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1. Identificação do Estabelecimento
1.1 Colégio Estadual Parigot de Souza – Ensino Fundamental, Médio e Profissional Código: 00350 Rua Antônio Batista Ribas, n. 585 – Vila Franchello Telefone: (44) 3245-1010 – 3245- 3962 e-mail: [email protected]
1.2. Município: Mandaguaçu Código: 1420 (Zona urbana)
1.3 Dependência Administrativa – SEED
1.4 NRE: Maringá Código: 19
1.5 Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
1.6 Dados históricos da Instituição
O Colégio Estadual Parigot de Souza – Ensino Fundamental e Médio tem como
Autorização de Funcionamento a Resolução nº 121/87 D.O.E de 29 de janeiro do ano de
1987 e a Resolução nº 2122/03 de 26 de agosto de 2003.
Com a Resolução 3076/03 de 28 de novembro de 2003 fica autorizada a abertura de
turma para o Ensino Médio no período vespertino, implantação simultânea, a partir de
2004.
Os cursos Básico em Saúde, Básico em Comércio, Habilitação Plena em Magistério
foram reconhecidas pela Resolução nº 2975/83 – D.O.E de 01/09/83, a Resolução nº 494/94
D.O.E. de 14/10/94 cessa gradativamente o Curso de Habilitação Básica em Comércio.
Com a Resolução 4691/94 – D.O.E. de 30/09/94 o Básico em Comércio passa a
denominação de Auxiliar de Contabilidade e com a resolução 2491/97 – D.O.E. DE
22/07/97 autoriza o funcionamento da 4ª série da Habilitação Técnico em Contabilidade e
com a Resolução 3197/99 – D.O.E. DE 16/08/99 CESSA GRADATIVAMENTE O
CURSO Técnico em Contabilidade, desde 1999.
O curso Habilitação Plena em Magistério com a Resolução 717 – D.O.E. DE
21/03/2003 cessa definitivamente, desde 2000.
O Ensino Fundamental – 5ª à 8ª séries foi autorizado o seu funcionamento, com
implantação gradativa de acordo com a Resolução 1646/99 – D.O.E. de 16/04/99, Parecer
0953/99, sendo reconhecido pela Resolução 2766/02 – D.O.E. DE 08/08/02.
O programa de Educação Especial de 5ª à 8ª séries foi autorizado a funcionar com a
Resolução nº 2084/04 – D.O.E. de 08/07/04.
O Colégio Comercial de Mandaguaçu pela Resolução 2972/82 – D.O.E. de 14/12/82 passou
a denominar-se Colégio Estadual Mandaguaçu resultante da reorganização do 2º Ciclo do
Colégio Estadual Governador Paulo Pimentel, Escola Normal Colegial São João Batista de
La Salle, Colégio \comercial Estadual de Mandaguaçu e da reunião da Escola Mandaguaçu
– Ensino de 1º grau.
Pela Resolução 4553/85 - D.O.E. de 08/10/85 ocorreu o desmembramento em duas
unidades escolares:
Escola Estadual Mandaguaçu – Ens. de 1º Grau.
Colégio Estadual Parigot de Souza – Ens. de 2º Grau.
Com a Resolução 3050/88, autoriza o funcionamento das quatro primeiras séries do 1º
grau, no Colégio Estadual Parigot de Souza – Ens. de 2º Grau, passando a denominar-se
Colégio Estadual Parigot de Souza – Ens. de 1º e 2º Graus.
Pela Resolução 3120/98 – D.O.E. de 11/09/98 o Colégio Estadual Parigot de Souza – Ens.
de 1º e 2º Graus, passou a denominar-se Colégio Estadual Parigot de Souza – Ens.
Fundamental e Médio.
Pela Resolução nº 858/06 de 04/04/06, o Colégio Est. Parigot de Souza – Ens. Fund.
E Médio, passou a denominar-se Colégio Est. Parigot de Souza – Ens. Fund., Médio e
Profissional.
1.7. Caracterização da Comunidade
O Colégio Estadual Parigot de Souza está localizado na cidade de Mandaguaçu,
região noroeste do Paraná.
O Município de Mandaguaçu possui área de 297Km2 e cerca de 18 000
habitantes, está localizado na Mesorregião Geográfica Norte Central Paranaense e na
Microrregião Geográfica de Astorga. O clima predominante é o Tropical de Altitude que
envolvia, originariamente, a formação vegetal do tipo Mata Tropical Pluvial dos Planaltos
do Interior Paranaense, que se desenvolveu sobre o solo “terra roxa”, 10%, e “arenoso” e
“terra mista”, em 90%. A cidade de Mandaguaçu está situada em um divisor de águas entre
a Bacia Hidrográfica do rio Ivaí e a sub-Bacia Hidrográfica do rio Pirapó.
A colonização do município, no findar dos anos trinta, foi marcada pelo rápido
desmatamento, visto que os migrantes, grande parte do interior de São Paulo, compraram
terras financiadas e necessitavam torná-las produtivas o mais rápido possível. O ciclo
econômico adotado foi o do café, que era plantado em semente, para com a renda honrar
com os pagamentos das parcelas do financiamento.A produção agrícola do município
amadurece, torna-se moderna e competitiva com o cultivo de grãos, inicialmente o binômio
soja/trigo, e com a expansão das áreas pastoris, além das áreas de reflorestamento
comercial, laranjais, cana-de-açúcar, café adensado, pomares, hortas e granjas.
Marcadamente a forte geada de 1974 que queimou os cafezais até o tronco foi a “gota
d’água” para o agricultor erradicar este cultivo e modernizar a produção.
O município está localizado cerca de 20KM do tronco rodoviário de Maringá,
metrópole regional, que corrobora para o desenvolvimento do centro urbano. Destaque para
as oportunidades de emprego, instituições de nível superior de ensino, especialização em
diversas áreas profissionais, enfim, oportunidades para melhoria da qualidade de vida dos
trabalhadores e da população como um todo.
Dados GeraisDenominação dos habitantes: MandaguaçuensesPopulação estimada (2004): 17.921Área de Unidade territorial: Total: Total: 294,00 Km²
Urbana: 49,00 Km²Rural: 245,00 Km²
Localização: Latitude: 23º21’SLongitude: 52º05’O
Feriados Municipais: 14/12 - Aniversário20/01 – Padroeiro São Sebastião
Limites do Município: Norte: Presidente Castelo Branco, Atalaia e FlóridaSul: PaiçanduLeste: Maringá e ÂnguloOeste: Ourizona
Altitude: Média: 580 mMáxima: 602 mMínima: 520 m
Densidade Demográfica (1991): 60,21 hab/Km²
Por ser uma cidade próxima a Maringá (18 Km) , muitos trabalhadores se dirigem
para lá todos os dias em busca de oportunidades de emprego e profissionalização
O setor primário é o de maior atuação na economia do município com um
percentual de 69,48% sendo a maior parte desse valor atribuído ao cultivo da cana-de-
açúcar. O setor secundário representa 11,03% da receita gerada pelo município e o setor
terciário é responsável por 18,18% dessa receita.
O município conta hoje com as seguintes indústrias que também ofertam empregos
aos nossos alunos.
A comunidade demonstra muitas expectativas com relação à educação. Quando as
matrículas são iniciadas a procura por vagas, principalmente na 5ª série é muito grande o
que demonstra que o colégio procura desenvolver um trabalho com crescente qualidade ao
longo dos anos e, ao mesmo tempo, a credibilidade que nos é depositada faz com que
aumente nossa responsabilidade em atender a comunidade.
Por este motivo e, principalmente, pelos muitos jovens que freqüentam o Ensino
Médio noturno serem alunos trabalhadores, a administração do Colégio muito lutou para a
implantação do Ensino Médio Profissional, a fim de oferecer a esses jovens melhor
qualificação para o trabalho.
Hoje são oferecidos os cursos:
− Técnico em Administração – Integrado ao nível médio: Área Profissional:
Gestão, autorizado pela Resolução 1309/96 e reconhecido pela Resolução 5855/08;
− Técnico em Administração – Subsequente ao nível médio: Área Profissional:
Gestão, autorizado pela Resolução 858/06 e Reconhecido pela Resolução 4.990/08.
− Técnico em Informática – Subsequente ao Ensino Médio, em processo de
reconhecimento.
Segundo o levantamento para a implantação da Agenda 21 no Colégio, constatou-se
que 44% dos pais dos alunos que freqüentam o Colégio não concluiram o Ensino Médio,
(74%) possui casa própria, demonstrando avanços em relação às condições estruturais do
município e revela a necessidade de aumentar o índice de escolaridade dos adultos
responsáveis pelo sustento e manutenção da família.
Quando questionados, os pais esperam que seus filhos encontrem um ambiente
escolar propício à sua aprendizagem, ao desenvolvimento pleno de suas potencialidades,
uma boa preparação para o vestibular, para a vida e a participação na construção de
personalidades idôneas, críticas, participativas e conscientes de seu papel transformador na
sociedade.
Alguns pais encontram dificuldades no que se refere à imposição limites e
ensinamentos de valores aos filhos, mediante dos apelos do consumismo, da violência, da
libertinagem e drogas que a sociedade capitalista neoliberal impõem aos jovens. Assim,
pais depositam na escola a esperança de formação de valores, sentido para a vida, limites e
disciplina, além dos conteúdos programáticos.
Em suas discussões e respostas a questionamentos, os alunos transpareceram
expectativas de suas famílias em relação à escola e ao trabalho e também, um pouco do seu
modo de pensar, conflitos do cotidiano e projetos para o futuro ou a ausência deles.
Constituiu-se ponto fundamental para o desenvolvimento das ações pedagógicas que
busquem efetivamente cumprir o papel da educação no Colégio Parigot de Souza,
compreender as visões de mundo dos adolescentes e dos jovens do Município de
Mandaguaçu, em consonância com as expectativas das famílias, dos professores e da
sociedade.
Para isso, distribuiu-se questionários abrangendo um total de 25% dos alunos
(anexo 3) o que permitiu ser traçado um perfil dos sujeitos que atendemos no Colégio . Para
realizarmos a tabulação dos dados utilizou-se categorias de análise, embora saibamos que o
questionário seja utilizado em pesquisas quantitativas, nessa análise, os dados foram
analisados de forma qualitativa.
Paralelo a esse questionário, ocorreu a pesquisa para a Conferência da Agenda 21
e os dados recolhidos dos questionários aplicados cerca de 90% dos alunos (anexo 4) foram
adidos às análises do primeiro.
De acordo com os dados recolhidos e analisados, os alunos sonham com uma escola
centrada em três pilares básicos: valores humanos, recursos físicos e tecnológicos e
educadores competentes. Ainda quando questionados apontaram frases sobre o que
esperam da escola, como: “Uma escola com alunos educados e professores que ensinem
bem. Uma escola de paz e professores bons. Que tivesse mais tecnologia e um bom
conteúdo; uma escola sem preconceitos, onde haja bom relacionamento entre alunos,
professores e funcionários visando a aprendizagem”. Também demonstraram o desejo de
terem uma escola organizada e limpa.
Em função desses anseios demonstrados pela comunidade e pelos alunos, a escola
elabora projetos (em anexo, Agenda 21) com ações que possam desenvolve no educando,
além de motivá-los ao processo de aprendizagem.
Percebe-se que o fato de esperarem encontrar na escola um ambiente calmo,
saudável, capaz de prepará-los para a vida e a realização dos seus, tem interrelação com os
problemas e cobranças vividas na família e na sociedade. Dentre seus inumeros sonhos e
desejos estimulados pela mídia nos adolescentes e jovens, detectou-se três eixos básicos:
construir uma família e ser feliz, passar no vestibular e cursar uma universidade e ter um
emprego estável, uma profissão digna para obter uma casa própria, carro e oportunidade de
viajar.
Isso demonstra que esses subjetividades conservam valores e que apesar de
compreendê-los apenas dentro de seus contexto, sua condição é histórica, tornando-se
necessário conhecer os alunos para além da sala de aula, confirmando a hispótese de
Faraco (2004).
Os adolescentes e jovens revelam a necessidade de serem respeitados e cuidados
com maior apreço. Em termos de futuro, desejam construir uma família com afetividade e
inculcação de valores que, muitas vezes, não encontram nas pessoas que as educam hoje.
No dia a dia, os professores se deparam com atitudes de indisciplina, agressividade
e falta de interesse pelos conteúdos sistematizados, fatos que se denotam no grande número
de alunos evadidos , principalmente, no Ensino Médio noturno.
Na tentativa de amenizar o problema, a escola desenvolve projetos
interdisciplinares onde o aluno interaja e participe mais da rotina escolar, criando um
ambiente de construção do conhecimento através de pesquisas e debates sobre temos de
interesse e vivenciados pelos alunos, tornando a escola mais atraente, além de fazê-los
refletir e reconhecer que muitos problemas da escola podem ser solucionados com sua
própria contribuição como por exemplo, o preconceito, o racismo, o desrespeito na fila do
lanche, a depredação do prédio, das carteiras, o uso inadequado dos banheiros, das lixeiras,
do celular e de aparelhos de som, os roubos dentro da escola, a falta de respeito com os
colegas, professores e funcionários e a violência entre os próprios alunos.
A escola tenta educar e despertar o educando para a valorização dos recursos
naturais, para a vivência pacífica e harmoniosa no meio escolar e, consequentemente, na
vida em comunidade, através de reflexões e que aprofundem conhecimentos sobre direitos,
deveres do cidadão regras e normas da escola, laboratório de informática para uso da
internet, campeonato interno, aquisição de materiais didáticos atualizados, realização de
palestras sobre temas diversos como: saúde e doenças sexualmente transmissíveis (em
parceria com estagiários das universidades), regras e valores (em parceria com o delegado
de polícia), empregabilidade (em parceria com faculdades particulares).
Além desses atividades, durante a Semana Cultural, dá-se oportunidade para que os
alunos e também a comunidade apresentem suas produções e experiências adquiridas em
sala de aula ou de experiências trazidas do cotidiano e parcerias com agroindústrias e
comércio.
Apesar desses esforços, faz-se necessário refletir mais profundamente a respeito da
indisciplina e da indiferença presente no cotidiano escolar, pois, sabe-se que as divegências
de valores presentes na sociedade atual dificultam a compreensão de limites para as
famílias, refletindo-se na escola, num movimento semelhante ao da família.
Segundo Faraco (2004, p 40):
Quando o universo de informações dos adolescentes se amplia,
juntamente com o desenvolvimento da consciência de si e da capacidade
de julgamento crítico, eles podem rejeitar os ensinamentos e valores dos
educadores, ou suas regras. Por vezes, as queixas dos educadores a
respeito da indisciplina ou desrespeito dos alunos constituem reações ao
questionamento da postura do professor ou da disputa de regras no
estabelecimento escolar. Por outro lado, as pesquisas confirmam que,
embora os jovens costumem criticar a escola, ela é considerada uma das
instituições mais importantes e merecedores de confiança.
Para ajudar a enfrentar o problema da indisciplina, a escola tem trabalhado com
estratégias de superação das dificuldades a partir de projetos diversos que priorizam
linguagem diversificadas, como a música, o teatro, o cinema, a dança, palestras, visitas,
entrevistas e as artes.
Para a resolução dos problemas disciplinares, o colégio tem usado os seguintes
mecanismos:
− conscientização dos alunos em relação aos seus direitos e deveres;
− reuniões entre pais e professores;
− encontros entre pais, professores e alunos;
− encontros privados entre pais, professores e/ou direção;
− encontro privados entre pais professores, direção e/ou alunos;
− Conselho Tutelar;
− trabalho com Regimento Escolar;
− palestras com profissionais sobre temas diversos: sexualidade, direitos e
deveres, violência, drogas, alimentação e outros que se fizerem necessário durante o ano
letivo.
− Um dos motivos observados como responsável pela indisciplina e pelo
desinteresse do aluno para com os estudos, principalmente nas 5ª séries do Ensino
Fundamental e nos 1º anos do Ensino Médio, é a falta de elementos básicos da leitura,
escrita e cálculo, o que não se pode ignorar ou apenas transferir-se a culpa aos 4 anos
iniciais do Ensino Fundamental. Para se tentar suprir essas lacunas, o Colégio conta com as
salas de apoio, em período contrário ao do aluno, nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática, fornecidas por um projeto da SEED.
Através do Projeto Viva-Escola, são oferecidos em período contrário ao do aluno o
HIP-HOP, Literatura e Atividades Investigativas em Química, além de língua Estrangeira
Espanhola, através do CELEM e o Programa JAA (Jovem Agricultor Aprendiz) em
parceria com o Sindicato Rural de Mandaguaçu, FAEP (Federação da Agrocultura do
estado do Paraná, SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e AGROESCOLA.
Constitui-se, hoje, o principal desafio da escola a superação do modelo neoliberal
implantado a partir dos anos noventa que, misturado às concepções dos educadores é o
motivo que dificulta a compreensão e a construção de uma escola democrática.
Faz-se necessário relembrar o processo de conquista da democracia no pais deu-se
ainda nos anos oitenta e que o mesmo também foi construído pelos educadores brasileiros,
mergulhados nos movimentos populares de democratização da sociedade.
O sonho da democracia na escola não se fez por si só. Os educadores pensaram e
experienciaram um novo modelo de educação , a educação libertadora de Paulo Freire e a
metodologia histórico-crítica dos conteúdos de Demerval Saviani. Também, essa mesma
democracia não se faz desacompanhada da vivência do mesmo processo da sociedade,
embora, saibamos que o projeto de sociedade no Brasil, obedece os moldes neoliberalistas,
o qual é excludente.
Mesmo assim, a escola persiste em sonhar com a democracia e na construção
gradativa do Projeto Político Pedagógico que apresente um caráter inclusi9vo, numa gestão
democrática que se desenvolva dentro da escola, fazendo surgiu novas relações de trabalho,
socializando o poder e construindo a efetiva participação de todos os segmentos da
comunidade escolar (Melo, 1999, p.48).
Assim, poderemos ousar a negação dos valores postos na sociedade como o
individualismo, a competitividade, o egoísmo e o apartheid social, apostando na formação
do indivíduo coletivo e capaz de buscar novas identidades e competências político-
pedagógicas, a partir da participação da gestão escolar, pautando-se na autonomia escolar
descentralização do poder, representatividade social dos conselhos e colegiados, controle
social da gestão educacional, escolha dos dirigentes escolares através de eleições e inclusão
de todos os segmentos da comunidade escolar.
É importante ressaltar que a democratização da educação não se limita ao acesso à
escola. Apesar de ser o início para o processo de democratização é necessário também
garantir a permanência e o sucesso do aluno no processo educativo.
O acesso a permanência e o sucesso caracterizam-se como aspectos fundamentais da
democratização da educação porém, o modo pelo qual essa prática social é internamente
desenvolvida pelos sistemas de ensino e escolas torna-se a chave mestra para o seu
entendimento. Isso indica a necessidade que o processo educativo tem de ser umespaço
para o exercício da democracia.
Democratização da educação, vai além das ações voltadas para a ampliação do
entendimento escolar pois, segundo MELO, 2000, p.254:
A frágil democracia brasileira dá sinal de descontrole em sua gestão. O
esgotamento do modelo social em vigor é explícito nas taxas de
desemprego, fome e miséria. A concepção política e os desvios da ética
enchem os noticiários nacionais. Este é o nosso desafio: dar um salto a
favor e na direção de superar essa realidade. Olhar a escola, olhar a
educação como instrumento de transformação social. E sonhar... sonhar
coletivamente como o grande educador pernambucano Paulo Freire, na
esperança e no compromisso de “refazer esse país, torná-lo sério,
democratizá-lo e, assim, defender a vida, construir o sonho e viabilizar o
amor.
1.8 Condições físicas e materiais
O Colégio mantém suas instalações preservadas, pois a administração sempre prezou por isso
procurando melhorar cada vez mais seus recursos materiais na urgência.
Ainda necessitamos de algumas melhorias como, por exemplo,: reforma do telhado da ala
administrativa, cobertura de uma quadra construída com a colaboração da comunidade escolar da
Usina de açúcar Santa Terezinha e da Prefeitura Municipal da construção de mais salas de aula para
melhor atender o Ensino noturno (Ensino Profissional), anfiteatro (a escola realiza palestras e
projetos com apresentações de atividades para os alunos e também, para a comunidade em geral).
Ainda sentimos a falta de um refeitório para melhor atender a distribuição da merenda escolar aos
alunos, principalmente, de 5ª e 6ª series da Ensino Fundamental.
Sentimos, também a necessidade de armários e computadores nas salas dos professores e sa
Orientação e Supervisão, para tornarmos melhor e mais eficiente nosso trabalho.
2. Organização da Entidade Escolar
2.1. Modalidade de Ensino
Ensino Fundamental (5ª a 8ª série)
Ensino Médio
Ensino Profissional: integral e subsequente
Educação Especial – Sala de Recursos (5ª a 8ª série) e D.V. - CAE
2.2. Número de Turmas: 49
Número de Alunos: 1477
Número de Professores: 76
Número de Pedagogos: 5
Número de Funcionários: 22
Número de Diretor: 1
Número de Diretor Auxiliar: 2
Número de salas de aula: 14
2.3. Turno de Funcionamento:
Diurno: Matutino
Vespertino
Noturno
2.4. Ambientes Pedagógicos:
Sala de Recursos: 1
Sala D.V. – CAE: 1
Sala de Apoio Pedagógico: Português e Matemática
Complementação Curricular: Viva Escola
CELEM: Espanhol
Laboratório de Ciências/Física/Química/Biologia: 1
Biblioteca: 1
Laboratório de Informática: 1
2.5 Regime Escolar
Sendo a escola uma instituição social deve apreender orientações de como trabalhar
respeitando a realidade em que está inserida e em consonância com a lei maior: A Constuição
Federal Brasileira. Está sujeita a um conjunto de leis que orientam o seu trabalho nas dimensões:
administrativa, pedagógica e jurídica.
O regime escolar da escola constitui-se das dimensões: a vertical que representa os níveis
escolares; a educação básica composta de Ensino Fundamental (séries iniciais), Ensino Médio e
Ensino Profissional.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional deve ser tomada como um guia orientador
do fazer pedagógico.
O regime escolar do Colégio é anual nos cursos do Ensino Fundamental (anos finais), Ensino
Médio e Profissional e semestral nos cursos técnicos da educação Profissional subsequente de
Administração, Informática e Recursos Humanos para o ano de 2011.
A classificação, reclassificação e promoção dos alunos segue o que consta no Regimento
Escolar do estabelecimento
3. Diagnóstico do estabelecimento de ensino (Marco Situacional)
3.1 Identificação dos problemas relativos à aprendizagem
A educação escolar vem sendo questionada acerca de seu papel ante as
transformações da sociedade contemporânea, também denominada terceira Revolução
Industrial, centrada no sistema de produção toyotista. Esse novo arranjo do capitalismo,
baseado na flexibilidade da produção leva a sociedade a uma nova forma de organização,
envolvendo tanto as ações objetivas e subjetivas dos sujeitos com as próprias ações do
Estado.
Diante do desemprego estrutural e da desobrigação do Estado em atender as
necessidades de bem-estar social, os indivíduos passam a assumir seu fracasso e exclusão
econômica, acreditando que a única saída para se incluir no mercado de trabalho seja a
elevação da qualificação e o desenvolvimento de múltiplas competências. Segundo Libâneo
(2003, p. 110):
a desqualificação passou a significar exclusão do novo
processo produtivo. Por isso, há lugar, no novo sistema
produtivo, para o trabalhador cada vez mais polivalente,
flexível, versátil, qualificado intelectual e
tecnologicamente, e capaz de se submeter a um contínuo
processo de aprendizagem.
Nesse sentido, o desafio essencial da educação consiste na capacitação da mão-de-
obra e na requalificação dos trabalhadores, para satisfazer as exigências do sistema
produtivo e formar o consumidor exigente e sofisticado para um mercado diversificado,
sofisticado e competitivo. De acordo com Libâneo (2003, p. 113), essa vinculação entre
sistema produtivo e educação não permitem a construção de uma educação democrática,
porque, (...) em vez de um projeto educacional para a inclusão social e para a produção da
igualdade, adota-se uma lógica de competição em que a equidade, ou melhor, a mobilidade social é
pensada sob o enfoque estrito do desempenho individual.
Esse modelo neoliberal de educação mostra-se inviável para nortear os objetivos da
educação pública que queremos. Não se pode negar os avanços tecnológicos e a nova
reconfiguração do sistema produtivo, nem tampouco ignorar as conseqüências do
desemprego estrutural e do aumento da exclusão.
Os adolescentes, crianças e jovens, alunos das escolas públicas vivem de maneira
gritante essas conseqüências. Sofrem diante da ausência de perspectiva de futuro
profissional e das pressões subjetivas que apelam ao consumismo, individualismo e
competição. Vendem sua força de trabalho ao mercado informal ou a subempregos, sem
nenhuma garantia de direitos. Muitas vezes, cedem à marginalidade, ao tráfico e à
prostituição em vista de conquistas materiais efetivas, embora efêmeras.
Ao ingressaram na escola, muitas vezes não encontram suporte para
compreenderem a realidade em que estão inseridos, nem conseguem perceber formas
alternativas para se tornarem sujeitos da própria história. Não encontram sentido nos
conhecimentos científicos que a escola oferece, já que, para o mundo do trabalho só se
valoriza o conhecimento útil e pragmático. Não vêem sentido na participação e na
construção do conhecimento, fenômeno reconhecido pelos professores como indisciplina,
apatia, desinteresse e agressividade, fatores que inevitavelmente levam à evasão e à
repetência.
3.2 Identificação dos problemas relativos a gestão escolar
3.3 Participação dos pais
As transformações sociais e históricas que permeiam as concepções atuais referentes
à família estão relacionadas ao avanço tecnológico dos métodos contraceptivos, ingresso da
mulher no mercado de trabalho, o desenvolvimento do movimento feminista em busca de
igualdade de direitos. Portanto, a família possui uma função educativa que deve ser
compartilhada com a escola, para um trabalho que caminhe na mesma direção, pois ela é o
primeiro grupo de mediação da criança com o meio social.
A escola tem a função educativa no sentido de fazer a mediação entre o conhecimento
historicamente produzido e a criança, por isso, a presença da família no ambiente escolar
torna-se necessária. Neste sentido, para que o processo ensino-aprendizagem se efetive,
deve haver articulação da família com a escola. São realizadas reuniões bimestrais com os
pais e ou responsáveis para informações sobre os avanços e dificuldades de aprendizagem
dos filhos. Além disso, o colégio fica à disposição dos pais para que os mesmos solicitem
informações sobre o desempenho dos filhos e sobre a proposta pedagógica da escola.
3.4 Formação Inicial
Acompanhando o rítmo das rápidas modificações da sociedade, do conhecimento,
dos valores, vimos que a própria educação também evolui estabelecendo os objetivos da
prática educacional, não como uma atividade solitário que estabelece um processo fechado,
ao contrario, relacionando-se com todos os setores envolvidos no processo educacional,
dialogando para melhor decidir.
Além disso, todas as fontes de influência (sociedade, aluno, filosofia da escola) agem
não só antes do início da formação, como também no decorrer da mesma.
Por outro lado, todas essas fontes de influências são dinânimcas, isto é, valores,
expectativas e conhementos modificam-se com o passar do tempo.
É comum que, ao se preocupar em entender o processo de aprendizagem na escola, se
mencionem apenas elementos ligados à sala de aula, como se fosse possível isolar a classe
do contexto escolar e cultural na qual se insere.
Toda profissão tem seu rol de pré-requisitos necessários não foge à regra. A
escolaridade é sem dúvida em nossa sociedade, um dos fatores mais valorizados e tem sido
exigida como requisito mesmo nas funções consideradas mais simples dentro do sistema
escolar. É complemente supérfluo ter os melhores materiais e instalações se não temos uma
boa disposição e uma atitude decidida para continuar formando os formandores de nossos
alunos.
Certamente a situação funcional da equipe escolar, envolvendo formada de trabalho,
programas de desenvolvimento profissional e condições de organização do trabalho
pedagógico, tem um peso significativo para o exito do processo ensino/aprendizagem que
será concretizado através da formação dos educadores e da sua condição de cidadãos e
como tais, participantes do processo de construção da cidadania.
Para isto, é indispensável conceber a escola como espaço incondicional de
socialização do conhecimento e de instrumentalização da comunidade escolar.
Apresentamos abaixo o número de funcionários educacionais e sua situação
funcional.
− No quadro administrativo escolar: (3) docentes com pós-graduação;
− Na equipe pedagógico: (6) docentes com pós graduação e uma cursando o PDE;
− Na coordenação dos cursos profissionais: (2) com pós-graduação e uma delas com
PDE concluído.
− Servidores de apoio;
− Agente Educacional I: (5) funcionários, 3 com Ensino Médio e 2 Acadêmicos;
− Agente educacional II: (7) funcionários, 3 com pós-graduação, 3 com Licenciatura
Plena e 1 com Ensino Médio;
− QPPE: (4) funcionários, sendo 3 agentes de execução com pós-graduação e 1 agente
de apoio com Ensino Médio;
− No Paraná Educação: (3) funcionários com Ensino Médio;
− CLAD: (2) funcionários com Ensino Médio;
− Docentes em regência:
a) Quadro próprio do magistério – QPM (52) docentes; (48) docentes com pós-graduação; e
(4) com mestrado. Desses professores 2 concluiram o PDE e 11 estão cursando;
b) PSS (29) docentes: Destes 23 com Licenciatura Plena; 3 com pós-graduação e 3
acadêmicos.
3.5 Proposta de Formação Continuada dos Profissionais da Educação
A formação mais qualificada e contínua pode estimular o professor a adotar uma
postura proativa. Tal atitude é vital para a consolidação das mudanças necessárias na
escola. Isso porque elas dependem, em grande escala, na assunção de um projeto ético,
político e pedagógico em cuja elaboração os docentes tenham efetiva participação
(RAMOS, 2003, p.50).
A formação continuada no Colégio pretende atingir todos os sujeitos envolvidos no
processo educativo. Para isso, todos são convocados para a reelaboração do PPP, por meio
de discussões, aplicação de questionários a respeito da situação atual da escola, estudo das
concepções pedagógicas e estudo dos textos para aprofundamento e definição teórico-
metodológica.
3.6 Índices de aprovação, reprovação e evasão
RENDIMENTO ESCOLAR EM %Séries Turno Aprovação Reprovação Abandono
20095 Manhã 72,97% 16,22% -
Tarde 44,62% 32,83% 4,48%Noite - - -
6 Manhã 60,98% 36,59% -Tarde 61,25% 31,25% 5,00%Noite - - -
7 Manhã 85,37% 14,63% -Tarde 73,33% 9,33% 1,33%Noite - - -
8 Manhã 75,68% 17,56% 2,70%Tarde 68,29% 4,88% 19,51%Noite - - -
1 Manhã 71,25% 17,50% 5,62%Tarde 63,89% 22,22% -Noite 47,42% 17,53% 28,87%
2 Manhã 87,65% 7,41% 3,70%Tarde 69,57% 13,04% 8,70%Noite 52,17% 22,83% 17,39%
3 Manhã 90,54% 5,41% 2,70%Tarde - - -Noite 66,29% 4,49% 24,71%
TOTALFUNDAMENTAL 73,75% 21,25% 0,68%MÉDIO 68,60% 13,80% 13,10%INTEGRADO 61,22% 8,16% 20,40%
Prova Brasil – Pesquisa realizada nos anos de 2005, 2007 a 2009, em âmbito estadual,
municipal e do Colégio Est. Parigot de Souza, no intuito de levantar informações dos
alunos das escolas da rede pública brasileira.
Resultados : Colégio Estadual Parigot de Souza
Anos Finais
Etapa Taxa de Aprovação Nota Prova Brasil/SAEB IDEB Meta do IDEB
Matemática Língua Portuguesa2005 2007 2009 2007 2009 2011
Anos Finais
2005 2007 2009 2005 2007 2009 2005 2007 2009
77,8 77,3 72,5 242,2 260,03 253,2 215,32 247,43 252,79 3,4 4 3,6 3,4 3,6 3,8
Resultados : Rede Municipal
Anos Iniciais
Etapa Taxa de Aprovação Nota Prova Brasil/SAEB IDEB Meta do IDEB
Matemática Língua Portuguesa2005 2007 2009 2007 2009 2011
Mandaguaç
u
2005 2007 2009 2005 2007 2009 2005 2007 2009
83,5 94,3 98,2 185,2 206,24 212,74 169,4 180,59 183,97 3,8 4,9 5,3 3,9 4,2 4,6
Resultados : Rede Estadual
Anos Finais
Etapa Taxa de Aprovação Nota Prova Brasil/SAEB IDEB Meta do IDEB
Matemática Língua Portuguesa2005 2007 2009 2007 2009 2011
Mandaguaç
u
2005 2007 2009 2005 2007 2009 2005 2007 2009
75,6 76,7 81,1 248,9 249,1 245,2 216,8 234,9 242,19 3,4 3,6 3,9 3,4 3,6 3,6
IDEB e Projeções Anos Finais
3.7 Relação entre os profissionais da Escola e discentes
O convívio escolar refere-se a todas as relações e situações vividas na escola, dentro
e fora da sala de aula, em que estão envolvidos direta ou indiretamente todos os sujeitos da
comunidade escolar.
O trabalho só se concretizará através das decisões tomadas pela comunidade
escolar, com o envolvimento de todos no processo de definição das prioridades a serem
realizadas. O fundamental é que todos possam refletir sobre os objetivos a serem
alcançados. Cada um, alunos, professores, funcionários, pais, terá sua função nesse
trabalho. Para isso, é importante que as instâncias responsáveis pelas escolar criem
condições, que a direção da escola facilite o trabalho em equipe e promova situações
favoráveis à comunicação, ao debate, a reflexão entre os membros da comunidade escolar.
A escola não é apenas lugar de reprodução de relações de trabalho alienadas e
alienantes. É, também, lugar de possibilidades de construção de relações, de autonomia, de
criação e recriação onde se possa redefinir sua relação com a sociedade.
A sala de aula está inserida nessa instituição educativa, que por sua vez está filiada a
um subsistema educacional que por seu turno é parte do sistema sociopolítico, cultural,
econômico e religioso que a seu modo, está vinculado a realidade nacional. E se pensarmos
que cada um destes segmentos tem seus valores, suas direções, suas opções, suas
preferências, suas prioridades, que se disseminam, espalham, divulgam e se ompõem
através de normas, leis, decretos, propagandas, ministérios, secretarias e até mesmo, e
1 2 3 4
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
IDEBMeta
2005 2007 2009 2011
talvez principalmente, através dos instrumentos da educação informal e de nossos próprios
alunos perceberemos imediatamente quão direta e indiretamente, implícita e
explicitamente, a situação educativa em sala de aula, o professor, o aluno, seu
relacionamento, suas funções, seus papéis, suas decisões, seus trabalhos estão
profundamente influenciados por esta realidade maior.
A partir do momento em que todos nós tivermos clareza de que a função social da
escola está em possibilitar ao aluno o acesso ao conhecimento e que este é via de
emancipação humana e social, estaremos sim preocupados com a aprendizagem efetiva.
Talvez, para os alunos da escola pública este seja o melhor ou quem sabe para
alguns, o único meio de acesso ao conhecimento de forma organizada. É este conhecimento
que lhe possibilitará compreender o mundo em suas contradições e, a luz da história dos
homens, mover esforços para mudar sua prática social.
4. Princípios norteadores da educação
Concordamos com a visão de educação “entendida como fator de realização da
cidadania, na luta contra as desigualdades sociais e da exclusão social, cuja
responsabilidade é ser agente de mudanças, capaz de gerar conhecimentos e desenvolver a
ciência e a tecnologia [...], preparar cidadãos capazes de entender o mundo, seu país, sua
realidade e de transformá-lo”. (Libâneo, 2003, p. 118).
Essas responsabilidades indicam os objetivos da escola que queremos, os saberes
que queremos discutir e o conhecimento que queremos trabalhar.
Estes se reúnem em três eixos, apontados por Libâneo (2003) e para nós
considerado: a preparação para o processo produtivo e para a vida em uma sociedade
técnico-informacional, formação para a cidadania crítica e participativa e formação ética.
A preparação para o processo produtivo distinguiu-se da noção de qualificação e
competência nos parâmetros neoliberais, mas envolve a necessidade a escola preparar o
educando para o mundo do trabalho e suas formas alternativas, centrando-se na formação
geral, cultural e científica, bem como no desenvolvimento de saberes que o encaminhem
para a autonomia, criticidade e capacidade de analisar a totalidade do processo produtivo
atual.
A formação para a cidadania crítica e participativa deve encaminhar para a vivência
da democracia e da liberdade de expressão, na busca de comprometimento com a luta pela
justiça social e participação em movimentos da sociedade civil organizada empenhados na
pressão da esfera estatal pela efetivação das políticas públicas.
Por fim, a formação ética trata de formar valores e atitudes diante do mundo da
política e da economia, do consumismo, do individualismo, do sexo, da droga, da
depredação ambiental, da violência e, também das formas de exploração que se mantêm no
capitalismo contemporâneo. Trata-se também da promoção da autonomia e liberdade do
outro, visto como sujeito e não como objeto.
De acordo com Ramos (2002, p. 151) “a teoria educacional é condição de
resistência do educador na sua própria prática educativa”. Sabemos que a educação não é a
única via de transformação da sociedade e que as conseqüências do sistema macro-
estrutural, por vezes, ofuscam o trabalho docente e a visão utópica de transformação social.
Nesse sentido, faz-se necessário uma consciência clara das possibilidades da educação e um
esforço teórico capaz de nos dar a “clareza suficiente para nos abstermos de medidas e
estratégias que consideramos no próprio neoliberalismo” (Ramos, 2002, p. 151).
Concordamos com Pimenta quando em seu texto “ A organização do trabalho na
escola” aponta os pressupostos da teoria crítico social dos conteúdos e as finalidades da
escola:
1- a escola deve transmitir a todas as crianças os saberes que são investidos na vida
cotidiana - não só os saberes fundamentais (leitura, escrita e bases matemáticas), mas
também os saberes tecnológicos, econômicos e jurídicos (fundamentos do mundo social
adulto). Esse ensino deve ser diretamente articulado com a experiência social da criança;
2- a escola deve esforçar-se por dar a todas as crianças uma formação científica e
tecnológica ligada à luta contra as fontes da desigualdade social;
3- a escola deve proceder à transmissão sistemática do saber não como um corpo de
conhecimentos voltado para si mesmo, mas utilizar o saber como necessário para melhor
compreensão dos problemas sociais;
4- a escola deve conceber a cultura humana como formação da personalidade social e não
como assimilação pelos indivíduos de conteúdos culturais que têm um valor em si (Charlot,
1979, p.304).
Quanto aos aspectos metodológicos, a citação a seguir expressa o cerne de tudo o
que sonhamos para o processo ensino-aprendizagem:
A escola, enquanto instância que procede à mediação entre a criança e os
modelos sociais adultos, pelo confronto entre eles, possibilitando-lhes um
alargamento do seu próprio modelo social, é necessária. É através do contato
imediato com o professor que se processa essa mediação. Pelo trabalho
docente é que se dá o encontro formativo entre o aluno e a matéria de ensino.
O trabalho docente é intencional, sistemático. O professor desempenha a
função de mediação entre a criança e o mundo social, adulto, possibilitando a
ela o confronto entre ambos, fazendo com que ela vá adquirindo a capacidade
de compreender e transformar os saberes. O núcleo do trabalho docente é
ensinar, e ensinar de modo que os alunos aprendam (p.31).
Para isso, a organização escolar deve propiciar a democratização do saber e das
relações. Certamente, o processo de organização dessa escola articula autonomia colegiada
e participativa de todos os seus segmentos.
Colegiada, porque deve basear-se não na soma de decisões individuais, mas
na cooperação das equipes de profissionais (fundamentalmente os
professores, mas também outros envolvidos, conforme os casos);
participativa, porque deve fazê-lo em cooperação com o público, ou seja,
seus alunos e seus pais (...) o compromisso com os fins da educação, tal
como são formulados pela sociedade através de sua representação legítima
como objetivo de toda atuação individual ou colegiada, e com a organização
escolar como o instrumento privilegiado da comunidade para conseguir isso.
(Enguita, 2004, p.122).
A busca da concretização desse projeto tem como compromisso os interesses e
necessidades dos alunos, enfatizando o processo de aprendizagem. A função fundamental
da educação é criar condições para o desenvolvimento do potencial de cada indivíduo e
ajudá-lo a tornar-se um ser humano completo, em suas dimensões sociais, afetivas e
intelectuais. Nesse sentido, o Ensino Médio pretende oferecer uma educação integrada,
visando a vinculação entre a formação geral e a formação profissional.
O grande desafio desse projeto de educação consiste na reinvenção da solidariedade,
do companheirismo, da amizade, da democracia e da justiça social diante da discussão
sobre classe social, gênero, etnia e cultura a fim de possibilitar a resistência e o combate à
discriminação e à exclusão, defendendo a coexistência da diversidade.
Nesse processo pretendemos estabelecer um processo de formação continuada e
grupos de discussão a fim de ir socializando os saberes e práticas docentes numa busca de
competências técnicas e políticas mediadas pela ética, competência que como afirma Rios
(2002, p.46) requer um compromisso com a emancipação dos alunos. Sabemos que é no
cotidiano de nossas práticas que estamos construindo a história da educação brasileira. É a
partir do educador e do aluno que temos que teremos o educador e o aluno que queremos
ter. A busca do possível norteia nossas ações. Nesse sentido nos sentimos guiados pela
esperança incansável de Paulo Freire e dos demais educadores que inspiram nossos
projetos: “A esperança é um ímpeto natural, possível no contexto de nossa incompletude.
Sem ela, no lugar da história, teríamos puros determinismos (Freire, 1997)”
4.1 Concepções de:
4.1.1 Conhecimento:
Numa educação emancipadora, que busca a transformação da realidade, o
conhecimento passa a ser fruto de uma construção coletiva, e, assim, o professor é mais do
que o menor “ensinante” e o processo de ensino-aprendizagem adquire movimentos de
troca e de crescimento mútuo.
O conhecimento é sempre uma construção social, influenciada pelas visões de
mundo. Construir uma nova relação com o conhecimento é perceber que informação não é
conhecimento e sim “matéria-prima” que pode se tornar conhecimento se for transformada,
se fizer sentido para o sujeito cognocente e este se relacionar com outros conhecimentos já
construídos e incorporados.
4.1.2 Educação:
De forma geral, entende-se que educação é o desenvolvimento integral e hormônio
de todas as faculdades humanas. Porém, também deve ser entendida como uma instituição
social, uma vez que as características básicas de uma instituição social, são encontradas nas
instituições pedagógicas como, por exemplo, regras socialmente compartilhadas, as
recompensas e os castigos, os deveres e os direitos daqueles que dela se beneficiam. Logo,
ela varia com as classes sociais, com as diversas espécies de sociedade, com os diferentes
tempos e situações históricas, relacionando-se às necessidades sociais de um tempo e lugar.
Assim é a coletividade que impõe os fins da ação educativa, exercendo sobre os
educadores uma pressão moral no sentido de desenvolver nos educandos as qualidades
comuns do grupo social e seus ideais coletivos. Portanto, a educação está fortemente
relacionada à manutenção do que é comum à coletividade e à construção de mecanismos
que garantam a continuidade e a manutenção de estruturas sociais que representem as
formas de assegurar as condições ideais da existência da própria sociedade.
4.1.3 Do homem
o homem contemporânea esta consciente de que carece de consciência crítica,
estando relação nada a necessidade além do nível de simples sobrevivência.
O homem que queremos formar deverá prover a sofisticação teórica para enfrentar
os desafios e problemas da sociedade contemporânea.
Ele deve estar eticamente comprometido com os valores que conduzem a excelência
da razão, enfatizando a tudo aquilo que dê significado a sua vida, atuando como sujeito
emancipado de forma à transformar a realidade, pois é um ser social e histórico.
É furtado da escola primar pela formação de um ser político, histórico, participativo,
crítico e que elabora e valoriza sua cultura, desenvolve-se por meio da mediação nas várias
fases, nas instituições socialmente constituída.
4.1.4 de Mundo
Compreendemos o Mundo como uma unidade entre a realidade concreta e o
pensamento. Isto é, a totalidade da realidade não é aqui considerado como algo externo e
separado do Homem, em que este compõe uma das faces daquela; ao contrario, a totalidade
do real se constrói a partir do momento em que o Homem, seguindo suas necessidades
materiais de sobrevivência, interfere na Natureza transformando-a. Ao fazê-lo, o Homem
recolhe essa realidade no pensamento elaborando-a em símbolos que representam e
fornecem significado à realidade (o que assinala sua transição da animalidade à
humanidade). Neste sentido, ao passo que transforma a Natureza, o Homem transforma a si
mesmo, pois possui a capacidade de acumular as experiências que fluem dessa sua relação
com o mundo e, consequente e necessariamente, dos homens entre si. Assim, quando o
Homem percebe o mundo buscando uma compreensão de seu significado é a mesmo que
ele está conhecendo, uma vez que os significados dos seres em particular e do Ser em geral,
isto é, da Realidade, foram pela própria capacidade humana de pensar construídos e
representados. A este mundo podemos dar o nome de “Mundo da Cultura”.
4.1.5 Sociedade
A sociedade só pode ser entendida pela própria sociedade. As ações das pessoas não
acontecem por acaso, a sociedade as influencia. Ele denominou de fatos sociais, os
fenômenos que poderiam ser estudados por uma ciência da sociedade.
Já Max Weber, acreditou na possibilidade de interpretação da sociedade “não
olhando” para ela, mas sim, para o indivíduo que nela vive, pois entendia que aquilo que
nela ocorre seria a soma das ações das pessoas.
Marx também via o homem como aquele que pode transformar a sociedade fazendo
sua história, mas enfatiza que nem sempre ele o faz como deseja, pois as heranças da
estrutura social influenciam-no. Assim sendo, não é unicamente o homem quem faz a
história da sociedade, pois a história da sociedade também constrói o homem, numa relação
recíproca.
Dessa maneira, a classe dominante, a burguesia, tem maiores oportunidades de fazer
sua história como deseja, já que tem o poder econômico e político nas mãos, ao contrario da
classe proletária. Para Marx a Classe trabalhadora deveria organizar-se politicamente, isto
é, conscientizar-se de sua condição de explorada e dominada por meio do trabalho e
transformar a sociedade capitalista em socialista por intermédio da revolução.
A partir de 1940, novos Sociólogos começam a aparecer no cenário brasileiro.
Florestan Fernandes foi um sociólogo que fez um contínuo questionamento sobre a
realidade social e das teorias que tentavam explicar essa realidade.
Assim é importante que o aluno possa compreender a dinâmica da Sociedade,
contemporânea, aprenda a questionar as “verdades” que lhe são colocadas e possa inserir-se
de forma crítica e criativa nas diversas instiuições sociais que compõem o sistema social.
A escola é uma dessas instituições regidas por normas estabelecidas por grupos
externos a esta. Para conseguirmos fazer com que a instituição escolar, conscientize
criticamente o aluno de sua posição social e mobilize-o internamente para a luta pela
transformação da sociedade é necessário o esforço e o trabalho conjunto de todos aqueles
que a constituem, no sentido da construção de uma escola democrática, participativa e que
tenha como papel fundamental formar sujeitos autônomos, críticos, em condições para
lutar pela superação das desigualdades e pela transformação da sociedade.
4.1.6 Cultura
Pode-se definí-la como sendo o conjunto de experiências humanas (conhecimentos,
costumes, instituições, etc) adquiridas pelo contato social e acumuladas pelos povos através
dos tempos, portanto é ela que direciona o conhecimento e a tecnologia.
É a partir dela que surgem as normas de comportamento dos indivíduos em
sociedade e sua organização político-econômica, principalmente no que se refere às
ideologias que imentam o bloco social. Assim, a cultura deve ser compreendida como a
articulação entre o conjunto de representações e comportamentos e o processo dinâmico de
socialização, constituindo o modo de vida de uma determinada população, inclusive as
relações de trabalho e de renda.
4.2 Filosofia do Colégio
Diante dessa realidade exposta acima, faz-se necessário a reorganização da escola e
do fazer docente reafirmando a importância da educação democrática, de estabelecer metas
claras e fundamentais teoricamente numa proposta transformadora da educação e
sociedade.
Concebemos que o papel dos homens e das mulheres na sociedade é um papel de
transformação da natureza em cultura por meio do trabalho. Segundo Rios (2002,p.30), “o
homem é um ser-no-mundo. Ele não é, primeiro, e depois é no mundo. Ser no mundo já é
constituinte de seu ser homem”.
Nesse sentido, todos produzem cultura, não existe diferença entre ser ou não ser
culto e por isso todos têm o direito de conhecer a produção cultural da humanidade. Porém,
historicamente as relações de trabalho baseado no modo de produção capitalista fizeram
gradativamente aprofundar o abismo existente entre os trabalhadores e os burgueses, esses
últimos detentores do saber intelectual e os primeiros, do saber manual.
A escola, como instituição de transmissão da cultura, tem refletido esse abismo,
negando às classes populares o saber acumulado historicamente. Isso porque, nascida na
sociedade capitalista está imbuída da ideologia liberal que se serve dela para justificar as
diferenças sociais. Compreendemos, como afirma Rios (2002,p.38) que:
A escola não está nem fora da sociedade, com uma autonomia absoluta diante
dos fatores que estimulam as mudanças sociais, nem muito menos numa
relação de subordinação absoluta, que a converte em mera reprodutora do
que ocorre em nível mais amplo na sociedade. A escola é parte da sociedade
e tem com o todo uma relação dialética [...] a escola tem uma função
contraditória – ao mesmo tempo em que é fator de manutenção, ela
transforma a cultura.
Dessa forma, a atuação na escola nunca é uma prática neutra. A forma como a
prática educativa acontece no cotidiano escolar, prepara o cidadão para a compreensão da
realidade ou para sua adaptação conformista.
Nascida dessa preocupação, a concepção de educação histórico-crítica formulada
por educadores brasileiros (Saviani, entre outros) vê o processo de ensino-aprendizagem
como um ato político (Freire).
Por meio de estudos “nas formações continuadas, a comunidade escolar está se
apropriando dos conhecimentos da Teoria Histórico-cultural e da didática da pedagogia
histórico-crítica numa tentativa de superação da pedagogia “tradicional”.
Num consenso, o coletivo escolar entende a necessidade da utilização da concepção
histórico-crítica como norteadora da prática educativa do Colégio Estadual Parigot de
Souza, por isso a avaliação, os procedimentos didáticos, os conteúdos e a relação professor-
aluno e aluno-aluno devem estar embasadas nesta concepção de educação.
Dessa forma, todos esses componentes não podem ter encaminhamentos
divergentes, pois todos fazem parte de um único processo, cujo objetivo é “resgatar os
valores fundamentais da vida, valorizando o conhecimento cotidiano e transformando-o em
conhecimento científico elaborado, repensando a sua identidade no cumprimento de sua
missão garantindo assim o acesso, permanência e o sucesso do aluno na escola”.
Em síntese:
O homem como ser político/democrático, visa o equilíbrio entre trabalho e
convivência. Nesta perspectiva, o propósito do ensino-aprendizagem do Colégio Estadual
Parigot de Souza é resgatar os valores fundamentais da vida, valorizando o conhecimento
cotidiano confrontando-o com o conhecimento científico elaborado, acumulados
historicamente, gestando uma síntese construída pelo aluno. Desta forma busca formar
cidadãos conscientes de sua autonomia e de seu compromisso social preparando-o para sua
formação plena.
4.3 Princípios didático-pedagógicos (Marco Conceitual)
A pedagogia Histórico – Crítica surgiu, embasada na teoria cultural de Vigostski,
surgiu no Brasil por volta de 1984, trazendo o materialismo histórico dialético que, em sala
de aula, se expressa na metodologia dialética de construção sócio individualizada do
conhecimento.
A pedagogia Histórico – Crítica, segundo Saviani, embora “consciente da
determinação exercida pela sociedade sobre a educação”, fato que a torna crítica, acredita
que a educação também interfere sobre a sociedade podendo contribuir para a sua
transformação, fato que a torna histórica.
Dentro do processo pedagógico, os educadores entenderam que a escola deixou de
ser a detentora e transmissora do conhecimento produzido e constatou que o conhecimento
se dá nas relações interpessoais, conferindo também ao professor um papel dinâmico na
busca pelo conhecimento. A pesquisa, o interesse motivam a busca pelo saber, tornando
assim o aprendizado mais democrático e natural.
Toda a produção científica tem raízes sociais e históricas. Uma escola moderna deve
contextualizar o saber.
Os conteúdos escolares devem ser tratados como uma necessidade pessoal e social
de modo que, após apreensão passam a ser instrumentos de mudanças sociais, devendo ser
incorporados dentro de uma totalidade.
Cabe ao professor, na tendência histórico-crítica, trabalhar com o educando: a
prática social inicial, partindo da realidade concreta, seguida dos conteúdos científicos
historicamente elaborados pela humanidade, fazendo assim a contextualização.
Com isso o profissional da educação estará primando por uma escola mais viva,
significativa, atualizada, rica em conhecimentos elaborados e sistematizados, pertinentes à
cultura erudita, ao saber científico, primando pela formação cidadã.
A prática pedagógica propôs uma interação entre conteúdo e realidade concreta,
visando a transformação da sociedade, com enfoque no conteúdo como produção histórico
social de todos os homens.
O compromisso pedagógico com uma concepção progressista é com a
democratização e apropriação do saber e produção do novo saber.
A problematização vai detectar as questões a serem resolvidas no âmbito da prática
social. Neste caso, quais conhecimentos seria necessário dominar?
A instrumentação, trata-se da apropriação pelas camadas populares das ferramentas
culturais necessárias a luta social que travam diuturnamente para se libertar das condições
de abuso em que vivem. A catarse que é a incorporação dos instrumentos culturais,
transformação social e por último a prática social final, sendo a nova postura que o
educando deve assumir perante a sociedade.
A escola precisa estar em consonância com as necessidades do mercado sem reduzir
a sua função de formadora de um cidadão critico e apto a lidar com todas as situações que
possam surgir na vida.
Portanto, a função da educação é humanizar, oferecer condições à emancipação, à
participação e não adaptar os indivíduo a situações de dominação. Neste sentido, a escola
está voltada para desenvolver todas as potencialidades humanas, hominizar, segundo
Gramisci.
Para ser transformadora, a escola deve ser repensada na sua qualidade formal, na
competência técnica e política objetivando a sujeito a fazer sua própria história.
Para que haja mudanças, ela deve ser pensada na sua qualidade formal,
caracterizada pelo domínio de técnicas, capacidades de manejo de instrumentos e de
procedimentos e na política que é a capacidade do sujeito de fazer sua própria história.
4.3.1 Procedimentos didáticos
Concepção crítico-social dos conteúdos: O conteúdo produzido e acumulado
historicamente pela humanidade precisa ser adquirido pelo aluno como condição de sua
emancipação, devendo-se partir da prática social inicial do aluno (partir de sua realidade –
o que ele já sabe) e terminar também em sua prática social (ao final da aprendizagem
espera-se que o aluno seja capaz de utilizar-se do conteúdo para transformar a realidade em
que vive).
Planejamento é o ato de transformar idéias em realidade de forma que as ações
sejam organizadas em etapas, facilitando-se sua execução e obtendo-se êxito.
O ato de planejar faz parte da história do homem, sendo incontáveis todos os tipos e
níveis de planejamentos necessários à atividade humana. O homem tem a capacidade de
dividir o futuro, analisar a realidade em que está inserido e propor ações e atitudes para
transformá-la.
As instituições educacionais têm necessidade de elaborar o seu planejamento para
que haja equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando um melhor
funcionamento. Implica na reflexão sobre a tomada de decisões, prevê a necessidade de
racionalização do emprego de meios e recursos humanos disponíveis, visando a
concretização de objetivos em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos
resultados das avaliações.
O planejamento orienta as ações ao mesmo tempo em que tem como guia a filosofia
do colégio e seus objetivos, indicando caminhos a seguir e as maneiras adequadas para
chegar lá, tendo em vista a situação presente e possibilidades futuras, para que a educação
atenda tanto as necessidades da sociedade quanto à do indivíduo.
O eixo norteador do planejamento deve ser a Proposta Curricular, a qual é baseada
nas estaduais, e consta de sugestão de bibliograficas, onde o professor poderá usá-la na sua
prática pedagógica. Ainda na Proposta Curricular há uma seleção de conteúdos para cada
disciplina conteúdo a graduação das dificuldades de acordo com a capacidade cronológica e
maturidade do indivíduo.
O livro didático servirá como apoio, não devendo nunca ser o único instrumento de
pesquisa.
No planejamento deve constar o recurso disponível na comunidade para um trabalho
coletivo com o Colégio Est. Parigot de Souza, sendo na área comercial, industrial e
agrícola, possibilitando opções de escolhas, facilitando a interdisciplinaridade com práticas
inovadoras.
Para atingir os objetivos propostos, tanto formativos quanto informativos, são
proporcionadas ao educando as formações necessárias para o desenvolvimento de suas
potencialidades como elemento de curta realização, preparando-o para o trabalho e para o
exercício de sua cidadania.
Os procedimentos didáticos incluem aulas expositivas, problematização, pesquisa,
utilização de recursos audiovisuais e tecnológicos e sistematização final (em grupos ou
individualmente, oralmente ou por escrito).
4.3.2 Princípios de gestão democrática (Articulação escola/comunidade e Instâncias Colegiais)
A educação se concretiza a partir da relação que as pessoas desenvolvem com
diversos grupos sociais. Elas ocorre na prática, na experiências vivenciada.
A educação, vista sob esse ângulo, ocorre em diversos espaços e lugares, podendo
incluir na família, na escola. Na educação escolar, o processo educativo é sistematizado e
desenvolvido.
Assim como a prática social, a educação escolar participa do desenvolvimento da
democracia participativa, favorecendo o exercício da cidadania consciente e comprometida
com os interesses da sociedade. E, nesse sentido a gestão democrática, prática prevista na
Costituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e no Plano
Nacional de Educação (PNE) é uma forma de exercitar a democracia participativa, podendo
contribuir para a própria democratização da sociedade.
Concordamos com a visão de educação “entendida como fator de realização da
cidadania, na luta contra as desigualdades sociais e da exclusão social, cuja
responsabilidade é ser agente de mudanças, capaz de gerar conhecimentos e desenvolver a
ciência e a tecnologia [...], preparar cidadãos capazes de entender o mundo, seu país, sua
realidade e de transformá-lo”. (Libâneo, 2003, p. 118).
Essas responsabilidades indicam os objetivos da escola que queremos, os saberes
que queremos discutir e o conhecimento que queremos trabalhar.
Estes se reúnem em três eixos, apontados por Libâneo (2003) e para nós
considerado: a preparação para o processo produtivo e para a vida em uma sociedade
técnico-informacional, formação para a cidadania crítica e participativa e formação ética.
A preparação para o processo produtivo distinguiu-se da noção de qualificação e
competência nos parâmetros neoliberais, mas envolve a necessidade a escola preparar o
educando para o mundo do trabalho e suas formas alternativas, centrando-se na formação
geral, cultural e científica, bem como no desenvolvimento de saberes que o encaminhem
para a autonomia, criticidade e capacidade de analisar a totalidade do processo produtivo
atual.
A formação para a cidadania crítica e participativa deve encaminhar para a vivência
da democracia e da liberdade de expressão, na busca de comprometimento com a luta pela
justiça social e participação em movimentos da sociedade civil organizada empenhados na
pressão da esfera estatal pela efetivação das políticas públicas.
Por fim, a formação ética trata de formar valores e atitudes diante do mundo da
política e da economia, do consumismo, do individualismo, do sexo, da droga, da
depredação ambiental, da violência e, também das formas de exploração que se mantêm no
capitalismo contemporâneo. Trata-se também da promoção da autonomia e liberdade do
outro, visto como sujeito e não como objeto.
De acordo com Ramos (2002, p. 151) “a teoria educacional é condição de
resistência do educador na sua própria prática educativa”. Sabemos que a educação não é a
única via de transformação da sociedade e que as conseqüências do sistema macro-
estrutural, por vezes, ofuscam o trabalho docente e a visão utópica de transformação social.
Nesse sentido, faz-se necessário uma consciência clara das possibilidades da educação e um
esforço teórico capaz de nos dar a “clareza suficiente para nos abstermos de medidas e
estratégias que consideramos no próprio neoliberalismo” (Ramos, 2002, p. 151).
Concordamos com Pimenta quando em seu texto “ A organização do trabalho na
escola” aponta os pressupostos da teoria crítico social dos conteúdos e as finalidades da
escola:
1- a escola deve transmitir a todas as crianças os saberes que são investidos na vida
cotidiana - não só os saberes fundamentais (leitura, escrita e bases matemáticas), mas
também os saberes tecnológicos, econômicos e jurídicos (fundamentos do mundo social
adulto). Esse ensino deve ser diretamente articulado com a experiência social da criança;
2- a escola deve esforçar-se por dar a todas as crianças uma formação científica e
tecnológica ligada à luta contra as fontes da desigualdade social;
3- a escola deve proceder à transmissão sistemática do saber não como um corpo de
conhecimentos voltado para si mesmo, mas utilizar o saber como necessário para melhor
compreensão dos problemas sociais;
4- a escola deve conceber a cultura humana como formação da personalidade social e não
como assimilação pelos indivíduos de conteúdos culturais que têm um valor em si (Charlot,
1979, p.304).
Quanto aos aspectos metodológicos, a citação a seguir expressa o cerne de tudo o
que sonhamos para o processo ensino-aprendizagem:
A escola, enquanto instância que procede à mediação entre a criança e os
modelos sociais adultos, pelo confronto entre eles, possibilitando-lhes um
alargamento do seu próprio modelo social, é necessária. É através do contato
imediato com o professor que se processa essa mediação. Pelo trabalho
docente é que se dá o encontro formativo entre o aluno e a matéria de ensino.
O trabalho docente é intencional, sistemático. O professor desempenha a
função de mediação entre a criança e o mundo social, adulto, possibilitando a
ela o confronto entre ambos, fazendo com que ela vá adquirindo a capacidade
de compreender e transformar os saberes. O núcleo do trabalho docente é
ensinar, e ensinar de modo que os alunos aprendam (p.31).
Para isso, a organização escolar deve propiciar a democratização do saber e das
relações. Certamente, o processo de organização dessa escola articula autonomia colegiada
e participativa de todos os seus segmentos.
Colegiada, porque deve basear-se não na soma de decisões individuais, mas
na cooperação das equipes de profissionais (fundamentalmente os
professores, mas também outros envolvidos, conforme os casos);
participativa, porque deve fazê-lo em cooperação com o público, ou seja,
seus alunos e seus pais (...) o compromisso com os fins da educação, tal
como são formulados pela sociedade através de sua representação legítima
como objetivo de toda atuação individual ou colegiada, e com a organização
escolar como o instrumento privilegiado da comunidade para conseguir isso.
(Enguita, 2004, p.122).
A busca da concretização desse projeto tem como compromisso os interesses e
necessidades dos alunos, enfatizando o processo de aprendizagem. A função fundamental
da educação é criar condições para o desenvolvimento do potencial de cada indivíduo e
ajudá-lo a tornar-se um ser humano completo, em suas dimensões sociais, afetivas e
intelectuais. Nesse sentido, o Ensino Médio pretende oferecer uma educação integrada,
visando a vinculação entre a formação geral e a formação profissional.
O grande desafio desse projeto de educação consiste na reinvenção da solidariedade,
do companheirismo, da amizade, da democracia e da justiça social diante da discussão
sobre classe social, gênero, etnia e cultura a fim de possibilitar a resistência e o combate à
discriminação e à exclusão, defendendo a coexistência da diversidade.
Nesse processo pretendemos estabelecer um processo de formação continuada e grupos de
discussão a fim de ir socializando os saberes e práticas docentes numa busca de
competências técnicas e políticas mediadas pela ética, competência que como afirma Rios
(2002, p.46) requer um compromisso com a emancipação dos alunos. Sabemos que é no
cotidiano de nossas práticas que estamos construindo a história da educação brasileira. É a
partir do educador e do aluno que temos que teremos o educador e o aluno que queremos
ter. A busca do possível norteia nossas ações. Nesse sentido nos sentimos guiados pela
esperança incansável de Paulo Freire e dos demais educadores que inspiram nossos
projetos: “A esperança é um ímpeto natural, possível no contexto de nossa incompletude.
Sem ela, no lugar da história, teríamos puros determinismos (Freire, 1997)”.
A proposta de trabalho do Colégio para a articulação com a família e a comunidade,
é através de reunião bimestrais com os pais, reuniões extraordinárias, atendimento
individualizado após cada conselho de classe e, também, quando se fizer necessário.
4.3.3 Currículo
O currículo extrapola o conteúdo do livro didático, pois, ele também se expressa nas
atitudes e relacionamento que os sujeitos estabelecem entre si, quer seja nas estruturas e
relações sociais de poder, autoritarismo, submissão, participação, omissão, cooperação,
dentre tantas. O Currículo extrapola as disciplinas e áreas do conhecimento para tornar-se
movimento vivo das situações vividas na escola e fora dela.
Há duas formas de currículo: o oculto e o explícito.
No currículo oculto, manifestá-se a forma como pensamos e valorizamos a vida. Ele
lida com os modos inconscientes pelo qual o conhecimento e o comportamento são
construídos, por vezes fora dos materiais de aula, mas dentro das relações interpessoais
porque está relacionado aos temas de classe social, cultura, gênero e poder. As escolas
perpetuam ou reproduzem os relacionamentos e atitudes sociais necessários para sustentar
as relações dominantes, econômicas e de classes existentes na sociedade.
No currículo explícito, que permite sem que ele carregue consigo as bases do
currículo oculto e refere-se aos conteúdos apresentados nos livros didáticos, nos textos,
questões, projetos, disciplinas e nas opções pedagógicas realizadas pela escola.
O professor precisa, certamente, disponibilizar aos estudantes cultura geral e
conhecimento, o que a especialização disciplinar faz ao articular os conteúdos na formação
dos cidadãos que reconhecem às necessidades do saber para a vida. Precisa-se também,
capacitá-lo para lidar com problemas que surgem nas diferentes situações do seu cotidiano,
como no trabalho, nas questões sociais, culturais e éticas. Assim, não se pode perder de
vista, que os conteúdos devam estar interligados às situações do dia a dia, para que o aluno
se depare diante de situações-problemas que o levem a discutir temáticas a partir de
abordagens reais.
Estão o currículo deve estar associado aos valores sociais e que desafie a postura do
cidadão, para que os conhecimentos não se tornem estáticos e estéries. Para isso, deve-se
olhar o currículo com criticidade e comprometimento, trazendo a ele vida e significado.
4.3.4 Trabalho como princípio educativo
O trabalho é a primeira mediação entre o ser humano e a realidade material, pois
constitui-se como prática econômica por satisfazer e garantir nossas riquezas e
necessidades tornando-se condição básica e fundamental de toda a vida humana.
Considerar o trabalho como princípio educativo significa dizer que o ser humano é
produtor de sua realidade podendo dela apropriar-se e transformá-la, ou seja, somos sujeitos
da nossa história e de nossa realidade.
Numa integração entre trabalho, ciência e cultura, o trabalho e a profissionalização
não significa a mera formação para o mercado de trabalho, ao contrário, ela incorpora
valores ético-políticos e conteúdos históricos e científicos. Logo, educar para o trabalho é
proporcionar a compreensão das dinâmicas sócio-produtivas das sociedades modernas,
habilitando as pessoas para o exercício autônomo e crítico de profissões sem eliminar as
singularidades dos grupos sociais. Assim, constitui-se síntese do diverso, uma vez que o
trabalho é o primeiro fundamento da educação como prática social.
No Ensino Médio, torna especial importância seu sentido histórico, pois, é nessa
etapa que a Educação Básica, que se percebe mais claramente o modo como o saber se
relaciona com o processo de trabalho, convertendo-se em força produtiva.
4.3.5 Tecnologias
São as transformações da ciência em força produtiva. É na relação ciência e
tecnologia que se desenvolve a produção industrial visando a satisfação de necessidades da
humanidade. Então, ela é uma extensão das capacidades humanas, mediando a apreensão e
desvelamento do real (ciência) e a intervenção no real (produção).
Todas as nossas relações são resultantes da criação, iniciativa, conhecimento e
tecnologia empregados possibilitando e determinando novos parâmetros de cultura, a qual
sempre se faz e se faz presente na humanidade.
4.3.6 Ensino-aprendizagem
A busca de valores no cotidiano escolar e traduzida em estratégias de aprendizagem,
objetivando melhores condições de vida à população, a igualdade de oportunidades para
todos e a construção de valores éticos e socialmente desejáveis pelos membros da
comunidade escolar.
Em consequência da divisão social do trabalho o ser humano é historicamente
dividido e a escola tem como ideia a formação integrada, sugerindo a superação e a redução
da preparação para o trabalho ao seu aspecto operacional, simplificando na sua gênese
científico-tecnológica e na sua apropriação histórico-social.
A função social da escola é garantir aos educandos uma formação completa para a
leitura do mundo e para a atuação como cidadão pertencente e integrado dignamente à
sociedade política de um país.
4.3.7 Avaliação
A avaliação, no Ensino Fundamental, Médio e Profissional, proporcionará ao
professor um estudo e interpretação dos dados de aprendizagem do educando e de seu
próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem, diagnosticando seus resultados e atribuindo-lhes valores.
A avaliação do aproveitamento escolar incidirá, sempre, sobre o desempenho do
aluno em diferentes experiências de aprendizagem.
O sistema de avaliação deve ter o caráter mediador, emancipatório, dialógico e
participativo.
Os critérios de avaliação devem ser do conhecimento de todos: equipe pedagógica,
professores, alunos e pais.
Os instrumentos avaliativos devem ser diversificados, podendo ser trabalhados em
grupos e individuais, participações em eventos e projetos, produções escritas, pesquisas,
entrevistas, portfólios, debates em sala de aula, participações nas atividades coletivas e
individuais, envolvendo todas as dimensões da aprendizagem: cognitivo, formativo e
psicomotora. Assim, a avaliação cumpre seu papel diagnóstico, inclusivo e desenvolve a
auto-estima dos alunos. Não fazendo comparações entre alunos, contribui para o sucesso de
todos.
O sistema de Avaliação deste Estabelecimento de Ensino é bimestral, e será
composto pela somatória dos valores atribuídos às diferentes atividades (mínimas de duas)
durante o bimestre devendo ter como valor final a nota 10,0 (dez vírgula zero).
Os resultados das avaliações serão computados bimestralmente expressos em notas,
por disciplina, de zero a dez, sendo que o rendimento mínimo exigido será 6,0 (seis vírgula
zero).
O professor terá autonomia quanto aos valores (notas) a serem atribuídos a cada
avaliação ministrada em sua disciplina, turma e série.
O professor deverá deixar claro, no Plano de Trabalho Docente, a cada início de
bimestre, os instrumentos de avaliação, bem como os valores atribuídos a cada um.
No início de cada bimestre, os professores deverão deixar claro aos alunos, pais
e/ou responsáveis o Plano de Trabalho Docente.
4.3.8 Recuperação Paralela
A Recuperação Paralela proporciona ao aluno que demonstra rendimentos
insuficientes ou que não compreende determinadas partes do conteúdo a oportunidade de
estudos complementares, revisando o que foi trabalhado para que seja efetivada realmente a
aprendizagem.
O professor deve utilizar-se da avaliação durante todo o processo do
ensino/aprendizagem para observar como o aluno está se apropriando do conhecimento,
que dificuldades enfrenta, que reformulações em seu método de ensino devem ser feitas.
Dessa forma, a avaliação passa a ser instrumento de regulação da aprendizagem, porém se
faz necessário planejá-la.
Cada aluno aprende de um jeito e tempo diferentes, apesar de o professor ter
“ensinado do mesmo jeito” para todos. Por isso, as formas avaliativas devem ser
diversificadas articulando os instrumentos com os conteúdos planejados, ensinados e
aprendidos pelo aluno no decorrer do períodos escolar.
O professor deve considerar que nem tudo pode ser medido, mas tudo pode ser
avaliado.
A avaliação aplicada de forma contínua com feedbacks permanentes serve de
indicador de novos horizontes e estímulo para a concretização do conhecimento dos
envolvidos no processo.
Instrumentos de avaliação da aprendizagem deve se constituir de coletas de dados
para avaliação, da seguinte forma:
- Articular os instrumentos com os conteúdos planejados, ensinados e aprendidos pelo
aluno no decorrer do período escolar;
- Cobrir uma amostra significativa de todos os conteúdos ensinados e aprendidos de fato;
- Compatibilizar as diferentes habilidades do instrumento de avaliação com as habilidades
trabalhadas e desenvolvidas na prática do ensino/aprendizagem;
- Compatibilizar os níveis de dificuldades do que está sendo avaliado com os níveis de
dificuldades do que foi ensinado e aprendido;
- Usar linguagem clara e compreensível, para salientar o que se deseja pedir;
- Construir instrumentos que auxiliem a aprendizagem do aluno, seja pela demonstração da
essencialidade dos conteúdos, seja pelos exercícios inteligentes ou pelos aprofundamentos
cognitivos propostos.
4.3.9 Periodicidade
- Ao término de uma unidade;
- Após a realização de atividades, pesquisas, exposições de trabalho;
- Após a realização de avaliações, detectados dificuldades de aprendizagem (recuperação
paralela)
A recuperação paralela poderá ter:
a) Caráter individual:
O professor planeja tarefas extra-escolares ou complementares a serem trabalhadas
pelos alunos. Realiza leituras suplementares e/ou roteiros de tarefas a serem realizadas
durante um certo período de tempo.
b) Caráter coletivo:
O professor elabora trabalhos, leituras, exercícios a serem desenvolvidos como
atividades extraclasse, podendo ter como auxiliares alunos monitores.
4.3.10 Concepção de Avaliação:
A avaliação é um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os
dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar resultados e
estabelecer-lhes valor.
Na avaliação serão utilizados os seguintes critérios:
I – Observação contínua e permanente do desempenho dos aluno nas diversas áreas de
conhecimento e participação nas atividades desenvolvidas;
II – respeito à realidade individual do aluno.
III – ênfase aos aspectos qualitativos da aprendizagem;
IV – ênfase na atividade crítica de síntese e elaboração pessoal de cada aluno;
V – avaliação oral, testes, trabalhos individuais e/ou coletivos, pesquisas, entrevistas,
estudo de campo, apresentação em feiras do conhecimento, entrevistas, portifólios, auto-
avaliação e outros instrumentos que se fizerem necessários.
