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1 TJMS 1ª Fase

1ª Fase 44...revisão do material Notarium, para futuras consultas. Após, ler do art. 1.511 ao 1.638 do Código Civil (1h) Hoje, iniciaremos o estudo do Direito de Família com a

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    TJMS

    1ª Fase

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    DIA 44 – TERÇA-FEIRA – 24/03/2020

    METAS

    PENAL:

    Resolver 25 questões da CONSULPLAN sobre Direito Penal (1h)

    CIVIL: Resolver as 26 questões da CONSULPLAN sobre Direito de Família (1h)

    Após, ler do art. 1.511 ao 1.638 do Código Civil (1h)

    REVISÕES 24H – Direito Notarial e Registral: questões Aspectos Gerais e a Lei n.

    6.015/73

    24H – Direito Processual Civil: questões sobre Novo CPC em provas de outras bancas para Titular de Serviços de Notas e de Registro (23.03)

    7DIAS – Direito Administrativo: questões da CONSULPLAN sobre Licitações e a Lei n. 8.666/93

    PENAL COMO ESTUDAR?

    Resolver 25 questões da CONSULPLAN sobre Direito Penal (1h)

    Acessar o site Qconcursos e colocar os seguintes filtros: o DISCIPLINA: DIREITO PENAL; o BANCA: CONSULPLAN.

    Lembrar sempre de EXCLUIR AS QUESTÕES ANULADAS OU DESATUALIZADAS.

    Hoje, lembre-se também de EXCLUIR AS QUESTÕES JÁ RESOLVIDAS. Durante a resolução, inclua os dispositivos de lei que errou na folha de

    revisão do material Notarium, para futuras consultas. OBSERVAÇÕES

    Novamente, vemos que os temas das questões são muito variados. Percebemos hoje um número razoável de questões cobrando tipos penais contidos em leis especiais. Mas também percebemos grande número de questões sobre crimes contra a administração pública. A parte geral também recebeu bastante atenção.

    Q636707: começamos com um gabarito extremamente questionável da CONSULPLAN, tratando da diferença entre “roubo” e “extorsão”. Apresentaremos uma definição extraída de um julgado do STJ, que resume bem a questão: “No crime de roubo existe uma total submissão da vítima à vontade do agente. A subtração, independentemente da vontade do

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    ofendido, ocorrerá, haja vista que o agente pode, mediante ato próprio, apoderar-se do objeto desejado. Na extorsão, ao contrário, é evidente a dependência de um ato da vítima para a configuração do delito.” (STJ, HC 182.477/DF, Min. Jorge Mussi, julgado em 07/08/2012). No caso narrado pela questão, a vontade da vítima é completamente dispensável. Se ela não tirasse o dinheiro do bolso, o próprio criminoso o teria feito. Portanto, o gabarito deveria ser letra C – ROUBO.

    Q512410: possui duplo gabarito, pois a alternativa “C” também está errada. Para estar correta, a questão deveria dizer que “no crime de difamação” a exceção da verdade é limitada ao caso de funcionário público no exercício de suas funções. No caso da CALÚNIA, a regra é que se aceite a exceção da verdade, sendo excepcional a sua restrição (art. 138, §3º do CP). Já no crime de INJÚRIA, não se admite a exceção da verdade.

    Aproveitamos a oportunidade para uma breve diferenciação dos crimes:

    Calúnia: Imputação falsa de um fato criminoso a alguém. Difamação: Imputação de fato ofensivo à reputação de

    alguém. Injúria: Qualquer ofensa à dignidade de alguém.

    CONCURSO FORMAL PERFEITO x IMPERFEITO:

    Concurso formal perfeito (próprio) – quando o agente pratica uma única conduta e acaba por produzir dois resultados, embora não pretendesse que ambos ocorressem, ou seja, eles não eram fruto de desígnios autônomos. Esse tipo de concurso só pode ocorrer, portanto, entre crimes culposos, ou entre um crime doloso e um ou vários crimes culposos.

    Concurso formal imperfeito (impróprio) – parte final do art. 70 do CP: “As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.” Nesse caso, o agente pratica uma única conduta, mas tem a intenção de praticar mais de um resultado. Nesse caso, aplicar-se-á a regra do CÚMULO MATERIAL.

    JURISPRUDÊNCIAS RELACIONADAS

    STJ – COMUNICAÇÃO DE CIRCUNSTÂNCIA ELEMENTAR – PECULATO: “CRIMINAL. RHC. APROPRIAÇÃO INDÉBITA. PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM. FALTA DE COMUNICAÇÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. DOLO IMPROPRIEDADE DO MEIO ELEITO. PARCIAL RESSARCIMENTO POSTERIOR. DESCARACTERIZAÇÃO INOCORRENTE. PECULATO. FUNCIONÁRIO PÚBLICO. CONDIÇÃO PESSOAL ELEMENTAR. COMUNICABILIDADE. CONCURSO MATERIAL DOS CRIMES DE PECULATO E APROPRIAÇÃO INDÉBITA. POSSIBILIDADE, NO CASO CONCRETO. NEGATIVA DE AUTORIA. IMPROPRIEDADE DO HC. EVENTUAL CRIME QUE SERIA CONTRA SUA EX-ESPOSA. INÉPCIA DA DENÚNCIA. FALHAS NÃO-VISLUMBRADAS. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA

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    NÃO-EVIDENCIADA DE PLANO. NARRATIVA CLARA, PERMITINDO CIÊNCIA E PLENA DEFESA. NECESSIDADE DE ESCLARECIMENTOS. RECURSO DESPROVIDO. (...) O peculato é denominado crime próprio, pois exige a condição de funcionário público como característica especial do agente, condição que é de caráter pessoal, elementar do crime e que se comunica ao paciente, por ele ter conhecimento de que sua ex-esposa era funcionária pública. (...)” (STJ, RHC 12506/MG)

    CIVIL COMO ESTUDAR?

    Resolver as 26 questões da CONSULPLAN sobre Direito de Família (1h)

    Acessar o site Qconcursos e resolver, no mínimo, 25 questões com os seguintes filtros:

    o DISCIPLINA: DIREITO CIVIL; o ASSUNTO: DIREITO DE FAMÍLIA; o BANCA: CONSULPLAN.

    Lembrar sempre de EXCLUIR AS QUESTÕES ANULADAS e DESATUALIZADAS.

    Durante a resolução, inclua os dispositivos de lei que errou na folha de revisão do material Notarium, para futuras consultas.

    Após, ler do art. 1.511 ao 1.638 do Código Civil (1h) Hoje, iniciaremos o estudo do Direito de Família com a leitura de todo o

    TÍTULO I - Do Direito Pessoal. São tratados nesse títulos o Casamento e as Relações de Parentesco.

