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E E ARACI ZEBRAL TEIXEIRA PROPOSTA PEDAGÓGICA

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E E ARACI ZEBRAL TEIXEIRA

PROPOSTA PEDAGÓGICA

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1 – IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

I – LOCALIZAÇÃO

A Escola Estadual Araci Zebral Teixeira está situada na Rua Serras das Araras, 180 – Vila Iolanda – Guaianases – São Paulo. Pode ser acessada por transporte terrestre, tendo como referência a altura do número 500 da Estrada do Lajeado Velho tendo como comunicação os telefones 2557-6824 e 2557-5155 e pelo correio eletrônico [email protected].

II – HISTÓRICO

A Escola Estadual Araci Zebral Teixeira foi criada pelo Decreto nº. 31.210 de 21/02/1990, instalada pelo Decreto nº. 7.400 de 30/07/1990 e atende ao Ensino Fundamental Ciclo II sendo do 6º ano ao 9º ano e o Ensino Médio Regular.

Oriunda de um anseio comunitário, a escola passou a existir em um bairro de periferia com a expectativa de atender, principalmente, às necessidades educacionais das crianças moradoras do local.

Essa comunidade, onde está inserida, compõe-se de pessoas de baixa renda e tem por característica uma instabilidade na estrutura familiar. Na maior parte das vezes, as mulheres, geralmente oriundas de outro estado ou outros bairros à procura de uma nova vida, são as fontes de renda da família ausentando-se de casa e oferecendo-se para o subemprego. Devido a isso, as crianças passam muito tempo sozinhas em casa, na rua ou quando muito, são cuidadas de maneira precária por familiares, o que permite um continuum no processo educativo fora do ambiente escolar.

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Pode se perceber que são poucos os pais que demonstram interesse pelo processo de aprendizagem dos filhos, pois raramente vem à escola para acompanhá-los ou para saber de suas dificuldades ou conquistas.

2 – FINALIDADES E OBJETIVOS

Essencialmente, procuramos cooperar para que as crianças desenvolvam e aprimorem suas potencialidades, de modo a alcançarem a auto-realização e se constituírem como pessoas em termos de um conhecimento atualizado que lhes permita dialogar com o mundo que lhe possibilite opções conscientes. No cumprimento desta tarefa, temos a compreensão de que os objetivos de uma escola se realizam num espaço de relações e de presenças, parte de uma intricada trama de redes que concretizam o trabalho educativo.

Neste sentido é de fundamental importância o entendimento da cidadania como processo de afirmação de direitos e deveres da pessoa em uma perspectiva sócio-histórica, na busca de um ideal de transformação para construção de uma sociedade melhor e mais justa. Para tanto, a Escola procura formar protagonistas que atuem sob dimensões transformadoras, tendo em vista a construção de uma real qualidade de vida, a preservação de um ambiente saudável e a efetivação da igualdade entre os homens.

Assim a essência da missão da Escola Estadual Araci Zebral Teixeira é a formação integral da pessoa inserida no espaço que a cerca e no tempo do qual ela emerge, contribuindo, ao mesmo tempo, para a formação ética e o desenvolvimento da automonia moral e intelectual e do pensamento crítico, de forma que possa intervir na realidade.

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3 – FINALIDADES E OBJETIVOS DO ENSINO

O ponto de apoio, quando abordamos o processo de ensino-aprendizagem no Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio em nossa escola, é a diversidade e não a uniformidade. Se esta é a maior riqueza do mundo e do homem consequentemente, o será do processo educativo. Pretendemos cada vez mais a criação de ambientes de aprendizagem, mecanismos administrativos e ações coletivas da comunidade e da comunidade escolar que busquem valorizar e atender as diferenças.

O Meio ambiente, a pluralidade cultural, o trabalho, a cidadania, os fundamentos da ética, são elementos que fundamentam um pensamento crítico, se fazem princípios de ação e complementam o sentido especializado de cada Disciplina, num regime de interação, diálogo, inserção do aluno na vida, enfim, no comportamento pessoal.