É vedada a avaliação em que o aluno é submetido a uma só oportunidade de
aferição. O registro da avaliação será contínuo, permanente e cumulativo, indicando a
correspondência da etapa em que o aluno se encontra. Na avaliação do aproveitamento
escolar, deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem. Dar-se-á maior
importância a atividade crítica, à capacidade de síntese e a elaboração pessoal do que à
memorização.
Os resultados das avaliações serão computados bimestralmente e expressos em
notas, por disciplinas, de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Para cálculo da média anual será usada a seguinte fórmula:
M.A = 1º Bim + 2º Bim + 3º Bim + 4º Bim.
4
4.3.11 Formas de Registros Avaliativos:
Os resultados bimestrais serão registrados no registro de classe e na ficha de
avaliação e informados através do Boletim Escolar ou Edital. Na documentação oficial do
aluno, Ficha Individual e Histórico Escolar, os resultados serão expressos em notas de 0
(zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
4.3.12 Peridiocidade de registro de Avaliação: Bimestral
4.3.13 Cidadania
Para que os indivíduos tenham pelo gozo dos seus direitos civis e políticos, há
necessidade que compreendam que, na sociedade contemporânea, a educação formal não é
condição suficiente, mas necessária ao desenvolvimento da cidadania pela e à consolidação
da igualdade de oportunidades para todas as pessoas, inclusive em suas relações de trabalho
e de renda.
A escola precisa considerar a realização de projetos e ações que, ao mesmo tempo,
promovam o acesso aos bens culturais exigidos pela sociedade contemporânea. Ela precisa
garantir a formação política aos jovens de forma que possam participar da vida polítiuca e
social de modo mais crítico, dinâmico e autônomo, inclusive no mundo do trabalho.
4.3.14 Tempo/Espaço escolar
A organização da Educação Básica está normatizado nos artigos 23 a 28 da Lei de
Diretrizes e Bases (LDB).
O Ensino Fundamental, Médio e Profissional Integrado é organizado em séries
anuais, perfazendo carga horária de 1000 horas/aulas por série. No curso Profissional
Subseqüente a organização é semestral com carga horária de 400 horas/aulas por semestre
com duração de três semestres.
O Colégio poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de transferência
entre estabelecimento situado no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais.
O calendário do estabelecimento é elaborado de acordo com as normas
estabelecidas pela SEED e orientações do NRE.
Educação Inclusiva
A Constituição Federal assegura o direito a todos os cidadãos a educação básica.
Por educação inclusiva se entende o processo de inclusão dos alunos com necessidades
educacionais especiais ou com distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino, em
todos os seus graus de escolaridade.
A noção de escola inclusiva surge a partir de reunião do UNESCO em Salamanca,
na Espanha, em 1994 a partir disso, as discussões sobre o tema ganha espaço em todos os
países. No Brasil,essa discussão vai além da inserção dos alunos com deficiências como
também a todos aqueles que são excluídos do processo educacional.
Com isso, entendemos que a inclusão não é apenas um problema de políticos
públicos. Deve-se envolver toda a sociedade principalmente nas representações que ela tem
sobre os alunos com deficiência e com elas determinam o tipo de relação que se estabelece
com o aluno.
Isso significa preparar a sociedade para adaptar-se aos diferentes e permitir aos
sujeitos com necessidades especiais de preparar-se para assumir seus papéis na sociedade.
Tudo isso pode possibilitar o desenvolvimento cognitivo, cultural e social dos
alunos respeitando diferenças e atendendo às suas necessidades especiais.
4.3.15 Formação Continuada
Os momentos de estudo seguem as propostas da SEED e oportunidades oferecidas
pela Universidade Estadual de Maringá. São eles:
− Capacitação descentralizadas (2 etapas ao ano);
− Grupos de estudos aos sábados por área (6 encontros ao ano);
− Simpósios por área do conhecimento em Curitiba e Faxinal do Céu;
− Cursos por áreas e segmentos no NRE;
− Jornadas Pedagógicas (10 encontros ao ano);
− Palestras para os alunos e pais organizadas pela equipe pedagógica do Colégio;
− Organização de atividades para os Projetos interdisciplinares durante a hora-
atividade do professor;
− Pró-funcionário.
O Colégio oferta momentos de estudos aos profissionais da educação, pois,
no calendário contempla a formação continuada, no início do primeiro e do segundo
semestres. Além disso o NRE ofertou o Itinerante. Temos também os grupos de estudos na
hora atividade do professor e também reuniões formativas, relacionadas à aprendizagem.
Temos também professor PDE com um curso de extensão ofertado pela Universidade
Estadual de maringá, com a proposta de trabalho sobre o “Planejamento Didático
Pedagógico na Perspectiva da Teoria Histórico-Cultural e3 da Pedagogia Histório-Crítica.
4.4 Função Social da Escola (remeter-se aos principais objetivos da LDB – Educação
Básica da escola pública)
Na sociedade atual a classe dominante faz uso de diferentes mecanismos para
dissiminar suas ideias, principalmente através dos meios de comunicação, das escolas, setor
econômico, político e demais instituições sociais.
As instituições que mais interferem na inculcação das “verdades” ideológicas junto
às populações mais jovens são a escola e a mídia.
A partir dos meios de comunicação de massas forma-se uma nova ideologia, a
ideologia da indústria cultural, a qual não dá acesso à formação cultural propriamente dita à
grande massa de trabalhadores irradicando a falsa ideia de que todos os indivíduos podem
realizar seus desejos. Ela fornece apenas a semiformação, não permitindo o
desenvolvimento da consciência crítica e nem que o homem se apropria dos bens culturais
acumulados historicamente pela humanidade.
O grande desafio está em utilizar o potencial da crítica na busca da criação e
continuidade de experiências formativas e transformadoras da realidade e em resgatar no
homem e na sociedade a capacidade de reagir criticamente e compreender o mundo e seus
destinos, especialmente nos campos educativo, político, cultural e econômico de um povo.
Para isso, é indispensável socializar em saber sistematizado, historicamente
acumulado como patrimônio da humanidade, fazendo com que esse saber seja criticamente
apropriado pelos educandos, que já trazem consigo o saber popular e da comunidade onde
vivem e atuam. A interligação e a apropriação desses saberes pelos estudantes e pela
comunidade local representam, certamente, um elemento decisivo para o processo de
democratização da própria comunidade.
Dessa forma, a escola pública poderá contribuir para a democratização da sociedade
e, também, ser um local privilegiado para o exercício da democracia participativa, de uma
cidadania consciente e comprometida com os interesses da maioria socialmente excluída ou
dos grupos sociais privados dos bens culturais e materiais produzidos pelo trabalho dessa
mesma maioria.
A contribuição significativa da escola para a democratização da sociedade e para o
exercício da democracia participativa fundamental e exige a gestão democrática na escola.
Assim, a forma de escolha dos dirigentes, a organização dos Conselhos Escolares e toda a
comunidade e deveres democraticamente discutidos e definidos, é um exercício de
democracia participativa e a escola pública contribuirá efetivamente para afirmar os
interesses coletivos e construir um Brasil como um país de todos, com igualdade,
humanidade e justiça social.
Na educação, a organização de espaço institucionais e colegiados se realiza em
diferentes instâncias do poder, que vão do Conselho Nacional aos Conselhos Estaduais e
Municipais, e Escolares. Esses espaços e organização são fundamentais para a definição de
políticas educacionais que orientem a prática educativa e os processos de participação,
segundo diretrizes e princípios definidos nessas várias instâncias.
A construção de uma escola pública, plural e com qualidade social demanda a
consolidação e o interrelacionamento dos diferentes órgãos colegiados.
Portanto, a função social da escola pública é socializar o saber historicamente
elaborado e acumulado pela humanidade às camadas populares para que haja transformação
da sociedade, fornecendo e permitindo a apropriação dos conhecimentos ao aluno.
A atuação da escola consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas
contradições, fornecendo-lhe um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da
socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade
(Libâneo, 2006 p.38).
A democratização da educação constitui-se sem dúvida num dos maiores avanços
que a reforma educacional nos proporciona. Não obstante, ainda há muito por fazer, pois, é
necessária uma consistente formação de líderes que conheçam o setor educacional, tenham
competências de liderança e comprometimento com o ensino de qualidade. De nada adianta
a autonomia se não se consegue mobilizar adequadamente a comunidade escolar em busca
da concretização de um ensino consistente, visando à aprendizagem mínima ao
enfrentamento dos desafios do mundo atual.
4.5 Diretrizes Curriculares que norteiam a ação da escola/colégio
As atividades curriculares para a Educação pública do Paraná foi fruto da participação
coletiva de profissionais da Educação em todos os níveis e modalidade de ensino. É um documento
oficial que traça estratégias, que visam nortear o trabalho do professor e garantir a apropriação do
conhecimento pelos estudantes da rede pública.
É um currículo dinâmico e democrático, os conteúdos são organizados por séries e foram
tomados como ponto de partida da organização pedagógica curricular da escola.
Cada disciplina contempla os conteúdos estruturantes, ou seja, os saberes – conhecimentos
de grande amplitude, conceitos ou práticas – que identificam e organizam os diferentes campos de
estudos escolares, sendo estes fundamentais para compreensão do objeto de estudo das referidas
áreas do conhecimento.
Estão estruturados na dimensão histórica da disciplina, pelos fundamentos teóricos
metodológicos, nos conteúdos estruturantes e nos encaminhamentos metodológicos contemplando a
avaliação e bibliografia.
As diretrizes neste projeto político pedagógico devem ser objeto de discussão constante
para que suas propostas se aproximem sempre mais do currículo real que se efetiva no interior da
escola e de cada sala de aula. Somente assim, se encontrará um caminho profícuo para a educação.
4.6 Organização do tempo escolar: Por série
4.7 Organização curricular: Por disciplina
4.7.1 Parte diversificada da Matriz Curricular:
− Ensino Fundamental: Língua Estrangeira Moderna – Inglês
− Ensino Médio: Língua Estrangeira Moderna – Inglês
4.8 O Currículo escolar do Colégio Estadual Parigot de Souza
− Estudos sobre o Estado do Paraná
− Nas disciplinas de História e geografia.
− Serão ofertados na 7ª série do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio
(Geografia) e nas 7ª e 8ª série do Ensino Fundamental (História)
− Ensino de Sociologia e Filosofia.
− Disciplina do Ensino Médio: é ofertada no 2º e 3º anos do Ensino Médio e3 a
disciplina de Filosofia nos 1º e 3º anos do Ensino Médio.
− Língua espanhola no CELEM;
4.8.1 Estudos com as diferentes temáticas da diversidade: História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana – Educação do Campo – Educação Indígena – Gênero e diversidade
sexual
Os estudos das diferentes temáticas da diversidade sequer questões sociais sejam
apresentadas para a aprendizagem e a reflexão dos alunos, buscando um tratamento
didático que contemple sua complexidade e sua dinâmica, dando-lhes a mesma importância
das áreas convencionais.
Com isso o currículo ganha em flexibilidade e abertura, uma vez que os temas
podem ser priorizados e contextualizados de acordo com as diferentes realidades locais e
regionais.
Essa diversidade de temas ao incluir questões que possibilitem a compreensão e a
crítica da realidade, oferece aos alunos a oportunidade de se apropriarem deles com
instrumentos para refletir e mudar sua própria vida.
Por outro lado, o modo como se dá o processo ensino aprendizagem, isto é, as
opções didáticas, os métodos, a organização e o âmbito das atividades ensinam valores,
atitudes, conceitos e práticas sociais pautados na justiça, detectando e rejeitando a injustiça
quando ela se fizer presente, assim como criar formas não violentas de atuação nas
diferentes situações da vida.
Este e o fazer coletivo da construção democrática e dialógica. É o nosso caminhar,
buscar promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
A Cultura Afro-Brasileira
A demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorização e
afirmação de direitos, no que diz respeito à educação, passou a ser particularmente apoiada
com a promulgação da Lei 10.639/2003 que alterou a Lei 9.394;1996, estabelecendo a
obrigatoriedade de ensino de história e cultura afro-brasileira e africanas.
Reconhecimento implica justiça e iguais direitos sociais, civis, culturais e
econômicos, bem como valorização da diversidade daquilo que distingue os negros dos
outros grupos que compôem a população brasileira. E isso requer mudança nos discursos,
raciocínios, lógicas, gestos, posturas, modo de tratar as pessoas negras.
Nesse sentido, a escola deve ser o local de aprendizagem de que as regras do espaço
público permitem a coexistência, em igualdade, dos diferentes e que o respeito às pessoas, à
diferentes e que o respeito às pessoas negras, à sua descendência africana, sua cultura e
história devem ser reconhecidos e valorizados.
Significa buscar, compreender seus valores e lutas, ser sensível ao sofrimento
causado por tantas formas de desqualificação; apelidos depreciativos, brincadeiras, piadas
de mau gosto sugerindo incapacidade, ridicularizando seus traços físicos, a textura de seus
cabelos, fazendo pouco das religiões de raiz africana.
O sucesso de nossas ações pedagógicas, visando a reparação, reconhecimento e
valorização da identidade, da cultura e da história dos negros brasileiros depende
necessariamente de condições físicas, materiais, intelectuais e afetivas favoráveis para o
ensino e aprendizagens.
São essas as reflexões que apontamos em nosso trabalho, esperando contribuir para
o conhecimento de uma das faces da sociedade brasileira, mostrando as sutilezas que
tentam mascarar seus sintomas e as possíveis formas de combatê-la.
O aprendizado não ocorrerá por discursos, e sim num cotidiano em que uns sejam
“mais diferentes” do que os outros.
Abordar a Cultura Indígena
Os conteúdos que trazem para a sala de aula a história da cultura indígena e do
Brasil é fazer cumprir nossos grandes objetivos como educadores: levar a reflexão sobre a
discriminação racial, valorizar a diversidade étnica, gerar debate, estimular valores e
comportamentos de respeito, solidariedade e tolerância.
Discutir esse tema junto de nossos alunos é o primeiro passo para a reconstrução de
uma face de nosso passado que ainda precisa ser entendida. Conhecer o que os fatos, as
experiências, as situações significam para eles, é papel fundamental da escola, porque, a
escola é exatamente, espaço de troca, diálogo, descobertas convivências.
Respeito à diferença, saber conviver com os que não são como eu sou como eu
gostaria que eles fossem, são desafios que nós, professores, alunos, diretores, supervisores,
secretários e orientadores. Temos que estimular e perseverar na busca de novos caminhos
na construção de um ensino que seja significativo para os alunos e valorizado pela
sociedade. Assim sendo, várias atividades deverão ser desenvolvidas com texto sobre a
cultura indígena tais como: “Uma questão de atitude”; “ O que é uma sociedade indígena”;
“ A questão indígena diz respeito a todos nós”; dentro outros.
As dramatizações dos textos lidos oferecem uma boa oportunidade para o professor
observar com os alunos possíveis apreensões etnocêntricoas da cultura indígena,
convidando-os à correção através da própria dramatização. A elaboração de cartazes sobre
alimentação, moradia, adornos, proteção do corpo, religião, trabalho dos homens e das
mulheres, cuidados com a saúde, educação, constitui um meio interessante de concretizar a
cultura indígena.
Educação no Campo
Atualmente as condições de vida no campo não são diferentes das condições de vida
na cidade quanto eram no passado. Os meios de comunicação levam ao campo valores e
costumes que antes eram restritos à vida urbana. A realidade de nossos dias tem gerado
uma sociedade que se urbaniza velozmente e esta urbanização comum dade pelo processo
de industrialização que o campo está conhecendo, criou rapidamente um forte contingente
de trabalhadores rurais/urbanos.
O fenômeno da boca fria” é hoje nacional.
Isto ocorre porque se está implantando nos campos o modo industrial de produzir.
A educação é uma das grandes dívidas sociais do compo e esta é condição
fundamental para a apropriação do conhecimento historicamente construído. O campo,
nesse sentido mais do que um perímetro urbano é um campo de possibilidades que
dinamizam a ligação dos seres humanos com a própria prodição das condições de
existência social e com as realizações da sociedade humana, portanto, a superação desta
dívida social é essencial na discussão de Políticos Públicos para a Ed. Brasileira.
O que nos educadores procuramos fazer é entender a totalidade da nossa sociedade,
sem destruir as especificidades entre o campo e a cidade pois a educação do campo deve ser
pensada além especificidade, também no contexto da sociedade brasileira para que a
superação da concepção de que o trabalhador do campo não precisa de educação e que para
trabalhar na terra não é necessário nenhum tipo de especialização.
Muito pelo contrário, queremos para o campo bem como para a cidade uma
educação pública de qualidade e pedagogicamente vinculada à história, à cultura e às
causas sociais e humanas dos sujeitos do campo para a efetivação do trabalho pedagógico
entre as atividades a serem realizadas poderão estar:
− Realização de debates com representantes dos sindicatos rurais, da igreja e da
comunidade sobre a reforma agrária e os movimentos sociais do campo.
− Apresentação de filmes e/ou vídeos sobre os movimentos sociais no campo,
seguidos de discussões sobre o tema.
− Apresentação de trabalhos articulados com outros professores (Língua Portuguesa,
História, Artes, etc.) sobre o tema; jornal, mural, teatro, pintura.
Hoje, mais do que antes, cidade e campo formam um todo só diverso e
contraditório, porém uno e indivisível.
Gênero e Diversidade Sexual
Sendo a sexualidade algo que se constrói e aprende, parte integrante do
desenvolvimento da personalidade é capaz de interferir desde o processo da alfabetização
como no total desempenho escolar. A escola não pode ignorar essa dimensão do ser
humano.
É indispensável investir na formação de professores para dar conta dessa tarefa,
visando a promoção do bem estar sexual, a partir de valores baseados nos direitos humanos
e relacionamentos de igualdade e respeito entre as pessoas.
As sociedades estabelecem modelos de conduta específicos e distintos para as
pessoas em função do seu sexo. Isso tem determinado estereótipos rígidos a respeito do que
é ser homem e mulher.
Vale lembrar que “sexo” fica reservado aos aspectos biológicos da identidade sexual
e “gênero” refere-se aos aspectos socialmente construídos do processo de identificação
sexual.
Essa diferença historicamente tem privilegiado os homens, na medida em que a
sociedade não tem oferecido as mesmas oportunidades de inserção social e exercício da
cidadania a homens e mulheres.
Mesmo com as grandes transformações dos costumes e valores que vêm ocorrendo
nas últimas décadas, ainda persistem muitas discriminação, por vezes encobertas,
relacionadas ao gênero.
É inegável que há muitas diferenças nos comportamentos de meninos e meninas.
Reconhecê-las e trabalhar para não transformá-las em desvantagens é papel de todo
educador.
É importante que incorporemos a questão de gênero, como parte de nosso pensar e
também de nossas ações, dentro e fora da escola.
A partir desse entendimento a escola deve promover debates, palestras filmes e/ou
vídeos sobre os temas: sexualidade, orientação sexual na escola, DST, AIDS. Visando
maiores esclarecimentos bem como abrir novos caminhos para a construção de uma
sociedade mais justa e igualitária.
− Estudos dos desafios educacionais contemporâneos como o meio Ambiente,
Enfrentamento a Violência, Cidadania Fiscal, Direitos Humanos.
4.8.2 - Desafios Educacionais Contemporâneas (Demandas)
Desafios Educacionais Contemporâneos são demandas que possuem uma
historicidade, por vezes resultado das contradições da sociedade capitalista, outras vezes
oriundas dos anseios dos movimentos sociais e, por isso, prementes na sociedade
contemporânea. São de relevância para a comunidade escolar, pois estão presentes nas
experiências, práticas, representações e identidades de educandos e educadores.
Os Temas Sociais contemporâneos tratam de temáticas presentes na vida dos
educandos, educadores e da comunidade, e dizem respeito a sua localidade ou a qualquer
outra parte do planeta. São ditos sociais porque representam necessidades reais de sujeitos
que se relacionam na escola e fora dela; contemporâneos porque dizem respeito ao
momento histórico presente e refletem as relações sociais.
Desafios Educacionais Contemporâneos:
1 – Educação Ambiental: A abordagem pedagógica da Educação Ambiental desenvolve-se
num processo permanente de formação e de busca de informações voltada para a
preservação do equilíbrio ambiental, para a qualidade de vida e para a compreensão das
relações entre o homem e o meio biofísico, bem como para os problemas relacionados a
esses fatores.
Atividades sobre Agenda 21 Escolar:
− Enfrentamento a Violência:
2 – Enfrentamento a Violência: Propiciar um entendimento mais amplo sobre a questão da
violência, compreendendo as diversas realidades em que se apresenta.
3 – Cidadania Fiscal: A proposta pedagógica sobre a Educação Fiscal visa despertar
consciência dos estudantes sobre diretos e deveres em relação ao valor social dos tributos e
do controle social do estado democrático. O Programa de Educação Fiscal caracteriza-se
como trabalho interdisciplinar que se articula com diferentes programas propostos pela
SEED.
4 - Direitos Humanos: As relações humanas na escola compreende o estudo dos padrões da
interação social ou a estrutura do grupo social escolar e a natureza da cultura da escola.
Precisa-se discernir a maneira como lidamos com a educação, procurando ter uma visão
sociológica e não apenas entendê-las com bases intelectuais, mas procurnado compreender
e atuar em seu seio.
A escola deve trabalhar de modo que possa mostrar como um mesmo indivíduo
participa de diferentes grupos sociais, políticos e culturais, propiciando ao aluno, analisar
formas diversas de organização política em diferentes grupos humanos e momentos
históricos, a fim de que compreenda os diferentes papéis desempenhados pelos
adolescentes e jovens em diferentes grupos humanos e a situação em que vivem.
Diante disso, a escola abre espaço para articular seu trabalho com a comunidade
propiciando a prática de ujma organização de trabalho coletivo, tendo como fundamento
liberdade de expressão para valorização e veiculação das informações.
Isso facilita a compreensão da definição e o conhecimento de leis como princípios
de cidadania, sua interação efetiva com o social, a busca de subsídios para compreender os
processos pelos quais se passa em sociedade.
A inda, é tarefa de todos valorizar e zelar pelo respeito aos Direitos Humanos
Universais e exigir seu cumprimento, pois muitos dramas e tragédias que ceifaram a vida
de muitos e de maneira brutal, isso torna-se uma necessidade assumida pela humanidade.
Além disso, a escola deve abrir espaço para trabalhar com temas, conforme se
apresentem a necessidade e/ou importância, que valorize a possibilidade de mudança como
obra humana coletiva, objetivando o desenvolvimento da consciência de que a situação
social é passível de transformação pela situação social e pela intencionalidade de
prioridades sociais, além do cultivo de solidariedade aditiva, cooperação na melhoria da
vida cotidiana na escola, na família, no espaço imediato de sua vivência em diferentes
situações, desenvolvendo uma atitude de responsabilidade pelo seu ser, exigindo respeito
por si mesmo, pelos destinos de todos, valorizando as oportunidades educacionais e a
escola como instituição voltada para o bem comum, a qual cabe valorizar, cuidar e
proteger.
4. 9 Intervenção Pedagógicas:
Ao perceber no aluno dificuldades de aprendizagem, são tomadas medidas pela
escola com a intenção de solucionar os problemas. Realiza-se testes específicos com
embasamento técnico-pedagógico e com profissionais especializados para o devido
encaminhamento à Sala de Apoio, Sala de Recursos, CAE-DV.
Quando as dificuldades de aprendizagem não se encaixam em nenhuma das
modalidades de recursos de educação mencionadas, Apoio, Recursos ou CAE-DV, o
professor deverá retomar os conteúdos fazendo uso de novas metodologias e novas
estratégias de modo a garantir a superação das dificuldades apresentadas sob o respaldo e
supervisão da Equipe Pedagógica.
4.9.1 Recuperação paralela
A recuperação de estudos tem por objetivo proporcionar ao aluno que demonstrar
rendimento insuficiente, estudos complementos, oportunizando melhoria de
aproveitamento.
Este estabelecimento de Ensino ofertará Recuperação Paralela aos alunos, com
objetivo de proporcionar melhoria de conteúdo e rendimento. A Recuperação Paralela será
desenvolvida durante todo o ano letivo, dirigida aos alunos que tiverem baixo rendimento,
devendo ser planejada constituindo-se um conjunto integrado ao processo de ensino, além
de se adequar às dificuldades dos alunos.
4.9.2 Sala de Apoio e Aprendizagem
Normatizada pela Resolução 208/04 – SEED e pela Instrução 04/2004 –
SUED/DEF, somente para alunos matriculados na 5ª série do Ensino Fundamental que
ainda apresentam problemas na aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática.
As salas de Apoio funcionam com o máximo de 20 alunos, com professores
habilitados em Língua Portuguesa e Matemática.
A carga horária disponível para cada disciplina é de 4 horas/aulas semanais
ofertadas em aulas geminadas 2 (duas) a 2(duas) no período contrário ao do aluno.
O encaminhamento do aluno para a Sala de Apoio à aprendizagem ou a sua
dispensa, será feita através de avaliação diagnóstica e descritiva pelos professores regentes
das disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática em consenso com os demais
professores de turma, assessorados pela equipe pedagógica da escola.
Este programa apresenta um caráter dinâmico de rotatividade de alunos durante o
ano e quando se constatará melhora no desempenho, o aluno é dispensado.
As atividades pedagógicas desenvolvidas têm metodologia diferenciada,
especificamente, para o domínio dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como às
formas espaciais e quantidades, essenciais para a continuidade do processo educativo.
4.9.3 Sala de Recursos
Considerando os preceitos legais que regem a Educação Especial na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96; as Diretrizes Nacionais para a
Educação Especial na Educação Básica – Parecer nº 17/01 – CNE; a Resolução 02/01 –
CNE; Deliberação 02/03 – CEE e pela Instrução 05/04 – DEE, estabelece critérios para o
funcionamento da Sala de Recursos para o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries, na área de
de Deficiência Mental e Distúrbios de Aprendizagem.
Conforme Instrução 05/04, a Sala de Recursos é um serviços especializado de
natureza pedagógica especializada que apoia e complementa o atendimento educacional
realizado em classes comuns do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries.
Tem direito à frequentar, alunos com Deficiência Mental, Distúrbios de
Aprendizagem e Dificuldades acentuadas de aprendizagem.
Após as avaliações e detectado, o problema, o aluno de 5ª a 8ª séries é encaminhado
a Sala de Recursos.
A Sala de Recursos, a família e os professores da série regular do aluno devem ter
um relacionamento muito próximo, pois o trabalho conjunto ajuda a encontrar caminhos
para melhorar o desempenho do aluno.
4.9.4 CAE-DV - Centro de Atendimento Especializado – Área de Deficiência Visual
Baseado nos preceitos legais que regem a Educação Especial na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional nº 9394/96, Resolução nº 4799/06, pelas Deliberações nº
03/03, do Conselho Estadual de Educação e o Parecer nº 2700/06 da Coordenação de
Estrutura e Funcionamento – Resolve autorizar o funcionamento do Centro de Atendimento
Especializado, Área da Deficiência Visual no Colégio Estadual Parigot de Souza – Ensino
Fundamental, Médio e Profissional, Município de Mandaguaçu, Núcleo de Maringá,
mantido pelo Governo do Estado do Paraná.
CAE-DV é um serviço de apoio especializado de natureza pedagógica,
desenvolvido nos estabelecimentos de ensino regular que atende a Educação Infantil,
Ensino Fundamental, Ensino Médio, Jovens e Adultos e pessoas da comunidade.
È ofertado a alunos com necessidades especiais:
− Cegos : com ausência de percepção de formas ou imagens e que necessita para
desenvolvimento/aprendizagem, de recursos e estratégias que possibilitem a interação
com o meio através dos sentidos remanescentes, para a apropriação de conceitos e
significados do mundo que o cerca.
− Baixa Visão: é aquele que tem comprometimento em seu funcionamento visual, não
corrigível, necessita ou não de recursos ópticos para maximizar sua capacidade visual e
vir a ter sua independência e qualidade de vida.
Alunos do Centro de Atendimento:
a) O aluno com necessidades educacionais especiais deverá receber apoio específico:
− instrumentalização metodológica, adaptações curriculares, sistemas alternativos de
comunicação, adaptações de materiais e recursos pedagógicos e acompanhamento
educacional.
b) Quanto ao espaço físico deverá ter condições adequadas e segurar de acessibilidade
autônoma.
c) Ingresso no CAE-DV, através de avaliação pedagógica educacional realizada ao contexto
escolar através de Relatório de avaliação contendo laudo médico especializado e
obervações do professor especializado.
Organização do Serviço Pedagógico do CAE-DV (Instrução nº 02/04):
− Conter no máximo 20 alunos;
Atender de no máximo 2 horas para aluno ou grupo de alunos, de 2 ou 4 vezes para
semana;
− agrupar, no máximo 3 alunos por nível de escolaridade;
− No cronograma, o professor deverá garantir horário para participar do Conselho de
Classe, projetos desenvolvidos para escola, orientar o professor da classe comum sobre
adaptações e no processo de avaliação;
− Na pasta do aluno constar: cópia da avaliação de ingresso, relatórios, frequência dos
alunos em formulários próprios;
− O CAE-DV deverá atender em período contrário ao ensino regular;
− Finalidade do CAE: prestar atendimento com programas de:
- Educação Infantil Especializada (estimulação precoce);
- Apoio a escolaridade (a partir dos 6 anos) com atendimentos complementares
como: Braile, Sorobã, atividades da Vida cotidiana, estimulação visual; orientação e
mobilidade; uso de recursos ópticos; ampliação e adequação de materiais didáticos,
adaptações curriculares; informática, recreação, natação.
Recursos Humanos:
Conforme Deliberação nº 02/03 – CEE no CAE-DV, o professor deverá ser
especializado em cursos de pós-graduação em Educação Especial, Licenciatura Plena ou
Ensino Médio com Habilitação em Magistério com estudos adicionais na Área de
Deficiência Visual.
Aspectos Pedagógicos:
− Priorizar a necessidade e/ou especificidade de cada aluno e atuar como mediador no
processo ensino-aprendizagem e como facilitador no apoio à complementação dos
conteúdos acadêmicos.
− Os conteúdos trabalhados são os que promovem o desenvolvimento global do aluno:
conhecimento corporal, espaço e tempo.
− Ter o compromisso da leitura, escrita, produção de textos e cálculos.
− Interagir socialmente, aceitando normas e regras e adquirir maturidade.
− Usar metodologia variadas com a intenção de favorecer a aprendizagem e assegurar a
qualidade da educação.
Avaliação:
A avaliação se faz para identificar as aprendizagens realizadas, revisar conteúdos e
realizadas, revisar conteúdos e realimentar o processo e educativo.
Avaliação específica e usada para o ingresso no programa, tem embasamento
técnico-pedagógico e médico-legal.
A promoção ou retenção seguem as normas de avaliação do Ensino
Regular/Supletivo que frequenta.
Permanência:
Está condicionada a necessidade individual do aluno.
O professor habilitado é especializado em Educação Especial, pois a programação
desenvolvida contempla as áreas do desenvolvimento cognitivo, motor, socioafetivo-
emocional, bem como conteúdos defasados das séries iniciais.
As necessidades educacionais especiais do aluno poderá ser temporário ou
permanente até o final da 8ª série, obtendo acompanhamento pedagógico que complemente
seu desenvolvimento na classe comum.
Os procedimentos de intervenção pedagógica poderão ocorrer de forma individual
ou em pequenos grupos, com atividades diferenciadas partindo-se do conhecimento do
aluno com uso de instrumentos estruturados, adaptados e diversificados, que permitam
oferecer subsídios à prática pedagógica, e a superação das barreiras visando uma
aprendizagem eficaz.
Processo de Avaliação realizado na escola para o encaminhamento de alunos a Sala
de Recursos:
− Conversa da equipe pedagógica com o aluno para saber quais as dificuldades em
relação a sua classe e à escola;
− Conversa com a família para conhecer melhor o aluno sobre o início de sua
escolaridade ou eventuais causas orgânicas desconhecidas pela escola.
− Reunião com os professores, buscando estratégias de atividades;
− Maior atenção pedagógica com as atividades em classe;
− Observação global do aluno em todas as disciplinas;
− Participação na Sala de Apoio de 5ª série para os alunos de 5ª série;
− Solicitação à família no encaminhamento médico para verificação das condições gerais
de saúde.
Após as tentativas de reintegrar o aluno às atividades escolares, o mesmo é
encaminhado para avaliação pedagógica com Equipe Pedagógica e com Professor da Sala
de Recursos a fim de que barreiras que impedem ou dificultam o processo educativo. São
consideradas todas as hipóteses , aluno, escola, prática docente, família, saúde, etc..
Compete à família o encaminhamento aos profissionais da saúde como,
neurologista, psicólogo, fonologista e otorrino para obter o laudo médio com indicações do
problema.
4.10 Inclusão Educacional
Articulação com a família, comunidade e redes de apoio (Conselho Tutelar, Saúde e
Patrulha Escolar).
A escola apresenta-se, hoje, como uma das mais importantes instituições sociais por
fazer, assim como outras, a mediação entre o indivíduo e a sociedade. Ao transmitir a
cultura e, com ela, modelos sociais de comportamento e valores morais, a escola permite
que o indivíduo “humaniza-se”, cultive-se, socialize-se ou, numa palavra, eduque-se.
Apropria-se dos modelos e valores transmitidos pela escola, aumentando, assim, a sua
autonomia e seu pertencimento ao grupo social. E por isso que a escola não deve ser
pensada como fortaleza do educando, como instituição que enclausura seus alunos para
melhor prepará-los, É preciso articular a vida escolar com a vida cotidiana; articular o
conhecimento escolar com os acontecimentos do dia a dia da sociedade. Conhecer a
sociedade, seus modelos e seus valores é sua tarefa e deve ensiná-los de maneira crítica,
mostrando aos alunos a historicidade dos modelos e com eles foram se modificando no
tempo, conforme os homens foram transformando suas formas de vida e suas necessidades.
A escola, nesta perspectiva, torna-se fator de mudança, de movimento, de
transformação juntamente com a instituição familiar que sim está inserida na base material
da sociedade pois está também se transforma no decorrer da história do homem e estas
condições históricas e as mudanças sociais determinam a forma como a família irá se
organizar para cumprir sua função social.
É evidente a associação entre acesso à educação e melhores níveis de bem estar
social, pois, sendo a escola mediadora entre o indivíduo e a sociedade se faz necessário a
articulação entre as demais instâncias da sociedade, as redes de apoio – saúde – Conselho
escolar e Patrulha escolar. Este tem sido um desafio para nós educadores – garantir a
possibilidade de uma aprendizagem efetiva e transformadora de atitudes e hábitos de vida,
pois, pensar na promoção desses atitudes, implica pensar o homem como totalidade, isto é,
como ser biológico, psicológico e sociológico e ao mesmo tempo, em todas as condições de
vida que visam propiciar-lhe bem estar físico, mental e social.
Nessa perspectiva, significa pensar na pobreza, que determina condições de vida
pouco propícias à situação das necessidades básicas dos indivíduos, e, ao mesmo tempo,
pensar na violência urbana e no direito à segurança, na desumanização crescente das
relações humanas, que levam à “coisificação do outro e de nós próprios”.
Compreender todos estes aspectos, além de uma questão educacional, e política é
também de interesse de todos que estão comprometidos com a vida.
4.10.1 Agenda 21
Agenda 21 é um plano de ação para ser adotado global, nacional e localmente, por
organizações do sistema das Nações Unidas, governos e pela sociedade civil, em todas as
áreas em que a ação humana impacta o meio ambiente.
A agenda 21 Brasileira é um processo e instrumento de planejamento participativo
para o desenvolvimento sustentável e que tem como eixo central a sustentabilidade,
compatibilização e conservação ambiental, a justiça social e o crescimento econômico. O
documento é resultado de uma vasta consulta à população brasileira, sendo contruída a
partir das diretrizes da Agenda 21 global. Trata-se, portanto, de um instrumento
fundamental para a construção da democracia ativa e da cidadania participativa no País.
A Agenda 21 local é um dos principais instrumentos para se conduzir processos de
mobilização, troca de informações, geração de consensos em torno dos problemas e
soluções locais e estabelecimento de prioridades para a gestão de desde um estado,
município, bacia hidrográfica, unidade de conservação, até um bairro, uma escola. O
processo deve ser articulado com outros projetos, programas e atividades do governo e
sociedade, sendo consolidado, dentre outros, a partir do envolvimento dos agentes regionais
e locais; análise, identificação e promoção de instrumentos financeiros; difusão e
intercâmbio de experiências; definição de definições de desempenho.
Implementar a formação continuada em Agenda 21. Promover a educação para a
sustentabilidade através da disseminação e intercâmbio de informações e experiências por
meio de cursos, seminários, wokshops e de material didático. Esta ação é fundamental para
que os processos de Agendas 21. Locais ganhem um salto de qualidade, através da
formulação de bases técnicas e políticas para a sua formação; trabalho conjunto com
interlocutores locais; identificação das atividades, necessidades, custos, estratégias de
implementação; aplicação de metodologias apropriadas, respeitando o estágio em que a
Agenda 21 Local em questão está.
A Agenda 21 vem se constituindo em um instrumento de fundamental importância
na construção dessa nova ecocidadania, num processo social no qual os valores vão
pactuando paulatinamente novos consensos e montando uma Agenda possível rumo ao
futuro que se sustentável.
4.11 Programa (Atividades Integradoras do Currículo)
Curso CELEM – Espanhol
Este Projeto busca, entre outros, demonstrar que a Língua Espanhola é
extremamente importante devido as relações culturais e também as relações que envolvem
o Mercosul. O Curso CVELEM – Língua Espanhola, atende não só os alunos matriculados,
como também a comunidade em geral, oportunizando a participação dos alunos da escola
pública. O Colégio conta atualmente com 143 alunos matriculados.
4.12 Acompanhamento e realização de hora atividades
A hora/atividade foi regulamentada em todas as escolas do Estado do Paraná pela
Lei nº 13807/02.
Compreende 20% (vinte por cento) da jornada de trabalho para todos os professores
do Estado em efetiva regência de classe e em todos os níveis de contratação. É o período
em que o professor desempenha suas funções da docência, reservado a estudos,
planejamento, reunião pedagógica, atendimento à comunidade escolar, preparação de aulas,
avaliação dos alunos e outras correlatas, devendo ser cumprida integralmente no local de
exercício.
− Organização da hora/Atividade no horário escolar por disciplina e cópia no Colégio
conforme orientação do Núcleo Regional de Educação
− Cronograma da Hora Atividade Concentrada para:
Segunda-feira: Educação Física e Artes;
Terça-feira: Língua Portuguesa e LEM;
Quarta-feira: Matemática e Física;
Quinta-feira: História, Geografia, Ensino Religioso, Filosofia e Sociologia;
Sexta-feira: Biologia, Ciências e Química.
4.13 Proposta de Formação Continuada, ofertada inclusive pela escola
Formação Continuada
Concepções:
− É uma atualização teórico-metodológica para melhor a qualidade do trabalho do
professor em sala de aula, visando a melhoria do processo ensino-aprendizagem.
− Devido ao constante movimento social, cultural, econômico, político e científico, os
profissionais da educação devem estar em constante processo de formação a fim de
melhor instrumentalizar o trabalho para efetiva aprendizagem de todos os alunos.
Objetivos:
− Proporcionar a toda a comunidade escolar, o aperfeiçoamento e atualizado
necessários para o bom desempenho de cada participante do processo ensino-
apredizagem, nas suas diferentes funções.
− Oportunizar espaços de reflexão, discussão, e redirecionamento do trabalho
pedagógico visando a melhoria do processo ensino-aprendizagem.
Ações a serem desenvolvidas Responsável Cronograma
- Encontros e discussões com a comunidade escolar para levantamento de necessidades da escola.
- Escolha de textos para área que aborde0m os problemas levantados que serão discutidos em palestras, grupos de estudos, reunião pedagógica.
- Organização de palestras de formação políticas e cidadania para os representantes de turma e grêmios.
- Encontros mensais com os pais para abordar assuntos detectados de interesse deles.
- Equipe Pedagógica
- Equipe Pedagógica
- Equipe Pedagógica, Direção e Professores conveniados.
- Equipe Pedagógica e convidados
- Início do Semestre
- Mensal
- Mensal
- Bimestral
5 Plano de Ações da Escola (Marco Operacional)
Gestão Democrática
Concepções:
− Processo político de participação de todos os segmentos da escola preocupados com
a democratização do saber e a qualidade de ensino para todos.
− É um processo político que deve envolver todos os segmentos da comunidade
escolar por processos de decisões e ações a serem desenvolvidas na escola, numa
relação dialógica e coletiva.
− O perfeito entrosamento entre escola, família e sociedade, no qual cada um faz o seu
papel, em perfeita consonância com os demais. Tudo é feito em conjunto, todos têm
o direito de opinar, partindo de geral para atingir o específico.
Objetivos:
− Participação de toda a comunidade escolar objetivando sucesso no processo ensino-
aprendizagem.
− Permitir a participação de todos os envolvidos no processo educacional e que esses
tenham o direito de agir e interagir no mesmo, criando condições para que ocorra a
inclusão social e a socialização do saber.
Plano de Ação do Estabelecimento 2010
Tópicos Discutidos
Problemas Levantados
Ações da Escola em 2010 Período Responsável
Projeto Político
Pedagógico
- Dificuldade em por em prática a concepção estabelecida pela filosofia do P.P.P.- Resistência de alguns professores em por em prática as decisões coletivas.
- Reflexão sobre as correntes pedagógicas.- Grupos de Estudos sobre a Teoria Histórico-cultural.- Formação cidadã – textos diversos.- Reorganização e reelaboração do P.P.P..
- Durante o ano- Publicizá-lo até novembro.
- Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Funcionários e Comunidade.
Regimento Escolar
- Conhecer a lei.- Problemas com baixo rendimento escolar.- Verificar teorias e
- Definir estratégias coletivas para recuperação de conteúdos.- Estudar o regimento e e colocá-lo em prática.
-No decorrer das aulas e anualmente.
- Profissionais da Educação e Comunidade.
metodologias que ajudam a solucionar o problema com notas abaixo da média.
Instâncias Colegiadas
- Falta de disponibilidade de seus integrantes para atividades extraescolar.- Reativação do Grêmio Estudantil.- Falta de articulação entre os diversos segmentos da escola.
- Estabelecer dias e horários com antecedência de modo que não interfira no trabalho do profissional.- Estudos referente as leis e estatuto do Grêmio Estudantil.- Eleição – Escolha dos representantes da agremiação estudantil.
- No decorrer do ano.
- Direção, Equipe Pedagógica e membros das instâncias.
Entidades Externas
- Aumentar a parceria da comunidade e escola.
- Visitas (AO MUDI – DE CAMPO – TURÍSTICA ao MUNICÍPIO).- Palestras (Saúde, Segurança, drogas, sexualidade e motivacionais).- Mostras de Profissões.- Conselho Tutelar – palestras.- Peças teatrais de fundo cultural.- Solicitar a presença da patrulha escolar quando necessário.- Projeto Cocamar – Escola no Campo (5).- Projeto Senar - “Jovem Aprendiz Agricultor”.- UEM - PAS-Faculdades particulares (mostras, palestras, simpósios e oficinas.
No decorrer do ano.
- Direção, Equipe Pedagógica, Instâncias Colegiadas, Professores, Agentes Executivos e Agente II.
Cumprimen - Demora no - Fazer cumprir o - Durante o - Direção e
to do Calendário Escolar em dias letivos
e horas aula.
suprimento de profissionais em algumas áreas e principalmente dos cursos profissionalizantes.- Dificuldade de organização de turmas quando há falta de professores.
calendário. ano. Equipe Pedagógico.
Relação Escolar-
Comunidade
- Falta de acompanhamento na vida escolar só filho.
- Reuniões por turmas sobre a gestão e organização escolar.- Reunião bimestral para entrega de boletins ou extraordinária para as turmas que as demandam.- Informação e atendimento aos pais em caso de: aprovação por Conselho de Classe, indisciplina e por faltas (FICA).- Convite para a participação das atividades sociais promovidas pela escola.- Atendimento individual aos pais sobre a vida escolar.
- No decorrer do ano.
- Direção, Equipe Pedagógica, Professores e Comunidade.
Proposta Pedagógica Curricular/ Plano de Trabalho Docente
- Decidir as propostas no coletivo da escola e cumprí-las.- Falta de articulação entre equipe pedagógica e professores.- Dificuldade
- Assessorar os professores na hora atividade em relação ao Plano de Trabalho Docente, registro do livro diáriode classe e nos projetos desenvolvidos pela escola, cumprindo o estabelecido no coletivo.- Construir o Plano de Ação coletivamente.
- Durante o ano letivo.
- Equipe Pedagógica, Professores e Direção.
em priorizar o pedagógico.- Falta de unidade entre as mesmas áreas do conhecimento e as demais (interdisciplinaridades, multidisciplinaridadee transdisciplinaridade).- Dificuldade em conciliar (a práxis teoria e prática). Professoresv e pedagógico.- Dificuldade do preenchimento completo das informações no livro diário de classe.
Avaliação Escolar
- Dificuldade em avaliar na perspectiva da Pedagogia Histórico-Crítica.- Dificuldade do professor em dissociar aprendizágem meritocrática X indisciplina.- Falta de subsídios para avaliar os alunos e principalmente os de inclusão e de classe
- Leituras, análises e discussões sobre o processo de aprendizagem,- Articulação entre equipe pedagógica e os professores das áreas em diversificação de metodologias.- Estabelecimento de estratégias de ações e critérios para superar a fragmentação relacionada à avaliação.- Aproximar a comunidade escolar resgatando a presença da família, instrumentalizando-as para tornarem-se parceiras do ensino aprendizagem.
- Durante o ano letivo.
- Equipe Pedagógica, professores e comunidade escolar.
numerosa. - Reestruturação do planejamento e da metodologia e de alguns instrumentos de avaliação para superar o cotidiano e atingir o conhecimento científico.- Para se adequar à Pedagogia Histórico-Crítica, oferta do curso de extensão pelos professores (PDE 2009-2011).- Ajuda ao núcleo Regional para resolução dos cursos de inclusão.
Conselho de Classe.
- Dificuldade em solucionar os problemas de aprendizagem relacionados.- Decisões do coletivo não são colocados em prática.- Falta de entendimento sobre o Pré-Conselho de Classe.- Dificuldade tempo e espaço de organização das ideias e estabelecer estratégias e metas para uma recuperação mais eficaz.- Dificuldade da equipe pedagógica em organizar os
- Implementação de fichas para levantar dados ou diagnóstico de cada turma e disciplina para acompanhamento na superação dos problemas elencados.- Analisar o processo do aluno individualmente primando pela inclusão.- Organizar jun to à Direção e Equipe Pedagógica o pr-e-Conselho, garantindo o processo coletivo de ação e reflexão sobre o trabalho pedagógico e aprendizagem.
- Durante o ano letivo.
- Direção, Equipe Pedagógica e Professores.
dados do Pré-Conselho e Conselho junto com os professores.
Hora Atividade
- Obedecer a hora atividade no dia pré determinado quando o professor trabalha em duas ou mais escolas.
- Buscar espaços para articulação entre professores e equipe pedagógica para solucionar questões teóricas, metodológicas e pedagógicas.
- No decorre do ano.
- Direção, Equipe Pedagógica e Professores.
Recuperação de
Estudos.
- Dificuldade em determinar o momento a ser recuperado os conteúdos e em trabalhá-los em sala de aula junto com os alunos que já obtiveram aprendizagem significativa.
- Oportunizar aos diversos tipos de avaliação e recuperação de conteúdos.- Diversificar as atividades avaliativas.
- Recuperação paralela constante, após cada término de conteúdo.
- Direção, Equipe Pedagógica e Professores.
Sala de Apoio/Sala de Recursos
- Falta constante de alunos.- Compromisso/fichas e relatórios de acompanhamento.- Falta maior entrosamento dos professores das diferentes disciplinas.
- Convocar os responsáveis pelo aluno.- Envolver os profissionais no processo ensino/aprendizagem.- Comparecimento dos profissionais destas áreas nos Conselhos de Classe.
- No decorrer do ano letivo.
- Professores Regentes, Sala de Apoio e Recursos, Equipe Pedagógica e Direção.
Inclusão/necessidades especiais
- Salas numerosas para atendimento
- Número reduzido de alunos nas salas de alunos de inclusão.- Cursos / capacitação,
- Durante o ano letivo.
- Direção, Equipe Pedagógica, Professores
individual.- Dificuldade em atender o aluno individualmente.- Falta de formação específica do professor.- Falta de comprometimento da família.- Falta de profissional habilitado para acompanhar o aluno de inclusão.
acompanhamento da Equipe Pedagógica com a família e todos os envolvidos.- Orientação para os profissionais diferenciado.
regentes e professores de serviço especializado.
Reuniões/Semanas
Pedagógicas
- Tempo escasso para a elaboração do Plano de Trabalho Docente por áre3as e inclusive para sua efetivação.- Material trabalhado e de difícil compreensão para os profissionais não docentes.
- Intervir junto aos órgãos competentes para disponibilizar maior tempo para o planejamento e discussões internas.
- De acordo com o Calendário Escolar.
- Direção e Equipe Pedagógica.
Índice de Aproveitam
ento escolar.
- Evasão – Desistência e evasão maior no período da tarde e bem acentuada no noturno.- Reprovação – Constata-se que a
- Palestra de motivação para os educandos.- Avaliações diferenciadas.- Programa FICA.- Trabalho da Equipe Pedagógica com alunos para incentivo em relação aos estudos.- Equipe Pedagógica trabalhar com os
- Durante o ano letivo.
- Direção, Equipe Pedagógica e Professores.
reprovação segue o mesmo rítmo da evasão.- Notas do IDEB – Decaiu o índice de aproveitamento do colégio.
resultados e níveis de escala de desempenho de habilidades e competências nas disciplinas afins com os professores durante a hora atividade.- Participação dos pais nas atividades do colégio, seja individual ou coletiva.
Jornada/Pedagógica.
- Dificuldade da sociabilização da capacitação por falta de tempo com os professores.
- Organizar um momento na Reunião Pedagógica para reflexão dos termos abordados.- Cumprir as tarefas propostas pelo NRE.
- Calendário de acordo com o NRE e SEED.
- Equipe Pedagógica.
NRE Itinerante
- Período de realização.
- Assuntos específicos da organização escolar e práticas pedagógicas.- Sugestão ser realizada no início do ano letivo.
- Setembro. - NRE
Capacitação Continuada
- - Falta do profissional durante o curso, ocasionando desestruturação na organização de aula do colégio.- Bolsa – auxílio.- Maior envolvimento dos profissionais para participarem no GTR.
- Cobrança dos órgãos competentes.- Incentivo da participação de todos profissionais no GTR (Direção, Equipe Pedagógica, Professores e Funcionários).
- Durante o ano, de acordo com o Calendário Escolar.- Calendário NRE / SEED.
- NRE – SEED, Direção e Equipe Pedagógica.
- Projetos Escolares- Semana Cultural
- Dificuldade de envolvimento efetivo das
- Decisões do coletivo devem ser colocadas em prática.- Envolvimento da
- Durante o ano letivo.
- Equipe Pedagógicas- Direção- Professores
- Semana Esportiva – JOCOP'S
- Viva Escola
- CELEM- Com
Ciência
instâncias da escola nas decisões coletivas.- CELEM E Viva Escola apresentando uma evasão muito grande.- O executor do programa Viva Escola não foi o elaborador, ocasionando problema de contratação de profissional e também de execução do programa.- Dificuldade de deslocamento e acompanhamento de alunos e professores no COM CIÊNCIA .
comunidade nas atividades extra classe desenvolvida pelos projetos e programas.- Projeto de leiturqa com envolvimento de todos os profissionais docentes e não docentes.- Contato constante com os pais afins de vencer a evasão, a falta de perspectiva e interesse dos alunos.- Maior integração do município para o deslocamento de alunos, professores e da comunidade para a efetivação dos projetos.
- Comunidade- Órgãos Competentes.
Educação/ Campo
- Dificuldade na realização de trabalhos extraclasse, por falta de transporte e material de pesquisa.- Dificuldade de colocar em prática os art. 28 da LDB.
- Providência material para o aluno realizar as atividades em seus domicílios.- Projeto COCAMAR – Escola no Campo.- Projeto SENAR – Jovem Aprendiz.- Levantamento dos alunos que moram no campo.
- Ano todo Direção, Equipe Pedagógica e Professores.
Desafios Educacionai
s
- Falta total integração família/escola.
- Priorizar o conteúdo estabelecendo relação com a disciplina
- Durante o ano letivo.
Direção, Equipe Pedagógica , Professores e
Contemporâneos
- Falta de limites impostos pela família.- Falta de perspectiva do adolescente.- Alteração de valores na sociedade.- Dificuldades de profissionais específicos para proferir palestras (Falte de recursos humanos e financeiros).
(transdisciplinaridade).- Palestras.- Vídeos informativos, filmes, músicas, etc.- Parcerias.- Projetos desenvolvidos e socializados em eventos na sala de aula e no coletivo para a comunidade escolar.- Redação – Educação Fiscal.- Aluno integrado (MEC).- Gincana Cultural (Conhecimentos Gerais).
Funcionários.
- Materiais e ambientes
didáticos pedagógico
- Laboratório de Ciências
e de Informática.- TV Paulo
Freire- TV
Pendrive- Acervo blioteca- Livro
Didático Público
- Burocracia e demora de instalação de aparelhos.- Necessidade de adquirir mais um microscópio.- Manutenção do Laboratório Paraná Digital.- Trabaljho dificultado pela sobrecarga de atividades.- Falta de um profissional encarregado para manutenção e acompanhamento dos programas.
- Viabilizar um computador e uma impressora para a sala da Equipe Pedagógica.- Equipar os laboratórios com materiais necessários.- Explorar os materiais da disciplina de Artes disponíveis na biblioteca e incentivar o uso de tecnologias pelos docentes e discentes.- Reivindicar junto aos órgãos competentes a redução do número de alunos em sala de aula.
- Durante o ano letivo.
Direção, Equipe Pedagógica , Professores e Funcionários.
Gestão - Decisões do - Organização do tempo e - Durante o - Direção,
Escolar e Planejament
o Participativ
o
coletivo não são colocados em prática.- Dificuldade de envolvimento efetivo das instâncias colegiadas nas decisões da escola.- Dificuldade para localização dos pais (mudança de endereço e telefones).
espaço no interior da escola.- Participação dos pais em reuniões, palestras, eventos e em convocações quando necessário para serem informados sobre: aprovação por Conselho de Classe, rendimento escolar, faltas, indisciplina, descompromisso pelo aluno com as atividades avaliativas, cumprimento do regulamento e horário e preservação do ambiente escolar.- Concretizar sobre a necessidade de declaração de trabalho, atestado médico e outras justificativas necessárias para a tomada de decisões coletivas.Proporcionar grupos de estudo contínuo para que os professores adquiram subsídios metodológicos para o desenvolvimento do trabalho docente.
ano letivo – Intensificação do trabalho no início de cada bimestre.
Equipe Pedagógica, Professores, Funcionários, Alunos e Pais.
Recursos Financeiros
- Construção de Anfiteatro.- Cobertura da 2ª quadra esportiva .- Construção do refeitório.- Construção de almoxarifado.- Reforma dos banheiros.- Reforma na cozinha.
- Acionar a APMF, Conselho Escolar, para juntos reivindicar a solução dos problemas.
- Fundo Rotativo (mensal).- PDDE (verba normalmente enviada no final do ano).
- Direção, Conselho Escolar, APMF – Fundo Rotativo e Dinheiro direto pras escolas - PDDE
5.1 Proposta de trabalho do Colégio para articulação com família e comunidade
− O Colégio mantém o acompanhamento com os pais por meio de reuniões
bimestrais, reuniões extraordinárias e atendimento individualizado após cada
conselho de classe e, também quando se fizer necessário;
− Concebendo o papel da escola na socialização do conhecimento, a Campanha de
Mobilização para Aprendizagem Escolar tem unicamente para saber como
acompanhar a avaliação da aprendizagem do aluno, só sistema, da escola, do
professores, uma vez que a apropriação não prescinde da clareza de que a
aprendizagem à fruto de múltiplos determinantes e todos devem ser avaliados;
− Neste sentido, a comunidade escolar será chamada na escola para receber esta
instrumentalização.
FICA
A Ficha de Comunicação do Aluno Ausente – “Fica” é um dos instrumentos
colocados a disposição da Escola e da Sociedade para a sistematização de ações de combate
a evasão escolar e a valorização da vida.
Para que haja a concretização das ações a serem realizadas é necessário ter claro os
reais condicionantes da evasão escolar que estão postos em questões sociais, econômicas,
culturais, psicológicas e pedagógicas.
O Colégio Estadual Parigot de Souza, objetivando oferecer um diagnóstico sobre os
principais condicionantes da evasão escolar e, em especial, suscitar encaminhamentos para
um trabalho sistemático onde a idade/série, a desmotivação, a indisciplina e a repetência
não façam mais parte dos indicativos da evasão escolar, conta com a atuação dos
professores, Direção, Equipe Pedagógica da escola como também com a família do aluno e
o Conselho Tutelar.
O principal agente desse processo é o professor na medida em que, constatada a
ausência do aluno por 05 (cinco) dias consecutivos, ou 07 (sete) dias alternados no período
de um mês e esgotadas as iniciativas a seu cargo, comunicará à equipe pedagógica, que
entrará em contato com a família, orientando e adotando procedimentos que possibilitem o
retorno do aluno às aulas.
Obtendo-se êxito com o retorno do aluno, arquiva-se a Ficha Fica, caso contrário, é
enviada a 1ª e 3ª via para o Conselho Tutelar.
Transcorridos 10 (dez) dias do encaminhamento da Ficha ao Conselho Tutelar e
não havendo resposta do mesmo, o Ministério Público deverá ser imediatamente
comunicado para que as providências cabíveis sejam tomadas.
Concluindo, procuramos sistematizar aqui alguns pontos sobre o problema da
evasão escolar, buscando uma visão de conjunto sobre ela, discutindo algumas técnicas que
possam ser utilizadas para minimizar o problema. Com isso esperamos ter fornecido alguns
subsídios para reflexão e revisão da prática pedagógica permitindo dessa forma a
permanência do aluno na escola, conscientizando-o da importância da educação em sua
vida e para seu futuro. Será mantido contato freqüente com os pais ou responsáveis,
enfatizando a sua responsabilidade na educação e formação de seus filhos.
5.2 Instâncias Colegiadas
5.2.1 Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa
em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe, tendo por objetivo
avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos
adequados a cada caso.
O Conselho de Classe tem como finalidade:
Estudar e interpretar os dados da aprendizagem, na sua relação com o trabalho do
professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, proposto pelo plano curricular;
Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como
diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor;
Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma,
com a organização dos conteúdos e com o encaminhamento metodológico;
Utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmentros indicados
pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação dos alunos entre si.
O Conselho de Classe reunir-se-á, ordinariamente, em cada bimestre, em datas
previstas no Calendário Escolar e extraordinariamente sempre que um fato relevante assim
o exigir.
São atribuições do Conselho de Classe:
Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-aprendizagem,
respondendo a consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe Pedagógica;
Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento
metodológico e processo de avaliação que afetem o rendimento escolar;
Propor medidas para a melhoria do aproveitamento escolar, integração e
relacionamento dos alunos na classe;
Analisar o aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco
por cento) e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero), definindo pela sua aprovação ou não;
5.2.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários.
A APMF é um órgão cooperador e tem por finalidade a integração da família no
processo educacional, visando o aprimoramento da formação do educando. É formado pelo
corpo docente, funcionários e pais de alunos matriculados no Colégio. Estatuto próprio
aprovado em Assembléia Geral e registrado em Cartório de Registro de Títulos e
Documentos, obedecendo ao disposto na Lei estadual n. 7962/84 de novembro de 1984.
5.2.3 Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e
fiscal, com o objetivo de estabelecer, para o âmbito deste Estabelecimento, critérios
relativos à sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos
limites da legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e política educacional
traçadas pela Secretaria de Estado da Educação.
O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação entre os segmentos
da Comunidade Escolar e os setores do Estabelecimento, a fim de garantir o cumprimento
de sua função que é ensinar.
O Conselho Escolar reger-se-á por Estatuto próprio, onde estarão explicitados sua
organização, funcionamento e atribuições de seus componentes.
O Estatuto do Conselho Escolar será elaborado por seus componentes e aprovado
pelo Órgão Competente.
O Conselho Escolar será constituído pelas seguintes categorias:
a) Diretor;
b) Representante da Equipe Técnico Pedagógico;
c) Representante da Equipe Técnico Administrativo;
d) Representantes de professores atuantes em sala de aula;
e) Representantes de alunos escolhidos por seus pares regularmente matriculados;
f) Representantes de pais ou responsáveis por alunos regularmente matriculados;
Poderá participar do órgão colegiado de direção, representante dos segmentos
sociais organizados comprometidos com a escola pública, assegurando-se que sua
representação não ultrapasse 1/5 (um quinto) do colegiado.
Caso haja um maior número de membros entre as categorias de pais e representantes
dos segmentos organizados da sociedade, a paridade se confirmará com igual número de
professores.
Os Membros do Conselho Escolar, bem como seus suplentes, serão escolhidos por
seus pares, nos termos das categorias no artigo anterior.
As categorias que compõe o conselho escolar terão reunião própria com o fim de
escolher seus representantes.
A presidência do Conselho Escolar será exercida pelo Diretor do Estabelecimento
de Ensino, na qualidade de membro nato.
O mandato dos integrantes do Conselho Escolar, será de dois anos não coincidindo
com o mandato do Diretor.
Os Membros do Conselho Escolar não receberão qualquer tipo de remuneração,
nem terão vínculo empregatício com o estado.
No caso de um dos conselheiros infringir as normas estabelecidas neste regimento, o
próprio conselho no uso de suas atribuições, após apuração e comprovação das
irregularidades poderá destituí-lo.
São atribuições do Conselho Escolar:
I – analisar e aprovar o Projeto Pedagógico do Estabelecimento de Ensino;
II – acompanhar a avaliar o desempenho do estabelecimento em face das diretrizes,
prioridades e metas estabelecidas no Projeto Pedagógico.
III – analisar os projetos propostos por todas as categorias que compõem a
comunidade escolar, no sentido de avaliar sua necessidade de implantação e aprovar se for
o caso;
IV – apreciar e julgar em grau de recurso os casos dos alunos que forem punidos
por infringirem as normas neste Estabelecimento de Ensino;
V – apreciar e emitir parecer quanto às reivindicações e consultas da comunidade
escolar sobre questões ao cumprimento do regimento escolar.
VI – apreciar e emitir parecer sobre desligamento de um ou mais membros do
Conselho Escolar, quando do não cumprimento das normas estabelecidas no regulamento,
encaminhando-o ao órgão competente;
VIII – aprovar o calendário da unidade escolar e enviar ao NRE para homologação;
IX – deliberar sobre outros assuntos encaminhados pela Direção pertinente ao
âmbito de ação do estabelecimento.
X – supervisionar juntamente com o diretor, a exploração da cantina escolar,
conforme a lei vigente.
O funcionamento do Conselho Escolar dar-se-á através de:
I – reuniões ordinárias bimestrais convocadas pelo presidente, com 72 (setenta e
duas) horas no mínimo de antecedência, com pauta claramente definida no ato da
convocação.
II – reuniões extraordinárias sempre que necessário:
a) por convocação do presidente do Conselho Escolar;
b) a pedido de 1/3 (um terço) de seus membros em requerimento dirigido ao
presidente, especificando o motivo da convocação.
As reuniões extraordinárias também terão sua convocação com 72 (setenta e duas)
horas de antecedência, com pauta claramente definida no ato da convocação.
As reuniões ordinárias e extraordinárias realizar-se-ão, em primeira convocação
com 2/3 (dois terços) dos Membros do Conselho Escolar ou, em segunda convocação, 30
(trinta) minutos após, com 1/3 (um terço) de seus membros.
As reuniões serão lavradas em livro próprio aberto para esta finalidade, por
secretário , para registro, comunicação ou divulgação.
Na ausência injustificada de 3 (três) reuniões consecutivas ou 5 (cinco) intercaladas,
no período de 1 (um) ano, o Membro do Conselho será destituído e o preenchimento do
cargo de representação de sua categoria, dar-se-á mediante nova indicação.
5.2.4 Grêmio Estudantil
São várias as formas de participação nas escolas, uma delas é a criação de Grêmio
Estudantil, um importante espaço de aprendizagem, cidadania, convivência,
responsabilidade e luta por direitos.
A constituição e a efetivação dos Grêmios Estudantis em todas as Escolas do Estado
do Paraná é uma das principais políticas de Gestão Democrática da Secretaria de Estado da
Educação do Paraná.
Segundo Moura (2005): “É através do Grêmio Estudantil, consciente do seu papel
transformador, que os estudantes poderão de fato e verdadeiramente discutir, opinar e
participar de construção desta nova escola, se transformando em cidadãos críticos e
participativos”. Consequentemente contribuindo com a construção de uma nova sociedade.
É preciso situar a fundamental participação dos jovens no debate político, social e
pedagógico. O jovem organizado fez e continuará fazendo a história das conquistas sociais
do país. O grêmio expressa uma via de organização e representatividade do jovem a partir
da escola, situando a escola, como espaço de formação de uma cidadania, quando efetiva,
deve não somente, promover o processo de tomadas de decisões coletivas, como
desenvolver um exercício democrático de segmentação e cidadania.
Como política de gestão, a SEED defende a participação juvenil no processo de
tomadas de decisões na escola, na sociedade nos espaços políticos e o processo coletivo de
tomadas de decisões que passa pela Gestão Democrática.
A SEED concebe uma dimensão política pedagógica do grêmio participando das
reuniões do Conselho e discutindo com seus pares as bases legais que fundamentam uma
ação consciente neste espaço democrático.
A participação dos grêmios é então um espaço essencial de Gestão Democrática e
deve ser resultado da vontade dos próprios estudantes reconhecendo nesta organização a
sua importância e seu papel nas instituições de ensino, expandindo-se para sociedade e
contribuindo na formação dos alunos em as suas dimensões.
Porém, este papel não pode ser exercida de forma espontânea e arbitraria, deve ter
legitimidade e representatividade.
Em novembro de 1985, foi criada uma lei federal que regulamenta o funcionamento
das entidades estudantis no Brasil. Essa lei, de nº- 7.398 de 4 de novembro de 1985,
assegurar aos estudantes do Ensino Fundamental e Médio o direito de se organizarem
autonomamente e criarem uma entidade representativa de seus interesses com finalidades
educacionais, culturais, cívicas, esportivas, sociais e políticos.
Leis que reforçam o existência do Grêmio Estudantil.
A Lei nº- 7.398, de novembro de 1985.
Lei Complementar nº- 444, de 27 dezembro de 1985.
Lei nº- 8.069, de 13 julho de 1990.
Lei nº- 7.844, de 13 de maio de 1992.
Lei nº- 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Lei nº- 11.057, de 17 de janeiro de 1995.
Para organizar um Grêmio, em primeiro lugar deve-se constituir uma comissão Pró-
Grêmio formada por alunos representantes de turno ou escolhida entre seus pares para tal
finalidade. Essa Comissão PRÓ-GRÊMIO deverá elaborar um Estatuto e organizar a
Assembléia Geral dos estudantes. Nesta assembléia, deverá ser esclarecida a todos
estudantes o que é um Grêmio, qual a finalidade dentro da Escola, aprovar o Estatuto
apresentado e formar a comissão eleitoral.
O Estatuto Grêmio Estudantil é um documento que estabelece a organização sob a
qual o Grêmio Estudantil funcionará, explicando como serão as eleições, a composição da
diretoria e como a entidade deve atuar. É importante destacar que o Grêmio Estudantil,
enquanto segmento de Gestão continuará existindo apesar da substituição das chapas. Deste
modo, as novas diretorias precisam seguir normas para que o Grêmio Estudantil continue
funcionando.
A comissão Eleitoral ficará com a responsabilidade de marcar a data de eleição e
receber a inscrição de chapas e candidatos, fiscalizar o processo eleitoral e resolver
eventuais dúvidas que surjam no processo eleitoral. Os membros dessa Comissão devem
eleger um coordenador para centralizar as atividades. Esses devem também promover a
apuração dos votos, declarar os vencedores e organizar um ato de Posse.
É importante produzir uma Ata Eleitoral, no qual constem as chapas e os candidatos
concorrentes, as ocorrências e os resultados. Sugere-se reunir todas as atas e registrar num
Cartório de Títulos e Documentos.
A organização, o funcionamento e as atividades do Grêmio serão estabelecidos em
seu Estatuto, aprovado em Assembléia Geral do corpo discente do Estabelecimento de
Ensino, convocado para este fim, obedecendo à legislação pertinente.
A aprovação do Estatuto, a escolha dos Dirigentes e dos Representantes do Grêmio
será realizada pelo voto direto e secreto de cada estudante, observando-se, no que
couberem, as normas da legislação eleitoral. São sócios do Grêmio todos os alunos
matriculados e com freqüência regular. Os representantes do Grêmio não poderão utilizar
seu horário de aula para reuniões e qualquer outras atividades sem autorização da Direção
Geral e do professor de turma.
O estabelecimento de Ensino não se responsabilizará pelas dívidas ou outros
compromissos assumidos pelo Grêmio Estudantil. A realização de qualquer evento
organizado por esta agremiação deverá ser precedida de apresentação ao Conselho Escolar.
Qualquer evento ou reunião no interior do Estabelecimento de Ensino, o Grêmio
estudantil será responsável pela manutenção da limpeza, de ordem e por qualquer dano ao
patrimônio ou a material do Estabelecimento.
O balanço anual do movimento financeiro do Grêmio Estudantil será apresentado à
Assembléia Geral dos alunos e ao Conselho Escolar ao final de cada mandato.
As atividades do Grêmio Estudantil poderão ser acompanhadas por um profissional
da educação. Escolhido pela Diretoria do Grêmio.
O Conselho de Representantes de Turma será eleito anualmente, no início do
período letivo, em data fixada pelo Grêmio e / ou equipe pedagógica. O Conselho de
Representantes de turmas é a instância intermediária e deliberativa do Grêmio e será
constituído pelos representantes de turnos eleitos pelos alunos de cada turma em voto
secreto.
Importante criar o Grêmio na Escola, pois ele será um órgão reconhecido de apoio à
Direção Escolar.
O Grêmio Estudantil não terá caráter político – partidário, religioso, racial e também
não deverá ter fins lucrativos.
Propostas de atuação para o Grêmio
Cultural
Montagem de peças de teatro
Dança
Exposições de desenhos, pintura e escultura
Festas
Shows
Festivais de bandas
Saraus
Passeios a museus
Mostras de cinema e teatro
Oficinas culturais e de artesanato
Semana cultural
Concursos literários (poesias, contos, crônicas)
Esportes
Campeonatos de futebol, vôlei, basquete, handebol etc.
Participação em campeonatos interescolares
Mini-olimpíadas (corridas, saltos, basquete etc.)
Gincanas
Política
Palestras, debates, manifestações
Avaliação dos diretores, professores e alunos no processo de aprendizagem
Garantir o voto dos estudantes no Conselho Escolar
Campanhas a favor da Cultura de Paz
Parcerias com Grêmios de outras escolas
Social
Campanha do agasalho, alimento etc.
Reciclagem de lixo
Campanhas de prevenção (gravidez precoce, drogas etc.)
Embelezamento da escola (murais, painéis, grafite)
Grupos de discussão (preconceito, inclusão social)
Comunicação
Rádio Escolar
Jornal dos alunos
Participação na reunião de representantes de classe
Participação no Conselho Escolar
Fonte: Caderno Grêmio em Forma, do Instituto Sou da Paz.
3.2 Organização Pedagógica da Escola
O Colégio Estadual Parigot de Souza é composto de Educação Básica nível de 5ª a
8ª série no período matutino e vespertino e 1ª a 3ª série do Ensino Médio, nos três
períodos,Sala de Apoio, Sala de Recursos, Sala de Deficiência, Ensino Profissonal
Integrado e Subsequente (Técnico em Administração e Técnico em Informática).
A função fundamental da educação é criar condições para o desenvolvimento do
potencial de cada indivíduo e ajudá-lo a tornar-se um ser humano completo, em suas
dimensões sociais, afetivas e intelectuais.
O grande desafio consiste na reinvenção da solidariedade, do companheirismo, da
amizade, da democracia e da justiça social. Procurando amenizar divergências sobre as
classes sociais, gêneros, etnia e cultura a fim de possibilitar a resistência e combate a
discriminação e à exclusão, defendendo a coexistência da diversidade.
3 – Relações Étnico-Raciais: A abordagem pedagógica sobre essa demanda objetiva
promover o reconhecimento da identidade, da história e da cultura da população,
assegurando a igualdade e valorização das raízes africanas ao lado das indígenas, européias
e asiáticas a partir do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena.
4 – Prevenção do Uso Indevido de Drogas: Diante de um assunto desafiador propõe-se que
os profissionais da educação junto aos alunos realizem uma abordagem fundamentada em
resultados de pesquisa, desprovida de valores e crenças pessoais.
5 – Sexualidade: A sexualidade é entendida como uma construção social, histórica e
cultural. Sendo assim, precisa ser discutida na escola, pois essa constitui-se em espaço
privilegiado para o tratamento pedagógico desse desafio educacional contemporâneo.
3.2.2 - Estagiários do Ensino Superior:
A tarefa de gestão da escola pública pressupõe, entre outros encaminhamentos
igualmente necessários, uma permanente e especial atenção ao processo de ensino-
aprendizagem desenvolvido no cotidiano escolar. Nesse sentido, desejamos lembrar que a
efetivação, com qualidade, do processo pedagógico requer também o cuidado na recepção e
acompanhamento dos estagiários das várias licenciaturas de instituições de Ensino
Superior.
Desse modo, e tendo em vista que:
− o estágio de Docência é indispensável à formação dos acadêmicos das licenciaturas das
IES;
− os estagiários são potencialmente, futuros professores da rede estadual da educação
básica;
− o contato entre professor/professor pedagogo e estagiário pode representar importante
oportunidade de novas e produtivas experiências pedagógicas para ambos;
− a troca de conhecimentos e experiências entre estagiários e comunidade escolar pode
contribuir para o fortalecimento de um trabalho de qualidade na Educação Básica.
3.2.3 – Estágio Não Obrigatório do Ensino Médio e Profissionalizante.
Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de
trabalho que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam
frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação
fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos.
As atividades de estágio não obrigatório, previstas e desenvolvidas no curso do
Ensino Médio são consideradas curriculares, configurando-se Ato Educativo.
Serão considerados estagiários, os alunos matriculados e frequentes no Ensino
Médio que tenham idade prevista em lei.
O Estágio não obrigatório, incluído na Proposta Curricular do Curso, opcional para
os alunos, terá registrado a carga horária efetivamente realizada, no Histórico Escolar.
O estágio do Ensino Médio e nas suas modalidades, assumido pela escola a partir da
demanda dos alunos ou organizações da comunidade, objetivando a participação do Serviço
Social, voluntário ou obrigatório, sem fins lucrativos, terá registrada no Histórico Escolar a
carga horária efetivamente realizada.
Sob a orientação da Equipe Pedagógica todos os profissionais da educação deste
estabelecimento decidem coletivamente os encaminhamentos pedagógicos (no início do
ano letivo), voltados para o ensino/aprendizagem, instigando o aluno na busca de novos
conhecimentos através de práticas interdisciplinares, enfatizando os conteúdos estruturantes
de cada área. Sendo assim, os conteúdos não são oportunizados aos alunos de forma
fragmentada e desvinculado da realidade do mesmo, pois terá sentido quando se aprende de
forma prática e em consonância com a vida real.
3.10. Concepção de Avaliação:
A avaliação é um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados
da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o
processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar resultados e estabelecer-lhes
valor.
Na avaliação serão utilizados os seguintes critérios:
I – Observação contínua e permanente do desempenho dos aluno nas diversas áreas de
conhecimento e participação nas atividades desenvolvidas;
II – respeito à realidade individual do aluno.
III – ênfase aos aspectos qualitativos da aprendizagem;
IV – ênfase na atividade crítica de síntese e elaboração pessoal de cada aluno;
V – avaliação oral, testes, trabalhos individuais e/ou coletivos, pesquisas, entrevistas,
estudo de campo, apresentação em feiras do conhecimento, entrevistas, portifólios, auto-
avaliação e outros instrumentos que se fizerem necessários.
É vedada a avaliação em que o aluno é submetido a uma só oportunidade de
aferição. O registro da avaliação será contínuo, permanente e cumulativo, indicando a
correspondência da etapa em que o aluno se encontra. Na avaliação do aproveitamento
escolar, deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem. Dar-se-á maior
importância a atividade crítica, à capacidade de síntese e a elaboração pessoal do que à
memorização.
Disciplina
De acordo com Franco: “a disciplina não diz respeito somente ao comportamento
dos alunos, diz respeito a todos os elementos envolvidos com a prática escolar e precisa ser
compreendida como algo necessário para atingir um fazer pedagógico coerente e eficaz,
estando, dessa maneira, intimamente relacionada à forma como a escola organiza e
desenvolve o seu trabalho”.
Para Makarenko, a disciplina é necessária para se atingir às finalidades da educação.
Exigir o máximo do aluno, sem ferir o que está além de suas potencialidades. Respeitar
profundamente o aluno como ser humano e estar convicto de que o homem só se realiza na
vida social, democrática, feita de regras coletivas. Procura com isso, de um lado, repudiar o
simples arbítrio e incentivar um assumir responsável e organizado do educando e, de outro,
desenvolver formas participativas de gestão, como instrumento indispensável para a
superação do simples autoritarismo. A disciplina é a capacidade de abster-se de atitudes que
servem para proporcionar proveito pessoal, e que, no entanto, podem prejudicar sua vida,
sua conduta, terceiros ou toda sociedade.
Para Gramsci, a disciplina significa a capacidade de comandar a si mesmo, de se
impor aos caprichos individuais. Isso só pode ser alcançado se a disciplina for fixada pelos
próprios membros da coletividade. Para ele, o trabalho escolar, preocupado em propiciar ao
aluno em condições para ser dirigente e não subalterno, exige esforço, trabalho e disciplina.
A escola não é um lugar de ensino fácil e atraente em todos o momentos, mas um local que,
dentro dos limites do aluno, impõe renúncias. Isso porque o progresso do aluno, rumo aos
conhecimentos elaborados historicamente pelo homem, não se pode dar a não ser através
de muita concentração e dedicação.
Snyders sinaliza que a escola deve estar ligada à realidade, a qual os alunos não se
sintam um “corpo estranho” e, potencialmente voltado ao fracasso, “uma escola onde o
aluno é feliz, de uma felicidade que não exclui momentos difíceis”.
Relacionamento professor-aluno
Concepção histórico-crítica dos conteúdos: A relação professor-aluno, nesta escola,
é horizontal, e não imposta. Um professor que esteja engajado numa prática transformadora
procurará desmistificar e questionar, com o aluno, a cultura dominante, valorizando a
linguagem e a cultura deste, criando condições para que cada um deles analise seu contexto
e produza cultura. O professor procurará criar condições para que, juntamente com os
alunos, a consciência ingênua seja superada e que estes possam perceber as contradições da
sociedade em que vivem. O aluno é visto como sujeito que, no início da aprendizagem, tem
um conhecimento precário e mistificado da realidade, e que ao final do processo, com a
mediação do professor e dos conteúdos, chegará à aquisição do conhecimento elaborado e
seja capaz de servir-se de instrumentos para a compreensão e transformação da realidade
social.
3.2. Organização do tempo escolar
Por série
3.3. Organização curricular
Por disciplina
3.4. Parte diversificada da matriz curricular
Ensino Fundamental: Língua Estrangeira moderna - inglês
Ensino Médio: Língua Estrangeira moderna - inglês
3.5. Língua Estrangeira Moderna:
Inglês
3.6. Estudos sobre o Estado do Paraná:
Nas disciplinas de História e Geografia.
3.7. Ensino de Sociologia
Disciplina do Ensino Médio
Sala de Recursos
Sala de Recursos é um serviço especializado, de natureza pedagógica, que apóia e
contempla o atendimento educacional realizado em Classes Comuns do Ensino
Fundamental de 5ª a 8ª séries, na área da Deficiência Mental, Disturbios e ou Acentuadas
Dificuldades de Aprendizagem.
A Sala de Recursos atende alunos regularmente matriculado do Ensino Fundamental
de 5ª a 8ª séries, egressos da Educação Especial ou aqueles que apresentam problemas de
aprendizagem, com atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou
deficiência mental e que necessitam de apoio especializado complementar para obter
sucesso no processo de aprendizagem na Classe Comum.
A Sala de Recursos possui um profissional habilitado, com 20 horas semanais,
fazendo atendimento individual ou em grupo de alunos, por intermédio de cronograma. O
horário de atendimento é no período contrário ao aluno está matriculado e frequentando a
Classe Comum.
A escola, por intermédio de sua mantenedora, prevê e provê para a Sala de Recursos
materiais pedagógicos específicos, adequados às peculiaridades dos alunos, para permitir-
lhes o acesso0 ao currículo.
O trabalho desenvolvido na Sala de Recursos parte dos interesses, necessidades e
dificuldades de aprendizagem específicas de cada aluno, oferecendo subsídios pedagógicos
e contribuindo para a aprendizagem dos conteúdos na Classe Comum.
O professor de Sala de Recursos apóia e orienta o professor da Classe Comum,
quanto às adaptações curriculares, avaliação e metodologias que poderão ser utilizadas na
sala de aula, em atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais.
Os conteúdos pedagógicos defasados, são trabalhados com metodologias e
estratégias diferenciadas. O acompanhamento pedagógico do aluno é registrado em
relatório semestral juntamente com a equipe tecnico-pedagógico, e, sempre que possível e
se fizer necessário, com o apoiodos professores da Classe Comum.
3.14. Proposta de Recuperação de Estudos
A recuperação de estudos tem por objetivo proporcionar ao aluno que demonstrar
rendimento insuficiente, estudos complementares, oportunizando melhoria de
aproveitamento.
Este Estabelecimento de Ensino ofertará Recuperação Paralela aos alunos, com
objetivo de proporcionar melhoria de conteúdo e rendimento. A Recuperação Paralela será
desenvolvida durante todo o ano letivo, dirigida aos alunos que tiverem baixo rendimento,
devendo ser planejada constituindo-se um conjunto integrado ao processo de ensino, além
de se adequar às dificuldades dos alunos.
4. Proposta de trabalho do Colégio para articulação com a família e comunidade
O Colégio mantém o acompanhamento com os pais por meio de reuniões bimestrais,
reuniões extraordinárias e atendimento individualizado após cada conselho de classe e,
também, quando se fizer necessário..
5. Acompanhamento e avaliação do Projeto Político-Pedagógico
Os representantes do Conselho escolar, da Associação de Pais e Mestres, Grêmio
Estudantil e comunidade escolar (prof. Alunos, pais e funcionários) serão convocados para
releitura e avaliação do Projeto Político Pedagógico a cada semestre do ano letivo com o
objetivo de readequá-lo em função dos resultados obtidos.
MATRIZ
CURRICULAR
PROPOSTAS
CURRICULARES
ENSINO
FUNDAMENTAL
INTRODUÇÃO
Dentro dos parâmetros estabelecidos pelas Propostas Curriculares para a Educação
Pública do Estado do Paraná, este Estabelecimento propõe trabalhar com os conteúdos de
cada disciplina respeitando e acolhendo os conhecimentos trazidos pelos educandos para, a
partir destes ministrar o saber sistematizado, para que ele não se depare com a realidade
muito distante da sua, uma vez que a clientela predominante neste colégio é orientada, em
sua maioria pela comunidade menos favorecida.
A comunidade escolar, aqui entendida como professores e pedagogos, trabalham
com conteúdos estruturantes, ou seja, os saberes escolares, através de projetos de pesquisa
de forma que oferta ao educando o direito ao acesso a esse conhecimento e à sua
assimilação, através de conteúdos vivos, concretos, indissociáveis da realidade social e
articulados com a prática social. E, numa perspectiva interdisciplinar vão contribuir com a
formação plena do aluno, oportunizando a todos, no sentido de ser incluídos no contexto
social, quaisquer que sejam suas origens.
O conteúdo deve ser trabalhador de forma que corresponda aos anseios do educando
nas suas diversas maneiras de agir e de pensar.
Que esses conteúdos sejam necessários e úteis para o seu bem estar como: saúde,
preservação do meio ambiente, lazer, noções jurídicas, em fim numa profissão escolhida ou
para prosseguir seus estudos em nível superior.
ARTES
EMENTA
A proposta do ensino de arte, tem como função levar o aluno a apropriação do
conhecimento em arte: dança, teatro, música e artes visuais, ampliando assim, a
sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação.
Aprender arte envolve, fazer trabalhos artísticos, apreciar e refletir sobre eles. O
envolvimento também se dá conhecendo, apreciando e refletindo sobre as formas da
natureza e sobre as produções artísticas individuais e coletivas de distintas culturas e
épocas.
Pela arte o ser humano torna-se consciente de sua existência individual e social. Por
exemplo o aluno que conhece arte pode estabelecer relações mais amplas quando estuda um
determinado período histórico.
A arte solicita a visão, a escuta e os demais sentidos como portas de entrada para
uma compreensão mais significativa das questões sociais.
A arte necessita ser considerada um corpo organizado de conhecimentos que exige o
mesmo tipo de substância e de rigor intelectual esperado das ciências exatas e humanísticas.
Para passar a ocupar um lugar mais central num currículo escolar equilibrado, a disciplina
necessita de conteúdo próprio e substancial. Valorizando não só a produção artística, mas
também as informações culturais e históricas , bem como a análise das obras. Este modo de
ensinar ate baseia-se em senti-la , compreende-la na sua dimensão histórica, aprecia-la
esteticamente, analisa-la e refletir sobre ela com espírito crítico. As diretrizes curriculares
propõe que a arte contribua para o desenvolvimento de uma nova sociedade, tendo como
alicerces características próprias, baseada numa valorização da realidade local.
Compreender o papel da teoria estética não é concebe-la como uma definição, mas sim
como uma referência para o pensar a arte e o seu ensino, que gera conhecimento
articulando saberes cognitivos, sensíveis e sócio-culturais.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE ARTES
O objetivo da disciplina de arte é proporcionar reflexões que contemplem a arte
como área de conhecimento e não novamente como meio para destacar dons, ou como
prática de entreterimento e terapia. O ensino de arte deixa de ser coadjuvante no sistema
educacional, passando a se preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma
sociedade construída historicamente e em constante transformação.
Educar os alunos em arte é possibilitar a eles um novo olhar, um ouvir mais crítico,
um interpretar da realidade além das aparências, com a criação de uma nova realidade, no
imaginário, bem como a ampliação das possibilidades de fruição e expressão artísticas.
Conteúdos por série
A disciplina de arte no ensino fundamental contempla s linguagens das artes visuais,
a dança, da música e do teatro.
5ª série
Artes visuais música teatro dançaLeitura de imagensFormaTextura: tátil – gráficaCor: pigmentoLuzSombra
Som ( quando surgiu)MelodiaRitmoIlustração musicalEncenaçãoPrimeiros sons ( sons primitivos)
PersonagensExpressão corporalExpressão gestualExpressão vocalExpressão facialEspaço cênico
ComposiçãoCoreografia ImprovisaçãoCoreografiaAnálise musical
6ª série
Artes visuais música teatro dançaLeitura de imagens e obrasAnálise quanto a :FormaEspaçoSuporteCorLuzSombra
Som (tipos)VibraçõesAnalise (letra)InterpretarEncenarTipos de músicaHarmonia
Tipos de teatroAção dos personagensExpressão corporalExpressão gestualExpressão facialExpressão vocal
Composição coreográficaMovimentoEspaçoAçãoDinamicidaderelacionamentos
7ª série
Artes visuais Música teatro dançaLeitura de imagens – obras – fotografias- propagandas Imagens virtuais:Cinema, vídeoConhecer diferente obras de arte
Qualidade sonoraTipos de sonsAltura/sonsDistribuiçào dos sonsMelodiaRitmoInterpretar a música e ilustrarTipos de melodia
Tipos de personagensEncenar músicasEncenar históriasObservar expressões: facial, vocal, gestual e corporal
Composição coreográficaRitmoImprovisação coreográficaMovimentos da música
8ª série
Artes visuais música teatro dançaLeitura de imagens – obras – fotografias – propagandasImagens virtuais (cinema – vídeo )Observar: forma, textura, cor.Imagem bidimensional e tridimensional
Analise dos tipos de sons da naturezaIlustrar sonsRepresentar sonsCriar instrumentos musicaisAnálise de músicasIlustrar letras de músicasConhecer diferentes tipos de instrumentos musicais
Surgimento do teatroEncenar músicasEncenar açõesEncenar imagensDramatizar peças teatrais criadasExpressão corporal, facial, gestual e vocal
Compor coreografiasObservar movimentosObservar ritmosObservar o equilíbrioDinamicidadeCriatividade Saber usar o espaço
METODOLOGIA
Se faz necessário por parte do professor, os conhecimentos artísticos e seus
enfoques culturais, pois é na associação entre arte e cultura que surgem reflexões sobre a
diversidade cultural da humanidade.
O objetivo será tornar os alunos leitores e produtores de textos visuais, pictóricos,
escultóricos, musicais, cênicos e gestuais.
A compreensão da arte se faz possibilitando ao aluno meios eficazes de
aproximação e visualização reconhecendo conceitos e elementos. Os eixos metodológicos
de acordo com as diretrizes estarão centrados no sentir e perceber: formas de leitura da
realidade; conhecimento estético: saber sistematizado; trabalho artístico: fazer.
Partindo das concepções adotadas nos conteúdos de Artes os professores deverão
considerar:
As várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na região, como
propósito cultural.
As peculiaridades culturais de cada aluno, como ponto de partida para a ampliação
dos saberes.
Situações diferentes de aprendizagem.
A experimentação como meio fundamental (prática), seja das artes visuais, música
teatro e dança.
Trabalhar partindo do lúdico para melhor compreensão e fixação.
Trabalhar instigando: memória, percepção e as possíveis realidades/ cotidiano do
aluno.
Explorar através das artes visuais a bidimensionalidade e a tridimensionalidade.
Na linguagem musical a percepção dos sons, memorização e ilustração.
Na linguagem teatral dramatizar possíveis histórias, músicas, contos, etc.
Na dança perceber o movimento como foco central, e a criatividade em compor
coreografias.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Para se tratar da avaliação em arte é necessário referir-se ao conhecimento
específico das linguagens artísticas tanto em seus aspectos práticos quanto conceituais ,
pois a avaliação consistente e fundamentada permite ao aluno posicionar-se em relação aos
trabalhos artísticos estudados e produzidos.
Numa avaliação significativa é preciso também que o professor tenha conhecimento
da linguagem artística bem como da relação entre o que foi criado e o criador. Ela exige
fundamentação das obras para que abra portas e aponte caminhos para o
redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e
compartilha a produção do aluno. Daí a importância da avaliação em si. Ela permite que
saia do lugar comum dos gostos pessoais, bem como de avaliações que valorizem o
espontaneismo.
A avaliação em arte supera o papel de mero instrumento de medição e busca sim,
melhor propiciar, aprendizagem socialmente significativas de sua criação, imaginação e
sensibilidade.
Estará ela discutindo dificuldades, progressos e responsabilidades de cada aluno, a
partir de sua própria criação.
Assim sendo considerará o desenvolvimento do pensamento estético.
A sistematização da avaliação se dará na observação e registros dos caminhos
percorridos pelo aluno, assim como sua responsabilidade e criatividade.
Avaliar acima de tudo exige que se defina aonde que chegar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO, F. de, a cultura brasileira. 5ª edição, revista e ampliada. São Paulo:
melhoramentos, editora da USP, 1971.
BARBOSA, ª M. (Org) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cotez 2002.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1991.
CANDAU, V. M. (Org) Sociedade, educação e cultur(s): questões e propostas. Petrópolis.
RJ: Vozes, 2002.
FERRAZ, M. Fusari, M. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1993.
Fischer, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro; zahar, 1979.
NETO, Manoel J. de Souza (Org). A (des)contrução da música na cultura paranaense;
Curitiba: Aos quatro ventos, 2004.
PENNA, M. (coord). É este o ensino de artes que queremos? Uma das propostas dos
parâmetros curriculares. João Pessoa, editora Universitéria Chila/ppge, 2001.
CIÊNCIAS
EMENTA:
A disciplina de Ciências contribui para o processo de elaboração de conhecimento
sobre a Terra-ambiente onde a matéria e energia fluem, criando uma interdependência entre
o ambiente e os seres que nele vivem. Especial atenção é dada ao papel que a humanidade
desempenha nesse ambiente, modificando-o, com tal intensidade e rapidez, que se torna
inviável a reciclagem natural. Disso decorre a destruição de ambientes e o esgotamento dos
recursos naturais, com prejuízos, não só para a humanidade, mas para toda a vida no
planeta.
A proposta pedagógica busca superar alguns problemas comuns no ensino e na
aprendizagem do ensino de Ciências, onde reconhece e valoriza o papel ativo do sujeito da
aprendizagem, as contribuições dos pares de idade, os conhecimentos prévios construídos
em outras etapas da escolaridade ou a partir de outras vivências, não escolares, o saber
construído da comunidade em que a escola insere e onde se originam os alunos, e o papel
da experimentação como instância não só de ilustração do que foi aprendido, mas também
como momento de construção de conhecimento novo.
Graças à abrangência e à natureza dos objetos de estudo das Ciências, é possível
desenvolver a área de forma muito dinâmica. Pode-se orientar o trabalho escolar para o
conhecimento sobre os fenômenos da natureza e sobre os mais diversos produtos
tecnológicos, tanto os que estão próximos de nós, como os mais distantes no espaço e no
tempo.
Estabelecer relações entre o que são conhecidas e novas idéias, entre o comum e o
diferente, entre variados fenômenos e objetos da técnica, confrontar os muitos elementos do
nosso universo de conhecimento são essenciais à estruturação do pensamento científico.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
O conjunto de objetivos para o ensino de Ciências aponta para uma intenção geral:
pretende-se que a idéia de ciências gere oportunidades sistemáticas para que o aluno, ao
final do ensino fundamental, tenha adquirido um conjunto de conceitos, procedimentos e
atitudes que operem como instrumentos para a interpretação do mundo científico e
tecnológico em que vivemos, capacitando-o nas escolhas que faz como indivíduo e como
cidadão. Desse modo, o ensino de Ciências deverá se organizar de forma que o aluno possa
desenvolver as seguintes capacidades:
- Compreender a natureza como um todo dinâmico, e o ser humano, em sociedade, como
agente de transformações do mundo em que vive, em seu relacionamento com os demais
seres vivos;
- Compreender a Ciência como um processo de produção de conhecimento e uma atividade
humana de natureza social, inserida num contexto econômico, político, cultural e histórico;
- Identificar as relações entre conhecimento científico, produção e tecnologia e condições
de vida, no mundo de hoje e ao longo da evolução histórico;
- Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sendo capaz de
elaborar juízo sobre os riscos e benefícios das práticas pedagógicas;
- Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos a
serem promovidos por deferentes agentes;
- Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas reais a partir de
elementos das Ciências Naturais, pondo em prática conceitos, procedimentos e atitudes
desenvolvidos no aprendizado escolar;
- Saber utilizar os conhecimentos adquiridos no estudo de ciências para modificar, melhorar
sua vida e o meio em que vive.
- Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria, transformação,
espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
- Saber combinar leituras, observações, experimentos e registros para coleta, organização,
comunicação e discussão de fatos e informações;
- Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de agir crítica e cooperativamente para a
construção coletiva do conhecimento.
CONTEÚDOS
3. CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
5ª SÉRIE
Água no ecossistema
Conhecimentos Físicos
• estado físico da água
• propriedades da água
• temperatura e pressão da água
• água como fonte de energia
Conhecimentos Químicos
• composição da água
• água como solvente universal
Conhecimentos Biológicos
• Ciclo da água
• disponibilidade da água na natureza
• água e seres vivos
• água e a saúde
• água e o meio ambiente
Ar no ecossistema
Conhecimentos Físicos
• existência do ar
• propriedades do ar
• ventos
• pressão atmosférica
• meteorologia
• energia eólica
Conhecimentos Químicos
• átomos e moléculas
• composição do ar
• poluição do ar
Conhecimentos Biológicos
• o ar e os seres vivos
• pressão atmosférica e audição
• contaminação do ar e as doenças
• combate a poluição
O solo no ecossistema
Conhecimentos Físicos
• Tecnologia e o preparo do solo
Conhecimentos Químicos
• Composição do solo
6ª SÉRIE
Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria – Energia – Tecnologia
Conhecimentos Físicos
• população: taxas, densidade demográfica e fatores que influenciam
• exames clínicos por imagem
• radioterapia intoxicação por agentes físicos
Conhecimentos Químicos
• comunidade: Transferência de matéria e energia, fotossíntese
• imunização artificial
• exames clínicos, intoxicação por agentes químicos
• quimioterapia
Conhecimentos Biológicos
• seres vivos
• ambiente
• biosfera individuo
• teias e cadeias alimentares
• tipos de função dos alimentos
• doenças causadas por animais
• exames clínicos
• prevenção e tratamento
• efeitos das intoxicações causadas por agentes físicos e químicos
7ª SÉRIE
Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria – Energia – Tecnologia
Conhecimentos Físicos
• unidade de medida
• equipamentos pra observação e descrição de células
• microscópio e lupas
• ação mecânica da digestão
• movimento peristáltico
• transporte de nutrientes pressão arterial tecnologia de reprodução in vitro
inseminação artificial
• tecnologias associadas ao tratamento das DSTs - AIDS
• tecnologias associadas a manipulação genética
• tecnologias relacionadas os sentidos
• aparelhos de correção a deficiência físicas
Conhecimentos Químicos
• unidade de medidas
• colóide
• osmose
• difusão substancias orgânicas e inorgânicas
• nutrição
• alimentos diet e light
• ação química da digestão
• sistema disgestório
• prevenção da obesidade
• sistema cardiovascular
• disfunção do sistema cardiovascular
• sistema respiratório aproveitamento dos nutrientes
• eliminação de resíduos e hemodiálise
• sabores e texturas de alimentos
• reação que ocorrem no sistema nervoso e no organismo com a liberação de
neurônios
Conhecimentos Biológicos
• sistema urogenital
• sistema nervoso
• sistema endócrimo
• sistema sensorial
• sistema locomotor
8ª SÉRIE
Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e energia – Tecnologia
Conhecimentos Físico
• estado físico da matéria
• pressão e densidade
• força de atrito aérea dinâmica
• água e ar fontes de energia
• força de atrito
• máquina simples
• segurança no trânsito
• prevenção de acidentes
• poluição
• magnetismo
• eletricidade de exames
• força da gravidade
• óptica
• fibras ópticas
• acústica
Conhecimentos Químicos
• metabolismo
• transformação de matéria e energia
• composição da água ar e o solo
• soluções e misturas
• ciclos biogeoquímicos
• super aquecimento dos plantas
• substância orgânicas e inorgânicas
• reações e funções químicas
Conhecimentos Biológicos
- adaptação de controle de temperatura nos organismos
- equilíbrio ecológico
- agentes causadores da poluição e medidas preventivas
- saneamento básico
- biodigestor
- conseqüência do superaquecimento para os seres vivos e o meio ambiente
- biotecnologia
- diagnósticos de exames clínicos, prevenção
- efeito da intoxicação por agentes físicos e químicos no organismo
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O encaminhamento metodológico se dará numa abordagem articulada, seguindo
uma perspectiva crítica e histórica, priorizando os conteúdos historicamente construídos e
promovendo a articulação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos.
Considerando que o encaminhamento metodológico não pode ficar restrito a um
único método, propõe-se os seguintes possibilidades:
- Aulas expositivas e dialogadas;
- Leitura e discussão de textos complementares;
- Pesquisas em livros didáticos, paradidáticos, períodicos e Internet;
- Visitas a locais pertinentes ao desenvolvimento do conteúdo em estudo: COPEL,
SANEPAR, laboratórios, parques entre outros;
- Projeção de filmes;
- Atividades experimentais;
- Participação de palestras com profissionais que contribuam com conteúdo em estudo;
- Promoção de debates e argumentações consistentes;
- Participação de feiras e exposições.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Avaliar também o desempenho do professor, a necessidade da retomada de
conteúdos, utilização de outro métodos.
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem
possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária com os alunos, contribuições
importantes para verificar em que medida os alunos se apropriaram dos conteúdos tratados
nesse processo. Para tal avaliação o professor se utilizará de instrumentos avaliativos
diversificados, retomando quando necessário os conteúdos, utilizando outros procedimentos
e métodos que possibilitem o melhor desempenho dos alunos como:
- Resolução de questões, exercícios e problemas;
- Produção de trabalhos individuais e coletivos;
- Relatórios de visitas, palestras e entrevistas;
- Participação em atividades práticas;
- Leitura e interpretação de texto, com argumentação consistente;
- Teste com questões dissertativas e questões de múltipla escolha;
- Confecção de cartazes, anúncios e panfletos;
− Leitura e análise de paradidáticos pertinentes
−
REFERÊNCIAS:
VALLE, Cecília. Terra e UNIVERSO. São Paulo. Positivo, 2005 (Coleção Ciências).
VALLE, Cecília. Vida e Ambiente. São Paulo. Positivo, 2005 (Coleção Ciências).
VALLE, Cecília. Ser Humano e Saúde. São Paulo. Positivo, 2005 (Coleção Ciências).
VALLE, Cecília. Tecnologia e Sociedade. São Paulo. Positivo, 2005 (Coleção Ciências).
PIAGET, J. Epistemologia genética. Coleção Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural,
1976.
VYGOTSKY, L. S..Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
DOCN´S (Diretrizes Curriculares Nacionais)
PNLD – 2005 (Plano nacional do Livro Didático) de Fernando Gewandsznajder.
EDUCAÇÃO FÍSICA
Ementa
A Educação Física está articulada ao Projeto Político Pedagógico da Escola e
pretende refletir sobre as necessidades atuais de ensino, superando uma visão fragmentada
de homem. Essa proposta tem como fundamento geral o materialismo histórico, cujos
princípios apresentam uma profunda reflexão e crítica a respeito das estruturas sociais e sua
desigualdades que fazem parte dessa sociedade.
A preocupação está na superação das concepções positivistas, avançando na busca
do entendimento do corpo em muito de sua complexidade, permitindo uma abordagem
biológica, antropológica, sociológica, psicológica, filosóficas e política das práticas
corporais. No ensino fundamental, a Educação Física tem como conteúdos estruturantes a
Expressividade Corporal.
OBJETIVOS
• Ampliar o campo de intervenção da Educação Física, para além das abordagens
centradas na motricidade;
• Desenvolver os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam relevantes e
estejam de acordo com a capacidade cognitiva do aluno;
• Ter como princípio básico das práticas corporais, o desenvolvimento do sujeito
omnilateral, superando uma visão fragmentada de homem;
• Superar o caráter da Educação Física como mera atividade física, “atividade pela
atividade”;
• Integrar o processo pedagógico aos elementos fundamentais para o processo de
formação humana do aluno, numa abordagem biológica, antropológica, sociológica,
psicológica, filosófica e política das práticas corporais;
• Propiciar ao aluno uma visão crítica de mundo e da sociedade a qual está inserido.
• Transcender aquilo que se apresenta como senso comum, desmistificando formas já
arraigadas e equivocadas de entendimento das diversas práticas e manifestações
corporais;
CONTEÚDOS
Os conteúdos estruturantes,foram definidos como aqueles saberes, conhecimento de
grande amplitude conceitos ou práticas, que identificam e organizam os campos de estudos
da Educação Física e são considerados básicos e fundamentais para a compreensão do
objetos de estudo, constituem-se historicamente e são legitimados socialmente, por isso não
são, desde sempre os mesmo.
O conteúdo estruturante adotado para o ensino fundamental é “A Expressividade
Corporal”. (dos quais derivam-se os conteúdos específicos que compõe o trabalho
pedagógico e a relação de ensino-aprendizagem no cotidiano escolar). Os conteúdos
específicos trabalhados serão: conhecimento sobre o corpo, atividades ritmicas e
expressivas, ginástica, jogos, lutas e esportes.
5ª SÉRIE
MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS I
♦ Voleibol, Handebol, Basquetebol, Futsal; (possibilidades como atividade corporal);
- Pequeno histórico;
- Esporte com e sem materiais e equipamentos;
-- Princípios básicos dos esportes, técnicas, táticas e regras
MANIFESTAÇÃO GINÁSTICAS I
♦ Origem da ginástica, sua mudança no tempo;
- Prática de ginástica adaptada
JOGOS, BRINCADEIRAS E BRIQUEDOS I
♦ A construção coletiva de jogos e brincadeiras
- Por que brincar
MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO-CORPORAIS NA DANÇA E TEATRO I
- A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;
- Diferentes tipos de dança : danças tradicionais, folclóricas, circulares;
- Imitação e representação
6ª SÉRIE
MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS II
(Os elementos básicos constituídos dos esportes : deslocamentos e fintas, serão trabalhados a partir
desta série)
♦ Voleibol, Handebol, Basquetebol, Futsal,;
- Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
- Aspectos históricos-sociais mais atuais;
- O esporte como fenômeno de massa
- O sentido da competição esportiva
- Possibilidades do esporte como atividade corporal
MANIFESTAÇÃO GINÁSTICAS II
♦ Origem da ginástica sua mudança no tempo e diferentes tipos de ginástica (revisão);
♦ Práticas de ginásticas;
♦ Cultura de rua;
♦ Cultura de circo;
♦ Agrobacias;
JOGOS, BRINCADEIRAS E BRIQUEDOS II
- Diferentes manifestações e tipos de jogos;
- Diferença entre jogo e esporte;
- Jogos e brincadeiras com e sem materiais;
- Expressão corporal;
- Contato corporal ( necessário respeito mútuo);
MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO-CORPORAIS NA DANÇA E TEATRO II
- Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;
- Mímicas;
- Expressão corporal com e sem material;
7ª SÉRIE
MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS III
- Origem dos diferentes tipos de esportes e sua mudança na história;
- O esporte como fenômeno de massa;
- Aprofundamento das regras e táticas;
- O sentido de competição esportiva;
- Elemento básicos constitutivos dos esportes (arremessos, deslocamentos, fintas e
passes);
- Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos;
MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO-CORPORAIS NA DANÇA E TEATRO III
O desenvolvimento de formas corporais ritmico-expressivas;
Expressão corporal com e sem material;
DESENVOLVIMENTO CORPORAL E CONSTRUÇÃO DA SAÚDE I
Saúde como uma construção histórica;
Uso de substâncias entorpecentes e os seus efeitos sobre a saúde
Dimensão biológica, histórica , cultural e social do corpo;
Corpo e sua manifestação sexual;
Corpo como sujeito e vitima da vidência;
Corpo diferente: gênero, etnia, classe social, pobreza, religião etc.;
8ª SÉRIE
MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS IV
Origem dos diferentes tipos de esportes e sua mudança na história;
O esporte como fenômeno de massa;
Elementos básicos constitutivos dos esportes ( arremessos, deslocamentos, passes e
fintas)
Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos;
MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO-CORPORAIS IV
O desenvolvimento de formas corporais ritimco-expressivas
DESENVOLVIMENTO CORPORAL E CONSTRUÇÃO DA SAÚDE II
O que é saúde;
Prostituição infantil;
Sexismo;
Violência sexual;
Doenças sexualmente transmissíveis;
Preconceitos tabus sobre o corpo;
Vetores que conformam a corporalidade (gênero, etnia, classe social, pobreza,
religião, etc.;
Adjetivações do corpo (limpo, sujo, feio, bonito, forte, livre, aprisionado, masculino,
feminino, jovem, velho etc.);
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A metodologia utilizada é a Critico-Superadora que permite ao educando ampliar sua
visão de mundo por meio da cultura corporal, superando a perspectiva anterior pautada no
tecnicismo e na esportivização das práticas corporais , ela entende a educação como
possibilidade de se alcançar transformações sociais, pois educação e sociedade relacionam-
se dialeticamente.
Diante desta metodologia faz-se necessário que as aulas de Educação Física sejam
organizadas em três momentos distintos:
Primeiro momento: o conteúdo da aula é apresentado aos alunos e problematizado,
buscando as melhores formas de organização para a execução das atividades a serem
desenvolvidas ou do tema (teórico a ser trabalhado).
Segundo momento: é a fase do desenvolvimento das atividades e refere-se a
apresentação do conhecimento. Neste momento, o professor observa as atividades
realizadas pelos alunos, bem como, as diferentes manifestações advinhas da prática
corporal. No caso das aulas teóricas, a participação do aluno e seus questionamentos em
relação ao conteúdo (dúvidas).
Terceiro momento: reflexão sobre a prática ou reflexão sobre a teoria. Enquanto
momento de diálago, levar cada aluno a pensar e repensar sua atitudes pedagógicas durante
a aula, ou seja, todos os aspectos.
Na organização destes três momentos lançamos mão dos instrumentos
metodológicos bem como: visitas, entrevistas com apresentação de relatórios, leitura de
artigos de jornais e revistas, com posterior debate, trabalho de pesquisa com apresentação
de seminários.
AVALIAÇÃO
A avaliação assume papel importante na constatação e concretização da
aprendizagem escolar no desenvolvimento dos conteúdos. Para que haja uma avaliação
afetiva torna-se necessário uma coerência entre a concepção defendida e as práticas
avaliativas que integram o processo de ensino aprendizagem.
De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a avaliação
deve estar vinculadas ao PPP da escola, com critérios estabelecidos de forma clara, a fim de
priorizar a qualidade e o processo de ensino aprendizagem, sendo uma avaliação contínua
para acompanhar o progresso do aluno no desenrolar das atividades pedagógicas nas sala.
Somativa no sentido de valorizar toda a apropriação do conhecimento cientifico por parte
do aluno, com a preocupação da diminuição das desigualdades sociais e buscando alcançar
uma sociedade mais justa, igualitária e humana. E diagnóstica quando, percebendo as
dificuldades na apropriação dos conteúdos pelos alunos, deverão ser retomados propondo
encaminhamentos diferentes que visem à superação das dificuldades constatadas.
Trata-se de um processo contínuo, permanente e cumulativo, em que o professor
organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais,
possibilitando assim que os alunos reflitam e se posicionem criticamente em suas relações
interpessoais e sociais.
BIBLIOGRAFIA
PARANÁ, diretrizes curriculares de educação física – Ensino fundamental. SEED, 2006
COLETIVO DE AUTORES, metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo.
Cortez, 1992.
ENSINO RELIGIOSO
A escola deve instrumentalizar o educando favorecendo-lhe o desenvolvimento
integral, ou seja contemplando todos os aspectos da pessoa: físico, mental, emocional,
intuitivo, espiritual, racional e social. Assim, a escola deve possibilitar condições para
aprendizagens múltiplas. “Conhecer significa captar e expressar as dimensões da
comunidade de forma cada vez mais ampla a integral. Assim, entendendo a educação
escolar como processo de desenvolvimento global da consciência e da comunicação
entre educador e educando à escola compete integrar dentro de um visão de
totalidade, os vários níveis de conhecimento o sensorial, o intuitivo, o afetivo, o
racional, o cientifico e religioso.”
A escola é um espaço privilegiado de construção de conhecimentos, expansão
de criatividade, desenvolvimento da humanização, vivência de valores universais,
promoção do dialogo inter-religioso, valorização da vida e educação para paz. Sendo
assim, não pode ignorar a importância da disciplina Ensino Religioso como “parte
integrante de formação básica do cidadão.”
Através de uma metodologia que atenda todos os aspectos ou dimensões do
educando, o Ensino Religioso, tem em vista o compromisso com a transformação
social e histórica diante da vida e do Transcendente. E dessa forma, contribui para
estabelecer novas relações do ser humano com os outros, com a natureza e com o
transcendente. Através da observação, reflexão e informação sobre o fenômeno
religioso presente no contexto social do educando no mundo, o Ensino Religioso
possibilita o diálogo e respeito na convivência com as diferenças.
Não competindo ao professor propor práticas religiosas aos alunos, mas
desenvolver um trabalho pedagógico de decodificação dos elementos básicos que
compõe o fenômeno religioso, e isto é feito por meio de observação, reflexão e
informação com o objetivo de contribuir para a construção do diálogo e respeito às
diferenças, sendo sensíveis à pluralidade religiosa presente no contexto escolar. Tendo
o cuidado e o respeito pela opção religiosa dos alunos.
OBJETIVOS
O principal objetivo do Ensino Religioso é reler o fenômeno religioso e o estudo das
diferentes manifestações do sagrado no coletivo, propiciando aos alunos por meio da
observação, reflexão e informação a construção do conhecimento sobre as diferentes
tradições religiosas e o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil a partir da
realidade local, partindo, então para a realidade global contribuindo no processo de
formação integral do cidadão.
O Ensino Religioso visa a favorecer o respeito à diversidade cultural religioso, em
suas relações éticas e sociais diante da sociedade, fomentando medidas de repúdio a toda e
qualquer forma de preconceito e discriminação e o reconhecimento de que, todos nós,
somos portadores de singularidades.
CONTEÚDOS
5ª SÉRIE
I – Respeito à diversidade religiosa:
- Declaração Universidade dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira; respeito a
liberdade;
- Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão;
- Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas;
- Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.
II – Lugares Sagrados:
- Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc;
- Lugares construídos: Templos, Cidades Sagradas, etc.
III – Textos Orais e Escritos Sagrados:
- Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas e orações, etc.)
IV – Organizações Religiosas:
- Fundadores e/ou Líderes Religiosos;
- Estruturas Hierárquicas.
V – Universo Simbólico Religioso:
- Nos ritos;
- Nos mitos;
- No cotidiano;
6ª SÉRIE
VI – Ritos:
- Ritos de passagem;
- Mortuários;
- Propiciatórios;
- Outros.
VII – Festas Religiosas:
- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.
VIII – Vida e Morte:
- O sentido da vida nas tradições
- Além da morte;
- Reencarnação;
- Ressurreição;
- Ações.
IX – Manifestações Religiosas:
- Paisagem religiosa
- Sentido religioso
METODOLOGIA
As práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor da disciplina poderão
fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando universo
cultural dos alunos. A abordagem dos conteúdos de Ensino Religioso tem como objetivo de
estudo sagrado, conceito discutido nos fundamentos teóricos – metodológicas e que será a
base a partir da qual serão tratados todos os conteúdos de Ensino Religioso.
Pretendemos assegurar a especificidade dos conteúdos da disciplina, sem
desconsiderar a sua aproximação com as demais áreas do conhecimento.
Destacamos que todos os conteúdos a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso
contribuirá para a superação do preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença
religiosa, bem como da discriminação de qualquer expressão do sagrado.
As diversas manifestações do sagrado, entendidas como integrantes do patrimônio
cultural e poderão ser enriquecidos pelo professor, desde que contribuam para a construção,
a reflexão e a socialização do conhecimento religioso, assim, conhecimentos que favorecem
a formação integral dos educandos, o respeito e o convívio com o diferente.
Assim a linguagem a ser utilizada nas aulas de Ensino Religioso é a pedagógica e
não religiosa, referente a cada expressão do sagrado, adequada ao universo escolar. O
professor estabelecerá uma relação pedagógica com os conhecimentos que compõem o
universo sagrado das manifestações. Não estamos, portanto, propondo que se faça juízo
desta ou daquela prática religiosa.
AVALIAÇÃO
O conhecimento com o qual o Ensino Religioso trabalha não exclui ninguém e ajuda
os alunos a perceberem o valor e a importância das religiões na vida das pessoas e os
pontos comuns que elas têm, tais como: a promoção da paz, da solidariedade, da justiça, do
respeito, da defesa da vida entre outros.
Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos elementos
integrantes da disciplina, pois, o próprio desempenho do educando dentro da disciplina e
bastante amplo e abrange uma variedade de assuntos importantes para a formação básica do
cidadão. Seu principal objetivo é que o alunos se torne uma pessoa esclarecida quanto a
diversidade religiosa presente no Brasil e no mundo e dessa forma, aprenda a respeitar
outros nas suas diferenças e a conviver harmoniosamente com as pessoas de diferentes
religiões e culturas.
É certo que avaliar não é apenas medir, comparar ou julgar, mas avaliação é um
aspecto fundamental de qualquer proposta e parte integrante no processo de ensino de
aprendizagem.
Dentro do Ensino Religioso é importante destacar alguns critérios:
- Instrumentalizar o seu desejo de uma consciência moral;
- Entender a fundamentação dos limites éticos e os padrões de conduta estabelecidos
pelas diferentes tradições religiosas;
- Identifique-os como exercícios de autoconhecimento, do conhecimento do
transcendente e do mundo;
- Assuma a responsabilidade pelo seu próprio crescimento espiritual e ético;
- Compreenda que as determinações religiosas influem na construção mental do
inconsciente pessoal e coletivo.
REFERÊNCIAS
SEED, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do
Paraná. Curitiba – 2006.
ASSINTEC – Informativos.
PILETTI, Claudino. Historio e Vida. 5ª ed. – 6ª séries – Ed.Ática. São Paulo: 2004.
INCONTRI, Dori. et al. Todos os jeitos de crer. Coleção São Paulo, Ed. Ática. 2005.
www. pr.gov.br.def.areadoconhecimento:ensino religioso.
GEOGRAFIA
EMENTA:
O objeto da Geografia, o Espaço Geográfico, produzido e apropriado pela
sociedade, composto por objetos naturais, culturais e técnicos e sua inter-relação com as
questões sociais, políticas e econômicas; a dimensão sócio-ambiental; a dinâmica cultural
demográfica; a questão geopolítica.
HISTÓRICO E CONCEPÇÕES GERAIS
As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das estratégias
de sobrevivência dos seres humanos desde as suas primeiras formas de organização.
Ao longo do tempo, o homem adquiriu conhecimentos através de observações
essenciais para os primeiros agricultores como, as estações do ano, o ciclo reprodutivo da
natureza, a direção e a dinâmica dos ventos, as variações climáticas e a alternância entre o
tempo seco e chuvoso, etc. Esses conhecimentos permitiram às sociedades se relacionarem
com a natureza e modificá-la em benefício próprio.
Os saberes geográficos passaram a ser evidenciados nas dimensões filosóficas,
econômicas e políticas, buscando explicar questões referentes ao espaço e à sociedade,
eram preocupações dos grandes impérios coloniais.
Até o século XIX, não havia sistematização da produção geográfica, porém, foram
criadas diversas sociedades geográficas durante o imperalismo, as quais organizavam
expedições científicas para a África, Ásia e América do Sul, procurando conhecer ,
catalogar e inventariar criteriosamente suas riquezas naturais. Apesar de apenas servirem
aos interesses das classes dominantes, as pesquisas dessas sociedades subsidiaram o
surgimento das escolas nacionais do pensamento geográfico, destacando-se a alemã e a
francesa.
No Brasil, as ideias geográficas foram inseridas no currículo escolar no século XIX,
no Ensino Médio, no Colégio D. Pedro II – Rio de Janeiro. Os chamados princípios de
geografia tinham o objetivo de enfatizar a descrição do território, suas dimensões e suas
belezas naturais (VLACH, 2004).
Apenas a partir da década de 1930, as pesquisas desenvolvidas buscavam
compreender e desenvolver o ambiente físico natural, com o objetivo de servir aos
interesses políticos e econômicos do Estado. Em forma de abordagem, decorativa e
enciclopedista, a Geografia ficou conhecida como geografia tradicional.
Após a Segunda Guerra Mundial houveram, na Ordem Mundial, mudanças
políticas, econômicas, sociais e culturais, devido aos novos modos de produção. Essas
mudanças tornaram-se mais intensas na metade do século XX originando novos enfoques e
reformulações na geografia, principalmente do ponto de vista econômico e político, devido
a internacionalização da economia e empresas multinacionais em vários países do mundo,
alterando as relações de consumo.
No Brasil, essas mudanças foram afetadas pelas tensões políticas da década de
1960, mudando a organização curricular da escola:
• 1964: com o golpe militar, através da Lei 5692/71, a reformulação teve a finalidade
de formar mão-de-obra para suprir o mercado econômico, frente ao milagre
econômico. No 1º Grau, os conteúdos de História e Geografia foram fundidos na
disciplina chamada Estudos Sociais e, no 2º Grau foram impostas as disciplinas de
Organização Social e Política do Brasil (OSPB) e Educação Moral e Cívica (EMC).
Com o final da ditadura militar, as discussões teóricas centraram-se em torno do
movimento da Geografia Crítica, a qual deu novas interpretações aos concertos e
objetos de estudo, trazendo questões econômicas, sociais e políticas como
fundamentais para a compreensão do espaço geográfico.
• 1980: no Paraná, ocorreram as discussões sobre a geografia crítica como método de
ensino e conteúdo.
• 1990: a Secretaria de Estado da Educação (SEED) publicou o Currículo Básico
para a Escola Pública do Paraná, o qual apresentou um programa político
pedagógico, propondo uma abordagem teórico-crítica para o ensino da Geografia
compreendendo o espaço geográfico como social, produzido e reproduzido pela
sociedade. Os conteúdos da disciplina enfatizam a dimensão econômica da
produção do espaço, destacando-se as atividades industriais, agrárias e de
urbanização.
• 1996: Com a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB9394/96) e dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN's), a Geografia foi
reformulada e passou a ter perspectiva unicamente economicista de formar novos
trabalhadores, fato condicionado aos empréstimos do Banco Mundial para o Brasil.
Essa reorganização estrutural da produção e do mercado trouxe relevância para as
questões sócio ambientalistas, enfatizando o determinismo tecnológico e a
sustentabilidade de resolver os problemas do modo de produção capitalista e
culturais, destacando a ideia de tolerância e convivencia tranquila dos grupos
sociais, mesmo que desiguais. Porém, a geografia foi banalizada devido à falta de
crítica, o ecletismo teórico, a ênfase na abordagem transversal e a política
neoliberal, no Paraná, desfocaram o compo do conhecimento da disciplina.
• 2003: A política educacional paranaense, retomou os estudos teóricos
epistemológicos de cada disciplina e, então, o professor de Geografia pode
reorganizar com clareza teórico-conceitual, restabelecendo as relações entre o
objeto de estudo da disciplina e os conteúdos a serem abordados.
Assim, as diretrizes curriculares se apresentam como documento norteador,
contribuindo com os professores em sua prática pedagógica, a fim de estimular a reflexão
sobre a Geografia e seu ensino. Portanto, problematizar a abrangência dos conteúdos,
reconhecer os impasses e contradições existentes, tornam-se necessários para compreender
o espaço geográfico no atual período histórico.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
- Entender o espaço produzido e apropriado pela sociedade, sendo ele composto por
objetos (naturais, culturais e técnicos) e as ações (relações sociais, culturais,
políticas e econômicas), que se inter-relacionam construindo assim o espaço
geográfico.
- Subsidiar os alunos a pensar e agir criticamente, buscando elementos que permitam
compreender e explicar a produção social do espaço.
CONTEÚDOS POR SÉRIE / ANO:
5ª Série
• Dimensão socioambiental
- Lugar e paisagem
- Paisagem natural e cultural
- Região e território
- As eras geológicas
- Os movimentos da Terra no Universo e suas influências (rotação e translação).
- As rochas minerais
• A dinâmica Cultural demográfica
- Movimentos sociais ambientais
• Geopolítica
- Desigualdades sociais e problemas ambientais
• Os seguintes conteúdos envolvem diretamente tais conteúdos estruturantes: Dimensão
socioambiental e Dinâmica Econômica da produção do espaço
- Classificação, fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas
- Rios e bacias hidrográficas
- Circulação e poluição atmosférica
- O ambiente urbano e rural
- Desmatamento
- Chuva ácida
- Buraco na camada de ozônio
- Efeito estufa (aquecimento global)
- Linguagem cartográfica
6ª Série
O Brasil (especificidades do território nacional).
• Dimensão socioambiental
- localização
- dimensões territoriais
- divisão regional
• Dinâmica Econômica da produção do espaço
- setores da economia
- sistema de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações
- sistema de produção industrial
- agroindústria
- economia e desigualdade social
- dependência tecnológica.
• Geopolítica
- meio ambiente e desenvolvimento
- movimentos sociais
- políticas ambientais
• A dinâmica cultural demográfica
- fatores e tipos de migração e suas influências no espaço geográfico
- êxodo rural
- urbanização e fevelização
- estrutura etária
- meios de comunicação
- consumo e consumismo
- identidade nacional e processo de globalização
7ª Série
• Dimensão sicioambiental
- Continente Americano e Estado do Paraná.
- localização
- extensão territorial
- divisão política
- relevo
- bacias hidrográficas
- clima
- vegetação
• A dinâmica cultural demográfica
- população (estrutura etária IDH, movimentos sociais, terrorismo, narcotráfico entre
outros).
• Dinâmica Econômica da produção do espaço
- Divisão econômica (anglo-saxônica e latina)
- Industrialização
- Agricultura
- Recursos energéticos
- urbanização
- globalização
• Geopolítica
- blocos econômicos
- políticas ambientais
- conflitos étnico-religiosos e raciais
- recursos energéticos
- órgãos internacionais
- meio ambiente e desenvolvimento
8º Série
Continentes: Europa, África, Ásia e Oceania
• Dimensão socioambiental
- Aspectos naturais dos continentes
• Dinâmica econômica da produção do espaço
- Economia dos continentes
• Geopolítica
- Divisão regional dos continentes
• A dinâmica cultural dos continentes
- População dos continentes
METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Os conteúdos devem ser trabalhados de uma forma crítica e dinâmica, interligando
teoria, prática e realidade com coerência, utilizando a cartografia como ferramenta
essencial para a compreensão de diferentes escalas espaciais.
Os conteúdos estruturantes devem estar inter-relacionados para garantir uma
totalidade de abordagem dos conhecimentos específicos que estão dispostos em diferentes
materiais didáticos e não pode ser vistos isoladamente, permitindo assim, que o professor
possa a todo o momento folhear e utilizar os materiais didáticos sem adotar uma linearidade
de conteúdos ou alimentando a dicotomia sociedade – natureza.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS POR DISCIPLINA:
A avaliação é diagnóstica e continuada com: leitura , interpretação, produção de
textos geográficos, leitura e interpretação de fotos, imagens e mapas temáticos, pesquisas
bibliográficas, leitura e interpretação de diferentes tabelas e gráficos, construção de
maquetes, produção de mapas, apresentação de seminários.
REFERÂNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- SEED – Orientações Curriculares. Fevereiro/2006
- ARCHELA, R. S.; GOMES, M.F.V.B. “Geografia para o Ensino Médio; Manual de aulas
práticas.” Londrina, Ed. UEL, 1999.
- CASSETI, V.A. “A natureza e o espaço geográfico.” In. MENDONÇA, F.A. E KOZEL
(orgs) “Elementos de epistomologia da geografia contemporânea” - Curitiba – Ed. Da
UFPR, 2002
- BARBOSA, J.L. “Geografia e Cinema: em busca de aproximações e do inesperado” In:
Carlos, A.F.A. (org) “ A Geografia na sala de aula” São Paulo: Contexto, 1999.
- CAVALCANTI, L.de S. “Geografia escola e construção do conhecimento”. Campinas:
Papirus, 1999.
- GOMES, P.C. Da C. “Geografia e modernidade.” Rio de Janeiro: Bertrand, 1997.
- GONÇALVES, C.W.P. “Os (dez) caminhos do meio ambiente.” São Paulo: Contexto,
1999.
HISTÓRIA
EMENTA:
A História é uma disciplina voltada à análise das estruturas e sistemas que
ocorreram no passado da Humanidade e na conseqüente influência em nosso contexto.
Dessa maneira, o que se pretende é inserir o educando na posição de um indivíduo
responsável por aquilo que virá para ele mesmo e os outros.
Devemos ressaltar que todo o currículo tem um forte caráter político assim as
diretrizes curriculares de História devem ajudar a construir uma sociedade justa, onde as
oportunidades são para todos.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
• Contribuir com a formação da identidade individual e regional através do
resgate do passado da comunidade;
• O educando como sujeito da história terá oportunidade de perceber que a
história está em constante construção, sendo um dos atores principais;
• Através da leitura de documentos, objetivamos munir o aluno de
instrumentos capazes de melhorar sua capacidade crítica e argumentativa
sobre aquilo que o afeta;
• Possibilitar a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e
do pensamento crítico.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
− Trabalho;
− Cultura;
− Poder.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO:
5ª série:
1 – A história e as fontes históricas;
2 – A origem da humanidade;
3 – A pré-história brasileira;
4 – Civilização da África e do Oriente (Egito, Mesopotâmia, hebreus, fenícios e persas e o
reino africano de Kush);
5 – Civilização do Ocidente: Grécia antiga e Roma antiga;
6 – A chegada dos europeus na América;
7 – A formação da sociedade brasileira (europeu e índio);
8 – Os povos indígenas brasileira e do Paraná;
6ª Série
1 – A Europa Medieval;
2 – A formação dos Estados Nacionais;
3 – Renascimento e humanismo;
4 – Reformas e Contrarreformas;
5 – América e Europa: Encontros e desencontros;
6 – O processo de Independência do Brasil;
7 – O primeiro reinado;
8 – A colonização do território Paranaense;
9 – A África Negra antes dos europeus: O Império do Mali e o Reino do Congo;
10 – O período Regencial.
7ª Série
1 – O Segundo Reinado;
2 - Emancipação do Paraná (1853);
3 - A revolução Industrial;
4 - A Guerra do Paraguai;
5 – O tráfego negreiro e o que era ser escrevo na África;
6 - O processo de abolição da escravidão;
7 - O imperialismo no séc. XIX;
8 - Primeira Guerra Mundial;
9 - Os primeiros anos da República;
10 - Revolução Russa.
8ª Série
1 - A reforma urbana do Rio de Janeiro;
2 - A década de 1920 no Brasil;
3 - Sociedade e organização político-administrativa;
4 - Produção cultural e crítica social;
5 – Economia:
Crise de 1929 (filme: A noite dos desesperados)
Os regimes totalitários.
6 - A revolução de 30 e Eras Vargas (1930-1945);
7 - Segunda Guerra;
8 – A África
9 - Populismo no Brasil e na América Latina;
10 - Guerra Fria;
11 -Construção do Brasil e Paraná atual.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
• Problematização de situações relacionadas aos conteúdos, tornando-os
significativos:
• Utilização da narrativa, discrição, argumentação e explicação para o discorrer dos
processos históricos;
• Comparação de teses ou interpretações relacionadas aos eventos históricos, como
forma de relacioná-los as ideologias que defendem;
• Análise de documentos, abordando a razão de sua existência, sua finalidade,
circunstância em que foi feito e razão de interpretá-lo.
• Utilização de fontes áudio-visuais de forma a ilustrar os fatos históricos;
• Pesquisas bibliográficas;
• Sistematização de conceitos;
• Realização de debates e apresentação de seminários.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
Supera a avaliação classificatória, propondo uma avaliação formal, processual,
continuada e diagnóstica. Planejada e registrada de maneira criteriosa pelo professor.
Portanto, nos utilizaremos de atividades como: leitura, interpretação e análise de textos
historiográficos, mapas e documentos históricos; produção de narrativas históricas,
pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos, apresentação de seminários e painéis,
entre outras.
BIBLIOGRAFIA:
BURKE, Peter. (org.) A escrita da história: novas perspectivas.
São Paulo: UNESP, 1992.
CERTEAU, Michel de. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense, 1982.
CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil S/A, 1997.
HORN, Geraldo Balduíno. O ensino da história: teoria, currículo e método.
Curitiba: Livro de Areia, 2003.
LEBRUN, Gerard. O que é Poder. São Paulo: Brasiliense, 2004.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Unicamp, 1992.
LLOYD, Christopher. As estruturas da história. São Paulo: Zahar, 1995.
SAVIANI, Nereide. Saber escolar, currículo e didática.: problemas da unidade conteúdo /
método no processo pedagógico. Campinas: Autores Associados, 2000.
SEED – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná –
Curitiba – 2006
Schimidt, Nova História Crítica.
Boulos, Alfredo Junior, História, Sociedade e Cidadania, 2010.
LINGUA PORTUGUESA
Na linguagem o homem se reconhece humano, interage e troca experiências,
compreende a realidade em que está inserido e percebe seu papel como participante da
sociedade.
A utilização da língua efetua-se de forma oral e escrita e emana das diversas esferas
da atividade humana, refletindo suas condições específicas e finalidades de cada uma delas,
não só por seu conteúdo e por seu estilo verbal, mas sobretudo, por sua construção
composicional.
Assim, na Língua Portuguesa, deve-se considerar a perspectiva do multiletramento,
tendo em vista o papel de suporte para todo o conhecimento, uma vez que o indivíduo deve
ser capaz de colocar-se em relação às diversas modalidades de linguagem: oral, escrita,
imagem, imagem em movimento, gráficos, infógrafos, etc., para delas tirar sentido.
Então, as práticas da linguagem, como fenômeno de uma interlocução viva, estão
presentes em todas as áreas do agir humano. Para isto, a escola deve oportunizar ao
educando a reflexão dos textos que ouvem, leem, escrevem, falam, de forma
contextualizada os diferentes gêneros e tipos de textos, como também os elementos
gramaticais empregados na organização do texto ou discurso.
HISTÓRICO E CONSIDERAÇÕES GERAIS
Desde a chegada dos primeiros colonizadores no Brasil, o uso culto da língua
emerge tanto ao nível popular como no coloquial, embora práticas de língua que definem
muitos aspectos da tradição, hoje, correm o risco de desaparecer sob os influxos da
indústria cultural massiva.
I índio começou a aprender a língua portuguesa, enquanto os primeiros colonos
adquiriram alguns hábitos indígenas mesmo sem uma educação institucional pois, as
práticas restritas à alfabetização eram determinadas mais pelo caráter político, social, de
controle e organização de classes, do que pelo pedagógico.
Após a institucionalização da Língua Portuguesa como disciplina, as primeiras
práticas moldavam-se ao latim, tratando-se de um ensino retórico, imitativo, elitista,
ornamental e objetivava a construção de uma civilização reprodutivista, de ordem
patriarcal, estamental e colonial, repressiva, voltada à obediência ao rei e à lei e, ainda,
direcionada a poucos.
O estudo da língua Portuguesa foi incluído no currículo escolar em 1837, mas
somente no século XIX, recebeu a denominação de Português, enquanto o cargo de
Professor de Português no Brasil, foi em 1871.
A partir de 1967, com o processo de democratização e expansão quantitativa da rede
escolar, o número de falantes de variedades do português aumentou, porém, muito distante
dos modelos e valores escolares.
Em 1971, com a Lei 5692, devido a industrialização, a educação foi direcionada a
uma pedagogia tecnicista voltada à qualificação para o trabalho e a disciplina de Português
foi denominada de Comunicação e Expressão, nas quatro primeiras séries e de
Comunicação em Língua Portuguesa, nas quatro últimas séries. A partir daí, o número de
vagas escolares aumentou demasiadamente multiplicando o número de alunos e, em
consequência, o aumento de professores com pouca formação e com baixos salários
preconizou as condições de trabalho, buscando-se alternativas didáticas para facilitar o
ensino.
Transferiu-se a responsabilidade do professor como orientador das atividades da
aprendizagem para o livro didático, retirando-se sua autonomia e a responsabilidade de sua
prática, sem levar em conta seu conhecimento, sua experiência e seu senso crítico. Isto
direcionou à uma pedagogia de transmissão, desconsiderando-se a interação do texto com o
sentido e análise da leitura, que juntando-se ao aumento da evasão e repetência, arrocho
salarial dos professores e a abertura indiscriminada de faculdades, comprometeram a
qualidade de ensino.
Os estudos linguísticos centrados nos textos e na interação social das práticas
discursivas e novas concepções sobre o ensino da Língua Portuguesa, chegam ao Brasil
somente na década de 70, abrindo-se espaço de valorização do texto como unidade
fundamental de análise.
A partir dos anos 80, estudos linguísticos mobilizaram os professores para a
discussão, o repensar e à reflexão sobre o ensino da Língua Portuguesa e também, sobre o
seu ensino. A língua passou a ser considerada um espaço de interação entre sujeitos,
sobretudo por aqueles que se interagem.
Nos programas de reestruturação do Ensino de 2º Grau, em 1988, e do Currículo
Básico, em 1990, baseando-se nas questões interacionistas ou discusivas, discutiu-se e
refletiu-se sobre o ensino da língua. A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década
de 90, fundamentou-se em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da
linguagem, fazendo frente ao ensino tradicional, pretendendo-se uma prática pedagógica
que enfrentasse o normatismo e o estruturalismo, uma análise mais aprofundada dos textos,
textos significativos e com menor ênfase moralista.
Porém, o meio social muda rapidamente e as relações de poder presentes na forma
discursiva do campo social requerem uma percepção crítica como uma mudança de
posicionamento na ação pedagógica do professor.
As Diretrizes hoje propostas, tratam o ensino da Língua Portuguesa, como um
processo dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal na meio social da linguagem
e dos sujeitos que por meio dela interagem, pois, é através dela que o homem se reconhece
humano, interage e troca experiências, percebe seu papel na sociedade e compreende a
realidade em que está inserido, portanto, ela tem caráter social.
A socialização do conhecimento só é garantida pela escola quando ela é democrática
e perpassa as práticas da oralidade, da escrita e da leitura, abrangendo um sistema dinâmico
de linguagem que possibilite ao educando a reflexão sobre o seu uso em diferentes
situações e contextos, oportunizando-lhe a refletir, a construir, a considerar e a considerar
hipóteses a partir da leitura e da escrita, a fim de que reconheça seus papéis de compartilhar
e construir conhecimentos na sociedade próprias escolhas nas situações de uso da língua e
da linguagem em todas as suas modalidades (oral, escrita, imagem em movimento, gráficos,
infógrafos, etc), para delas tirar sentido e como vetores de transformação,
independentemente de sua origem quanto à variação linguística de que o mesmo dispõe
para sua expressão e compreensão do mundo.
EMENTA
Os conteúdos a serem trabalhados terão como embasamento as concepções de
ensino-aprendizagem que levem em consideração o perfil da comunidade escolar, isto é, o
professor deverá ter como ponto de partida para o ensino lingüístico a realidade social do
aluno e o ponto de chagada é a integração desta realidade com o conhecimento científico
elaborado pela humanidade. Assim, o texto por ser linguagem em uso efetivo, portanto
ponto de reflexão da realidade e conteúdo essencial para a proposta do ensino da linguagem
na escola.
Na concepção interacionista (ou sociointeracionista) a linguagem é interação, ou
seja, forma de ação entre sujeitos histórica e socialmente situada que se constituem e
constituem uns aos outros em suas relações dialógicas.
As condições em que a produção escrita acontece é que determinam o texto quem
escreve; o que escreve; para quem escreve; para que escreve, com que objetivo; quando e
onde escreve, fato esse que conduz ao uso de uma certa variedade de língua, um certo
registro, um como escreve. Ao pensar no como escreve e, de modo especial, na intenção
que permeia o ato da escrita, o produtor/autor inevitavelmente terá que fazer opção por um
determinado gênero textual.
Assumindo-se a concepção da língua como interação ou como discurso/texto que se
efetiva nas diferentes práticas sociais e pretendendo-se que o letramento seja, na presente
diretriz, o fundamento do ensino da língua, materna, os objetivos a seguir fundamentarão
todo o processo.
- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto
e interlocutor, bem como descobrindo as intenções que estão “por trás” dos discursos do
cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos.
- Desenvolver as habilidades de uso da língua escrita em situações discursivas realizadas
por meio de práticas textuais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura.
Criar situações em que os alunos tenham oportunidade de refletir os textos que
lêem, escrevem, falam ou escrevem, intuindo, de forma contextualizada, as características
década gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na
organização do discurso ou texto.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A escola, como instituição a serviço da sociedade capitalista, assume e valoriza a
cultura das classes dominantes; assim, o aluno proveniente das classes dominadas nela
encontra padrões culturais que não são os seus e que são apresentados com “ certos”,
enquanto os seus próprios padrões são ou ignorados como “inexistentes”, ou desprezados
como “errados”. Seu comportamento é avaliado em relação a um “modelo”, que é o
comportamento das classes dominantes; os testes e provas a que é submetido são
culturalmente preconceituosos, construídos a partir de pressupostos etnocêntricos, que
supõem familiaridade com conceitos e informações próprios do universo cultural das
classes dominantes. Esse aluno sofre, dessa forma, um processo de marginalização cultural
e fracassa, não por deficiências intelectuais ou culturais, mas porque é diferente. Nesse
caso, a responsabilidade pelo fracasso escolar dos alunos provenientes das camadas
populares cabe à escola, que trata de forma discriminativa a diversidade cultural,
transformando diferenças em deficiências.
Assim sendo, pensar sobre o ensino de Língua Portuguesa requer a compreensão das
transformações que ocorrem em várias dimensões: sócio-cultural, tecnológica, afetivo-
emocional, cognitiva e corporal. Requer esforço de articulação dos aspectos envolvidos
nesse processo, considerando as características do objeto de conhecimento em questão – as
práticas sociais da linguagem -, em situações didáticas que possam contribuir para a
formação do sujeito.
Para organizar o aprendizado da Língua Portuguesa é necessário reconhecer e
considerar as características próprias do aluno, a especificidade do espaço escolar no que se
refere a possibilidade de constituição de sentidos e referências nele colocada, e a natureza e
peculiaridades da linguagem e de suas práticas.
Se o ensino da língua materna reveste-se de uma maior importância, considera-se
ainda que as relações entre língua, cultura e sociedade correspondem a realidades diferentes
e, consequentemente diferentes recortes culturais. Língua e comunidade lingüistica atrelam-
se mutuamente, uma vez que não se entende uma língua sem seu respectivo grupo social;
do mesmo modo o grupo social existe em conseqüência de uma determinada língua que lhe
dá, simultaneamente, forma e contorno. Se é a comunidade que permite a trilha dos
domínios da cultura, para se estudar uma língua é necessário conhecer este suporte cultural
que a sustenta.
A língua portuguesa trabalhada como veículo de aquisição e construção de
conhecimento e não um mero processo de repetição de conceitos e normas de conduta. O
processo de entendimento do bom desempenho de uma língua mostrará ao seu usuário o
poder da palavra que ela lhe proporcionará, poder que induz e conduz pensamentos,
comportamentos e julgamentos na sociedade atual. Poder que transformará a realidade de
uma sala de aula, trazendo de volta o tão sonhado interesse já perdido há muito pelos
alunos.
O domínio da linguagem, como atividade discursiva e cognitiva, e o domínio da
língua, como sistema simbólico utilizado por uma comunidade lingüística, são condições de
possibilidade de plena participação social. Pela linguagem os homens se comunicam, têm
acesso a informações, expressam diferentes pontos de vista, partilham ou constroem visão
de mundo, produzem cultura.
Para atingir esses objetivo serão intercalados exercícios de leitura, produção de
textos e textos de linguagem através da informática. Os exercícios de literatura terão
funções de deflagrar as produções dos alunos instaurando nas aulas um clima motivador
para a criação em suas múltiplas dimensões e no desenvolvimento de uma linguagem
criativa, poética, sensível, analógica, metafórica, etc. a disciplina deve ainda propiciar o
reconhecimento de temáticas e estruturas textuais por meio de conteúdos instigadores e de
formas não tradicionais. Por fim estimular os alunos a reparar na qualidade dos textos
escolhidos todos com grande poeticidade e abordando temas fundamentais para o conjunto
de descobertas vivenciadas na adolescência: a descoberta do eu dos outros e do mundo;
descoberta dos valores humanos, individuais e coletivos que são imprescindíveis na
formação da personalidade; a descoberta da poesia e da prosa, não apenas como
procedimentos literários, mas principalmente como formas distintas de ver com a maior
profundidade a existência, muitas vezes por meio da fantasia, da ficção. O professor estará
sempre atento a discussão dos textos de forma mais ampla possível: como dizem, o que
dizem, porque dizem.
No caso da produção de textos dos alunos, a leitura deverá ser tão enfatizada quanto
a escrita: mostrar as redações em classe para os comentários do professor e dos colegas
constitui prática imprescindível ao longo do curso. O professor contribuirá para o processo
criativo conquistando a confiança dos alunos,, ao demonstrar que seus textos não são mero
pretexto para a crítica.
Por isso, num primeiro momento será priorizada a qualidade dos textos produzidos
pelos alunos, a fim não inibir sua criatividade. Depois poderá ir levantando-se os problemas
gramaticais que por ventura existirem.
Para sistematizar a crítica dos textos interessa ainda mostrar a importância de criar
títulos originais, sugestivos e provocadores. Desta forma, o aluno estará exercitando tanto a
síntese do texto como a prática de um recurso para seduzir o leitor, despertando-lhe o
interesse pela leitura. Será trabalhada a interação homem/máquina como forma de
promover diferentes modos de pensar e se relacionar com as pessoas e com o
conhecimento.
Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural
atribui à escola a função e a responsabilidade de contribuir para garantir a todos o acesso
aos saberes lingüísticos.
A escola é um ambiente social, nela estão inseridos os elementos que compõem esse
processo, seres que utilizam a linguagem para se interagirem e que estão prontos a
experimentar situações que desenvolvam sua capacidade de comunicação. Diante disto,
devemos oportunizar e garantir que no processo ensino aprendizagem o aluno desenvolva o
domínio do discurso oral e escrito nas diversas situações comunicativas, utilizando ainda a
linguagem tecnológica e seus recursos para ampliar seu universo cultural e científico,
abrindo possibilidade de participação social no exercício da cidadania. Dentro desse
processo a Língua Portuguesa pautará seu trabalho nos seguintes eixos:
Domínio da oralidade
Domínio da leitura
Domínio da escrita – produção de texto
OBJETIVOS
− Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada
contexto e interlocutor, bem como descobrir as intenções que estão “por trás” dos discursos
do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos.
− Desenvolver habilidades de uso da língua escrita em situações discursivas realizadas
por meio de práticas textuais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros, os suportes textuais e o contexto de produção/leitura.
− Refletir os textos que lê, escreve e fala de forma contextualizada, intuir as
características de cada gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais,
semânticos e ortográficos, empregados na organização do discurso ou texto.
− Reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar acesso
aos recursos de expressão e compreensão de processos discursivos, como condição de
enfrentar as contradições sociais em que está inserido e para afirmação de sua cidadania
como sujeito e na comunidade.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Pensar sobre o ensino de Língua Portuguesa requer a compreensão das
transformações que ocorrem em várias dimensões: sociocultural, tecnológica,
afetivoemocional, cognitiva e corporal, assim como o esforço de articulação dos aspectos
envolvidos nesse processo.
Para organizar o aprendizado da Língua Portuguesa, faz-se necessário reconhecer e
considerar as características próprias do aluno, a especificidade do espaço escolar no que se
refere a possibilidade de constituição dos sentidos e referências nele colocadas, a natureza e
peculiaridades da linguagem e de suas práticas. Assim, também se deve considerar as
características do objeto de conhecimento em questão, ou seja, das práticas sociais da
linguagem, em situações didáticas que possam contribuir para a formação do sujeito uma
vez que língua, cultura e sociedade correspondem a realidade e recortes culturais di
ferentes.
A Língua Portuguesa deve ser trabalhada como veículo de aquisição e construção
do conhecimento e o processo de entendimento e bom desempenho de uma língua mostrará
o poder que a palavra proporciona ao seu usuário, tornando-o capaz de induzir e conduzir
pensamentos, comportamentos e julgamentos na sociedade atual. Então, o domínio da
linguagem e da língua como sistema simbólico utilizado por uma comunidade linguística
são comições de plena participação social, considerando-se que é através da linguagem que
os homens se comunicam, expressam seus diferentes pontos de vista, têm acesso às
informações, partilham ou constroem visão do mundo e produzem cultura.
A escola é um ambiente social onde se inserem os seres que utilizam a linguagem
para se interagirem e experimentarem situações que desenvolvam sua capacidade de
comunicação, portanto, o projeto educativo escolar deve estar comprometido com a
democratização social e cultural, garantindo-lhes o acesso aos saberes linguísticos.
Diante disso, a escola deve oportunizar e garantir ao educando o desenvolvimento
do domínio do discurso oral e escrito nas diversas situações comunicativas, utilizando-se
dos recursos da linguagem tecnológica para ampliar seu universo cultural e científico,
possibilitando sua participação social no exercício da cidadania. Assim, o ensino da Língua
Portuguesa será pautado nos seguintes eixos: domínio da oralidade, domínio da escrita,
domínio da escrita-produção de texto.
