas as coisas vivas existentes na terra precisam de água para
viver. Assim mesmo os homens a poluem irresponsavelmente. Mais de um
quinto da população não tem água suficiente: tudo indica que a humanidade
logo estará em guerra por causa da água.
Verificamos que a água doce é fundamental. Para tanto, o homem
continua poluindo irresponsavelmente. Enfim, vemos que tudo pode acabar em
guerra.
15
Segundo o livro Pachamama – missão terra 2(2002), sobre as áreas
marinhas e costeiras, os oceanos são os maiores ecossistemas da terra. Sabe-
se que 75% de toda a poluição do mar vem de atividades humanas baseadas
em terra. As pessoas maltratam o meio ambiente marinho da costa por meio da
destruição de habitats, da pesca desregrada e da poluição.
Entendemos que os maiores ecossistemas da terra são os oceanos, e
infelizmente eles são maltratados pelos seres humanos, que por sua vez são
responsáveis pela poluição dos mesmos.
Segundo o livro Pachamama – missão terra 2(2002), em relação a terra
e alimento, bons solos e condições de cultivo não estão distribuídos de modo
uniforme no mundo e, em certos lugares, o problema é agravado pela ganância
de alguns poucos, o que resulta em pobreza e fome para milhões.
Vemos que existe um má distribuição em relação à terra e
conseqüentemente também há uma concentração nas mãos de um minoria,
que por sua vez só visa lucros e o resultado é pobreza e fome.
Segundo o livro Pachamama – missão terra 2(2002), sobre as
florestas-pulmões do mundo, as florestas, assim como os oceanos,
transformam o dióxido de carbono em oxigênio, produzindo habitats para a
maior parte da biodiversidade mundial. Elas também são uma fonte essencial
de material para a construção e de combustível. Mas quase todas elas estão
ameaçadas.
Observamos que as florestas são importantes pelo processo de
transformação de dióxido de carbono em oxigênio, mas estão ameaçadas, pois
também são usadas na construção e como fonte de combustível.
Segundo o livro Pachamama – missão terra 2(2002), sobre a
biodiversidade, significa a rica variedade de formas de vida na natureza. O
16
GEO_Relatório do Global Environment Outlook(perspectivas para o Meio
ambiente Global), nos adverte de que muitas das diferentes plantas do mundo,
assim como vários animais, estão sob forte ameaça de extinção. Algumas
espécies já desapareceram.
Notamos que os seres humanos estão promovendo a extinção de
várias espécies.
Segundo o livro Pachamama – missão terra 2(2002),em relação à
urbanização, embora 60 a 70% da população dos países em desenvolvimento
viva em áreas rurais, metade da população mundial hoje mora em áreas
urbanas, obtendo alimentos e recursos naturais das regiões rurais
circunvizinhas.
Entendemos que há um grande deslocamento populacional para as
áreas urbanas.
Segundo o livro Pachamama – missão terra 2(2002), sobre a marcha
das cidades, muitas pessoas querem viver em cidades. Entretanto, elas
deveriam lembrar, quando chegam a elas, que ali a realidade quase sempre é
dura, que existem violência, prédios de apartamento sujos e esgotos a céu
aberto.
Verificamos que muitas pessoas querem viver nas cidades, mas
esquecem que lá existem problemas como: violência e falta de saneamento
básico.
17
2.1 Propostas das crianças
Segundo o livro Pachamama – missão terra 2(2002), “A educação
ambiental deveria ser compulsória e incluir: uma solicitação para que todos os
estudantes de graduação demonstrem conhecimento quanto ao
desenvolvimento sustentável; projetos de atuação em escolas primárias; o
envolvimento de estudantes nas tomadas de decisão relativas ao meio
ambiente local; cursos opcionais; aulas sobre o meio ambiente dadas por
alunos em parceria com os professores”.
Notamos que as crianças propõem aos estudantes não só
demonstrarem conhecimento sobre o desenvolvimento sustentável, mas
também colocarem em prática o que desenvolveram. Tudo isso, em parceria
com os professores em um ambiente de interação.
Segundo o livro Pachamama – missão terra 2(2002), “Cada país deveria
ter um Conselho de Segurança do Meio Ambiente Juvenil para ocupar-se das
questões ambientais e sugerir as atitudes que o governo deve tomar. O
conselho também deveria desenvolver projetos para serem executados por
jovens com apoio do governo. Os representantes dos conselhos nacionais
poderiam reuni-se a fim de trocar idéias e exercer pressão por acordos
internacionais para proteger o meio ambiente para eles e para as gerações
futuras”.
Verificamos que é muito interessante, pois o Conselho funcionaria
exatamente para dar sugestões, e, além disso, para desenvolver projetos que
devem ser executados por jovens. Por fim, os representantes dos conselhos
nacionais pressionariam por acordos mais justos para proteger o meio
ambiente.
