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1 FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · Propor o resgate de valores como respeito, gratidão, afetividade. Metodologia – A aplicação da Unidade Didática será em

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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: Literatura e realidade social: a terceira idade feminina

Autor

Rosélia Ramos Shigemori

Escola de Atuação

Colégio Estadual Eleodoro Ébano Pereira

Município da escola

Cascavel

Núcleo Regional de Educação

Cascavel

Orientador

Wagner de Souza

Instituição de Ensino Superior

Unioeste

Disciplina/Área (entrada no PDE) Língua Portuguesa

Produção Didático-pedagógica

Unidade Didática

Relação Interdisciplinar (indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

História, Sociologia, Filosofia, Matemática.

Público Alvo (indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvol-veu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)

Alunos do 2º Ano do Ensino Médio.

Localização

(identificar nome e endereço da escola de implementação)

Colégio Estadual Eleodoro Ébano Pereira, Rua São Paulo, 882. Centro – Cascavel.

Apresentação:

(descrever a justificativa, objeti-vos e metodologia utilizada.A in-formação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times

Justificativa- Por se perceber este um momento de grandes transformações na sociedade, torna-se necessário apropriar-se de conhecimentos que fundamentem e consolidem o processo de humanização do homem. Com o propósito de contribuir na mudança comportamental do adolescente, por meio da literatura em seu relacionamento com pessoas idosas.

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New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)

Objetivos- Desenvolver o estudo dos textos selecionados com os alunos, de modo que possibilite reflexão sobre a forma de relacionar- se com idosos. Conhecer o Estatuto do Idoso. Propor o resgate de valores como respeito, gratidão, afetividade.

Metodologia – A aplicação da Unidade Didática será em sala de aula, biblioteca, laboratório de informática entre outros espaços. Serão desenvolvidas atividades de leitura, escrita e oralidade.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras)

Literatura, valores, relacionamento, pessoas idosas.

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PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

ROSÉLIA RAMOS SHIGEMORI

CASCAVEL – PR

2011

UNIOESTE UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

CURSO DE LETRAS CAMPUS DE CASCAVEL

PARANÁ

ROSÉLIA RAMOS SHIGEMORI

UNIDADE DIDÁTICA

LITERATURA E REALIDADE SOCIAL: A TERCEIRA IDADE FEM ININA

Produção Didático-Pedagógica – Unidade Didática apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Cascavel – Paraná sob orientação do Professor Doutor Wagner de Souza.

CASCAVEL – PR 2011

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SUMÁRIO

1 FICHA DE IDENTIFICAÇÃO .............................................................................................6

2 TEMA ......................................................................................................................................6

3 TÍTULO ..................................................................................................................................6

4 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................6

5 PROBLEMATIZAÇÃO ........................................................................................................9

6 OBJETIVOS...........................................................................................................................9

6.1 OBJETIVO GERAL.............................................................................................................9

6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................................9

7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................................10

8 UNIDADE DIDÁTICA ........................................................................................................11

9 REFERÊNCIAS...................................................................................................................15

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Superintendência da Educação – SUED Diretoria de Políticas e Programas Educacionais – DPPE

Secretaria de Estado da Educação – SEED Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

DO PROFESSOR PDE – 2011

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

PROFESSORA PDE: Rosélia Ramos Shigemori ÁREA PDE: Língua Portuguesa NRE: Cascavel ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO : Colégio Estadual Eleodoro Ébano Pereira PÚBLICO OBJETO DE INTERVENÇÃO: Alunos de Ensino Médio – 2º Ano IES: UNIOESTE : Campus Cascavel ORIENTADOR : Profº Dr. Wagner de Souza

2. TEMA: Literatura e o resgate de valores: a terceira idade.

3. TÍTULO : Literatura e realidade social: a terceira idade feminina. 4. JUSTIFICATIVA DA UNIDADE DIDÁTICA

Com o ensejo de aprimoramento, por meio do Programa de Desenvolvimento

Educacional – PDE, professores da rede pública Estadual, aliados a Instituições de Ensino

Superior, com o objetivo de melhorar a educação básica, têm a oportunidade de produzir o seu

próprio material didático e compartilhá-lo com colegas da rede.