Com o intuito de que esses objetivos sejam alcançados, serão intercalados
exercícios de leitura, produção de textos e textos de linguagem através da informática,
enquanto os exercícios de leitura serão utilizados com o fim de motivar os alunos a
produzirem textos em suas múltiplas dimensões e no desenvolvimento de uma linguagem
criativa, poética, sensível, analógica, metafórica, etc., reparando na qualidade dos textos
escolhidos e abordando temas fundamentais relacionados à adolescência e à formação da
personalidade como a descoberta de eu, dos outros e do mundo, dos valores humanos,
individuais e coletivos.
Ainda, na produção de textos, a leitura deverá ser tão enfatizada quanto a escrita,
mostrando-se as redações em classe para os comentários do professor e dos colegas,
priorizando-se primeiramente a qualidade dos textos produzidos para depois levantarem-se
os problemas gramaticais, semânticos e ortográficos que neles possam existir e mostrar a
importância da criação de títulos originais, sugestivos e provocadores.
No processo de produção de texto e leitura de textos é papel fundamental do
professor organizar ações que possibilitem aos alunos o contato crítico e reflexivo, com o
diferente, e desvelamento dos implícitos das práticas de linguagem, os aspectos não
percebidos pelo grupo, articulados ao conhecimento dos recursos discursivos e linguísticos.
É necessário que para isso, o professor tenha clareza das finalidades colocadas para o
ensino, e dos conhecimentos que precisam ser construídos para alcançá-las, utilizando em
sala de aula todo tipo de texto: literário, informativo, publicitário, dissertativo nos seus
vários níveis e formas, bem como os conteúdos neles veiculados uma vez que são
ideologicamente marcados. Quanto maior o contato com a linguagem, na diversidade
textual, mais possibilidade se tem de entender o texto com o material verbal carregado de
intenções e de visões de mundo.
Na oralidade, deve-se tomar como ponto de partida os conhecimentos linguísticos a
falar, ainda que do seu jeito, mesmo que faça uso da variedade de linguagem que eles
empregam em seu meio social. O espaço escolar deve propiciar e promover atividades que
possibilitem ao aluno tornar-se um falante cada vez mais ativo e competente, capaz de
compreender os diferentes discursos e de organizar os seus de forma clara, coesa e
coerente, permitindo-lhe o contato com a norma culta da língua.
Na leitura processo de produção de sentido de interações sociais ou relações
dialógicas entre o texto e o leitor, deve-se permitir ao leitor que interfira sobre o texto. É na
dimensão dialógica, discursiva, aberta e intelectual, considerando-se quem fala, e o lugar de
onde fala, que a leitura deve ser experienciada desde a alfabetização. Para tanto, deve-se
proporcionar ao aluno diversos tipos de textos para análise e discussão do tema, estrutura e
ponto de vista de seus autores, leitura de gibis, romances, jornais, visitas à bibliotecas,
apreciação de filmes, visitas a museus, excursões, trabalhos e exposições, e-mail, crônicas,
charges, reportagens, piadas, etc...
Em relação à escrita deve-se ressaltar que as condições em que a produção acontece
determinam o texto: quem escreve, o que, para quem, para que, por que, quando, onde e
como se escreve. Deve-se também considerar que cada gênero textual tem sua
peculiaridades: a composição, a estrutura e o estilo são variáveis conforme se produza uma
história, um poema, um bilhete, uma receita, etc. Então, deve-se propiciar ao educando
atividades que desenvolvam a produção, a reprodução, síntese e exposição de ideias nos
diferentes tipos de textos, utilização da linguagem de forma significativa e interativa, como
relatos, bilhetes, cartas, avisos, poemas, contos, crônicas, relatórios, etc. Na fala-escrita
deve-se proporcionar atividades que desenvolvam o domínio dos gêneros que apoiam a
atividade escolar, como debates, exposições, relatos, entrevistas, etc.
LÍNGUA PORTUGUESA - ENSINO FUNDAMENTALENSINO FUNDAMENTAL – 5ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.*Devido a amplitude do trabalho com o gênero discursivo , o professor poderá elencar os que achar pertinentes a cada turma, tendo como referência os seguintes gêneros:
• adivinhas;• álbum de família;• anedotas;• bilhetes;• cantigas de roda;• convites;• músicas;• piadas; • quadrinhas;• trava-línguas;• relatos de experiências vividas;• contos de fadas;• crônicas de ficção;• fábulas;• histórias em quadrinhos;• lendas;• narrativas de: aventura,
enigma, ficção científica,, humor, terror, fantásticas, míticas;
• paródias;• pinturas;• poemas;• romances;• textos dramáticos;• cartazes;• exposição oral;• mapas;• pesquisas;
LEITURA
• práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o léxico;
• considerar os conhecimentos prévios dos alunos;
• questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;
• contextualização• utilização de textos
verbais diversos que dialoguem com não verbais;
• relação tema com contexto atual;
• socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
ESCRITA
• planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;
• estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
• acompanhar a produção do texto;
• encaminhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos/ das
LEITURA
Espera-se que o aluno:• identifique o tema;• realize a leitura
compreensiva do texto;
• localize informação explicitas no texto;
• posicione-se argumentativamente
• amplie seu horizonte de expectativas;
• amplie seu léxico;• identifique a ideia
principal do texto.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:• expresse as ideias
com clareza;• elabore e re-elabore
textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:
- às situações de produção propostas;- à continuidade temática;
• diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;
• utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função das classes de palavras .
• resumos;• verbetes de enciclopédias;• entrevista;• tiras;• cartum;• charge;• desenho animado;• rótulos e embalagens;• regras de jogo.
LEITURA• Tema do texto;• interlocutor;• finalidade;• argumentos to texto• tipos de discurso;• elementos composicionais do
gênero;• léxico;• marcas linguísticas: coesão,
coerência, pontuação, recursos gráficos, funções das classes gramaticais no texto, figuras de linguagem.
ESCRITA
• contexto de produção;• interlocutor;• finalidade;• informatividade;• argumentatividade;• tipos de discurso;• elementos composicionais do
gênero;• divisão do texto em parágrafos;• processo de formação das
palavras;• acentuação gráfica;• ortografia;• concordância verbal / nominal.• marcas linguísticas: coesão,
coerência, pontuação, recursos gráficos, funções das classes gramaticais no texto, figuras de linguagem.
ORALIDADE
ideias, dos elementos que compõem o gênero;
• analisar se a produção está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• conduzir , na re-escrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos
ORALIDADE
• organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;
• orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
• estimular contação de histórias de diferentes gêneros.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:• utilize o discurso de
acordo com a situação de produção ( formal / informal);
• apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;
• compreenda argumentos no discurso do outro;
• explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc.;
• respeite os turnos de fala.
• Tema do texto;• finalidade;• argumentos;• papel do locutor e interlocutor;• elementos extralinguísticos:
entonação, pausa, gestos, etc.;• adequação do discurso ao
gênero;• turnos de fala;• marcas linguísticas: coesão,
coerência,gírias, repetição, recursos semânticos;
• Variações linguísticas.
ENSINO FUNDAMENTAL – 6ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.*Devido a amplitude do trabalho com o gênero discursivo , o professor poderá elencar os que achar pertinentes a cada turma, tendo como referência os seguintes gêne
• cantigas de roda;• convites;• músicas;• piadas; • quadrinhas;• trava-línguas;• relatos de experiências
vividas;
LEITURA
• práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o léxico;
• considerar os conhecimentos prévios dos alunos;
• questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;
• contextualização• utilização de textos
verbais diversos que dialoguem com não verbais;
• relação tema com contexto atual;
• socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
LEITURA
Espera-se que o aluno:• realize a leitura
compreensiva do texto;• localize informação
explicitas no texto;• posicione-se
argumentativamente;• amplie seu horizonte de
expectativas;• amplie seu léxico;• identifique a ideia
principal do texto.• Perceba o ambiente no
qual circula o gênero;• analise as intenções do
autor;• identifique o tema;• deduza os sentidos das
palavras e/ou expressões a partir do contexto.
ESCRITA
• contos de fadas;• crônicas de ficção;• fábulas;• histórias em quadrinhos;• lendas;• narrativas de: aventura,
enigma, ficção científica,, humor, terror, fantásticas, míticas;
• paródias;• pinturas;• poemas;• romances;• textos dramáticos;• cartazes;• exposição oral;• mapas;• pesquisas;• resumos;• verbetes de
enciclopédias;• entrevista;• tiras;• cartum;• charge;• desenho animado;• rótulos e embalagens;• regras de jogo.
LEITURA• Tema do texto;• interlocutor;• finalidade;• argumentos to texto;• contexto de produção;• intertextualidade;• informações explícitas e
implícitas;• tipos de discurso;• elementos
composicionais do gênero;
• léxico;• repetição proposital de
palavras;• ambiguidade;• marcas linguísticas:
coesão, coerência,
ESCRITA
• planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;
• estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
• acompanhar a produção do texto;
• encaminhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos/ das ideias, dos elementos que compõem o gênero;
• analisar se a produção está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• conduzir , na re-escrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADE
• organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;
• propor reflexões sobres os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;
• orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
• estimular contação de
Espera-se que o aluno:• expresse as ideias com
clareza;• elabore e re-elabore
textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:
- às situações de produção propostas;- à continuidade temática;
• diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;
• utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função das classes de palavras .
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:• utilize o discurso de
acordo com a situação de produção ( formal / informal);
• apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;
• expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto;
• compreenda argumentos no discurso do outro;
• exponha objetivamente seus argumentos;
• organize a sequência de sua fala;
• explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc.;
• respeite os turnos de fala;
pontuação, recursos gráficos, funções das classes gramaticais no texto, figuras de linguagem.
ESCRITA
• contexto de produção;• interlocutor;• finalidade;• informatividade;• argumentatividade;• tipos de discurso;• elementos
composicionais do gênero;
• divisão do texto em parágrafos;
• processo de formação das palavras;
• acentuação gráfica;• ortografia;• concordância verbal /
nominal.• marcas linguísticas:
coesão, coerência, pontuação, recursos gráficos, funções das classes gramaticais no texto, figuras de linguagem.
ORALIDADE
• Tema do texto;• finalidade;• argumentos;• papel do locutor e
interlocutor;• elementos
extralinguísticos: entonação, pausa, gestos, etc.;
• adequação do discurso ao gênero;
• turnos de fala;• marcas linguísticas:
coesão, coerência,gírias, repetição, recursos
histórias de diferentes gêneros.
• analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
• participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.
semânticos;• Variações linguísticas;• semântica.
ENSINO FUNDAMENTAL – 7ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.*Devido a amplitude do trabalho com o gênero discursivo , o professor poderá elencar os que achar pertinentes a cada turma, tendo como referência os seguintes gêneros:
• bilhetes;• carta pessoal;• comunicado;• músicas;• piadas; • diário;• relatos de experiências
vividas;• exposição oral;• biografias;• diálogo/ discussão
argumentativa;• contos de fadas;• crônicas de ficção;• fábulas;• histórias em quadrinhos;• lendas;• narrativas de: aventura,
enigma, ficção científica,, humor,
LEITURA
• práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• considerar o conhecimento prévio do aluno;
• questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade; aceitabilidade, informatividade, situacionalidade;
• contextualização da produção;
• utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não verbais;
• relação tema com contexto atual;
• socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
• Instigar a identificação e reflexão dos sentidos de palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor;
• promover a percepção de recursos utilizados para determinar a causa
LEITURA
Espera-se que o aluno:• realize a leitura
compreensiva do texto;• localize informação
explicitas no texto;• posicione-se
argumentativamente;• amplie seu horizonte de
expectativas;• amplie seu léxico;• identifique a ideia
principal do texto.• Perceba o ambiente no
qual circula o gênero;• analise as intenções do
autor;• identifique o tema;• reconheça palavras e/ou
expressões que denotam ironia e humor;
• compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;
• identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
• conheça e utilize recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto.
terror, fantásticas, míticas;
• paródias;• pinturas;• poemas;• romances;• textos dramáticos;• anúncios;• cartazes;• e-mail;• bulas;• manual técnico;• regras de jogo;• rótulos / embalagens;• desenho animado;• chat;• torpedos;
LEITURA• interlocutor;• intencionalidade to
texto;• argumentos to texto;• contexto de produção;• intertextualidade;• vozes sociais presentes
no texto;• elementos
composicionais do gênero;
• relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• semântica: operadores argumentativos,ambiguidade, sentido figurado, expressões que denotam ironia e humor no texto;
• marcas linguísticas: coesão, coerência, pontuação, recursos gráficos, funções das classes gramaticais no texto, figuras de linguagem.
ESCRITA
e consequência entre as partes e elementos do texto.
ESCRITA
• planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;
• estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
• acompanhar a produção do texto;
• encaminhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos/ das ideias, dos elementos que compõem o gênero;
• analisar se a produção está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• estimular o uso de figuras de linguagem no texto;
• incentivar a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• proporcionar o entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;
• conduzir , na re-escrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADE
• organizar apresentações
ESCRITA
Espera-se que o aluno:• expresse as ideias com
clareza;• elabore e re-elabore
textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:
- às situações de produção propostas;- à continuidade temática;
• diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;
• utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função das classes de palavras .
• empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;
• entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;
• perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:• utilize o discurso de
acordo com a situação de produção ( formal / informal);
• apresente suas ideias com clareza, coerência e
• conteúdo temático;• contexto de produção;• interlocutor;• intencionalidade do
texto;• informatividade;• intertextualidade;• vozes sociais presentes
no texto;• elementos
composicionais do gênero;
• relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto ;
• concordância verbal / nominal.
• marcas linguísticas: coesão, coerência, pontuação, recursos gráficos, funções das classes gramaticais no texto, figuras de linguagem.
• Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;
• semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, significado das palavras,sentido figurado, expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
• conteúdo temático;• finalidade;• argumentos;• papel do locutor e
interlocutor;• elementos
extralinguísticos: entonação, pausa, gestos, etc.;
de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;
• propor reflexões sobres os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
• estimular contação de histórias de diferentes gêneros;
• propiciar análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes a fim de perceber a ideologia dos discursos presentes em cada esfera;
• selecionar discursos de outros para análise dos recursos de oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros.
argumentatividade;• expresse oralmente suas
ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto;
• compreenda argumentos no discurso do outro;
• exponha objetivamente seus argumentos;
• organize a sequência de sua fala;
• explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc.;
• respeite os turnos de fala;
• analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
• participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.
• Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
• analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros.
• adequação do discurso ao gênero;
• turnos de fala;• marcas linguísticas:
coesão, coerência,gírias, repetição, recursos semânticos;
• Variações linguísticas;• semântica.• Adequação da fala ao
contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.)
• diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
ENSINO FUNDAMENTAL – 8ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.*Devido a amplitude do trabalho com o gênero discursivo , o professor poderá elencar os que achar pertinentes a cada turma, tendo como referência os seguintes gêneros:
• bilhetes;• carta pessoal;• comunicado;• curriculum vitae;• músicas;
LEITURA
• práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• considerar o conhecimento prévio do aluno;
• questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade; aceitabilidade, informatividade, situacionalidade;
• contextualização da produção;
• utilização de textos
LEITURA
Espera-se que o aluno:• realize a leitura
compreensiva do texto;• localize informação
explicitas no texto;• posicione-se
argumentativamente;• amplie seu horizonte de
expectativas;• amplie seu léxico;• identifique a ideia
principal do texto.• Perceba o ambiente no
qual circula o gênero;• analise as intenções do
autor;• identifique o tema;• reconheça palavras e/ou
• piadas; • receitas;• diário;• relatos de experiências
vividas;• biografias;• autobiografia;• contos;• diálogo/ discussão
argumentativa;• contos de fadas;• crônicas de ficção;• fábulas;• histórias em quadrinhos;• lendas;• narrativas de: aventura,
enigma, ficção científica,, humor, terror, fantásticas, míticas;
• paródias;• pinturas;• poemas;• romances;• textos dramáticos;• exposição oral;• pesquisas;• resenha;• resumo;• seminários• texto argumentativo;• anúncios;• cartazes;• cartum;• charge;• classificados;• crônica jornalística;• notícias;• entrevista;• e-mail;• bulas;• manual técnico;• regras de jogo;• rótulos / embalagens;• desenho animado;• chat;• torpedos;
verbais diversos que dialoguem com não verbais;
• relação tema com contexto atual;
• socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
• Instigar a identificação e reflexão dos sentidos de palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor;
• promover a percepção de recursos utilizados para determinar a causa e consequência entre as partes e elementos do texto.
ESCRITA
• planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;
• estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
• acompanhar a produção do texto;
• encaminhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos/ das ideias, dos elementos que compõem o gênero;
• analisar se a produção está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• estimular o uso de figuras de linguagem no texto;
• incentivar a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
expressões que denotam ironia e humor;
• compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;
• identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
• conheça e utilize recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:• expresse as ideias com
clareza;• elabore e re-elabore
textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:
- às situações de produção propostas;- à continuidade temática;
• diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;
• utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função das classes de palavras .
• empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;
• entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;
• perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais,
LEITURA• interlocutor;• intencionalidade to
texto;• argumentos to texto;• contexto de produção;• intertextualidade;• vozes sociais presentes
no texto;• elementos
composicionais do gênero;
• relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• semântica: operadores argumentativos,ambiguidade, sentido figurado, expressões que denotam ironia e humor no texto;
• marcas linguísticas: coesão, coerência, pontuação, recursos gráficos, funções das classes gramaticais no texto, figuras de linguagem.
ESCRITA
• conteúdo temático;• contexto de produção;• interlocutor;• intencionalidade do
texto;• informatividade;• intertextualidade;• vozes sociais presentes
no texto;• elementos
composicionais do gênero;
• relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto ;
• concordância verbal / nominal.
• proporcionar o entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;
• conduzir , na re-escrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADE
• organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;
• propor reflexões sobres os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
• estimular contação de histórias de diferentes gêneros;
• propiciar análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes a fim de perceber a ideologia dos discursos presentes em cada esfera;
• selecionar discursos de
estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:• utilize o discurso de
acordo com a situação de produção ( formal / informal);
• apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;
• expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto;
• compreenda argumentos no discurso do outro;
• exponha objetivamente seus argumentos;
• organize a sequência de sua fala;
• explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc.;
• respeite os turnos de fala;
• analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
• participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.
• Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
• analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas
• marcas linguísticas: coesão, coerência, pontuação, recursos gráficos, funções das classes gramaticais no texto, figuras de linguagem.
• Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;
• semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, significado das palavras,sentido figurado, expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
• conteúdo temático;• finalidade;• argumentos;• papel do locutor e
interlocutor;• elementos
extralinguísticos: entonação, pausa, gestos, etc.;
• adequação do discurso ao gênero;
• turnos de fala;• marcas linguísticas:
coesão, coerência,gírias, repetição, recursos semânticos;
• Variações linguísticas;• semântica.• Adequação da fala ao
contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.)
• diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
outros para análise dos recursos de oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros.
infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros.
AVALIAÇÃO
É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja um processo de
aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do ano
letivo.
Desta forma, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor utilizará a
observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou
objetivo.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem
diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção
pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao aluno acerca do ponto em que se
encontram e contribui com a busca de estratégias para que os alunos aprendam e participem mais
das aulas.
Para garantir o processo contínuo e formativo da aprendizagem, o professor utilizará da
diversidade de instrumentos avaliativos que enfocarão os eixos:
Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e
situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de ideias, numa entrevista, num relato
de história, as exigências de adequação da fala são diferentes e isso deve ser considerado numa
análise da produção oral. Assim, o professor verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos
e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação
que apresenta ao defender seus pontos de vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador
de textos orais com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos, programas televisivos,
e de suas próprias falas, formais ou informais, tendo em vista o resultado esperado.
Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a compreensão do texto
lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos, relações de causa e consequência
entre as partes do texto, o reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a identificação
dos efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das informações tanto explícitas
quanto implícitas, o argumento principal, entre outros.
É importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa os conhecimentos prévios; se compreende o
significado das palavras desconhecidas a partir do contexto; se faz inferências corretas; se
reconhece o gênero e o suporte textual. Tendo em vista o multiletramento, também é preciso avaliar
a capacidade de se colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens,
etc. Não é demais lembrar que é importante considerar as diferenças de leituras de mundo e o
repertório de experiências dos alunos, avaliando assim a ampliação do horizonte de expectativas. O
professor pode propor questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam
avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca como
produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e
o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo-
textuais, verificando: a adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo
com o contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e coerência textual, a
organização dos parágrafos. Tal como na oralidade, o aluno deve se posicionar como avaliador
tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio. No momento da refacção textual, é pertinente
observar, por exemplo: se a intenção do texto foi alcançada, se há relação entre partes do texto, se
há necessidade de cortes, devido às repetições, se é necessário substituir parágrafos, ideias ou
conectivos.
Análise Linguística: é no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta em todos os seus
aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática pedagógica, os elementos
linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e
contextualizada que lhes possibilitem compreender esses elementos no interior do texto. Dessa
forma, o professor poderá avaliar, por exemplo, o uso da linguagem formal e informal, a ampliação
lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos,
as relações estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e modalizadores, bem como as
relações semânticas entre as partes do texto (causa, tempo, comparação, etc.). Uma vez entendidos
estes mecanismos, os alunos podem incluí-los em outrasoperações linguísticas, de re-estruturação
do texto, inclusive.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados
continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refletem sobre as
diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permitem o aperfeiçoamento linguístico
constante, o letramento.
O trabalho com a língua oral e escrita supõe uma formação inicial e continuada que
possibilite ao professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, na condição de
sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação pedagógica e que,
simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário aprofundamento teórico.
CONTEÚDOS OBJETIVOS 5ª SÉRIE 6ª SÉRIE 7ªSÉRIE 8ª SÉRIE
Gênero Textual:Oralidade- Relatos e exposição de idéias
- Desenvolver a habilidade de ouvir e de expressão oral
XX
X X
- Discussão dos temas abordados nos textos.
- Refletir sobre os textos variados identificando as idéias principais.
X X XX
- Argumentação para defender ponto de vista- Relato de experiência vivida- Relato de viagem- Testemunho- Anedota ou caso- Autobiografia
- Ser capaz de aderir ou recusar posições ideológicas.- Formar juízo crítico a partir dos temas trabalhados.- Desenvolver a capacidade do aluno para apresentar argumentos, expressando-os de forma eficaz através da linguagem oral.- Levar o aluno a incorporar ao seu comportamento social uma postura adequada às situações de diálogo argumentativo, respeito aos pontos de vista, senso de convivência e linguajar adequado.
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
- Comparação e análise das variedades lingüísticas.
- Ler e refletir sobre textos que apresentam variedades lingüísticas para percebe-las em seu cotidiano dentro e fora da escola na diversidade da língua e suas manifestações.
X X
- Entrevistas- Debates- Dramatizações- Piadas- Contos- Textos
informativos e publicitários
- Recados
- Analisar todos os recursos dos textos para compreender sua funcionalidade.- Debater ( texto e contexto diversos de situação oral ou escrita, situações de temas polêmicos, discussão planejada ou improvisada).
X
X
X
X
X
X
X
X
Gênero Textual:LeituraLer textos: - Desenvolver a X X X X
- Narrativos e poéticos- De imprensa- Práticos- H.Q.- Científicos- Dissertativos- Conto de fada- Legenda- Fábula- Contos de tradição popular- Adivinha - Conto maravilhoso
competência de leitura do aluno, de modo a torna-lo um leitor eficiente e lúdico de textos ( narrativo, informático, publicitário, técnico, poético, de circulação social e com os quais ele tem ou possa vir a ter contato).- Despertar o interesse para leitura de textos diversificados, extraindo fonte e conteúdo como prazer estético.- Analisar todos os recursos dos textos para compreender sua funcionalidade.- Interessar-se pela leitura como fonte de informação.- Ler individualmente/em grupo, observando a pontuação, ritmo, entonação e fluência, clareza e seqüência.- Tornar o aluno capaz de fazer uma leitura proveitosa de textos ou outros, extraindo deles tanto seu conteúdo para reflexão como o prazer estético que lhes é próprio.
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Gênero Textual:Escrita:- Diferenciação e reconhecimento dos símbolos da língua escrita.
- Saber usar letras maiúsculas, minúsculas.- Reconhecer estrangeirismos.
X
X X X X
- Síntese e ampliação de idéias;- Identificação dos temas.
- Extrair as idéias principais e secundárias de um texto.
X X
- Estudo do texto com relação a clareza ( coesão e coerência) , argumentação das idéias propostas, fazendo uso da linguagem culta.
- Usar a argumentação para defender as idéias;- Habilita-los a adequar o tipo de texto e a linguagem ao(s) leitor(es) destinatário(s) e a finalidade a que se destina o trecho produzido.
XX
X
X
- Prática de produção textual, interpretação,
- Datar o aluno da habilidade de produzir
X XX X
contextualização e reestruturação. - Receita- Bula- Comandos diversos- Textos prescritos- Gênero de narrar- Textos verbais e não-verbais
trabalhos escritos cuja estrutura e organização ( ordenação das idéias, clareza, coerência, coesão, etc) permitam considera-los realmente como textos.- Produzir escritas próprias, tanto no que se refere aos aspectos formais – discursivos, textuais, gramaticais, convencionais quanto à apresentação estética.- Revisar o próprio texto para melhoria na produção e na leitura.- Apurar o senso crítico do aluno, em relação ao seu processo de produção, de forma que ele se predisponha a reformular seus textos, objetivando torna-los mais satisfatórios e eficazes, tendo em vista a finalidade a que se destinam.
X
X
X
X
X
X
X
X
- Linguagem verbal e não-verbal.
- Atividades visuais ou gráficas ( imagem como fotos, desenhos, reproduções de quadros, escultura, slogans, charges, HQ, vinhetas, etc.)
X X X X
- Linguagem infantil e adulta
- Diferenciar a linguagem infantil da adulta.
X X
-Análise e reflexão sobre a língua:( Os estudos morfológicos e sintáticos serão trabalhados em função dos textos apresentados)- Pontuação- Paragrafação- Elementos de coesão e coerência- Concordância verbal e nominal- Ortografia e acentuação
- Usar adequadamente a pontuação, paragrafação e acentuação.- Exercitar a morfologia e a sintaxe para identificar as relações estabelecidas entre as palavras nas orações dentro do texto.
X XX
X
X
X
- Ampliação do léxico - Trabalhar o vocabulário pelo processo de ensino/aprendizagem de novas palavras para melhorar e ampliar o repertório lexical.
X X X X
REFERÊNCIA
Bakthtin Mikail Marxismo e filosofia da linguagem. 6 ed. Tradução de Michel e Yara
Vieira. São Paulo: Hucitec, 1992.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Fudamental/Médio.
FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua
organização.
GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: Geraldi, João W
(org). O texto na sala de aula. 2 ed. São Paulo: Ática, 1997.
OSAKABE, Haquira. FREDERICO, Enid Yatsuda. PCNEM – Literatura. Análise Crítica.
In: MEC/SEB/ Departamento Políticas de Ensino Médio, Orientações Curriculares do
Ensino Médio. Brasília, 2004
Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa/Brasília, 1997.
Paraná, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para Escola Pública do Estado
do Paraná. 3 ed. Curitiba, 1997.
MATEMÁTICA
EMENTA:
No Ensino Fundamental, a Matemática deve contribuir para que se formem
cidadãos capazes de se desenvolver não apenas como pessoas, mas como indivíduos
completos, solidários, participativos, criativos, com pensamento crítico, capazes de
aprender, conscientes da necessidade de aperfeiçoar continuamente seus conhecimentos.
A finalidade da educação matemática é formar indivíduos autônomos, com
capacidade de adaptar-se às constantes mudanças, enfrentar novos desafios, compreender
os fundamentos das ciências e das novas tecnologias, comunicar-se, analisar problemas,
distinguir fatos e consequências e adaptar-se a novas situações.
HISTÓRICO E CONCEPÇÕES GERAIS
Desde a antiguidade os povos das antigas civilizações conseguiram desenvolver
conhecimentos matemáticos que, até hoje, compõem a Matemática atual.
Por volta de 2000 a.c., os babilônicos acumulavam registros, classificados, hoje,
como álgebra elementar, sendo originários de simples observações provenientes da
capacidade humana de reconhecer configurações físicas e geométricas, comparar formas,
tamanhos e quantidades.
Porém, apenas nos séculos VI e V a.c., a Matemática surgiu como ciência. Na
Grécia foram registrados regras, princípios lógicos, exatidão de resultados e preocupações
iniciais sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e formação das pessoas. Os
platônicos buscavam, principalmente na Aritmética, um instrumento para instigar o
pensamento do homem, influenciando as interpretações, o pensamento matemático e o
ensino de Matemática.
No século V a.c., a Matemática foi inserida no contexto educacional grego, embora
de forma abstrata, distanciando-se das questões práticas e pretendendo-se encontrar
respostas sobre a origem do mundo e a tentativa de justificar a existência de uma ordem
universal e imutável da natureza e da sociedade. Essa concepção estabeleceu uma base
racional à disciplina de Matemática que perdurou até o século XVII d.c. E serviu de base
para o desenvolvimento da aritmética, da geometria, da álgebra e da trigonometria.
Ainda no século V a.c., com os sofistas, surgem as primeiras propostas de ensino de
Matemática baseadas em práticas pedagógicas, com o objetivo de formar o homem político
a fim de dominar a arte da persuasão. A matemática ensinada baseava-se nos
conhecimentos de aritmética, geometria, música e astronomia que, com suas metodologias,
introduziram uma educação com caráter de intelectualidade e valor científico.
Por volta dos séculos IV a II a.c., o ensino de Matemática foi reduzido a contar
números inteiros, cardinais e ordinais, fundamentado na memorização e repetição. Apenas
no século I a.c., ela tornou-se disciplina básica na formação de pessoas, sendo o ensino da
geometria e da aritmética fundado no rigor das demonstrações do pensamento euclidiano.
No início da Idade Média, no século V d.c., o ensino da Matemática teve caráter
religioso, uma vez que era ensinada para entender cálculos do calendário litúrgico e
determinar as datas religiosas, não se explorando seu empirismo. Porém, no Oriente,
ocorreram importantes avanços relativos ao conhecimento algébrico e produções
matemáticas entre os hindus, árabes, persas e chineses.
Com o surgimento das escolas e a organização dos sistemas de ensino, entre os
séculos VIII e IX, o ensino sofreu mudanças significativas.
Entre os séculos X e XV, baseadas nos pensamentos de Aristóteles, as discussões
filosóficas nas universidades medievais, contribuíram para futuros desenvolvimentos da
Matemática especulativa e empírica. Com o avanço das navegações e as atividades
comerciais e industriais, após o século XV, inicia-se a Idade Média, possibilitando novas
descobertas na Matemática, influenciando o desenvolvimento e o ensino de atividades
práticas pelas escolas.
Com a finalidade de atender às demandas das produções exigidas pela navegação,
comércio e indústria, o ensino da Matemática contribuiu para a descoberta de novos
conhecimentos, contrapondo-se à concepção do ensino humanista que então predominava.
No século XVI, o conhecimento matemático alcança um novo período, o da
Matemática de grandezas variáveis (Ribnikov, 1987), onde a geometria analítica e
projetiva, o cálculo diferencial e integral, a teoria das séries e a teoria das equações
diferenciais, contribuíram para um grande progresso científico e econômico aplicado na
construção, aperfeiçoamento e uso produtivo de máquinas e equipamentos, como armas de
fogo, imprensa, moinhos de vento, relógios e embarcações. Prevaleceu, então, o
conhecimento no campo das engenharias determinando uma concepção mecanicista de
mundo, concentrando-se os estudos nas Matemáticas pura e aplicada, refletindo-se na
modernização das manufaturas e no atendimento às necessidades técnico-militares. Então, o
ensino da Matemática serviu para preparar os jovens ao exercício de atividades ligadas ao
comércio, arquitetura, música, geografia, astrononomia, artes da navegação, da medicina e
da guerra.
Na metade do século XVI, com a instalação dos colégios católicos, a educação
jesuítica contribuiu para que a Matemática fosse introduzida nos currículos da escola
brasileira, embora sem destaque nas práticas pedagógicas.
Apenas no século XVII a Matemática teve papel fundamental na concepção da lei
quantitativa, ao conceito de função e do cálculo infinitesimal, caracterizando as bases
matemáticas como se conhece hoje. Em virtude das leis quantitativas novos elementos
foram incorporados à Matemática para explicar os fenômenos dos movimentos mecânico e
manual, devido a criação e o uso das máquinas industriais.
No século XVIII, com as Revoluções Francesa e Industrial e pelo início da
intervenção estatal na educação, com os novos moldes de economia política e capitalista, o
estudo da Matemática direcionou-se ao atendimento dos processos da industrialização
formando trabalhadores e dirigentes do processo produtivo. Intensificaram-se as diferenças
entre classes sociais e a pedagogia passou a entender a educação como um processo
diferenciado conforme a classe social, implementando-se as ciências físicas e a educação
técnica e, no Brasil, o ensino de Matemática teve caráter técnico com a finalidade de
preparar os estudantes para as academias militares.
Do final do século XVI, ao início do século XIX, o ensino da Matemática destinava-
se ao domínio de técnicas objetivando formar engenheiros, geógrafos e topógrafos para
trabalhar em minas, abertura de estradas, construções de portos, canais, pontes, fontes,
calçadas e preparar jovens para a prática da guerra, uma vez que era a ciência do
conhecimento para solucionar os problemas de ordem prática.
Em 1808, com a chegada da Corte Portuguesa e devido aos cursos técnicos-militares
implantados, houve a separação dos conteúdos em Matemática elementar, ministrada na
escola básica (atual Educação Básica) e Matemática Superior, lecionada nos cursos
superiores.
Segundo Ribnikov (1987) o século XIX foi o período das Matemáticas
contemporâneas, onde ocorreram mudanças nos fundamentos matemáticos como no
sistema de teorias e problemas históricos, lógicos e filosóficos.
No final do século XIX e início do século XX, discutiu-se o ensino da Matemática
nos encontros internacionais, elaborando-se propostas pedagógicas que contribuíram para
legitimar a Matemática como disciplina escolar, vinculando seu ensino aos ideais e às
exigências advindas das transformações sociais e econômicas dos últimos séculos. Novo
cenário, sócio-político-econômico se cria em virtude da instalação de fábricas e indústrias
que, juntamente com as ciências modernas, faz surgir uma nova classe trabalhadora e,
consequentemente, a necessidade de discutir seus interesses ligados à educação.
Pesquisadores matemáticos tornam-se professores, preocupando-se mais
diretamente com as questões do ensino e alguns professores buscaram fundamentação nas
teorias matemáticas, nos estudos psicológicos, filosóficos e sociológicos para sua prática
em sala de aula. Essas ideias deram início a um movimento organizado propondo um
ensino de Matemática baseado em principios que deveriam se orientar pela eliminação de
organização sistemática e lógica dos conteúdos de forma unificada, explorando-se o caráter
didático e pedagógico do seu ensino.
Essas discussões chegam ao Brasil através dos professores do Imperial Colégio D.
Pedro II, no Rio de Janeiro, sendo o Prof. Euclides de Medeiros Guimarães Roxo o
promotor das discussões referentes às reformas nos programas dessa disciplina, solicitando
ao Governo Federal, a junção da aritmética, álgebra, geometria e trigonometria. Em
15/01/1929, através do decreto nº18564, o Governo Federal oficializa essas proposta
repassando-a aos estabelecimentos de ensino secundário, pela Reforma Francisco Campos,
em 1931.
Essas ideias reformadoras baseavam-se nas discussões do movimento da Escola
Nova, cuja proposta básica era o desenvolvimento da criatividade, das potencialidades e
interesses individuais, caracterizando a Matemática como disciplina, propondo um ensino
orientado por uma concepção empírico-ativista valorizando os processos de aprendizagem e
o envolvimento dos educandos em atividades lúdicas, de pesquisa, resolução de problemas,
jogos e experimentos. Tudo isso orientou a formulação da metodologia do ensino de
Matemática e, nas décadas seguintes, essa tendência influenciou a produção de alguns
materiais didáticos da disciplina e a prática pedagógica de muitos professores no Brasil.
Nessa tendência, o aluno era considerado o centro do processo e o professor, o orientador
da aprendizagem.
Concomitantemente à tendência escolanovista, outras tendências influenciaram o
ensino da Matemática no Brasil e muitas delas fundamentam o ensino até hoje. Dentre elas
detacam-se as tendências:
• Formalista Clássica: prevaleceu no Brasil até o final da década de 1950. Baseava-
se no modelo euclidiano e na concepção platônica da Matemática e seu principal
objetivo era o pensamento lógico-dedutivo. A aprendizagem era centrada no
professor, o qual era o transmissor e o expositor do conteúdo (ensino livresco e
conteudista) e a aprendizagem baseava-se na memorização e repetição precisa de
raciocínio e procedimentos.
• Formalista Moderna: valorizava a lógica cultural das ideias matemáticas e, através
da Matemática Moderna, reformulou o currículo escolar. Sua abordagem era
“internalista”, o ensino centrado no professor (demonstrador de conteúdos) e
acreditava que o rigor e a precisão da linguagem matemática facilitaria seu ensino,
fato que não ocorreu e intensificou as discussões sobre a Educação Matemática.
Perdurou até o final da década de 1950.
• Tecnicista: com o golpe de 1964, a política educacional foi redirecionada. Os
cursos profissionalizantes no 2º Grau e a tendência tecnicista vincularam à escola a
função de preparar o indivíduo para o mercado de trabalho e servir ao sistema de
produção capitalista.
Essa pedagogia não se centrava no professor ou no estudante, apenas nos objetivos
instrucionais, nos recursos e nas técnicas de ensino. Os conteúdos eram organizados por
especialistas em kits didáticos, ficando disponíveis em livros didáticos, manuais, jogos e
recursos audiovisuais. O caráter mecanicista e programático do ensino da Matemática foi
marcante na década de 1970.
• Construtivista: no Brasil, surgiu nas décadas de 1960 e 1970, favorecendo a
discussão sobre o ensino da Matemática na década de 1980. Nessa tendência, a
disciplina é vista como construção formada por estruturas e relações abstratas entre
formas e grandezas e o conhecimento matemática resultava de ações interativas e
reflexivas do estudante no ambiente ou nas atividades pedagógicas.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA:
A Matemática desempenha importante papel na formação de cidadãos capazes de
compreender o mundo em que vivem e de se comunicar em sociedade, pois ela está
relacionada a várias áreas do conhecimento, como História, Geografia, Ciências Naturais,
Artes, entre outras. Diante disso, o conhecimento matemático constitui uma ferramenta de
grande aplicabilidade e deve ser amplamente explorado.
• Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e
transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual,
característico da Matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade,
o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver
problemas.
• Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da realidade,
estabelecendo inter-relações entre eles, utilizando o conhecimento matemático
(aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico, combinatório,
probabilístico).
• Selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-
las criticamente.
• Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados,
desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como intuição, indução, dedução,
analogia, estimativa, e utilizando caonceitos e procedimentos matemáticos, bem
como instrumentos tecnológicos disponíveis.
• Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar
resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da
linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações
matemáticas.
• Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses
temas e conhecimentos de outras áreas curriculares.
• Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos,
desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca de soluções.
• Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na busca
de soluções para problemas propostos, identificando aspectos consensuais ou não na
discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo
com eles.
CONTEÚDO POR SÉRIE/ANO:
5ª SÉRIE
1. NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA
- Sistema de numeração Romana.
- Sistema de Numeração Decimal.
- Operações Fundamentais: adição, subtração, multiplicação e divisão.
- Resolução de problemas.
- Raiz quadrada exata de números naturais.
- Números primos.
- Mínimo Múltiplo Comum.
- Máximo Divisor Comum.
- Números fracionários – leitura e representação.
- Adição, subtração, multiplicação, divisão, potência e raiz quadrada de números
fracionários.
- Porcentagem.
- Números decimais – leitura e representação.
- Adição, subtração, multiplicação e divisão com números decimais.
2. GRANDEZAS E MEDIDAS
- Perímetro e área de figuras planas.
- Unidades de medidas de comprimento, capacidade, massa e tempo.
3. GEOMETRIA
- Planificação de sólidos geométricos;
- Padrões entre base, faces e arestas de pirâmides e prismas;
- Construções geométricas (simetria, planificações, dobraduras, ampliações e reduções);
- Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas.
4. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Estimativa, arredondamento e resultado aproximado;
- Possibilidades;
- Construção de gráficos.
6ª SÉRIE
1. NÚMEROS, APORAÇÕES E ÁLGEBRA.
- Números inteiros e sua representação na reta numérica.
- Adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação com os números inteiros.
- Números racionais e sua representação na reta numérica.
- Adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação com números
racionais.
- Expressões numéricas.
- Equações de 1º grau.
- Inequações.
- Resolução de problemas.
- Razões e proporções
- Regra de três simples.
- Regra de três composta.
- Porcentagem e juros simples.
2. MEDIDA
- Ângulo e seus elementos.
- Operações com medidas de ângulos.
3. GEOMETRIA
- Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos;
- Estudo de polígonos encontrados a partir de prismas e pirâmides;
- Noções de geometria espacial.
4. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Construção e interpretação de gráficos;
- Estatística.
7ª SÉRIE
1. NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA.
Cálculo Algébrico
- Expressões algébricas.
- Valor numérico.
- Monômios.
- Adição, subtração, multiplicação, divisão de monômios.
- Polinômios.
- Adição, subtração, multiplicação, divisão de polinômios.
- Produtos notáveis.
- Fatoração (p/evidência, p/agrupamento e p/notáveis)
- M.M.C de Polinômios.
- Frações Algébricas.
- Adição, subtração, multiplicação, divisão de frações algébricas.
Equações e sistema de equações do 1º Grau.
- Equações do 1º grau com uma incógnita.
- Equações fracionárias do 1º grau.
- Sistema de equações do 1º grau com duas incógnitas.
2. GRANDEZAS E MEDIDAS
Ângulos (estudos)
- Ângulos (estudos).
- Medidas de um ângulo.
- Bissetriz de um ângulo.
- Ângulos opostos pelo vértice.
- Ângulos Adjacentes.
- Ângulos formados por duas paralelas com uma transversal.
- Ângulo nos triângulos.
3. GEOMETRIA
- Classificação de triângulos;
- Definição e construção do baricentro, ortocentro, incentro e circuncentro;
- Desenho geométrico com uso de régua e compasso;
- Propriedades de figuras geométricas;
- Condições de paralelismo e perpendicularismo.
4. TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
- Média, moda e mediana;
- Gráficos de barras, coluna, linhas poligonais;
- Leitura e interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas
e gráficos;
- Gráficos de uma equação de 1º grau com 2 variáveis;
- Solução gráfica de um sistema de equação do 1º Grau.
8ª SÉRIE
1. NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA.
Calculando com radicais.
- Propriedades dos radicais.
- Adição algébrica dos radicais.
- Multiplicação de radicais.
- Dedução de radicais a um mesmo índice.
- Racionalização de denominadores.
- Potência com expoente racional.
Equações do 2º Grau.
- Equações do 2º grau incompletas.
- Equações do 2º grau completas.
- Fórmula resolutiva de Bhaskara.
- Estudos das raízes da equação de 2º grau.
Equações Biquadradas
Equações Irracionais.
Sistema de Equação do 2º Grau.
Problemas envolvendo equações e sistema de equações do 2º grau.
Noções de Funções.
2. GRANDEZAS E MEDIDAS
- Segmentos proporcionais.
- Semelhança de triângulos.
- Triângulos retângulos.
Teorema de Pitágoras
- Relações métricas no triângulo retângulo.
Trigonometria no triangulo retângulo.
- Seno, cosseno e tangente.
- Resolução de problemas.
3. GEOMETRIA
- Construção de polígonos inscritos em circunferência;
- Representação geométrica dos produtos notáveis;
- Representação cartesiana e confecções de gráficos;
- Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de equações.
4. TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
- Probabilidade;
- Estatística;
- Histograma.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
O mundo está em constante mudança, dado o grande e rápido desenvolvimento, da
tecnologia. Máquinas de calcular, computadores, internet, etc. são assuntos do dia-a-dia. E
todos eles têm ligações estreitas com a Matemática. Para acompanhar essa rápida mudança,
é necessário que o professor se adapte a essas novas tecnologias.
Uma das razões de ensinar matemática é abordar os conteúdos a partir de resolução
de problemas, meio pelo qual, o estudante terá oportunidade de explicar conhecimentos
previamente adquiridos em novas situações. Na solução de um problema, o estudante deve
ter condições de buscar várias alternativas que almejam a solução. O cuidado aqui por parte
do professor é de não utilizar apenas uma única metodologia e sim encaminhar seus
conteúdos de interação em sala de aula que contribua da melhor forma possível para a
construção do conhecimento Matemático.
Os estudos do movimento de Educação Matemática levaram a conceber novas
propostas de ensino, que colocam o aluno no centro do processo educativo, assumindo
papel ativo na construção de seu conhecimento. Não se trata de abolir a tradicional aula
expositiva, mas de empregá-la nos momentos em que é pertinente. A pesquisadora
brasileira Beatriz D'Ambrosio apresenta essas novas propostas num artigo de 1989,
intitulado “Como ensinar Matemática hoje?”
A aplicação de tais propostas depende do professor, da turma, do meio social e do
momento de vivência dos alunos e, por isso, deve ser conduzida pelos próprios professores,
respeitando as condições de cada comunidade escolar.
Também poderá fazer uso dos recursos metodológicos e desenvolvimento de alguns
projetos que aproximam a teoria da prática.
• Resolução de problemas: Considerada um método de ensino, a resolução
de problemas tem várias interpretações. A ideia comum a todas elas é que os
alunos devem construir seu conhecimento matemático com base em
problemas. Muitas vezes, estes são propostos antes da teoria, o que difere da
prática habitual, em que problemas (ou, mais frequentemente, exercícios de
cálculo) servem apenas para verificar se o aluno sabe reproduzir o que lhe
foi ensinado.
• Modelagem: O ponto de partida são as situações motivadoras da realidade.
O ensino desenvolve-se por meio de modelos matemáticos que se aplicam a
essas situações.
Por exemplo: numa escola, a coleta seletiva de lixo pode ser o ponto de partida. Primeiro,
reúnem-se dados sobre quantidades coletadas a cada dia da semana. Com isso, pode-se
fazer uso de tabelas para mostrar as quantidades coletadas, de médias para calcular a
quantidade média da semana e de proporcionalidade para estimar a coleta do ano todo.
Essas ferramentas matemáticas constituem modelos de situação, permitindo fazer
previsões, estimular lucros, etc.
• Abordagens etnomatemáticas: Trata-se de valorizar a Matemática de
diferentes grupos culturais e de usar como ponto de partida os
conhecimentos matemáticos do grupo ao qual os alunos pertencem,
aproveitando, o máximo possível, o saber extraescolar. As diferenças
culturais podem ser significativas até para alunos de mesma idade e classe
social. Um exemplo: nas cidades pequenas, crianças de classe média
costumam ir a pé à escola enquanto, nas metrópoles, elas vão de automóvel
ou ônibus. Assim, o professor da cidade pequena terá certas facilidades se
quiser abordar mapas e itinerários. Por sua vez, o professor da metrópole
tem a oportunidade de trabalhar medidas de comprimento e tempo baseando-
se no velocímetro dos veículos.
• Abordagens históricas: Busca-se na História da Matemática a motivação
ou mesmo o ponto de partida do aprendizado. Por exemplo, discutir como os
antigos egípcios resolviam equações pode ser um bom modo de começar
esse assunto.
• Uso de jogos: Os jogos possibilitam abordar os conteúdos de maneira lúdica
e contribuem para a formação de atitudes e para o desenvolvimento de
habilidades; são ainda instrumentos de observação e análise para o professor.
• Uso de computadores e tecnologias afins: A utilização desses recursos
possibilita motivar o aprendizado, aplicar e exercitar o que se aprendeu,
investigar, fazer descobertas etc. Além disso, em uma sociedade que se torna
cada vez mais complexa, a escola precisa preparar indivíduos que sejam
capazes de utilizar diferentes tecnologias.
• Projetos: Esta é uma proposta mais recente, não citada por Beatriz
D'Ambrosio, porque começou a ser explorada na década de 1990. Como o
nome indica, trata-se de encontrar, como concordância da maioria dos
alunos, um objeto dado com outras disciplinas, no qual se desenvolvam
conteúdos matemáticos. No projeto, podem ser inseridos processos similares
aos da modelagem.
O Projeto concretiza-se por um processo de investigação, devendo o professor torná-lo
adequado às necessidades curriculares.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA.
A avaliação do processo ensino-aprendizagem tem sido preocupação constante dos
professores.
Hoje, avaliar já assumiu dimensões mais amplas do que simplesmente atribuir notas,
promover ou reter o aluno e tornou-se parte integrante desse processo.
Avaliar é fazer um julgamento sobre resultados, uma comparação sobre o que foi
obtido e o que se pretende alcançar.
Como instrumento de avaliação, o professor pode utilizar-se de trabalhos,
exercícios, pesquisas, jogos, provas e outros recursos.
O resultado não é o único elemento a ser contemplado na avaliação, os erros, não
devem apenas ser constados. É necessário que haja retomada dos conteúdos, ou seja, um
tratamento adequado ao conteúdo que o aprendizado foi parcialmente adquirido.
Todos os instrumentos de avaliação são eficientes quando usados de acordo com os
objetivos propostos.
BIBLIOGRAFIA
DANTE, Luiz Roberto – Tudo é matemática: livro do professor / Luiz Roberto Dante. São
Paulo: Ática, 2002.
GIOVANNI, José Ruy : a + nova / José Ruy Giovanni, Benedito Ca
strucci, José Ruy Giovanni Júnior – São Paulo: FDT, 2002 – (Coleção a Conquista da
Matemática).
LONGEN, Adilson – Matemática / Adilson Longen; ilustrações Alexandre Leandro da
Silva ... Curitiba: Positivo, 2004.
LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
Ementa
A Língua Estrangeira está inserida no contexto escolar para auxiliar na construção
das identidades dos sujeitos/alunos ao oportunizar o desenvolvimento da consciência sobre
o papel exercido pelas línguas na sociedade brasileira e no panorama internacional,
favorecendo assim, ligações entre o ser social e o mundo.
Perceber o papel da linguagem na sociedade como possibilidade de acesso à
informação, de conhecer e expressar modos de entender o mundo, como forma de construir
significados no mundo. É democratizar o acesso à aprendizagem para a comunicação e
interação com grupos e culturas diferentes.
Histórico e Concepções Gerais
A educação no Brasil foi preocupação por parte de Portugal desde o início da
colonização.
Com a finalidade de dominar e expandir o catolicismo, a evangelização e o ensino
do latim aos indígenas do litoral, ficou sob a responsabilidade dos jesuítas.
Após a expulsão dos jesuítas da América pelos espanhóis, o Marques de Pombal,
em 1759, instituiu o sistema de ensino régio no Brasil, dando continuidade ao ensino do
grego e do latim, os quais eram considerados línguas clássicas e importantes para o
desenvolvimento do pensamento e da literatura. Porém, o ensino da língua moderna, numa
Abordagem Tradicional desde a educação jesuítica, passou a ser valorizada no Brasil
somente após a chegada da família real portuguesa, em 1808.
Com o intuito de melhorar a instituição pública e atender as demandas exigidas pela
abertura dos portos do comércio, D. João VI criou as disciplinas de Inglês e Francês que
passaram a fazer parte do programa do Colégio D. Pedro II, fundado em 1837. Mais tarde,
criou-se também a língua alemã (1840 – 1929) e a italiana (1929 – 1931).
Buscando “impedir a desnacionalização da escola e da infância” (NAGLE 2001, p.
301), o governo federal, em 1917, fechou as escolas estrangeiras fundadas pelos imigrantes
europeus e em 1918 cria as escolas primárias, sob a responsabilidade dos Estados, sendo
que com a criação do Ministério da Educação e Cultura (MEC) e as Secretarias Estaduais
da Educação, em 1930, iniciam-se os estudos sobre a reforma do sistema de ensino.
Em 1931, estabeleceu-se o Método Direto como método oficial de Língua
Estrangeira, o qual se baseava na indução direta ao raciocínio na língua estrangeira sem a
intervenção da tradução, tendo como princípio fundamental a aprendizagem em constante
contato com a língua.
Com a dependência cultural e econômica do Brasil em relação aos Estados Unidos
durante a Segunda Guerra Mundial, a necessidade de aprender inglês intensificou-se e, com
a Reforma Capanema, em 1942, centralizou-se ao Ministério da Educação e Cultura o
ensino do idioma, a metodologia e o programa curricular foi indicado aos estabelecimentos
de ensino para cada série, impondo-se um ensino patriótico e nacionalista.
Baseando-se na ideia de que o ser humano seria capaz de falar fluentemente uma
segundo língua através de constante repetição de modelos, em 1960, expande-se
mundialmente o Método audioral, fortalecendo os estudos científicos e enfraquecendo a
concepção de línguas das abordagens estruturalistas.
Devido à demanda do mercado de trabalho brasileiro e, mesmo com o poder de
incluir ou não a Língua Estrangeira nos currículos, a Língua Inglesa foi valorizada e
incluída nas escolas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) nº4024/61,
tornando-a um privilégio às classes mais favorecidas na década de 1970, devido ao
pensamento nacionalista do regime militar.
Pela nova LDB nº 5692/71, em 1971, as línguas estrabgeiras foram desobrigadas
nos currículos de 1º e 2º Graus evitando o aumento da dominação ideológica de outras
sociedades, sendo que cinco anos após, a disciplina volta a ser obrigatória para o ensino de
2º Grau e apenas recomendada no 1º .
Em 1982, o Colégio Estadual do Paraná passa a oferecer aulas de inglês, espanhol,
francês e alemão e a Universidade Estadual do Paraná incluiu espanhol, italiano e alemão
nos seus vestibulares.
Em 1986, a SEED-PR criou os CELEM (Centros de Línguas Estrangeiras
Modernas) valorizando a diversidade ética da história paranaense, ofertando aos alunos das
escolas públicas, o ensino de espanhol, alemão, francês, italiano, ucraniano, polonês e
japonês.
A partir de 1996, a LDB nº 9394/96, torna-se obrigatório a oferta de pelo menos
uma língua estrangeira moderna no Ens. Fundamental a partir da 5ª série e, em 1998, o
MEC publica os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN's) para o Ensino Fundamental de
Língua Estrangeira, numa abordagem comunicativa, pautados na concepção de língua como
prática social e, em 1999, para o Ensino Médio, enfatizando a comunicação oral e escrita,
voltada à atender a formação pessoal, profissional e acadêmica.
Em 2007, as escolas recebem material didático de Língua Espanhola e Língua
Inglesa para o Ensino Fundamental e Médio, dirigido aos professores e alunos.
Objetivos Gerais da disciplina
• Oportunizar aos alunos da escola pública a vivencia de valores ligados à cidadania,
democratizando o acesso à aprendizagem de língua inglesa para a
comunicação/interação com grupos e culturas diferentes.
• Perceber o papel da linguagem na sociedade e como possibilidade de acesso à
informação como forma de construir significados, de conhecer e expressar modos de
entender o mundo.
• Reconhecer a diversidade cultural construída lingüisticamente, compreendendo seu
significado social e historicamente construído, portanto, passível de ser transformado
por outro sujeito e pelo próprio mundo.
• Desenvolver amplamente uma visão de mundo para que crie novos modos de construir
sentidos do/no mundo, baseando-se nos paradigmas existentes considerando as relações
estabelecidas entre a Língua Estrangeira e a inclusão social.
• Constatar e vivenciar criticamente a diversidade cultural, problematizando as tensões
advindas dessas diferenças, sem perder suas identidades.
Conteúdos estruturantes
O aluno de língua estrangeira já vivencia desde as séries iniciais o trabalho com a
linguagem. Logo, para que ele possa perceber os elementos discursivos de uma outra
língua, basta que lhe apresentem os elementos indispensáveis para as situações de interação
do aluno com a língua estrangeira alvo. Portanto, parece ser de grande valia que o trabalho
com o ensino de uma língua estrangeira integre os conhecimentos lingüísticos, discursivos,
culturais e sócio-pragmáticos.
Os conhecimentos lingüísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às regras
gramaticais.
Os discursivos, aos diferentes gêneros discursivos que constituem a variada gama de
práticas sociais trabalhadas com os alunos.
Os culturais, a tudo aquilo que sente, acredita, pensa, diz faz e tem uma sociedade,
isto é, as particularidades e valores de cada país.
Os sócio-pragmáticos, aos valores ideológicos, sociais e verbais que envolvem o
discurso em um contexto sócio-histórico particular.
Assim sendo, os conteúdos propostos têm por base o uso da linguagem na
comunicação proporcionando o conhecimento sistêmico, de mundo e de organização
textual e a capacidade de usar esse conhecimento para a construção social dos significados,
na compreensão, produção oral, escrita e de leitura. Considerando que o trabalho com a
linguagem tem por base inserir o aluno no mundo do discurso, isto é, o trabalho com a
língua estrangeira deverá ser embasado nos temas sociais como: ecologia, saúde, inclusão,
sexo, drogas e ainda assuntos relevantes na mídia.
CONTEÚDOS
• Conteúdo estruturante: Discurso como prática social.
• Conteúdos Básicos.
• Gêneros discursivos e seus elementos composicionais: Caberá ao professor a
seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais, de circulação, de acordo com a
Proposta Pedagógica e com o Plano de trabalho Docente, adequando o nível de
complexidade a cada série.
1. LEITURA:
Identificação do tema.
Intertextualidade e intencionalidade.
Léxico.
Funções das classes gramaticais no texto.
Elementos semânticos.
Ortografia.
2. ESCRITA:
Tema do texto.
Interlocutor.
Finalidade do texto.
Funções das classes gramaticais.
Elementos semânticos.
Ortografia.
3. ORALIDADE:
Diferentes e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Adequação da fala ao contexto.
Pronúncia.
Conteúdos pertinentes a serem trabalhados por série no Ensino Fundamental
Situações de comunicação (para todas as séries)
• Saudar de maneira formal e informal.
• Apresentar-se e apresentar o outro.
• Ler e produzir pequenos textos (mini diálogos).
• Expressar preferências sobre cores, alimentos, animais, esportes, etc.
• Apresentar membros da família.
• Perguntar e responder sobre procedências.
• Pedir permissão para fazer algo.
• Desculpar-se.
• Solicitar ajuda.
• Ler textos publicitários e informativos.
• Perguntar e responder horas.
• Expressar gostos e aversões.
• Falar sobre habilidades.
• Perguntar e responder sobre atividades de rotina e lazer.
• Conhecer partes de uma casa e mobília.
• Produzir pequenos textos com informações pessoais.
• Fazer entrevistas.
• Produzir textos com informações de sua rotina.
• Pedir e dar informações sobre a existência e localização de serviços essenciais
(hospital, escola, correio...).
• Produzir e ler textos sobre atividades do dia a dia.
• Descrever pessoas.
• Ler e produzir textos sobre fatos passados.
• Ler todos informativos.
• Convidar, recusar e aceitar convites.
• Solicitar ajuda.
• Fazer comparações.
• Ler textos sobre outras culturas.
• Expressar plano para o futuro.
• Expressar a noção de hipótese.
Estrutura Linguística
5ª Série
• Pronomes pessoais.
• Demonstrativos: This/That
• Possessivos.
• Cumprimentos e despedidas.
• Verbo “to be” (presente).
• Plural dos substantivos.
• Interrogativos: What/Where/Who.
• Vocabulário: números, cores, animais, membros da família, meses, estações, dias da
semana.
6ª Série
• Verbo modal “can”.
• Verbos: tohave, to like, there to be.
• Presente simples.
• Presente contínuo.
• Adjetivos possessivos.
• Vocabulário: meses, informações pessoais, numerais, partes de uma casa e mobília,
atividades de rotina e lazer.
• Pronomes demonstrativos: there/those.
7ª Série
• Preposições.
• Passado verbo “to be”.
• Palavras interrogativas: Where, When, Who, What, What time, How, How often.
• Advérbios de frequência.
• Vocabulário: partes do corpo, características físicas.
• Atividades de rotina e lazer.
• Serviços essenciais.
8ª Série
• Verbos modais.
• Adjetivos.
• Passado simples e contínuo.
• Vocabulário: verbos, adjetivos, alimentos, etc.
• Futuro simples e imediato.
• Pedidos e ofertas.
• Grau do superlativo dos adjetivos.
Metodologia da disciplina
A metodologia empregada será embasada numa abordagem comunicativa que
apresenta a integração das quatro habilidades: ler, escrever, falar e compreender.
A abordagem comunicativa é voltada para a comunicação privilegiando o ensino de
língua estrangeira sendo seu objetivo maior, além da gramática, o contexto sociolingüístico,
as papéis dos falantes na situação, os meios lingüísticos e paralingüísticos (gestos,
interjeições, etc), a topologia textual e estruturas típicas de situações de comunicação.
Nesta perspectiva, os alunos serão envolvidos atividades diversificadas que exijam
significados. Serão também privilegiadas algumas habilidades lingüísticas como ler, falar,
ouvir e escrever, embora todas estejam integradas na concepção de língua aqui adotada.
Assim, a ênfase do ensino recai sobre a necessidade de os sujeitos interagirem ativamente
pelo discurso, sendo capazes de comunicar-se de diferentes formas materializadas em
textos diversos, considerando a frande quantidade de informações circulantes na sociedade.
Isto significa sua participação dos processos sociais de construção e de seus sentidos
legitimados, desenvolvendo sua criticidade de modo a atribuir o próprio sentido aos textos.
Os textos, unidades de sentido, podem ser oral, escrito, verbal e não-verbal,
corresponde a enunciado e é entendido como unidade contextualizada da comunicação
verbal, organizando-se em formas relativamente estáveis e determinadas pelos gêneros do
discurso, os quais se desenvolvem através do tempo e correspondem a formas típicas
criadas pelas diferentes sociedades e atividades humanas, considerando-se seu contexto e o
momento histórico em que foram produzidos.
A leitura, processo de atribuição de sentido aos textos e estabelecedor das diferentes
relações entre o sujeito e o texto, está ancorado numa leitura crítica e na construção e/ou
reconstrução de atitudes diante do mundo e não apenas como extração de informações de
determinada unidade de sentido ou com ênfase no leitor e na atribuição de possíveis
significados. Em consequência, a relação esta belecida com os outros sujeitos que atribuem
sentidos é priorizada, aumentando-se a percepção do sujeito leitor, o qual é capaz de criar
significados interpretativos das várias comunidades nas quais atua.
Portanto, há o confronto entre autor, texto e leitor, permitindo a este, abandonar a
passividade diante do texto tornando-se participante no processo de construção de sentidos
e também estabelecer relações entre os elementos envolvidos nesta construção como a
cultura, a língua, procedimentos interpretativos, contextos e ideologias, alargando suas
possibilidades de entendimento do mundo.
É na língua que se percebe e entende a realidade, assim, a percepção do mundo está
intimamente ligada às línguas que se conhece.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
Quando se fala em praticas avaliativas, objetiva-se favorecer o processo de ensino-
aprendizagem e a coerência em alguns aspectos, tais como avaliação, concepção de língua e
objetivos de ensino.
A avaliação não pode ser vista como uma forma primitiva de controle, mas, como
uma atividade iluminadora e alimentadora do processo de ensino-aprendizagem, visto que
possibilita correções no percurso e retorno ao aluno sobre seu próprio desenvolvimento.
Portanto, é um instrumento que facilita na busca de orientação e intervenções pedagógicas
dos conteúdos programáticos não se esquecendo, também, daqueles vivenciados pelo aluno
ao longo do processo e que necessitam ser enriquecidos.
Para que haja retomada dos conteúdos, a avaliação deve ser contínua e o professor
observará o desempenho do educando, lembrando sempre que deverá aconselhar, estimular,
aceitar, escutar, liderar, coordenar, dirigir, encorajar, partilhar e compreender o aluno.
Desta forma, a avaliação deve acontecer de modo que o professor possa se atentar em
algumas atitudes apresentadas pelos alunos, tais como: participação, interesse, pesquisas,
trabalhos individuais e em grupos, exercícios em sala de aula, tarefas, provas escritas de
tipos variados, provas orais, etc.
As formas avaliativas usadas pelo professor, devem permitir ao aluno o uso de sua
capacidade, criatividade e individualidade, portanto, devem ser alternadas em suas
variedades. Havendo falha no processo, o professor deverá retomar os conteúdos podendo
alcançar maior índice de aprendizagem.
REFERÊNCIA
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Fundamental/ Médio.
Parâmentos Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa/Brasília, 1997.
Paraná, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para Escola Pública do Estado
do Paraná. 3ª ed. Curitiba, l997.
CELANI, M.A.A. As línguas estrangeiras e a ideologia sujacente à organização dos
currículos da Escola Pública. São Paulo: Claritas, 1994.
ANDREOTTI, V.; JORDÃO C.M.; GIMENEZ, T. (org.) Perspectivas educacionais e ens.
De inglês na esc. Pública. Pelotas: Educat, 2005.
GIMENES, T. Ensino de línguas no ensino fundamental: questões para debate. Londrina:
Mimeo, 2004.
PROPOSTAS
CURRICULARES
ENSINO
MÉDIO
ARTE
EMENTA
A proposta do ensino de arte, tem como função levar o aluno a apropriação do
conhecimento em arte: dança, teatro, música e artes visuais, ampliando assim, a
sensibilidade, a percepção, a ref lexão e a imaginação.
Aprender arte envolve, fazer trabalhos artísticos, apreciar e refletir sobre eles. O
envolvimento também se dá conhecendo, apreciando e refletindo sobre as formas da
natureza e sobre as produções artísticas individuais e coletivas de distintas culturas e
épocas.
Pela arte o ser humano torna-se consciente de sua existência individual e social. Por
exemplo o aluno que conhece arte pode estabelecer relações mais amplas quando estuda um
determinado período histórico.
A arte solicita a visão, a escuta e os demais sentidos como portas de entrada para
uma compreensão mais significativa das questões sociais.
A arte necessita ser considerada um corpo organizado de conhecimentos que exige o
mesmo tipo de substância e de rigor intelectual esperado das ciências exatas e humanísticas.
Para passar a ocupar um lugar mais central num currículo escolar equilibrado, a disciplina
necessita de conteúdo próprio e substancial. Valorizando não só a produção artística, mas
também as informações culturais e históricas , bem como a análise das obras. Este modo de
ensinar ate baseia-se em senti-la , compreende-la na sua dimensão histórica, aprecia-la
esteticamente, analisa-la e refletir sobre ela com espírito crítico. As diretrizes curriculares
propõe que a arte contribua para o desenvolvimento de uma nova sociedade, tendo como
alicerces características próprias, baseada numa valorização da realidade local.
Compreender o papel da teoria estética não é concebe-la como uma definição, mas sim
como uma referência para o pensar a arte e o seu ensino, que gera conhecimento
articulando saberes cognitivos, sensíveis e sócio-culturais.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA
O objetivo da disciplina de arte é proporcionar reflexões que contemplem a arte
como área de conhecimento e não novamente como meio para destacar dons, ou como
prática de entreterimento e terapia. O ensino de arte deixa de ser coadjuvante no sistema
educacional, passando a se preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma
sociedade construída historicamente e em constante transformação.
Educar os alunos em arte é possibilitar a eles um novo olhar, um ouvir mais crítico,
um interpretar da realidade além das aparências, com a criação de uma nova realidade, no
imaginário, bem como a ampliação das possibilidades de fruição e expressão artísticas.
Conteúdos por série
2ª Série – Ensino Médio
Artes Visuais:
Elementos Visuais: Ponto, linha, superfície, volume, luz, cor.
Composição: trabalharemos a técnica figurativo e abstrato desenvolvendo figura/fundo,
bidimensional, contraste, ritmo visual e gênero.
No tempo e espaço: mostrar as relações dos movimento e períodos da:
− Pré-História
− Arte no Egito Antigo
− Arte Greco-Romana
− Arte Pré-Colombiana
− Renascimento
− Barroco
− Arte Brasileira
− Arte Paranaense
Os alunos realizarão a atividade de maneira a articular os conteúdos estruturantes na
contextualização história de cada período.
Música
Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade, densidade
Composição: Trabalharemos: ritmo, melodia, harmonia improvisação, gêneros e Técnicas.
No tempo e espaço: mostrar as relações dos movimentos e períodos do:
− Renascimento
− Barroco
− Música Serial
− Música Eletrônica
− Rap, Funk, Techo
− Música minimalista
− Arte engajada
Os alunos realizarão as atividades de maneira a articular os conteúdos estruturantes na
contextualização histórica de cada período.
Teatro
Elementos formais:
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais: ação, espaço cênico.
Composição: Trabalharemos: Representação, sonoplastia/iluminação, cenografia, figurino,
caracterização, maquiagem, adereços, jogos teatrais, roteiro, enredo, gênero e técnicas.
No tempo e espaço mostrar as relações dos movimentos e períodos do: Hip Hop, Dança
Moderna.
Os alunos realizarão a atividades de maneira a articular os conteúdos estruturantes
na contextualização história de cada período.
PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
Trabalharemos os movimentos e períodos com os educandos através de imagens,
filmes, livros, textos, debates para trocas de conhecimentos.
Elaborando textos coletivos ou individuais para melhor compreensão releituras de
obras e criações individuais ou coletivas, usando materiais diversos.
AVALIAÇÃO
Através do aproveitamento do aluno sobre o desempenho em várias situações. Deve
ser um processo contínuo, envolvendo não apenas os conhecimentos
3ª Série – Ensino Médio
Artes Visuais:
Elementos Visuais: Ponto, linha, superfície, volume, luz, cor.
Composição: trabalharemos a técnica figurativo e abstrato desenvolvendo figura/fundo,
bidimensional, contraste, ritmo visual e gênero.
No tempo e espaço: mostrar as relações dos movimento e períodos da:
− Neoclássico
− Romântico
− Realismo
− Impressionismo
− Expressionismo
− Fauvismo
− Cubismo
− Abstracionismo
Os alunos realizarão a atividade de maneira a articular os conteúdos estruturantes na
contextualização história de cada período.
Música
Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade, densidade
Composição: Trabalharemos: ritmo, melodia, harmonia improvisação, gêneros e Técnicas.
No tempo e espaço: mostrar as relações dos movimentos e períodos do:
− Renascimento
− Barroco
− Música Serial
− Música Eletrônica
− Rap, Funk, Techo
− Música minimalista
− Arte engajada
Os alunos realizarão as atividades de maneira a articular os conteúdos estruturantes na
contextualização histórica de cada período.
Teatro
Elementos formais:
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais: ação, espaço cênico.
Composição: Trabalharemos: Representação, sonoplastia/iluminação, cenografia, figurino,
caracterização, maquiagem, adereços, jogos teatrais, roteiro, enredo, gênero e técnicas.
No tempo e espaço mostrar as relações dos movimentos e períodos do: Teatro Pobre,
Teatro do Oprimido, Arte Engajada.
Os alunos realizarão a atividades de maneira a articular os conteúdos estruturantes
na contextualização história de cada período.
Dança:
Elementos formais: Movimento corporal, tempo, espaço.
Composição: Trabalharemos: ponto de apoio, salto e queda, rotação, formação,
deslocamento, sonoplastia, coreografia, gêneros e técnicas.
No tempo e espaço: mostrar os relações dos movimentos e períodos do: Hip Hop, Dança
Moderna.
Os alunos realizarão as atividades de maneira e articular os conteúdos estruturantes
na contextualização histórica de cada período.
PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
Trabalharemos os movimentos e períodos com os educandos através de imagens,
filmes, livros, textos, debates para trocas de conhecimentos.
Elaborando textos coletivos ou individuais para melhor compreensão releituras de
obras e criações individuais ou coletivas, usando materiais diversos.
AVALIAÇÃO
Através do aproveitamento do aluno sobre o desempenho em várias situações. Deve
ser um processo contínuo, envolvendo não apenas os conhecimentos de reflexão das ações
das partes envolvidas, mas também a participação e o desenvolvimento dos alunos
individualmente ou coletivamente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SEED, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do
Paraná – Arte e Artes, Curitiba, 2006.
BIOLOGIA
Ementa
A reflexão crítica é uma das condições necessárias para entender a realidade na qual o
indivíduo está inserido. Através dela, pode-se questionar de que forma a biologia poderá contribuir
para o desenvolvimento do aluno no processo de reelaboração do conteúdo científico, em uma
perspectiva crítica.
Nesse sentido, o ensino da Biologia contribui significativamente para o desenvolvimento
intelectual e ético do indivíduo. Para tanto, é necessário levar o aluno a observar, comparar e
classificar fatos e fenômenos, chegando a generalizações e à compreensão, em novo nível de
complexidade, de forma mais elaborada, do conhecimento já produzido e conseqüentemente, a um
aproveitamento mais racional do meio ambiente, pois, é objeto de estudo da Biologia, o fenômeno
da VIDA em toda sua diversidade de manifestações e esse fenômeno se caracteriza por um conjunto
de processos organizados e integrados, quer ao nível de uma célula, de um indivíduo ou ainda de
organismos no seu meio.
Um sistema vivo é sempre fruto da interação entre seus elementos constituintes e da
interação entre esse mesmo sistema e demais componentes do seu meio. As diferentes formas de
vida estão sujeitas às transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo também propiciadas
pelas transformações no meio ambiente.
Neste século presencia-se um intenso processo de criação científica, inigualável a tempos
anteriores. A associação entre Ciência e Tecnologia se amplia, tornando-se mais presente no
cotidiano e modificando cada vez mais o mundo e o próprio ser humano. Questões relativas à
valorização da vida em sua diversidade, a ética nas relações entre seres humanos, entre eles, o meio
e o planeta, ao desenvolvimento tecnológico e sua relação com a qualidade de vida marcaram
fortemente nosso tempo, pondo em discussão os valores envolvidos na produção e aplicação do
conhecimento científico e tecnológico. Há aspectos da Biologia que tem como objetivo a construção
de uma visão do mundo, outros práticos e instrumentais, para a ação e ainda aqueles que permitem a
formação de conceitos, a avaliação e a tomada de posição cidadã.