18
Segundo o livro Pachamama – missão terra 2(2002), “Os compromissos
(Do relatório do Fórum Mundial da Juventude do UNEP, Washington DC, EUA,
1994), como jovens preocupados com o planeta, nós nos comprometemos a
restaurar e preservar nosso mundo e a reconstruir nossos sonhos por um
amanhã: águas limpas, vastas áreas naturais, ar puro e cidades livres da
pobreza. Para tanto, adotamos os dez compromissos seguintes: 1. utilização
dos recursos naturais: precisamos ser sábios e criativos quanto à preservação
dos recursos para gerações futuras; 2. Biodiversidade: vamos proteger a rede
da vida – sua diversidade e seus habitats – e manter a preservação de toda
forma de vida na terra; 3. Atmosfera: vamos protegê–la. Ela é a pele de nosso
planeta!; 4. Água: a água é fundamental para todo tipo de vida terrestre e
aquático. Vamos limpá–la, protegê-la e garantir que todos lhe tenham acesso
livre e desimpedido; 5. Energia: vamos terminar com o desperdício, vamos
conservá-la melhor e procurar fontes alternativas de energia; 6. Lixo: o lixo e
um veneno no coração do ecossistema global. Vamos reduzi-lo, reutilizá-lo e
reciclá-lo; 7. Vida sustentável: vamos viver em harmonia com nossos
ecossistemas; 8. Cooperação e educação: vamos construir uma comunidade
mundial baseada num comércio imparcial e na livre transferência de
tecnologia; 9. Direitos humanos: não vamos nos intimidar com nossa aparente
falta de força. Juntos atuaremos por mudanças. É nosso direito humano; 10.
Ação: Acima de tudo nós nos comprometemos a agir, pois o destino da terra
não está nas mãos dos governantes, porém nas nossas.
Observamos a preocupação das crianças em preservar o meio em que
vivem. Além disso, notamos a questão da responsabilidade, do
comprometimento político e ético, preocupação social, solidariedade,
alteridade, respeito mútuo, combate às várias formas de desperdício, direitos
humanos, cooperação mútua e enfim, compromisso com as gerações futuras.
19
2.2 O que fazer?
Segundo os PCNs(1998), uma das principais conclusões e proposições
assumidas em reuniões internacionais é a recomendação de investir numa
mudança de mentalidade, conscientizando os grupos humanos da necessidade
de adotarem novos pontos de vista e novas posturas diante dos dilemas e das
constatações feitas nessas reuniões.
Notamos que após várias discussões concluiu-se que o melhor é investir
na conscientização, na mudança de mentalidade _embora seja um trabalho
que tem que ser feito diariamente, pois só assim podemos transformar
corações e mentes.
Segundo os PCNs(1998), no que se refere à área ambiental, há
informações, valores e procedimentos que são transmitidos à criança pelo que
se faz e se diz em casa. Esse conhecimento dever ser trazido e incluído nos
trabalhos da escola, para que se estabeleçam as relações entre esses dois
universos no reconhecimento dos valores que se expressam por meio de
comportamentos, técnicas, manifestações artísticas e culturais.
Observamos que ao tratarmos do assunto meio ambiente em sala de
aula, é preciso respeitar o conhecimento prévio do aluno, pois expressam
valores, hábitos condutas e atitudes. Logo, precisamos trabalhar com esse
conhecimento prévio e depois ir aprimorando, fazendo relações, estabelecendo
vínculos com o cotidiano. Além disso, é preciso desmistificar possíveis pré-
conceitos que foram estabelecidos. Enfim, necessitamos que nossas crianças
ao obterem as informações que elas transformem em conhecimento, ou seja
que adotem uma nova postura.
Segundo o prof. Vilson Sérgio de Carvalho(apostila de Educação
Ambiental Módulo III), “Existem três níveis de Educação Ambiental nos quais
nós podemos atuar: Educação Ambiental Formal ou institucional desenvolvida
20
em organizações diversas; Educação Ambiental Não-Formal desenvolvida em
comunidade e Educação Ambiental Informal que reúne várias possibilidades de
atuação dentro e fora de instituições”.
Segundo a SEPLAN, “A educação ambiental formal tem como principal
instrumento a escola, mas para que o tema Meio Ambiente seja incorporado ao
cotidiano escolar, por intermédio das áreas do conhecimento, e não apenas se
mantenha como um tema excepcional em semanas ou atividades
comemorativas, é necessário uma proposta de ação contínua”.
Notamos que a educação formal atua no ambiente escolar. Por isso, não
pode ser desvinculado do cotidiano e das áreas do conhecimento. E o meio
ambiente não pode ser tratado como uma simples data comemorativa.
Segundo a SEPLAN, “As ações devem ocorrer dentro do sistema formal
de ensino, junto à rede escolar pública (estadual e municipal) e privada, com
produção de materiais técnicos específicos, treinamento de professores e
estímulo aos diferentes atores envolvidos na execução do Programa, a partir
de uma abordagem interdisciplinar”.
Verificamos que devemos fazer um intercâmbio entre as escolas através
de uma abordagem interdisciplinar. Treinar e estimular profissionais
envolvidos.
Segundo o prof. Vilson Sérgio de Carvalho(apostila de Educação
Ambiental Módulo III), a chamada Educação Ambiental Formal é aquela que se
processa no âmbito de uma instituição ou organização com regras próprias a
partir de uma cultura específica.
Notamos que a Educação Ambiental Formal se dá através das
instituições e organizações. Logo, as estratégias são destacadas por
Vilson(apostila de Educação Ambiental Módulo III):1. Instituições:
21
a)desenvolver técnicas de teatro, jogos, músicas e dinâmicas de
grupo(brincadeiras); b)aplicar exercícios de ritmos, relaxamento e respiração
para despertar os sentidos de observação e o desenvolvimento e equilíbrio
corporal; c)utilizar jogos verbais que trabalham com a palavra _de gravuras,
propagandas, jornais, histórias em quadrinhos, música e livros; c)fazer
atividades que envolvam o diálogo, trabalhando a linguagem oral, a narração
dos fatos, nas mais diferentes formas de construção tais como: conto, poesia,
texto informativo e outros;d)organizar grupos que gostem de plantar árvores,
hortas e jardins; e)promover concursos de poesias sobre o tema; f)elaboração
de textos, cartazes e mesmo músicas dando asas à imaginação para a
construção do conhecimento; g)formular perguntas que ajudem a escrever
sobre o assunto, que podem inclusive serem aproveitadas sob a forma de um
jogo; h)promover passeios ecológicos aprendendo com a natureza. 2.