    OBSERVAÇÕES

    Hoje adentraremos o estudo do Direito de Família, matéria de média

    incidência em primeira fase nos concursos da CONSULPLAN, mas de altíssima incidência em segunda fase e na etapa oral, principalmente diante da repercussão prática dessa matéria na atividade notarial e de registro. Por isso, o estudo do Direito de Família é de suma importância, pois a sua cobrança em todas as fases do concurso é garantida.

    Questões resolvidas: o Da resolução de questões, percebe-se que a maioria delas aborda

    apenas o conhecimento da letra de lei. Ao longo desta semana iremos ler toda a parte de Direito de Família do Código Civil e resolver diversas questões. Caso o aluno, ainda assim, sinta dificuldade na resolução de questões, deverá reservar um tempo, fora do cronograma, para resolver mais questões ou reler o teor dos artigos que errou. Vejamos algumas observações sobre temas recorrentes em prova de cartório:

    o Q1037192: A Lei 13.811 de 2019 alterou o teor do art. 1.520 do CC, que passou a ter a seguinte redação: “Art. 1.520. Não será

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    permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade núbil, observado o disposto no art. 1.517 deste Código . (Redação dada pela Lei nº 13.811, de 2019)” Trata-se da mais recente alteração na parte de direito de família e que merece especial atenção, pois extinguiu a possibilidade de casamento de menor de 16 anos por motivo de gravidez. Conforme descrição da própria lei, o seu objetivo é conferir nova redação ao art. 1.520 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), para suprimir as exceções legais permissivas do casamento infantil.

    o Q1037161: a alternativa considerada correta é baseada no art. 491 do Código de Normas de Minas Gerais, que diz: “As causas suspensivas não impedem o casamento, desde que provada a inexistência de prejuízo e que celebrado mediante o regime da separação obrigatória dos bens.” No entanto, com a devida vênia, o artigo em questão interpreta de forma equivocada as disposições do Código Civil sobre o tema. Segundo o art. 1.523, parágrafo único, a prova da inexistência do prejuízo AFASTA a aplicação das causas suspensivas e, consequentemente, a aplicação do regime da separação obrigatória. O CNMG dá a entender que, mesmo provada a ausência de prejuízo, o casamento se daria obrigatoriamente pela separação legal.

    o Q800216: o gabarito desta questão é problemático. Considera que nenhuma parte dos bens comuns dos casados em regime de comunhão parcial responde pelas dívidas excluídas da comunhão. Assim, restaria responsável por este tipo de dívida apenas eventual bem exclusivo do cônjuge responsável pela dívida. Não é este, porém, o entendimento predominante em nossos tribunais, nem o entendimento adota pelo Código de Processo Civil, que diz: “Art. 843. Tratando-se de penhora de bem indivisível, o equivalente à quota-parte do coproprietário ou do cônjuge alheio à execução recairá sobre o produto da alienação do bem.” Ou seja, o bem comum responderá pela dívida exclusiva do cônjuge, desde que respeitada a meação daquele que não responde pela dívida. É esse o teor da Súmula 251 do STJ, que trata desta mesma questão em execuções fiscais. É também o teor de diversas decisões deste Tribunal, como se extrai, por exemplo, do seguinte trecho:

    “3. O art. 843 do CPC/2015 estabelece que: tratando-se de penhora de bem indivisível, o equivalente à quota-parte do coproprietário ou do cônjuge alheio à execução recairá sobre o produto da alienação do bem. Dessa forma, na hipótese de vir a ser penhorado bem imóvel de propriedade comum de cônjuges casados no regime de comunhão universal de bens, é resguardado ao que não figura no processo de execução em que foi determinada a penhora a respectiva meação do bem sobre o qual recaiu a constrição judicial (STJ, RESP 200251, Relator: Ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira, Data de Julgamento: 6.8.2001, CE - CORTE

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1517http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1517http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13811.htm#art1

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    ESPECIAL, Data de Publicação: 29.4.2002).” (AREsp 1127950, de 2017).

    o PACTO ANTENUPCIAL (CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA): sobre esse tema, leciona Flávio Tartuce: Para Paulo Luiz Netto Lôbo: “O pacto antenupcial é o negócio jurídico bilateral de direito de família mediante o qual os nubentes têm autonomia para estruturarem, antes do casamento, o regime de bens distinto da comunhão parcial” (Código Civil..., 2003, p. 270). Segundo Débora Gozzo, trata-se de um negócio jurídico de Direito de Família, com claros interesses patrimoniais e precisas limitações constantes na legislação. Como características desse negócio, aponta a última autora citada: a) pessoalismo, pois somente pode ter os cônjuges como partes; b) formalismo, diante da necessidade de escritura pública como requisito formal; c) nominalismo, eis que previsto em lei; d) legalidade, diante da previsão legal de suas regras fundamentais (GOZZO, Débora. Pacto..., 1992, p. 34-35). Justamente diante desse interesse patrimonial é que se pode afirmar que o pacto antenupcial tem natureza contratual. Como leciona Rolf Madaleno, “no pacto antenupcial o Direito de Família permite exercer livremente a autonomia da vontade, podendo os nubentes contratar acerca do regime que melhor entendam deva dispor sobre as relações patrimoniais de seu casamento, constituindo-se em verdadeira exceção à regra da indisponibilidade dos direitos de família, cujos preceitos são compostos de normas cogentes e, ‘portanto, insuscetíveis de serem derrogadas pela convenção entre os particulares’” (MADALENO, Rolf. Curso..., 2008, p. 528).

    o PACTO ANTENUPCIAL (EFEITOS): Quanto ao pacto antenupcial celebrado por menor, a sua eficácia

    fica condicionada à aprovação de seu representante legal, salvo as hipóteses do regime de separação obrigatória de bens (art. 1.654 do CC). Em relação à parte final do artigo, que trata dos menores de 16 anos, havendo recusa dos representantes para o casamento suprida por decisão judicial, não há que se celebrar pacto antenupcial, pois o regime de bens será o da separação obrigatória, conforme prevê o art. 1.641, III, da atual codificação. Celebrado o pacto no último caso, este será nulo por infringir a ordem pública.