Ao longo do Ensino Médio, para garantir a compreensão do todo, é mais adequado partir-se
do geral, no qual o fenômeno da vida é uma totalidade. O ambiente que é produto das interações
entre os fatores abióticos e os seres vivos, pode ser apresentado num primeiro plano, e é a partir
dessas interações que se pode conhecer cada organismo em particular e reconhecê-lo no ambiente e
não vice – versa. Ficará, então, mais significativo, saber que cada organismo é fruto de interações
entre órgãos, aparelhos e sistemas que, no particular, são formados por um conjunto de células que
interagem. E, no mais íntimo nível, cada célula se configura pelas interações entre suas organelas,
que também possuem suas particularidades individuais e pelas interações entre essa célula e as
demais.
Para promover um aprendizado ativo que, especialmente em Biologia, realmente transcenda
a memorização de nomes de organismos, sistemas ou processos, é importante que os conteúdos se
apresentem como problemas a serem resolvidos com os alunos, por exemplo, aqueles que
envolvendo interações entre os seres vivos, incluindo o ser humano e demais elementos do
ambiente.
Não é possível tratar, no ensino médio, de todo o conhecimento biológico ou de todo
conhecimento científico tecnológico a ele associado. Mais importante é tratar esses conhecimentos
de forma contextualizada revelando como, porque e em que época foram produzidos, apresentando
a História da Biologia como um movimento não linear e freqüentemente contraditório. Mais do que
fornecer informações, é fundamental que o ensino de Biologia se volte ao desenvolvimento de
competências que permitam ao aluno lidar com as informações, compreende-las, elabora-las, refuta-
las, posicionar-se diante dos fatos que exijam a sua participação social e compreender o mundo em
que vivem.
O despertar da consciência ecológica em cada cidadão assume importância cada vez maior
na sociedade contemporânea. Apesar dos estragos já feitos, ainda é possível reverter ou amenizar
inúmeras situações de risco, como o buraco da camada de ozônio, o efeito estufa, a poluição, etc.
Manter uma visão otimista e cooperativa é importante para estimular os estudantes a desenvolver a
consciência ecológica e a propor e praticar soluções para o meio ambiente.
Portanto, para o ensino de Biologia, compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade
de relações significa pensar em uma ciência em transformação, cujo caráter provisório garante a
reavaliação dos seus resultados e possibilita o repensar e a mudança constante de conceitos e teorias
elaboradas em cada momento histórico, social, político, econômico e cultural. Em síntese, é
fundamental que haja desenvolvimento de competências para que o aluno possa compreender o
mundo e nele agir com autonomia, tendo como instrumento o conhecimento científico e
tecnológico.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
O papel da Biologia é possibilitar condições de conhecimentos biológicos que contribuam
para a compreensão do mundo e suas transformações situando o homem como indivíduo
participativo e integrado do universo a partir de análises críticas dentro da sociedade e de questões
pertinentes ao mundo científico.
A constante evolução dos processos de investigação e o apuro da metodologia científica
puseram termo à era das verdades absolutas. O dogmatismo cedeu terreno ao questionamento que
resulta em descobertas impulsionadas por novas tecnologias. Na esteira desse processo situam-se
mudanças em relação às quais o homem atual deve posicionar-se. É ativa e indispensável à
contribuição da Biologia quando se trata da compreensão e posicionamento ante g randes temas que
dizem respeito à vida na Terra. De fato, a Biologia fornece subsídios para a discussão de questões
polêmicas, tais como o aproveitamento de recursos naturais e a tecnologia utilizada pelo homem e
sua influência no ambiente. Controles de epidemias, tratamento de doenças, melhoramento
genético, clonagens, degradação ambiental e inúmeros outros temas de grande relevância são
diretamente relacionados com os conhecimentos obtidos através da Biologia. A visão do homem
enquanto construtor e transformador do meio, para tal necessitando reconhecer que a harmonia do
universo tem como fio condutor uma profunda dependência entre seres e ambiente, deve figurar
entre as prioridades para o ensino de Biologia.
No ensino médio visa-se fornecer ao aluno meios para apropriar-se de conhecimentos que
lhe permitirão transcender o ambiente imediato. Ao longo desse processo, o aluno desenvolverá
características passíveis de avaliação, entre elas as capacidades de interpretação, análise,
compreensão, aplicação, síntese e formulação. Assim, a aprendizagem dos conteúdos desencadeia o
desenvolvimento de habilidades, que consistem em operações mentais, nas quais o aluno utilizar-se-
á de procedimentos diversificados como forma de estabelecer atitudes e construir valores.
Entende-se assim, que a Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e
atuantes, por meio de conteúdos, desde que ao mesmo proporcionem o entendimento do objeto de
estudo – o fenômeno VIDA – em toda sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos
seres vivos, no funcionamento dos mecanismos biológicos, do estudo da biodiversidade no âmbito
dos processos biológicos de variabilidade genética, hereditariedade e relações ecológicas, e das
implicações dos avanços biológicos no fenômeno VIDA.( “DIRETRIZES CURRICULARES DE
BIOLOGIA”) .Como educadores, entendemos que a reflexão crítica é uma das condições
necessárias para entender a realidade na qual o indivíduo está inserido. Através dela, pode-se
questionar de que forma a biologia poderá contribuir para o desenvolvimento do aluno no processo
de reelaboração do conteúdo científico, em uma perspectiva crítica.
Nesse sentido, o ensino da biologia contribui muito para o desenvolvimento intelectual e
ético do indivíduo. Para tanto, é necessário levar o aluno a observar, comparar e classificar fatos e
fenômenos, chegando a generalizações e à compreensão, em novo nível de complexidade, de forma
mais elaborada, do conhecimento já produzido e conseqüentemente, a um aproveitamento mais
racional do meio ambiente, pois, é objeto de estudo da Biologia, o fenômeno da VIDA em toda sua
diversidade de manifestações e esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos
organizados e integrados, quer ao nível de uma célula, de um indivíduo ou ainda de organismos no
seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da interação entre seus elementos constituintes e da
interação entre esse mesmo sistema e demais componentes do seu meio. As diferentes formas de
vida estão sujeitas às transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo também propiciadas
pelas transformações no meio ambiente.
Neste século presencia-se um intenso processo de criação científica, inigualável a tempos
anteriores. A associação entre Ciência e Tecnologia se amplia, tornando-se mais presente no
cotidiano e modificando cada vez mais o mundo e o próprio ser humano. Questões relativas à
valorização da vida em sua diversidade, a ética nas relações entre seres humanos, entre eles, o meio
e o planeta, ao desenvolvimento tecnológico e sua relação com a qualidade de vida marcaram
fortemente nosso tempo, pondo em discussão os valores envolvidos na produção e aplicação do
conhecimento científico e tecnológico. Há aspectos da Biologia que tem como objetivo a construção
de uma visão do mundo, outros práticos e instrumentais, para a ação e ainda aqueles que permitem a
formação de conceitos, a avaliação e a tomada de posição cidadã.
Ao longo do Ensino Médio, para garantir a compreensão do todo, é mais adequado partir-se
do geral, no qual o fenômeno da vida é uma totalidade. O ambiente que é produto das interações
entre os fatores abióticos e os seres vivos, pode ser apresentado num primeiro plano, e é a partir
dessas interações que se pode conhecer cada organismo em particular e reconhecê-lo no ambiente e
não vice – versa. Ficará, então, mais significativo, saber que cada organismo é fruto de interações
entre órgãos, aparelhos e sistemas que, no particular, são formados por um conjunto de células que
interagem. E, no mais íntimo nível, cada célula se configura pelas interações entre suas organelas,
que também possuem suas particularidades individuais e pelas interações entre essa célula e as
demais.
Para promover um aprendizado ativo que, especialmente em Biologia, realmente transceda
a memorização de nomes de organismos, sistemas ou processos, é importante que os conteúdos se
apresentem como problemas a serem resolvidos com os alunos, por exemplo, aqueles que
envolvendo interações entre os seres vivos, incluindo o ser humano e demais elementos do
ambiente.
Não é possível tratar, no ensino médio, de todo o conhecimento biológico ou de todo
conhecimento científico tecnológico a ele associado. Mais importante é tratar esses conhecimentos
de forma contextualizada revelando como, porque e em que época foram produzidos, apresentando
a História da Biologia como um movimento não linear e freqüentemente contraditório. Mais do que
fornecer informações,é fundamental que o ensino de Biologia se volte ao desenvolvimento de
competências que permitam ao aluno lidar com as informações, compreende-las, elabora-las, refuta-
las, posicionar-se diante dos fatos que exijam a sua participação social e compreender o mundo em
que vivem.
O despertar da consciência ecológica em cada cidadão assumem importância cada vez
maior na sociedade contemporânea. Apesar dos estragos já feitos, ainda é possível reverter ou
amenizar inúmeras situações de risco, como o buraco da camada de ozônio, o efeito estufa, a
poluição, etc. Manter uma visão otimista e cooperativa é importante para estimular os estudantes a
desenvolver a consciência ecológica e a propor e praticar soluções para o meio ambiente.
Portanto, para o ensino de Biologia, compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade
de relações significa pensar em uma ciência em transformação, cujo caráter provisório garante a
reavaliação dos seus resultados e possibilita o repensar e a mudança constante de conceitos e teorias
elaboradas em cada momento histórico, social, político, econômico e cultural. Em síntese, é
fundamental que haja desenvolvimento de competências para que o aluno possa compreender o
mundo e nele agir com autonomia, tendo como instrumento o conhecimento científico e
tecnológico.
CONTEÚDOS
Estas Diretrizes Curriculares orientam uma nova relação professor-aluno. Por isso fez-se
necessário identificar na história e filosofia da ciência os modelos/paradigmas teóricos elaborados
pelo ser humano para entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais. Buscou-se compre-
ender também, como esses paradigmas contribuem para a constituição da Biologia como ciência e
como disciplina escolar. A partir dessa reflexão foi construído o conceito de conteúdo estruturante,
que baliza estas Diretrizes Curriculares. Conteúdos estruturantes são os saberes, conhecimentos de
grande amplitude, que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar, con-
siderados fundamentais para as abordagens pedagógicas dos conteúdos específicos e conseqüente
compreensão de seu objeto de estudo e ensino. Como constructos históricos atrelados a uma conce-
pção critica de educação, os conteúdos estruturantes não são sempre os mesmos. Em sua abordagem
teórico metodológica, eles devem considerar as relações que estabelecem entre si e entre os conteú-
dos tratados no dia-a-dia da sala de aula, nas diferentes realidades regionais onde se localizam as es-
colas da rede estadual de ensino. Na trajetória histórica da Biologia, percebe-se que o objeto de es-
tudo disciplinar sempre esteve pautado pelo fenômeno VIDA, influenciado pelo pensamento histori-
camente construído, correspondente à concepção de ciência de cada época e à maneira de conhecer
a natureza (método). Nestas Diretrizes Curriculares, são apresentados quatro modelos interpretati-
vos do fenômeno VIDA, como base estrutural para o currículo de Biologia no ensino médio. Cada
um deles deu origem a um conteúdo estruturante que permite conceituar VIDA em distintos mo-
mentos da história e, desta forma, auxiliar para que as grandes problemáticas da contemporaneidade
sejam entendidas como construção humana.
Os conteúdos estruturantes foram assim definidos:
• Organização dos Seres Vivos;
• Mecanismos Biológicos;
• Biodiversidade;
• Manipulação Genética.
Organização dos
Seres Vivos
-Classificação
dos seres
vivos: critérios
taxonômicos e
filogenéticos.
-Sistemas
biológicos:
anatomia,
morfologia e
fisiologia
Mecanismos
Biológicos
-Mecanismos de
desenvolvimento
embriológico.
-Mecanismos
celulares biofísicos
e bioquímicos
Biodiversidade
-Teorias evolutivas.
-Transmissão das
características
hereditárias
Manipulação
Genética
-Dinâmica dos
ecossistemas:
relações entre
os seres vivos e
interdependência
com o ambiente.
-Organismos
geneticamente
modificados
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
Este conteúdo estruturante possibilita conhecer os modelos teóricos historicamente constru-
ídos que propõem a organização dos seres vivos, relacionando-os à existência de características co-
muns entre estes e sua origem única (ancestralidade comum). O trabalho pedagógico neste conteúdo
estruturante deve abordar a classificação dos seres vivos como uma tentativa de conhecer e compre -
ender a diversidade biológica, de maneira a agrupar e categorizar as espécies extintas e existentes.
Isso se justifica porque, durante décadas, o estudo da vida e a necessidade de compreender e distin-
guir o vivo do não vivo enfatizou o estudo dos seres vivos quase exclusivamente em seu aspecto
classificatório.
Historicamente, essa necessidade pode ser traduzida pelo trabalho de Carl Von Linné
(1707-1778). Conhecedor da botânica, Linné organizou os seres vivos sem situá-los nos ambientes
reais, sem determinar onde viviam e com quem efetivamente estabeleciam relações. Os estudos por
ele desenvolvidos e o modelo de classificação proposto constituem um paradigma teórico e repre-
sentam o pensamento descritivo do conhecimento biológico. Apesar do aspecto histórico da ciência
ter sido o critério para identificar este conteúdo estruturante, ele não se restringe somente aos aspec-
tos classificatórios de Linné, mas inclui os estudos microscópicos de Anton van Leeuwenhoek
(1623-1723) e de Robert Hooke (1635-1703). Além desses aspectos, também considera a represen-
tatividade de conceitos científicos do momento histórico atual, tais como os avanços da Biologia no
campo celular, no funcionamento dos órgãos e dos sistemas, nas abordagens genética, evolutiva,
ecológica e da biologia molecular. Essa abordagem possibilita a análise e proposição de outros mo-
delos de classificação dos seres vivos.
A classificação dos seres vivos começou a ser realizada na antiguidade grega, com Aristóte-
les, e tem sofrido modificações através dos tempos de acordo com novos critérios científicos e
avanços tecnológicos. Na atualidade, as modificações são decorrentes, principalmente, das contri-
buições no campo da biologia molecular, com a possibilidade de análise do material genético. Um
dos sistemas mais adotados no ensino da Biologia distribui os seres vivos em cinco reinos, baseados
na proposta de Robert Whittaker (1920-1980). Nesse sistema, o estudo dos organismos – vírus, bac-
térias, protozoários, fungos, animais e vegetais – possibilita compreender a vida como manifestação
de sistemas organizados e integrados, em constante interação com o ambiente físico-químico. Con-
tudo, pesquisas recentes com base na análise de sequências do ácido ribonucleico ribossomal pro-
põem uma distribuição diferente, organizada em três grandes domínios: Bacteria, Archaea e
Eukarya. Tal proposta é também usada no ensino de Biologia, porém em menor medida. O propósi-
to deste conteúdo é partir do pensamento biológico descritivo para conhecer, compreender e anali-
sar a diversidade biológica existente, sem, no entanto, desconsiderar a influência dos demais conte-
údos estruturantes, introduzindo-se o estudo das características e fatores que determinaram o apare-
cimento e/ou extinção de algumas espécies ao longo da história.
MECANISMOS BIOLÓGICOS
O conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos privilegia o estudo dos mecanismos que
explicam como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Assim, o trabalho pedagógico
neste conteúdo estruturante, deve abordar desde o funcionamento dos sistemas que constituem os
diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração, até o
estudo dos componentes celulares e suas respectivas funções.
Com a construção e aperfeiçoamento do microscópio e a contribuição de outros estudos da
física e da química, foi possível estabelecer uma análise comparativa entre organismos unicelulares
e pluricelulares, numa perspectiva evolutiva, como relata a história da ciência.
Fato importante, e que marca a interferência da visão fragmentária e especializada sobre o conheci -
mento do ser vivo, foi o trabalho do médico Willian Harvey (1578-1657), que descreveu detalhada-
mente o sistema circulatório. Seu modelo explicativo viabiliza-se por conceber o coração como uma
bomba hidráulica que impulsiona o sangue por todo o corpo. Neste contexto, as contribuições da fí-
sica têm papel fundamental para explicar como ocorrem, de forma mais sintética, essas funções vi -
tais. Ainda sobre o sistema circulatório, é possível destacar o papel do sistema imunológico, que age
na defesa contra agentes invasores. Para compreendê-lo, foram necessários aprofundamentos nos
estudos voltados para a atividade celular quanto à estrutura e funções, as quais foram mais bem es-
tudadas com o emprego de técnicas de citoquímica e o auxílio fundamental do microscópio eletrôni-
co. Para compreender o funcionamento das estruturas que compõem os seres vivos, fez-se necessá-
rio, ao longo da construção do pensamento biológico, pensar o organismo de forma fragmentada,
separada, permitindo análises especializadas de cada função biológica, sob uma visão microscópica
do mundo natural. Ao fragmentar tais estruturas, o botânico Mathias Schleiden (1804-1881) e o zo-
ólogo Theodor Schwann (1810-1882), ambos alemães, criaram a Teoria Celular em meados do sé-
culo XIX, estabelecendo a célula como a unidade morfofisiológica dos seres vivos, ou seja, a célula
como a unidade básica da vida. Pretende-se, neste conteúdo estruturante, partindo da visão mecani-
cista do pensamento biológico, baseada na visão macroscópica, descritiva e fragmentada da nature-
za, ampliar a discussão sobre a organização dos seres vivos, analisando o funcionamento dos siste-
mas orgânicos nos diferentes níveis de organização destes seres - do celular ao sistêmico. Esta aná-
lise deve considerar a visão evolutiva, a ser introduzida pelo conteúdo estruturante Biodiversidade,
bem como as influências dos demais conteúdos estruturantes.
BIODIVERSIDADE
Este conteúdo estruturante possibilita o estudo, a análise e a indução para a busca de novos
conhecimentos, na tentativa de compreender o conceito biodiversidade. Ao propor este conteúdo es-
truturante, ampliam-se as explicações sobre como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam.
Da necessidade de compreender e distinguir o vivo do não vivo, enfatizando a classificação dos se-
res vivos, sua anatomia e sua fisiologia, chega-se à necessidade de compreender como as caracterís -
ticas e mecanismos biológicos estudados se originam. Tal necessidade pode ser traduzida pelo se-
guinte problema: como explicar o aparecimento e/ou extinção de seres vivos ao longo da história
biológica da VIDA? Essa necessidade de construir um modelo que possa explicar a organização na-
tural dos seres vivos, situando-os no ambiente real, relacionando sua origem com suas característi -
cas específicas e o local onde vivem introduz o pensamento biológico evolutivo.
Consideram-se, nestas Diretrizes, as idéias do naturalista francês Lamarck (1744-1829), do
naturalista britânico Charles Darwin e do naturalista inglês Alfred Russel Wallace (1823-1913),
como um importante marco teórico, pelo modo como elas impulsionaram as explicações a respeito
das diversas transformações ocorridas com os seres vivos ao longo do tempo e deram suporte à teo -
ria sintética da evolução. Wallace e Darwin propuseram uma teoria viável a partir do momento em
que apresentaram a seleção natural como mecanismo responsável pela dinâmica da diversidade de
espécies. Analisado como característica presente na complexidade da natureza, esse mecanismo não
propicia para as espécies um caminho à perfeição, mas para o acúmulo de características hereditá -
rias que, através do tempo, em dado momento filogenético de cada espécie, foram relativamente
vantajosas. Cada espécie apresenta assim, uma história evolutiva que descreve as possíveis espécies
das quais descendem e as características e relações com outras espécies. Para organizar este proces-
so evolutivo, o sistema natural de classificação proposto por Linné e a compreensão do funciona-
mento dos sistemas orgânicos, já não são suficientes para explicar a diversidade biológica. Com os
conhecimentos da genética, novos caminhos foram abertos, os quais permitiram melhorar a compre-
ensão acerca dos processos de modificação dos seres vivos ao longo da história. De igual modo, as
contribuições da ecologia foram e continuam sendo fundamentais para entender a diversidade bioló-
gica. Pesquisas indicam que as informações genéticas representaram um ponto notável no desenvo-
lvimento do saber e promoveram enorme avanço tecnológico na ciência com a reabertura de debates
sobre as implicações sociais, éticas e legais que existem, e que possivelmente ainda surgirão, em
conseqüência dessas pesquisas. Desse modo, a proposição da teoria da evolução consiste num mo-
delo teórico que põe à prova as idéias sobre a imutabilidade da vida, constituindo assim, o paradig-
ma do pensamento biológico evolutivo. Entende-se, então, que o trabalho pedagógico neste conteú-
do estruturante, deve abordar a biodiversidade como um sistema complexo de conhecimentos bioló-
gicos, interagindo num processo integrado e dinâmico e que envolve a variabilidade genética, a di-
versidade de seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e com a natureza, além dos
processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido transformações. Portanto, neste conteú-
do estruturante, pretende-se discutir os processos pelos quais os seres vivos sofrem modificações,
perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem relações ecológicas, garantindo a diversidade
de seres vivos. Destaca se assim, a construção do pensamento biológico evolutivo, considerando
também o descritivo e o mecanicista, já apresentados.
MANIPULAÇÃO GENÉTICA
Este conteúdo estruturante trata das implicações dos conhecimentos da biologia molecular
sobre a VIDA, na perspectiva dos avanços da Biologia, com possibilidade de manipular o material
genético dos seres vivos e permite questionar o conceito biológico da VIDA como fato natural, in-
dependente da ação do ser humano. Da necessidade de ampliar o entendimento sobre a mutabilida-
de, chega-se à necessidade de compreender e explicar como determinadas características podem ser
inseridas, modificadas ou excluídas do patrimônio genético de um ser vivo e transmitidas aos seus
descendentes por meio de mecanismos biológicos que garantem sua perpetuação. Ao propor este
conteúdo estruturante, ampliam-se as explicações sobre como novos sistemas orgânicos se originam
e como esse conhecimento interfere e modifica o conceito biológico VIDA. Essa necessidade de
compreender como os mecanismos hereditários de características específicas dos seres vivos são
controlados constitui um modelo teórico explicativo que permite apresentar e discutir o pensamento
biológico da manipulação do material genético (DNA).
Desse modo, a manipulação do material genético em microorganismos, que traz importan-
tes contribuições para a criação de produtos farmacêuticos, hormônios, vacinas, alimentos, medica-
mentos, bem como propõe soluções para problemas ambientais, constitui fato histórico importante
para este conteúdo estruturante, pois determina a mudança no modo de explicar o que é VIDA do
ponto de vista biológico. Essas contribuições, por sua vez, têm suscitado reflexões acerca das impli-
cações éticas, morais, políticas e econômicas dessas manipulações.
A ciência e a tecnologia são conhecimentos produzidos pelos seres humanos e interferem
no contexto de vida da humanidade, razão pela qual todo cidadão tem o direito de receber esclareci-
mentos sobre como as novas tecnologias vão afetar a sua vida. Assim, o trabalho pedagógico, neste
conteúdo estruturante, deve abordar os avanços da biologia molecular; as biotecnologias aplicadas e
os aspectos bioéticos dos avanços biotecnológicos que envolvem a manipulação genética, permitin-
do compreender a interferência do ser humano na diversidade biológica. A abordagem do conteúdo
organismo geneticamente modificado a partir deste conteúdo estruturante permite perceber como a
aplicação do conhecimento biológico interfere e modifica o contexto de vida da humanidade, e
como requer a participação crítica de cidadãos responsáveis pela VIDA.
De acordo com Libâneo (1983), “ao mencionar o papel do professor, trata-se, de um lado,
de obter o acesso do aluno aos conteúdos ligando-os com a experiência concreta dele - a continui-
dade; mas, de outro, de proporcionar elementos de análise crítica que ajudem o aluno a ultrapassar a
experiência, os estereótipos, as pressões difusas da ideologia dominante - a ruptura”. Snyders, pro-
fessor de Ciências da Educação da Universidade de Paris, em seu livro A alegria de aprender na es-
cola (1991, p. 159-164), afirma que No final da Guerra, depois que os americanos já estavam na
França, fui preso e deportado. Este episódio me marcou muito porque foi aí que tive a experiência
da infelicidade, da miséria, da humilhação. Era bom aluno, me saía bem nas provas, a vida ia bem e,
bruscamente, pela primeira vez, apanhei, passei fome. Foi a partir deste momento que comecei a me
preocupar com aqueles para quem esta experiência, que foi para mim temporária, representa o coti-
diano. É isto que perdemos de vista em Educação: o aluno precisa ter consciência da distância que
há entre os grandes artistas e nós todos. Para tanto, ele precisa conhecê-los cada vez melhor a fim de
que suas próprias produções sejam cada vez mais originais, mais válidas e mais ricas. É este ir e vir
entre sua produção e a obra dos grandes artistas que enriquece o trabalho do aluno. Dizer a verdade
aos alunos não é suficiente para que eles aprendam. Para convencê-los, é preciso explicar por que
eles se enganam. “Deve-se iniciar, assim, pela crítica à sua concepção, para apresentar, depois, a te-
oria”. Quanto mais os alunos enfrentam dificuldades – de ordem física e econômica – mais a Escola
deve ser um local que lhes traga outras coisas. Essa alegria não pode ser uma alegria que os desvie
da luta, mas eles precisam ter o estímulo do prazer. A alegria deve ser prioridade para aqueles que
sofrem mais fora da Escola. Sob tal concepção pedagógica, em que se admite um conhecimento re-
lativamente autônomo, assume-se que o saber tende a um conhecimento objetivo, mas, ao mesmo
tempo, representa a possibilidade de crítica frente a esse conteúdo.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Desenvolvimento dos conteúdos estruturantes do ensino de Biologia deve ocorrer de forma
integrada, ou seja, sofre a influência do contexto social, histórico e econômico em que o aluno está
inserido.
Neste sentido, deve-se considerar que a pedagogia histórica-crítica valoriza o saber
historicamente acumulado pelos homens. Sendo assim, o professor deve contribuir com subsídios
para que o aluno construa o seu conhecimento. É importante conhecer e respeitar a diversidade
social, cultural e as idéias primeiras do aluno, como elementos que também constitui obstáculos à
aprendizagem dos conhecimentos científicos que levem à compreensão do conceito VIDA. Os
conteúdos e temas deverão ser problematizados e o professor, a partir da problematização utilizará o
método dialético com aulas que desenvolvam processos contínuos de informação, comunicação e de
pesquisa onde o conhecimento será construído de forma individual e grupal, entre professor-
coordenador-facilitador, e os alunos, participantes ativos.
Para isso, serão utilizados recursos tecnológicos disponíveis, como: televisão, vídeo,
computadores, etc. O uso desses recursos possibilitará aos alunos também a construção do
conhecimento lógico e atualizado, podendo integrar-se facilmente no mundo em que vivemos.Um
filme, um slide, ou uma música podem contemplar tanto a necessidade concreta quanto a cognitiva,
uma vez que o aluno terá que estabelecer conexões com o conteúdo estudado e aprofundar suas
relações.
Aulas práticas realizadas no laboratório, utilizando-se de aparelhos como microscópio
estereomicroscópio, permite que os alunos identifiquem fenômenos diretamente e manipulem
materiais e equipamentos pertinentes ao universo científico. Porém, sua função maior é
proporcionar autonomia ao aluno para analisar resultados e inferir conclusões, permitindo-lhe maior
fixação do conteúdo e o desenvolvimento do espírito crítico.
Recursos como a aula dialogada, a leitura, a escrita, a experimentação, as analogias, entre
outros, devem ser utilizados no sentido de possibilitarem a participação dos alunos, favorecendo a
expressão de seus pensamentos, suas percepções, significações, interpretações, uma vez que
aprender envolve a produção e a criação de novos significados, tendo em vista que esse processo
acarreta o encontro e o confronto das diferentes idéias que circulam em sala de aula.
Em síntese, é fundamental que o ensino de Biologia se caracterize pelo desenvolvimento de
competências para que o aluno possa compreender o mundo e nele agir com autonomia, tendo como
instrumento o conhecimento científico e tecnológico.
CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO
Avaliar é verificar como o conhecimento pode ser incorporado para que o educando atue
sobre uma determinada realidade, modifique a sua compreensão de mundo e eleve sua capacidade
de participação. Dessa forma, a avaliação deve ser compreendida como um conjunto de ações
organizadas que visam verificar “o que” e “como” o aluno aprendeu.
Segundo LUCKESI (1996), a avaliação da aprendizagem na escola possui claros princípios,
auxiliar o educando no seu desenvolvimento pessoal, a partir do processo de ensino-aprendizagem
e responder à sociedade pela quantidade do trabalho pedagógico efetivado. De tal forma, é preciso
atentar para o caráter diagnóstico da avaliação, criando a base para a tomada de decisão, como o
meio de encaminhar os atos subseqüentes na perspectiva da busca de maior satisfação nos
resultados.
Essa verificação servirá de orientação tanto para o professor, que redicionará suas ações,
como para o aluno que terá condições de analisar seus avanços, dificuldades e possibilidades. A
avaliação, dirigida assim, tem uma função permanente de diagnóstico e acompanhamento do
processo ensino-aprendizagem. A avaliação será diagnóstica e contínua, levando em conta não
somente uma formação em Biologia dirigida para o desenvolvimento social e intelectual do aluno,
como também o seu esforço individual, a sua cooperação com os colegas, a construção da sua
personalidade, criando situações em que o aluno é investigado ou desafiado a participar e questionar
valorizando as atividades coletivas que propiciem a discussão e a elaboração conjunta de idéias e
de práticas, desenvolvendo atividades nas quais o aluno deve se sentir desafiado. Isso pode ser
perfeitamente por meio de pesquisas e trabalhos individuais ou em grupos, testes, apresentação de
relatórios referentes às aulas experimentais, trabalhos expositivos, atividades de montagem e
pintura, etc. De acordo com o ensino desenvolvido, a avaliação deve dar informação sobre o
conhecimento e compreensão de conceitos e procedimentos, a capacidade para aplicar os
conhecimentos adquiridos na resolução de problemas do cotidiano e para comunicar idéias. É
preciso compreender a avaliação como prática emancipadora. Deste modo, a avaliação na disciplina
de Biologia, passa a ser entendida como instrumento cuja finalidade é obter informações necessárias
sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos de
aprendizagem.
Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações pedagógicas
pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo. Professores e alunos tornam-se
observadores dos avanços e dificuldades a fim de superar os obstáculos. Para assegurar que essa
avaliação seja processual, perante a diversidade de apreensão do conhecimento por parte de nossos
educandos, utilizaremos os seguintes instrumentos de avaliação:
Relatório de atividades: laboratório, visitas, seminários.
Pesquisas: através da observação de Internet, jornais, revistas e outros.
Desempenho da oralidade do aluno perante as resoluções de questões, problemas, exercícios.
Testes com questões dissertativas e múltipla escolha.
Participação nos trabalhos em grupo.
Produção de cartazes, anúncios, frases, maquetes, panfletos, painéis.
Apresentação de seminário.
Leitura e interpretação de textos.
Bibliografia
AMABIS & MARTHO, Fundamentos da biologia moderna. São Paulo: Editora Moderna, 2002.
BIZZO, N. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília:MEC, 2004.
KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 2004.
LIBÂNEO, J. C. Tendências pedagógicas na prática escolar. In: Revista da ANDE, nº 6, p. 1-19,
1983.
LOPES, Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1999.
MEC/SEB- Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília, 2004.
NARDI, [org]. Questões atuais no Ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras Editora, 2002.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Departamento de Ensino Médio.
Reestruturação do Ensino de 2º grau. Proposta de conteúdos do Ensino de 2º grau- Biologia.
Curitiba, 1993. PERRENOUD, Plilippe. Avaliação: da excelência à regulação das
aprendizagens-entre duas lógicas. Trd. Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul,
1999.
VASCONCELLOS< Celso S. Avaliação de Aprendizagem: Prática de mudanças por uma
práxis transformadora. São Paulo. Liberdade, 1999.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA / BIOLOGIA – PARANÁ/2008
EDUCAÇÃO FÍSICA
Ementa
A Educação Física está articulada ao Projeto Político Pedagógico da Escola e
pretende refletir sobre as necessidades atuais de ensino para contemplar a visão de
totalidade do homem. Essa proposta tem como fundamento o materialismo histórico, cujos
os princípios baseiam-se na reflexão das estruturas sociais e suas desigualdades que fazem
parte dessa sociedade.
A preocupação está na superação das concepções positivistas e avançar na busca do
entendimento do corpo em muito de sua complexidade, permitindo uma abordagem
biológica, antropológica, sociológica, psicológica, filosóficas e política das práticas
corporais. Os conteúdos estruturantes da Educação da Educação Física no Ensino Médio
são: a Ginástica, a Dança, o Esporte, o Jogo e a Luta.
HISTÓRICO E CONCEPÇÕES GERAIS
Ao longo de sua história, a Educação Física dedicou-se a servir a burguesia, em
detrimento às classes populares.
A partir de 1931, tornou-se obrigatório nas escolas, com o objetivo de dominar e
conter os ímpetos das classes populares, enaltecer o patriotismo, a hierarquia e a ordem, a
defesa da Pátria pelo homem e, à mulher, o desenvolvimento da harmonia das formas para
a futura maternidade. Promovia-se, então, políticas nacionalistas e formação de mão-de-
obra para o trabalho.
Em 1971, com a Lei 5692/71, a Educação Física continuou a ser obrigatória no
âmbito escolar, ainda como recurso da formação do homem servindo ao projeto do Brasil,
considerando-a importante para o desenvolvimento da capacidade produtiva da classe
trabalhadora e, ao desporto, pela intenção de tornar o País uma potência olímpica. Na área
pedagógica, o destaque foi a psicomotricidade valorizando a formação da criança através
do movimento.
Na década de 1990, surgiu a Reestruturação da Proposta Curricular do Ensino de
Segundo Grau, fundamentada na concepção histórico-crítica, que valorizava a produção
histórica e cultural dos povos em relação à ginástica, dança, desportos, jogos e atividades
com características nacionalistas causando o retrocesso na Ed. Física. Aprovou-se, então, a
Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e o Ministério da Educação (MEC) apresentou os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para a disciplina, minimizando o currículo e
descaracterizando os conhecimentos historicamente construídos pelo homem e
desvalorizando a individualização e adaptação do sujeito à sociedade, ao invés de construir
e abordar conhecimentos que possibilitem formá-lo sob suas amplas dimensões.
Analisando-se as abordagens teóricas, a Educação Física passou por diversas
perspectivas, desde as mais reacionárias até as mais críticas, resultando numa reflexão
sobre o fazer corporal. Assim, surgiu a preocupação com a formação de um sujeito que
reconheça o próprio corpo em movimento e, também, sua subjetividade, resultando num
processo de articulação com o Projeto Político Pedagógico da Escola. Dessa forma,
pretende refletir sobre as necessidades atuais de ensino para contemplar a visão de
totalidade do homem, fundamentando-se no materialismo histórico cujos princípios estão
baseados na reflexão das estruturas sociais e as desigualdades que fazem parte dessa
sociedade.
A preocupação está na superação das concepções positivistas e avançar na busca do
entendimento do corpo e da sua complexidade, permitindo uma abordagem biológica,
antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas corporais. Os
conteúdos estruturantes da Educação Física no Ensino Médio são: a ginástica, a dança, o
esporte, o jogo e a luta.
Dar um novo significado às aulas é um exercício que requer amplas possibilidades
de intervenção superando a dimensão meramente motriz e imprimir a histórica, cultural, e
social, ultrapassando a visão de que o corpo se restringe ao biológico e ao mensurável.
Assim, a Educação Física transcende o senso comum, desmistificando formas
arraigadas e equivocadas em relação as diversas práticas e manifestações corporais.
Priorizando-se o conhecimento sistematizado, oportunizando a reelaboração de ideias e
práticas que ampliem a compreensão do aluno sobre os saberes produzidos pela
humanidade e suas implicações para a vida.
OBJETIVOS GERAIS
• Ampliar o campo de intervenção da Educação Física, para além das abordagens
centradas na motricidade;
• Desenvolver os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam relevantes e
estejam de acordo com a capacidade cognitiva do aluno;
• Ter como princípio básico das práticas corporais, o desenvolvimento do sujeito
omnilateral, superando uma visão fragmentada de homem;
• Superar o caráter da Educação Física como mera atividade física, “atividade pela
atividade”;
• Integrar o processo pedagógico aos elementos fundamentais para o processo de
formação humana do aluno, numa abordagem biológica, antropológica, sociológica,
psicológica, filosófica e política das práticas corporais;
• Propiciar ao aluno uma visão crítica de mundo e da sociedade a qual está inserido.
• Transcender aquilo que se apresenta como senso comum, desmistificando formas já
arraigadas e equivocadas de entendimento das diversas práticas e manifestações
corporais;
CONTEÚDOS
Os conteúdos estruturantes,foram definidos como aqueles saberes, conhecimento de
grande amplitude conceitos ou práticas, que identificam e organizam os campos de estudos
da Educação Física e são considerados básicos e fundamentais para a compreensão do
objetos de estudo, constituem-se historicamente e são legitimados socialmente, por isso não
são, desde sempre os mesmo.
Assim sendo os conteúdos estruturantes adotados para o ensino médio foram:
Ginástica, Esporte, dança, lutas e jogos.
1º ANO
ESPORTES
• Individual e coletivo ser tratado como desenvolvimento e fenômeno social como
forma de lazer(Futsal, Voleibol, Handebol, Basquetebol e Tênis de Mesa)
JOGOS COOPERATIVOS
• Trabalhar o aspecto lúdico e promover a discussão e respeito as regras, reconhecendo
as possibilidades de ação e organização coletiva.
Nestes conteúdos estrururantes utilizaremos os elementos articuladores saúde e mídia
onde serão trabalhados os seguintes itens:
Saúde: trabalhar aspectos anátomo-fisiológicos, consciência corporal, reeducação postural,
prevenção de distúrbios posturais, conhecerem o funcionamento do próprio corpo, a
diversidade (étnico-racial, sexual, indígena, alunos com necessidades especiais).
Mídia: Cultura corporal (padrões de beleza).
• Jogos de Tabuleiros.
2º ANO
ESPORTES
• Individual e coletivo ser tratado como desenvolvimento e fenômeno social como
forma de lazer ( Futsal, Voleibol, Basquetebol, Handebol e Tênis de Mesa).
Adaptados a realidade da escola.
GINÁSTICA
• Trabalhar ginástica de academias, laboral conceitos e práticas, no âmbito crítico.
DANÇA
• Trabalhar no âmbito dos aspectos culturais e sócias.
• Jogos de Tabuleiros.
Utilizaremos os elementos articuladores : desportivização (leitura crítica das relações
sociais que se manifestam nas práticas esportivas): pretende-se discutir como se deu este
processo nas diversas práticas corporais, bem como os motivos que a influenciaram. Mídia:
pretende-se problematizar a utilização das práticas corporais transformando em espetáculo,
dando-lhes, a partir daí, novos valores, sentidos e significados.O processo de alienação,
resultante do modo capitalista de produção, poderá ser discutido sob o ponto de vista
consumista, diariamente apresentado nos meios de comunicação pela promoção e
divulgação de produtos esportivos. Saúde:Deverá ser trabalhado alimentação e atividade
física . Obesidade, sedentarismo, bulimia, anorexia, higiene corporal. Corpo e diversidade.
3º ANO
ESPORTES
• Individual e coletivo deverá ser tratado como desenvolvimento e fenômeno social
como forma de lazer ( Futsal , Voleibol, Basquetebol, Handebol e Tênis de Mesa).
Adaptadoa a realidade da escola. Relacionado com a mídia, desportivização e
profissionalização esportiva.
GINÁSTICA
• Trabalhar a teoria das ginásticas artísticas e circenses.
• Jogos de Tabuleiros.
LUTAS
♦ Trabalhar aa características culturais e sociais das lutas orientais e da capoeira.
Dentro do elemento articulador saúde ocorrerá o trabalho de doping, primeiros socorros,
lesões e prevenção de drogas ilícita. E será utilizado os outros elementos articuladores,
lazer, corpo, tática e técnica, para as abordagens dos conteúdos citados acima.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os pressupostos do materialismo histórico-dialético configuram a Cultura Corporal,
objeto de estudo da Educação Física, relacionando o movimento humano, historicamente
constituído, ao cotidiano escolar em todas as suas formas de manifestações culturais,
políticas, econômicas e sociais. Para tanto, utiliza-se da metodologia crítico-superadora
onde
“o conhecimento deve ser tratado metodologicamente de forma a
favorecer a compreensão dos princípios da lógica dialética
materialista: totalidade, movimento mudança qualitativa e
contradição. É organizado de modo a ser compreendido como
provisório, produzido historicamente e de forma espiralada vai
ampliando a referência do pensamento do aluno”(COLETIVO DE
AUTORES, 1992 p.40-41).
Esta metodologia permite ao aluno ampliar sua visão de mundo por meio da cultura
corporal, superando a perspectiva anterior, pautada no tecnicismo e na esportivização das
práticas corporais.
Esta abordagem metodológica encontra sua referência na pedagogia histórico-crítica
estando centrada no princípio da igualdade entre os seres humanos, em termos reais e não
formais. Essa metodologia entende a educação como posibilidade de se alcançar
transformações sociais, pois educação e sociedade relacionam-se dialeticamente
(SAVIANI, 1991).
Desta perspectiva segundo as Diretrizes Curriculares de Educação Física do Ensino
Médio(2006, p.32), os conteúdos não precisam ser organizados numa seqüência baseada em
pré-requisitos, mas sim, abordados segundo o princípio da complexidade crescente, onde
um mesmo conteúdo pode ser discutido tanto na primeira quanto na terceira série do
Ensino Médio, mudando, portanto o grau de complexidade que possivelmente o professor
irá apresentar, estabelecendo diferenças de entendimento e de relações enter o conteúdo e
possíveis elementos articuladores.
Assim, os conteúdos devem oportunizar o desenvolvimento de uma visão ampliada
dos conhecimentos a serem apreendidos pelo aluno. Numa perspectiva dialética são
apresentados de forma simultânea. O que muda de uma unidade para a outra é a amplitude
do conhecimento sobre cada conteúdo.
Ao romper-se com a linearidade dos conteúdos, deve-se considerar a espiralidade do
conhecimento. Os conteúdos são tratados simultaneamente, constituindo-se referencias que
vão se ampliando no pensamento dos alunos, ou seja, lidam com os mesmos dados nas
diferentes séries, o que muda são as referencias e o aprofundamento do pensamento sobre
eles. Em cada fase amplia-se o grau de complexidade.
A metodologia crítico superadora aponta para as seguintes estratégias:
a) Prática Social: Preparação, mobilização do aluno;
b) Problematização: Desafio- necessidade da busca do conhecimento;
c) Instrumentalização: É o caminho por meio do qual o conteúdo sistematizado é posto
a disposição dos aluno para que o assimilem e o recriem. Leitura, reflexão e
discussão de textos e artigos de jornais e revistas, análise crítica de letras e gestual
do link, funk,rap, axé-music, de filmes e situações cotidianas, visitas, entrevitas,
gráficos com apresentação de resultados.
d) Catarse: Sistematização e manifestação do conhecimento (capacidadede
argumentação nos debates, apresentação de seminários);
e) Retorno a prática social: Transposição da teoria para a prática;
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem em Educação Física tem conduzido os professores à
reflexão, ao estudo e ao aprofundamento, visando buscar novas formas de entendimento e
compreensão de seus significados no contexto escolar, assume papel importante na
constatação e concretização da aprendizagem escolar no desenvolvimento dos conteúdos.
Para que haja uma avaliação afetiva torna-se necessário uma coerência entre a concepção
defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino aprendizagem.
De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a avaliação deve estar
vinculadas ao PPP da escola, com critérios estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar
a qualidade e o processo de ensino aprendizagem, sendo uma avaliação contínua para
acompanhar o progresso do aluno no desenrolar das atividades pedagógicas nas sala.
Somativa no sentido de valorizar toda a apropriação do conhecimento cientifico por parte
do aluno, com a preocupação da diminuição das desigualdades sociais e buscando alcançar
uma sociedade mais justa, igualitária e humana. E diagnóstica quando, percebendo as
dificuldades na apropriação dos conteúdos pelos alunos, deverão ser retomados propondo
encaminhamentos diferentes que visem à superação das dificuldades constatadas.
Trata-se de um processo contínuo, permanente e cumulativo, em que o professor
organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais,
possibilitando assim que os alunos reflitam e se posicionem criticamente em suas relações
interpessoais e sociais.
BIBLIOGRAFIA
PARANÁ, diretrizes curriculares de educação física – Ensino fundamental. SEED, 2006
COLETIVO DE AUTORES, metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo.
Cortez, 1992.
BRACHT, V. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister, 1992.
CASTELANI FILHO, L. Educação no Brasil. História que não se canta. 4ª ed. Campinas:
Papirus, 1994.
HOFFMANN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré escola a
universidade. 20 ed. Porto Algre: Mediação, 2003.
FÍSICA
20.5.1 _ EMENTA
Conceitos de Física que envolvem o estudo do Movimento e da Mecânica, o
tratamento térmico dos corpos, o estudo dos fenômenos ondulatórios e das propriedades
eletromagnéticas.
20.5.2 – CONCEPÇÃO TEÓRICA
A sociedade Capitalista se caracteriza pela separação entre Capital e trabalho. Os
avanços desta sociedade, tal a conhecermos hoje foram intensificados pela incorporação da
Ciência aos meios de produção, especialmente a partir do advento da eletricidade, na
segunda metade do século XIX.
A Ciência surge na tentativa humana de decifrar o universo físico, determinado pela
necessidade humana de resolver problemas práticos e necessidades materiais em
determinada época, logo é histórica, constituindo-se em visão de mundo.
Nesse fazer Ciência, independentemente da instituição de pesquisa ou quem
financia a ciência ou pesquisador, ele é um ser humano que vive num determinado local, o
qual, por sua vez, é determinado é socialmente produzido uma vez que ele, o cientista, não
o constrói sozinho . Entender a Ciência significa considerá-la na sociedade onde ela é
produzida, a instituição de pesquisas que a apóia e sustenta, os avanços técnicos e
científicos, pois isso muda em função dessa sociedade.
A abordagem histórica dos conteúdos se apresenta como útil e rica, pois pode
auxiliar os sujeitos a reconhecer a ciência como um objeto humano. A ciência por si só não
dá conta de resolver todos os males da humanidade, também ela esteve presente em
momentos decisivos dessa humanidade, utilizamos a historia das idéias e conceitos em
Física.
Um outro aspecto é o de considerar algumas curiosidades como motivação no
ensino de Física.
Um fator importante a ser considerado é que muitas das concepções espontâneas
dos estudantes relacionados ao conhecimento científico encontram paralelo na historia da
Ciência. Conhecendo as idéias dos estudantes e a historia da Ciência, teríamos uma melhor
compreensão a respeito dos modelos traduzidos por eles, ajudando-os na formação do
conceito científico.
20.5.3 ASPECTOS HISTORICOS DA FISICA
O objetivo da Física é o estudo do universo, com toda sua complexidade. A Física
propõe aos estudantes o estudo da natureza. Aqui neste contexto natureza tem sentido de
realidade material sensível.
A Física que conhecemos hoje foi inaugurada por Galileu Galilei, no século XVI,
através da descriminação Matemática dos fenômenos físicos.
Com Galileu, o universo já não é finito e nem o céu tão perfeito. O espaço deixa de
ser qualitativo para ser mensurável, podendo ser descrito em linguagem matemática. È
evidente que ele não vez isso sozinho, mais ao aprofundar as idéias que vinham evoluindo
desde que o homem se interessou pelo estudo da natureza, contribui para o nascimento da
Ciência Moderna.
O estudo de Física só chega ao Brasil no ano de 1808, com a vida da família real ao
Brasil é trazido para o nosso país para atender a corte e os desejos da intelectualidade local.
O ensino da física tem a preocupação com a formação de engenheiros e médicos e com as
elites dirigentes do país. Portanto, não era para todos, visto que não fazia parte da grade
curricular das escolas em que as classes populares freqüentavam.
Em 21 de dezembro de 1961, deu-se liberdade às escolas na escolha dos conteúdos
adotados, devido ao avanço tecnológicos e cientifico soviética e ao seu ensino, que lançou o
primeiro satélite artificial, antes dos Estados Unidos, inicia-se uma rediscussão do ensino
de Ciências, com criticas ao livresco que eram feitas á educação cientifica nos EUA e
outros , como o Brasil.
Buscamos construir um ensino de Física centrado em conteúdos e metodologias
capazes de levar, aos estudantes, uma reflexão sobre o mundo das Ciências sob a
perspectivas de que esta não é somente fruto da pura racionalidade cientifica. Entende-se,
que a Física deve educar para a cidadania contribuindo para o desenvolvimento de um
sujeito crítico, capaz de admitir a beleza da produção cientifica ao longo da historia e
compreender a necessidade desta dimensão do conhecimento para o estudo e o
entendimento do universo de fenômeno que o cerca. Que percebam a não neutralidade de
sua produção bem como os aspectos sócias, políticos, econômicos e culturais desta ciência,
seu comprometimento e envolvimento com as estruturas que representam esses aspectos.
Faz –se necessários uma reflexão a fim de despir-nos das antigas idéias, permitindo-
nos ir alem da Física como matemática aplicada,pois esta é uma linguagem e não um fim.
O ensino de Física o pressuposto fundamental que considera a Ciência como uma
produção cultural, um objeto humano construído e produzido nas e pelas relações sociais e,
a partir desse pressuposto;
a) ensino-aprendizagem;
b) a experimentação;
c) interação professor-aluno.
20.5.4 – OBJETIVOS
Representação e Comunicação:
Compreender enunciados que envolvam códigos e símbolos físicos. Compreender manuais
de investigação e utilização de aparelhos.
Utilizar e compreender tabelas, gráficos e relações matemáticas gráficas para a expressão
do saber físico.
Expressar-se corretamente utilizando a linguagem física adequada e elementos de sua
representação simbólica. Apresentar de forma clara e objetiva o conhecimento aprendido.
Conhecer fontes de informações e formas de obter informações relevantes, sabendo
interpretar notícias científicas.
Elaborar sínteses ou esquemas estruturados dos temas físicos trabalhados.
Investigação e Compreensão:
a)Desenvolver a capacidade de investigação física. Classificar, organizar, sistematizar.
Identificar regularidades. Observar, estimar ordens de grandeza, compreender o
conceito de medir, fazer hipóteses, testar.
b)Conhecer e utilizar conceitos físicos. Relacionar grandezas, quantificar, identificar
parâmetros relevantes. Compreender e utilizar leis e teorias físicas.
c)Compreender a Física presente no mundo vivencial e nos equipamentos e
procedimentos tecnológicos.
d)Construir e investigar situações-problemas, identificar a situação física, utilizar
modelos físicos, generalizar de uma a outra situação, prever, avaliar, analisar
previsões.
e)Articular o conhecimento físico com conhecimentos de outras áreas do saber
científico.
Contextualização Sócio-cultural:
• Reconhecer a Física enquanto construção humana, aspectos de sua história e
relações com o contexto cultural, social, político e econômico.
• Reconhecer o papel da Física no sistema produtivo, compreendendo a evolução dos
meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do conhecimento
científico.
• Dimensionar a capacidade crescente do homem propiciada pela tecnologia.
• Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de expressão da
cultura humana.
• Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que envolvam
aspectos físicos
20.5.5– CONTEÚDOS
Conteúdo Estruturante: MOVIMENTO
Conteúdos Básicos
Conceitos: Mecânica ;Leis de Newton e suas aplicações;Conservação de quantidade de movimento;Energia e o princípio da conservação da energia;Gravitação:Hidrostática .
Conteúdo Estruturante: TERMODINAMICA
Conteúdos Básicos
• Dilatação Térmica;• Calorimetria;• Leis da Termodinâmica;
Conteúdo Estruturante: ELETROMAGNETISMO
Conteúdos Básicos
• Fenômenos Ondulatórios.• Óptica Geométrica- Eletrostática;- Força elétrica;- Campo elétrico;- Trabalho e potencial;- Corrente elétrica;- Estudo dos resistores;- Associação de resistores;- Capacitores;- Medidas elétricas;- Geradores e receptores;- Circuitos elétricos;- Noções de eletromagnetismo,- Partículas Elementares,- Forças Fundamentais da Matéria.
20.5.6 – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia utilizada deverá dispor de recursos que conciliem a atividade teórica
com a prática, englobando conceitos, fórmulas e leis, procurando mostrar que essas
vertentes têm aplicação na vida diária dos alunos.
Oportunamente serão realizados experimentos laboratoriais disponíveis sobre os
conceitos absorvidos em salas de aula, e, os experimentos que não estão disponíveis, serão
adequados às realidades desta instituição, buscando desta forma, materiais alternativos,
para que esta prática seja possível e que o aluno não seja prejudicado pelas condições
econômicas que nos são impostas.
Atividades, pesquisas e experiências são à base do conhecimento científico e
justificam de forma coerente os conceitos que são trabalhados, acabando dessa forma com o
questionamento dos alunos sobre o porquê em estudar Física.
Visando uma educação globalizada, integradora na formação do educando, buscando
formar cidadãos conscientes para atuarem no mundo em transformação, tornando-se aptos a
resolverem situações-problemas, exercendo sua cidadania.
È importante que o processo de ensino-aprendezagem,parta do conhecimento prévio
dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas ou concepções, sobre os quais a
ciência tem conceito científico.
20.5.7 – AVALIAÇÃO
A avaliação deve levar em conta os pressupostos teóricos adotados por esta diretriz.
Ao considerarmos importante os aspectos históricos, conceituais e culturais, a evolução das
idéias em Física e a não neutralidade da Ciência, nossa avaliação deve levar em conta o
progresso do estudante quando a esses aspectos.
A avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em consideração todos os
aspectos: A compreensão dos conteúdos físicos ; a capacidade de análise de um texto, seja
ele literário ou cientifico, emitindo uma opinião que leve em conta o conteúdo físico; a
capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro evento que
envolva a Física.
A avaliação deve ser para auxiliar na aprendizagem, avaliar só tem sentido quando
utilizada como instrumento para intervir no processo de aprendizagem dos estudantes,
visando o seu crescimento.
20.5.8 – BIBLIOGRAFIA
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – SEED, 2008.
PENTEADO, P. C. M.; TORRES, C. M. A. Física Ciência e Tecnologia Vol 1, 2 e 3,
Moderna, São Paulo, 2005
BONJORNO, Regina Azenha / et al / Física Fundamental: 2º Grau. Volume
MORETTO, Vasco Pedro. Física Hoje. Mecânica. Ed. Ática, 1991. São Paulo.
MORETTO, Vasco Pedro. Física Hoje. Terminologias, Óptica e Ondas. . Ed.
PARANÁ, Djalma Nunes. Física. Volume Único. Ed. Ática, 1994. São Paulo. Vol. Único
São Paulo. Ed. F.T.D., 1993.
FISICA, Vários autores.Ensino Médio. Curitiba:SEED-PR, 2006.
GREF. Física vol.1,vol.2, vol.3. Edusp, 2002. São Paulo.
GASPAR,Alberto. Física- Volume 1-Mecânica,Volume2 Ondas e Óptica,
Termodinâmica e Volume3 Eletromagnetismo,Ed. Àtica, 3º edição 2003,São Paulo.
MÀXIMO,Antonio ,Alvarenga, Beatriz.Física ensino Médio Volumes 1,2,3. Ed.
Scipione,1º edição 2008,São Paulo.
CARRON,Wilson ,GUIMARÔES,Osvaldo ,Física Volume Único.Ed. Moderna,2º edição
,2003, São Paulo.
GEOGRAFIA
EMENTA:
Espaço-geográfico: interrelação com a dimensão econômica da produção do/no
espaço; A dimensão sócio-ambiental; A dinâmica cultural demográfica; A questão
geopolítica.
HISTÓRICO E CONCEPÇÕES GERAIS
Entre os primitivos, mesmo sem possuírem a escrita, transmitindo os conhecimentos
através da versão oral e dos desenhos em rochas e em cavernas, passadas de geração a
geração tinham uma concepção de vida e uma cultura, ambas impregnadas de ideias
geográficas.
Estrabão escreveu um livro, em 17 volumes, intitulado Geografia, procurou
descrever o mundo conhecido. A ele cabe o mérito de haver utilizado, pela primeira vez, o
termo Geografia e de haver compilado todo o conhecimento científico, geográfico, da
época.
Na Idade Média, 0 a.c. ao século XII, a Cartografia antiga foi reformulada e pode
contribuir com detalhes de descrição das rotas marítimas.
Na Idade Moderna o poder através dos senhores feudais afrontou o poder dos reis
absolutos. Em 1522 estava provada a redondeza da terra e a grande revolução para o
conhecimento geográfico na Idade Moderna foi a expansão extraordinária do espaço
conhecido, o domínio da configuração da Terra e a rejeição de uma série de ideias e crenças
a respeito de sua superfície.
Admite-se que a Geografia tornou-se uma ciência autônoma a partir do século XIX,
graças aos trabalhos dos geógrafos alemães Alexandre von Humboldt e Karl Ritter.
No início do século XX, Emanuel da Martone definiu a geografia como a ciência
que estuda a distribuição dos fenômenos físicos, biológicos e humanos pela superfície da
Terra.
No pós-guerra a ciência serviu aos governos autoritários que procuravam
desenvolver o crescimento econômico, sem dar importância aos custos sociais e ecológicos
deste desenvolvimento, promovendo a despolitização da ciência.
Naturalmente, o agravamento da pobreza, a destruição da natureza e a reação das
forças populares, no plano político, atingiram também a Geografia, e surgiu o que se
chamou Geografia Crítica: tomou o marxismo como método de análise para a compreensão
da realidade dialética.
A geografia necessita, fundamentalmente, deixar de ser a guarida de teses e de
postulados no arsenal ideológico do colonialismo e do imperialismo. Não basta que deixe
de ser meramente descritiva, para ser explicativa. Não basta inventariar, arrolar, catalogar.
É preciso compreender. Mas, para compreender, precisa vincular-se a verdade, atirando ao
lixo o amontoado de falsidades que a sobrecarrega, que vive de uma conveniente,
premeditada e interessada repetição.
O espaço geográfico, mundializado pelo capitalismo, tornou-se complexo e as
metodologias propostas pelas várias tendências da Geografia Tradicional não eram capazes
de aprender essa complexidade.
Discussões de propostas, na década de 80, por professores do Departamento de
Geografia da USP, elaboraram um rol de conteúdos, mas sobretudo uma revisão
metodológica, que criou e fortaleceu a Geografia Crítica.
Com o governo neoliberal foram elaborados os PCN's sendo que os professores,
principais sujeitos do ensino formal, ficaram à margem de sua produção.
Para a Geografia, mais importantes são os conceitos de sociedade, Relações Sociais,
Natureza, Território, Cultura, Lugar, Paisagem e Região.
OBJETIVOS GERAIS
− Analisar o espaço geográfico construído em articulação entre o local e o mundial,
pois no mundo contemporâneo a reprodução das relações sociais não se explica por
transformações endógenas nos limites da localidade ou do país, as influencias externas
necessitam ser compreendidas para explicar o que acontece no local.
− Entender que com a fragilização dos estados-nação, a abertura de fronteiras e a
organização de novos blocos político-econômicos, o mundo torna-se complexo e o espaço
geográfico somente poderá ser compreendido ao serem pesquisadas as novas relações de
poder que se estabelecem e que de diferentes maneiras interferem na vida dos indivíduos
em qualquer parte do mundo.
− Perceber a inserção do espaço socioambiental paranaense faz-se necessário em
função de o aluno localizar-se regionalmente e ter um diferencial de conteúdo ao prestar
concurso público e/ou vestibular, de estudantes de outros Estados brasileiros.
− Conscientizar-se das relações socioespaciais de seu tempo, incorporando os
conflitos e as contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, construtivistas de um
determinado espaço.
− Entender a sociedade em seus aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos,
nas relações que ela estabelece com a natureza para a produção do espaço geográfico.
− Interpretar com criatividade o mundo que os cerca através de atitudes investigativas
de pesquisa, recusando a mera interpretação do mundo, feita pelos outros, assumindo seu
papel de agente transformador da realidade.
− Entender o surgimento de novos países emergentes na conjuntura mundial e o papel
desenvolvido por esses países no atual cenário.
− Compreender que as novas tecnologias aceleram o processo de globalização.
− Perceber e analisar o papel do homem na alteração do clima.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
A preocupação maior está em tratar os conteúdos pedagogicamente nas dimensões
geográficas da realidade aqui nomeadas como conteúdos estruturantes, sendo eles:
− Dimensão econômica do espaço geográfico.
− Dimensão política do espaço geográfico.
− Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
− Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
CONTEÚDOS BÁSICOS/SÉRIE
1ª Série – Geografia Geral
• A formação e a transformação das paisagens naturais e culturais
- Os conceitos geográficos fundamentais.
- Localização e orientação.
- Movimento da terra e fusos horários.
- Representação cartográfica: escala, coordenadas geográficas e mapas.
• A dinâmica da natureza e as transformações geradas pela ação antrópica
- Estrutura geológica
- Estrutura da terra.
- Tectônica de placas.
- Rochas.
- O Relevo
- As estruturas e as formas do relevo.
- Os agentes internos e externos.
- O clima
- Fatores e elementos do clima.
- Circulação atmosférica.
- Fenômenos climáticos.
- Tipos climáticos.
- Biomas
- Solos
- Hidrografia.
• Formação, localização, exploração dos recursos naturais.
- Os recursos naturais, tipos e formas de ocorrência.
- As fontes de energia.
- Os impactos ambientais gerados pela exploração e pelo uso dos recursos naturais.
2ª Série – Geografia do Brasil
• As bases físicas do Brasil
- Estrutura geológica e as formas do relevo (classificação do relevo).
- Circulação atmosférica e os climas do Brasil.
- As bacias hidrográficas.
- Os biomas
- Os domínios morfoclimáticos
• Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais
- Recursos naturais – tipos, formas de ocorrência e aplicações.
- Impactos ambientais decorrentes da exploração e do uso dos recursos naturais.
• Industrialização e organização do espaço
- Indústria e industrialização no Brasil.
- Distribuição espacial das indústrias
- Matriz energética
• A dinâmica do espaço rural
- Colonização e estrutura fundiária.
- Relações de trabalho no campo
- Reforma agrária e conflitos rurais
- Transformações tecnológicas no campo
- Sistemas de produção
- Cooperativas e agroindústrias
- Fronteiras agrícolas
- Impactos ambientais no espaço rural
• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista
- Urbanização brasileira
- Hierarquia das cidades e rede urbana
- Êxodo rural
- Problemas socioambientais urbanos
• O espaço em rede
- Produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial brasileira.
- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
• A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores
estatísticos
- Composição étnica da população
- Dinâmica populacional: taxas de natalidade, mortalidade geral e infantil, densidade
demográfica, pirâmides etárias, população econômica e inativa, IDH.
- Os movimentos migratórios e suas motivações
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural
• Regionalização do Brasil
- Critérios adotados de regionalização.
- As divisões regionais.
3ª Série – Geografia Global
• A revolução técnico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção
- Revolução industrial
- Revolução tecnocientífica e informacional
• O espaço em rede
- Produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial
- Circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações
• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios
- Geopolítica da globalização
• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente
- Megacidades
- Cidades globais
- A formação das cidades
- Os tecnopólos
• A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores
estatísticos
- Teorias demográficas
- Dinâmica da população mundial – indicadores estatísticos
- Os movimentos migratórios e suas motivações
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural
• O comércio e as regionalizações do espaço geográfico
• As diversas regionalizações do espaço geográfico
- A regionalização mundial: Norte-Sil, DIT (divisão internacional do trabalho)
• As implicações socioespaciais do processo de mundialização
- Desigualdades socioeconômicas
• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado
- Blocos econômicos
- Globalização e mundialização
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Na concepção de aprendizagem, deverá estar presente a formação plena do
educando, sendo que cada pessoa representa um mundo de experiências vividas diferentes,
assim também deverão ser os recursos didáticos utilizados no processo da aprendizagem
para contemplar essa diversidade que caracteriza o universo da sala de aula.
Diante da complexidade do universo escolar, vários são os fatores que estão
interagindo no seu interior, tanto no campo da afetividade entre os alunos e deles com a
escola e o professor, o nível de maturidade e individualidade de cada aluno, assim como o
nível de conhecimentos prévios e diferenciados que cada um carrega consigo, mas que ao
findar do conteúdo deverá apresentar uma maturidade coletiva.
Paralelamente, a preocupação em relação à adequação de quantidade e natureza das
informações contidas nos conteúdos curriculares e as experiências dos alunos, deve-se
também ter a preocupação com os materiais didáticos utilizados, que permitam diferentes
graus de leitura ou utilização. Isso justifica que os recursos sejam os mais diversos
possíveis.
Para tanto, espera-se que com o ensino de Geografia os alunos desenvolvam a
capacidade de identificar e refletir a relação sociedade/natureza, procurando não trabalhar
com simples reprodução do conhecimento, mas com observação, registro, descrição,
documentação, representação e pesquisas dos aspectos naturais e culturais que compõem a
paisagem e o espaço geográfico, utilizando fotografia, cinema, maquetes, televisão, rádio,
jornal, revista, boletim, folder, gráfico, vídeo didático, CD Room, software, internet e TV
Multimídia.
Diante de um mundo em rápida transformação, o Ensino de Geografia se faz
necessário como recurso, que dará ao educando, condições para a compreensão doas fatos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS POR DISCIPLINA:
A avaliação será realizada pontualmente a fim de verificar o que foi produzido e
aprendido. Será específico e contextualizada para marcar o ponto de chegada sobre um
determinado conteúdo. Após esse processo avaliativo serão produzidas as valorizações
individuais de zero a 100%.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Manuel C. “Geografia, ciência da sociedade: uma introdução à análise do
pensamento geográfico.” São Paulo: Atlas, 1987.
PONTUSCHKA, Nídia N. “Para ensinar e aprender geografia.” Nidia Nagib Pontuschka,
Tomoko Iyda Paganelli, Núria Hanglei Cacete. São Paulo: Cortez, 2007.
SODRÉ, Nelson Werneck. “Introdução à geografia”. Petrópolis: Vozes, 1986.
SEED – Orientações Curriculares. Fevereiro/2006.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Paraná, 2008
KAERCHER, N. A . “Desafios e utopias no ensino de Geografia”. In:
CASTROGIOVANNI, A . C. Et all (orgs) Geografia em sala de aula: práticas e reflexões.
Porto Alegre: UFRGS/AGB, 2003
CORREA, R.L. “Região e organização social”. São Paulo Ática, 1986.
CAVALCANTI, L de S. “Geografia, escola e construção de conhecimento.” Campinas:
Papirus, 1998.
SANTOS, M. “Da totalidade ao lugar”. São Paulo: Edusp, 2005.
______ “A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção” São Paulo: Hucitec,
1996.
_______ “Metamorfose do espaço habitado”. São Paulo: Hucitec, 1998.
HISTÓRIA
EMENTA:
A História é uma disciplina voltada à análise das estruturas e sistemas que
ocorreram no passado da Humanidade e na conseqüente influência em nosso contexto.
Dessa maneira, o que se pretende é inserir o educando na posição de um indivíduo
responsável por aquilo que virá para ele mesmo e os outros.
Devemos ressaltar que todo o currículo tem um forte caráter político. Assim as
di8retrizes curriculares de História devem ajudar a construir uma sociedade justa, onde as
oportunidades são para todos.
CONCEPÇÕES GERAIS
A análise histórica da disciplina e as novas demandas para o ensino de História,
possibilitaram reflexões a respeito dos contextos históricos em que os saberes foram
produzidos ao longo do tempo.
A História tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às ações e
às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva significação atribuídas
pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações.
As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como
estruturas socio-históricas, pois são as formas de agir, pensar ou raciocinar, representar,
imaginar, instituir e, enfim, de se relacionar social, cultural e politicamente. Assim, esses
mesmos sujeitos podem transformar constantemente as estruturas sócio-históricas, pois,
suas ações permitem espaços para escolhas e projetos do futuro. Portanto, deve-se
considerar também as relações dos seres humanos com os fenômenos naturais como, por
exemplo as condições geográficas, físicas e biológicas de uma determinada época e local,
as quais se conformam a partir das relações humanas.
Assim, os processos históricos são marcados pelas complexidades, pois, fatos
distintos produzem uma nova relação enquanto relações distintas, convergem para um novo
acontecimento histórico.
A investigação histórica pode detectar casualidades externas voltadas às descobertas
das relações humanas e as e=internas, buscam compreender e interpretar os sentidos que os
sujeitos atribuem às suas ações.
Para a produção do conhecimento o historiador baseia-se na explicação e
interpretação de fatos do passado, a partir de documentos confrontados ou comparados
entre si e com o contexto social e teórico que os constituíram. A produção do conhecimento
propicia validar, refutar ou complementar a produção historiográfico, uma vez que a
produção do conhecimento sob a consciência histórica dos sujeitos é provisório e possui
diferentes formas de explicar seu objeto de investigação, a partir das experiências desses
mesmos sujeitos.
Uma consciência histórica exemplar é aquela onde o estudante expressa as
experiências de possado como casos que representam e personificam regras gerais e
anteporais da conduta humana e dos sistemas de valores.
O ensino da História contribui para a formação de uma consciência histórica critica
dos alunos, quando se adotar referências teóricos e métodos que permitam a compreensão
dos fatos históricos e a aceitação do conhecimento como resultado de investigação e
sistematização de análises sobre o passado, de modo a valorizar diferentes sujeitos e suas
relações, permitindo reflexão e supervisão de uma visão unilateral dos fatos históricos.
METODOLOGIA
O professor deve estar esclarecido de que a produção do conhecimento histórico e
sua apropriação pelos alunos é processual e, desse modo, é necessário ampliar o conteúdo
apresentado nos livros didáticos, adotando algumas formas metodológicas, tais como:
− Problematização de situações relacionadas aos conteúdos, tornando-os
significativos;
− Utilização da narrativa e descrição, argumentação e explicação para o decorrer dos
processos históricos;
− Comparação de teses ou interpretações relacionadas aos eventos históricos, como
forma de relacioná-los às ideologias que defendem;
− Análise de documentos, abordando a razão de sua existência, sua finalidade,
circunstância em que foi feito e razão de interpretá-lo;
− Utilização de fontes audiovisuais de forma a ilustrar os fatos históricos;
− Pesquisas bibliográficas;
− Sistematização de conceitos;
− Realização de debates;
− Apresentação de seminários.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que
permeie o conjunto das ações pedagógicas e não como elemento externo a esse processo.
Refutam-se as práticas avaliativas classificatórias e autoritárias que materializariam
um modelo excludente de escolarização e de sociedade, o qual a escola pública tem o
compromisso de superar para diminuir as desigualdades sociais e colaborar n contrução de
uma sociedade mais justa.
Propõe-se, então, uma avaliação formal, processual, continuada e diagnótica, a qual
deve ser planejada e registrada de forma criteriosa pelo professor. Para tanto, utilizar-se-ão
atividades diversas, como: leitura, interpretação e análise de textos historeográficos, mapas
e documentos históricos, produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas,
sistematização de conceitos, apresentação de seminários e painés, através dos seguintes
instrumentos: produção de textos (orais e escritos), pesquisas, trabalhos individuais e
coletivos, testes, seminários, maquetes e painés.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
• Contribuir com a formação da identidade individual e regional através do
resgate do passado da comunidade;
• O educando como sujeito da história terá oportunidade de perceber que a
história está em constante construção, sendo um dos atores principais;
• Através da leitura de documentos, objetivamos munir o aluno de
instrumentos capazes de melhorar sua capacidade crítica e argumentativa
sobre aquilo que o afeta;
• Possibilitar a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e
do pensamento crítico.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO:
1º SÉRIE
Trabalho
1- O trabalho na comunidade primitiva;
2- Escravidão na antiguidade oriental;
3- O trabalho na civilização egípcia e nos reinos africanos
4- Escravidão na antiguidade ocidental (Grécia e Roma);
5- Servidão no período Medieval;
6- Escravidão no Brasil Colônia.
Poder
1- O governo de Deus;
2- Democracia ateniense;
3- África , sociedades matriarcal;
4- Roma a senhora de mundo antigo;
5- Administração imperial;
6- O poder descentralizado no mundo medieval;
7- Metrópole e Colônia: Um único Estado.
Cultura
1- A importância da religião na antiguidade oriental, nos reinos africanos e clássica;
2- Arte e pensamento na antiguidade;
3- Vida cotidiana Medieval;
4- Brasil: sociedades indígenas.
2º SÉRIE
Trabalho
1- O conceito de escravidão na África antes da colonização na América;
2- Brasil Colônia: Trabalho e escravidão;
3- Colônia em transformação: A sociedade mineradora;
4- Transformações do trabalho durante a Revolução Industrial;
5- O fim do trabalho escravo no Brasil;
6- Do escravo ao imigrante;
7- Relações de trabalho no império do Brasil;
8- Pequena propriedade familiar.
Poder
1- O mundo se amplia: A expansão de comércio europeu;
2- Regime absolutista, Mercantilismo e Colonização;
3- A administração portuguesa (séculos XVI e XVII)
4- Revolução Francesa;
5- Rebeliões, conjuras e inconfidências.
6- De América portuguesa à império do Brasil;
7- Constituições brasileiras;
8- Avanços da justiça social a partir da constituição brasileira.
Cultura
1- Tempos modernos: O conhecimento do home3m e do universo.
2- África: A contribuição do povo negro à formação da civilização brasileira; (Lei
10.639/2003)
3- A presença da cultura negra na região noroeste do Paraná;
4- A vida na metrópole: Conflito entre rural e urbano;
5- A família real no Brasil: Arte erudita na terra cana.
3º SÉRIE
Trabalho
1- Movimentos nacionalistas e industrialização na Europa do século XIX;
2- Proletários e capitalistas;
3- Trabalho e produção de excedentes no mundo capitalista;
4- A economia Agrária exportadora no Brasil;
5- Processo de abolição da escravatura no Brasil;
6- A modernização conservadora patrocinada pelo Estado brasileiro;
7- As relações trabalhistas num mundo bipolarizado;
8- Globalização, neoliberalismo e a acumulação flexível do capital;
9- O mercado de trabalho nas pequenas cidades.
Poder
1- Imperialismo: A competição entre as nações européias;
2- Socialismo: Busca de saídas para os problemas da dominação;
3- República das oligarquias no Brasil;
4- Os Estados totalitários, o caminho do autoritarismo;
5- A ditadura militar no Brasil e na América Latina;
6-Dominação dentro do mundo neoliberal;
7- Hegemonia dos Estados Unidos pós queda do socialismo;
8- Conflitos no Oriente Médio;
9- A luta pela terra nos séculos XX e XXI;
10- Ideais partidários na região noroeste do Paraná.