Organizações: a)promoção de dinâmicas de grupos e jogos cooperativos, onde
as questões socioambientais sejam uma prioridade; b)análise de textos e
vídeos que possibilitam a integração, a motivação e a tomada de atitude de
forma crítica e participativa em relação as questões ambientais;
c)desenvolvimento de projetos de educação ambiental; d)diagnóstico da
percepção ambiental de empregados; e)promoção de cursos e palestras de
sensibilização e mobilização ambiental; f)elaboração de boletins, jornais e
folders, assim como de apostilas e cartilhas sobre o Meio Ambiente e a
responsabilidade Social Empresarial; g)incentivo a participação dos
funcionários em atividades relacionadas ao ecoturismo, trilhas ecológicas e
outras que os aproximem da natureza; h)estabelecimento de parcerias com
organizações governamentais e não governamentais para o desenvolvimento
conjunto de atividades na área e outros. O autor nos alerta e enfatiza que as
estratégias possuem vantagens e desvantagens e por isso, devem ser
adaptadas a realidade das instituições e organizações.
Segundo a SEPLAN, “A educação ambiental não-formal é direcionada à
comunidade, onde cabe uma grande diversidade de propostas, como por
exemplo, a ação num bairro ou um conjunto de atividades junto aos
trabalhadores, ou ainda uma proposta educativa para os moradores ou
22
visitantes de uma área de proteção ambiental. Os objetivos maiores são
melhorar a qualidade de vida da comunidade e fortalecer a cidadania”.
Observamos que a educação ambiental não-formal também tem a sua
importância, pois ela trabalha com a comunidade. Logo as ações dos
moradores devem promover a melhoria da qualidade de vida.
Segundo a SEPLAN, “Economia de energia e de água, combate ao
desperdício de matérias-primas, redução da poluição do ar e sonora, coleta
seletiva e reciclagem do lixo são ações simples que podem se tornar hábitos
por meio de Educação Ambiental Não-Formal”.
Notamos que simples atitudes podem contribuir para uma consciência
que vise à melhoria da qualidade de vida através da mudança de hábitos.
Segundo o prof. Vilson Sérgio de Carvalho(apostila de Educação
Ambiental Módulo III), a chamada Educação Ambiental Não-Formal é aquela
que se volta para o espaço da rua, da comunidade em geral, abrangendo não
uma, mas várias instituições como as igrejas, as escolas, as associações de
moradores, grupos de rua, enfim a sociedade civil organizada em suas
múltiplas expressões.
Verificamos que a Educação Ambiental Não-Formal se volta ao
espaço da rua, comunidade em geral, abrangendo várias instituições e
organizações. Logo, as atividades comunitárias de Educação Ambiental são
citadas por Vilson(apostila de Educação Ambiental Módulo III): a)promoção de
cursos e palestras relacionadas a área ambiental em instituições locais como
igrejas e escolas da comunidade; b)desenvolvimento em parceria com
empresas locais de projetos de reciclagem, reflorestamento, economia de água
e outros; c)prática de atividades de sensibilização ambiental em campo
aberto(praças) ou em instituições comunitárias tais como: dramatizações,
exposição de filmes e fotos, produção de textos, etc.;d)desenvolvimento de
programas de rádio e/ou TV local(comunitárias) de programas com apelo
23
socioambiental; e)estímulo a atividades lúdicas e de cunho artístico que
valorizem o ambiente do entorno onde a comunidade está inserida; f)criação de
fóruns de participação comunitária para decidir sobre seu processo de
autogestão ambiental; g)estímulo a reuniões com entidades governamentais
sobre os problemas socioambientais vividos, assim como de outras atividades
de fortalecimento político da comunidade.
Segundo a SEPLAN, a educação ambiental informal: “Constitui os
processos destinados a ampliar a conscientização pública sobre as questões
ambientais através dos meios de comunicação de massa (jornais, revistas,
rádios, e televisão) e sistemas de informatização (Internet), bancos de dados
ambientais, além de bibliotecas, videotecas e filmotecas especializadas.
Incluem-se ainda peças gráficas utilizadas com finalidade didática ou
informativa, como livretos, cartazes, folders, boletins e informativos destinados
à informação e sensibilização da sociedade sobre as questões ambientais”.
Observamos que a educação informal se dá através dos meios de
comunicação, sistemas de informação, banco de dados, bibliotecas,
videotecas, filmotecas etc. Sendo assim, entendemos que a educação informal
está presente no nosso cotidiano todos os dias, logo ela é importantíssima para
a ampliação da construção do conhecimento.
Segundo o prof. Vilson Sérgio de Carvalho(apostila de Educação
Ambiental Módulo III), a chamada Educação Ambiental Informal pode ocorrer
tanto no âmbito formal quanto não formal. O que a define como um âmbito
particular é sua temporalidade. Geralmente diz respeito a prática de atividades
pontuais que não necessariamente estão inclusas em um Programa de
Educação maior, tais como: _panfletagem; _participação esporádica em
programa de rádio e TV; _criação de um jornal/informativo ambiental;
_campanhas de conscientização ecológica; _produção de uma cartilha de
educação ambiental.