Dentro dessa perspectiva, podemos destacar como princípios que norteiam o nosso trabalho:

I – Proporcionar ao educando possibilidade de acesso a uma educação voltada para formação da pessoa em sua totalidade, para o desenvolvimento da sua inteligência, do seu pensamento, da sua consciência crítica e do seu espírito inventivo, capacitando o indivíduo a viver numa sociedade pluralista em permanente processo de transformação;II – Oferecimento de oportunidades educacionais que desenvolvam a dimensão cognitiva, a capacidade de ação, a intuição, a criatividade, a responsabilidade social, os substratos éticos, afetivos, físicos e espirituais;III – Proporcionar ao educando possibilidade de acesso a uma educação onde, a inteligência, a consciência e o pensamento, assim como o conhecimento, sejam vistos como processos, em contínua construção. Um movimento recursivo de reflexão na ação e de reflexão sobre a ação.

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Aqui destacamos a nossa relação com as bases construtivistas de Jean Piaget, ampliadas pela visão social de Vygotsky e a dimensão humanista de Wallon, os horizontes largos e abertos de Frenet; as raízes populares de Paulo Freire com a redenção da palavra-geradora, em respeito profundo às sabedorias originais, a fidelidade ao diálogo e a consciência de que qualquer ação educativa se plenifica na transformação do homem e da sociedade, mostrando que a nossa Escola quer refletir um saber tão vivo quanto o estudante que com ele trata, que nele se apóia para se fazer no mundo e entendê-lo, que com ele está permanentemente dialogando, descobrindo-o, significando-o, comparando-o, duvidando dele ou confirmando-o, completando-o, analisando-o ou sintetizando-o, a cada instante, transpondo-o para outras realidades. Cremos que só a contextualização permite a continuada transformação da realidade, É tal transformação que provoca aprendizagem significativa, e esta, por sua vez, só acontece quando se estabelecem relações de íntima reciprocidade entre o participante (aluno-professor) e o objeto do conhecimento.

Logo, podemos afirmar que temos por princípio que a aprendizagem se constitui num processo dinâmico intensamente movimentado que parte de conhecimentos prévios, vai se desenvolvendo no meio fecundo das culturas pessoais e da sociedade, dos saberes paralelos, ouve o dia-a-dia e vai se deixando fecundar. A aprendizagem dinâmica que pretendemos praticar é, enfim, a que evoca todas as áreas, os âmbitos, as conjunturas, os contextos e dimensões presentes e emergentes na vida pessoal, social e cultural dos participantes.

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4 – ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

A escola atende ao Ensino Fundamental Ciclo II (6º ano ao 9º ano) e ao Ensino Médio Regular tendo como base de referência curricular o disposto na Lei nº. 9394/96 de 17 de dezembro de 1996.

A carga horária de cada ano do Ensino Fundamental Ciclo II é de 1080 horas para o Ensino Médio diurno de 1200 horas e para o Ensino Médio Noturno de 1080 horas distribuídas em 200 dias letivos por ano de segunda-feira à sexta-feira.

As atividades planejadas são desenvolvidas diariamente pelos docentes em conjunto com o corpo técnico pedagógico e visam a aquisição de competências e habilidades de forma transdisciplinar, agrupando os conhecimentos da Base Comum e da Parte Diversificada dentro das três grandes áreas do conhecimento formal:

I – Linguagens, Códigos e suas Tecnologias II – Ciências da Natureza e Matemática e suas Tecnologias III – Ciências Humanas e suas Tecnologias

Os conteúdos, por ano, serão desenvolvidos pelos professores, tendo como base os planos de ensino enviados pela Secretaria da Educação e elaborados durante o período de planejamento no início do ano letivo e sofrendo um replanejamento no segundo semestre tendo como validade um ano.

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5 – ORGANIZAÇAÕ DA VIDA ESCOLAR

A vida escolar do aluno será organizada através de um conjunto de regras e procedimentos, cujo objetivo final é garantir o acesso, a permanência, a progressão e a comprovação de estudos, abrangendo os seguintes aspectos:

I- MatrículaII- ReclassificaçãoIII- ClassificaçãoIV- Freqüência e compensação de ausênciasV- AvaliaçãoVI- Recuperação

I – MATRÍCULA

A matrícula na escola é efetuada pelo responsável ou quando for o caso, pelo próprio aluno, observadas as diretrizes dos órgãos centrais da Secretaria da Educação. A matrícula pode ser efetuada basicamente de três formas:

a) Por Ingresso – que ocorre apenas no 1º ano do Ensino Fundamental ciclo I e em nossa escola no 6º ano do Ensino Fundamental ciclo II e no 1º ano do Ensino Médio onde será efetuada com base no critério de idade, observadas as diretrizes estatutárias da escola para atendimento da demanda.