    Pacto sem que seja realizado casamento posterior: julgamento, do ano de 2018, admitiu que um pacto antenupcial gerasse efeitos como contrato de convivência, prevalecendo o regime escolhido pelas partes no primeiro. Como se retira de sua ementa, “segundo disposição contida no art. 5.º da Lei 9.278/96 e no art. 1.725 do CC/2002, aplica-se à união estável o regime da comunhão parcial de bens, sendo possível, no entanto, disposição dos conviventes em sentido contrário, cujo único requisito exigido é a forma escrita. O eg. Tribunal de origem

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    concluiu que o pacto antenupcial firmado entre os conviventes, além de dispor sobre a escolha do regime da separação total de bens, tratou sobre regras patrimoniais atinentes à própria união estável, extremando o acervo patrimonial de cada um e consignando a ausência de interesse na constituição de esforço comum para formação de patrimônio em nome do casal. Independentemente do nomen iuris atribuído ao negócio jurídico, as disposições estabelecidas pelos conviventes visando disciplinar o regime de bens da união estável, ainda que contidas em pacto antenupcial, devem ser observadas, especialmente porque atendida a forma escrita, o único requisito exigido. Precedente do STJ” (STJ, Ag. Int. no REsp 1.590.811/ RJ, 4.ª Turma, Rel. Min. Lázaro Guimarães (Desembargador convocado do TRF 5.ª Região), j. 27.02.2018, DJe 02.03.2018).

    o FORMAS DE PARENTESCO: Podem ser apontadas três formas ou modalidades de parentesco, levando-se em conta a sua origem, conforme leciona Flávio Tartuce: A) Parentesco consanguíneo ou natural – aquele existente entre

    pessoas que mantêm entre si um vínculo biológico ou de sangue, ou seja, que descendem de um ancestral comum, de forma direta ou indireta. O termo natural é criticado por alguns, pois traria a ideia de que as outras modalidades de parentesco seriam artificiais.

    B) Parentesco por afinidade – existente entre um cônjuge ou companheiro e os parentes do outro cônjuge ou companheiro. Lembre-se que marido e mulher e companheiros não são parentes entre si, havendo vínculo de outra natureza, decorrente da conjugalidade ou convivência. A grande inovação do Código Civil de 2002 é reconhecer o parentesco de afinidade decorrente da união estável (art. 1.595 do CC). O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro (art. 1.595, § 1.º). Na linha reta, até o infinito, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável. Por isso, repise-se, é que se afirma que sogra é para a vida inteira.

    C) Parentesco civil – aquele decorrente de outra origem, que não seja a consanguinidade ou a afinidade, conforme estabelece o art. 1.593 do CC.

    a. Tradicionalmente, no que tange ao parentesco civil, este sempre foi relacionado com a adoção. Entretanto, diante dos progressos científicos e da valorização dos vínculos afetivos de cunho social, devem ser reconhecidas outras formas de parentesco civil: aquela decorrente de técnicas de reprodução assistida (inseminação artificial heteróloga – com material genético de terceiro) e a parentalidade socioafetiva (Enunciados n. 103 e 256 do CJF/ STJ, das Jornadas de Direito Civil).

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    o CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS: Colocamos aqui a didática classificação adotada por Flávio Tartuce. I – Classificação dos alimentos quanto às fontes:

    a) Alimentos legais: são os alimentos decorrentes de lei,

    fundamentados no Direito de Família e relacionados com o

    casamento, com a união estável ou com uma relação de

    parentesco, nos termos do art. 1.694 do CC. Podem também ser

    denominados de alimentos familiares. Somente na falta de

    pagamento desses alimentos, fundamentados na dignidade

    humana, é que cabe a prisão civil.

    b) Alimentos convencionais: são aqueles fixados por força de

    contrato, testamento ou legado, ou seja, que decorrem da

    autonomia privada do instituidor. Esses alimentos não

    necessariamente decorrem de obrigação alimentar fixada em lei.

    Desse modo, não cabe prisão civil pela falta do seu pagamento, a

    não ser que sejam legais.

    c) Alimentos indenizatórios, ressarcitórios ou indenitários: são

    aqueles devidos em virtude da prática de um ato ilícito como, por

    exemplo, o homicídio, hipótese em que as pessoas que do morto

    dependiam podem pleiteá-los. Estão previstos no art. 948, II, do CC,

    tendo fundamento a responsabilidade civil e lucros cessantes,

    conforme exposto no volume 2 da presente coleção. Também não

    cabe prisão civil pela falta de pagamento desses alimentos,

    conforme a correta interpretação jurisprudencial (STJ, HC

    92.100/DF, 3.ª Turma, Rel. Min. Ari Pargendler, j. 13.11.2007, DJ

    01.02.2008, p. 1; STJ, REsp 93.948/SP, 3.ª Turma, Rel. Min.

    Eduardo Ribeiro, j. 02.04.1998, DJ 01.06.1998, p. 79). Acreditamos

    que essa posição deva ser mantida na vigência do Novo CPC, até

    porque os alimentos indenizatórios estão tratados em dispositivo

    próprio, sem qualquer menção à prisão civil (art. 533).

    II – Classificação dos alimentos quanto à extensão:

    a) Alimentos civis ou côngruos: visam à manutenção do status

    quo antes, ou seja, a condição anterior da pessoa, tendo um

    conteúdo mais amplo, nos termos do art. 1.694 do CC. Em regra,

    os alimentos são devidos dessa forma.

    b) Alimentos indispensáveis, naturais ou necessários: visam

    somente ao indispensável à sobrevivência da pessoa, também

    com dignidade. Englobam alimentação, saúde, moradia e

    vestuário, sem exageros, dentro do princípio da proporcionalidade.

    Eventualmente, também se inclui a educação de menores. Esse

    conceito ganhou importância com o Código Civil de 2002, pois o

    culpado pelo fim da união somente poderá pleitear esses

    alimentos do inocente (art. 1.694, § 2.º, do CC). Todavia, há quem

    entenda, como Paulo Lôbo, que tal dispositivo está revogado pela

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    alteração do art. 226, § 6.º, da CF/1988 pela Emenda do Divórcio,

    perdendo importância a presente categorização (LÔBO, Paulo.

    Divórcio... Disponível em:

    http://www.ibdfam.org.br/?artigos&artigo=629>. Acesso em: 11

    fev. 2010).

    III – Classificação dos alimentos quanto ao tempo:

    a) Alimentos pretéritos: são aqueles que ficaram no passado e que

    não podem mais ser cobrados, via de regra, eis que o princípio que

    rege os alimentos é o da atualidade. Repise-se que somente

    podem ser cobrados os alimentos fixados por sentença ou acordo

    entre as partes, no prazo prescricional de dois anos, contados dos

    seus respectivos vencimentos (art. 206, § 2.º, do CC).

    b) Alimentos presentes: são aqueles que estão sendo exigidos no

    momento, e que pela atualidade da obrigação alimentar podem ser

    cobrados mediante ação específica.

    c) Alimentos futuros: são os alimentos pendentes, como aqueles

    que vão vencendo no curso da ação e que podem ser cobrados

    quando chegar o momento próprio, mais uma vez diante da

    atualidade da obrigação alimentar.