Cultura
1 – Os componentes e a luta pela terra;
2 - Movimentos faministas;
3 – A Revolução jovem;
4 – Movimento negro;
5 – Globalização e cultura;
6 – A influência tropeira na cultura local.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
• Problematização de situações relacionadas aos conteúdos, tornando-os
significativos:
• Utilização da narrativa, discrição, argumentação e explicação para o discorrer dos
processos históricos;
• Comparação de teses ou interpretações relacionadas aos eventos históricos, como
forma de relacioná-los as ideologias que defendem;
• Análise de documentos, abordando a razão de sua existência, sua finalidade,
circunstância em que foi feito e razão de interpretá-lo.
• Utilização de fontes áudio-visuais de forma a ilustrar os fatos históricos;
• Pesquisas bibliográficas;
• Sistematização de conceitos;
• Realização de debates e apresentação de seminários.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
Supera a avaliação classificatória, propondo uma avaliação formal, processual,
continuada e diagnóstica. Planejada e registrada de maneira criteriosa pelo professor.
Portanto, nos utilizaremos de atividades como: leitura, interpretação e análise de textos
historiográficos, mapas e documentos históricos; produção de narrativas históricas,
pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos, apresentação de seminários e painéis,
entre outras.
Instrumentos: produção de textos (orais e escritos), pesquisas, trabalhos, testes,
seminários, maquetes, painéis.
BIBLIOGRAFIA:
BURKE, Peter. (org.) A escrita da história: novas perspectivas.
São Paulo: UNESP, 1992.
CERTEAU, Michel de. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense, 1982.
CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil S/A, 1997.
HORN, Geraldo Balduíno. O ensino da história: teoria, currículo e método.
Curitiba: Livro de Areia, 2003.
LEBRUN, Gerard. O que é Poder. São Paulo: Brasiliense, 2004.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Unicamp, 1992.
LLOYD, Christopher. As estruturas da história. São Paulo: Zahar, 1995.
SAVIANI, Nereide. Saber escolar, currículo e didática.: problemas da unidade conteúdo /
método no processo pedagógico. Campinas: Autores Associados, 2000.
SEED – Diretrizes Curriculares da Rede pública de Esducação Básica do Estado do Paraná.
Curitiba – 2006.
LINGUA PORTUGUESA
EMENTA
A língua configura um espaço entre sujeitos e se constitui, principalmente, pela
interação entre o sujeito e o seu uso.
Como disciplina escola, a Língua Portuguesa busca superar um ensino formativo
historiográfico e, em particular, o ensino de Língua e Literatura seja por meio de novos
campos do saber ou espaços teóricos como a análise do discurso, teorias da leitura,
pensamento da desconstrução, análise mais aprofundada dos textos, textos significativos e
com menos ênfase na conotação moralista, pois dentre os seus condicionantes sociais,
culturais e políticos, diversos e diferentes motivos se entrecruzam na escola. Assim, ela
deve oportunizar situações em que os educandos possam refletir os textos que lêem,
escrevem, falam ou escrevem, de forma contextualizada, as características de cada gênero e
tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na organização do texto ou
discurso.
HISTÓRICO E CONSIDERAÇÕES GERAIS
Com a chegada dos conquistadores no Brasil, desde os tempos da colônia, o índio
começou a aprender a língua portuguesa, enquanto os primeiros colonos adquiriram alguns
hábitos dos indígenas, embora não houvesse ainda uma educação institucional.
As práticas restritas à alfabetização eram determinadas mais pelo caráter político,
social, de organização e controle de classe, do que pelo pedagógico.
Como disciplina as primeiras práticas de ensino moldavam-se ao ensino do latim e,
aos poucos, que tinham acesso a uma escolarização mais prolongada, era um ensino
eloquente, retórico, imitativo, elitista e ornamental, com o intuito de uma educação
claramente reprodutivista enfatizando um ensino não-pedagógico e priorizando a repressão,
com o intuito da obediência e a fé ao rei e à lei.
Em 1837, o estudo da Língua Portuguesa foi incluído no currículo escolar porém, a
denominação Português e o conteúdo gramatical ocorreram somente no século XIX,
enquanto o cargo de Professor de Português no Brasil, foi criado em 1871.
Até meados do século XX, a partir de 1967, iniciou-se um processo de
democratização expandindo quantitativamente a rede escolar, fato que desencadeou
profundo choque em número de falantes de variedades do português distante dos moldes e
valores escolares e a realidade desses falantes.
Com a Lei 5692/71, institucionalizou-se a educação com a industrialização e,
consequentemente, com uma pedagogia tecnicista voltando à qualificação para o trabalho.
A disciplina de Português foi denominada de comunicação e expressão, nas quatro
primeiras séries e de comunicação em Língua Portuguesa, nas quatro últimas séries
deixando a Gramática de ser o enfoque principal.
A partir daí, verificou-se grande número de vagas escolares e de professores com
pouca formação, consequentemente, houve uma multiplicação do número de alunos,
rebaixamento dos salários dos professores, precarizando mais ainda as condições de
trabalho, aumentando a busca de alternativas didáticas para facilitar o ensino, inclusive
transferindo-se a responsabilidade de orientador das atividades da aprendizagem para o
livro didático. Com isto, retirou-se do professor a autonomia e a responsabilidade de sua
prática, desconsiderando-se seu conhecimento, experiência e seu senso crítico, em função
de um ensino reprodutivista e uma pedagogia da transmissão desconsiderando-se as
potencialidades que a interação com o texto aumenta o sentido da leitura e análise que,
juntamente, com o aumento do índice de evasão e repetência, arrocho salarial dos
professores e a abertura indiscriminada de faculdades, comprometeram a qualidade do
ensino.
Na década de 70, chegam ao Brasil os estudos lingüísticos centrados nos textos e na
interação social das práticas discursivas e novas concepções sobre a aquisição da língua
materna, cedendo espaço às questões de uso, contextuais, valorizando o texto como unidade
fundamental de análise.
Somente a partir dos anos 80, a língua passou a ser considerada um espaço de
interação entre sujeitos que se constituem por meio dessa interação, sobretudo pelos
sujeitos que interagem. Estudos lingüísticos mobilizaram os professores para a discussão, o
repensar e à reflexão sobre o ensino da língua materna e o trabalho realizado em sala de
aula.
Em 1988, nos programas de reestruturação do Ensino de 2º Grau e do Currículo
Básico em 1990, as discussões e reflexões sobre o ensino da língua fizeram-se presentes e
fundamentaram-se nas questões interacionistas ou discursivas. Porém, o meio social muda
rapidamente e as inúmeras relações de poder presentes na forma discursiva que formam o
campo social, requerem uma percepção crítica, assim como uma mudança de
posicionamento na ação pedagógica do professor.
As Diretrizes hoje propostas, consideram o ensino da Língua Portuguesa, um
processo dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal, tanto no meio social da
linguagem quanto dos sujeitos que por meio dela interagem, pois, o homem se reconhece
humano, interage e troca experiências, compreende a realidade em que está inserido e
percebe seu papel na sociedade através da linguagem, portanto, ela tem caráter social.
Segundo BAKHTIN, 1997, a utilização da língua efetua-se em forma de enunciados
orais e escritos, concretos, únicos e emanados dos integrantes de qualquer esfera da
atividade humana, refletindo condições e finalidades específicas de cada uma dessas
esferas.
Para que a escola seja democrática e garanta a socialização do conhecimento,
precisa perpassar as três práticas: oralidade, escrita e leitura. Assim, abrangerá um sistema
de linguagem dinâmico, possibilitando ao educando, não apenas a leitura e a expressão oral
ou escrita, mas também a reflexão sobre o uso da linguagem em diferentes situações e
contexto, criando oportunidades para que ele possa refletir, construir, considerar hipóteses a
partir da leitura e da escrita, com a finalidade de que o mesmo se reconheça em suas
diferentes funções sociais de compartilhar e construir conhecimentos, fazer suas próprias
escolhas nas situações de uso da língua e da linguagem em todas as suas modalidades (oral,
escrita, imagem em movimento, gráficos, infográficos) para delas tirar sentido e como
vetores de transformação, independentemente de sua origem quanto à variação lingüística
de que dispõem para sua expressão e compreensão de mundo.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A escola, como instituição a serviço da sociedade capitalista, assume e valoriza a
cultura das classes dominantes; assim, o aluno proveniente das classes dominadas nela
encontra padrões culturais que não são os seus e que são apresentados com “ certos”,
enquanto os seus próprios padrões são ou ignorados como “inexistentes”, ou desprezados
como “errados”. Seu comportamento é avaliado em relação a um “modelo”, que é o
comportamento das classes dominantes; os testes e provas a que é submetido são
culturalmente preconceituosos, construídos a partir de pressupostos etnocêntricos, que
supõem familiaridade com conceitos e informações próprios do universo cultural das
classes dominantes. Esse aluno sofre, dessa forma, um processo de marginalização cultural
e fracassa, não por deficiências intelectuais ou culturais, mas porque é diferente. Nesse
caso, a responsabilidade pelo fracasso escolar dos alunos provenientes das camadas
populares cabe à escola, que trata de forma discriminativa a diversidade cultural,
transformando diferenças em deficiências.
Assim sendo, pensar sobre o ensino de Língua Portuguesa requer a compreensão das
transformações que ocorrem em várias dimensões: sócio-cultural, tecnológica, afetivo-
emocional, cognitiva e corporal. Requer esforço de articulação dos aspectos envolvidos
nesse processo, considerando as características do objeto de conhecimento em questão – as
práticas sociais da linguagem -, em situações didáticas que possam contribuir para a
formação do sujeito.
Para organizar o aprendizado da Língua Portuguesa é necessário reconhecer e
considerar as características próprias do aluno, a especificidade do espaço escolar no que se
refere a possibilidade de constituição de sentidos e referências nele colocada, e a natureza e
peculiaridades da linguagem e de suas práticas.
Se o ensino da língua materna reveste-se de uma maior importância, considera-se
ainda que as relações entre língua, cultura e sociedade correspondem a realidades diferentes
e, consequentemente diferentes recortes culturais. Língua e comunidade lingüistica atrelam-
se mutuamente, uma vez que não se entende uma língua sem seu respectivo grupo social;
do mesmo modo o grupo social existe em conseqüência de uma determinada língua que lhe
dá, simultaneamente, forma e contorno. Se é a comunidade que permite a trilha dos
domínios da cultura, para se estudar uma língua é necessário conhecer este suporte cultural
que a sustenta.
A língua portuguesa trabalhada como veículo de aquisição e construção de
conhecimento e não um mero processo de repetição de conceitos e normas de conduta. O
processo de entendimento do bom desempenho de uma língua mostrará ao seu usuário o
poder da palavra que ela lhe proporcionará, poder que induz e conduz pensamentos,
comportamentos e julgamentos na sociedade atual. Poder que transformará a realidade de
uma sala de aula, trazendo de volta o tão sonhado interesse já perdido há muito pelos
alunos.
O domínio da linguagem, como atividade discursiva e cognitiva, e o domínio da
língua, como sistema simbólico utilizado por uma comunidade lingüística, são condições de
possibilidade de plena participação social. Pela linguagem os homens se comunicam, têm
acesso a informações, expressam diferentes pontos de vista, partilham ou constroem visão
de mundo, produzem cultura.
Para atingir esses objetivo serão intercalados exercícios de leitura, produção de
textos e textos de linguagem através da informática. Os exercícios de literatura terão
funções de deflagrar as produções dos alunos instaurando nas aulas um clima motivador
para a criação em suas múltiplas dimensões e no desenvolvimento de uma linguagem
criativa, poética, sensível, analógica, metafórica, etc. a disciplina deve ainda propiciar o
reconhecimento de temáticas e estruturas textuais por meio de conteúdos instigadores e de
formas não tradicionais. Por fim estimular os alunos a reparar na qualidade dos textos
escolhidos todos com grande poeticidade e abordando temas fundamentais para o conjunto
de descobertas vivenciadas na adolescência: a descoberta do eu dos outros e do mundo;
descoberta dos valores humanos, individuais e coletivos que são imprescindíveis na
formação da personalidade; a descoberta da poesia e da prosa, não apenas como
procedimentos literários, mas principalmente como formas distintas de ver com a maior
profundidade a existência, muitas vezes por meio da fantasia, da ficção. O professor estará
sempre atento a discussão dos textos de forma mais ampla possível: como dizem, o que
dizem, porque dizem.
No caso da produção de textos dos alunos, a leitura deverá ser tão enfatizada quanto
a escrita: mostrar as redações em classe para os comentários do professor e dos colegas
constitui prática imprescindível ao longo do curso. O professor contribuirá para o processo
criativo conquistando a confiança dos alunos,, ao demonstrar que seus textos não são mero
pretexto para a crítica.
Por isso, num primeiro momento será priorizada a qualidade dos textos produzidos
pelos alunos, a fim não inibir sua criatividade. Depois poderá ir levantando-se os problemas
gramaticais que por ventura existirem.
Para sistematizar a crítica dos textos interessa ainda mostrar a importância de criar
títulos originais, sugestivos e provocadores. Desta forma, o aluno estará exercitando tanto a
síntese do texto como a prática de um recurso para seduzir o leitor, despertando-lhe o
interesse pela leitura. Será trabalhada a interação homem/máquina como forma de
promover diferentes modos de pensar e se relacionar com as pessoas e com o
conhecimento.
Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural
atribui à escola a função e a responsabilidade de contribuir para garantir a todos o acesso
aos saberes lingüísticos.
A escola é um ambiente social, nela estão inseridos os elementos que compõem esse
processo, seres que utilizam a linguagem para se interagirem e que estão prontos a
experimentar situações que desenvolvam sua capacidade de comunicação. Diante disto,
devemos oportunizar e garantir que no processo ensino aprendizagem o aluno desenvolva o
domínio do discurso oral e escrito nas diversas situações comunicativas, utilizando ainda a
linguagem tecnológica e seus recursos para ampliar seu universo cultural e científico,
abrindo possibilidade de participação social no exercício da cidadania. Dentro desse
processo a Língua Portuguesa pautará seu trabalho nos seguintes eixos:
Domínio da oralidade
Domínio da leitura
Domínio da escrita – produção de texto
OBJETIVOS
• Perceber a multiplicidade de usos e funções da língua, o reconhecimento das
diferentes possibilidades de ligações, reflexões e de construções frasais, construindo
gradativamente um saber linguisticamente elaborado.
• Ampliar o uso das linguagens verbais e não-verbais através de textos variados e
engendrados pelas necessidades humanas, relacionando-as às atividades sociais onde se
constituem.
• Assumir a língua em sua dimensão discurso textual de acordo com suas
experiências e conhecimentos prévios, refletindo, construindo e reconstruindo, formulando
e reformulando hipóteses, aceitando ou rejeitando conclusões, a partir da leitura de
diferentes textos;
• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, adequando-a a cada contexto
e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar
a possibilidade de um posicionamento diante deles;
• Desenvolver o uso da linguagem escrita em situações discursivas através de práticas
sociais que consideram os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e os
suportes textuais, além do contexto de produção e leitura;
• Aprimorar a capacidade de pensamento crítico e sensibilidade estética através do
contato com textos literários, bem como a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da
escrita;
• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, assim como os elementos
gramaticais empregados na sua organização;
• Reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar acesso
aos recursos de expressão e compreensão de processos discursivos, como condição de
enfrentar as contradições sociais em que está inserido e para afirmação de sua cidadania,
como sujeito singular e coletivo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.*Devido a amplitude do trabalho com o gênero discursivo , o professor poderá elencar os que achar pertinentes a cada turma/série, tendo como referência os seguintes gêneros:bilhetes;carta pessoal;comunicado;curriculum vitae;músicas;piadas; receitas;diário;relatos de experiências vividas;biografias;autobiografia;contos;diálogo/ discussão argumentativa;contos de fadas;crônicas de ficção;histórias em quadrinhos;lendas;narrativas de: aventura, enigma, ficção científica,, humor, terror, fantásticas, míticas;paródias;pinturas;
LEITURA
• práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• considerar o conhecimento prévio do aluno;
• questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade; aceitabilidade, informatividade, situacionalidade; temporalidade, vozes sociais e ideologia;
• contextualização da produção;
• utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não verbais;
• relação tema com contexto atual;
• socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
• Instigar o entendimento/ reflexão das palavras em sentido figurado;
• estimular leituras que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero;
LEITURA
Espera-se que o aluno:- realize a leitura
compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-verbais;
- localize informação explicitas no texto;
- produza inferências a partir de pistas textuais;
- posicione-se argumentativamente;
- amplie seu horizonte de expectativas;
- amplie seu léxico;- identifique a ideia
principal do texto.- Perceba o ambiente no
qual circula o gênero;- analise as intenções do
autor;- identifique o tema;- referente à obra literária,
amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual;
- deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
- compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou
poemas;romances;textos dramáticos;exposição oral;ata;debate regrado;júri simulado;palestra;relatório;texto de opinião;artigo de opinião;carta ao leitor;carta do leitor;editorial;manchete;mesa redonda;reportagens;resenha crítica;sinopses de filmes;pesquisas;resenha;resumo;semináriostexto argumentativo;anúncios;cartazes;comercial para TV;slogan;publicidade comercial;publicidade institucional;texto político;abaixo-assinado;carta de emprego;carta de reclamação;carta de solicitação;fórumcartum;charge;classificados;crônica jornalística;notícias;entrevista;e-mail;bulas;manual técnico;regras de jogo;
• proporcionar análises para estabelecer a progressão referencial do texto;
• incentivar a percepção de recursos utilizados para determinar a causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• conduzir leituras para a compreensão das partículas conectivas.
ESCRITA
• planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;
• estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
• acompanhar a produção do texto;
• instigar o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• estimular produções que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero;
• incentivar a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• encaminhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos/ das ideias, dos elementos que compõem o gênero;
• analisar se a produção
expressões no sentido conotativo;
- reconheça palavras e/ou expressões que estabeleçam a progressão referencial;
- conheça e utilize recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto.
- Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:• expresse as ideias com
clareza;• elabore e re-elabore
textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:
- às situações de produção propostas;- à continuidade temática;
• diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;
• utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função das classes de palavras .
• empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;
• reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
• entenda o papel sintático
rótulos / embalagens;desenho animado;chat;torpedos;
LEITURA• conteúdo temático;• interlocutor;• finalidade do texto;• intencionalidade to
texto;• argumentos to texto;• contexto de
produção;• intertextualidade;• vozes sociais
presentes no texto;• discurso ideológico
presente no texto;• elementos
composicionais do gênero;
• contexto de produção da obra literária;
• relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem;
• marcas linguísticas: coesão, coerência, pontuação, recursos gráficos, funções das classes gramaticais no texto, figuras de linguagem;
• Progressão referencial;
• partículas conectivas do texto.
está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• conduzir, na re-escrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
• conduzir , na re-escrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADE
• organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;
• propor reflexões sobres os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
• estimular contação de
e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;
• entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:• utilize o discurso de
acordo com a situação de produção ( formal / informal);
• apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;
• expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto;
• compreenda argumentos no discurso do outro;
• exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias;
• organize a sequência de sua fala;
• explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc.;
• respeite os turnos de fala;
• analise, contraponha, discuta os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
• contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas,
ESCRITAI- conteúdo temático;
f) contexto de produção;g) interlocutor;h) intencionalidade do
texto;i) informatividade;j) intertextualidade;k) vozes sociais presentes
no texto;l) ideologia presente no
texto;m) elementos
composicionais do gênero;
n) relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto ;
o) referência textual;p) progressão referencial;q) marcas linguísticas:
coesão, coerência, pontuação, recursos gráficos, funções das classes gramaticais no texto, figuras de linguagem.
r) Vícios de linguagem;s) semântica: operadores
argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem;
t) sintaxe de concordância;u) sintaxe de regência.
ORALIDADE
• conteúdo temático;• finalidade;• argumentos;• papel do locutor e
interlocutor;• elementos
extralinguísticos:
histórias de diferentes gêneros;
• propiciar análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes a fim de perceber a ideologia dos discursos presentes em cada esfera;
• selecionar discursos de outros para análise dos recursos de oralidade, como seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros.
diálogos, discussões, etc;• Utilize conscientemente
expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
• analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros.
entonação, pausa, gestos, etc.;
• adequação do discurso ao gênero;
• turnos de fala;• marcas linguísticas:
coesão, coerência,gírias, repetição, recursos semânticos;
• Variações linguísticas;• elementos semânticos;• Adequação da fala ao
contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.)
• diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS: 1ª – 2ª – 3ª SÉRIES
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.*Devido a amplitude do trabalho com o gênero discursivo , o professor poderá elencar os que achar pertinentes a cada turma/série, tendo como referência os seguintes gêneros:
bilhetes;carta pessoal;comunicado;curriculum vitae;músicas;piadas; receitas;diário;
relatos de experiências vividas;biografias;autobiografia;contos;diálogo/ discussão argumentativa;contos de fadas;crônicas de ficção;histórias em quadrinhos;lendas;narrativas de: aventura, enigma, ficção científica,, humor, terror, fantásticas, míticas;paródias;pinturas;poemas;romances;textos dramáticos;exposição oral;ata;debate regrado;júri simulado;palestra;relatório;texto de opinião;artigo de opinião;carta ao leitor;carta do leitor;editorial;manchete;mesa redonda;reportagens;resenha crítica;sinopses de filmes;pesquisas;resenha;resumo;semináriostexto argumentativo;anúncios;cartazes;comercial para TV;slogan;publicidade comercial;publicidade institucional;texto político;abaixo-assinado;carta de emprego;carta de reclamação;
carta de solicitação;fórumcartum;charge;classificados;crônica jornalística;notícias;entrevista;e-mail;bulas;manual técnico;regras de jogo;rótulos / embalagens;desenho animado;chat;torpedos;
LEITURA
conteúdo temático;interlocutor;finalidade do texto;intencionalidade to texto;argumentos to texto;contexto de produção;intertextualidade;vozes sociais presentes no texto;discurso ideológico presente no texto;elementos composicionais do gênero;contexto de produção da obra literária;relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem;marcas linguísticas: coesão, coerência, pontuação, recursos gráficos, funções das classes gramaticais no texto, figuras de linguagem;Progressão referencial;partículas conectivas do texto.
ESCRITA
conteúdo temático;contexto de produção;interlocutor;intencionalidade do texto;informatividade;
intertextualidade;vozes sociais presentes no texto;ideologia presente no texto;elementos composicionais do gênero;relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto ;referência textual;progressão referencial;marcas linguísticas: coesão, coerência, pontuação, recursos gráficos, funções das classes gramaticais no texto, figuras de linguagem.Vícios de linguagem;semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem;sintaxe de concordância;sintaxe de regência.
ORALIDADE
conteúdo temático;finalidade;argumentos;papel do locutor e interlocutor;elementos extralinguísticos: entonação, pausa, gestos, etc.;adequação do discurso ao gênero;turnos de fala;marcas linguísticas: coesão, coerência,gírias, repetição, recursos semânticos;Variações linguísticas;elementos semânticos;Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.)diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
OBJETIVO GERAL: Desenvolver gradativamente no aluno a capacidade de atender às
diversas demandas sociais comunicativas (escuta e fala), no sentido da adequação às
condições de produção: nível de formalidade, assunto, objetivo e interlocutores.
CONTEÚDOS/SÉRIE 1ª 2ª 3ª• Relatos e descrição (experiências pessoais, histórias familiares
da comunidade, brincadeiras, acontecimentos, eventos, textos lidos (literários ou informativos), programas de TV, filmes entrevistas, programas radiofônicos etc.);
X X X
• Argumentar sobre assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas, contemporâneas, filmes, programas, etc.;
X X X
• Narrar e criar (histórias, quadrinhas, piadas, charadas, adivinhações, dramatizações, musicalizações);
X X X
v) No que se refere a fala:• Clareza na exposição de idéias;
X X X
• Seqüência na exposição de idéias X X X• Objetividade na exposição de idéias X X X• Consistência argumentativa na exposição de idéias X X X• Percepção dos diferentes modos de falar nas diversas situações
de interlocução, observando os aspectos, dicção, gestos e postura, diante de deferentes interlocuções, percebendo as variações lingüísticas;
X X X
• Argumentas criticamente diante das intenções do enunciador aderindo ou recusando as posições ideológicas sustentadas no discurso;
X X X
• Planejar a fala em função das exigências das situações comunicativas (intencionalidade do locutor falante, das características do ouvinte, das exigências da situação e dos objetivos estabelecidos);
X X X
w) No que se refere a fala do outro:• Reconhecer as intenções e objetivos;
X X X
• Julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, da clareza e consistência argumentativa;
X X X
• Discutir charges, matérias de revistas e de jornal, livros e textos lidos que reflitam à condição do negro no mercado de trabalho e nas mais diversas situações de interação social;
X X X
• Analisar o conceito de cultura visual vinculando-a às estratégias de manutenção do racismo, facilitando a compreensão do assunto, recorrendo a exemplos cotidianos que constituam ou reforcem imagens negativas da população negra;
X X X
• Comparar imagens que desumanizam com as imagens que propõem uma identidade positiva do corpo negro, extraindo daí reflexões que ajudem a reorientar o olhar;
X X X
• Escuta da fala do outro compreendendo o silêncio como parte da interação e respeitando os diferentes modos de falar;
X X X
• Compreensão e análise das mensagens ouvidas, ponderando e questionando para formular seu próprio conceito e opinião;
X X X
• Escuta de diversos textos, participando de situações comunicativas como: leitura dramatizada, palestras, peças teatrais, simulação de programa de rádio, TV, etc.;
X X X
x) No que se refere ao domínio da norma padrão:• Concordância verbal e nominal;
X X X
• Regência verbal e nominal; X X X• Conjugação verbal; X X X• Emprego de pronomes, advérbios, conjunções, etc; X X X
A representação dos conteúdos é inevitável e necessária e a ela devem corresponder
sucessivos aprofundamentos das dimensões discursivas e lingüísticas. O grau de
complexidade que será utilizado, em cada série, é o que irá diferencia-las, adequando-as ao
nível de conhecimento das turmas.
PRÁTICA DE LEITURAS DE TEXTOS
OBJETIVO GERAL: desenvolver a leitura pelo método recepcional de forma que se
ampliem os horizontes de expectativas do aluno como leitor que domina a língua enquanto
código/sistema. Ler e compreender os subentendidos, os discursos, a presença do outro e
sua intenção que capacita ao exercício da cidadania.
CONTEÚDOS/SÉRIE 1ª 2ª 3ª• Prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e
longos;X X X
• Entender a progressão temática e o encadeamento do texto; X X X• Trabalhar a leitura e a compreensão de tabelas e gráficos que
retratem a situação do negro no mercado de trabalho e seu acesso à universidade;
X X X
• Perceber elementos próprios de cada gênero que auxiliem a compreensão do texto;
X X X
• Inferir idéias implícitas para a compreensão textual; X X X• Identificar os diferentes textos orais e escritos, inclusive os
veiculados pelos meios de comunicação, sua formalidade e intenções do autor;
X X X
• Observar e identificar as diferentes tipologias textuais (literários, de imprensa, de divulgação científica, publicitário, lúdicos, instrucionais, midiáticos) que se distinguem do falar cotidiano;
X X X
• Articular elementos lingüísticos a outros de natureza não-verbal (gestos, expressões faciais, postura corporal e imagens visuais) no reconhecimento de intenções, valores e preconceitos veiculados nos discursos;
X X X
• Identificar as várias vozes do discurso e o ponto de vista que determina o tratamento dado ao conteúdo;
X X X
• Identificar elementos que estruturam o texto narrativo (episódios, personagens e modos de relaciona-las e apresenta-las; características de personagens/ambientes. Modos de ordenar o tempo; pessoas do discurso;
X X X
• Observar a progressão temática em função das marcas de segmentação textual;
X X X
• Observar a progressão temática em função das características das seqüências predominantes (narrativa, argumentativa, descritiva, conversacional, expositivas) e de algumas especificidade no interior das tipologias textuais;
X X X
• Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos);
X X X
• Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação;
X X X
• Identificar is efeitos produzidos por recursos lingüísticos e gráficos (pontuação, desenhos, figuras balões, marcadores temporais, predominância de determinada classe gramatical, vocabulário e outros) na caracterização do texto analisado;
X X X
• Elaborar manchetes, anúncios e notícias utilizando palavras de origem africana;
X X X
• Trabalhar com textos que apresentem ilustrações positivas de personagens negras, cujos textos remetem ao universo cultural africano e afro-brasileiro;
X X X
A representação dos conteúdos é inevitável e necessária e a ela devem corresponder
sucessivos aprofundamentos das dimensões discursivas e lingüísticas. O grau de
complexidade que será utilizado, em cada série, é o que irá diferencia-las, adequando-as ao
nível de conhecimento das turmas.
PRÁTICA DE PRODUÇÃO DE TEXTO ESCRITO (VERBAIS E NÃO-VERBAIS,
FICCIONAIS E NÃO-FICCIONAIS
OBJETIVO GERAL: Desenvolver a escrita dominando a língua enquanto sistema e o
sentido de letramento, no aspecto discursivo eu o capacita ao exercício de sua cidadania e
ao reconhecimento da presença do interlocutor e as circunstâncias da produção.
CONTEÚDOS/SÉRIE 1ª 2ª 3ª• Produzir e reproduzir textos individuais e coletivos, observando
a ordem cronológica dos fatos e o assunto tratado, narrando histórias, descrevendo personagens, cenários e objetos;
X X X
• Produzir textos jornalísticos – notícias -, utilizando elementos adequados à composição (o fato, a personagem protagonista, o espaço e o tempo do fato, as suas causas e conseqüências e o
X X X
ponto de vista de quem escreve);• Produzir textos jornalísticos de caráter opinativo, utilizando
elementos adequados à composição (tema e modo de relacioná-lo e de organizá-lo ; narrador, seu ponto de vista em relação ao tema; argumentos que fundamentam a opinião do autor e a conclusão;
X X X
• Empregar elementos na escrituração de textos argumentativos (tema, objetivos do autor, procedimentos argumentativos e conclusões);
X X X
• Empregar na utilização de textos poéticos (idéias ou elementos centrais da construção; recursos verbais de construção ou de semântica; recursos sonoros, rítmicos e visuais, figuras de linguagem);
X X X
• Pesquisar palavras de origem africana usadas em seu cotidiano. Entrevistar pessoas de sua comunidade sobre os usos e significados das palavras;
X X X
• Produzir cartas comerciais, ofícios e currículos, observando a função do texto e situação de uso; elementos da linguagem técnica e aspectos formais;
X X X
• Empregar recursos que marcam temporalidade e causalidade, substituições léxicas, regência verbal, concordância nominal.
X X X
• Produzir textos considerando o destinatário, sua finalidade, características do gênero e do suporte, os lugares preferenciais de circulação e os papéis assumidos pelos interlocutores (bilhete, carta, cartão, e-mail, diário, relatório, regras de jogo, poema, música, quadrinhas e versos);
X X X
• Criar outras versões de uma história, descrevendo personagens e objetos, parodiando poemas e músicas, compondo quadrinhas e versos, interpretando gravuras, propagandas e elaborando cartazes;
X X X
• Realizar escolhas estilísticas de elementos lexicais, figurativos e ilustrativos adequados às condições de produção;
X X X
• Empregar recursos coesivos oferecidos pelo sistema de pontuação; conetivos adequados à linguagem escrita; expressões que marcam a temporalidade e causalidade; substituições lexicais; manutenção do tempo verbal, etc;
X X X
• Empregar mecanismos discursivos e lingüísticos de coerência e coesão nas produções textuais (manutenção da continuidade do tema e ordenação de suas partes, seleção adequada ao eixo temático, repetição, retomadas relevância dos tópicos e das informações em relação ao tema e ao ponto de vista assumido; força dos argumentos), conforme o gênero e os propósitos do texto;
X X X
• Identificar e corrigir, no texto produzido, inadequações de ordem morfossintáticas (manutenção do tempo verbal – presente,
X X X
passado e futuro; emprego de pronomes; flexão/concordância nominal e verbal) para a manutenção da coerência e da coesão textual;
• Observar as inadequações de ordem fonológica (acentuação, ortografia e divisão silábica) e utiliza-las como referencial para solução de problemas na refacção textual;
X X X
• Identificar inadequações nas relações entre forma e sentido do texto e empregar recursos expressivos (como ênfase, pontuação), para correção e manutenção da coerência e da coesão do texto;
X X X
• Descrever os fatos relevantes de ordem socioeconômica e de natureza lingüística que favoreceram a interferência de línguas africanas na língua portuguesa no Brasil;
X X X
• Identificar os povos africanos que mais, influenciaram a língua portuguesa no Brasil;
X X X
• Explicar por que a pronúncia do português brasileiro é diferente de Portugal;
X X X
• Reconhecer os aportes africanos correntes no português do Brasil, ou seja, palavras de origem africana que foram incorporados à língua portuguesa;
X X X
• Pesquisar o trabalho do negro em toda a sua dimensão social e a sua produção artística;
X X X
• Perceber como se estabelecem relações significativas entre elementos e orações do texto (proposição e conjunção) no processo de refração textual;
X X X
• Selecionar e empregar palavras adequadas em função do tipo de produção (oral e escrita), da finalidade social do texto e do nível de formalidade desejado;
X X X
• Reescrever parágrafos, transformando, reagrupando e estabelecendo conexões entre as orações do texto, garantindo a coerência e a coesão textual;
X X X
• Reconhecer a variação intrínsica ao processo lingüístico que se manifesta na fonética (diferentes pronúncias), no léxico (diferentes empregos de palavras), na morfologia (variantes e reduções no sistema flexional e derivacional), na sintaxe (estruturação das sentenças e concordância);
X X X
• Empregar palavras adequadas a certas condições históco-sociais (regionalismos, estrangeirismos, arcaísmos, neologismos, jargões, gírias);
X X X
A representação dos conteúdos é inevitável e necessária e a ela devem corresponder
sucessivos aprofundamentos das dimensões discursivas e lingüísticas. O grau de
complexidade que será utilizado, em cada série, é o que irá diferencia-las, adequando-as ao
nível de conhecimento das turmas.
LITERATURA
Conteúdos estruturantes:
OBJETIVO GERAL: Valorizar o texto literário enquanto obra de arte, através da estética
da recepção. Formar um leitor que busque a produção de sentidos como co-autor do texto,
entendendo sua criação e os registros de linguagem presentes na obra.
CONTEÚDOS/SÉRIE 1ª 2ª 3ªFunções de linguagem: • Observar as várias manifestações do discurso dependendo da
situação dos interlocutores, de suas intenções etc.;
X
• Caracterização dos gêneros textuais em obras literárias no uso ideológico da língua nas estruturas de coesão textual;
X
• A arte, manifestação artística como visão do mundo em transformação;
X X X
• Literatura como arte (criação) da palavra; X• Gêneros literários (narrativo, épico, lírico e dramático); X• A história dos gêneros; X• A discussão atual sobre a questão dos gêneros; X• A poesia épica e lírica; X• O épico contemporâneo; X• O lirismo no dia-a-dia; X X X• Poesia na música popular brasileira; X X X• A linguagem poética; A arrumação das palavras: exploração do
signo lingüístico no texto poético, denotação, conotação, figuras de linguagem, etc;
X X X
• Origem da Literatura Brasileira; X X X• Visualizar o conjunto de escolas literárias e a percepção da
evolução histórica;X X X
• As origens – A literatura do século XI ao XVI (A lira trovadoresca; A prosa medieval; O humanismo; O classicismo português; Painel sobre o Renascimento);
X
• O teatro dramático enquanto literatura; X• Quinhentismo; X• A produção literária do século XVI como valor exclusivamente
documental;X
• A crônica informativa; X• A crônica na imprensa; X
• Cronistas atuais; X X X• Barroco brasileiro; X• Arcadismo brasileiro; X• Romantismo – poesia e prosa; X• Realismo, Naturalismo e Parnasianismo; X• Simbolismo; X• O negro na literatura; X X X• O negro: do romantismo à contemporaneidade; X• As vanguardas artísticas européias e o Modernismo no Brasil; X• O pré-modernismo; X• Semana de Arte Moderna; X• A primeira geração modernista brasileira; X• O malandro na literatura – O anti – herói como crítica do
mundo;X
• A segunda geração modernista brasileira: poesia; X• O romance da geração de 30; X• O Pós-Modernismo; X• A literatura como denuncia e como história; X• Tropicalismo – A contra cultura e a literatura; X• Literatura e Rock – painel de algumas linhas da música “pop”; X X• Produções contemporâneas; X
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O papel do professor de Língua Portuguesa e Literatura é o de aprimorar as
possibilidades do domínio discursivo na oralidade, na leitura e na escrita, para que os
educandos compreendam e interfiram nas relações de poder, em relação ao pensamento e às
práticas de linguagens imprescindíveis ao convívio social.
Para que os alunos possam desvelar a verdade na língua, é necessário que se lhes
sejam possibilitados o entendimento do poder configurado pelas diferentes práticas
discursivas – sociais, sua emancipação e autonomia em relação a essas práticas.
De modo especial, do Ensino Médio, espera-se que o educando seja capaz de
inserir-se nas diferentes esferas sócias, além de estar apto a buscar vagas no Ensino
Superior, conquistando espaços no mundo do trabalho e que supere a dicotomia estrutural
desse nível de ensino.
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação e em conformidade com as características da escola e turma. O desenvolvimento
das atividades será pautado nos 3 eixos que estruturam o ensino da Língua Portuguesa:
leitura, escrita e oralidade, após constatação das condições que cada aluno lê, interpreta e
produz, o professor orientará a eleger critérios de re-estruturação do texto produzido,
esperando que o aluno assuma o discurso.
Durante a realização da produção de texto do aluno, enfatizar-se-ão as diferentes
possibilidades de organização da produção: planejamento, escrita e a adequação do texto
aos seus objetivos.
Práticas de leitura: Entende-se que a leitura seja um processo de produção que
se dá a partir de interações sociais ou relações dialógicas que ocorrem entre o
texto e o leitor. Faz-se necessário valorizar os conhecimentos prévios do leitor
que lhes permitam fazer previsões e interferências sobre o texto, pois ele
constrói o texto, estabelecendo interrelações entre os mesmos.
A leitura deve ser experienciada desde a alfabetização e segundo Lajolo
(1982), seu ato torna-se mais complexo quanto mais amadurecido estiver o leitor e
maior qualidade estética tiver o texto.
O professor deve inserir textos nos seus diversos tipos e níveis literários,
informativos, publicitários, dissertativos, leituras de gibis, jornais, apreciação de
filmes, visitas à bibliotecas, excursões e museus, trabalhos e exposições, e-mail,
etc., que permitam ao aluno aprimorar a reflexão e fazer proliferar o pensamento,
além de oportunizar o contato com textos literários que permitam ao leitor escapar
do realismo midiático movimentando-se pelo tempo do imaginário.
Prática da escrita: Para Kramer (1993), somente sendo autor o aluno interage e
penetra na escrita viva e real, feita na história.
Deve-se promover o contato do aluno com a produção escrita em seus diferentes
tipos e modalidades, a partir das experiências sociais, individuais e/ou coletivas, vividas
pelo educando permitindo-lhe ampliar o próprio conceito de gênero discursivo.
A Língua é o meio e o suporte de outros conhecimentos, o que torna o professor da
disciplina um agente eficaz e propiciador das relações inter e multidisciplinares e, por isso
deve ser oferecido aos alunos uma diversidade textual de gêneros relacionados às atividades
sociais onde os mesmos estão inseridos. Assim, haverá motivação para a produção do texto,
o da reflexão que precede e acompanha a produção, o da revisão, reestruturação e reescrita
do texto.
Prática da oralidade: O ambiente escolar permite várias possibilidades de
trabalhos que podem ser desenvolvidos em situações reais de uso da fala e na
produção de discursos nos quais o aluno é sujeito do processo interativo.
Assim, a escola deve ser democrática de forma a garantir a socialização do
conhecimento e acolher os alunos, independentemente da origem linguística
que ele tem e usa para expressar-se e compreender o mundo.
Considerando-se que ao chegar à escola, o aluno já domina uma oralidade
adquirida no seu grupo social através das cantigas, narrativas, causos ouvidos, pela mídia,
etc., então cabe a ela promover situações que incentivem o educando a falar, mesmo que
use a variedade linguística empregada em suas relações sociais.
Para tanto, deve-se propiciar e promover atividades que possibilitem ao
aluno falar cada vez mais com competência e seja capaz de compreender e organizar
diferentes discursos, organizando-os de forma clara, coesa e coerente.
Ao planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade, como debates,
exposições, relatos, entrevistas, etc., o professor deve usar a variedade linguística padrão
para que os alunos percebam a necessidade desse uso em determinados contextos sociais
mesmo que, em situações normais, possam usar o dialeto que lhe é peculiar.
AVALIAÇÃO
É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja um
processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno
ao longo do ano letivo.
Desta forma, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor utilizará a
observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou
objetivo.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de
aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades,
possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor e
ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias para
que os alunos aprendam e participem mais das aulas.
Para garantir o processo contínuo e formativo da aprendizagem, o professor
utilizará da diversidade de instrumentos avaliativos que enfocarão os eixos:
Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes
interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de ideias,
numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala são diferentes e
isso deve ser considerado numa análise da produção oral. Assim, o professor verificará a
participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor
suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação que apresenta ao defender seus pontos
de vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos orais com os quais
convive, como: noticiários, discursos políticos, programas televisivos, e de suas próprias
falas, formais ou informais, tendo em vista o resultado esperado.
Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a compreensão do
texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos, relações de causa e
consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de posicionamentos ideológicos no
texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das
informações tanto explícitas quanto implícitas, o argumento principal, entre outros.
É importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa os conhecimentos prévios; se
compreende o significado das palavras desconhecidas a partir do contexto; se faz
inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte textual. Tendo em vista o
multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de se colocar diante do texto, seja
ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc. Não é demais lembrar que é
importante considerar as diferenças de leituras de mundo e o repertório de experiências dos
alunos, avaliando assim a ampliação do horizonte de expectativas. O professor pode propor
questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar a
reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca
como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de
sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos
seus aspectos discursivo-textuais, verificando: a adequação à proposta e ao gênero
solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto exigido, a elaboração de
argumentos consistentes, a coesão e coerência textual, a organização dos parágrafos. Tal
como na oralidade, o aluno deve se posicionar como avaliador tanto dos textos que o
rodeiam quanto de seu próprio. No momento da refacção textual, é pertinente observar, por
exemplo: se a intenção do texto foi alcançada, se há relação entre partes do texto, se há
necessidade de cortes, devido às repetições, se é necessário substituir parágrafos, ideias ou
conectivos.
Análise Linguística: é no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta em todos os
seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática pedagógica, os
elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser avaliados sob uma
prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem compreender esses elementos no
interior do texto. Dessa forma, o professor poderá avaliar, por exemplo, o uso da linguagem
formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo
uso de recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores
argumentativos e modalizadores, bem como as relações semânticas entre as partes do texto
(causa, tempo, comparação, etc.). Uma vez entendidos estes mecanismos, os alunos podem
incluí-los em outrasoperações linguísticas, de re-estruturação do texto, inclusive.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados
continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refletem
sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permitem o aperfeiçoamento
linguístico constante, o letramento.
O trabalho com a língua oral e escrita supõe uma formação inicial e continuada que
possibilite ao professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, na
condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação pedagógica
e que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário aprofundamento teórico.
REFERÊNCIAS
AGUIAR, V.T. De B., M. da G., “Literatura: a formação do leitor – alternativas
metodológicas.” Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.
ANDRADE, C. A “Um novo movimento no ensino da língua portuguesa.” In: FAZENDA,
I. (org.) “A academia vai à escola.” Campinas: Papirus, 1995.
ANTUNES, I, “Aula de português: encontro & interação.” São Paulo: Parábola Editorial,
2003.
BAGNO, M. “A norma oculta: língua e poder na sociedade.” São Paulo: Parábola, 2003.
Bakthtin Mikail Marxismo e filosofia da linguagem. 6 ed. Tradução de Michel e Yara
Vieira. São Paulo: Hucitec, 1992.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Fudamental/Médio.
FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua
organização.
GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: Geraldi, João W
(org). O texto na sala de aula. 2 ed. São Paulo: Ática, 1997.
KRAMER, S. “Alfabetização, leitura e escrita.” São Paulo: Ática, 2004.
OSAKABE, Haquira. FREDERICO, Enid Yatsuda. PCNEM – Literatura. Análise Crítica.
In: MEC/SEB/ Departamento Políticas de Ensino Médio, Orientações Curriculares do
Ensino Médio. Brasília, 2004
Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa/Brasília, 1997.
SUASSUNA, L. “Ensino de Língua Portuguesa: uma abordagem pragmática.” Campinas:
Papirus, 1995.
MATEMÁTICA
Ementa
A Matemática é um saber dinâmico, construído historicamente propiciando ao aluno
uma visão de mundo, suas opções diante da vida, da história e do cotidiano. Portanto, nos
leva a pensar na sociedade em que vivemos e não apenas nos aspectos pedagógicos e
cognitivos da produção do conhecimento e habilidades matemáticas de memorização.
Faz-se necessário que o professor articule o processo pedagógico desenvolvendo
estratégias que possibilitem ao educando atribuir sentido e significado às ideias
matemáticas, tornando-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar,
ampliando as oportunidades de acesso ao conhecimento e, portanto, da participação social
mais ampla do cidadão.
Histórico e Concepções Gerais
Os povos das antigas civilizações desenvolveram conhecimentos matemáticos
rudimentares que compõem a Matemática que se conhece hoje.
De acordo com a literatura da História da Matemática, por volta de 2000 a.c., os
babilônicos fizeram as primeiras considerações e registros matemáticos feitos pela
humanidade, a partir de observações resultantes da capacidade humana de reconhecer
configurações físicas, comparar formas, tamanhas e quantidades.
Como ciência, a Matemática surgiu na Grécia, nos séculos VI e V a.c., com
registros de regras, princípios lógicos e exatidão de resultados e preocupações iniciais sobre
a importância, o papel da Matemática e na formação de pessoas. Por volta do século VII
a.c., ainda de forma abstrata e distanciando-se das questões práticas, ela foi inserida no
contexto escolar, sendo ensinada com base nos conhecimentos de artimética, geometria,
música e astronomia, adquirindo um caráter intelectual e valor científico.
No final do século XIX e início do século XX, houve uma preocupação pedagógica
em relação ao ensino da Matemática, transferindo à prática docente os ideais e exigências
advindas do século anterior.
Com a instalação de fábricas e indústrias nas cidades surge um novo cenário sócio-
político-econômico que, juntamente com as ciências modernas, exigiu nova produção de
bens materiais, aumentando a população urbana, o surgimento de uma nova classe
trabalhadora e, com ela, a necessidade de discutir seus interesses ligados à educação.
Matemáticos tornam-se professores buscando fundamentações nas teorias matemáticas, em
estudos psicológicos, filosóficos e sociológicos, iniciando-se um movimento de renovação
do ensino da Matemática. Surgem, então, as primeiras discussões sobre a Educação
Matemática, com ideias básicas na unificação das disciplinas que abordavam conteúdos
matemáticos explorando o caráter didático e pedagógico do seu ensino.
Entre 1900 e 1914, essas ideias chegaram ao Brasil através do Imperial Colégio D.
Pedro II, no Rio de Janeiro.
Em 1931, com a Reforma Francisco Campos, a tendência escolanovista, orientou a
formulação da metodologia do Ensino da Matemática que norteou a produção de diversos
materiais didáticos e a prática de muitos professores de Matemática no Brasil. Nessa
tendência, o estudante era considerado o centro e, o professor, o orientador da
aprendizagem.
Até o final da década de 1950, no Brasil, o ensino da Matemática baseou-se na
tendência formalista clássica, que priorizava o desenvolvimento do pensamento lógico-
dedutivo e a aprendizagem centrava-se no professor e no seu papel de transmissor e
expositor do conteúdo, enquanto o ensino consistia na memorização e na repetição precisa
de raciocínio e procedimentos.
Após a década de 1950, surge a tendência formalista moderna. Valorizou-se a lógica
estrutural das ideias matemáticas, ocorrendo mudanças significativas, acreditando-se que o
rigor e a precisão da linguagem matemática facilitaria o seu ensino, porém isso não ocorreu
e fortaleceu as discussões no campo da Educação Matemática.
Em 1964, com o regime militar, oficializou-se a tendência tecnicista, marcante na
década de 1970, com a finalidade de preparar o indivíduo para ser útil e servir ao sistema de
produção capitalista. Essa tendência centrava-se nos objetivos instrucionais e nas técnicas
de ensino, os conteúdos eram organizados por especialistas em kits de ensino, em livros
didáticos, manuais, jogos pedagógicos e recursos audiovisuais.
Nas décadas de 1960 e 1970, surge a tendência construtivista, onde o conhecimento
matemático resultava das ações interativas e reflexivas do educando no ambiente ou nas
atividades pedagógicas, enfatizando-se mais o processo que o produto do conhecimento. A
interação professor-aluno e a produção individual era um momento de interiorização das
ações e reflexões coletivas, sendo a Psicologia o núcleo central da orientação pedagógica.
Com a ineficiência do Movimento Modernista, surge a tendência socioetnocultural,
valorizando aspectos socioculturais, baseando-se na Etnomatemática. O conhecimento
matemático era visto como saber prático, relativo e não-universal e dinâmico, produzido
histórico-culturalmente nas diferentes práticas sociais, podendo ou não aparecer
sistematizado. Na relação professor-aluno privilegiava-se a troca de conhecimentos entre
ambos, de acordo com a iniciativa e problemas significativos no contexto cultural do
educando.
Na década de 1980, a tendência histórico-crítica trata a Matemática como um saber
vivo e dinâmico, construído historicamente para atender as necessidades sociais e teóricas.
A aprendizagem Matemática consiste em criar estratégias que possibilitem ao aluno atribuir
sentido e dar significado às ideias matemáticas, tornando-o capaz de estabelecer relações,
justificar, analisar, discutir e criar. O professor é o articulador do processo pedagógico, da
visão do mundo do aluno, das suas opções diante da vida, da sua história e do seu cotidiano.
Com a reconstrução do 2º Grau, em 1988, o ensino da Matemática passou a ser visto
como instrumento para a compreensão, a investigação, a interrelação com o ambiente e
como agente de modificações do indivíduo, proporcionando-lhe discernumento político e
não apenas o acúmulo de conhecimento técnico.
Em 20 de dezembro de 1996, aprovou-se a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional nº 9394 e novas interpretações foram dadas ao Ensino da Matemática. Permitiu-se
à escola, maior autonomia para trabalhar seu Projeto Político Pedagógico, adequando o
ensino brasileiro às transformações do mundo do trabalho, porém, a concepção político-
pedagógica dessa Lei é insuficiente para proporcionar uma visão histórico-crítica no
ensinamento dos conhecimentos matemáticos.
A partir de 1998, através dos Parâmetros Curriculares Nacionais distribuídos pelo
MEC, estabeleceu-se uma concepção neoliberal de homem, de mundo e de sociedade.
Porém, para o Ensino Médio, os PCN's são pouco orientados nas tendências metodológicas
em educação matemática e nas avaliações enfocando as práticas docentes em competências
e habilidades, direcionando as aplicações matemáticas à vida prática e minimizando seu
valor científico.
Através de discussões coletivas entre professores atuantes em sala de aula nos
diferentes níveis e modalidades de ensino, educadores dos Núcleos Regionais e das equipes
pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação, constituiu-se as Diretrizes Curriculares,
as quais resgatam importantes considerações teórico-metodológicas para o ensino da
Matemática. Essas diretrizes preveem a formação de um estudante crítico, capaz de agir
com autonomia nas suas relações pessoais através da apropriação dos conhecimentos
matemáticos.
Objetivos
- Desenvolver e aplicar conhecimentos matemáticos em situações presentes no real
que possibilitem ao aluno a compreensão e leitura do mundo.
- Estabelecer as conexões existentes entre diferentes tópicos da matemática e
aplicando-os em outras áreas do conhecimento.
- Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas como tabelas, gráficos;
diagramas presentes em seu dia a dia.
- Compreender conceitos matemáticos que permitirão a formação científica do aluno,
auxiliando-o na interpretação da ciência.
- Formar um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais,
ampliando seu conhecimento e contribuindo para o desenvolvimento da sociedade.
Conteúdos:
1. Conjuntos Numéricos:
1.1 - Números naturais e números inteiros;
1.2 - Divisibilidade;
1.3 - Números primos e compostos; máximo divisor comum e mnínimo múltiplo comum;
1.4 - Números racionais e irracionais, operações e propriedades. Ordem, valor absoluto,
desigualdades e intervalos no conjunto dos números reais; representação decimalo de
frações ordinárias;
2. Teoria dos Conjuntos:
2.1 – Conceito de conjunto;
2.2 – Subconjuntos;
2.3 – Representações de conjuntos;
2.4 – Operações entre conjuntos.
3. Funções
3.1 - Noção de função; construção de funções; funções crescentes e decrescentes;
3.2 – Domínio, conjunto-imagem e gráfico; translação gráfica;
3.3 – Funções injetoras, sobrejetoras, bijetoras, função par e função impar;
3.4 – Tipos de funções: polinomial do 1º Grau, modular, quadrática, exponencial e
logarítma;
3.5 – Máximos ou mínimos da função quadrática;
3.6 – Operações com funções: adição, multiplicação por número real, produto, quociente,
composição e inversão;
3.7 – Equações e inequações exponenciais e logarítmas;
4 . Progressão aritmética e progressão geométrica:
4 1 – Noções de sequências numéricas;
4.2 – Progressões aritméticas: fómula do termo geral de uma progressão aritmética;
interpolação aritmética; soma dos termos de uma progressão aritmética;
4.3 – Progressões geométricas; fórmula do termo geral de uma progressão; soma dos
termos de uma progressão geométrica finita; soma dos termos de uma progressão
geométrica infinita;
5. Geometria Euclidiana Plana:
5.1 – Ângulos: propriedades e medidas;
5.2 – Congruência de figuras geométricas; congruências de triângulos; os casos clássicos de
congruência.
5.3 – O postulado das paralelas; duas paralelas cortadas por uma transversal; feixe de
paralelas cortadas por transversais; Teorema de Tales; semelhança de triângulos.
5.4 – Relações trigonometricas no triângulo retângulo;
5.5 – Relações métricas no triângulo retângulo; poligonos regulares; circunferência e
círculo; Teorema de Pitágoras;
5.6 – Área de triângulos e de quadriláteros; área de polígonos regulares; área do circulo e
do setor circular.
2ª série
1. Trigonometria
1.1 - Arcos e Ângulos: medidas em graus e em radianos; relações de conversão;
1.2 – Funções trigonométricas: domínio, conjunto-imagem, gráficos, período e paridade;
cálculo dos valores das funções trigonométricas em ângulos notáveis;
1.3 – Identidades trigonométricas fundamentais; fórmulas de adição, subtração, duplicação
e bissecção de arcos; transformações de somas de funções trigonométricas em produtos;
1.4 – Lei dos senos e lei dos cossenos; resolução de triângulos;
1.5 – Equações trigonométricas e inequações trigonométricas.
2. Matrizes, Determinações e Sistemas Lineares
2.1 – Conceito e elementos características de uma matriz; adição e multiplicação de
matrizes; multiplicação de número por matriz; conceito e cálculo da inversa de uma matriz
quadrada;
2.2 – Determinante de uma matriz quadrada; propriedades e aplicações;
2.3 – Sistemas lineares; regras de Cramer;
2.4 – Matrizes associadas a um sistema de equações lineares;
2.5 – Resolução e discussão de um sistema linear;
3. Análise Combinatória, Probabilidades Matemática Financeira
3.1 – Razões e proporções; divisão proporcional; regras de três simples e compostoas
3.2 – Porcentagens; média aritmética (simples e ponderada), média geométrica.
3.3 – Juros simples e compostos;
3.4 – Problemas de contagem;
3.5 – Combinações; arranjos simples; permutações simples e com repetições; binômio de
Newton;
3.6 – Conceito de probabilidade e de espaços amostrais; resultados igualmente prováveis;
3.7 – Probabilidade da união e da intersecção de dois eventos em espaços amostrais finitos;
3.8 – Probabilidade condicional e eventos independentes;
3.9 – Noções de estatística; frequência absoluta; medidas de tendências central (média,
mediana e moda);
3.10 – Interpretação de gráficos e tabelas.
3ª série
1. Geometria Analítica
1.1 – Coordenadas cartesianas; equações e gráfico; distância entre dois pontos;
1.2 – estudo da equação da reta; coeficiente angular (inclinação ou declivide de uma reta);
coeficiente linear; reta na forma geral; reta na forma segmentária; intersecção de retas; retas
paralelas e perpendiculares; feixe de retas; distância de um ponto a uma reta; área de um
triângulo.
1.3 – Equação da circunferência; tangentes a uma circunferência; condição para que uma
dada equação represente uma circunferência; identificação do raio e do centro de uma
circunferência;
2. Números complexos
2.1 – Conceito e operações fundamentais;
2.2 – Representação algébrica e polar.
3. Números complexos
3.1 – Conceitos; grau e propriedades fundamentais;
3.2 – Identidade de polinômios; adição, subtração, multiplicação e divisão de polinômios;
3.3 – Raízes reais e complexas de polinômios.; algoritmo de Briot-Ruffini;
3.4 – Faloração; produtos notáveis e resto da divisão de um polinômio por x mais ou menos
a .
4. Equações Algébricas
4.1 – Definições; conceito de raiz; multiplicidade de raízes;
4.2 – Teorema Fundamental da Álgebra; decomposição de um polinômio em fatores
irredutíveis (do 1º e 2º Graus);
4.3 – Relação entre coeficientes e raízes; pesquisa de raízes racionais; raízes reais e
complexas.
5. Geometria Euclidiana Espacial
5.1 – Retas e planos no espaço; paralelismo e perpendicularismo de retas e de planos; retas
reversas;
5.2 – Prismas; pirãmides e respectivos troncos; cálculo de áreas e de volumes;
5.3 – Poliedros convexos; fómula de Euler;
5.4 – Cilindro, cone, tronco de cone, esfera; cálculo de áreas e de volumes.
Metodologia
A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes e que apenas o
conhecimento da Matemática e a experiência do Magistério não garantem competência a
qualquer profissional que nela trabalhem (Lorenzato e Fiorentini, 2001).
Os objetivos básicos da Educação Matemática visam desenvolvê-la como campo da
investigação, produção do conhecimento científico e a melhoria da qualidade científica,
esperando-se que o aluno construa valores e atitudes de natureza diversa, formando
integralmente o ser humano, o cidadão e o homem público. Espera-se, através do Ensino da
Matemática, a formação de um estudante crítico e capaz de agir com autonomia nas suas
relações sociais.
A prática docente não deve ser autoritária, ao contrário, a relação professor-aluno
deve ser reflexiva, abrindo-se espaço para discussões voltadas à cognição do educando e à
relevância social do ensino da Matemática como atividade humana em construção. Então,
para que o ensino da Matemática influencie na formação do pensamento humano e na
produção de sua existência por meio das ideias e das tecnologias, a construção do
conhecimento matemática deve ser tratado sob uma visão histórica de forma que os
conceitos serão apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos. Para isso, o professor
deve analisar criticamente os pressupostos ou ideias centrais do currículo e potencializar
meios para superar os desafios pedagógicos, possibilitando aos estudantes condições de
constatarem regularidades matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem
adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas de
conhecimento, conduzindo-os a analisar, apropriar-se de conceitos e formular ideias.
O professor poderá fazer uso de recursos metodológicos variados, como:
resolução de problemas, jogos, recursos tecnológicos, modelagem matemática,
etnomatemática, história da matemática, desenvolvimento de projetos, propor questões para
estimular os alunos a refletirem sobre seus pensamentos e argumentações, tomando sempre
o cuidado de encaminhar seus conteúdos de forma que construa o conhecimento
matemático e se atenda a diversidade cultural dos alunos.
AVALIAÇÃO
A avaliação tem papel de mediação no processo pedagógico, portanto,
aprendizagem e avaliação integram um mesmo sistema.
No processo avaliativo, o professor poderá fazer encaminhamentos, como:
observação e acompanhamento das atividades em sala de aula, intervenção, trabalhos
individuais e em grupo visando não somente o conteúdo, mas também uma postura de
responsabilidade por parte do aluno, revisão de noções e sibjetividades. Para tanto, o
professor deverá utilizar-se de diversos métodos, como: formas escritas, orais, de
demonstração, inclusive por meio de calculadora e computador.
A avaliação deve orientar o professor em sua prática docente, então, uma prática
avaliativa deve abrir espaço à interpretação e à discussão dos conteúdos trabalhados,
considerando-se o diálogo entre professor-aluno na tomada de decisões e também as noções
que o estudante traz da sua vivência, relacionando-as com os novos conhecimentos
abordados nas aulas de Matemática.
Os conteúdos nos quais os alunos apresentarem dificuldades, serão retomados e
revisados em sala, através da Recuperação Paralela.
REFERÊNCIAS
LOGEN, Adilson. Coleção Nova Didática. Matemática. Curitiba. Editora Positivo 2004.
Vol 1,2 e 3.
BOYER. Carl B. História da Matemática. São Paulo. 1974. Editora ABDR
D´AUGUSTINE, Charles H. Métodos Modernos Para o Ensino da Matemática. 2.ª
edição. Editora ao Livro Técnico. Rio de Janeiro. 1976.
LINS, R.C.; GIMENEZ, J. “Perspectivas em aritmética e álgebra para o século XXI” 5ª ed.
Campinas: Papirus, 2005.
MIORIM, M.A “O ensino de matemática: evolução e modernização” Campinas, 1995,
UNICAMP. Tese (Doutorado em Educação).
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Departamento de Ensino de 2º Grau. Reestruturação do ensino de Segundo Grau no
Paraná” - Curitiba, 1993.
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.
“Matemática”. Curitiba, 2006, SEED.
QUÍMICA
EMENTA
A química está presente em todo processo de desenvolvimento das civilizações, a
partir das primeiras necessidades humanas até as mais recentes descobertas científicas que
levaram à grandes avanços tecnológicos. Ela se constituiu numa ciência capaz de mudar a
maneira de ser, viver e agir do ser humano.
Desse modo, deve-se reconhecer a importância e a participação da Química como
ciência, no desenvolvimento dos estudos em diferentes áreas, como: na medicina, na
agricultura, na pecuária, na política, na economia, na indústria, etc.
HISTÓRICO E CONCEPÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Hébiard (2000) afirma que a Química como disciplina escolar, surgiu na França, no
governo de Napoleão III, onde seus conhecimentos foram incorporados à prática dos
professores e abordados conforme as necessidades dos alunos, principalmente dos
adolescentes que já trabalhavam e podiam voltar à escola para seguir o curso noturno, no
qual eram reforçados os conhecimentos de base.
No Brasil, as primeiras atividades de caráter educativo em Química, surgiram no
século XIX, devido as transformações políticas e econômicas que ocorreram na Europa,
porém, os currículos tiveram base em documentos históricos produzidos em Portugal, na
França e no Brasil, e ainda, as diretrizes do Ensino de Química, influenciadas por uma carta
do rei de Portugal, reconheciam a importância da disciplina para o progresso dos estudos da
medicina, cirurgia, agricultura, indicando seus princípios básicos às artes e à farmácia para
o perfeito conhecimento de muitos e preciosos produtos naturais do Brasil.
A Primeira Guerra Mundial impulsionou a industrialização brasileira aumentando a
atividade dos químicos, propiciando o ensino da Química à nível superior.
Com a crise do café no Brasil, em 1929, a base econômica do país deixou de ser
somente agrária investindo-se na industrialização e possibilitando a modernização do
ensino brasileiro, especialmente no ensino superior.
A partir de 1931, a disciplina de Química passou a fazer parte do currículo do
Ensino Secundário no Brasil, porém, voltada à apropriação de conhecimentos específicos e
no despertar o interesse científico nos alunos enfatizando sua relação com a vida cotidiana.
Na década de 1950 e 1970, o ensino da Química foi marcado pelo método científico
de ensinar ciências por meio da descoberta e redescoberta, a partir de experimentos
científicos com o intuito de preparar o aluno para ser cientista.
No final de 1970 até 1980, prevaleceu o princípio da construção do conhecimento
pelo aluno, através de estímulos e atividades dirigidas de modo a conduzí-lo a relacionar
suas concepções ao conceito científico já estabelecido.
Na década de 1980, a Secretaria de Estado e Educação (SEED) elaborou o Currículo
Básico para o Ensino de 1º Grau e também documentos de reestruturação do Ensino de 2º
Grau. A questão central nesse documento era repensar o Ensino de 2º Grau como condição
de ampliar as oportunidades de acesso ao conhecimento e de participação mais ampla do
cidadão.
Nos anos de 1990, com as mudanças neoliberais no mundo do trabalho em âmbito
mundial, a educação básica foi alvo das reformas necessárias para a formação do
trabalhador, visto que organizações financeiras internacionais passaram a condicionar seus
empréstimos à países como o Brasil, somente a partir da adoção de políticas que
atendessem aos interesses dessas mudanças. Nesse contexto, ocorreu a produção e
aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9394/96) e a
construção dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN's), que traziam em seu discurso, a
busca pelo significado do conhecimento escolar, pela contextualização e
interdisciplinaridade, afim de evitar a compartimentação do conteúdo. Esse fato, gerou o
esvaziamento de conteúdos das disciplinas, que passaram a ser apenas um meio para
desenvolver competências e habilidades necessárias ao ingresso no mercado de trabalho, ao
final do Ensino Médio.
Em 1998, os Colégios Estaduais foram orientados pela SEED a elaborar suas
propostas curriculares de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, visando o
reconhecimento de novos cursos do Ensino Médio, ao Programa de Extensão e Melhoria de
Ciências Físicas e Biológicas, bibliotecas e laboratórios de informática.
Para resgatar a especificidade da disciplina, recuperar sua importância no currículo
escolar e se abordar uma pedagogia crítica da disciplina de Química, que ultrapasse o
conceito subserviente da educação para o mercado de trabalho, enfatiza-se o estudo da
história da disciplina, em seus aspectos epistemológicos e defende-se uma seleção de
conteúdos estruturantes que a identifiquem como campo de conhecimentos historicamente
construído nas relações políticas, econômicas, sociais e culturais das diferentes sociedades.
Seu objetivo é formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e seja capaz
de refletir criticamente sobre o período histórico atual.
A abordagem do ensino de Química é norteada pela construção e reconstrução de
significados dos conceitos científicos. Coerente com essa reflexão, a Química é apresentada
como uma ciência com seus conceitos, métodos e linguagem próprios e também com sua
construção histórica, relacionada ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos da
vida na sociedade.
OBJETIVOS GERAIS:
• Entender conceitos, princípios e leis da Química e utilizá-los para interpretar os
fenômenos relacionados a essa ciência e na solução de problemas;
• Reconhecer a Química como uma criação humana, compreendendo os aspectos
históricos e suas relações com o contexto cultural, socioeconômico e político.
• Utilizar linguagem própria da Química para explicar fenômenos ligados a essa
ciência.
• Realizar processos simples de investigação científica e comunicar os resultados
obtidos.
• Elaborar hipóteses e fazer previsões fundamentadas no conhecimento químico,
referentes às atividades industriais e aos hábitos de consumo, porpondo alternativas
aos problemas da sociedade;
• Permitir que o aluno construa seu próprio conhecimento através de estímulos e
atividades dirigidas de modo a conduzí-lo a relacionar suas novas concepções aos
conceitos científicos já estabelecidos;
• Aliar teoria à prática de modo a dar sentido aos conceitos químicos;
• Valorizar a contextualização e a interdisciplinaridade com a finalidade de promover
o egresso no mercado de trabalho.
• Elevar a capacidade de compreensão e leitura de mundo do educando para que o
mesmo possa atuar como cidadão participativo e agente transformador na sociedade
em que vive.
CONCEPÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Sabendo que a “disciplina não diz respeito somente ao comportamento dos alunos,
diz respeito a todos os elementos envolvidos com a prática escolar e precisa ser
compreendida como algo necessário para atingir um fazer pedagógico coerente e eficaz,
estando dessa maneira, intimamente relacionada à forma como a escola organiza e
desenvolve o seu trabalho” (FRANCO), a Química, presente em todo o processo de
desenvolvimento das civilizações, a partir das primeiras necessidades humanas até as mais
novas descobertas científicas que levaram a grande avanços tecnológicos constitui uma
ciência capaz de mudar a maneira de ser, viver e agir do ser humano.
Dessa maneira deve-se reconhecer a importância e a participação da Química, como
Ciência, no desenvolvimento de estudos na medicina, agricultura, política, economia,
cultura, etc.
A abordagem no ensino de Química será norteada pela construção e reconstrução de
significados dos conceitos científicos. Coerente com essa reflexão, a Química será
apresentada como uma Ciência com seus conceitos, métodos e linguagem própria e com
sua construção histórica, relacionada ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos
da vida na sociedade, assim subdividida:
1) Matéria e sua Natureza: Estrutura da matéria, substâncias, misturas, métodos de
separação, fenômenos físicos e químicos, estrutura atômica, distribuição eletrônica, tabela
periódica, ligações químicas, funções químicas e radioatividade;
2) Biogeoquímica: Soluções, termoquímica, cinética química e equilíbrio químico;
3) Química Sintética: Química do carbono, funções oxigenadas, polímeros, funções
nitrogenadas e isomeria.
OBJETIVOS GERAIS:
- Entender conceitos, princípios e leis da Química e utiliza-los para interpretar os
fenômenos relacionados a essa ciência.
- Aplicar esses conceitos, princípios e leis na solução de problemas.
- Reconhecer a Química como uma criação humana, compreendendo os aspectos
históricos e suas relações com o contexto cultural, socioeconômico e político.
- Fazer uso da linguagem própria da química para explicar fenômenos ligados a essa
ciência.
- Realizar processos simples de investigação científica e comunicar os resultados
obtidos.
- Elaborar hipóteses e fazer previsões fundamentadas no conhecimento químico,
referentes às atividades industriais e aos hábitos de consumo, a fim de propor
alternativas para os problemas da sociedade.
- Permitir a construção do conhecimento pelo aluno através de estímulos, atividades
dirigidas de modo a conduzi-lo a relacionar as suas concepções ao conceito
científico já estabelecido,
- Aliar teoria à prática visando dar sentido aos conceitos químicos. “A importância da
abordagem experimental está na caracterização do seu papel investigativo e da sua
função pedagógica na significação dos conceitos químicos” (NANNI, 2004) e
“conceder a apropriação de conhecimentos específicos e também despertar o
interesse científico nos alunos e enfatizar a sua relação com a vida cotidiana”
(MACEDO e LOPES, 2002).
- Valorizar a contextualização e a interdisciplinaridade com a finalidade de promover
o egresso no mercado de trabalho.
- Elevar a capacidade de compreensão e leitura de mundo para então atuar como
cidadão participativo em uma sociedade em constante transformação.
CONTEÚDOS BÁSICOS DA DISCIPLINA DE QUÍMICA
No quadro abaixo, os conteúdos básicos apresentados devem ser tomados como
ponto de partida para a organização da proposta pedagógica curricular das escolas. Por
serem conhecimentos fundamentais para a série, não podem ser suprimidos nem reduzidos,
porém, o professor poderá acrescentar outros conteúdos básicos na proposta pedagógica, de
modo a enriquecer o trabalho de sua disciplina naquilo que a constitui como conhecimento
especializado e sistematizado.
Esse quadro indica, também, como os conteúdos básicos se articulam com os
conteúdos estruturantes da disciplina, que tipo de abordagem teórico- metodológica devem
receber e, finalmente, a que expectativas de aprendizagem estão atrelados.
No Plano de Trabalho Docente, os conteúdos básicos terão abordagens diversas a
depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante. Quando necessário,
serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre se considerando o aprofundamento a
ser observado para a série e etapa de ensino.
O plano é o lugar da criação pedagógica do professor, onde os conteúdos receberão
abordagens contextualizadas histórica, social e politicamente, de modo que façam sentido
para os alunos nas diversas realidades regionais, culturais e econômicas, contribuindo com
sua formação cidadã.
O plano de trabalho docente é, portanto, o currículo em ação. Nele estará a
expressão singular e de autoria, de cada professor, da concepção curricular construída nas
discussões coletivas.
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
MATÉRIA E SUA
NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
MATÉRIA
• Constituição da matéria;
• Estados de agregação;
• Natureza elétrica da
matéria;
• Modelos atômicos
(Rutherford, Thomson,
Dalton, Bohr...).
• Estudo dos metais.
• Tabela Periódica.
SOLUÇÃO
• Substância: simples e
composta;
• Misturas;
• Métodos de separação;
• Solubilidade;
• Concentração;
•Forças intermoleculares;
• Densidade;
• Dispersão e suspensão;
• Tabela Periódica.
VELOCIDADE DAS
REAÇÕES
• Reações químicas;
• Lei das reações
químicas;
• Representação das
reações químicas;
•Condições fundamentais
para ocorrência das
reações químicas.
• Fatores que interferem
na velocidade das
reações.
• A abordagem
teórico-metodológica
mobilizará para o
estudo da Química
presente no cotidiano
dos alunos, evitando
que ela se constitua
meramente em uma
descrição dos
fenômenos, repetição
de fórmulas, números
e unidades de medida.
• Sendo assim, quando
o conteúdo químico
for abordado na
perspectiva do
conteúdo estruturante
Biogeoquímica, é
preciso relacioná-lo
com a atmosfera,
hidrosfera e litosfera.
Quando o conteúdo
químico for abordado
na perspectiva do
conteúdo estruturante
Química Sintética, o
foco será a produção
de novos materiais e
transformação de
outros, na formação de
compostos artificiais.
Os conteúdos químicos
serão explorados na
perspectiva do
Espera-se que o
aluno:
• Entenda e questione
a Ciência de seu
tempo e os avanços
tecnológicos na área
da Química;
• Construa e
reconstrua o
significado dos
conceitos químicos;
• Problematize a
construção dos
conceitos químicos;
• Tome posições
frente às situações
sociais e ambientais
desencadeadas pela
produção do
conhecimento
químico.
• Compreenda a
constituição química
da matéria a partir dos
conhecimentos sobre
modelos atômicos,
estados de agregação
e natureza elétrica da
matéria;
• Formule o conceito
de soluções a partir
dos desdobramentos
deste conteúdo básico,
associando
QUÍMICA
SINTÉTICA
MATÉRIA E SUA
NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
• Lei da velocidade das
reações químicas;
• Tabela Periódica.