24
Observamos que a Educação Ambiental Informal pode ocorrer tanto
no âmbito formal quanto não formal. Logo, as estratégias são destacadas por
Vilson(apostila de Educação Ambiental Módulo III): 1.Em casa: a)evitar o
desperdício(água, luz e papel); b)comprar produtos de empresas que investem
em ações sociais; c)jogar no lixo só que não puder ser aproveitado e separar
para reciclagem; d)recusar embalagens desnecessárias e corte um terço da
montanha de lixo; e)comprar alimentos a granel(que não levam embalagens
dispensáveis); f)comprar refil para seus produtos de higiene e limpeza; g)só
compre embalagens recicladas; h)use detergente biodegradável; i)use panos
ao invés de toalhas de papel; reduza o tempo do banho; j)feche as torneiras;
k)não jogue lixo no vaso sanitário; l)não use esguicho quando limpar a calçada;
m)leve pilhas usadas aos postos de coleta; n)não desperdice comida; o)deixe o
carro em casa um dia por semana; p)não jogue produtos como tinta
diretamente no solo pois ele agride o solo. 2. Na rua: a)cuidar para não poluir
as águas; b)examinar se os poluentes lançados por seu automóvel estão de
acordo com as normas fixadas pelos órgãos competentes; c)fazer coleta
seletiva do lixo; d)não jogar lixo em terrenos baldios; e)arborizar; f)cuidar dos
terrenos baldios; g)preservar os monumentos; h)valorizar o ambiente
construído através de ações individuais e coletivas. 3. No bairro: a)não faça
poluição sonora e visual(ex: pichar muros e paredes); b)não polua o ar; c)lute
pela implantação da coleta seletiva; d)faça campanhas de conscientização
ambiental; e)cuidar de praças, parques e áreas de lazer; f)fazer abrigos nos
pontos de ônibus; g)fazer campanhas anti-tabagismo; h)não queimar folhas e
restos de gramas; i)não compre animais silvestres; j)não use produtos
descartáveis.
25
2.3 Como trabalhar a educação ambiental na sala de aula?
Segundo Cool(2002), “O que explorar: Em primeiro lugar, os
conhecimentos prévios dos alunos que serão pertinentes e necessários para
poder abordar a aprendizagem dos novos conteúdos;”.
Entendemos que primeiramente devemos explorar os conhecimentos
prévios dos alunos, ou seja, o que eles já sabem.
Segundo Cool(2002), “A construção de conhecimento pelos alunos é
possível graças à atividade mental intensa que eles desenvolveram para
atribuir significado aos conteúdos escolares”.
Verificamos que a construção do conhecimento é possível quando os
alunos atribuem um sentido ao conteúdo.
Segundo os PCNs(1998), “Cada professor pode contribuir,
decisivamente, ao conseguir explicitar os vínculos de sua área com as
questões ambientais, por meio de uma forma própria de compreensão dessa
temática, de exemplos abordados sob a ótica de seu universo de conhecimento
e pelo apoio teórico- instrumental de suas técnicas pedagógicas”.
Observamos que os professores podem contribuir por meio da
compreensão do tema, e assim dando exemplos que possam fazer com que os
estudantes relacionam o texto ao contexto.
Segundo os PCNs(1998), “Adotar posturas na escola, em casa e em
sua comunidade que os levem a interações construtivas, justas e
ambientalmente sustentáveis; compreender que os problemas ambientais
interferem na dualidade de vida das pessoas, tanto local quanto globalmente;
26
conhecer e compreender, de modo integrado, as noções básicas, relacionadas
ao meio ambiente;”.
Entendemos que é de fundamental importância a mudança de
concepção, ou seja, uma auto-transformação da própria pessoa enquanto ser
humano. Por isso, é necessário adotar uma nova postura. Pois só assim
compreenderemos que os problemas ambientais interferem em nossas vidas.
Segundo Hoffmann(1993), “Oportunizar aos alunos momentos de
expressar suas idéias”.
Notamos que esse é o primeiro passo para iniciar os trabalhos em sala
de aula. Pois é dando voz aos estudantes que podemos construir um trabalho
coletivo.
Segundo Hoffmann(1993), “È importante que se respeite o saber
elaborado, espontâneo, partindo de ações desencadeadoras de reflexão sobre
tal saber, desafiando-o a excluir, encontrar novas e diferentes soluções às
tarefas sucessivamente apresentadas pelo professor”.
Observamos que é necessário saber o que o aluno conhece para
então podermos auxiliá-lo na construção do conhecimento.
Segundo Hoffmann(1993), “Não me refiro aqui aos tradicionais
trabalhos feitos em grupo, onde cada um “copia” trechos de um livro, ou
contribui com a elaboração de uma parte da tarefa, mas se trata de colocar aos
alunos situações-problemas que desencadeiem vários pontos de vista e que os
levem a encontrar uma solução dentre várias alternativas colocadas”.
Entendemos que não devemos trabalhar mecanicamente só para
terminar a tarefa, mas sim desencadearmos alternativas, propostas e
propormos soluções que proporcionem a construção da cidadania. Pois, todos
podem contribuir para melhorar as condições do nosso planeta.
27
Segundo Freire(1998), “A verdadeira aprendizagem exige que os
educandos sejam reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber
ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo”.