b) Por Classificação – que será adotado para os alunos de todos os anos do Ensino Fundamental e Ensino Médio ocorrendo nas seguintes circunstâncias:

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b.1) Para alunos da própria escola, com base no rendimento escolar e na freqüência, resultando, a cada ano, em promoção ou retenção

b.2) Nos casos de transferências, para alunos provenientes de outras escolas do país ou do exterior, neste caso, quando houver lacuna curricular de séries já cursadas, será feita adaptação de estudos.b.3) Independentemente de escolaridade anterior do aluno, mediante avaliação feita pela escola, observado o critério de idade e outras exigências específicas do curso constantes no sistemas de ensino das esferas Federal e Estadual.

c) Por Reclassificação – que consistirá em matrícula do aluno em ano mais avançado em relação ao anteriormente cursado. Para tanto, devem ser consideradas a correspondências entre a idade e o ano pretendido e a avaliação de competências.

c.1) A reclassificação ocorrerá mediante:- requerimento do aluno ou responsável, dirigido ao diretor da escola;- proposta apresentada pelo professor do aluno.

II – RECLASSIFICAÇÃO

A reclassificação do aluno da própria escola ocorrerá no máximo até o final do 1º bimestre, para o aluno recebido por transferência ou oriundo de país, em qualquer época do período letivo.

A avaliação de competências, quando necessárias para fins de classificação ou reclassificação, deverá:

- versar sobre as matérias da base nacional comum;- ser realizada por docentes da escola, indicado pelo Diretor;- conter análise dos resultados e definição, pelo Conselho de Escola, do ano em que o aluno será reclassificado;- indicar a necessidade de eventuais estudos de recuperação;- apresentar registro do parecer conclusivo do Conselho de Classe.

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III – CLASSIFICAÇÃO FINAL

A classificação final dos alunos da própria escola ocorrerá em dezembro após a conclusão do ano letivo, os alunos serão classificados, observados os seguintes critérios e procedimentos:

a) Promoção – serão considerados promovidos:- alunos dos anos intermediários do ciclo II do Ensino Fundamental (6º, 7º e 8º ano) em regime de progressão continuada, com rendimento escolar satisfatório (média escolar 5.0) e freqüência igual ou superior a 75% do total das horas letivas;- alunos, ao final do ciclo II (9º ano) e o Ensino Médio com rendimento escolar satisfatório e freqüência igual ou superior a 75% do total das horas letivas;- alunos de qualquer ano com freqüência inferior a 75% do total das horas letivas se, e somente quando, a escola considerar o rendimento escolar satisfatório;- caberá ao Conselho de Classe /Ano e decidir se a ausências às aulas prejudicou ou não o desempenho do aluno para prosseguimento de estudos e o seu encaminhamento para o ano seguinte para o reforço e recuperação.

a.1) Promoção Parcial – somente para o último ano do Ensino Fundamental ciclo II (9º ano) e para todos os anos do Ensino Médio em até três disciplinas com rendimento escolar insatisfatório ( abaixo da média 5,0) e freqüência superior, igual ou inferior a 75% com recomendação e encaminhamento para o ano seguinte para o reforço e recuperação. Deve-se lembrar que enquanto perdurar as pendências o aluno não poderá concluir seus estudos.

b) Retenção – serão considerados alunos retidos:

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- alunos do Ensino Fundamental ciclo II (6º, 7º, 8º e 9ºano) e o Ensino Médio com rendimento insatisfatório (notas abaixo da média 5,0) e freqüência inferior a 75% do total das horas letivas.

b.1) Retenção Parcial – somente para o último ano do Ensino Fundamental ciclo II (9º ano) e para todos os anos do Ensino Médio o aluno no ano seguinte freqüentará o mesmo ano em que foi retido mas cursará apenas as disciplinas em que não conseguiu a média estipulada.

c) Evasão – serão considerados alunos evadidos;- todos os alunos com freqüência inferior a 75% do total das horas letivas e que abandonaram a escola.

IV–CONTROLE DE FREQUÊNCIA E COMPENSAÇÃO DE AUSÊNCIA

O controle de frequência será efetuado sobre o total de horas letivas, sendo exigida a frequência mínima de 75% para promoção, conforme estabelecido na LDB e nas Normas Regimentais. Dessa forma, freqüência inferior a 75% das aulas pode resultar em rendimento insatisfatório e interromper a progressão continuada do aluno.