    IV – Classificação quanto à forma de pagamento:

    a) Alimentos próprios ou in natura: são aqueles pagos em espécie,

    ou seja, por meio do fornecimento de alimentação, sustento e

    hospedagem, sem prejuízo do dever de prestar o necessário para

    a educação dos menores (art. 1.701, caput, do CC). Conforme a

    premissa número 7, publicada na Edição n. 65 da ferramenta

    Jurisprudência em Teses, do STJ: “é possível a modificação da

    forma da prestação alimentar (em espécie ou in natura), desde que

    demonstrada a razão pela qual a modalidade anterior não mais

    atende à finalidade da obrigação, ainda que não haja alteração na

    condição financeira das partes nem pretensão de modificação do

    valor da pensão”.

    b) Alimentos impróprios: são aqueles pagos mediante pensão.

    Cabe ao juiz da causa, de acordo com as circunstâncias do caso

    concreto, fixar qual a melhor forma de cumprimento da prestação

    (art. 1.701, parágrafo único, do CC). Tornou-se comum a sua

    fixação em salários mínimos, sendo esse utilizado como índice de

    correção monetária, o que se admite, pois os alimentos não

    representam dívida de dinheiro, e sim dívida de valor, pois são

    fixados para a aquisição de certos bens da vida. Esse critério,

    contudo, não é obrigatório. Vale dizer que a Lei 11.232/2005

    introduziu alteração no art. 475-Q do CPC/1973, que passou a

    preceituar que os alimentos indenizatórios podem ser fixados em

    salários mínimos. A premissa foi confirmada pelo art. 533 do

    CPC/2015, seu correspondente. Apesar dessas previsões

    http://www.ibdfam.org.br/?artigos&artigo=629

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    processuais, há quem entenda que essa fixação em salários

    mínimos é inconstitucional, pois não se pode utilizar esse

    parâmetro para outros fins que não seja o de pagamento de salário

    aos trabalhadores (art. 7.º, inc. IV, da CF/1988). Não se filia a esse

    último argumento, pois o dispositivo constitucional invocado

    somente se aplica às relações entre empregadores e

    trabalhadores, não prejudicando em nada o trabalhador a fixação

    dos alimentos por essa forma.

    V – Classificação dos alimentos quanto à finalidade:

    a) Alimentos definitivos ou regulares: são aqueles fixados

    definitivamente, por meio de acordo de vontades ou de sentença

    judicial já transitada em julgado. A Lei 11.441/2007 possibilitou

    que esses alimentos sejam fixados quando da celebração do

    divórcio por escritura pública, no Tabelionato de Notas; regra

    confirmada pelo art. 733 do CPC/2015. É importante ressaltar que

    embora recebam a denominação “definitivos”, os alimentos

    podem ser revistos se sobrevier mudança na situação financeira

    de quem os supre, ou na de quem os recebe, podendo o

    interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, a sua

    exoneração, redução ou majoração do encargo (art. 1.699 do CC).

    b) Alimentos provisórios: são aqueles fixados de imediato na ação

    de alimentos que segue o rito especial previsto na Lei 5.478/1968

    (Lei de Alimentos), norma que não foi totalmente revogada pelo

    Novo CPC, permanecendo em vigor na maioria dos seus

    dispositivos. Em outras palavras, estão fundados na obrigação

    alimentar e, por isso, exigem prova pré-constituída do parentesco

    (certidão de nascimento) ou do casamento (certidão de

    casamento). São frutos da cognição sumária do juiz antes mesmo

    de ouvir o réu da demanda.

    c) Alimentos provisionais: são aqueles fixados em outras ações

    que não seguem o rito especial mencionado, visando manter a

    parte que os pleiteia no curso da lide, por isso a sua denominação

    ad litem. Na vigência do CPC/1973, eram fixados por meio de

    antecipação de tutela ou em liminar concedida em medida cautelar

    de separação de corpos em ações em que não houvesse a

    mencionada prova pré-constituída, caso da ação de investigação

    de paternidade ou da ação de reconhecimento e dissolução da

    união estável. Nesse sentido, dispõe o art. 1.706 do atual CC que

    “os alimentos provisionais serão fixados pelo juiz, nos termos da

    lei processual”. Pontue-se que o Novo CPC não reproduziu as

    antigas regras dos arts. 852 a 854 do CPC/1973, que tratavam dos

    alimentos provisionais, em sede de medida cautelar específica.

    Sendo assim, acreditamos que os alimentos provisionais estarão

    enquadrados em algumas das regras relativas à tutela de urgência,

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    entre os arts. 300 a 311 do CPC/2015. Somente a prática

    familiarista poderá demonstrar qual a categoria em que se situará

    o instituto. Entretanto, para este autor, diante do costume

    jurisprudencial anterior, possivelmente o enquadramento se dará

    no procedimento cautelar de caráter antecedente, nos termos dos

    arts. 305 a 310 do Estatuto Processual emergente.

    d) Alimentos transitórios: como visto, reconhecidos pela

    jurisprudência do STJ, são aqueles fixados por determinado

    período de tempo, a favor de ex-cônjuge ou ex-companheiro,

    fixando-se previamente o seu termo final. Conforme se extrai de

    importante ementa daquele Tribunal Superior, na presente obra

    antes mencionada, “A obrigação de prestar alimentos transitórios

    – a tempo certo – é cabível, em regra, quando o alimentando é

    pessoa com idade, condições e formação profissional compatíveis

    com uma provável inserção no mercado de trabalho, necessitando

    dos alimentos apenas até que atinja sua autonomia financeira,

    momento em que se emancipará da tutela do alimentante –

    outrora provedor do lar –, que será então liberado da obrigação, a

    qual se extinguirá automaticamente” (STJ, REsp 1.025.769/MG, 3.ª

    Turma, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 24.08.2010, DJe 01.09.2010, ver

    Informativo n. 444). Em 2016, a premissa passou a compor a

    Edição n. 65 da ferramenta Jurisprudência em Teses do Tribunal

    da Cidadania, com uma ressalva importante. Nos termos da

    afirmação número 14, “os alimentos devidos entre ex-cônjuges

    devem ter caráter excepcional, transitório e devem ser fixados por

    prazo determinado, exceto quando um dos cônjuges não possua

    mais condições de reinserção no mercado do trabalho ou de

    readquirir sua autonomia financeira”.

    Legislação estudada: o PODER FAMILIAR: o poder familiar será exercido pelo pai e pela

    mãe, não sendo mais o caso de se utilizar, em hipótese alguma, a expressão pátrio poder, totalmente superada pela despatriarcalização do Direito de Família, ou seja, pela perda do domínio exercido pela figura paterna no passado. O exercício do poder familiar está tratado no art. 1.634 do CC, que traz as atribuições desse exercício que compete aos pais, verdadeiros deveres legais, a saber: a) dirigir a criação e a educação dos filhos; b) ter os filhos em sua companhia e guarda; c) conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; d) nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar; e) representá-los, até os 16 anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; f) reclamá-los de quem ilegalmente os detenha; g)

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    exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição. ATENÇÃO: foi inserido o parágrafo único ao art. 1.638 do CC

    pela Lei n. 13.715/2018, que prevê novas hipóteses de perda do poder familiar. Confira se o seu Vade Mecum está atualizado.

    o Vejamos agora os enunciados de Jornadas de Direito Civil relacionados aos artigos lidos, na ordem de sua disposição no CC: Enunciado 601 (art. 1.514): É existente e válido o casamento

    entre pessoas do mesmo sexo.