Observamos que para aprender de verdade os educandos devem ser
sujeitos do processo de ensino, pois o saber é um processo de construção.
Segundo Freire(1998), “Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem
ensino. Ensino enquanto busco, indago, procuro. Pesquiso para constatar,
constatando intervindo, intervindo educo e me educo”.
Verificamos que é necessário pesquisar, pois senão não há ensino.
Por isso, o professor e o aluno devem pesquisar, pois é pesquisando que
surgem os questionamentos, as constatações e as intervenções. Logo,
podemos educar e nos educamos.
Segundo Freire(1988), “A compreensão do texto a ser alcançada por
sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto”.
Vemos que compreender o texto significa relacioná-lo com o contexto
em que está inserido, pois todo o texto faz parte de um contexto.
Segundo Freire(1988),”Ensinar não é transferir conhecimento, mas
criar possibilidades para sua produção ou sua construção”.
Notamos que devemos partir da teoria à prática, para assim
proporcionarmos à construção do conhecimento e não simplesmente sua
reprodução. Logo, ao trabalharmos a questão ambiental em sala de aula, não
devemos apenas informar, mas incentivar aos educandos que tomem posturas
positivas diante da realidade em que vivemos.
28
Segundo os PCNs(1998), o trabalho de educação ambiental deve ser
desenvolvido a fim de ajudar os alunos a construírem uma consciência global
das questões relativas ao meio para que possam assumir posições afinadas
com os valores referentes a sua proteção e melhoria. Para isso é importante
que possam atribuir significado àquilo que aprendem sobre a questão
ambiental. E esse significado é resultado da ligação que o aluno estabelece
entre o que aprende e s sua realidade cotidiana, da possibilidade de
estabelecer ligações entre o que aprende e o que já conhece, e também da
possibilidade de utilizar o conhecimento em outras situações.
Verificamos que a educação ambiental na sala de aula deve ter como
objetivo à construção de uma consciência global, em que todos fazem parte do
mundo, logo todos nós somos responsáveis pelo mesmo. Portanto, tudo deve
fazer sentido para o aluno, pois é através do sentido que ele vai contextualizar,
logo o aluno se envolverá e assim elaborará seu conhecimento.
Segundo os PCNs(1998), os conteúdos de Meio Ambiente serão
integrados ao currículo através da transversalidade, pois serão tratados nas
diversas áreas do conhecimento, de modo a impregnar toda a prática educativa
e, ao mesmo tempo, criar uma visão global e abrangente da questão ambiental.
Notamos que a educação ambiental está inserida dentro de todas as
áreas do conhecimento, pois se trata de uma questão muito importante. Por
isso, podemos trabalhar sempre contextualizando a questão ambiental nas
disciplinas, sem prejuízo algum, pois todas só têm a ganhar.
Segundo o prof. Vilson Sérgio de Carvalho(apostila de Educação
Ambiental Módulo III, citando a fonte: UNESCO/UNEP/IEEP), a tabela trás uma
série de idéias de trabalhos em grupo. Vejamos:
29
Estratégia
Ocasião para uso
Vantagens/Desvantagens
Discussão em classe
(grande grupo)
Permite que os
estudantes exponham
suas opiniões
oralmente a respeito
de determinado
problema.
Ajuda o estudante a
compreender as questões;
Desenvolve autoconfiança e
expressão oral;
Podem ocorrer dificuldades
nos alunos de discussão.
Discussão em
grupo(pequenos
grupos com
supervisor-professor)
Quando assuntos
polêmicos são
tratados.
Estímulo ao
desenvolvimento de
relações positivas entre
alunos e professores.
Mutirão de
idéias(atividades que
envolvam pequenos
grupos, 5-10
estudantes para
apresentar soluções
possíveis para um
dado problema, todas
as sugestões são
anotadas. Tempo
limite de 10 a 15 min.)
Deve ser usado como
recurso para encorajar
e estimular idéias
voltadas à solução de
um certo problema. O
tempo deve ser
utilizado para produzir
as idéias e não para
avaliá-las.
Estímulo à criatividade,
liberdade;
Dificuldades em evitar
avaliações ou julgamentos
prematuros e em obter
idéias originais.
Trabalho em grupo:
envolve a participação
de grupos de 4-8
membros que se
tornam responsáveis
Quando se necessita
executar várias tarefas
ao mesmo tempo.
Permite que os alunos se
responsabilizem por uma
tarefa por longos períodos(2
a 5 semanas) e exercitem a
capacidade de organização;
30
pela execução de uma
tarefa
Deve ser monitorada de
modo que o trabalho não
envolva apenas alguns
membros do grupo.
Debate: requer a
participação de dois
grupos para
apresentar idéias e
argumentos de pontos
de vista opostos.
Quando assuntos
extrovertidos estão
sendo discutidos e
existem propostas
diferentes de soluções.
Permite o desenvolvimento
das habilidades de falar em
público e ordenar a
apresentação de fatos e
idéias;
Requer muito tempo de
preparação.
Questionário:
desenvolvimento de
um conjunto de
questões ordenadas a
ser submetido a um
determinado público.
Usado para obter
informações e/ou
amostragem de
opinião das pessoas
em relação à dada
questão.
Aplicado de forma
adequada, produz
excelentes resultados.
Demanda muito tempo e
experiência para produzir
um conjunto ordenado de
questões que cubram as
informações requeridas.