A escola fará o controle sistemático da frequência dos alunos às atividades escolares e bimestralmente adotará as medidas necessárias para que os alunos possam compensar as ausências que ultrapassam de 20% das aulas dadas desde que essas ausências sejam justificadas pelo responsável com apresentação de atestado médico.

Caberá à escola alertar a família e informar o Conselho Tutelar ou a Vara da Infância e Juventude para que assumam seus papéis, visando garantir a presença do aluno na escola.

As atividades de compensação de ausências serão programadas, controladas e registrada pelo professor da classe e constituem medida preventiva de apoio à freqüência regular com a finalidade de suprir a infrequência e sanar as lacunas de aprendizagem provocadas pelas faltas. A compensação de ausência ocorrerá ao longo do ano letivo.

O controle da freqüência não será imposto como medida meramente administrativa ou punitiva para fins de reprovação. Cremos que a infrequência seja suprida através da compensação de ausência e que busque estimular a freqüência regular e a permanência do aluno na escola, evitando

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a evasão e a retenção, possibilitando desta forma atingir os nossos objetivos junto a comunidade.

V – AVALIAÇÃO

A avaliação do rendimento escolar tem especial importância na nossa proposta de progressão para diagnóstico de dificuldades e programação de atividades de recuperação contínua e paralela. Para que esses fins sejam atingidos, considerar-se-ão dois tipos de avaliação:

a) Avaliação externa – através de mecanismos oriundos da própria Secretaria da Educação ou órgão superior que nos fornecerá subsídios para o estabelecimento de comparação do desempenho fomentando a tomada de decisão quanto ao processo de ensino aprendizagem.

b) Avaliação interna – realizada através do Projeto Provão que ocorrerá semestralmente e de forma sistemática, cumulativa e contínua pelo professor, assessorado pelo corpo técnico-pedagógico da escola. Será avaliado o desempenho particularizado dos alunos, rejeitando-se qualquer tipo de comparação entre os mesmo ou padronização. O registro do desempenho será efetuado bimestralmente, atribuindo-se as notas de 5 a 10 como desempenhos satisfatórios para ser promovido e de Zero a 4 como desempenhos insatisfatórios.

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VI – RECUPERAÇÃO

Nossa proposta pedagógica percebe que a LDB estabelece normas e princípios para a educação básica que se pautam na progressão e inclusão e que possibilitam a aceleração de estudos, o avanço nos cursos e nos anos, o aproveitamento de estudo concluídos com êxito e a obrigatoriedade de estudos de recuperação para os casos de rendimento insatisfatório.

Assim, concordamos que todos os alunos têm direito a estudos de reforço e recuperação, sempre que o aproveitamento for considerado insatisfatório. Essas atividades ocorrerão:

-de forma contínua – como parte integrante do processo de ensino-aprendizagem, no desenvolvimento das aulas regulares;

-de forma intensiva – nas férias escolares e no recesso quando houver necessidade de atendimento ao aluno com notas insatisfatórias;

-como recuperação de ciclo – ao final do ciclo II o educando apresente defasagem que o impossibilitem de acompanhar o ensino médio.

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6 – DESENVOLVIMENTO E IMPLANTAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA

I–PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS NORTEADORES DO TRABALHO NA ESCOLA

Nossa proposta pedagógica considera a realidade sócio-cultural da região onde está inserida a nossa clientela e as suas necessidades e anseios.

Tencionamos uma aproximação e um posicionamento junto aos educando e a comunidade, de uma forma geral, que nos permita proporcionar um vislumbre de idéias permeado por valores humanos. Isto fará com que a conquista de capacidades gere as adaptações necessárias para se conviver com toda sorte de intempéries que caracterizam a sociedade brasileira, principalmente os menos favorecidos economicamente. A realidade vivida por suas conquistas e esforços além de preparados para conviver com as diferenças individuais sem conflitos.

Partimos, portanto, de um princípio que nos orientará em todas e qualquer tomada de decisão e ação em nossa escola: para exercer seus direitos dentro da escola, o educando deve ser atuante e participativo; não há espaço para simples receptores de informação. É preciso questionar, debater, criticar, criar, desenvolver, enfim, é preciso aprender encontrando as próprias saídas.

II – PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS

Os princípios que norteiam a nossa ação pedagógica têm como base alguns dos valores que julgamos primordiais para a conquista da cidadania e o combate a qualquer forma de exclusão, partindo do indivíduo-aluno / professor e aluno / aluno – passando pela micro estrutura social – comunidade escolar – e visando atingir a sociedade como um todo possibilitando um convívio social na comunidade, bairro, cidade.

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O primeiro desses valores diz respeito à convivência pacífica. A paz, tão desejada por toda sociedade mundial, é uma das condições básicas para que haja uma sobrevivência digna dentro de uma comunidade como esta, onde está inserida a escola. Se percebermos as dificuldades de outras instituições – religiosas, familiares, que são responsáveis em desenvolver esse valor primordial junto a comunidades infantil, cabe a escola prestar um serviço de apoio no intuito de fazer com que as crianças, junto com a família, reflitam a respeito para que possam ter chance de uma transformação positiva do meio.

Um dos caminhos para que a convivência pacífica seja atingida é a compreensão e a prática do respeito às individualidades. Cada ser humano é individuo e, ao mesmo tempo, comum. Particular e social. Elemento e conjunto. Cada um de nós transita pelo planeta portando potencialidades e limitações, ou seja, características que nos fazem bastante diversos. Cabe a escola, enquanto centro gerador de culturas e valores, mostrar aos educandos que somos todos seres humanos e levamos muito tempo até conquistar o direito de sermos considerados iguais, apesar das diferenças de capacidades, raça, sexo, princípios filosóficos ou religiosos, nacionalidade e naturalidade entre outras, e que respeitar essas diferenças é o mesmo que respeitar a si próprio.

Garantir os direitos da criança e do cidadão é outro ponto de bastante relevância em nossa proposta. O Brasil foi um dos primeiros países no mundo a adotar leis que garantam o bem estar social e emocional das crianças. É imprescindível conhecer essas leis e os princípios que as regem e os aplicar em nosso dia-a-dia garantindo o seu cumprimento, e também, fazendo com que as crianças e seus familiares os conheçam para deles se beneficiarem.

Completando o rol de valores que nos norteiam estão a ética e a estética.

Através do compromisso ético temos o desenvolvimento de qualidades primordiais para a formação do cidadão de bem. Esse valor pode e deve ser transmitido aos alunos em toda e qualquer situação de ensino-aprendizagem por parte dos educadores fazendo com que o seu ato de ensinar extrapole as fronteiras da sala de aula e penetre a comunidade, tendo em foco irradiador o próprio aluno. Isso também ocorre com o sentido da estética. Entendemos por estética não apenas o que é harmonioso visualmente. O comportamento estético é aquele que permite ao cidadão um conjunto de atitudes de valorização da harmonia de uma forma geral, desde a convivência até a conservação do meio ambiente.

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III – DIAGNÓSTICO DA ESCOLA

O diagnóstico da clientela escolar e da comunidade nos mostrou as principais necessidades para as quais devemos voltar a nossa atenção e direcionar as nossas ações.

Percebemos uma comunidade carente de recursos financeiros, de princípios filosóficos e até mesmo de objetivos da vida a longo prazo. O índice de criminalidade e violência faz com que as pessoas percam as esperanças e comecem a aceitar tal modo de vida como natural.

As crianças desse meio apresentam características especiais que devem ser levadas em consideração. As defasagens de ordem emocional e cognitiva são uma constante. Isso gera uma dificuldade extrema para alguns dos alunos que, de todos os processos de recuperação, continuam apresentando rendimento abaixo do esperado.

A desestruturação familiar e pobreza fazem com que muitos dos alunos busquem na escola abrigo e fonte de alimentação. O papel da merenda escolar é de grande importância para a comunidade que, carente de alimentos, faz com que à criança freqüente a escola para fins de subsistência.

Uma transformação nesse modo de vida que já está internalizado nos moradores da região só pode ocorrer a médio e longo prazo. Apesar de ser tarefa árdua, é extremamente necessária e a escola é uma das possibilidades de ação. Principalmente se articulada com outras instituições que tem o mesmo objetivo libertário.