    Justificativa: O modelo familiar contemporâneo é resultado de um processo lento de evolução traçado em meio às transformações sociais, culturais e econômicas onde a família atua. Apesar da atual necessidade de adaptação da legislação infraconstitucional, conforme se depreende da situação abordada e formalmente instruída pela Resolução do CNJ n. 175, optou o legislador por não incluir, à moldura da norma civil, as construções familiares já existentes, formadas por casais homossexuais. Ao longo da história, a família sempre gozou de um conceito sacralizado, servindo de paradigma a formação patriarcal e sendo aceito, exclusivamente, o vínculo heterossexual. Durante o século XX, com a constitucionalização do Direito de Família, as relações familiares passaram a ser guiadas pelos princípios constitucionais, que primavam pela dignidade da pessoa humana a partir da igualdade entre homens e mulheres, refletindo em uma repersonalização das relações familiares. A finalidade da lei não é tornar a vida imóvel e cristalizá-la, mas sim permanecer em contato com ela, seguir sua evolução e a ela se adaptar. O Direito tem um papel social a cumprir, exigindo que este se adeque às novas situações que se apresentam. O novo modelo da família funda-se sob os pilares da repersonalização, da afetividade, da pluralidade e do eudemonismo, incorporando uma nova roupagem axiológica ao Direito de Família. Sendo assim, visível é a necessidade de interpretação extensiva do citado dispositivo legal, tornando aplicável aos casais homoafetivos a celebração do casamento e a formação do vínculo conjugal. Na Comissão "Família e Sucessões", houve mudança de redação da proposta original apenas para objetivar o reconhecimento jurídico do casamento entre pessoas

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    do mesmo sexo em razão de não haver motivo para apenas admitir a união estável à luz da Constituição Federal.

    Enunciado 512 (art. 1.517): O art. 1.517 do Código Civil, que exige autorização dos pais ou responsáveis para casamento, enquanto não atingida a maioridade civil, não se aplica ao emancipado.

    Enunciado 98 (art. 1.521): O inc. IV do art. 1.521 do novo Código Civil deve ser interpretado à luz do Decreto-lei n. 3.200/41, no que se refere à possibilidade de casamento entre colaterais de 3º grau.

    Enunciado 330 (art. 1.524): As causas suspensivas da celebração do casamento poderão ser argüidas inclusive pelos parentes em linha reta de um dos nubentes e pelos colaterais em segundo grau, por vínculo decorrente de parentesco civil.

    Enunciado 513 (art. 1.527): O juiz não pode dispensar, mesmo fundamentadamente, a publicação do edital de proclamas do casamento, mas sim o decurso do prazo.

    Enunciado 99 (art. 1.565): O art. 1.565, § 2º, do Código Civil não é norma destinada apenas às pessoas casadas, mas também aos casais que vivem em companheirismo, nos termos do art. 226, caput, §§ 3º e 7º, da Constituição Federal de 1988, e não revogou o disposto na Lei n. 9.263/96

    Enunciado 514 (art. 1.571): A Emenda Constitucional n. 66/2010 não extinguiu o instituto da separação judicial e extrajudicial.

    Enunciado 571 (art. 1.571): Se comprovada a resolução prévia e judicial de todas as questões referentes aos filhos menores ou incapazes, o tabelião de notas poderá lavrar escrituras públicas de dissolução conjugal.

    Justificativa: A Lei n. 11.441/2007 prevê que somente é permitido aos cônjuges fazer uso da escritura pública de separação judicial ou divórcio se não houver interesses de menores ou incapazes. Entretanto, entendemos que, se os interesses dos menores ou incapazes forem atendidos ou resguardados em outro processo judicial, é permitido aos cônjuges dissolver o vínculo matrimonial, inclusive com a partilha de bens e o uso do nome, sem que afete o direito ou interesse dos menores ou incapazes. A Lei n. 11.441/2007 é uma importante inovação legislativa porque representa novo paradigma, o da desjudicialização, para as hipóteses e cláusulas em que há acordo entre os cônjuges. Se há acordo quanto ao divórcio e se os interesses dos menores estão resguardados em lide judicial

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    específica, não há por que objetar o procedimento simples, rápido, desjudicializado, que desafoga o Judiciário e dá resposta mais rápida às questões eminentemente pessoais. Ao Judiciário será requerido somente o que remanescer da lide, sem que haja acordo, como também aqueles que contenham direitos e interesses dos menores ou incapazes.

    Enunciado 602 (art. 1.571): Transitada em julgado a decisão concessiva do divórcio, a expedição do mandado de averbação independe do julgamento da ação originária em que persista a discussão dos aspectos decorrentes da dissolução do casamento.

    Enunciado 100 (art. 1.572): Na separação, recomenda-se apreciação objetiva de fatos que tornem evidente a impossibilidade da vida em comum.

    Enunciado 254 (art. 1.573): Formulado o pedido de separação judicial com fundamento na culpa (art. 1.572 e/ou art. 1.573 e incisos), o juiz poderá decretar a separação do casal diante da constatação da insubsistência da comunhão plena de vida (art. 1.511) - que caracteriza hipótese de "outros fatos que tornem evidente a impossibilidade da vida em comum" - sem atribuir culpa a nenhum dos cônjuges.

    Enunciado 515 (art. 1.574): Pela interpretação teleológica da Emenda Constitucional n. 66/2010, não há prazo mínimo de casamento para a separação consensual.

    Enunciado 516 (art. 1.574): Na separação judicial por mútuo consentimento, o juiz só poderá intervir no limite da preservação do interesse dos incapazes ou de um dos cônjuges, permitida a cindibilidade dos pedidos com a concordância das partes, aplicando-se esse entendimento também ao divórcio.

    Enunciado 255 (art. 1.575): Não é obrigatória a partilha de bens na separação judicial.

    Enunciado 517 (art. 1.580): A Emenda Constitucional n. 66/2010 extinguiu os prazos previstos no art. 1.580 do Código Civil, mantido o divórcio por conversão.

    Enunciado 335 (art. 1.583): A guarda compartilhada deve ser estimulada, utilizando-se, sempre que possível, da mediação e da orientação de equipe interdisciplinar.

    Enunciado 603 (art. 1.583): A distribuição do tempo de convívio na guarda compartilhada deve atender precipuamente ao melhor interesse dos filhos, não devendo a divisão de forma equilibrada, a que alude o § 2 do art. 1.583 do Código Civil, representar convivência livre ou, ao contrário, repartição de tempo matematicamente igualitária entre os pais.