EQUILÍBRIO QUÍMICO
• Reações químicas
reversíveis;
• Concentração;
• Relações matemáticas e
o equilíbrio químico
(constante de equilíbrio);
•Deslocamento de
equilíbrio (príncipio de
Le Chatelier)
• Equilíbrio químico em
meio aquoso (pH,
constante de ionização,
Ks ).
• Tabela Periódica
LIGAÇÃO QUÍMICA
• Tabela periódica;
• Propriedade dos
materiais;
• Tipos de ligações
químicas em relação às
propriedades dos
materiais;
• Solubilidade e as
ligações químicas;
• Interações
intermoleculares e as
propriedades das
substâncias
moleculares;
• Ligações de
Hidrogênio;
• Ligação metálica
Conteúdo Estruturante
Matéria e sua Natureza
por meio de modelos
ou representações. E é
imprescindível fazer a
relação do modelo que
representa a estrutura
microscópica da
matéria com o seu
comportamento
macroscópico.
• Para os conteúdos
estruturantes
Biogeoquímica e
Química Sintética, a
significação dos
conceitos ocorrerá por
meio das abordagens
histórica, sociológica,
ambiental,
representacional e
experimental a partir
dos conteúdos
químicos. Porém, para
o conteúdo
estruturante Matéria e
sua Natureza, tais
abordagens são
limitadas. Os
fenômenos químicos,
na perspectiva desse
conteúdo estruturante,
podem ser amplamente
explorados por meio
das suas
representações, como
as fórmulas químicas e
substâncias, misturas,
métodos de separação,
solubilidade,
concentração, forças
intermoleculares, etc;
• Identifique a ação
dos fatores que
influenciam a
velocidade das
reações químicas,
representações,
condições
fundamentais para
ocorrência, lei da
velocidade,
inibidores;
• Compreenda o
conceito de equilibro
químico, a partir dos
conteúdos específicos:
concentração, relações
matemática e o
equilíbrio químico,
deslocamento de
equilíbrio,
concentração, pressão,
temperatura e efeito
dos catalisadores,
equilíbrio químico em
meio aquoso;
QUÍMICA
SINTÉTICA
MATÉRIA E SUA
NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA
SINTÉTICA
(elétrons semi-livres)
• Ligações polares e
apolares;
• Alotropia.
REAÇÕES
QUÍMICAS
• Reações de Oxi-
redução
• Reações exotérmicas
e endotérmicas;
• Diagramas das
reações exotérmicas e
endotérmicas;
• Variação de entalpia;
• Calorias;
• Equações
termoquímicas;
• Princípios da
termodinâmica;
• Lei de Hess;
• Calorimetria;
• Tabela Periódica.
RADIOATIVIDADE
• Modelos Atômicos
(Rutherford);
• Elementos químicos
(radioativos);
• Tabela Periódica;
• Reações químicas;
• Velocidades das
reações;
• Emissões radioativas;
• Leis da
radioatividade;
• Cinética das reações
químicas;
• Fenômenos
modelos.
• O conteúdo básico
Funções Químicas
não deve ser apenas
explorado
descritivamente ou
classificatoriamente.
Este conteúdo
básico deve ser
explorado de
maneira relacional,
por que o
comportamento das
espécies químicas é
sempre relativo à
outra espécie com a
qual a interação é
estabelecida.
• Elabore o
conceito de ligação
química, na
perspectiva da
interação entre o
núcleo de um
átomo e eletrosfera
de outro a partir
dos
desdobramentos
deste conteúdo
básico;
• Entenda as
reações químicas
como
transformações da
matéria a nível
microscópico,
associando os
conteúdos
específicos
elencados para esse
conteúdo básico;
• Reconheça as
reações nucleares
entre as demais
reações químicas
que ocorrem na
natureza, partindo
dos conteúdos
específicos que
compõe esse
conteúdo básico;
• Diferencie gás de
vapor, a partir dos
estados físicos da
matéria,
radiativos (fusão e
fissão nuclear);
GASES
• Estados físicos da
matéria;
• Tabela periódica;
• Propriedades dos
gases (densidade/
difusão e efusão,
pressão x temperatura,
pressão x volume e
temperatura x
volume);
• Modelo de partículas
para os materiais
gasosos;
• Misturas gasosas;
• Diferença entre gás e
vapor;
• Leis dos gases
FUNÇÕES
QUÍMICAS
• Funções Orgânicas
• Funções Inorgânicas
• Tabela Periódica
propriedades dos
gases, modelo de
partículas e as leis
dos gases;
• Reconheça as
espécies químicas,
ácidos, bases, sais e
óxido em relação a
outra espécie com a
qual estabelece
interação.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
É importante que o processo pedagógico parta do conhecimento prévio dos
estudantes, no qual se incluem as ideias pré-concebidas sobre o conhecimento da Química,
ou as concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito científico.
A concepção espontânea sobre os conceitos que o estudante adquire no seu dia-a-
dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência, faz-se presente no
início do processo de ensino-aprendizagem. Por sua vez, a concepção científica envolve um
saber socialmente construído e sistematizado, que requer metodologias específicas para ser
disseminado no ambiente escolar. A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o
conhecimento científico historicamente produzido.
OS MODELOS E O ENSINO DE QUÍMICA
A utilização de modelos no ensino de química, para descrever comportamentos
microscópicos, não palpáveis, é um dos fundamentos dessa ciência. Deve-se lembrar,
contudo, que eles são apenas aproximações necessárias. Considera-se, ainda, que esses
modelos são válidos para alguns contextos e não para todos, ou seja, são localizados e seus
limites são determinados quando a teoria não consegue explicar fatos novos que
eventualmente surjam.
Portanto, os professores de Química devem se utilizar dos modelos para explicar
determinadas ocorrências e fenômenos químicos. Ou seja, saber qual modelo utilizar e o
porquê na explicação dos fenômenos abordados na escola. Igualmente importante é o
docente ajudar os alunos a elegerem o modelo mais adequado no estudo da Química
desenvolvido na escola, possibilitando-os pensar na provisoriedade e na limitação dessas
representações. Esse encaminhamento permite aos alunos compreender o significado dos
modelos na ciência e que as elaborações científicas não devem ser tomadas como verdades
imutáveis e definitivas.
Assim, abordar os modelos na escola vai além do simples estudo de datas e nomes.
Exige que os docentes possuam conhecimentos epistemológicos a respeito do que sejam os
modelos, sua função na ciência, seus objetivos, suas limitações, e em que contexto histórico
foram elaborados. Isso implica num estudo da natureza da ciência, sua dinâmica e seus
princípios constitutivos, além de considerar os conhecimentos a respeito de como os alunos
propõem seus modelos mentais na explicação dos fenômenos.
O PAPEL DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA
Há muitos trabalhos resultados de pesquisa em ensino de Química cujo tema é a
experimentação. Eles são unânimes em considerar a importância da experimentação para
uma melhor compreensão dos fenômenos químicos. No entanto, a maioria dos cursos que
adota essa metodologia aplica uma espécie de receituário composto de uma breve
introdução sobre o assunto, os objetivos do experimento, os procedimentos e material
necessário para realizá-lo.
As atividades experimentais, utilizando ou não o ambiente de laboratório escolar
convencional, podem ser o ponto de partida para a apreensão de conceitos e sua relação
com as ideias a serem discutidas em aula. Os estudantes, assim, estabelecem relações entre
a teoria e a prática e, ao mesmo tempo, expressam ao professor suas dúvidas.
Ainda que a palavra laboratório tenha como elemento de composição o prefixo
labor – realizar à custa de esforço ou trabalho, trabalhar com cuidado, a atividade
laboratorial implica não somente fazer com as mãos, sentir e manipular, mas também, está
relacionada à análise criteriosa e à articulação entre prática e teoria.
Uma aula experimental, seja ela com manipulação do material pelo aluno ou
demonstrativa, não deve ser associada a um aparato experimental sofisticado, mas sim, à
sua organização, discussão e análise, possibilitando interpretar os fenômenos químicos e a
troca de informações entre o grupo que participa da aula. Mesmo quando ocorrem “erros”
em atividades experimentais, seja por condições ambientais ou reagentes com prazo de
validade vencidos, estas situações podem ser aproveitadas pelo professor no sentido de se
investigarem as causas dessas incorreções, analisando-as do ponto de vista pedagógico,
pois elas estão ligadas aos limites de correspondência entre os modelos científicos e a
realidade que representam, uma vez que as investigações na escola não primam por
resultados quantitativos ou qualitativos.
LEITURAS CIENTÍFICAS E O ENSINO DE QUÍMICA
Há algum tempo, pesquisadores em educação recomendam textos científicos para o
ensino de Química. No entanto, ao trabalhar um texto devem-se tomar alguns cuidados. É
preciso selecioná-lo considerando alguns critérios, tais como: linguagem, conteúdo, o aluno
a quem se destina o texto e, principalmente, o que pretende o professor atingir ao propor a
atividade de leitura.
O texto não deve ser visto como se todo o conteúdo estivesse nele presente, mas
sim, como instrumento de mediação na sala de aula, entre aluno-aluno, aluno- conteúdo e
aluno-professor, para que se vislumbrem novas questões e discussões. Também é
necessário considerar que as diferentes histórias de vida dos leitores, bem como seu
repertório de leituras, interferem na possibilidade de compreensão dos textos científicos.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob os
condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre em interações
recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual,
portanto, está sujeita a alterações no seu desenvolvimento.
A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9394/96, a avaliação formativa
e processual, como resposta às históricas relações pedagógicas de poder, passa a ter
prioridade no processo educativo. Esse tipo de avaliação leva em conta o conhecimento
prévio do aluno e valoriza o processo de construção e reconstrução de conceitos, além de
orientar e facilitar a aprendizagem. A avaliação não tem finalidade em si, mas deve
subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do professor, em busca de assegurar a
qualidade do processo educacional no coletivo da escola.
Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos.
Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos
científicos” (MALDANER, 2003, p. 144). Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica que
considere os conhecimentos prévios e o contexto social do aluno, para (re)construir os
conhecimentos químicos. Essa (re)construção acontecerá por meio das abordagens
histórica, sociológica, ambiental e experimental dos conceitos químicos.
Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar
instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e
interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica,
pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários,
entre outras. Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e
objetivo de ensino.
Em relação à leitura de mundo, o aluno deve posicionar-se criticamente nos debates
conceituais, articular o conhecimento químico às questões sociais, econômicas e políticas,
ou seja, deve tornar-se capaz de construir o conhecimento a partir do ensino, da
aprendizagem e da avaliação. É preciso ter clareza também de que o ensino da Química está
sob o foco da atividade humana, portanto, não é portador de verdades absolutas.
É possível uma avaliação que não separe teoria e prática, antes, considere as
estratégias empregadas pelos alunos na articulação e análise dos experimentos com os
conceitos químicos. Tal prática avaliativa requer um professor que compreenda a
concepção de ensino de Química na perspectiva crítica.
Finalmente, é necessário que os critérios e instrumentos de avaliação fiquem bem
claros também para os alunos, de modo que se apropriem efetivamente de conhecimentos
que contribuam para uma compreensão ampla do mundo em que vivem.
REFERÊNCIAS:
ALFONSO - GOLDFARB, A. M. Da alquimia à química. São Paulo: Landy, 2001.
AXT, R. O papel da experimentação no ensino de ciências. In: MOREIRA, M. A; AXT,
R.Tópicos em ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991.
CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004.
CHASSOT, A. Para que(m) é útil o ensino. Canoas: Ed. da Ulbra, 1995.
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química:
professor/pesquisador. 2.ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Ensino.
Departamento de Ensino de Segundo grau. Reestruturação do ensino de 2o
grau – química. Curitiba: SEED/DESG, 1993.
VIDAL, B. História da química. Lisboa: Edições 70, 1986.
FILOSOFIA
EMENTA
Na atual polêmica mundial e brasileira em relação aos possíveis sentidos dos valores
éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar e uma
contribuição a fazer. A Filosofia gira em torno, principalmente, de problemas e conceitos
criados no decorrer de sua história, os quais, devidamente aplicados, geram discussões que
podem desencadear ações e transformações.
A disciplina Filosofia oferece aos estudantes a possibilidade de compreender a
complexidade do mundo contemporâneo, suas particularidades e especializações, buscando
articular o espaço-temporal e sócio-histórico em que se dá o pensamento e a experiência
humana.
HISTÓRICO E CONCEPÇÕES GERAIS
Construída como pensamento há mais de 2600 anos, a filosofia traz consigo o
problema de seu ensino, desde o embate entre o pensamento de Platão e as teses dos
sofistas.
Na Idade Média, século II a XIV, a filosofia era fortemente marcada pelo
teocentrismo. O medievo é marcado pela inspiração divina da Bíblia; pelo monoteísmo,
pelo criacionismo, pelo pecado original, pelo conceito cristão de amor e por uma nova
concepção de homem, na qual teriam uma condição real de igualdade entre si em
consequência do criador.
Na modernidade, os discursos abstratos sobre Deus e alma foram substituídos pelo
pensamento antropocêntrico, onde há um esforço para superar o complexo humano de
inferioridade e é inaugurado o “reino do homem”. A Filosofia torna-se autônoma diante da
Teologia e passa a tratar de questões filosóficas-científicas, como o Racionalismo, o
Empirismo, o Criticismo e a Antropologia é introduzida e o homem descobre sua
importância ao compreender as lógicas da natureza, da sociedade e do universo.
O pensamento contemporâneo é resultado da preocupação do homem,
principalmente quanto à sua historicidade, sociabilidade, secularização da consciência e
antidogmatismo. Somam-se a isso o iluminismo, o liberalismo, a Revolução Francesa, a
ascensão da burguesia, as guerras, os conflitos religiosos, a penúria dos trabalhadores, os
conflitos políticos sociais e o progresso das ciências e das técnicas.
A partir do século XIX, a história da Filosofia é marcada pelo pluralismo filosófico,
o que permite pensar de maneira específica cada um dos conteúdos estruturantes nesta
Diretriz, pois os mesmos problemas pensados hoje também o eram na Filosofia Moderna,
mas, tratados a seu tempo de maneira particularizada e com as características que marcam
cada período.
No Brasil, a Filosofia faz parte dos currículos escolares desde o ensino jesuítico, no
período colonial, e era entendida como instrumento de formação moral e intelectual sob os
cânones da Igreja Católica e do poder cartorial local, buscando aperfeiçoar a compreensão
dos textos bíblicos e dos ensinamentos dos padres da Igreja, demonstrando as verdades
aceitas pela fé.
Com a Proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte dos currículos
oficiais como disciplina obrigatória e deixa de ser obrigatória com a Lei nº4024/61 e
desapareceu dos currículos escolares do Segundo Grau durante a ditadura militar, com a Lei
nº5692/71, por não servir aos interesses econômicos e técnicos dele decorrentes.
Desde 1982, de forma lenta e gradual, a Filosofia vem retornando aos currículos
escolares de diversos estados brasileiros, ao mesmo tempo em que os debates a cerca da
própria concepção do Ensino Médio e da educação brasileira em geral, buscam estabelecer
novas diretrizes capazes de superar o tecnicismo, o autoritarismo e a fragmentação que a
LDB nº5692/71 propiciou.
Com a aprovação da LDB, em dezembro de 1996, a Filosofia é reconhecida
oficialmente, junto com a Sociologia, como um conteúdo necessário para o exercício da
cidadania. Embora ainda não esteja claro o que isto significa em termos de consequências
curriculares, entende-se que o esforço de centenas de professores, junto a milhares de
alunos brasileiros, para desenvolver um trabalho significativo com a Filosofia na sala de
aula, deve ser considerado.
Em agosto de 2006, a Filosofia e a Sociologia tornaram-se disciplinas obrigatórias
no Ensino Médio e o cumprimento dessa exigência intrínseca a qualquer disciplina da
matriz curricular, faz surgir uma série de discussões. Segundo Gallo (2004), observa-se
hoje no Brasil, um movimento de pensar filosoficamente o ensino da Filosofia e que os
filósofos têm tomado para si a responsabilidade de pensar a prática docente nos seus vários
níveis.
Ao pensar o ensino da Filosofia, é preciso definir o local onde ele se realiza e que
sujeitos são esses aos quais esse ensino se dirige. Isso nos permitirá pensar qual filosofia
será ensinada.
Cabe a nós agora, como educadores que somos, comprometer-nos com o
questionamento e a investigação necessários para a formação das novas gerações e para a
transformação da ordem social.
2 – Objetivos Gerais :
- Consolidar a base humanista da formação do educando, propiciando-lhe capacidade
para pensar e repensar de modo crítico o funcionamento da sociedade
contemporânea, construindo e aprimorando sua cidadania.
- Compreender a Filosofia como condição básica e como princípio do
conhecimento, refletindo criticamente conceitos.
- Perceber a Filosofia como uma contemplação do mundo, aprendendo com ele a
controlar e dirigir suas vidas de modo ético, sábio, justo e feliz.
- Compreender que o conteúdo produzido e acumulado historicamente pela
humanidade, é condição para sua emancipação, podendo utilizá-lo para transformar
a realidade em que vive.
- Adquirir formações necessárias para o desenvolvimento de suas potencialidades
preparando-o para o exercício da cidadania.
- Analisar a especificidade do conhecimento filosófico, articulando-o com a
prática social.
- Compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas
particularidades e especializações, articulando-as ao espaço-temporal e histórico-
social em que se dá o pensamento e a experiência humana.
CONTEÚDOS
Conteúdos curriculares de Filosofia que devem constar na proposta pedagógica
curricular da disciplina bem como orientar a elaboração do plano de trabalho docente.
CONTEÚDOSESTRUTURANTES
CONTEÚDOSBÁSICOS
1ª SÉRIE
Mito e Filosofia - Saber mítico- Saber filosófico- Relação Mito e Filosofia- Atualidade do mito- O que é Filosofia
Estética - Natureza da arte- Filosofia e arte- Categorias estéticas: Feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, etc.- Estética e sociedade.
2ª SÉRIE
Ética - Ética e moral- Pluralidade ética- Ética e violência- Razão, desejo e vontade- Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.
Filosofia Política - Relações entre comunidade e poder- Liberdade e igualdade política- Política e Ideologia- Esfera pública e privada- Cidadania formal e/ou participativa
3ª SÉRIE
Filosofia da Ciência - Concepções de ciência- A questão do método científico
- Contribuições e limites da ciência- Ciência e ideologia- Ciência e ética
Teoria do Conhecimento - Possibilidade do conhecimento- As formas de conhecimentos- O problema da verdade- A questão do método- Conhecimento e lógica
METODOLOGIA
A disciplina de Filosofia apresenta-se como conteúdo filosófico e como exercício
que possibilita ao educando desenvolver estilo próprio de pensamento, espírito livre e
reflexivo, uma vez que ela gira em torno de problemas e conceitos criados ao longo da
história e que os mesmos podem gerar discussões que desencadeiem ações e
transformações.
A Filosofia tem uma especificidade que se caracteriza na relação do estudante com
problemas a serem discutidos e, para tanto, é preciso que o professor tenha uma ação
consciente e analítica, pois, ensinar Filosofia no Ensino Médio no Brasil e na América
Latina, não é o mesmo que ensiná-la em outro lugar. Isso exige do professor, claro
posicionamento em relação aos sujeitos desse ensino e das questões históricas atuais que
nos colocam como país capitalista/subdesenvolvido, rico/explorado, consciente/alienado,
etc. Em relação às condições que perpassam nossa sociedade.
Na atual polêmica mundial e brasileira acerca dos possíveis sentidos de valores
éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia ocupa espaço na Matriz Curricular
do Ensino Médio e tem muito a contribuir por oferecer espaço à crítica de todo
conhecimento dogmático, não referindo-se apenas a fatos, conceitos e explicações
destinados aos estudantes para que memorizem, compreendam e apliquem de forma
isolada, estanque e sem comunicação com outras disciplinas.
Nestas perspectivas, cabe ao professor da disciplina de Filosofia, assegurar ao
estudante a experiência do “específico” da atividade filosófica. Para que atinja seus
objetivos, o professor poderá utilizar-se de várias estratégias, tais como: propostas de
problematizações, análises e construção/reconstrução de textos, organização de debates,
pesquisas, sistematizações individuais e coletivas, oralmente ou por escrito, exibição e
análise de filmes e imagens. Tudo isso tendo como base imprescindível a leitura estrutural
de textos Filosóficos-didáticos e de áreas afins.
Assim, o ensino de Filosofia estará na perspectiva de quem dialoga com a vida,
buscando resolver problemas, preocupando-se com uma análise da atualidade numa
abordagem contemporânea, remetendo o aluno à sua própria realidade, capacitando-o a
formular conceitos, a construir seu discurso filosófico, pensar coerente e criticamente num
caráter dinâmico e participativo, tornando-se sujeitos democráticos e atuantes na sociedade
onde está inserido.
AVALIAÇÃO
A avaliação, em Filosofia, deve considerar a capacidade do estudante do
Ensino Médio em criar conceitos e, a partir do conceito de criar, estabelecer
comparações entre o discurso que se tinha antes e qual o discurso que se tem após
o estudo da disciplina, portanto, é um processo que ocorre como uma das fases do processo
ensino-aprendizagem e não como um momento separado e visto em si mesmo.
Nesta perspectivas, a avaliação dar-se-á no decorrer das aulas e as decisões do
professor poderão ser modificadas no decorrer de cada aula e do curso, focando-se na
criatividade do professor, na sua habilidade em lidar com grupos na capacidade de
adaptação às novas situações e reciclagem periódicas.
Nesse sentido, a avaliação deverá ser diagnóstica, subsidiando e redirecionando o
curso da ação no processo ensino-aprendizagem. Para isso, os instrumentos avaliativos
empregados serão: leitura, análise, interpretação, construção e reconstrução de textos,
apresentações criativas sobre temas trabalhados em sala de aula, exposição de painéis,
debates com distribuição de papéis/ou tarefas (coordenador, debatedores, relatores, etc.),
entrevistas, pesquisas, seminários, análise de filmes e imagens.
REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Temas de Filosofia – São Paulo: Ed. Moderna.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia - São Paulo: Àtica.
COSTA, Neuton Carneiro da. O Conhecimento Cientifico. São Paulo: Discurso
Editorial.
Orientações Curriculares - Governo do Paraná. Secretaria de Educação.
SOUZA, Sonia Maria Ribeiro. Um Outro Olhar – São Paulo: FT.S.
VASQUES, Adolfo Sanches. Convite à Estética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
7- OUTRAS FONTES
- Revistas
– Textos complementares
– Documentários.
LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
EMENTA
O ensino de Línguas estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo escolar
sofreram mudanças em decorrência da organização social no decorrer da história. As
propostas curriculares e as metodologias são instigadas a atender às expectativas e as
demandas sociais contemporâneas e propiciar às novas gerações a aprendizagem dos
conhecimentos historicamente produzidos.
HISTÓRICO E CONCEPÇÕES GERAIS
Desde o início da colonização do Brasil, houve a preocupação por parte de
Portugal, em promover a educação com a finalidade de dominar e expandir o catolicismo.
Coube aos jesuítas a responsabilidade de evangelizar e ensinar latim aos indígenas que
habitavam o litoral brasileiro, como exemplo de língua culta.
Durante a União Ibérica (1581-1640), os jesuítas foram expulsos pelos espanhóis
dos territórios portugueses da América, por serem considerados os principais
incentivadores da resistência dos nativos à colonização espanhola. Assim, em 1759, o
Marquês de Pombal instituiu o sistema de ensino régio no Brasil, contratando professores
não-religiosos, mas dando continuidade ao ensino do grego e do latim, consideradas como
línguas clássicas e de grande importância para o desenvolvimento do pensamento e da
literatura.
O ensino de línguas modernas, numa Abordagem Tradicional desde a educação
jesuítica, começou a ser valorizada somente depois da chegada da família real portuguesa
ao Brasil, em 1808. Resumindo-se:
- 1809: criam-se as cadeiras de inglês e francês pelo príncipe regente D. João VI, a fim de
melhorar a instrução pública e atender às demandas advindas da abertura dos portos ao
comércio.
- 1837-1929: com a fundação do Colégio Pedro II, faziam parte do programa, sete anos de
francês e cinco anos de inglês;
- 1840-1929: cria-se a cadeira de alemão no Col. Pedro II, por três anos;
- 1929-1931: instituiu-se o ensino da língua italiana, ainda no Colégio D. Pedro II;
- Década de 1910 e de 1920: a concepção nacionalista buscou novos padrões culturais,
voltando-se ao campo educacional com o objetivo de solidificar os ideais nacionalistas nas
futuras gerações.
- 1917: o governo federal fechou as escolas de estrangeiros, fundadas pelos imigrantes
europeus com a finalidade de preservar sua cultura e sua língua;
- 1918: criação das escolas primárias mantidas com recursos do governo federal, sob a
responsabilidade dos estados, buscando “impedir a desnacionalização da escola e da
infância”.(NAGLE, 2001, p.301)
- 1920: reforma educacional em São Paulo, inteiramente nacionalista e que exigia
professores natos e proibia o ensino da língua estrangeira à menores de dez anos;
- 1930: o governo Getúlio Vargas cria o Ministério da Educação e Cultura e as Secretarias
Estaduais de Educação, iniciando-se estudos sobre a reforma do sistema de ensino.
- 1931: com a Reforma Francisco Campos, pela primeira vez, estabeleceu-se um método
oficial de língua estrangeira: o Método Direto, o qual se baseava na indução do aprendiz
direto ao raciocínio na língua estrangeira, sem intervenção da tradução. Devido a esse
método, a língua materna perde o seu papel de mediadora no ensino de língua estrangeira e
tem como princípio fundamental a aprendizagem em constante contato com a língua.
- 1940: com a dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos
durante a Segunda Guerra Mundial, intensificou-se a necessidade de aprender inglês.
- 1942: com a Reforma Capanema, atribuiu-se ao ensino patriótico por excelência,
solidificando os ideais nacionalistas. A responsabilidade pela educação foi centralizada no
ministério de Educação e Cultura e o mesmo indicava aos estabelecimentos de ensino o
idioma, a metodologia e o programa curricular para cada série.
- 1960: com a expansão mundial do Método Audio-oral os estudos científicos se
fortaleceram enfraquecendo a concepção de língua das abordagens estruturalistas. Este
método baseou-se na ideia de que o ser humano seria capaz de falar fluentemente uma
segunda língua, desde que submetido a uma constante repetição de modelos.
- 1961: A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 4,024/61, criou os Conselhos
Estaduais, com o poder de decidir a inclusão ou não da Língua Estrangeira nos currículos.
Devido as demandas do mercado de trabalho que se expandiam nesse período, a língua
inglesa foi valorizada.
- Década de 1970: o pensamento nacionalista do regime militar tornava o ensino de língua
estrangeira um privilégio das classes mais favorecidas.
- 1971: pela nova LDB nº 5692/71, o Ensino de Segundo Grau centrou-se na habilitação
profissional, desobrigando a inclusão de línguas estrangeiras nos currículos de 1º e 2º
Graus, para evitar o aumento da dominação ideológica de outras sociedades.
- 1976: o ensino de Língua Estrangeira voltou a ser obrigatório somente no 2º Grau, porém,
continuou a ser recomendada no 1º Grau.
- 1982: o Colégio Estadual do Paraná passou a oferecer aulas de inglês, espanhol, francês e
alemão para os alunos, porém, no contraturno e a Universidade Estadual do Paraná incluiu
nos seus vestibulares as línguas: espanhola, italiana e alemã.
- 1986: a Secretaria de Estado da Educação criou os Centros de Línguas Estrangeiras
Modernas (CELEM) como forma de valorizar a diversidade ética que marca a história
paranaense, ofertando aos alunos da Rede Pública Estadual, aulas de espanhol, alemão,
francês, italiano, japonês, ucraniano e polonês.
- 1996: a LDB nº 9394/96 determina a obrigatoriedade na oferta de pelo menos uma língua
estrangeira moderna no Ensino Fundamental, a partir da 5ª Série.
- 1998: o MEC publicou os PCN's para o Ensino Fundamental de Língua Estrangeira,
pautados numa concepção de língua como prática social, fundamentada na abordagem
comunicativa, na qual o aluno deve ser o sujeito de sua aprendizagem e agente da língua
estudada e o professor deixa de ser o centro do ensino, passando à condição de mediador do
processo pedagógico.
- 1999: o MEC publicou os PCN's de Língua Estrangeira para o Ensino Médio, com ênfase
no ensino da comunicação oral e escrita a fim de atender às demandas relativas à formação
pessoal acadêmica e profissional.
- 2005 ESPANHOL: foi criada a Lei nº 11,661, que tornou obrigatória a oferta de língua
espanhola pelos estabelecimentos de Ensino Médio, com matrícula facultativa para o aluno.
O objetivo dessa obrigatoriedade foi dfestacar o Brasil no MERCOSUL e atender aos
interesses político-econômicos para melhorar as relações comerciais entre o Brasil e os
países de língua espanhola.
- 2007: chega às escolas material didático de língua espanhola e língua inglesa para o
Ensino Fundamental e Médio, dirigido aos alunos e professores.
Objetivos Gerais da disciplina
− Oportunizar aos alunos da escola pública a vivencia de valores ligados à cidadania,
democratizando o acesso à aprendizagem de língua inglesa para a
comunicação/interação com grupos e culturas diferentes.
− Perceber o papel da linguagem na sociedade: linguagem como possibilidade de acesso à
informação, de conhecer e expressar modos de entender o mundo, como forma de
construir significados no mundo.
− Reconhecer as explicações da diversidade cultural construída lingüisticamente,
compreendendo o significado social e historicamente construído, portanto passível de
transformação por outro sujeito e pelo próprio aluno.
Conteúdos estruturais
O aluno de língua estrangeira já vivencia desde as séries iniciais o trabalho com a
linguagem. Logo, para que ele possa perceber os elementos discursivos de uma outra
língua, basta que lhe apresentem os elementos indispensáveis para as situações de interação
do aluno com a língua estrangeira alvo. Portanto, parece ser de grande valia que o trabalho
com o ensino de uma língua estrangeira integre os conhecimentos lingüísticos, discursivos,
culturais e sócio-pragmáticos.
Os conhecimentos lingüísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às regras
gramaticais.
Os discursivos, aos diferentes gêneros discursivos que constituem a variada gama de
práticas sociais trabalhadas com os alunos.
Os culturais, a tudo aquilo que sente, acredita, pensa, diz faz e tem uma sociedade,
isto é, as particularidades e valores de cada país.
Os sócio-pragmáticos, aos valores ideológicos, sociais e verbais que envolvem o
discurso em um contexto sócio-histórico particular.
Assim sendo, os conteúdos propostos têm por base o uso da linguagem na
comunicação proporcionando o conhecimento sistêmico, de mundo e de organização
textual e a capacidade de usar esse conhecimento para a construção social dos significados,
na compreensão, produção oral, escrita e de leitura. Considerando que o trabalho com a
linguagem tem por base inserir o aluno no mundo do discurso, isto é, o trabalho com a
língua estrangeira deverá ser embasado nos temas sociais como: ecologia, saúde, inclusão,
sexo, drogas e ainda assuntos relevantes na mídia.
Conteúdos estruturantes
− Conteúdos Básicos
Gêneros discursivos e seus elementos composicionais. Caberá ao professore a
seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais, de circulação, de acordo com a Proposta
Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de
complexidade a cada série.
LEITURA
− Identificação do tema;
− Intertextualidade e intencionalidade;
− Léxico;
− Funções das classes gramaticais no texto;
− Elementos semânticos;
− Discurso direto e indireto;
− Ortografia
ESCRITA
− Tema do texto;
− Interlocutor;
− Finalidade do texto;
− Intencionalidade do texto;
− Intertextualidade;
− Condições da produção;
− Discurso direto e indireto;
− Léxico;
− Coesão e coerência;
− Funções das classes gramaticais no texto;
− Elementos semânticos;
− Marcas linguisticas; particulariedades da língua, pontuação; recursos gráficos;
− Ortografia.
ORALIDADE
− Elementos extralinguisticos: entonação, pausas, gestos, etc.
− Adequação do discurso ao gênero;
− Marcas linguisticas: coesão coerência, gírias, repetição;
− Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
− Adequação da fala ao contexto;
− Pronúncia.
Conteúdos Pertinentes a serem trabalhados por série no Ensino Médio
Conteúdos 1º 2º 3º
Presente simples (afirmativo, negativo e interrogativo X X
Passado simples X X
Presente e Passado Contínuo X X
Caso possessivo X X
Pronomes pessoais e possessivos X X
Conectivos X X
Presente Perfeito X X
Adjetivos, proposições e advérbios X X
Verbos auxiliares (can, may, should, must) X X
Tempo condicional X
Componentes linguísticos de rótulos e manuais X
Textos poéticos, informativos, publicitários e jornalísticos X
Textos temáticos relacionados aos projetos interdisciplinares desenvolvidos na escola.
X X
Textos sobre programas de TV, rádio e cinema X
Receitas X X
Metodologia da disciplina
Inspirando-se nas palavras de Simon (apud JORDÃO,2004 a, p.164), a prática
pedagógica é vista como processo dedicado a fomentar a possibilidade através da
implementação de modos de comnpreensão e ação que encoragem a transformação de
relações específicas entre formas sociais e capacidades humanas, e assim permita a
expansão do escopo de identidades sociais em que as pessoas possam se transformar.
As práticas pedagógicas decorrem de concepções teórico-metodológicas e, portanto,
não são naturais nem desvinculadas do contexto sócio-histórico, mas carregadas de
ideologias que explicitam as relações de poder (FOUCAULT, 1996) e que correspondem a
interesses distintos e precisam ser sistematizados.
A metodologia aqui apresentada é resultante de um processo dinâmico e histórico
das diferentes abordagens, tendo como embasamento a abordagem comunicativa que
apresenta a interação das quatro habilidades: ler, escrever, falar e compreender. Nessa
abordagem, o objeto maior é a produção de significados e são considerados, além da
gramática, o contexto sociolinguístico aos papéis dos falantes na situação e paralinguísticos
(gestos, interjeições, etc.), assim como a tipologia textual e estruturas típicas das situações
de comunicação, sendo seu centro de atenção a própria comunicação.
De acordo com essa perspectiva, os alunos poderão ser envolvidos em tarefas
diversificadas que exijam negociação de significados. Ocasionalmente, poderá ser
privilegiada uma ou mais habilidades linguísticas, como: ler, ouvir, falar ou escrever,
embora estejam todas integradas na concepção de língua aqui adotada.
Assim, a língua se apresenta como espaço de construções discursivas, de produção
de sentidos, indissociáveis dos contextos em que ela adquire sua materialidade, inseparável
das comunidades interpretativas que a constróem e são contruídas por ela. Desse modo, ela
adquire uma carga ideológica intensa carregada de signidicados culturais.
Na e pela palavra, percebem-se diferentes ideologias, condições sociais e
hierarquias da vida social possibilitando o confronto de valores. Todo discurso está
vinculado à história, ao mundo social, às questões de poder e verdade, contruindo
identidades. Portanto, a língua estrangeira pode propiciar a construção das identidades dos
alunos ao oportunizar o desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido por ela na
sociedade brasileira e no panorama internacional, favorecendo ligações entre a comunidade
local e planetária.
AVALIAÇÃO
O trabalho com a língua estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel
das línguas na sociedade como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as
línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar os modos de
entender o mundo e construir significados.
Para tanto, a avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira deverá estar atrelada
à concepção de língua e aos objetivos para o seu ensino descritos nesse projeto. Quando se
fala em práticas avaliativas, tem-se como objetivo, favorecer a coerência entre os seguintes
aspectos: avaliação, concepção de língua, objetivos de ensino e o processo ensino-
aprendizagem.
A avaliação não pode ser vista como um caráter punitivo e de controle, mas, como
um instrumento que facilita a busca de orientações e intervenções pedagógicas,
preocupando-se com os conteúdos vivenciados pelo aluno ao longo do processo e não
apenas aos desenvolvidos durante o mesmo. Assim, a avaliação se torna uma atividade
iluminadora e alimentadora do processo ensino-aprendizagem permitindo ao professor que
lelhore o ensino, corrija erros durante o percurso e que o aluno retorne sobre seu próprio
desenvolvimento.
Caberá ao professor avaliar o aluno de forma contínua, observando seu interesse e
sua participação no decorrer das aulas, além de outros instrumentos avaliativos como,
pesquisas, trabalhos individuais e em grupos, exercícios em sala, tarefas e provas formais.
Todos eles poderão ocorrer de forma escrita (provas discursivas e/ou objetivas), caça-
palavras, cruzadinhas, etc., e de forma oral com participação e quando solicitado.
Uma vez que é construtos do conhecimento, o aluno deve ter seu esforço
reconhecido e lhe ser permitido o retorno sobre seu desempenho e o entendimetno do erro
como parte integrante da aprendizagem. Assim, também se permite ao aluno o uso de sua
capacidade, criati vidade e individualidade.
Havendo falha no processo, o professor deve retornar ao conteúdo, planejando e
porpondo outros encaminhamentos que busquem superá-las. Isso significa que o professor
deve aconselhar, coordenar, dirigir, liderar, encorajar, animar, estimular, partilhar, aceitar,
escutar, respeitar e compreender o aluno.
REFERÊNCIA
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Fundamental/ Médio.
Parâmentos Curriculares Nacionais: Língua Estrangeira/Brasília, 1997.
Paraná, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para Escola Pública do Estado
do Paraná. 3ª ed. Curitiba, l997.
ANDREOTTI, V; JORDÃO, C.M; GIMENEZ, T. (org.) Perspectivas educacionais e
ensino de inglês na escola pública. Pelotas: Educat, 2005.
ALMEIDA FILHO, J. C. P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas:
Pontes, 2002.
CELANI, M.A.A. As línguas estrangeiras e a ideologia sojacente à organização dos
currículos da Escola Pública. São Paulo: Claritas, 1994.
SOCIOLOGIA
EMENTA
O objetivo da Sociologia é o conhecimento, a compreensão e a explicação da
sociedade, das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, do
relacionamento estabelecido no interior e entre esses grupos e, ainda, das consequências
dessas relações para os indivíduos e a coletividade.
Frente aos grandes problemas advindos da realidade contemporânea, provenientes
do capitalismo e do desenvolvimento industrial desenfreado, faz-se necessário que o
tratamento dos conteúdos pertinentes à sociologia se fundamentem e se sustentem em
teorias originárias de diferentes tradições sociológicas, cada uma com seu potencial
explicativo e que os sujeitos envolvidos no processo pedagógico melhorem seu senso
crítico para que possam transformar a realidade e conquistar uma posição mais ativa na
sociedade em que estão inseridos. É tarefa inadiável da escola e da disciplina de sociologia,
a formação de novos valores, de uma nova ética e de novas práticas que indiquem a
construção de novas relações sociais.
Para que isso ocorra é necessário que o aluno possa compreender o surgimento da
Sociologia dentro do contexto histórico de mudanças provocadas
pela Revolução Industrial e Revolução Francesa, e assim relacionar as diferentes formas de
explicação da sociedade capitalista como expressão do
conflito de interesses que a caracteriza.
Dimensão Histórica
A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais que
trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas. Nesta encruzilhada da
ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a clamar mudanças e a
absorvê-las, nasceu a Sociologia. Portanto, no auge da modernidade do século XIX surge,
na Europa, uma ciência disposta a dar conta das questões sociais, que porta os arroubos da
juventude e forja sua pretensa maturidade científica na crueza dos acontecimentos
históricos sem muito tempo para digeri-los.
O contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcado pelas
consequências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução Francesa de 1789;
uma social, a Revolução Industrial e uma revolução na ciência, que se firma com o
Iluminismo, com sua fé na razão e no progresso da civilização.
Esses acontecimentos conjugados – a queda do Antigo Regime e a ascensão da
democracia; a industrialização expandida pelas máquinas e a concentração de trabalhadores
nas cidades; e a admissão de um método científico propiciado pelo racionalismo –
garantem as condições para o desenvolvimento de um pensamento sobre a sociedade.
Inicialmente, um pensamento de cunho conservador desenha- se mais como uma forma
cultural de concepção do mundo, uma filosofia social preocupada em questionar a gênese
da sociedade e a sua evolução.
Na perspectiva positivista, a ciência ganha um caráter messiânico e é considerada
instrumento de intervenção do homem na realidade. A Sociologia, termo empregado pela
primeira vez por Auguste Comte (1798-1857), torna-se uma ciência conclusiva e síntese de
todo o caminho científico da humanidade, considerada capaz de estruturar a sociedade com
o auxílio das demais ciências. Com o livro Curso de Filosofia Positiva (1830-1842), Comte
garante-se o título de fundador do positivismo e admite ser a sociedade regida por leis
naturais, independentes da ação do homem.
Com o domínio da razão sobre as formas religiosas de explicação do mundo,
o período entre os séculos XVI a XIX foi marcado por profundas transformações na
concepção do poder político, não mais emanado de Deus, pela reorganização do poder e a
constituição dos Estados-nação. Também, a forma de produzir a sobrevivência material da
sociedade passou por mudanças, com a destruição da servidão e da organização camponesa,
a consequente emigração da população rural para os centros urbanos, a substituição
gradativa da atividade artesanal em manufatureira.
Nas grandes indústrias, trabalhadores e empresários estabelecem relações de
trabalho mediadas por sindicatos e associações representativas e defesa de diferentes
interesses na sociedade.
Todas as mudanças que se processaram, resultaram de desequilíbrios, perturbações,
rebeliões, protestos, reformas, conspirações, novas condições de vida para a população e,
sobretudo, aqui e ali, o aparecimento de uma consciência social acerca das condições de
vida, embora não explícita nem extensiva. Daí, a nostalgia de um tempo de “ordem social”
presente no pensamento social conservador e o providencial recurso instrumental
da ciência para estabelecer uma “nova ordem social”, que aparece como forma de salvação
nos círculos sociais mais apegados à tradição, a balançar diante da inovação social.
Com a missão de prever, prover e intervir na realidade social, a Sociologia faz
emergir diferentes faces de um mesmo problema colocado para reflexão e busca de solução
pelos primeiros pensadores sociais, – AugusteComte (1798-1857), Émile Durkheim (1858-
1917), Max Weber (1864-1920) e Karl Marx (1818-1883).
A Sociologia surgiu, portanto, com os movimentos de afirmação da sociedade
industrial e toda a contradição deste processo.
No Brasil, tanto as ideias conformistas como as revolucionárias exerceram grande
influência na formação do pensamento sociológico brasileiro.
Silvio Romero (1851-1914), Euclides da Cunha (1866-1909) e Oliveira Viana
(1883-1951), conservadores, utilizaram os temas raça e cultura como foco de seus estudos
problematizando a nação brasileira no contexto da modernização, pensando numa
identidade cultural.
Na década de 1930, o sociólogo conservador Gilberto Freyre (1900-1987),
problematizou a questão étnico-racial e defendeu a miscigenação entre brancos e negros na
sua obra Casa Grande e Senzala, porém, sem uma crítica mais profunda da estrutura
econômica que determinava o sistema escravista.
Ainda na década de 1930, Fernando Azevedo (1894-1974), escolanovista, escreveu
o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, em 1932, considerando pela primeira vez a
educação como um problema social.
Outros intelectuais, como Caio Prado Junior (1907-1980), Sérgio Buarque de
Holanda (1902-1982), Florestan Fernandes (1920-1995) e Otávio Ianni (1926-2004),
apresentaram uma produção socióloga significativa. Contribuíram para que a sociologia no
Brasil se firmasse e se atentasse aos problemas sociais decorrentes das mudanças
econômicas e políticas brasileiras, como os movimentos sociais agrários e urbanos,
movimentos estudantis, as mudanças na organização no mundo do trabalho, as questões da
minoria-indígena, mulheres, negros e homossexuais - foram dadas maior atenção e as
instituições sociais passam a ser estudadas em sua dinâmica social e histórica.
Contudo, não se pode esquecer que o ensino da sociologia no Brasil, teve sua
trajetória caracterizada por diversas interrupções que marcaram a disciplina, tornando-a
frágil, e que não podem ser ignoradas quando se reflete a respeito da sua inserção no
cenário educacional.
A saber:
1891: implantação da disciplina nos cursos secundários, vinculados à disciplina de moral.
1901: decreto nº 3890 de 1º de janeiro, retira oficialmente a disciplina dos currículos
escolares.
1925: retorno da disciplina nas escolas secundarias, especialmente no Colégio D. Pedro II,
RJ.
1930: criação dos cursos superiores de Ciências Sociais na Escola Livre de Sociologia e
Política de São Paulo e da Universidade de São Paulo. Possibilitou o desenvolvimento da
pesquisa sociológica, a formação de quadros intelectuais e técnicos, dando suporte às
políticas do Estado Novo e possibilitou a introdução da Sociologia nos cursos de formação
de professores.
1942: a reforma Capanema retira a obrigatoriedade da disciplina nas escolas secundárias e
a mesma praticamente desaparece dos currículos escolares.
Dec. de 50: Num clima de democracia política, a Sociologia passou a fazer parte dos
currículos dos cursos superiores, especialmente os da área de ciências humanas.
Dec. de 70: É novamente excluída dos currículos dos cursos secundários, devido à ditadura
militar.
1996: Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9397/96) abre novas perspectivas
para da Sociologia nas grades curriculares por se entender importante no exercício da
cidadania.
1998: A lei 9.394/96, especialmente em seu artigo 36, § 1º, inciso III, a disciplina de
sociologia perde seu caráter obrigatório e seu conteúdo passa a receber um tratamento
interdisciplinar.
A partir de 2004: no Estado do Paraná, a Secretaria Estadual de Educação (SEED)
implantou várias ações no sentido de promover a conscientização da comunidade escolar a
respeito da importância do conhecimento sociológico para o aluno do Ensino Médio.
Em junho de 2008 é aprovada a alteração do artigo 36 da Lei 9.394/96,
para incluir a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias em todas as
séries do ensino médio.
Objetivos Gerais
- Consolidar a base humanista da formação do educando, propiciando-lhe capacidade para
pensar e repensar de modo crítico o funcionamento da sociedade contemporânea, sendo,
portanto, fundamental na construção e aprimoramento da cidadania.
- Despertar o interesse do educando para a compreensão de sua própria condição de vida e
análise da sociedade, compondo, consolidando, alargando, pesquisando e esclarecendo
muitos dos problemas da vida social.
- Oportunizar ao educando, situações de reflexões teóricas em que este possa reconstruir
dialeticamente o conhecimento que já dispõe em sua prática social, num outro nível de
compreensão, intervindo e transformando essa prática social.
- Compreender as diversas formas, pelas quais os seres humanos vivem em grupos, e as
relações que ocorrem no seu interior e entre esses diferentes grupos, bem como as
consequências dessas relações para os indivíduos e a coletividade.
- Conhecer conceitos e práticas que identificam e organizam campos de estudos básicos
para compreender os processos de construção social.
- Conhecer as diferentes tradições sociológicas, cada uma com seu potencial explicativo,
mobilizando o educando para a conservação ou transformação da sociedade, para a
melhoria ou a degradação humana.
- Recuperar através de estudos das instituições sociais, a historicidade nos diversos grupos
humanos, contribuindo para a mudança de atitudes e para um pensamento analítico livre de
noções preconceituosas e deterministas acerca das relações sociais, ampliando as condições
de cidadania dos estudantes.
Fundamentos Teóricos Metodológicos
A ciência, fruto do processo histórico, está em constante processo de construção e se
vale do conhecimento acumulado pelos intelectuais que lançaram as bases teórico-
metodológicas do pensar a realidade.
A Sociologia possui um grupo de sociólogos clássico-tradicionais que se
debruçaram a analisar a sociedade da sua época e nos trouxe estudos essenciais para a
compreensão da nossa sociedade hoje. Entre outros, destacamos o francês Émile Durkheim
(1858-1917), o alemão Max Weber (1864-1920) e, por suas contribuições para a área, o
filósofo alemão Karl Marx (1818-1883) – sem mencionar a contribuição de outros como o
escritor político francês Charles Tocqueville (1805-1859), que percebeu democrática, a
sociedade moderna; o filósofo inglês Herbert Spencer (1820-1903), considerado o fundador
da teoria evolucionista; e o italiano Vilfredo Pareto (1848-1923), com sua teoria das elites
sociais.
Os clássicos são a ponta de lança do conhecimento da realidade social e ainda os faz
presentes na Sociologia contemporânea. Pensaram a sociedade europeia da sua época,
valendo-se da ciência para compreender o sentido da crise que a acometia. Cada qual lhe
lançou um olhar: Marx analisou a dinâmica das relações sociais presentes no capitalismo;
Durkheim identificou a divisão do trabalho social na sociedade industrial como prenúncio
da era moderna; e Weber concebeu a sociedade ocidental qual um feixe de possibilidades
históricas carreadas pelo processo de racionalização capitalista. São considerados clássicos
porque suas ideias ainda detêm força explicativa para uma realidade em transformação, e
suas obras têm coerência interna, segundo o sociólogo inglês Anthony Giddens (1990).
Veremos a contribuição de Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx
Émile Durkheim
Durkheim, nascido em 1858 na cidade francesa Épinal, fazia parte de uma família
pobre de origem judia. Durkheim é considerado como um dos fundadores da Sociologia,
essa é um ramo das ciências humanas que estuda as relações sociais e seus fenômenos.
Durkheim ingressou na Escola Normal Superior de Paris em 1879, depois de 8 anos ele se
tornou o primeiro professor na França de Ciência Sociológica.
Pouco tempo depois, mais precisamente entre os anos de 1893 e 1895, Durkheim redigiu as
suas duas principais obras: Da divisão do Trabalho Social e As Regras do Método Social e
As Regras do Método Sociológico. A partir dessas obras constituiu com elas outras idéias,
o desenvolvimento de um conceito acerca da consciência coletiva, nos quais a abordagem
leva em consideração o conjunto de crenças e sentimentos comuns que refletem as
inúmeras relações entre os membros de uma determinada sociedade. Para Durkheim o
fundamental para uma sociedade alcançar uma evolução e/ou desenvolvimento é necessário
que a nação ou país focalize seus investimentos na educação, como base do processo, sendo
que de acordo com o nível de educação elevado certamente iria produzir um melhor
desenvolvimento.
Durkheim via nas crises econômicas de sua época, por exemplo, indícios do que
denomina anomia social, ou seja, ausência de normas que regulem a vida em sociedade, ou
mesmo uma desorganização (disnomia) nas regras do seu funcionamento. Sua concepção
da realidade social é, portanto, orgânica e funcionalista: cada uma das partes, identificadas
com as instituições sociais ou os indivíduos, atende uma função, cumpre uma necessidade
específica que responde pela saúde do todo. Este princípio da integração social sustenta o
pensamento durkheimiano.
Os fatos sociais são eleitos o objeto por excelência da ciência sociológica;
Durkheim (1990) define-os como “toda maneira de agir, fixa ou não, suscetível de exercer
sobre o indivíduo uma coerção exterior; que é geral na extensão de uma sociedade dada,
apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que possa
ter”. Recomenda ao investigador observar as características gerais dos fatos sociais: a) a
coercitividade, expressa na pressão ou coerção que exercem sobre os indivíduos,
amoldando-os aos costumes sociais, por exemplo; b) a generalidade, captada na
regularidade dos fenômenos coletivos encontrados em sociedades de todos os tempos e
pode ser ilustrada pelas relações de parentesco; um fato social é normal por estar presente
na extensão de uma dada sociedade; c) a exterioridade dos fatos sociais encontra-se na sua
independência em relação aos fenômenos de natureza psíquica.
Max Weber
Max Weber (1864-1920) concebe o objeto da sociologia como, fundamentalmente,
"a captação da relação de sentido" da ação humana. Em outras palavras, conhecer um fenô-
meno social seria extrair o conteúdo simbólico da ação ou ações que o configuram. Por
ação, Weber entende "aquela cujo sentido pensado pelo sujeito jeito ou sujeitos jeitos é re-
ferido ao comportamento dos outros; orientando-se por ele o seu comportamento". Tal co-
locação do problema de como se abordar o fato significa que não é possível propriamente
explicá-lo como resultado de um relacionamento de causas e efeitos (procedimento das ci-
ências naturais), mas compreendê-lo como fato carregado de sentido, isto é, como algo que
aponta para outros fatos e somente em função dos quais poderia ser conhecido em toda a
sua amplitude.
O método compreensivo, defendido por Weber, consiste em entender o sentido que
as ações de um indivíduo contêm e não apenas o aspecto exterior dessas mesmas ações. Se,
por exemplo, uma pessoa dá a outra um pedaço de papel, esse fato, em si mesmo, é irrele-
vante para o cientista social. Somente quando se sabe que a primeira pessoa deu o papel
para a outra como forma de saldar uma dívida (o pedaço de papel é um cheque) é que se
está diante de um fato propriamente humano, ou seja, de uma ação carregada de sentido. O
fato em questão não se esgota em si mesmo e aponta para todo um complexo de significa-
ções sociais, na medida em que as duas pessoas envolvidas atribuem ao pedaço de papel a
função do servir como meio de troca ou pagamento; além disso, essa função é reconhecida
por uma comunidade maior de pessoas.
Segundo Weber, a captação desses sentidos contidos nas ações humanas não poderia
ser realizada por meio, exclusivamente, dos procedimentos metodológicos das ciências na-
turais, embora a rigorosa observação dos fatos (como nas ciências naturais) seja essencial
para o cientista social. Contudo, Weber não pretende cavar um abismo entre os dois grupos
de ciências. Segundo ele, a consideração de que os fenômenos obedecem a uma regularida-
de causal envolve referência a um mesmo esquema lógico de prova, tanto nas ciências natu-
rais quanto nas humanas. Entretanto, se a lógica da explicação causal é idêntica, o mesmo
não se poderia dizer dos tipos de leis gerais a serem formulados para cada um dos dois gru-
pos de disciplinas. As leis sociais, para Weber, estabelecem relações causais em termos de
regras de probabilidades, segundo as quais a determinados processos devem seguir-se, ou
ocorrer simultaneamente., outros. Essas leis referem-se a construções de “comportamento
com sentido” e servem para explicar processos particulares. Para que isso seja possível;
Weber defende a utilização dos chamados “tipos ideais”, que representam o primeiro nível
de generalização de conceitos abstratos e, correspondendo às exigências lógicas da prova,
estão intimamente ligados à realidade concreta particular.
2.1.3 Karl Marx e o princípio da contradição social
Economista, filósofo e socialista alemão, Karl Marx nasceu em Trier em 5 de Maio
de 1818 e morreu em Londres a 14 de Março de 1883. Estudou na universidade de Berlim,
principalmente a filosofia hegeliana, e formou-se em Iena, em 1841, com a tese Sobre as
diferenças da filosofia da natureza de Demócrito e de Epicuro. Em 1842 assumiu a chefia
da redação do Jornal Renano em Colônia, onde seus artigos radical-democratas irritaram as
autoridades. Em 1843, mudou-se para Paris, editando em 1844 o primeiro volume dos
Anais Germânico-Franceses, órgão principal dos hegelianos da esquerda. Entretanto,
rompeu logo com os líderes deste movimento, Bruno Bauer e Ruge.
Em 1844, conheceu em Paris Friedrich Engels, começo de uma amizade íntima
durante a vida toda. Foi, no ano seguinte, expulso da França, radicando-se em Bruxelas e
participando de organizações clandestinas de operários e exilados. Ao mesmo tempo em
que na França estourou a revolução, em 24 de fevereiro de 1848, Marx e Engels publicaram
o folheto O Manifesto Comunista, primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais tarde,
seria chamada marxista. Voltou para Paris, mas assumiu logo a chefia do Novo Jornal
Renano em colônia, primeiro jornal diário francamente socialista.
Depois da derrota de todos os movimentos revolucionários na Europa e o
fechamento do jornal, cujos redatores foram denunciados e processados, Marx foi para
Paris e daí expulso, para Londres, onde fixou residência. Em Londres, dedicou-se a vastos
estudos econômicos e históricos, sendo freqüentador assíduo da sala de leituras do British
Museum. Escrevia artigos para jornais norte-americanos, sobre política exterior, mas sua
situação material esteve sempre muito precária. Foi generosamente ajudado por Engels, que
vivia em Manchester em boas condições financeiras.
Em 1864, Marx foi co-fundador da Associação Internacional dos Operários, depois
chamada I Internacional, desempenhando dominante papel de direção. Em 1867 publicou o
primeiro volume da sua obra principal, O Capital. Dentro da I Internacional encontrou
Marx a oposição tenaz dos anarquistas, liderados por Bakunin, e em 1872, no Congresso de
Haia, a associação foi praticamente dissolvida. Em compensação, Marx podia patrocinar a
fundação, em 1875, do Partido Social-Democrático alemão, que foi, porém, logo depois,
proibido. Não viveu bastante para assistir às vitórias eleitorais deste partido e de outros
agrupamentos socialistas da Europa.
Pretendendo caracterizar não apenas uma visão econômica da história, mas também
uma visão histórica da economia, a teoria marxista também procura explicar a evolução das
relações econômicas nas sociedades humanas ao longo do processo histórico. Haveria,
segundo a concepção marxista, uma permanente dialética das forças entre poderosos e
fracos, opressores e oprimidos, a história da humanidade seria constituída por uma
permanente luta de classes, como deixa bem claro a primeira frase do primeiro capítulo
d’O Manifesto Comunista: “A história de toda sociedade passado é a história da luta de
classes’.
Classes essas que, para Engels são "os produtos das relações econômicas de sua época".
Assim apesar das diversidades aparentes, escravidão, servidão e capitalismo seriam
essencialmente etapas sucessivas de um processo único. A base da sociedade é a produção
econômica. Sobre esta base econômica se ergue uma superestrutura, um estado e as idéias
econômicas, sociais, políticas, morais, filosóficas e artísticas. Marx queria a inversão da
pirâmide social, ou seja, pondo no poder a maioria, os proletários, que seria a única força
capaz de destruir a sociedade capitalista e construir uma nova sociedade, socialista.
Para Marx os trabalhadores estariam dominados pela ideologia da classe dominante, ou
seja, as idéias que eles têm do mundo e da sociedade seriam as mesmas idéias que a
burguesia espalha. O capitalismo seria atingido por crises econômicas porque ele se tornou
o impedimento para o desenvolvimento das forças produtivas. Seria um absurdo que a
humanidade inteira se dedica-se a trabalhar e a produzir subordinada a um punhado de
grandes empresários. A economia do futuro que associaria todos os homens e povos do
planeta, só poderia ser uma produção controlada por todos os homens e povos. Para Marx,
quanto mais o mundo se unifica economicamente mais ele necessita de socialismo.
Não basta existir uma crise econômica para que haja uma revolução. O que é decisivo
são as ações das classes sociais que, para Marx e Engels, em todas as sociedades em que a
propriedade é privada existem lutas de classes (senhores x escravos, nobres feudais x
servos, burgueses x proletariados). A luta do proletariado do capitalismo não deveria se
limitar à luta dos sindicatos por melhores salários e condições de vida. Ela deveria também
ser a luta ideológica para que o socialismo fosse conhecido pelos trabalhadores e assumido
como luta política pela tomada do poder. Neste campo, o proletariado deveria contar com
uma arma fundamental, o partido político, o partido político revolucionário que tivesse uma
estrutura democrática e que buscasse educar os trabalhadores e levá-los a se organizar para
tomar o poder por meio de uma revolução socialista.
Marx tentou demonstrar que no capitalismo sempre haveria injustiça social, e que o
único jeito de uma pessoa ficar rica e ampliar sua fortuna seria explorando os trabalhadores,
ou seja, o capitalismo, de acordo com Marx é selvagem, pois o operário produz mais para o
seu patrão do que o seu próprio custo para a sociedade, e o capitalismo se apresenta
necessariamente como um regime econômico de exploração, sendo a mais-valia a lei
fundamental do sistema.
A força vendida pelo operário ao patrão vai ser utilizada não durante 6 horas, mas
durante 8, 10, 12 ou mais horas. A mais-valia é constituída pela diferença entre o preço
pelo qual o empresário compra a força de trabalho (6 horas) e o preço pelo qual ele vende o
resultado (10 horas por exemplo). Desse modo, quanto menor o preço pago ao operário e
quanto maior a duração da jornada de trabalho, tanto maior o lucro empresarial.
No capitalismo moderno, com a redução progressiva da jornada de trabalho, o lucro
empresarial seria sustentado através do que se denomina mais-valia relativa (em oposição à
primeira forma, chamada mais-valia absoluta), que consiste em aumentar a produtividade
do trabalho, através da racionalização e aperfeiçoamento tecnológico, mas ainda assim não
deixa de ser o sistema semi-escravista, pois "o operário cada vez se empobrece mais
quando produz mais riquezas", o que faz com que ele "se torne uma mercadoria mais vil do
que as mercadorias por ele criadas".
Assim, quanto mais o mundo das coisas aumenta de valor, mais o mundo dos
homens se desvaloriza. Ocorre então a alienação, já que todo trabalho é alienado, na
medida em que se manifesta como produção de um objeto que é alheio ao sujeito criador. O
raciocínio de Marx é muito simples: ao criar algo fora de si, o operário se nega no objeto
criado. É o processo de objetificação. Por isso, o trabalho que é alienado (porque cria algo
alheio ao sujeito criador) permanece alienado até que o valor nele incorporado pela força de
trabalho seja apropriado integralmente pelo trabalhador.
Em outras palavras, a produção representa uma negação, já que o objeto se opõe ao
sujeito e o nega na medida em que o pressupõe e até o define. A apropriação do valor
incorporado ao objeto graças à força de trabalho do sujeito-produtor, promove a negação
da negação. Ora, se a negação é alienação, a negação da negação é a desalienação. Ou seja,
a partir do momento que o sujeito-produtor dá valor ao que produziu, ele já não está mais
alienado.
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos estruturantes são, portanto, instâncias conceituais que remetem à
reconstrução da realidade e às suas implicações lógicas. São estruturantes os conteúdos que
identificam grandes campos de estudos, onde as categorias conceituais básicas da
Sociologia – ação social, relação social, estrutura social e outras eleitas como unidades de
análise pelos teóricos – fundamentam a explicação científica. Na afirmação de Marx
(1977), as categorias simples são síntese de múltiplas determinações.
Os Conteúdos Estruturantes não se confundem com listas de temas e conceitos
encadeados de forma rígida, mas constituem apoios conceituais, históricos e
contextualizados, que norteiam professores e alunos – sujeitos da educação escolar e da
prática social – na seleção, organização e problematização dos conteúdos específicos
relacionados a necessidades locais e coletivas. São estruturantes os conteúdos que
estabelecem essa ponte entre o local e o global, o individual e o coletivo, a teoria e a
realidade empírica, mantendo a ideia de totalidade e das inter-relações que constituem a
sociedade.
Os conteúdos estruturantes da disciplina de Sociologia propostos são:
• O processo de socialização e as instituições sociais;
• Cultura e indústria cultural;
• Trabalho, produção e classes sociais;
• Poder, política e ideologia;
• Direitos, cidadania e movimentos sociais.
• O Processo de Socialização e as Instituições Sociais
Socialização é o processo que persiste ao longo da vida do indivíduo, está presente
na sociedade em tudo o que ela produz de comum e é a base da Sociologia formal. A vida
em sociedade exige que seus membros conheçam e internalizem as expectativas de
comportamentos sociais estabelecidos por valores, regras e normas, pela linguagem e pelas
ideias. Isso ocorre, fundamentalmente, por meio das instituições sociais vinculadas a
contextos históricos, econômicos, políticos e culturais. A socialização molda o indivíduo de
tal maneira que esse não é mais indivíduo, mas sujeito socializado que age segundo a
sociedade. É também um processo que implica valoração passiva deste sujeito à sociedade,
mas também o leva a conhecê-la e a reagir, expressando sua personalidade e os valores da
cultura em que vive.
Ao estudarmos as instituições sociais entraremos no contexto da família, da escola e
da religião.
- Instituição Familiar
A Instituição familiar, propõe-se o estudo de suas origens históricas e configurações
que assume em distintos espaços sociais e geográficos. Atentar para a perspectiva
antropológica da família e suas mudanças até chegar à conformação da família
contemporânea: laços afetivos, laços de parentesco e coexistência física. O sistema
patriarcal e as modernas relações de gênero dão contemporaneidade às questões da família.
As categorias da análise marxista – produção, trabalho e classes sociais – são utilizadas nas
pesquisas da área e permitem estabelecer relações entre a família, o trabalho e a política.
- Instituição Escolar
Acerca da instituição escolar, podem ser estudadas suas origens e modelos
educacionais socializadores em diversas sociedades. As análises devem tratar do papel
social da escola e de seus atores – professores, alunos, funcionários e direção – na
sociedade contemporânea e dispõem de leituras clássicas de autores nacionais e
estrangeiros sobre a educação como objeto de estudo sociológico
- Instituição Religiosa
Em relação a instituição religiosa podemos dizer que os autores clássicos deitaram
seu olhar sobre o fenômeno social da religião. As religiões nascem da exigência de explicar
a origem do universo, o mistério da morte, a relação entre homem e natureza, a expectativa
do transcendental, a diferença entre o profano e o sagrado, a matéria e o espírito, o natural e
o sobrenatural. Mas, essas oposições geram ambiguidades e remetem à condição humana; a
Sociologia procura, então, explicar a religião pela garantia da ordem e da coesão sociais,
ressaltando o seu fundamento moral.
O estudo sociológico no Ensino Médio deve partir da importância do pensamento
religioso, das diferentes práticas religiosas e levar os estudantes à reflexão sobre a ideologia
e o sectarismo.
• Cultura e indústria cultural
É importante problematizar o conceito de cultura e suas derivações para os alunos de
Ensino Médio, para perceberem que não existem culturas superiores ou inferiores e
possam reconhecer que há grupos diferentes quanto aos aspectos de constituição de vida
como a família, o trabalho, o lazer, a religião etc. Desse modo, os alunos poderão
questionar o porquê da dominação cultural sobre algumas sociedades parecer natural,
impondo seus costumes, religião e forma de organização familiar, e também, uma
dominação econômica.
Não se recomenda conceber a cultura de forma hierarquizada, por propiciar a
compreensão de uma divisão dicotômica entre a cultura erudita e a cultura popular, numa
ideia “naturalizada” de hierarquia em favor da cultura superior considerada mais valiosa
no senso comum. Na sociedade contemporânea integrada pela indústria cultural, essa
distinção é questionada, principalmente quando se aponta para a interrelação entre a
cultura popular, a erudita e a cultura de massa.
- Trabalho, produção e classes sociais
O trabalho é a condição de sobrevivência humana. Ao agir sobre a natureza para
suprir necessidades de sua existência, os homens transformam as condições materiais e a si
mesmos, segundo Marx (1975). Nessa relação entre trabalho humano e natureza, além de
modificar o meio natural, o homem desenvolve habilidades e obtém domínio sobre a
natureza, adequando métodos para alcançar o resultado buscado.
Para produzir a subsistência, os homens se associam, o que faz o trabalho ser uma
atividade social por excelência. Na sociedade capitalista, a expressão dessa atividade-
relação é o trabalho assalariado, onde o salário é a remuneração da força de trabalho que o
trabalhador vende ao empregador (patrão, empresa, Estado). O trabalho é, então, uma
relação social que pode ser organizada de várias formas, a partir da divisão do trabalho.
- Poder, política e ideologia
Poder é um dos temas ao qual a Sociologia tem dedicado maior atenção, não apenas
interessada em analisar no que consiste, mas sobretudo como e se o poder é legitimado. O
poder é concebido como a capacidade, a habilidade, o potencial de realizar, obter algo;
implica a tendência a condicionar, guiar, oprimir a vontade de outro. Ele é um exercício e o
poder exercitado é a política. Poder é ação social. Existem múltiplas formas de poder na
realidade social e diversas são as leituras.
Ideologia é um fenômeno social que tem gerado, ao longo do percurso da
Sociologia, uma variação de interpretações de acordo com a linha teórico-metodológica de
análise. Isso prova serem históricos os conceitos tal qual os fenômenos que traduzem, ou
seja, epistemologicamente têm uma origem e uma trajetória que não é linear na ciência,
mas feita de concomitância de significações, usos e desusos.
- Direitos, cidadania e movimentos sociais
Nas sociedades modernas, os direitos sociais devem ser pensados como construções
históricas dos sujeitos desses próprios direitos. Assim, podemos falar da cidadania como
uma conquista social e não apenas como a condição de quem faz parte da população de
uma nação, submete-se a leis e desfruta de direitos sociais. A cidadania é pensada como um
conjunto de direitos, que englobam deveres na medida da convivência coletiva,
conquistados ao longo da história por diferentes atores sociais. A cidadania diz respeito à
relação entre Estado e cidadão quanto aos direitos e obrigações.
Na análise dos direitos, deve-se considerar se eles foram inscritos nas leis ou decorrentes de
pressão e mobilização social.
A cidadania é a possibilidade dos indivíduos tornarem-se sujeitos atuantes, com
seus direitos e deveres, o que implica a questão da inclusão/exclusão sociais. Entretanto, os
direitos se tornam plenos se forem exercidos no cotidiano das ações das pessoas. Direito na
lei, que não é exercido, é apenas direito formal, por isso, nestas Diretrizes, esta temática é
vinculada à dos movimentos sociais, cuja existência está relacionada à criação de novos
direitos ou ao respeito aos já inscritos na lei, implicando mobilização social e ação coletiva.
Conteúdos para o Ensino Médio
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
O surgimento da sociologia e as
Teorias Sociológicas
O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas de
Auguste Comte, Émile Durkheim, Max Weber e Karl
Marx.
O processo dessocialização e as
instituições sociais
- Instituições familiares
- Instituições escolares
- Instituições religiosas
- Instituições de reinserção
Trabalho, produção e classes
sociais
- O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes
sociedades.
- Desigualdades sociais:estamentos, castas e classes
sociais.
- Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e
suas contradições
- Globalização no Brasil.
Poder, política e ideologia
- Conceitos de ideologia,
- Desenvolvimento da sociologia no Brasil.
- Democracia, autoritarismo, totalitarismo.
- As expressões da violência nas sociedades
contemporâneas.
3. Direitos, cidadania e
movimentos sociais
- Conceitos de cidadania
- Direitos civis, políticos e sociais
- Direitos humanos
- Movimentos sociais
- Movimento sociais no Brasil
- Questões ambientais e movimentos ambientalistas
- Questão das ONG's
y) Cultura e Indústria
Cultural
- Diversidade e diferença cultural
- Minorias, preconceito, hierarquia e desigualdades.
- Questões de gênero e a construção social do gênero
- Cultura afro-brasileira e a construção social da cor:
Identidades e movimentos sociais; dominação,
hegemonia e contramovimentos
- Indústria Cultural
- Meios de comunicação de massa
- Sociedade de consumo, Indústria Cultural no Brasil.
Os conteúdos estruturantes foram disponibilizados nas três séries do ensino médio.
Segue abaixo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
1ª SÉRIE
O surgimento da sociologia e as Teorias sociológicas
O processo de socialização e as instituições sociais
Trabalho, produção e classes
O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas estarão presentes em todas as séries.(Sugere-se que o professor articule os momentos históricos mais relevantes para discussão dos conteúdos do bloco, bem como, quais os conceitos mais importantes dos teóricos clássicos podem ser utilizados nas discussões propostas para esse bloco. Aqui também é o momento do professor apresentar, ainda que rapidamente, com quais outros teóricos e conceitos, para além dos clássicos, pretende trabalhar os conteúdos apresentados.)
- Instituições familiares- Instituições escolares- Instituições religiosas- Instituições de reinserção
sociais- O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades- Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais- Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições- Globalização e Neoliberalismo- Trabalho no Brasil- Relações de trabalho
2ª SÉRIE
O surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas
Poder, política e ideologia
4. Direitos, cidadania e movimentos sociais
- Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social.
z) Formação e Desenvolvimento do Estado modernoaa) As teorias sociológicas clássicas e os diversos:Conceitos de poder,Conceitos de ideologia, Conceitos de dominação e legitimidade.- Estado no Brasil- Desenvolvimento da sociologia no Brasil- Democracia, autoritarismo, totalitarismo.- As expressões da violência nas sociedades contemporâneas
- Conceitos de cidadania- Direitos civis, políticos e sociais- Direitos humanos- Movimentos sociais- Movimentos sociais no Brasil- Questões ambientais e movimentos ambientalistas- Questão das ONG's
3ª SÉRIE
5. O surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas.
Cultura e Indústria Cultural
- Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social.
- Os conceitos de culturas e as escolas antropológicas- Antropologia brasileira- Diversidade e diferença cultural- Relativismo, etnocentrismo, alteridade
- Culturas indígenas- Roteiro para pesquisa de campo- Identidades como projeto e/ou processo, sociabilidades e globalização- “Minorias”, preconceito, hierarquia e desigualdades- Questões de gênero e a construção social do gênero- Cultura afro-brasileira e a construção social da cor. Identidades e movimentos sociais; dominação, hegemonia e contramovimentos- Indústria Cultural- Meios de comunicação de massa- Sociedade de consumo, Indústria Cultural no Brasil
Encaminhamentos Metodológicos
O objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as relações que se
estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e atingem as relações
entre os indivíduos e a coletividade. Ao se constituir como ciência, com o desenvolvimento
e a consolidação do capitalismo, a Sociologia tem por base a sociedade capitalista, contudo,
não existe uma única forma de interpretar a realidade e esse diferencial deve fazer parte do
trabalho do professor.
No exercício pedagógico da Sociologia, deve-se manter no horizonte de análise
tanto o contexto histórico do seu aparecimento e a contribuição dos clássicos tradicionais,
quanto teorias sociológicas mais recentes. Os elementos básicos das teorias de Durkheim,
Weber e Marx precisam ser desenvolvidos levando-se em consideração o recorte temporal
no qual se erige a Sociologia. Isso requer a retomada do histórico da disciplina em cada
teoria trabalhada.
A abordagem dada aos conteúdos bem como a avaliação do processo de ensino-
aprendizagem estarão relacionadas à Sociologia crítica, caracterizada por posições teóricas
e práticas que permitam compreender as problemáticas sociais concretas e contextualizadas
em suas contradições e conflitos, possibilitando uma ação transformadora do real.
A compreensão da realidade histórica e social, as análises do mundo do trabalho e
das vivências sociais e o conteúdo produzido é acumulado historicamente pela humanidade
e deve ser adquirido pelo aluno como condição de sua emancipação. Para tanto serão
utilizados diversos instrumentos :
• aulas expositivas dialogadas
• pesquisas bibliográficas
• análises crítica de, documentários, músicas, propagandas de TV, imagens, entre
outros
• leitura e análise de textos sociológicos, jornalísticos, teóricos-contemporâneos,
literários, entre outros
Avaliação
Supera a avaliação classificatória, propondo uma avaliação formal, processual,
continuada e diagnóstica. Planejada e registrada de maneira criteriosa pelo professor.