Percebe-se que este é um momento de grandes transformações na sociedade,

portanto, torna-se necessário apropriar-se de conhecimentos que fundamentem e consolidem o

processo de humanização do homem. Por se ter como propósito contribuir na mudança

comportamental do adolescente, aluno do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual

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Eledoro Ébano Pereira, NRE de Cascavel, em seu relacionamento com a pessoa idosa por

meio da literatura, é preciso apresentar autores que defendam essa ideia.

Neste projeto propõe-se a leitura e o estudo de contos e obras da literatura, de autores

nacionais contemporâneos. Aliando-se ao objeto de estudo de alguns historiadores que

abordam o tema da marginalização, inclusive explicando como são expostas pessoas idosas à

mesma. Apresentar-se-á como embasamento teórico a leitura de “A história dos marginais”, de

Jean Claude Schmitt, ao afirmar que a história é contada a partir do “centro” e não das

margens.

Segundo o autor, o distanciamento da família, com relação ao idoso, também é uma

forma de marginalidade. É lugar comum dizer que sempre se deu voz apenas às classes

privilegiadas, aos que detinham o poder, deixando sempre às margens o povo. O autor citado

procede ao contrário, na perspectiva de permitir mudar o foco, tomando os menos favorecidos

como objeto de estudo.

Jim Sharpe, em “A história vista de baixo”, aponta para a visão do soldado raso e não

do grande comandante, contrariando ao sistema, que privilegia as classes elitizadas. Ainda

sobre a temática, Ecléa Bosi na obra Memória e Sociedade fala sobre o diferencial entre o

homem ativo e o idoso. A propósito do estudo, produzir-se-á uma unidade didática.

Para sua aplicação, pretende-se comunicar aos alunos do 2º Ano do Ensino Médio a

proposta deste projeto, explicando que o objeto de estudo está centrado na figura feminina

idosa. Para tanto, é condição básica a leitura do Estatuto do Idoso. Conforme consta no projeto

de intervenção, far-se-á uma pesquisa buscando conhecer a realidade que perpassa o meio

social do aluno, coletando percentualmente quantos adolescentes convivem, diariamente, com

pessoas idosas. Para tal, sugerem-se algumas questões, como:

1. Quem de vocês tem seus avós morando junto em suas casas? 2. Quantos dependem do salário de seus avós para seu sustento? 3. Quantos avós dependem do ganho de seus pais para sobreviver? 4. Quem assumiu a responsabilidade de criá-los, bem como de educá-los, seus pais ou

seus avós? Quantos não conhecem seus avós paternos e maternos? 5. Quantos têm carinho e respeito por seus avós? 6. Como é a convivência de vocês, satisfatória, razoável ou insatisfatória? 7. Devido ao conflito de gerações, quantos sentem muita dificuldade em ter que conviver

com seus avós? 8. Há algum idoso de sua família no asilo? 9. Como você encara a 3ª Idade?

Com base nessas informações seguirá a execução do projeto: na primeira aula,

incentivar-se-á a leitura de contos relacionados à proposta. Isto ocorrerá na biblioteca, por ser

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um ambiente propício para a ação. Na segunda aula, retornando à sala socializar-se-á o

conhecimento de leitura aos colegas. Formar-se-á um círculo favorecendo a interação e

visualização de todos os envolvidos. Para tanto, se abrirá espaço para falar acerca do conto

lido. Devendo cada um apresentar título, autor e um breve resumo da obra. Na terceira aula,

apresentar-se-á a definição do gênero conto, sugerida por Hênio Tavares:

Conto é a espécie narrativa de maior brevidade. É como o chamou Lúcia Miguel Pereira, no seu livro Machado de Assis, o “caso”, em contraposição ao romance, que é a “vida”. Diz a segura ensaísta: “O romance é a vida, o conto é o caso, a anedota”. Os contos, como os romances e as novelas, admitem vários assuntos. Há contos de conteúdo denso e psicológico, impressionistas, fantásticos simbolistas, regionais, de mistério e policiais, de fadas, orientalistas (como os das mil e uma Noites, de Malba Tahan), de aventuras, entre outros (1996, p. 120).

Para esta unidade iniciar-se-á a leitura e estudo dos contos propostos: “Teresa” de

Rubem Fonseca, “Penélope” de Dalton Trevisan e “Feliz Aniversário” de Clarice Lispector,

analisando-se aspectos do viés da figura feminina idosa.