  • 15

    Enunciado 604 (art. 1.583): A divisão, de forma equilibrada, do tempo de convívio dos filhos com a mãe e com o pai, imposta na guarda compartilhada pelo § 2° do art. 1.583 do Código Civil, não deve ser confundida com a imposição do tempo previsto pelo instituto da GUARDA ALTERNADA, pois esta não implica apenas a divisão do tempo de permanência dos filhos com os pais, mas também o EXERCÍCIO EXCLUSIVO da guarda pelo genitor que se encontra na companhia do filho.

    Enunciado 605 (art. 1.583): A guarda compartilhada não exclui a fixação do regime de convivência.

    Enunciado 606 (art. 1.583): proporcional de tempo, da forma que cada genitor possa se ocupar dos cuidados pertinentes ao filho, em razão das peculiaridades da vida privada de cada um.

    Enunciado 333 (art. 1.584): O direito de visita pode ser estendido aos avós e a pessoas com as quais a criança ou o adolescente mantenha vínculo afetivo, atendendo ao seu melhor interesse.

    Enunciado 334 (art. 1.584): A guarda de fato pode ser reputada como consolidada diante da estabilidade da convivência familiar entre a criança ou o adolescente e o terceiro guardião, desde que seja atendido o princípio do melhor interesse.

    Enunciado 337 (art. 1.588): O fato de o pai ou a mãe constituírem nova união não repercute no direito de terem os filhos do leito anterior em sua companhia, salvo quando houver comprometimento da sadia formação e do integral desenvolvimento da personalidade destes.

    Enunciado 338 (art. 1.588): A cláusula de não-tratamento conveniente para a perda da guarda dirige-se a todos os que integram, de modo direto ou reflexo, as novas relações familiares.

    Enunciado 103 (art. 1.593): O Código Civil reconhece, no art. 1.593, outras espécies de parentesco civil além daquele decorrente da adoção, acolhendo, assim, a noção de que há também parentesco civil no vínculo parental proveniente quer das técnicas de reprodução assistida heteróloga relativamente ao pai (ou mãe) que não contribuiu com seu material fecundante, quer da paternidade socioafetiva, fundada na posse do estado de filho.

    Enunciado 256 (art. 1.593): A posse do estado de filho (parentalidade socioafetiva) constitui modalidade de parentesco civil.

    Enunciado 519 (art. 1.593): O reconhecimento judicial do vínculo de parentesco em virtude de socioafetividade deve ocorrer a partir da relação entre pai(s) e filho(s), com base na

  • 16

    posse do estado de filho, para que produza efeitos pessoais e patrimoniais.

    Enunciado 104 (art. 1.596): No âmbito das técnicas de reprodução assistida envolvendo o emprego de material fecundante de terceiros, o pressuposto fático da relação sexual é substituído pela vontade (ou eventualmente pelo risco da situação jurídica matrimonial) juridicamente qualificada, gerando presunção absoluta ou relativa de paternidade no que tange ao marido da mãe da criança concebida, dependendo da manifestação expressa (ou implícita) da vontade no curso do casamento.

    Enunciado 106 (art. 1.596): Para que seja presumida a paternidade do marido falecido, será obrigatório que a mulher, ao se submeter a uma das técnicas de reprodução assistida com o material genético do falecido, esteja na condição de viúva, sendo obrigatória, ainda, a autorização escrita do marido para que se utilize seu material genético após sua morte.

    Enunciado 107 (art. 1.596): Finda a sociedade conjugal, na forma do art. 1.571, a regra do inc. IV somente poderá ser aplicada se houver autorização prévia, por escrito, dos ex-cônjuges para a utilização dos embriões excedentários, só podendo ser revogada até o início do procedimento de implantação desses embriões.

    Enunciado 257 (art. 1.596): As expressões “fecundação artificial”, “concepção artificial” e “inseminação artificial”, constantes, respectivamente, dos incs. III, IV e V do art. 1.597 do Código Civil, devem ser interpretadas restritivamente, não abrangendo a utilização de óvulos doados e a gestação de substituição.

    Enunciado 258 (art. 1.596): Não cabe a ação prevista no art. 1.601 do Código Civil se a filiação tiver origem em procriação assistida heteróloga, autorizada pelo marido nos termos do inc. V do art. 1.597, cuja paternidade configura presunção absoluta.

    Enunciado 633 (art. 1.596): É possível ao viúvo ou ao companheiro sobrevivente, o acesso à técnica de reprodução assistida póstuma – por meio da maternidade de substituição, desde que haja expresso consentimento manifestado em vida pela sua esposa ou companheira.

    Justificativa: Nos casos de reprodução assistida homóloga – inclusive após o falecimento de um dos dois -, apesar do silêncio da norma codificada (CC, art. 1.597, III), deve haver manifestação de consentimento expresso do casal de modo a conferir segurança ao procedimento de reprodução assistida que poderá ser realizado mesmo após o falecimento

  • 17

    do marido. Da mesma forma, ainda que a pessoa falecida seja a esposa, será possível que o viúvo venha a ter acesso à reprodução assistida póstuma desde que obviamente através da maternidade de substituição com outra mulher emprestando gratuitamente seu corpo para a gestação. Com base no princípio da igualdade entre os cônjuges (marido e esposa) em direitos e deveres (CF, art. 226, § 5°) – o que também se aplica aos companheiros ‐, a mulher pode expressamente autorizar que seu material fecundante congelado possa ser utilizado mesmo após a sua morte, permitindo que seu marido (ou companheiro) venha a concretizar o projeto parental do casal. Conclui‐se, portanto, que também nos casos de reprodução assistida homóloga é indispensável o consentimento do casal, o que se reforça em matéria de reprodução póstuma quanto ao uso do material fecundante congelado.

    Enunciado 520 (art. 1.601): O conhecimento da ausência de vínculo biológico e a posse de estado de filho obstam a contestação da paternidade presumida.

    Enunciado 108 (art. 1.603): No fato jurídico do nascimento, mencionado no art. 1.603, compreende-se, à luz do disposto no art. 1.593, a filiação consangüínea e também a socioafetiva.

    Enunciado 521 (art. 1.606): Qualquer descendente possui legitimidade, por direito próprio, para propor o reconhecimento do vínculo de parentesco em face dos avós ou de qualquer ascendente de grau superior, ainda que o pai não tenha iniciado a ação de prova da filiação em vida.

    Enunciado 570 (art. 1.609): O reconhecimento de filho havido em união estável fruto de técnica de reprodução assistida heteróloga "a patre" consentida expressamente pelo companheiro representa a formalização do vínculo jurídico de paternidade-filiação, cuja constituição se deu no momento do início da gravidez da companheira.