Reflexão: o oposto do
mutirão de idéias. É
fixado um tempo aos
estudantes para que
sentem em algum
lugar e pensem acerca
de um problema
Usado para encorajar
o desenvolvimento de
idéias em resposta a
um problema. Tempo
de 10 a 15min.
Envolvimento de todos;
Não pode ser avaliado
diretamente.
31
específico.
Imitação: estimula os
estudantes a produzir
sua própria versão dos
jornais, dos programas
de rádio e TV.
Os estudantes podem
obter informações de
sua escolha e levá-las
para outros grupos.
Dependendo das
circunstâncias e do
assunto a ser
abordado, podem ser
distribuídos na escola,
aos pais e à
comunidade.
Forma efetiva de
aprendizagem e ação
social.
Projetos: os alunos,
supervisonados,
planejam, executam,
avaliam e
redirecionam um
projeto sobre um tema
específico.
Realização de tarefas
com objetivos a serem
alcançados a longo
prazo, com
envolvimento da
comunidade.
As pessoas recebem e
executam o próprio
trabalho, assim como
podem diagnosticar falhas
nos mesmos.
32
Exploração do
ambiente local: prevê
a utilização/exploração
dos recursos locais
próximos para
estudos,observações,
caminhadas etc.
Compreensão do
metabolismo local, ou
seja, da interação
complexa dos
processos ambientais
a sua volta.
Agradabilidade na
execução;
Grande participação de
pessoas envolvidas;
Vivência de situações
concretas;
Requer planejamento
minucioso.
33
CAPÍTULO III
EDUCAÇÃO
“Quando penso
que uma palavra
pode mudar tudo
MUDO
quando penso
que um passo
descobre um mundo
não paro
PASSO
e assim que
passo e mudo
um novo mundo nasce
na palavra que penso”.
Alice Ruiz
3.1 Princípios do tratado de Educação Ambiental
Segundo Gadotti(1998), “A educação ambiental foi um dos temas de
maior destaque deste mega-evento, sendo discutida especialmente na Jornada
Internacional de Educação Ambiental, organizada pelo ICAE (Conselho
Internacional de Educação de Adultos) com apoio de organizações não-
governamentais, como o SUM(Serviço Universitário Mundial) e a ICEA
(Associação Internacional de Educação Comunitária).O resultado mais
importante desse evento foi o lançamento, dia 7 de junho, do "Tratado de
Educação ambiental para sociedades sustentáveis e responsabilidade global".
34
Destacamos alguns princípios básicos desse importante
documento(TRATADOS DAS ONGs, s.d.:194-196):
1. A educação ambiental deve ter como base o pensamento crítico e
inovador, em qualquer tempo ou lugar, em seus modos formal, não formal e
informal, promovendo a transformação e a construção da sociedade.
2. A educação ambiental é individual e coletiva. Tem o propósito de
formar cidadãos com consciência local e planetária, que respeitem a
autodeterminação dos povos e a soberania das nações.
3. A educação ambiental deve envolver uma perspectiva holística,
enfocando a relação entre o ser humano, a natureza e o universo de forma
interdisciplinar.
4. A educação ambiental deve estimular a solidariedade, a igualdade e o
respeito aos direitos humanos, valendo-se de estratégias democráticas e
interação entre as culturas.
5. A educação ambiental deve integrar conhecimentos, aptidões,
valores, atitudes e ações. Deve converter cada oportunidade em experiências
educativas das sociedades sustentáveis.
6. A educação ambiental deve ajudar a desenvolver uma consciência
ética sobre todas as formas de vida com as quais compartilhamos este planeta,
respeitar seus ciclos vitais e impor limites à exploração dessas formas de vida
pelos seres humanos.
A educação ambiental, também chamada de ecoeducação, vai muito
além do conservacionismo. Trata-se de uma mudança radical de mentalidade
em relação à qualidade de vida, que está diretamente ligada ao tipo de
convivência que mantemos com a natureza e que implica atitudes, valores,
ações. Trata-se de uma opção de vida por uma relação saudável e equilibrada,
com o contexto, com os outros, com o ambiente mais próximo, a começar pelo
ambiente de trabalho e pelo ambiente doméstico”.
35
Notamos que os princípios do tratado de educação ambiental devem ter
como base o pensamento crítico em todos os modos de atuação (Formal, Não-
Formal e Informal). Além disso, devem formar cidadãos conscientes e
integrantes do meio em que vivem, devem ser solidários, democráticos e
interdisciplinares, pois todos devem ser relacionados e intercalados segundo o
contexto em que estão inseridos. Enfim, devem respeitar os ciclos vitais dos
seres vivos, devem tomar atitudes éticas, positivas e responsáveis para um
ambiente mais justo e digno, pois todos nós somos responsáveis pelo meio em
que vivemos.
3.2 Princípios da ecopedagogia
Segundo Gadotti(2000), “Do que vimos até agora podemos afirmar que
são princípios da ecopedagogia, de uma Pedagogia da Terra:
1. O planeta como uma única comunidade.
2. A Terra como mãe, organismo vivo e em evolução.
3. Uma nova consciência que sabe o que é sustentável, apropriado, o
faz sentido para a nossa existência.
4. A ternura para com essa casa. Nosso endereço é a Terra.
5. A justiça sócio-cósmica: a Terra é um grande pobre, o maior de todos
os pobres.
6. Uma pedagogia biófila (que promove a vida): envolver-se, comunicar-
se, compartilhar, problematizar, relacionar-se entusiasmar-se.
7. Uma concepção do conhecimento que admite só ser integral quando
compartilhado.