IV – METAS E OBJETIVOS

Pretendemos em curto prazo favorecer a inclusão social de todos os educandos, considerando as individualidades e fazendo com que estas sejam respeitadas por toda comunidade escolar. Com um trabalho

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pedagógico voltado às diferenças individuais, pretendemos também obter uma taxa de alfabetização maior que 90% até o término do ciclo. A utilização dos processos de recuperação de forma eficiente para garantir o cumprimento de tal objetivo. Portanto, a oferta de instrumentos diversificados que garantam a aquisição de habilidades também faz parte de nossas metas.

A médio e em longo prazo, esperamos que a comunidade apresente o reflexo de todo o trabalho realizado no ambiente educacional, ou seja, que os conceitos de igualdade, ética, tolerância e convivência pacífica comecem a fazer parte do cotidiano, tanto dentro como fora de escola.

V – AÇÕES

Para que nossa proposta alcance plenamente o êxito faz-se necessário o desenvolvimento de certas ações que se interpenetram em três grandes esferas o corpo docente, a equipe de suporte e a comunidade.

Para que a transformação ocorra a partir da intervenção da escola, deve-se considerar a preponderância do trabalho do professor como agente facilitador. A sua preparação e capacitação para que faça do ato educativo um ato de libertação é fator necessário para o efetivo sucesso de qualquer missão que tenha como objetivo proporcionar uma melhor qualidade de vida a uma comunidade. Esse é a primeira das ações a serem desenvolvidas – a oferta de momentos de reflexão e capacitação dos educadores.

Cabe à equipe de apoio – coordenação, direção, supervisão, assistência técnico-pedagógica, entre outros – garantir essa preparação. É justamente aí que se encontra a segunda esfera de ações, ou seja, aquelas que se desenvolvem a partir do suporte que é fornecido aos professores para que estes atinjam o maior grau de suas potencialidades.

O terceiro grupo de ações tem relação com a participação da comunidade no gerenciamento das ações escolares. A participação democrática na administração pública é uma conquista que vem coroar uma árdua luta pelo exercício da cidadania e deve ser privilegiada dentro de uma escola onde haja uma concepção libertária e solidária. Pretendemos receber da comunidade a participação que garanta a concretização das metas estabelecidas e o suporte necessário para que as ações educativas desenvolvidas em ambiente escolar extrapolem os portões do prédio, espalhem-se pelas ruas e adentrem os lares.

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7 – ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES NA ESCOLA

I – SALA DE VÍDEO E SALA DE LEITURA

A sala de vídeo e a sala de Leitura, com capacidade para atender até 40 alunos por vez, serão utilizadas pelos professores como recursos tecnológicos e complementares, em projetos que desenvolvam a leitura, a análise, reflexão e discussão de assuntos pertinentes ao currículo e ao plano de ensino enriquecendo e diversificando a aula.

II – INTERVALO

O intervalo será o momento destinado principalmente à merenda e a prática do convívio social de forma pacífica e tolerante.

III – PRÁTICAS ESPORTIVAS

Sabendo ser o esporte o caminho mais apropriado para aquisição de hábitos saudáveis e serem as aulas de Educação Física direito assegurado por lei a todos os alunos de todos os níveis, serão garantidas aos alunos aulas regulares que envolvam práticas corporais com o intuito de fazer com que o hábito do esporte escolar esteja presente desde cedo, motivando as crianças a praticá-lo com prazer. Além disso, a escola procurará, dentro do possível, oferecer aos alunos e a comunidade atividades extra-curriculares que contemplem o campo esportivo como torneios, sessões de ginástica e alongamento, apresentação de danças entre outras.

IV – ATIVIDADES EXTRA – CLASSE

Proporcionar aos alunos o acesso à cultura e ao lazer faz parte do nosso rol de proposta. Promovendo eventos onde a criança possa assistir

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peças de teatro e competições esportivas, visitar museus, galerias de arte, parques e participar de programas especiais de recreação garantindo assim a sua inserção em um universo que sem a ajuda da escola lhes seria inacessível.

V – ATENDIMENTO AOS ALUNOS

Os alunos serão atendidos regulamente durante as aulas, eventualmente durante as aulas de reforço – quando se fizer necessário – e durante a recuperação intensiva, no recesso escolar.

VI – ATENDIMENTO À COMUNIDADE

A comunidade, pais e responsáveis serão atendidos diariamente na secretaria, durante o horário de expediente. Quando houver necessidade, os pais ou responsáveis pelos alunos matriculados na escola serão atendidos pela coordenação pedagógica ou pela direção e até mesmo, pelos professores em horário de reunião de trabalho pedagógico coletivo.