    Justificativa: O Código Civil de 2002, apesar de admitir a reprodução assistida heteróloga no casamento (art. 1597, V), não tratou expressamente da referida técnica no companheirismo. Com base em pesquisa desenvolvida a respeito do tema e considerando a regra do art. 226, § 7º, da Constituição Federal, é de se afirmar que as técnicas conceptivas são admissíveis em favor dos companheiros. Como não há presunção de paternidade do companheiro em relação ao filho de sua companheira, ainda que ele manifeste consentimento prévio à técnica de reprodução

  • 18

    assistida heteróloga, é preciso identificar o mecanismo de estabelecimento do vínculo paterno-filial. Com base na integração das normas jurídicas acerca do tema, deve-se admitir que a manifestação volitiva do homem-companheiro quanto ao reconhecimento da paternidade não tem o condão de estabelecer vínculo, mas apenas de formalizá-lo (ou declará-lo) sem que haja falsidade ideológica em tal manifestação. Na realidade, a paternidade jurídica se constitui mediante ato complexo consistente na manifestação de vontade do companheiro, no sentido de autorizar a companheira a ter acesso a técnica de reprodução assistida heteróloga, e no início da gravidez em razão do êxito da técnica conceptiva. A proposta do enunciado visa evidenciar os dois momentos distintos e, logicamente, as naturezas diversas das duas manifestações de vontade do companheiro: a) a primeira como integrante do ato formador do vínculo jurídico da paternidade; b) a segunda com caráter de formalização do vínculo, de conteúdo declaratório. Para que não haja dúvida a respeito da possibilidade de formalização do vínculo jurídico de paternidade-filiação, ainda que ocorra a morte do companheiro antes do nascimento do filho fruto de técnica de reprodução assistida heteróloga, houve mudança da redação da proposta original para a redação final aprovada.

    Enunciado 112 (art. 1.630): Em acordos celebrados antes do advento do novo Código, ainda que expressamente convencionado que os alimentos cessarão com a maioridade, o juiz deve ouvir os interessados, apreciar as circunstâncias do caso concreto e obedecer ao princípio rebus sic stantibus.

    JURISPRUDÊNCIAS RELACIONADAS

    Súmula 596-STJ: A obrigação alimentar dos avós tem natureza complementar e subsidiária, somente se configurando no caso de impossibilidade total ou parcial de seu cumprimento pelos pais.

    JURISPRUDÊNCIA EM TESES – EDIÇÃO 50: UNIÃO ESTÁVEL: 1) Os princípios legais que regem a sucessão e a partilha não se

    confundem: a sucessão é disciplinada pela lei em vigor na data do óbito; a

    partilha deve observar o regime de bens e o ordenamento jurídico vigente

    ao tempo da aquisição de cada bem a partilhar.

    2) A coabitação não é elemento indispensável à caracterização da união

    estável.

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  • 19

    3) A vara de família é a competente para apreciar e julgar pedido de

    reconhecimento e dissolução de união estável homoafetiva.

    4) Não é possível o reconhecimento de uniões estáveis simultâneas.

    5) A existência de casamento válido não obsta o reconhecimento da união

    estável, desde que haja separação de fato ou judicial entre os casados.

    6) Na união estável de pessoa maior de setenta anos (art. 1.641, II, do

    CC/02), impõe-se o regime da separação obrigatória, sendo possível a

    partilha de bens adquiridos na constância da relação, desde que

    comprovado o esforço comum.

    7) São incomunicáveis os bens particulares adquiridos anteriormente à

    união estável ou ao casamento sob o regime de comunhão parcial, ainda

    que a transcrição no registro imobiliário ocorra na constância da relação.

    8) O companheiro sobrevivente tem direito real de habitação sobre o imóvel

    no qual convivia com o falecido, ainda que silente o art. 1.831 do atual

    Código Civil.

    9) O direito real de habitação pode ser invocado em demanda possessória

    pelo companheiro sobrevivente, ainda que não se tenha buscado em ação

    declaratória própria o reconhecimento de união estável.

    10) Não subsiste o direito real de habitação se houver co-propriedade

    sobre o imóvel antes da abertura da sucessão ou se, àquele tempo, o

    falecido era mero usufrutuário do bem.

    11) A valorização patrimonial dos imóveis ou das cotas sociais de

    sociedade limitada, adquiridos antes do início do período de convivência,

    não se comunica, pois não decorre do esforço comum dos companheiros,

    mas de mero fator econômico.

    12) A incomunicabilidade do produto dos bens adquiridos anteriormente

    ao início da união estável (art. 5º, § 1º, da Lei n. 9.278/96) não afeta a

    comunicabilidade dos frutos, conforme previsão do art. 1.660, V, do Código

    Civil de 2002.

    13) Comprovada a existência de união homoafetiva, é de se reconhecer o

    direito do companheiro sobrevivente à meação dos bens adquiridos a título

    oneroso ao longo do relacionamento.

    14) Não há possibilidade de se pleitear indenização por serviços

    domésticos prestados com o fim do casamento ou da união estável,

    tampouco com o cessar do concubinato, sob pena de se cometer grave

    discriminação frente ao casamento, que tem primazia constitucional de

    tratamento.

    15) Compete à Justiça Federal analisar, incidentalmente e como prejudicial

    de mérito, o reconhecimento da união estável nas hipóteses em que se

    pleiteia a concessão de benefício previdenciário.

    16) A presunção legal de esforço comum quanto aos bens adquiridos

    onerosamente prevista no art. 5º da Lei n. 9.278/1996, não se aplica à

    partilha do patrimônio formado pelos conviventes antes da vigência da

    referida legislação.

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    JURISPRUDÊNCIA EM TESES – EDIÇÃO 113: DA DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL E DA UNIÃO ESTÁVEL – I: 1) O divórcio direto pode ser concedido sem que haja prévia partilha dos

    bens. (Súmula n. 197/STJ)

    2) É de quatro anos o prazo decadencial para anular partilha de bens em

    dissolução de sociedade conjugal ou de união estável, nos termos do art.

    178 do Código Civil.

    3) As verbas de natureza trabalhista nascidas e pleiteadas na constância

    da união estável ou do casamento celebrado sob o regime da comunhão

    parcial ou universal de bens integram o patrimônio comum do casal e,

    portanto, devem ser objeto da partilha no momento da separação.

    4) Deve ser reconhecido o direito à meação dos valores depositados em

    conta vinculada ao Fundo de Garantia de Tempo de Serviço FGTS auferidos

    durante a constância da união estável ou do casamento celebrado sob o

    regime da comunhão parcial ou universal de bens, ainda que não sejam

    sacados imediatamente após a separação do casal ou que tenham sido

    utilizados para aquisição de imóvel pelo casal durante a vigência da

    relação.

    5) A valorização patrimonial dos imóveis ou das cotas sociais de sociedade

    limitada, adquiridos antes do casamento ou da união estável, não deve

    integrar o patrimônio comum a ser partilhado quando do término do

    relacionamento, visto que essa valorização é decorrência de um fenômeno

    econômico que dispensa a comunhão de esforços do casal.