8. O caminhar com sentido (vida cotidiana).
9. Uma racionalidade intuitiva e comunicativa: afetiva, não instrumental.
10. Novas atitudes: reeducar o olhar, o coração.
36
11. Cultura da sustentabilidade: ecoformação. Ampliar nosso ponto de
vista”.
Verificamos que os princípios da ecopedagogia de uma pedagogia da
terra são: o planeta é a nossa comunidade e a terra é um organismo vivo.
Ademais, devemos mudar nossas atitudes, pois só assim conseguiremos
transformar corações e mentes.
3.3 Educar é preciso
Segundo Alves(1984), citando Ludwig Wittgenstein: “Educação é o
processo pelo qual aprendemos uma forma de humanidade. E ele é mediado
pela linguagem. Aprender o mundo humano é aprender uma linguagem porque
os limites da minha linguagem denotam os limites do meu mundo”.
Observamos que é preciso que o ser humano aprende para que se
torne responsável pelos seus atos.
Segundo Brandão(1984), “A educação existe no imaginário das
pessoas e na ideologia dos grupos sociais e, ali, sempre se espera, de dentro,
ou de sempre se diz para fora, que a sua missão é transformar sujeitos e
mundos em alguma coisa melhor, de acordo com as imagens que se tem de
uns e outros: ‘...e deles faremos homens’. Mas, na prática, a mesma educação
que ensina pode deseducar, e pode correr o risco de fazer o contrário do que
pensa que faz, ou do que inventa que pode fazer: ‘...eles eram, portanto,
totalmente inúteis’ ”.
37
Verificamos que a palavra educação carrega uma “carga” muito
grande de responsabilidade, pois se subentende sempre algo melhor. Mas,
pode ocorrer o contrário quando não se compreende os fins da educação.
Segundo o Dicionário Brasileiro Globo(1992), “Educação é o ato de
educar; conjunto de normas pedagógicas aplicadas ao desenvolvimento geral
do corpo e do espírito; polidez; cortesia; instrução; disciplinamento”.
Notamos que a educação compreende o ato de educar, normas,
desenvolvimento, instrução e disciplina.
Segundo Rios(2001), “Hoje mundo é muito grande, porque terra é
pequena conta Gilberto Gil. Com efeito, a terra se torna pequena conta Gilberto
Gil. Com efeito, a terra se torna pequena diante da possibilidade de se
estabelecerem relações em questão de segundos, por intermédio das redes
eletrônicas, de se ter acesso a produtos de todos os lugares, de se envolverem
interesses de diversas comunidades. Cresce, portanto, o mundo, como
universo de conhecimentos, ações e valores”.
Notamos que o mundo hoje não é como antigamente, pois as redes
eletrônicas estão aí e podemos ter acesso a mercadorias de todos os lugares
do planeta. Ademais, podemos participar de diversas comunidades e obtermos
as mais diversas informações.
Segundo La Taille(1992), “O resgate da dimensão ética e política para
a elaboração de uma teoria do desenvolvimento cognitivo do homem
representa certamente uma grande riqueza para as Ciências Humanas.
Representa a busca de integrar o homo sapiens ao animal político”.
Observamos que é necessário mantermos um diálogo entre a ética e a
política. Precisamos de atitudes significativas, pois só assim nós nos
desenvolveremos.
38
Segundo Cortella(2005), “O conhecimento é entendido como algo
acabado, pronto, encerrado em si mesmo, sem conexão com sua produção
histórica”.
Vemos que o conhecimento é mal entendido. Mas, sabemos que o
conhecimento é inacabado, ou seja, está sempre em construção. Por isso, tem
conexão com o cotidiano e faz parte de nossas vidas.
Segundo Arroyo(2000), “A compreensão do ofício de mestre está
imbricado com a compreensão deste, enquanto sujeito participante e politizado
no engajamento de causas sociais”.
Observamos que devemos compreender a importância de nosso ofício
para a transformação e modificação das mentalidades existentes.
Segundo Ferreiro(1999), “É necessário levar a criança a uma
compreensão interna da escrita e conseguiu que esta se organize mais como
um desenvolvimento do que como uma aprendizagem”.
Entendemos que compreender a escrita é de extrema importância,
pois ela é comunicação, é expressão, e, além disso, nos auxilia a atuar na
sociedade.
Segundo Freire(2002), “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si
mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”.
Observamos a importância que tem o nosso cotidiano _o contexto,
para nos ajudar a aprender a aprender.
39
CONCLUSÃO
O primeiro passo foi dado e sabemos que a Educação Ambiental é um
processo contínuo, não pára por aqui. Pois, como dizia Paulo Freire, somos
seres inacabados e devemos ter consciência do nosso inacabamento.
Questionamos se a Educação Ambiental contribui para o
desenvolvimento das crianças nas séries iniciais e felizmente a contribuição é
enorme, pois ela se dá assim como Comênio dizia em um dos nove princípios
de educação: “Em todas as operações da natureza o desenvolvimento se faz
de dentro para fora”. Logo, nós primeiro nos transformamos para depois
transformarmos os outros. Sabemos que o ensino deve ser contextualizado e
interdisciplinar, pois deve levar os educandos à reflexão, ao respeito, a
formação de uma consciência planetária e ética. Despertar nas crianças
atitudes responsáveis é um requisito básico para a mudança de hábitos. Por
isso, podemos citar temas que estão em nosso contexto como a água _que se
desperdiça muito, o lixo _que devemos separar para ser reaproveitado, e
outras formas de poluição.