Importante citar que se tecerão comentários a respeito dos autores acima

mencionados e sobre o contexto que os envolve, principalmente, por serem renomados autores

e idosos.

Na quarta aula, pretende-se realizar a leitura e análise da obra de Maria de Lourdes

Krieger Vovó quer namorar. Por se tratar de literatura infanto juvenil, a obra é contada por

uma neta, criança, que vai narrando a vida de sua avó. Percebem-se tendências tradicionais na

protagonista; mesmo tendo propensão à independência, à autonomia, tendo uma personalidade

forte; submete-se a tradições da época.

Na quinta aula será analisada a obra de Ziraldo Vovó Delícia, que apresenta a

protagonista com aspectos bem definidos de sua personalidade: determinada, destemida,

otimista, arrojada, enfim, uma mulher forte e feliz. O próprio título remete a ideia de

realização.

Na sexta aula os alunos irão ao laboratório de informática, onde se fornecerá

endereços eletrônicos, com o intuito de realizar pesquisas na internet para enriquecer dados

estatísticos que revelam o número de idosos existentes em sua cidade e região. A proposta é

demonstrar ações que contemplem a terceira idade em seu município. Com base nas

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informações adquiridas, objetiva-se incentivar os alunos a elaborarem questões no intuito de

entrevistar idosos.

Na sétima aula pretende-se organizar equipes de dois a seis alunos, formular dez

questões acerca de sua estrutura familiar, dos idosos, que esclareçam como vivem, com quem,

se estão ativos, suas experiências. Tal tarefa poderá ser realizada no Centro de Convivência do

Idoso, Asilos, Bailes de Terceira Idade, com membros de sua família, enfim, com quem lhes

permitir. Como resultado devem elencar aspectos positivos e negativos dessa fase da vida.

Na oitava aula, como é a proposição deste projeto, a ressignificação e mudança

comportamental do adolescente por meio da literatura, agregar-se-á necessidades mais

prementes de idosos residentes em asilo e o gênero cartaz. Formular-se-á frases apelativas e de

conscientização engajando em uma campanha solidária para angariar doações. Posterior,

agendar-se-á a entrega de materiais ao asilo, pelos alunos, promovendo a interação e

aproximação entre as partes.

Na nona aula, resgatando aspectos humanitários, observar-se-á que a literatura não se

faz fora do contexto-social e, retomando os conteúdos propostos, organizar-se-á dramatização

das obras estudadas.

Na décima aula, se promoverá a apresentação dos alunos interpretando as obras

supracitadas.

5. PROBLEMATIZAÇÃO

Como contribuir, por meio do estudo desta unidade didática, para melhorar o

convívio entre adolescentes, alunos do 2º Ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Eleodoro

Ébano Pereira, e pessoas idosas que fazem parte do seu meio familiar, escolar, social, entre

outros? 6. OBJETIVOS

6.1 OBJETIVO GERAL

Desenvolver o estudo dos textos selecionados com os alunos envolvidos no projeto,

de modo que possibilite reflexão sobre a forma de relacionar-se com idosos e melhore seu

convívio com os mesmos, como também, com os diversos grupos sociais.

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6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

A. Leitura e interpretação dos textos propostos para esta unidade didática; B. Estabelecer relações entre as obras estudadas sob o viés da figura

feminina idosa; C. Conhecer o Estatuto do Idoso; D. Pesquisar, bem como conhecer quais ações são realizadas em sua cidade

que beneficiam o Grupo da Terceira Idade; E. Propor o resgate de valores como respeito, gratidão, afetividade; F. Dramatização dos textos estudados.

7. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Esta unidade didática está pautada no estudo de obras literárias que se fundamentam

em autores como Cereja (2005), que afirma ser um problema a formação de leitores

competentes e a consolidação de hábitos de leitura em alunos do Ensino Médio. Como autor

participante e em permanente contato com professores e alunos, vivencia-se uma realidade

brutal: "os alunos estão cada vez mais despreparados para ler, apesar do empenho

representado pelas diretrizes curriculares, pelas normas institucionais, pelas escolas e pelos

incansáveis professores" (2005, p. 8).