    6) Os valores investidos em previdência privada fechada se inserem, por

    analogia, na exceção prevista no art. 1.659, VII, do Código Civil de 2002,

    consequentemente, não integram o patrimônio comum do casal e,

    portanto, não devem ser objeto da partilha.

    7) Após a separação de fato ou de corpos, o cônjuge que estiver na posse

    ou na administração do patrimônio partilhável - seja na condição de

    administrador provisório, seja na de inventariante - terá o dever de prestar

    contas ao ex-consorte, enquanto perdurar o estado de mancomunhão.

    8) Na separação e no divórcio, o fato de certo bem ainda pertencer

    indistintamente aos ex-cônjuges, por ausência de formalização da partilha,

    não representa automático empecilho ao pagamento de indenização pelo

    uso exclusivo do bem por um deles, desde que a parte que toca a cada um

    tenha sido definida por qualquer meio inequívoco, visto que medida diversa

    poderia importar enriquecimento sem causa.

    9) Admite -se o arbitramento de aluguel a um dos cônjuges por uso

    exclusivo de bem imóvel comum do casal somente na hipótese em que,

    efetuada a partilha do bem, um dos cônjuges permaneça residindo no

    imóvel.

    10) Na ação de divórcio, a audiência de ratificação prevista no art. 1.122 do

    Código de Processo Civil de 1973 não é obrigatória, cabendo ao juiz decidir

    javascript:document.frmDoc1Item0.submit();javascript:document.frmDoc1Item0.submit();javascript:document.frmDoc1Item1.submit();javascript:document.frmDoc1Item1.submit();javascript:document.frmDoc1Item1.submit();javascript:document.frmDoc1Item2.submit();javascript:document.frmDoc1Item2.submit();javascript:document.frmDoc1Item2.submit();javascript:document.frmDoc1Item2.submit();javascript:document.frmDoc1Item3.submit();javascript:document.frmDoc1Item3.submit();javascript:document.frmDoc1Item3.submit();javascript:document.frmDoc1Item3.submit();javascript:document.frmDoc1Item3.submit();javascript:document.frmDoc1Item3.submit();javascript:document.frmDoc1Item3.submit();javascript:document.frmDoc1Item4.submit();javascript:document.frmDoc1Item4.submit();javascript:document.frmDoc1Item4.submit();javascript:document.frmDoc1Item4.submit();javascript:document.frmDoc1Item4.submit();javascript:document.frmDoc1Item5.submit();javascript:document.frmDoc1Item5.submit();javascript:document.frmDoc1Item5.submit();javascript:document.frmDoc1Item5.submit();javascript:document.frmDoc1Item6.submit();javascript:document.frmDoc1Item6.submit();javascript:document.frmDoc1Item6.submit();javascript:document.frmDoc1Item6.submit();javascript:document.frmDoc1Item7.submit();javascript:document.frmDoc1Item7.submit();javascript:document.frmDoc1Item7.submit();javascript:document.frmDoc1Item7.submit();javascript:document.frmDoc1Item7.submit();javascript:document.frmDoc1Item7.submit();javascript:document.frmDoc1Item8.submit();javascript:document.frmDoc1Item8.submit();javascript:document.frmDoc1Item8.submit();javascript:document.frmDoc1Item8.submit();javascript:document.frmDoc1Item9.submit();javascript:document.frmDoc1Item9.submit();

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    pela oportunidade de realizá-la, não sendo, portanto, causa de anulação do

    processo.

    11) Comprovada a separação de fato ou judicial entre os casados, a

    existência de casamento válido não obsta o reconhecimento da união

    estável.

    Ser casado constitui fato impeditivo para o reconhecimento de uma união estável. Tal óbice só pode ser afastado caso haja separação de fato ou de direito. Ainda que seja provada a existência de relação não eventual, com vínculo afetivo e duradouro, e com o intuito de constituir laços familiares, essa situação não é protegida pelo ordenamento jurídico se concomitante a ela existir um casamento não desfeito. Na hipótese, havia dúvidas quanto à separação fática do varão e sua esposa. Assim, entendeu-se inconveniente, sob o ponto de vista da segurança jurídica, inviolabilidade da vida privada, da intimidade e da dignidade da pessoa humana, abrir as portas para questionamento acerca da quebra da affectio familiae, com vistas ao reconhecimento de uniões estáveis paralelas a casamento válido. Diante disso, decidiu-se que havendo uma relação concubinária, não eventual, simultânea ao casamento, presume-se que o matrimônio não foi dissolvido e prevalece os interesses da mulher casada, não reconhecendo a união estável. Precedentes citados do STF: RE 397.762-BA, Dje 11/9/2008; do STJ: Resp 1.107.195-PR, Dje 27/5/2010, e Resp 931.155-RS, DJ 20/8/2007. REsp 1.096.539-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 27/3/2012. (Informativo 494 STJ)

    SÚMULAS SOBRE CASAMENTO: o Súmula 305, STF: Acordo de desquite (separação, divórcio ou

    dissolução de união estável) ratificado por ambos os cônjuges não é retratável unilateralmente.

    o Súmula 377, STF: No regime de separação legal de bens, comunicam- se os adquiridos na constância do casamento. OBS: “No regime de separação legal de bens, comunicam-se os

    adquiridos na constância do casamento”, desde que comprovado o

    esforço comum para sua aquisição. Nesse sentido: STJ. 4ª Turma. REsp

    1.689.152/SC, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 24/10/2017.

    o Súmula 197, STJ: O divórcio direto (e o indireto) pode ser concedido sem que haja prévia partilha dos bens.

    SÚMULAS SOBRE AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE: o Súmula 149, STF: É imprescritível a ação de investigação de

    paternidade, mas não o é a de petição de herança OBS: ação de petição de heranças prescreve em 10 anos.

    o Súmula 1, STJ: O foro do domicílio ou da residência do alimentando é o competente para a ação de investigação de paternidade, quando cumulada com a de alimentos

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    o Súmula 277, STJ: Julgada procedente a investigação de paternidade, os alimentos são devidos a partir da citação.

    o Súmula 301, STJ: Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade.

    REVISÃO

    COMO ESTUDAR?

    24H – Direito Notarial e Registral: questões Aspectos Gerais e a Lei n.

    6.015/73

    24H – Direito Processual Civil: questões sobre Novo CPC em provas de outras bancas para Titular de Serviços de Notas e de Registro (23.03)

    7DIAS – Direito Administrativo: questões da CONSULPLAN sobre Licitações e a Lei n. 8.666/93

    Dedicar 30 minutos à leitura da folha de revisões, para relembrar os erros e

    dúvidas surgidos quando da resolução de questões sobre os temas acima.