O livro Pachamama Missão Terra 2, chamou minha atenção pelas
preocupações que as crianças manifestaram. Trata-se não só de apontar os
problemas ambientais, mas também traz propostas para um desenvolvimento
sustentável e sugere ações necessárias para a recuperação do equilíbrio
ambiental. Além disso, o livro fala sobre o papel dos governantes, dos
cientistas e o que os jovens podem fazer para salvar o planeta. D. Pire afirmou
que: “Os homens constroem paredes demais e pontes de menos”, infelizmente
os homens são egoístas, mas deveriam pensar nas futuras gerações.
Lembramos que a qualidade de vida se dá através de ações simples.
Enfim, a Educação Ambiental pode contribuir não só para o desenvolvimento
dos educandos, mas também para a construção de um mundo melhor, mais
digno, mais justo e solidário.
40
BIBLIOGRAFIA
ALVES, Rubem Azevedo. Conversas com quem gosta de ensinar. 10 Ed. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1984. ARROYO, Miguel G. Ofício de Mestre: imagens e auto imagens. Petropólis, RJ: Vozes, 2000. BOFF, Leonardo. Princípio Terra. a volta à terra como pátria comum. Série religião e cidadania. SP: Editora Ática 1995. 80p. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: brasiliense, 12 Ed. 1984. BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. parâmetros curriculares nacionais: 1 a 4 séries do ensino fundamental- introdução dos parâmetros curriculares. Brasília: MEC/SEF, 1997 BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. parâmetros curriculares nacionais: 1 a 4 séries do ensino fundamental- Brasília: MEC/SEF, 1997. 10 v. COLL, César; MARTÍN, Elena; MAURI, Teresa; MIRAS, Mariana: ONRUBIA, Javier; SOLÉ, Isabel; ZABALA, Antoni.O construtivismo na sala de aula. 6 ed./5 imp. SP: Editora Ática, 2002. CORTELLA, Mario Sergio. A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos. 9 ed. SP: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2005. FERNANDES, Francisco. Dicionário brasileiro globo. Vários colaboradores. 23 Ed. São Paulo: Globo, 1992. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler, 22 ed. SP: Autores Associados: Cortez, 1988. _______, Paulo. Pedagogia da Autonomia, SP: Paz e Terra, 1998. _______, Paulo. Pedagogia do oprimido, 33 ed. RJ: Paz e Terra, 2002. HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação Mediadora: uma prática da Pré-escola à universidade. Porto Alegre: Educação e Realidade, 2001. 19.ed. LA TAILLE, Yves de. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em Discussão. SP: Summus, 1992. NETO, Jose Ortiz(coord.) STOP: a destruição do mundo. SP: Proton Editora, 1994. 340p.
41
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. PONTUSCHKA, Nidia Nacib(org.) Ousadia no diálogo. Interdisciplinaridade na Escola pública. SP: Loyola, 1993. RIOS, Terezinha Azeredo. Compreender e Ensinar : por uma docência de melhor Qualidade. 2 ed. SP: Cortez, 2001. SILVA, Tomaz Tadeu da; MOREIRA, Antonio Flavio B. (orgs.). Territórios Contestados: o currículo e os novos mapas políticos culturais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. 6 ed. UNEP. Pachamama: Missão Terra 2 – Ações para salvar o planeta. SP: Melhoramentos, 2002. 2 ed.
42
WEBGRAFIA
Educação Ambiental Formal. A Educação Ambiental não-formal e informal
retirado de: www.seplan.to.gov.br/dma/educacao/Apresentacao_educacao.pdf
GADOTTI, MOACIR. Perspectivas atuais da educação. São Paulo Perspec.,
São Paulo, v. 14, n. 2, 2000. Disponible en:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
88392000000200002&lng=es&nrm=iso>. Acceso el: 07 Dic 2006. doi:
10.1590/S0102-88392000000200002.
________, MOACIR. Ecopedagogia e educação. 1998 pdf.
________,MOACIR.Pedagogia da terra idéias principais 2000. I FÓRUM
INTERNACIONAL SOBRE ECOPEDAGOGIA. Fac. de Psic. e Ciências da
Educação, Universidade do Porto – Portugal - 24 a 26 de março de 2000. pdf.
GRÜN, Mauro - ULBRA.A OUTRIDADE DA NATUREZA NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL GE: Educação Ambiental /n.22 <http://www.scielo.br/scielo.php
Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Política Nacional de
Educação Ambiental, e dá outras providências. Retirado de:
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./educacao/index.php3
&conteudo=./educacao/educacao.html#conceito
Mousinho, Patrícia. Glossário. In: Trigueiro, A. (Coord.) Meio ambiente no
século 21. Rio de Janeiro: Sextante. 2003. Retirado de
"http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_ambiental”
http://www.ateus.net/ebooks/
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp
Site Letras. Mus.br.<www.letras.mus.br>
http://www.virtualbooks.terra.com.br/freebook/freebook_português2.htm
43
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 Conteúdos de revistas especializadas;
Anexo 2 Entrevistas;
Anexo 3 Reportagens;
Anexo 4 Internet;
Anexo 5 História em quadrinhos.
44
ANEXO 1
Conteúdo de revistas especializadas
45
46
47
ANEXO 2
Entrevista
48
49
50
51
ANEXO 3
Reportagem
52
53
ANEXO 4
Internet
54
55
56
ANEXO 5
História em quadrinhos
57
58
59
60