Candido (1972), em “A literatura e a formação do homem”, nota que

a literatura é vista como arte que transforma/humaniza o homem e a sociedade”. Afirma ainda que a literatura pode formar; pois que, como a vida, ensina na medida em que atua com toda a sua gama; é artificial querer que ela funcione como manuais de virtude e boa conduta. Ela não corrempe nem edifica, mas traz em si o que é chamado de bem e de mal; enfim, humaniza em sentido profundo, porque faz viver. Acrescenta assegurando que a literatura funciona como uma ligação entre o adolescente e o seu universo, pois exerce a função de humanizar, socializar e formar o homem. Possibilitando ao indivíduo reconhecer a realidade que o cerca (1972, p. 806).

Eagleton (1983), em sua obra Teoria da literatura: uma introdução comenta ter

dificuldade em definir literatura, uma vez que esta depende da maneira como cada um atribui

significado a uma obra, de acordo com a recepção. Segundo o teórico, “o leitor estabelece

conexões implícitas, preenche lacunas, faz deduções e compara suposições e tudo isso

significa o uso de um conhecimento tácito do mundo em geral e das convenções literárias em

particular” (1983, p. 82).

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As DCEs (2008) garantem que “o aluno é o leitor, e como tal é ele quem atribui

significado ao que lê, é ele quem traz vida ao que lê, de acordo com seus conhecimentos

prévios, linguísticos, de mundo” (2008, p. 75).

Buscou-se embasamento teórico em Alfredo Bosi (1988) na obra História concisa da

literatura brasileira, haja vista que o autor expõe que

o termo contemporâneo é, por natureza, elástico e costuma trair a geração de quem o emprega. Por isso, é boa praxe dos historiadores justificar as datas com que balizam o tempo, frisando a importância dos eventos que a elas se acham ligadas. Fazendo uma retrospectiva desde 1922, ano da Semana da Arte Moderna, marco do Modernismo, o autor afirma que: “somos hoje contemporâneos de uma realidade econômica, social, política e cultural que se estruturou depois de 1930 (1988, p. 431).

Os autores que dão embasamento para este estudo como Schmitt, Sharpe, Ecléa Bosi,

Le Goff e Peter Burke, apresentam alguns aspectos sobre a marginalização, apontando que a

exclusão pode levar a expulsão. Tal procedimento pode acontecer com idosos, visto que para a

cultura capitalista, o homem é valorizado enquanto ativo, isto é, enquanto produtivo;

passada essa fase torna-se um peso para a sociedade. 8. UNIDADE DIDÁTICA

Retomando o percurso desta unidade, contribuir na mudança comportamental do

adolescente em seu relacionamento com pessoas idosas, por meio de estudos literários, iniciar-

se-á as atividades propostas.

1. Sobre o conto “Teresa” de Rubem Fonseca.

A. Quem é o narrador? B. Qual profissão ele exerce? C. O texto se apresenta em 1ª ou 3ª pessoa? D. Descreva o casal de idosos, em especial dona Teresa. E. Quais adjetivos são atribuídos aos filhos do doutor Gumercindo? F. O narrador tece comentários, usa linguagem própria ao seu profissionalismo. Que

relação entre autor e narrador você consegue estabelecer? G. Este é um tipo de conto reportagem-depoimento, em que não há distanciamento

entre o que é escrito e o que ocorre no dia-a-dia. Retire do texto alguns fatos que comprovam este enunciado.

H. Por meio do narrador pode-se identificar os personagens em lados opostos, uns do bem, outros do mal. Indique os personagens do mal e descreva-os.

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I. A obra apresenta o narrador como o herói que faz justiça com as próprias mãos. Extraia do texto o trecho que comprova esta afirmação.

J. Sendo a literatura vista como fonte humanizadora, embora não tenha o compromisso de resolver questões de violência, como a obra pode contribuir para amenizar a violência com pessoas idosas?