8 – PARTICIPAÇÃO NA IMPLANTAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA

Para que esta proposta atinja os objetivos e metas estabelecidas, é necessário que haja um envolvimento favorável entre os diversos setores da escola e/ou com ela envolvidos indiretamente.

I – NÚCLEO GESTOR

O núcleo gestor, integrado pelo diretor e vice-diretor, é o centro executivo do planejamento, organização, coordenação, avaliação e integração de todas as atividades contempladas nessa proposta.

São objetivos desse núcleo:

a) a elaboração da proposta pedagógica:b) administração do pessoal e dos recursos materiais e financeiros;c) cumprimento dos dias letivos e horas de aulas estabelecidos por lei;d) a legalidade, regularidade e autenticidade da vida escolar dos alunos;e) os meios para o reforço e recuperação da aprendizagem dos alunosf) a articulação da escola com a comunidade;g) informação aos pais quanto à freqüência e o rendimento dos alunos;

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h) ação permanente junto ao Conselho Tutelar, em casos que sejam pertinentes.

II – NÚCLEO TÉCNICO-PEDAGÓGICO

O núcleo técnico-pedagógico compreende o professor coordenador pedagógico e demais professores que tenham recebido orientação técnica e capacitação em alguma área pertinente à vida escolar dos alunos. Esse núcleo proporciona ao corpo docente apoio relativo:

a) à elaboração das ações pedagógica propostas;b) à coordenação das ações pedagógicas;c) ao favorecimento das relações entre os diversos núcleos;d) À garantia da homogeneidade das ações pedagógicas na escola.

III – NÚCLEO ADMINISTRATIVO-OPERACIONAL

O núcleo administrativo-operacional terá a função de proporcionar apoio ao processo educacional, auxiliando a direção nas atividades relativas:

a) à documentação e escrituração escolar e de pessoal;b) organização e atualização de arquivos;c) expedição, registro e controle de expediente;d) registro e controle e conservação de bens e de gêneros alimentícios;e) registro e controle de recursos financeiros.

IV – CORPO DOCENTE

Integram o corpo docente todos os professores da unidade escolar e se incubem de:

a) participar na elaboração, avaliação e implementação da proposta pedagógica;

b) elaborar e cumprir o plano de trabalho;c) zelar pela aprendizagem dos alunos;

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d) estabelecer estratégias de recuperação para os alunos com menor rendimento;

e) participar das reuniões pedagógicas;f) participar das reuniões dos pais;g) zelar pelo seu próprio desenvolvimento profissional.

V – COMUNIDADE

A comunidade tem uma participação que deveria ser ativa em todos os processos de planejamento e gerenciamento das atividades escolares sob a forma de representação nos colegiados como a Associação de Pais e Mestres, ou no Conselho de Escola. São atitudes esperadas da comunidade:

a) posicionamento quanto à política administrativa da unidade escolar.b) acompanhamento das de ações planejamento em conjunto;c) participação consciente na continuidade do processo formativo fora

da escola.

VI – COLEGIADOS

A APM (Associação de Pais e Mestres) é uma instituição criada por lei específica para administrar, através de planejamento e gerenciamento democrático, as verbas que são destinadas à escola oriundas de diversos segmentos.

O Conselho de Escola, articulado ao núcleo gestor, constitui-se em colegiado de natureza consultiva e deliberativa. É dada aos integrantes total autonomia para homologar projetos, planos, orçamentos e decisões disciplinares decorrentes desta proposta.

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9 – AVALIAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA

A avaliação, como meio de se obter o feed-back das ações implementadas, deve ser um prática constante no processo de desenvolvimento da proposta pedagógica. Será efetuada com a participação de todos os segmentos envolvidos na vida escolar a cada quatro anos, ou antes, caso haja necessidade, levando-se em consideração a característica flexível desta proposta.

São Paulo, 06 de março de 2014.

Diretor de Escola - ____Sonia Santonini Leopoldo___________________

PC – Ensino Fundamental Ciclo II - ___Cristiane de O. Simoni__________

PC – Ensino Médio Regular - ____Gilmar Junior_____________________

PCAGP - _______Lucas Tributino da Silva_________________________

Page 22: 1 – IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLAoeducador.com/download.php?arquivo=9813Proposta... · Web viewAqui destacamos a nossa relação com as bases construtivistas de Jean Piaget, ampliadas