1.1 Vocabulário:

Procure descobrir o significado das palavras sublinhadas a seguir por meio do contexto:

a) “...costumávamos descer juntos no elevador, então trocávamos amabilidades”. b) “Gumercindo meneou a cabeça afirmativamente”. c) “Há casos em que o cônjuge doente acaba matando o que cuida dele.” d) “Vocês podem fazer as malas e ir baixar noutro terreiro, eu disse, o apartamento

pertence à dona Teresa.” 2. Sobre o conto de Dalton Trevisan “Penélope”:

a) Para que a obra seja entendida é necessário dialogar com a mitologia grega, pois

o autor se vale de recorrências às avessas. Quais características podem ser atribuídas à Penélope de Dalton e quais à de Ulisses?

b) A obra de Dalton tenciona desmascarar uma instituição. Qual? E por quê? c) Das personagens do conto, um casal de velhos unidos e solitários,

aparentemente imunes ao sofrimento. De onde se origina tal afirmação? d) De hábitos rotineiros (afazeres domésticos, lidas no quintal e jardim, passeios

aos sábados), “o velho fumando cachimbo, a velha trançando as agulhas). O que acontece para acabar com esse sossego?

e) Na mitologia o tecer constitui um processo de construção; no conto, de . f) Qual tipo de marginalização a Penélope de Dalton sofre? g) Qual o desfecho dado pelo autor para sua personagem? h) Que outro final poderia ser sugerido?

2.1 Vocabulário:

Faça a interpretação das expressões destacadas pelo contexto:

a) “Ela atravessa o pequeno jardim e, no limiar da porta, beija-a de olho fechado.” b) “Sempre juntos, a lidar no quintal, ele entre as couves, ela no canteiro de

malvas.” c) “Desertando casa, túmulo, bicho, os velhos mudam-se para Curitiba.” d) “Engorda uma galinha, logo se enternece, incapaz de matá-la.”

2.2 Procure o significado das seguintes palavras:

a) crispar: b) ranger: c) archote: d) mortalha:

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e) esgueirar: f) tecer: g) desdenhar:

3. Interpretando Clarice Lispector no conto “Feliz aniversário”.

a) Quem é a personagem principal? E qual sua idade? b) A que se deve o título do conto? c) Em que espaço ocorrem os fatos? d) Retire do texto trechos em que “Anita” demonstra sua decepção de vida. e) Como é o ambiente familiar? f) Fazendo uma analogia à sua vida, às suas experiências, você já viveu alguma

situação semelhante em seu meio familiar? g) Sendo você o autor, o que você mudaria na obra na intenção de amenizar o

sofrimento de “Anita”? h) Logo no início do conto há a descrição da violência pela qual a protagonista é

submetida. Retire, com fidelidade, a frase da obra e a reescreva eliminando aspectos de marginalização.

i) Segundo Ecléa Bosi, as pessoas são valorizadas enquanto ativas, ou seja, enquanto produzem. Você considera que o conto retrata como são vistos idosos aos olhos do sistema capitalista?

j) Como você vê pessoas idosas na sociedade brasileira?

3.1 Vocabulário:

Interprete as expressões em destaque: a) “...aboletou-se numa das cadeiras e emudeceu, a boca em bico, mantendo sua

posição de ultrajada.” b) “... a nora de Olaria empertigada com seus filhos de coração inquieto...” c) “...enquanto as avós se recostavam complacentes nas cadeiras...” d) “...entusiasmando com um olhar autoritário os mais hesitantes ou surpreeendidos...” e) “Como pudera ela dar à luz aqueles seres risonhos fracos, sem austeridade? f) “Incoercível, virou a cabeça e com força insuspeita cuspiu no chão.”

3.2 Agora dê o significado das expressões:

a) crepúsculo: b) propositadamente: c) histéricas: d) alusão: e) brusquidão: f) efusivo:

4. Produção.

A partir do estudo realizado, pode-se observar que os três contos têm em comum como

protagonista uma mulher idosa. Embora todos os autores culminem na marginalização da mesma, produza um conto em que a sua personagem principal e idosa seja sinônimo de otimismo e realização.

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5. Após a leitura do livro de Maria de Lourdes Krieger (1994), intitulado Vovó quer namorar, exercitar a interpretação:

1. Quem é a protagonista da obra? Descreva-a. 2. Há na obra uma personagem que acredita ser função de vó cuidar de netos e

cozinhar para agradá-los. A quem pertence essa ideia? E qual sua profissão? 3. Logo no início da obra há a citação de um jogo. Qual é? Por que foi usada a

expressão? 4. A obra está dividida em três partes. Destaque-as e faça um breve resumo de cada

uma delas. 5. Você considera que vó Frosina sofre algum tipo de marginalização? Qual? 6. Com a expectativa de vida aumentando as pessoas estão vivendo mais e melhor.

Você acha natural pessoas idosas namorarem? 7. As paixões de Frosina quando jovem estavam relacionadas à leitura que fazia.

O primeiro foi um primo e Frosina lia Érico Veríssimo: Música ao longe. O segundo, um vizinho. Que obra Frosina acabara de ler? E que fase estava vivendo?

8. Que planta marca o primeiro sofrimento de Frosina? 9. A autora faz alusão a uma cantiga. Que cantiga é essa? 10. No desfecho da obra a protagonista diz ter vantagens em se envelhecer. A que

vantagem ela se referia?

6. Analisar-se-á Ziraldo (1997) na obra Vovó Delícia:

a) Segundo o autor, acredita que só depois que seus cabelos ficaram inteiramente brancos, é que ele ficou em condições de escrever livros para crianças. Quem narra a história é uma pessoa adulta ou criança?

b) A narradora afirma levantar muito cedo e por conta disso realiza uma atividade. Qual?

c) Por consequência dessa ação, sabe que todo dia é comemorativo a algo. A que comemoração ela dá ênfase?

d) O que decide fazer diante do fato? e) Quando indagada pelo repórter, a narradora se surpreende e descreve uma figura

representativa e muito importante para ela. Quem é essa personagem? Descreva- a.

f) Descreva, minuciosamente, sua avó. Enriqueça nos detalhes, eles farão toda a diferença.

g) A autora Ecléa Bosi em sua obra Memória e Sociedade afirma que o homem ativo não tem tempo, pois está muito ocupado com seus afazeres mais prementes. O que não ocorre com o idoso, que tem o tempo do mundo. Retire da obra alguns trechos que confirmam esta afirmação.

h) Como é o relacionamento entre neta e avó? Descreva-o. i) A narradora afirma, ser seu maior desejo fazer uma porção de clones da avó, para

que todas as meninas do mundo possam ter uma avó igual à dela. Qual o seu maior sonho?

j) Imagine-se avô(ó). Como será seu convívio com seus netos?

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CURIOSIDADES. 1. Você já ouviu falar em cuidadores de idosos? Pesquise. 2. Para conhecer mais de perto ações realizadas com a Terceira Idade em seu município 3. acesse www.cascavel.pr.gov.br 4. Você sabia que na região há 108 pessoas que já passaram dos cem anos? Se deseja

conhecer sobre o envelhecimento na Região Oeste, acesse: www.oparana.com.br 5. Conheça sobre o Estatuto do Idoso. Acesse: www.crde-unati.uerj.br 6. Para realizar leitura on-line de algumas obras referenciadas acesse: 7. www.releituras.com-daltontrevisan_penelope.asp 8. www.escritosperdidos.com-2009-05-conto-feliz-aniversário.html 9. www.ziraldo.com-simplemail.mv

9. REFERÊNCIAS

BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1988. BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: Lembranças dos velhos. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. BURKE, Peter. A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: Editora UNESP, 1992. CANDIDO, Antonio. “A Literatura e a Formação do Homem”. Revista Ciência e Cultura. São Paulo, Vol. 4, n.9, PP.803-809, Set/1972. CEREJA, William Roberto. Ensino de Literatura: Uma proposta dialógica para o trabalho com literatura. São Paulo: Atual, 2005. EAGLETON, Terry. Teoria da Literatura: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes, 1983. FONSECA, Rubem. Ela e Outras Mulheres. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. KRIEGER, Maria de Lourdes. Vovó quer namorar. São Paulo: FTD, 1992. LE GOFF, Jacques. A história nova. São Paulo: Martins Fontes, 2001. LISPECTOR, Clarice. Laços de família. São Paulo: Rocco, 1998. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008. PINTO, Ziraldo Alves. Vovó delícia. São Paulo: Melhoramentos, 2008. SHARPE, Jim. “A história vista de baixo” . In: BURKE, Peter. (org.) A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: Editora UNESP, 1992. SCHMITT, Jean Claude. “A história dos marginais” . In: LE GOFF, Jacques. (org.) A história nova. São Paulo: Martins Fontes, 2001. TAVARES, Hênio. Teoria da literatura. Belo Horizonte: Vila Rica, 1996. TREVISAN, Dalton. Vozes do retrato: quinze histórias de mentiras e verdades. São Paulo: Ática, 1999.