Os instrumentos de avaliação em Sociologia deverão atentar para a construção da
autonomia do educando. Entre outras possibilidades serão: leitura, interpretação e análise
de textos, teses e documentos históricos-sociológicos, produção de textos, trabalhos
escritos, pesquisas de campo (entrevistas), seminários, painéis, testes escritos e orais.
Os critérios de avaliação: serão de acordo com os objetivos que se pretende atingir
com o conteúdo administrado, entre eles, a clareza, a apreensão e a compreensão na
reflexão dos alunos diante do conteúdo, que pode ser expresso de forma oral ou escrita.
Referência Bibliográfica
ALVES, R. Filosofia da Ciência. São Paulo: Ars Poética, 1996.
AZEVEDO, F. Princípios de sociologia: pequena introdução ao estudo da sociologia geral.
11ª ed. São Paulo: Duas Cidades, 1973
CASTRO, A.M.D. e FERNANDES, E. Contexto histórico do aparecimento da sociologia.
In: Introdução ao pensamento sociológico. São Paulo: Centauro, 2001.
CHAUI, MS. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1980.
COMTE, A. Sociológica. São Paulo: Ática, 1978.
DURKHEIM, E. Sociologia. São Paulo. Ática, 1978.
Da divisão social do trabalho. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
As regras do método sociológico. São Paulo. Cia Editora Nacional, 1974.
O suicídio. 6ª ed. Lisboa. Presença, 1996.
MAQUIAVEL, N.O príncipe. São Paulo. Martins Fontes, 1990.
MARX, K. O Capital: critica da economia política. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil, 1994.
Os Pensadores. São Paulo. Abril Cultural. 1978
MARX, K e ENGELS, F. O manifesto do partido comunista. Rio de Janeiro. Paz e Terra,
1998.
WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 11ª ed. São Paulo: Pioneira,
1996.
Ciência e Política: duas vocações. São Paulo: Martin Chret, 2002.
Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.
CHAUI, M. Convite a filosofia. São Paulo, Ática, 1998.
FERNANDES, F. A educação numa sociedade tribal. In: PEREIRA, L; FORACHI M.
(org). Educação e Sociedade: leituras de sociologia da educação. São Paulo: Ed Nacional,
1973.
GEERTZ, C. A Interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.
GIDDENS, A sociologia. 6ª ed. Porto Alegre. Artmed, 2005.
LUIZZETTO, F. Utopias anarquistas. São Paulo: Brasiliense, 1987.
WEBER, M. a ética protestante e o espírito do capitalismo 15ª ed. São Paulo: Pioneiro,
2000.
ARANTES, A. O que é cultura popular. 5ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1983.
LAPLANTINE, F. Aprender Antropologia 12ª ed. São Paulo: Brasiliense, 2000.
LARAIA, R de B. Cultura: Um conceito antropológico. 18ª ed. Rio de Janeiro: Zahar,
2005.
OLIVEIRA, R.C. O índio e o mundo dos brancos. São Paulo: Ed. Pioneira, 1981.
CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA – SUBSEQUENTE
Os caminhos da escola pública vão além da conclusão da escolaridade média.
Temos a possibilidade de encaminhar nossos alunos para especificidades que atendam às
necessidades de nossa sociedade, instrumentando-o de conhecimentos científicos,
tecnológicos e sócio-históricos que possibilitem a sua inserção no mundo do trabalho. A
formação técnica está nessa direção e mostra-se como mais uma oportunidade de direcionar
nosso jovem, situando-o no sistema produtivo, contribuindo para sua habilitação numa área
técnica.
Assim, o Colégio Estadual Parigot de Souza inclui em suas modalidades de ensino o
Curso Técnico em Informática – Subsequente, cujo objetivo maior é propiciar ao aluno a
apreensão dos fundamentos técnicos e tecnológicos da área de informática, abrindo-lhe
oportunidades de acesso ao mercado de trabalho.
OBJETIVOS
Organizar experiências pedagógicas que levem à formação de sujeitos críticos e
conscientes, capazes de intervir de maneira responsável na sociedade em que vivem;
Oferecer um processo formativo que assegure a integração entre a formação geral e a de
caráter profissional de forma a permitir tanto a continuidade nos estudos como a inserção
no mundo do trabalho;
Articular conhecimentos científicos e tecnológicos das áreas naturais e sociais
estabelecendo uma abordagem integrada das experiências educativas;
Oferecer um conjunto de experiências teórico-práticas na área de informática com a
finalidade de consolidar o “saber fazer”.
Formar para o exercício da cidadania, com entendimento da realidade social,
econômica, política e cultural do mundo do trabalho, para a atuação de forma ética como
sujeito histórico;
Proporcionar a formação de um profissional capaz de identificar os elementos
básicos da informática, os sistemas operacionais, as diferentes linguagens de programação e
os elementos de qualidade de softwares, multimídia, conhecimento técnico para aperfeiçoar
e desenvolver a automação das tarefas relacionadas ao cotidiano da vida profissional;
Preparar profissional de nível técnico com capacidade par criar e manter projetos de
softwares simples;
Fornecer ao educando a competência para preparar o ambiente computacional para
instalação/operação de sistemas;
Formar profissional com competência para especificar sistemas computacionais;
Destacar em todo o processo educativo a importância da preservação dos recursos e
do equilíbrio ambiental.
DADOS GERAIS DO CURSO
Habilitação Profissional: Técnico em Informática
Eixo Tecnológico: Informação e Comunicação
Forma: Subseqüente
Carga Horária Total do Curso: 1360 horas/aula ou 1133 horas
Regime de Funcionamento: de 2ª a 6ª feira, no(s) período(s): (manhã, tarde e/ou noite)
Regime de Matrícula: Semestral
Número de Vagas:.........por turma. (Conforme m² - mínimo 30 ou 40)
Período de Integralização do Curso: Mínimo de 01(um) ano e seis meses e máximo de 05
(cinco) anos
Requisitos de Acesso: Ter concluído o Ensino Médio
Modalidade de Oferta: Presencial
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O tratamento metodológico, abarcado por todas as disciplinas do curso, privilegiará
a relação teoria/prática e parte/totalidade; são as competências a desenvolver, para além da
simples memorização de passos e procedimentos, que incluem as habilidades de
comunicação, a capacidade de buscar informações em fontes e através de meios
diferenciados e a possibilidade de trabalhar cientificamente com estas informações para
resolver situações problemáticas, criando novas soluções. Para tanto devem ser utilizados
recursos pedagógicos para o enriquecimento do processo ensino-aprendizagem, os espaços
escolares, visitas à empresas, relatórios, seminários, palestras, portfólios, projetos
interdisciplinares, vídeos, áudios entre outras atividades.
Matriz CurricularEstabelecimento:Município:
Implantação gradativa a partir do ano Turno:
DISCIPLINASSEMESTRES
horas1ª 2ª 3ªT P T P T P
1 ANÁLISES E PROJETOS 2 2 2 2 160 1332 BANCO DE DADOS 2 2 80 673 FUNDAMENTOS DO TRABALHO 2 40 334 2 2 80 675 INFORMÁTICA INSTRUMENTAL 1 3 80 676 INGLÊS TÉCNICO 2 40 337 INTERNET E PROGRAMAÇÃO WEB 2 2 2 2 2 2 240 2008 LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO 2 2 2 2 2 2 240 2009 MATEMÁTICA APLICADA 2 40 33
10 PRÁTICA DISCURSIVA E LINGUAGENS 2 40 3311 REDES E SISTEMAS OPERACIONAIS 2 2 2 2 160 13312 SUPORTE TÉCNICO 2 1 3 2 160 133
TOTAL 22 24 22 1360 1133
Curso: TÉCNICO EM INFORMÁTICAForma: SUBSEQUENTE
Carga horária: 1360 horas/aula – 1133 horasMódulo: 20 Organização: Semestral
hora/ aula
COMPUTADORES
SISTEMA DE AVALIAÇÃO
A avaliação é entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor
estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as finalidades
de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como
diagnosticar seus resultados , e o seu desempenho , em diferentes situações de
aprendizagem.
Considera-se os aspectos qualitativos da aprendizagem, levando em conta a
interdisciplinariedade e a multidisciplinariedade dos conteúdos, com relevância à atividade
crítica, à capacidade de síntese e à elaboração sobre a memorização, num processo de
avaliação contínua, permanente e cumulativa observada em atividades de pesquisa,
seminários, produções textuais, participações em eventos de instituições relacionadas ao
ensino técnico, etc.
A avaliação expressa-se por notas, sendo a mínima para aprovação - 6,0 (seis
vírgula zero). O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente será submetido à
recuperação de estudos de forma concomitante ao período letivo.
DISCIPLINAS
1. Análise e Projetos
Apresentação:
A disciplina de ANÁLISE DE PROJETOS capacita o aluno a trabalhar com os
principais aplicativos dominando as suas funções principais, auxiliando-o no seu trabalho
do dia a dia; interpretar dados de diversos setores interligados; conhecer diversos processos
racionais e saber tomar decisões.
Objetivos Gerais:
I – promover a transição entre a escola e o mundo do trabalho, capacitando jovens e
adultos com conhecimentos e habilidades gerais e específicas para o exercício de atividades
profissionais.
II – proporcionar a formação de profissionais, aptos a exercerem atividades
específicas no trabalho;
III – qualificar, reprofissionalizar e atualizar jovens e adultos trabalhadores;
IV – contribuir para o desenvolvimento empresarial da região, devido a grande
procura dos empresários por profissionais com o perfil oferecido pelo curso.
Metodologia:
Entende-se que o educando está inserido numa realidade histórico - social e que o
conhecimento escolar deve responder a essas necessidades. Assim, busca-se
metodologicamente, desvelar que os conteúdos são marcados por ideologias e o papel do
educador é assegurar a apropriação destes, criando formas para que possam interferir,
escolher, atuar e exercer sua cidadania. O educador deverá articular o conhecimento, o
processo de análise e a interação do sujeito-objeto, numa prática participativa, consciente e
transformadora.
O trabalho com a disciplina terá como base um encaminhamento metodológico
contextualizado e multidisciplinar.
• Aulas teóricas
• Aulas práticas
• Trabalhos práticos
• Trabalhos em grupos
• Utilização do retro-projetor
• Utilização de data-show
• Pesquisas pela internet e biblioteca
• Utilização do Laboratório de Informática
• Palestras com profissionais
Avaliação
A avaliação será contínua, cumulativa, cooperativa, diagnóstica, somática e
formativa.
Será realizado de forma diversificada tais como: avaliação escrita; avaliação oral;
pesquisa; elaboração e participação de seminários e análise seja complementar,
possibilitando relações concretas e dinâmicas entre o objeto de estudo e a atividade
profissional.
CONTEÚDOS:
Fases da concepção de projetos;
Influência dos sistemas de hardware e de software na fase de desenvolvimento;
Estudo do sistema de informação de uma empresa;
Conceitos e fundamentos de desenvolvimento estruturado de sistema de informações;
Ciclo de vida de sistemas;
Procedimentos operacionais passíveis de sistematização;
Técnicas de entrevistas e levantamentos de necessidades;
Requisitos para a elaboração de projetos consistentes;
Desenvolvimento, montagem de organogramas e diagramas;
Técnicas de montagem de proposta e avaliação da proposta de informatização;
Ferramentas para desenvolvimento de projetos;
Diagrama de entidade e relacionamentos (DER);
Diagrama de fluxo de dados (DFD);
Criação de dicionários de dados;
Especificação de processos;
Objetivo e importância dos relatórios de sistema;
Apresentação de projeto final;
Ferramentas de modelagem de sistemas.
BIBLIOGRAFIA
CIENFUEGOS, F.; VAITSMAN, D. Análise Instrumental. Editora Interciência, Rio de
Janeiro, 2000.
DEMARCO, Tom. Análise Estruturada e Especificação de Sistemas. São Paulo: Editora
Campus, 1989
DAVID. W. S. Análise e projeto de sistema uma abordagem estruturada. RJ. LTC,
1994.
GANE, C & SARSON, T. Análise Estruturada de Sistemas. Rio de Janeiro , LTC, 1983.
GUSTAFSON, David. Teoria e problemas de engenharia de software. Porto Alegre:
Bookman, 2003, 207p.: il. (Coleção Schaum).
CORREIA , Carlos Henrique & TAFNER, Malcon Anderson. Análise Orientada a
Objeto. 2ª edição Florianópolis. Editora Visual Books 2006.
NASCIMENTO Luciano Prado Reis. O usuário e o desenvolvimento de Sistemas.
Florianópolis Visual Books 2003.
POMPILHO, S. Análise Essencial: Guia Prático de Análise de Sistemas, Rio de Janeiro.
Ciência Moderna, 2002.
2. BANCO DE DADOS
Apresentação:
Esta disciplina apresentará técnicas de modelagem conceitual e projeto lógico de
banco de dados considerando o seu ciclo de vida. A estratégia de utilização de um estudo
de caso sintetizando as técnicas apresentadas; apresentação das principais questões do
projeto lógico de banco de dados na inteligência de negócios; e ainda uma discussão
comparativa das ferramentas de software mais populares atualmente disponíveis para o
projeto lógico de banco de dados, dá a disciplina um requinte de pragmatismo e agilidade
na aprendizagem e aplicação das técnicas de modelagem e projeto de banco de dados.
Objetivos
♦ Conhecer os conceitos e características fundamentais da área de banco de dados.
♦ Conceber, projetar e implementar um banco de dados de um sistema de informação.
Metodogia
Aulas teóricas no recinto de sala de aula, com discussão de textos atuais e relevantes,
grupos de discussão, pesquisas diversas, transparências contendo os tópicos a serem
explanados, exercícios de fixação de conteúdos. Aulas práticas no laboratório de
informática, sala de vídeo, visitas técnicas e feiras. Estudo e resoluções de casos
envolvendo a concepção, projeto e implementação de um banco de dados.
CONTEÚDOS:
6. Conceitos e características;
7. Tipos de banco de dados;
8. Sistemas de gerenciamento de banco de dados;
9. Modelo de dados, conceitos, objetivos e relacionamentos;
10. Modelo de entidades e relacionamentos, conceitos e arquitetura;
11. Normalização de dados, conceitos, funcionalidades e processos;
12. Linguagem de consultas – SQL, conceitos e funcionalidades;
13. Conexões com o banco de dados.
BIBLIOGRAFIA
MONTEIRO. E. Projeto de sistemas e Banco de Dados. Brasport. 2004.
SETZER, Valdemar W., SILVA Flavio Soares Corrêa da. BANCOS DE DADOS. Edgard
Blucher. 1 ª EDIÇÃO.
DATE C J. Introdução a Sistemas de Banco de Dados. Ed. Campus.
ELMASRI Ramez E., NAVATHE Shamkant. Sistema de Banco de Dados. Pearson/Pretice
Hall. 4 ª edição.
3. FUNDAMENTOS DO TRABALHO
Apresentação:
O Trabalho Humano nas perspectivas ontológica e histórica: o trabalho como
realização da humanidade, como produtor da sobrevivência e da cultura: o trabalho como
mercadoria no industrialismo e na dinâmica capitalista. As transformações no mundo do
trabalho: tecnologias, globalização, qualificação do trabalho e do trabalhador.
Metodologia:
Entende-se que o educando está inserido numa realidade histórico - social e que o
conhecimento escolar deve responder a essas necessidades. Assim, busca-se
metodologicamente, desvelar que os conteúdos são marcados por ideologias e o papel do
educador é assegurar a apropriação destes, criando formas para que possam interferir,
escolher, atuar e exercer sua cidadania. O educador deverá articular o conhecimento, o
processo de análise e a interação do sujeito-objeto, numa prática participativa, consciente e
transformadora.
O trabalho com a disciplina terá como base um encaminhamento metodológico
contextualizado e multidisciplinar.
• Aulas teóricas
• Aulas práticas
• Trabalhos práticos
• Trabalhos em grupos
• Utilização do retro-projetor
• Utilização de data-show
• Pesquisas pela internet e biblioteca
• Palestras com profissionais
Avaliação
A avaliação será contínua, cumulativa, cooperativa, diagnóstica, somática e
formativa.
Será realizado de forma diversificada tais como: avaliação escrita; avaliação oral;
pesquisa; elaboração e participação de seminários e análise seja complementar,
possibilitando relações concretas e dinâmicas entre o objeto de estudo e a atividade
profissional.
CONTEÚDOS:
bb) Dimensões do trabalho humano;
cc) Perspectiva histórica das transformações do mundo do trabalho;
dd) trabalho como mercadoria: processo de alienação;
ee) Emprego, desemprego e sub-emprego;
ff) processo de globalização e seu impacto sobre o mundo do trabalho;
gg) impacto das novas tecnologias produtivas e organizacionais no mundo do
trabalho;
hh) Qualificação do trabalho e do trabalhador;
ii) Perspectivas de inclusão do trabalhador na nova dinâmica do trabalho.
BIBLIOGRAFIA
AGUIAR, Maria Aparecida Ferreira de. Psicologia aplicada à administração: teoria crítica e
a questão ética nas organizações. São Paulo: Excellus, 1992.
ARANHA, M. L.A. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1996.
DURKHEIM. E. Educação e Sociologia. 6 ed. Trad. Lourenço Filho. São Paulo:
Melhoramentos, 1965.
FERNANDES, Florestam. Fundamentos da explicação sociológica – 3 ed. Rio de Janeiro:
MAXIMIANO, Antônio C. A. Teoria Geral da Administração: Da Revolução Urbana à
Revolução Digital. São Paulo: Atlas, 2002.
NUNES, Benedito. Introdução à Filosofia da Arte. 3. ed. Série: Fundamentos. N.38. São
Paulo: Ática, 1991.
SPECTOR, Paulo E. Psicologia nas organizações. São Paulo: Saraiva, 2002.
4. FUNDAMENTOS E ARQUITETURA DE COMPUTADORES
Apresentação
Tendo como tarefa a formação de profissionais, o curso, proporcionará além dos
conhecimentos propostos, uma reflexão dos desafios e atitudes em relação ao profissional
que se exige na atualidade, sendo o educando um construtor de conhecimentos que adquire
uma postura de transformador de seu meio e co-responsável para a edificação de uma
sociedade de justiça.
Busca-se através dessa disciplina sensibilizar o educando para a vida de estudo e da
pesquisa, instrumentalizando-o de habilidades e conhecimentos necessários ao exercício
profissional na área de informática.
Objetivo Geral
A disciplina de Fundamentos e Arquitetura de Computadores têm como meta de ensino
proporcionar ao aluno reconhecer e entender o funcionamento dos componentes que
completa a estrutura física de um micro-computador, além dos dispositivos de Entrada,
Saída e armazenamento compondo a arquitetura básica dos computadores.
Para que os alunos reconheçam a importância da criação do computador e percebam a
evolução dessas máquinas e da tecnologia para a colaboração na construção de máquinas
potentes e tamanho e custo menores, de acordo com a evolução tecnológica.
CONTEÚDOS:
• Histórico e evolução dos computadores;
• Conceitos de hardware e software;
• Tipos de sistemas e linguagens;
• Entrada, processamento e saídas de dados;
• Bit e bytes e seus múltiplos;
• Sistemas numéricos e sua representação;
• Dispositivos de entrada e saída;
• Tipos de armazenamento;
• Classificação de computadores;
• Modelos de sistemas digitais: unidades de controle e processamento;
• Conceitos básicos de arquitetura: endereçamento, tipo de dados, conjuntos de
instruções e interrupções;
• Organização de memória;
• Processamento paralelo e multiprocessadores;
• Desempenho de arquiteturas de computadores.
BIBLIOGRAFIA
GREG, Abrahan Silberschatz, GALVN, Gagne Peter Baer. Fundamentos de Sistemas
Operacionais. Editora LTC.
MARCULA, M. Informática: Conceitos e Aplicações. Erica. 2003.
MEIRELLES. F. Informática: Novas Aplicações com Microcomputadores. Makron
Books. 2000.
MONTEIRO, Mario A. Introdução à Organização de Computadores. LTC.
MURDOCCA, Miles. Introdução à Arquitetura de Computadores. Ed. Campus.
TANENBAUM, Andrew S. Organização Estruturada de Computadores. LTC.
TOLEDO, Cláudio Alexandre de. Informática – Hardware, Software e Redes. Editora
Yalis.
WEBER, Raul Fernando. Fundamentos de Arquitetura de computadores. Sagra-DC
Luzzatto.
5. INFORMÁTICA INSTRUMENTAL
Apresentação
Esta disciplina propõe de uma forma rápida e descomplicada a utilizar o computador,
partindo do princípio que o aluno deve aprender o mínimo possível para produzir algum
trabalho no computador.
Objetivos:
• Compreender e operar conceitos básicos e ferramentas do sistema operacional.
• Manipular e operar de editores de texto, planilha eletrônica e gerenciador de
apresentação.
CONTEÚDOS:
• Uso adequado do teclado (Noções de Digitação);
• Introdução ao sistema operacional;
• Manipulação de arquivos e pastas;
• Configuração de componentes do sistema operacional;
• Instalação de programas;
• Manipulação de disquetes, CD, DVD, Pen Drivers;
• Editoração Eletrônica;
• Criação e formatação de textos;
• Configuração e layout de páginas;
• Tabelas;
• Mala direta;
• Impressão de arquivos;
• Revisores ortográficos e gramaticais;
• Criação e formatação de planilhas;
• Fórmulas e funções;
• Classificação, filtro e totalização de dados;
• Gráficos;
• Utilização de programa de apresentação.
BIBLIOGRAFIA
MANZONO, J. G. Open Office. org versão 1.1 em português guia de aplicação 1ª ed - São
Paulo, ed. Érica 2003.
SAWAYA, Márcia Regina. Dicionário de Informática e Internet: Inglês/Português. 3ª.
Edição. Editora Nobel.
CAPRON, H.L. JOHNSON J. A. Introdução à Informática. Prentice – Hall.
6. INGLÊS TÉCNICO
Apresentação
O ensino de língua estrangeira moderna deve proporcionar ao aluno a ampliação da
visão de mundo e diversidade cultural. Trabalhar a língua como discurso construtor de
significados e privilegiar a prática de leitura, escrita, oralidade. A apresentação do discurso
nos mais variados gêneros, garantirá ao aluno o estímulo para que entre no universo de
língua estrangeira e interaja com ela, fazendo com que o educando colabore no processo de
construção da própria identidade, confrontando diálogos e construindo significados a partir
das novas informações, levando-os a perceberem outras formas de ver o mundo.
Objetivos
O ensino de língua estrangeira objetiva o desenvolvimento da consciência do papel
das línguas na sociedade.
As sociedades contemporâneas não sobrevivem de modo isolado; relacionam-se,
atravessam fronteiras geopolíticas e culturais, comunicam-se e buscam entender-se
mutuamente.
O ensino do inglês técnico está articulado com as demais disciplinas do curso para
relacionar os vários conhecimentos. Durante o curso serão abordados textos variados,
abrangentes e atualizados, envolvendo desde a história das máquinas até as questões mais
recentes, como a inteligência artificial, promovendo assim, a construção e consolidação de
conhecimentos não só da língua, mas também de informática.
Dentre as premissas que fundamentam o currículo do curso de Inglês Técnico
destacam-se:
7- O foco da leitura voltado para a compreensão textual e também para a abordagem dos
tópicos, privilegiando assim, o desenvolvimento do espírito crítico independente da área
de atuação;
8- Desenvolver um processo interativo de leitura na qual envolve a informação veiculada
pelo texto ao conhecimento prévio do leitor construindo assim novos sentidos;
9- basear-se no princípio de que atualização eficaz de qualquer estratégia de leitura
depende da definição de um objetivo para a leitura e da monitoração da compreensão
tendo em vista esse objetivo. Por isso, a leitura deve ser explorada, desde a etapa
preparatória até o acompanhamento final, através de uma série de atividades lúdico-
cognitivas e de ilustrações que buscam a participação motivada dos educandos;
10- Habilitar o aluno a utilizar estratégias de leitura para a compreensão geral (scanning),
assim como para a localização de informações específicas (skimming).
CONTEÚDOS:
• Textos diversos de informática;
• Vocabulário de termos de hardware e software;
• Utilização de dicionário e manuais técnicos de informática;
• Regras gramaticais mais comuns.
Avaliação:
A avaliação será contínua, fazendo da observação seu instrumento e nela
diretamente envolvendo o aluno. Isso significa que o professor deve aconselhar, coordenar,
dirigir, liderar, encorajar, animar, estimular, partilhar, aceitar, escutar, respeitar e
compreender o aluno. Deve-se observar a contribuição do educando nas atividades
desenvolvidas em grupo ou individualmente. Também será escrita ou através de trabalhos
de compreensão textual individual ou coletivo.
A avaliação não pode ser vista como um caráter punitivo e de controle e sim como
um instrumento que facilita na busca de orientações e intervenções pedagógicas sobre o
conteúdo e o processo de aprendizagem. Desta maneira, a avaliação torna-se uma atividade
iluminadora e alimentadora do processo de ensino-aprendizagem, uma vez que dá retorno
ao professor sobre como melhorar o ensino e as possibilidades de correção no percurso bem
como o retorno ao caluno sobre seu próprio desenvolvimento.
É importante repense sempre sobre seus processos avaliativos utilizados e, na
medida do possível, alternar suas formas de aplicabilidade, permitindo ao educando o uso
de sua capacidade, criatividade e individualidade. Detectada a falha no processo, o
professor deve retomar o conteúdo para alcançar uma melhor aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA
BOHN, H. I. Maneiras inovadoras de ensinar e aprender: A necessidade de
des(re)construção de conceitos. In. LEFFA, V. O professor de Línguas Estrangeiras.
Construindo a Profissão. Pelotas: EDUCAT, 2001.
CELANI, M. A. A. As línguas estrangeiras e a ideologia subjacente à organização dos
currículos da escola pública. São Paulo: Claritas, 1994.
JORDÃO, Clarissa Menezes. A língua estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba:
mimeo, 2004.
STEVENS, C.M.T.; CUNHA, M.J.C. (orgs.). Caminhos e colheita: ensino e pesquisa na
área do ensino de inglês no Brasil. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 2003.
7. INTERNET E PROGRAMAÇÃO WEB
Apresentação
Esta disciplina explicará o que é Internet e quais as vantagens que ela oferece.
Também demonstrará os principais aplicativos necessários para se desfrutar de todos os
serviços oferecidos pela Internet. Apresentar-se-á algumas das ferramentas que estão sendo
disponibilizadas para a edição e a visualização de Web.
As páginas web que são mostrados através de aplicações práticas e exemplos úteis a
um programador web . Também são abordados aspectos de segurança de dados.
Serão trabalhados conceitos, estruturas e características da linguagem de hipertexto de
forma estática e dinâmica, de maneira objetiva de modo a facilitar o entendimento do aluno,
que aprenderá a manipular os recursos de frames, listas, tabelas e formulários.
Objetivos
II- Proporcionar ao aluno estudo dos conceitos e serviços oferecidos pela Internet, não
apenas para ser um simples usuário da mesma, mas sim, mostrando a grande
utilidade como meio de comunicação, transmissão e compartilhamento de dados e
informações.
III- Conhecer conceitos fundamentais da área de desenvolvimento da Web
IV- Conceber e programar sites e sistemas para Web
CONTEÚDOS:
• Histórico;
• A comunicação na Internet.;
• Tipos de conexão, banda estreita e banda larga;
• Protocolos da Internet (família TCP/IP e www);
• Navegadores;
• Mecanismo de busca;
• Correio eletrônico;
• Fórum de discussão;
• Layout, desenvolvimento e design;
• Linguagem para desenvolvimento de aplicações WEB;
• Organização de páginas estáticas e dinâmicas;
• Servidor de base de dados;
• Ferramentas de acesso à base de dados;
• Segurança do usuário e proteção de dados;
• Estilos de páginas.
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA Marcus Garcia de, ROSA Pricila Cristina. Internet, Intranet e Redes
Corporativas. Editora Brasport.
ASCENCIO Ana Fernanda Gomes, CAMPOS Edilene Aparecida Veneruchi.
Fundamentos da programação de computadores – Algoritimo, Pascal, C/C++ e Java.
Editora Pearson/Prentice Hall.
BABIN Lee. AJAX COM PHP: do iniciante ao profissional. Alta Books.
DEITEL, Harvey M. & Deitel, Paul J.. Java: como Programar. Prentice – Hall.
JANOTA Dauton, TULLIO Bruno &. FLASH 8: OOP E PHP 5. Editora Axcel.
MELO Alexandre Altair de, NASCIMENTO Mauricio G. F. PHP Profissional - Aprenda a
Desenvolver Sistemas Profissionais Orientados a Objetos com Padrões de Projeto. Novatec.
NOGUEIRA Hugo. Flash 8 com administração remota em PHP e MySQL. Ciência
Moderna.
PUGA, Sandra, RISSETTI, Gerson. Lógica de Programação e Estrutura de Dados: Com
Aplicações Em Java. Editora Pearson Prentice Hall.
SETZER, Valdemar W. Fábio KON; Introdução à rede Internet e seu uso, São Paulo; ed
Edgard Blucher.
TONSON Laura, WELLING Luke. Php e Mysql: Desenvolvimento da Web. Campus.
TORRES, G. Redes de Computadores – Curso Completo. Axcel. 2001.
8. LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO
Apresentação
Esta disciplina é antes de tudo, um trabalho objetivo, que procura unir a didática com a
prática necessária ao desenvolvimento de algoritmos e aplicações, construído em sala de
aula com exemplos do dia-a-dia, pesquisas, esclarecimentos de dúvidas e sugestões de
alunos e professores, trabalhando os assuntos e recursos básicos das linguagens de
programação existentes, aliando teoria e prática.
Objetivo Geral
Proporcionar aos alunos conhecimentos de conceitos básicos no âmbito de
programação para que elaborem algoritmos em pseudocódigo a fim de que conheçam a
estrutura, funções e procedimentos que podem ser adotados em qualquer linguagem de
programação.
CONTEÚDOS:
Etapa para resolução de um problema via computador;
Conceitos básicos;
Seqüência lógica;
Conceitos de tipos de dados e instruções primitivas;
Operadores matemáticos;
Variáveis e constantes;
Tabela verdade;
Representação e implementação de algoritmos;
Pseudocódigo;
Regras para construção de algoritmos;
Comandos de entrada e saída;
Estrutura de controle (seqüencial, condicional e repetição);
Teste de mesa;
Implementação de algoritmos;
Conceitos e operações com arquivos;
Modelo de programação;
Sintaxe da linguagem de programação;
Organização do código, modularização;
Elementos de controle;
Operações e propriedades;
Fase de desenho e fase de execução;
Tipos de controles;
Dados, escopo de variáveis e constantes;
Mecanismos de programação;
Funções e procedimentos;
Detecção e prevenção de erros de sintaxe;
Erros semânticos;
Criação da interface;
Geração de relatórios;
Orientação a objetos.
BIBLIOGRAFIA
BOENTE Alfredo. Construindo algoritmos computacionais: Lógica de Programação.
Brasport.
CARBONI Irenice de Fátima. Lógica de Programação. Thomson Learning (Pioneira).
FORBELLONE André Luiz, EBERSPACHER Henri F. Lógica de Programação – A
construção de algoritmos e estruturas de dados. 3ª Ed. Pearson/Prentice Hall.
MANZANO, Jose Augusto N. G. Algoritmos: lógica para desenvolvimento de
programação em computadores. Editora Érica. 2002.
SAID, Ricardo. Curso de Lógica de Programação. Digerati/Universo de livros.
SENAC. Construção de Algoritmos. Editora Senac.
SOUZA, Marco Antonio Furlan de, GOMES Marcos Marques, SOARES Marcio Vieria.
Algoritmos e Lógica de Programação. Editora Thomson.
XAVIER Gley Fabiano Cardoso. Lógica de Programação. Senac.
ZAVIANI. N. Projeto de Algoritmos: Com Implementação em Pascal e C. Thonson.
2000.
9. MATEMÁTICA APLICADA
Apresentação
A disciplina Matemática aplicada trata da aplicação do conhecimento matemático a outros domínios.
Objetivo
• A matemática Aplicada tem por finalidade promover o conhecimento e contribuir
para que o estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e
apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e
de outras áreas do conhecimento.
• E importante o aluno conhecer fundamentos básicos de Matemática que permitam ler
e interpretar tabelas e gráficos,conhecer dados estatísticos, conhecer a ocorrência de
eventos em um universo de possibilidades.
• Trabalhar com as operações na forma de expressões
• Reconhecer , interpretar e resolver situações-problemas.
• Resolver operações com números naturais por meio de problemas associados a
arredondamentos, estimativas e cálculo mental.
• Ler e interpretar gráficos e tabelas.
• Espera-se que, os alunos compreendam os conceitos da adição, subtração,
multiplicação, divisão, potenciação e radiciação de números pertencentes aos conjuntos dos
naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais e suas propriedades; o conceito de razão e
proporção, regra de três, frações e dos números decimais e as suas operações; reconheçam
e resolvam equações numéricas e algébricas; conceituem e interpretem matrizes e suas
operações além de identificarem e resolverem equações.
CONTEÚDOS:
• Operações básicas;
• Frações;
• Expressões numéricas;
• Potências;
• Radiciação;
• Trigonometria;
• Equações do Primeiro Grau;
• Equações de segundo Grau;
• Regra de três simples;
• Logarítimos;
• Matrizes.
BIBLIOGRAFIA
GOULART, Márcio C. Matemática no Ensino Médio. São Paulo, Editora Scipione, 1999.
MARCONDES, Sérgio G. Matemática: volume único, 7ª ed. São Paulo, Editora Ática,
2003.
5. PRÁTICA DISCURSIVA E LINGUAGENS
EMENTA: Metodologia de produção e apresentação de trabalhos, instrumentos de coletas
de dados.
CONTEÚDOS:
Conceitos de metodologia científica;
Tipos de conhecimento - popular, científico, filosófico e teológico;
Tipos de pesquisa – documental, de campo, experimental e bibliográfica;
Leitura e interpretação de texto;
Resumos,
Resenhas e Relatórios;
Coleta de dados - questionário, entrevista e formulário;
Normas da ABNT;
Etapas de um Projeto de Pesquisa.
BIBLIOGRAFIA
BASTOS, C. Et al. Introdução à Metodologia Científica. Petrópolis: Vozes, 1993.
CANONICE, B.C.F. Manual para elaboração de Trabalhos Acadêmicos. Maringá:
Unicorpore. 2006.
9- REDES E SISTEMAS OPERACIONAIS
APRESENTAÇÃO
Esta disciplina explicará o funcionamento das Redes Locais quanto à infraestrutura
(cabeamento, conectores, etc.), comunicação (protocolos de LAN), projeto, gestão e
segurança para atender a uma grande demanda de mercado.
Apresentará, o conhecimento tecnológico sobre os principais protocolos utilizados
em Redes Locais (LANs: Ethernet, Fast Ethernet, etc.), uma arquitetura para redes
múltiplas (TCP/IP), protocolos como Novell SPX/IPX, metodologia de detecção e
resolução de problemas, aspectos de planejamento, além de inserir exemplos de problemas
e soluções. São abordados também os aspectos de otimização, projeto e consultoria.
OBJETIVOS
- Capacitar o aluno a reconhecer e entender o funcionamento das redes de
computadores e seus periféricos necessários para montar uma rede.
- Conhecer e desenvolver habilidades em instalar sistemas de gerenciamento de redes
tais como Windows e Linuz.
- Atuar como técnico montando e estruturando cabeamentos de redes de
computadores.
- Conhecer e instalar, configurar os equipamentos utilizados em uma rede tais como
modem, placa de redes, hub e outros.
CONTEÚDOS:
• Histórico e evolução dos sistemas operacionais;
• Introdução aos sistemas operacionais;
• Tipos de sistemas operacionais;
• Estruturas de sistemas operacionais;
• Serviços e chamadas de um sistema operacional;
• Conceito de processo;
• Conceitos de transmissão de dados;
• Tipos de transmissão de dados;
• Largura de banda;
• Conceito de modulação e multiplexação de dados;
• Meios de transmissão;
• Equipamentos de rede;
• Conceito de redes LAN e WAN;
• Modelos de Referência OSI;
• Protocolos de comunicação em redes;
• Endereçamento IP;
• Cabeamento estruturado;
• Instalação e configuração de rede.
BIBLIOGRAFIA
CARMONA, Tadeu. Segredos das Redes de Computadores. 2ª Ed. Editora Digerati /
Universo de livros.
COMER, Douglas E. Redes de computadores e internet. 4ª edição. Editora Artmed.
DANTAS Mário. Tecnologia de Redes de comunicação e computadores. Editora
AXCEL.
DEITEL Choffnes. Sistemas Operacaionais. Editora Person.
FERREIRA, Hugo Barbosa. Redes de Planejamento: Metodologia e prática com
PERT/CPM E MS PROJECT. Editora Ciência Moderna.
GAGNE, Abrahan Silberschatz Greg, GALVN, Peter Baer. Fundamentos de Sistemas
Operacionais. Editora LTC.
GALLO, M.A. Comunicação entre Computadores e Tecnologias de Rede, Thomsnon.
2003.
GOUVEIA José, MAGALHÃES Alberto. Redes de Computadores. Editora LTC.
GUIMARÃES Alexandre Guedes, LINS Rafael Dueire, OLIVEIRA Raimundo Corrêa.
Segurança em Redes privadas Virtuais – VPNS. Editora Brasport.
MATTHEWS Jeanna. Redes de computadores – Protocolos de Internet em Ação. Editora
LTC. 2006.
MENDES Douglas Rocha. Redes de Computadores: Teoria e Prática. Editora Novatec.
NAKAMURA Emílio Tissato, GEUS Paulo Licio. Segurança de Redes em Ambientes
Cooperativos. Editora Novatec.
STARLIN Gorki. TCP/IP: Redes de computadores e Comunicação de dados. Editora Alta
Books.
TANENBAUM, Andrew S. Redes de Computadores. Campus.
TANENBAUM Andrew S, WOODHULL Albert S. Sistemas Operacionais: Projetos e
Implementação. Editora Bookman.
TORRES, G. Redes de Computadores – Curso Completo. Axcel. 2001.
VIGLIAZZI Douglas. Rede Locais com Linux. 2ª edição. Editora Visual Books.
12. SUPORTE TÉCNICO
Apresentação
Tendo em vista os constantes avanços tecnológicos na área de informática, tornaram-se
necessárias mudanças na qualificação e requalificação de profissionais da área. A disciplina
de Suporte Técnico através de seus conteúdos estruturantes e específicos propõe um
desenvolvimento profissional do educando procurando atendê-lo numa visão crítica e
solidária, capaz de atuar no comércio, indústria e prestação de serviços, dominando
ferramentas de informática.
Objetivos
• Que os alunos conheçam as partes física e lógica de um computador;
• Que se tornem aptos a realizar a montagem, configuração e manutenção de computadores, periféricos e softwares.
CONTEÚDOS:
- Alimentação;
- Montagem e configuração de computadores;
- Instalação de sistemas operacionais e aplicativos;
- Conexão e configuração de periféricos;
- Diagnóstico de defeitos e erros.
BIBLIOGRAFIA
TORRES. G. Manutenção e Configuração de Micros. Axcel Book. 1997.
TORRES. G. Hardware Fácil & Rápido. Axcel Book. 1997.
ANEXOS
PLANO DE TRABALHO – DIREÇÃO - BIÊNIO 2009-2011
1 – Compreendendo os fundamentos do Plano de Ação
A contemporaneidade acontece marcada por profundas mudanças no campo
econômico e ideológico. A crise do capital e sua reestruturação, o que Mészaros ( 2002 )
define como o fim da capacidade civilizatória do capital está sendo resolvida sobre os
destroços dos direitos conquistados no contexto das políticas de bem-estar social. O rastro
de miséria e exclusão material converte-se em barbárie e violência, conseqüência também
da degradação da ética; e do apogeu do individualismo pragmático.
De acordo com Kosik ( 1998 ) a contemporaneidade é repleta de indiferença frente
ao outro tornando coisa. Diante da morte, da barbárie se produz subjetividades
neutralizadores do espanto, descrentes da possibilidade de redimensionamento da
indignação em atos de revolta.
Diante dessa realidade, a promessa da integralidade na formação humana é apontada
pelos organismos internacionais responsáveis pelo ajuste neoliberal como a saída frente às
conseqüências do culto da racionalidade técnica.
À primeira vista a leitura desses documentos parecem atender o desejo de retomar a
formação para a integralidade, para autonomia, tão sonhada desde a época do iluminismo.
Porém, aproximando mais as lentes da reflexão crítica podemos perceber que a concepção
de homem, de mundo e de sociedade dessa teoria neoliberal não correspondem ao conceito
de formação integral. Não se trata de desenvolver essas potencialidades para a liberdade
ético-política, mas tão somente para a liberdade econômica. O homem digno e feliz é
aquele integrado, por suas capacidades múltiplas ao mercado, onde se mantém competitivo.
A criatividade e até mesmo o equilíbrio emocional tem como objetivo manter-se na
concorrência. A solidariedade acontece somente entre os que jogam no mesmo time. A
busca do conhecimento não busca a verdade de si mesmo e do mundo mas as informações
úteis para aperfeiçoar o rendimento. Nesse sentido, a educação baseada na integralidade
neoliberal não indicam um processo formativo, mas tão somente, uma tentativa de adequar
o ser humano ao seu modelo de economia.
Em meio a essas contradições, qual seria o papel da educação verdadeiramente
comprometida com a emancipação do ser humano e da sociedade?
Em primeiro lugar é necessário ter consciência de que a educação é uma mediação
imprescindível nas lutas e na produção da humanização e emancipação da sociedade.
O sonho da construção da democracia na escola não se faz desacompanhado da
vivência do mesmo processo na sociedade. Sabemos que o projeto da sociedade que está
sendo construído no Brasil, nos moldes do neoliberalismo é excludente, mesmo assim nossa
escola persiste em sonhar com a democracia, apostando na concepção de que é necessário a
construção gradativa de um Projeto Político Pedagógico que apresente um caráter inclusivo,
numa gestão democrática que se desenvolve dentro da escola, fazendo emergir novas
relações de trabalho, socializando o poder, construindo a efetiva participação de todos os
segmentos da comunidade escolar (MELO, 1999, p.48 ).
Diante dos desafios impostos pela organização perversa do trabalho e pela cultura
mercantil, é preciso educar para crítica negativa, não para a adaptação, mas para a
autonomia que vem da razão dialética, preconizada por Adorno. Dessa forma a educação
consegue conduzir para a emancipação e para a integralidade, possibilitando experiências
formativas, organizando os conteúdos em uma perspectiva histórica capaz de explicitar as
contradições sociais, retirando o “ encanto “ produzido pela indústria cultural e desnudando
a realidade.
Desse modo, práticas singulares irão se somando, costurando a resistência no
cotidiano e construindo uma cultura mais ética e menos desigual.
Que os alunos da escola pública, tem na escola uma das únicas possibilidades de
acesso e apropriação do conhecimento, por isso as atividades educacionais devem partir da
realidade do aluno e se concretizarem em forma de projetos organizados de forma coletiva,
buscando uma educação libertadora e a formação de um cidadão crítico e participativo.
É necessário que o processo pedagógico seja assumido por todos os profissionais da
escola.
A visão que temos a respeito da gestão é caracterizada pelo reconhecimento da
importância da participação consciente, associado ao fortalecimento da democratização do
processo pedagógico, pela participação responsável de todos nas decisões sobre a
orientação e planejamento e na sua efetivação, mediante o compromisso coletivo com
resultados educacionais cada vez mais significativos.
“ Que o diretor nunca se esquive da responsabilidade de atuar como gestor de seu
ambiente de trabalho. Que ele saiba ouvir a comunidade interna e externa, que seja um
observador de tudo que esta sendo realizado e não se encastele em sua sala, aguardando a
ocorrência dos problemas para servir de profeta do fato consumado. O novo conceito de
gestor é o daquele que vai até seus companheiros e interage, e observa, e resolve, e
constrói.( CHALITA, 2001, pág.190)
O diretor deve proporcionar condições e oportunidades para que todos os
envolvidos no processo educacional se atualizem por meios de reflexões durante encontros
previstos na hora atividade, reuniões, simpósio, seminários proporcionados pela SEED,
NRE e instância colegiada.
Para compreender a realidade sócio-econômica e cultural em que imersa a juventude
o trabalhador em educação deve estar em constante formação e atualização, pois se
processam mudanças rápidas no mundo e na comunidade local.
2 – Compreendendo os eixos organizadores do trabalho pedagógico escolar: PPP
a) GESTÃO DEMOCRÁTICA
A estrutura organizacional da escola, geralmente composta pelo Conselho escolar e
pelos Conselhos de classe e demais instâncias de ação colegiada, tais como: Associação de
Pais e Mestres e o Grêmio Estudantil precisa ter como pano de fundo a concepção de
projeto político-pedagógico, cujas ações têm como exigência a compreensão da dimensão
coletiva e da gestão democrática. Nesse sentido, vale a pena lembrar a reflexão de Nóvoa
Citada por Veiga ( 1999, p.114):
A escola tem de ser encarada como uma comunidade educativa, permitindo mobilizar o conjunto dos atores sociais e dos grupos profissionais em torno de um projeto comum. Para tal é preciso realizar um esforço de demarcação dos espaços próprios da ação, pois só na clarificação destes limites se pode alicerçar uma colaboração efetiva.
A respeito do Conselho escolar é importante compreender que suas decisões são
indispensáveis para garantir a continuidade do Projeto Político Pedagógico. Segundo Veiga
assim se define o Conselho Escolar:
O Conselho Escolar é concebido como local de debate e tomada de decisões. Como espaço de debates e discussões, permite que professores, funcionários, pais e alunos explicitem seus interesses, suas reivindicações (...) O Conselho deverá, portanto, favorecer a aproximação dos centros de decisão dos atores. Isso facilita a comunicação, pois rompendo com as relações burocráticas e formais, permite a comunicação vertical e também horizontal. Sob esta ótica, o Conselho possibilita a delegação de responsabilidades e o envolvimento de diversos participantes ( VEIGA, 1999, p.117 ).
Ao Conselho de classe a autora traça a seguinte afirmativa:
Cabe ao Conselho de classe dar conta de importantes questões didático-pedagógicas, aproveitando seu potencial de gerador de idéias e como um espaço educativo. É fundamental que os educadores explorem as possibilidades educativas do Conselho de Classe, mesmo enfrentando as adversas condições de trabalho bem como as exigências burocráticas que têm de cumprir. (Veiga, 1999, pág. 118)
Para Dalben (2004, p.57) a Associação de Pais e Mestres da maioria das vezes não
consegue cumprir seu papel (instituição auxiliar que tem como finalidade aprimoramento
da educação e na integração família-escola-comunidade) porque a participação dos pais é
dificultada pela falta de preparação pedagógica e estrutural. Essa dificuldade poderia ser
sanada com o esforço dos profissionais do corpo docente, discente, administrativo e
principalmente da diretoria da escola. Segundo a autora:
É importante mobilizar a população para uma educação mais democrática e compromissada. Isso fará com que o Poder Público, além de fornecer recursos, propicie as condições de execução dos planos de educação, tendo a população como eixo propulsor de uma educação despojada do autoritarismo estatal (Veiga, 1999,p.120).
A participação dos alunos no Grêmio Estudantil precisa ser reacesa, não com os
objetivos do passado,mas procurando caminhos dentro dos desafios sociais atuais. Por um
lado, os alunos caracterizam-se pela passividade e individualismo ligados às relações de
estrutura político-social em que vivem, por outro, vale salientar que os movimentos
estudantis foram interrompidos pela forma autoritária de gerir a sociedade brasileira, a
partir de 1964. O silenciamento também é causa da passividade, por isso, acreditar que os
jovens podem compreender que seus problemas individuais estão vinculados aos socias e
acreditar na POSSIBILIDADE DE SUA ORGANIZAÇÃO NÃO É TAREFA FÁCIL. Isso,
porque, muitas experiências negativas foram vivenciadas pela escola quando alguns
grêmios foram utilizados com instrumento de luta contra a direção da escola.
Na visão da autora, o grêmio estudantil deveria enfrentar os desafios a perseguir
essa utopia:
O grêmio estudantil é uma organização onde se cultiva o interesse dos estudantes, onde eles têm possibilidade de democratizar decisões e formar o sentimento de responsabilidade (VEIGA, 1999, p. 123).
Enfim, ao pensarmos no papel da cada instância colegiada da escola compartilhamos com a
conclusão da autora, tecida no final de suas considerações.
Mesmo reconhecendo as amarras e os interesses do sistema educativo em manter o controle da organização do trabalho pedagógico da escola, estou convicta de que é preciso desencadear um movimento no sentido de organizar o trabalho pedagógico com base na concepção de planejamento participativo e emancipador. E é essa a concepção que tem impulsionado muitos profissionais da educação a se debruçarem sobre os fundamentos da gestão democrática, instituindo órgão colegiados sob a ótica da participação, da solidariedade e da autonomia.
II – Objetivos
1. Coordenar as ações pedagógicas e os recursos financeiros do Colégio Estadual
Parigot de Souza, de forma coletiva a fim de garantir a educação de qualidade e a
permanência dos alunos, com a responsabilidade de todos.
III – AÇÕES
Gestão Pedagógica:
Buscar o engajamento familiar e da comunidade;
Elaborar recursos didáticos pedagógicos específicos para as atividades junto aos alunos
com necessidades educacionais especiais;
Realizar campanha de conservação e de devolução de livro didático;
Promover a semana de palestras “Semana do Administrador” para os alunos do Técnico e
3º anos do Ensino Médio;
Proporcionar melhores condições de trabalho, providenciando materiais pedagógicos e
outros necessários para facilitar a aprendizagem;
Oportunizar aos educandos um ensino de qualidade, como também a apresentação e
apreciação da pluralidade cultural (danças, teatros, cinema, visitas, jogos desportivos, etc);
Organizar atividades diferenciadas para garantir a permanência dos alunos no Ensino
Médio noturno;
Promover ambiente favorável para a comunidade escolar;
Articulação geral do processo pedagógico e a gestão de todas as demais rotinas escolares;
Viabilizar parcerias junto a outras instituições educacionais, promovendo palestras, grupos
de estudos, cursos, com temas que constam no currículo e extracurriculares;
Dar continuidade as parcerias que a escola vêm realizando com a comunidade:
- EMATER (Horta e plantas medicinais)
- COCAMAR (Projeto Escola no Campo)
- SENAC (Palestras sobre empregabilidade e motivação)
- SENAR (Jovem Agricultor Aprendiz)
- CESUMAR (Mostra de Profissões)
- Prefeitura Municipal (Ação Global)
- Fórum de Desenvolvimento Municipal (Lei reciclável e cuidados ambientais no
município).
- Receita Federal (Educação Fiscal)
- Viagem NESTLE
- Faculdade Cidade Verde (Seminários)
- ACIMAN (Seminários)
- CIEE (Estágios)
- PROE (Estágios)
- UNINGÁ (Horta Medicinal)
Gestão Participativa:
Assegurar o funcionamento de órgãos colegiados com APMF, Conselho Escolar e
Grêmio Estudantil;
Divulgação de regimento escolar, das normas legais, que orientam os direitos e
deveres dos professores, funcionários, pais e alunos;
Socialização das informações recebidas nas reuniões / orientações técnicas, bem
como ocorrências dos diferentes períodos, com a finalidade de redirecionar os rumos do
cotidiano escolar;
Envolver todas as pessoas de instituição escolar em busca do comum e na
responsabilidade pelo todo da instituição;
Construir um comprometimento pessoal de casa pessoa envolvida com a escola;
Envolver a troca de idéias entre diretor, professores e funcionários;
Participação da comunidade escolar na elaboração de projetos pedagógicos
desenvolvidos através de encontros e reuniões na própria escola;
Estabelecer atividades integradas tais como: seminários, palestras, projetos, etc.
Coordenar a implantação dos Conselhos Escolares;
Participação da comunidade escolar como pais, alunos, professores e funcionários
com relação às decisões a serem tomadas no cotidiano escolar, na busca de um
compromisso coletivo com resultados educacionais mais significativos;
Manter professores e funcionários informados do que se passa na escola, ouvir
opiniões e sugestões;
Dar continuidade aos projetos interdisciplinares envolvendo a comunidade escolar:
- Campeonato esportivo interclasse;
- Concurso Garota/Garoto Estudante;
- Projeto desenvolvido durante o ano onde o tema é escolhido no inicio de cada ano,
que serão organizados por meio dos planejamentos coletivos com corpo docente e
discente.
Gestão de recursos físicos e financeiros:
- Planejamento participativo (APMF, professores, funcionários e alunos) na aplicação de
recursos financeiros nas prioridades da escolar;
- Viabilizar junto a SEED e Fundepar, projetos para pequenos reparos, troca do telhado da
escola, dos pisos, da fiação e instalação elétrica, cobertura da quadra aberta, e outros, bem
como material permanente para a melhoria do ambiente escolar.
- Manter a conservação, limpeza e manutenção do espaço físico;
- Promover juntamente com APMF, professores, funcionários, alunos e comunidade,
recursos para aquisição de materiais pedagógicos e/ou melhoria do espaço físico,
proporcionando respectivamente a facilitação da aprendizagem e um ambiente agradável
para o trabalho e estudo.
Gestão de Resultados:
- Avaliar os resultados obtidos pela escola em sua função de assegurar o acesso, a
permanência e o sucesso escolar;
- Avaliação do trabalho da direção, equipe pedagógica, professores, funcionários com o
objetivo da melhoria do processo ensino-aprendizagem.
Referências
LIBÂNEO, J. C. Educação escolar; políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003.
ROHR, Ferdinand. Para além do neoliberalismo: a teoria enquanto aporte de superação das relações fundadas na barbárie. Revista FACED, n. 6, Salvador, 2002.
VEIGA, O. C. A. As instâncias colegiadas da escola. In: Participação e qualidade de ensino. Revista paixão de aprender da Secretaria Municipal de Educação. N. 6. Porto Alegre: mar/1994.
MELO, Maria Tereza L. Gestão Educacional: os desafios do cotidiano escolar. Petrópolis: Rio de Janeiro: vozes, 2000.
CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Gente, 2001.
DALBEN, Ângela. Trabalho escolar e conselho de classe. Campinas: Papirus, 1995.
Plano de Ação do Estabelecimento 2010
Tópicos Discutidos
Problemas Levantados
Ações da Escola em 2010 Período Responsável
Projeto Político
Pedagógico
- Dificuldade em por em prática a concepção estabelecida pela filosofia do P.P.P.- Resistência de alguns professores em por em prática as decisões coletivas.
- Reflexão sobre as correntes pedagógicas.- Grupos de Estudos sobre a Teoria Histórico-cultural.- Formação cidadã – textos diversos.- Reorganização e reelaboração do P.P.P..
- Durante o ano- Publicizá-lo até novembro.
- Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Funcionários e Comunidade.
Regimento Escolar
- Conhecer a lei.- Problemas com baixo rendimento escolar.- Verificar teorias e metodologias que ajudam a solucionar o problema com notas abaixo da média.
- Definir estratégias coletivas para recuperação de conteúdos.- Estudar o regimento e e colocá-lo em prática.
-No decorrer das aulas e anualmente.
- Profissionais da Educação e Comunidade.
Instâncias Colegiadas
- Falta de disponibilidade de seus integrantes para atividades extraescolar.- Reativação do Grêmio Estudantil.- Falta de articulação entre os diversos
- Estabelecer dias e horários com antecedência de modo que não interfira no trabalho do profissional.- Estudos referente as leis e estatuto do Grêmio Estudantil.- Eleição – Escolha dos representantes da agremiação estudantil.
- No decorrer do ano.
- Direção, Equipe Pedagógica e membros das instâncias.
segmentos da escola.
Entidades Externas
- Aumentar a parceria da comunidade e escola.
- Visitas (AO MUDI – DE CAMPO – TURÍSTICA ao MUNICÍPIO).- Palestras (Saúde, Segurança, drogas, sexualidade e motivacionais).- Mostras de Profissões.- Conselho Tutelar – palestras.- Peças teatrais de fundo cultural.- Solicitar a presença da patrulha escolar quando necessário.- Projeto Cocamar – Escola no Campo (5).- Projeto Senar - “Jovem Aprendiz Agricultor”.- UEM - PAS-Faculdades particulares (mostras, palestras, simpósios e oficinas.
No decorrer do ano.
- Direção, Equipe Pedagógica, Instâncias Colegiadas, Professores, Agentes Executivos e Agente II.
Cumprimento do
Calendário Escolar em dias letivos
e horas aula.
- Demora no suprimento de profissionais em algumas áreas e principalmente dos cursos profissionalizantes.- Dificuldade de organização de turmas quando há falta de professores.
- Fazer cumprir o calendário.
- Durante o ano.
- Direção e Equipe Pedagógico.
Relação Escolar-
Comunidade
- Falta de acompanhamento na vida escolar só filho.
- Reuniões por turmas sobre a gestão e organização escolar.- Reunião bimestral para entrega de boletins ou
- No decorrer do ano.
- Direção, Equipe Pedagógica, Professores e Comunidade.
extraordinária para as turmas que as demandam.- Informação e atendimento aos pais em caso de: aprovação por Conselho de Classe, indisciplina e por faltas (FICA).- Convite para a participação das atividades sociais promovidas pela escola.- Atendimento individual aos pais sobre a vida escolar.
Proposta Pedagógica Curricular/ Plano de Trabalho Docente
- Decidir as propostas no coletivo da escola e cumprí-las.- Falta de articulação entre equipe pedagógica e professores.- Dificuldade em priorizar o pedagógico.- Falta de unidade entre as mesmas áreas do conhecimento e as demais (interdisciplinaridades, multidisciplinaridadee transdisciplinaridade).- Dificuldade em conciliar (a práxis teoria e prática). Professoresv e pedagógico.
- Assessorar os professores na hora atividade em relação ao Plano de Trabalho Docente, registro do livro diáriode classe e nos projetos desenvolvidos pela escola, cumprindo o estabelecido no coletivo.- Construir o Plano de Ação coletivamente.
- Durante o ano letivo.
- Equipe Pedagógica, Professores e Direção.
- Dificuldade do preenchimento completo das informações no livro diário de classe.
Avaliação Escolar
- Dificuldade em avaliar na perspectiva da Pedagogia Histórico-Crítica.- Dificuldade do professor em dissociar aprendizágem meritocrática X indisciplina.- Falta de subsídios para avaliar os alunos e principalmente os de inclusão e de classe numerosa.
- Leituras, análises e discussões sobre o processo de aprendizagem,- Articulação entre equipe pedagógica e os professores das áreas em diversificação de metodologias.- Estabelecimento de estratégias de ações e critérios para superar a fragmentação relacionada à avaliação.- Aproximar a comunidade escolar resgatando a presença da família, instrumentalizando-as para tornarem-se parceiras do ensino aprendizagem.- Reestruturação do planejamento e da metodologia e de alguns instrumentos de avaliação para superar o cotidiano e atingir o conhecimento científico.- Para se adequar à Pedagogia Histórico-Crítica, oferta do curso de extensão pelos professores (PDE 2009-2011).- Ajuda ao núcleo Regional para resolução dos cursos de inclusão.
- Durante o ano letivo.
- Equipe Pedagógica, professores e comunidade escolar.
Conselho de Classe.
- Dificuldade em solucionar os problemas
- Implementação de fichas para levantar dados ou diagnóstico de cada turma
- Durante o ano letivo.
- Direção, Equipe Pedagógica e
de aprendizagem relacionados.- Decisões do coletivo não são colocados em prática.- Falta de entendimento sobre o Pré-Conselho de Classe.- Dificuldade tempo e espaço de organização das ideias e estabelecer estratégias e metas para uma recuperação mais eficaz.- Dificuldade da equipe pedagógica em organizar os dados do Pré-Conselho e Conselho junto com os professores.
e disciplina para acompanhamento na superação dos problemas elencados.- Analisar o processo do aluno individualmente primando pela inclusão.- Organizar jun to à Direção e Equipe Pedagógica o pr-e-Conselho, garantindo o processo coletivo de ação e reflexão sobre o trabalho pedagógico e aprendizagem.
Professores.
Hora Atividade
- Obedecer a hora atividade no dia pré determinado quando o professor trabalha em duas ou mais escolas.
- Buscar espaços para articulação entre professores e equipe pedagógica para solucionar questões teóricas, metodológicas e pedagógicas.
- No decorre do ano.
- Direção, Equipe Pedagógica e Professores.
Recuperação de
Estudos.
- Dificuldade em determinar o momento a ser recuperado
- Oportunizar aos diversos tipos de avaliação e recuperação de conteúdos.- Diversificar as atividades
- Recuperação paralela constante, após cada
- Direção, Equipe Pedagógica e Professores.
os conteúdos e em trabalhá-los em sala de aula junto com os alunos que já obtiveram aprendizagem significativa.
avaliativas. término de conteúdo.
Sala de Apoio/Sala de Recursos
- Falta constante de alunos.- Compromisso/fichas e relatórios de acompanhamento.- Falta maior entrosamento dos professores das diferentes disciplinas.
- Convocar os responsáveis pelo aluno.- Envolver os profissionais no processo ensino/aprendizagem.- Comparecimento dos profissionais destas áreas nos Conselhos de Classe.
- No decorrer do ano letivo.
- Professores Regentes, Sala de Apoio e Recursos, Equipe Pedagógica e Direção.
Inclusão/necessidades especiais
- Salas numerosas para atendimento individual.- Dificuldade em atender o aluno individualmente.- Falta de formação específica do professor.- Falta de comprometimento da família.- Falta de profissional habilitado para acompanhar o aluno de
- Número reduzido de alunos nas salas de alunos de inclusão.- Cursos / capacitação, acompanhamento da Equipe Pedagógica com a família e todos os envolvidos.- Orientação para os profissionais diferenciado.
- Durante o ano letivo.
- Direção, Equipe Pedagógica, Professores regentes e professores de serviço especializado.
inclusão.
Reuniões/Semanas
Pedagógicas
- Tempo escasso para a elaboração do Plano de Trabalho Docente por áre3as e inclusive para sua efetivação.- Material trabalhado e de difícil compreensão para os profissionais não docentes.
- Intervir junto aos órgãos competentes para disponibilizar maior tempo para o planejamento e discussões internas.
- De acordo com o Calendário Escolar.
- Direção e Equipe Pedagógica.
Índice de Aproveitam
ento escolar.
- Evasão – Desistência e evasão maior no período da tarde e bem acentuada no noturno.- Reprovação – Constata-se que a reprovação segue o mesmo rítmo da evasão.- Notas do IDEB – Decaiu o índice de aproveitamento do colégio.
- Palestra de motivação para os educandos.- Avaliações diferenciadas.- Programa FICA.- Trabalho da Equipe Pedagógica com alunos para incentivo em relação aos estudos.- Equipe Pedagógica trabalhar com os resultados e níveis de escala de desempenho de habilidades e competências nas disciplinas afins com os professores durante a hora atividade.- Participação dos pais nas atividades do colégio, seja individual ou coletiva.
- Durante o ano letivo.
- Direção, Equipe Pedagógica e Professores.
Jornada/Pedagógica.
- Dificuldade da sociabilização da capacitação por falta de tempo com os professores.
- Organizar um momento na Reunião Pedagógica para reflexão dos termos abordados.- Cumprir as tarefas propostas pelo NRE.
- Calendário de acordo com o NRE e SEED.
- Equipe Pedagógica.
NRE - Período de - Assuntos específicos da - Setembro. - NRE
Itinerante realização. organização escolar e práticas pedagógicas.- Sugestão ser realizada no início do ano letivo.
Capacitação Continuada
- - Falta do profissional durante o curso, ocasionando desestruturação na organização de aula do colégio.- Bolsa – auxílio.- Maior envolvimento dos profissionais para participarem no GTR.
- Cobrança dos órgãos competentes.- Incentivo da participação de todos profissionais no GTR (Direção, Equipe Pedagógica, Professores e Funcionários).
- Durante o ano, de acordo com o Calendário Escolar.- Calendário NRE / SEED.
- NRE – SEED, Direção e Equipe Pedagógica.
- Projetos Escolares- Semana Cultural- Semana
Esportiva – JOCOP'S
- Viva Escola
- CELEM- Com
Ciência
- Dificuldade de envolvimento efetivo das instâncias da escola nas decisões coletivas.- CELEM E Viva Escola apresentando uma evasão muito grande.- O executor do programa Viva Escola não foi o elaborador, ocasionando problema de contratação de profissional e
- Decisões do coletivo devem ser colocadas em prática.- Envolvimento da comunidade nas atividades extra classe desenvolvida pelos projetos e programas.- Projeto de leiturqa com envolvimento de todos os profissionais docentes e não docentes.- Contato constante com os pais afins de vencer a evasão, a falta de perspectiva e interesse dos alunos.- Maior integração do município para o deslocamento de alunos, professores e da comunidade para a
- Durante o ano letivo.
- Equipe Pedagógicas- Direção- Professores- Comunidade- Órgãos Competentes.
também de execução do programa.- Dificuldade de deslocamento e acompanhamento de alunos e professores no COM CIÊNCIA .
efetivação dos projetos.
Educação/ Campo
- Dificuldade na realização de trabalhos extraclasse, por falta de transporte e material de pesquisa.- Dificuldade de colocar em prática os art. 28 da LDB.
- Providência material para o aluno realizar as atividades em seus domicílios.- Projeto COCAMAR – Escola no Campo.- Projeto SENAR – Jovem Aprendiz.- Levantamento dos alunos que moram no campo.
- Ano todo Direção, Equipe Pedagógica e Professores.
Desafios Educacionai
s Contemporâ
neos
- Falta total integração família/escola.- Falta de limites impostos pela família.- Falta de perspectiva do adolescente.- Alteração de valores na sociedade.- Dificuldades de profissionais específicos para proferir palestras (Falte de recursos humanos e
- Priorizar o conteúdo estabelecendo relação com a disciplina (transdisciplinaridade).- Palestras.- Vídeos informativos, filmes, músicas, etc.- Parcerias.- Projetos desenvolvidos e socializados em eventos na sala de aula e no coletivo para a comunidade escolar.- Redação – Educação Fiscal.- Aluno integrado (MEC).- Gincana Cultural (Conhecimentos Gerais).
- Durante o ano letivo.
Direção, Equipe Pedagógica , Professores e Funcionários.
financeiros).
- Materiais e ambientes
didáticos pedagógico
- Laboratório de Ciências
e de Informática.- TV Paulo
Freire- TV
Pendrive- Acervo blioteca- Livro
Didático Público
- Burocracia e demora de instalação de aparelhos.- Necessidade de adquirir mais um microscópio.- Manutenção do Laboratório Paraná Digital.- Trabaljho dificultado pela sobrecarga de atividades.- Falta de um profissional encarregado para manutenção e acompanhamento dos programas.
- Viabilizar um computador e uma impressora para a sala da Equipe Pedagógica.- Equipar os laboratórios com materiais necessários.- Explorar os materiais da disciplina de Artes disponíveis na biblioteca e incentivar o uso de tecnologias pelos docentes e discentes.- Reivindicar junto aos órgãos competentes a redução do número de alunos em sala de aula.
- Durante o ano letivo.
Direção, Equipe Pedagógica , Professores e Funcionários.
Gestão Escolar e
Planejamento
Participativo
- Decisões do coletivo não são colocados em prática.- Dificuldade de envolvimento efetivo das instâncias colegiadas nas decisões da escola.- Dificuldade para localização dos pais (mudança de endereço e telefones).
- Organização do tempo e espaço no interior da escola.- Participação dos pais em reuniões, palestras, eventos e em convocações quando necessário para serem informados sobre: aprovação por Conselho de Classe, rendimento escolar, faltas, indisciplina, descompromisso pelo aluno com as atividades avaliativas, cumprimento do regulamento e horário e preservação do ambiente escolar.- Concretizar sobre a
- Durante o ano letivo – Intensificação do trabalho no início de cada bimestre.
- Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Funcionários, Alunos e Pais.
necessidade de declaração de trabalho, atestado médico e outras justificativas necessárias para a tomada de decisões coletivas.Proporcionar grupos de estudo contínuo para que os professores adquiram subsídios metodológicos para o desenvolvimento do trabalho docente.
Recursos Financeiros
- Construção de Anfiteatro.- Cobertura da 2ª quadra esportiva .- Construção do refeitório.- Construção de almoxarifado.- Reforma dos banheiros.- Reforma na cozinha.
- Acionar a APMF, Conselho Escolar, para juntos reivindicar a solução dos problemas.
- Fundo Rotativo (mensal).- PDDE (verba normalmente enviada no final do ano).
- Direção, Conselho Escolar, APMF – Fundo Rotativo e Dinheiro direto pras escolas - PDDE
PLANO DE TRABALHO DO PEDAGOGO
Assuntos Ações Cronograma
P.P.P. Coordenar coletivamente a re-estruturação e atualização do PPP
Março a Abril
Regimento Escolar Informar, orientar e discutir os tópicos do Regimento Escolar com todos os segmentos do comunidade escolar
Durante o Ano letivo
Formação Continuada dos profissionais do Estabelecimento
Equipe Pedagógica e Direção cabe organizar a metodologia/estratégias dos textos enviados pela SEED. Discutir questões pedagógicas da escola.
1, 2 e 3 de fevereiro
11, 12 e 13 de agosto
Plano de Ação do Colégio
Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Plano de Ação da Escola.
Fevereiro e fevereiro
Reunião Pedagógica A Direção e Equipe Pedagógica cabe organizar e coordenar reuniões Pedagógicas, fazer levantamento de dados das dificuldades promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiências com vistas ao aproveitamento da prática pedagógica.
De acordo com o Calendário do ano letivo.
Conselho de Classe Organização à Direção e Equipe Pedagógica a realização dos pré-conselhos e dos Conselhos de Classe, garantindo o processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico no estabelecimento de ensino.
De acordo com o Calendário
Hora Atividade Organizar a hora atividade dos professores de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico.
Fevereiro a Dezembro
Reunião de Pais e Professores
Reunião de frequência para garantir a permanência do aluno à escola, mantendo contato direto com pais ou responsável na educação e formação e acompanhamento do processo ensino aprendizagem.Encaminhar cada caso, se necessário, aos setores competentes da administração pública (Conselho Tutelar e Ministério Público.
Durante o ano letivo.
Sala de ApoioeSala de Recurso'
Solicitar dos professores regentes a indicação dos alunos com dificuldades de aprendizagem de leitura, escrita e cálculo, visando o encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial.
De fevereiro a dezembro
Conscientizar a família do aluno sobre a necessidade de estender seu tempo escolar.Acompanha junto ao professores de apoio e regente de classe o desenvolvimento do aluno.
Plano de Trabalho Docente
Acompanhamento na elaboração e execução do Plano de Trabalho Docente junto ao coletivo dos professores.
De fevereiro a dezembro
Livro registro de classe
Orientar o corpo docente no preenchimento dos registros pertinentes as atividades pedagógicos.Verificar e rubricar periodicamente o registro de classe auxiliando o professor sempre que necessário.
De fevereiro a dezembro
Atendimento aos alunos
Mediar junto aos educadores no atendimento as necessidades básicas dos alunos de uma ação efetiva para uma educação de qualidade. Acompanhar o educando de forma preventiva e contínua no processo de formação integral.
De fevereiro a dezembro
Desafios Educacionais Contemporâneos
a) Educação Ambiental
b) História e Cultura Afro-Brasileira Africana e Indígena
c) Educação Fiscal
d) Educação para o trânsito
e) Enfrentamento a violência nas escolas
f) Prevenção do uso indevido de drogas
g) Sexualidade
Orientar e acompanhar a execução do Planejamento sobre os Desafios Educacionais Contemporâneos (7 demandas).
Mediar junto aos educadores a execução da agenda 21 e escola no campo (Cocamar).
Orientar e dar suporte metodológico na execução dos Trabalhos desses povos na formação da identidade cultural brasileira
Dar suporte aos professores e alunos na Concretização do Concurso de Redação e cidadania fiscal (8ª séries e Ens.Médio).
Auxiliar os professores nos convites de palestrantes sobre a Educação no trânsito.
Acompanhamento junto aos professores na promoção de palestras e entrevistas – filmes.
Palestras, entrevistas e filmes.
Promover junto aos professores palestras, entrevistas sobre sexualidade.
De fevereiro a dezembro
Semana Cultural Acompanhar e dar suporte aos professores em geral na teoria e prática de atividades culturais sobre cartazes, maquetes, objetos, telas, filmes, slides, artesanato e jogos e sua apresentação a comunidade.Parceria com Instituições de Ensino Superior, comércio e indústria local.
De acordo com o calendário escolar
Olimpíadas de Matemática
Organizar e acompanhar a execução das atividades propostas pelo OBMEP
Calendário da OBMEP
Viva Escola e CELEM
Acompanhar e assessorar professores de LEM, Literatura, Química e Artes no desenvolvimento da proposta Educacional – Viva Escola: Resgatando valores morais, respeito as diferenças, éticas e cidadania.
Março a Dezembro
Formação Continuada
Concepções:
- É uma atualização teórico-metodológica para melhorar a qualidade do trabalho do
professor em sala de aula, visando a melhoria do processo ensino – aprendizagem.
- Devido ao constante movimento social, cultural, econômico, político e científico, os
profissionais da educação devem estar em constante processo de formação a fim de melhor
instrumentalizar o trabalho pedagógico para efetiva aprendizagem de todos os alunos.
Objetivos:
- Proporcionar a toda a comunidade escolar, o aperfeiçoamento e atualização necessários
para o bom desempenho de cada participante do processo ensino-aprendizagem, nas suas
diferentes funções.
- Oportunizar espaços de reflexão, discussão e redirecionamento do trabalho pedagógico
visando a melhoria do processo ensino-aprendizagem.
Ações a serem desenvolvidas Responsável Cronograma- Encontros e discussões com a comunidade escolar para levantamento de necessidades da escola.
Equipe Pedagógica Início do Semestre
- Escolha de textos para área que abordem os problemas levantados que serão discutidos em palestras, grupos de estudos, reunião pedagógica.
- Organização de palestras de formação política e cidadania para os representantes de turma e grêmios.
- Encontros mensais com os pais para abordar assuntos detectados de interesse deles.
- Grupos de Estudo para as instâncias colegiadas (APMF, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, Conselho de Classe).
- Grupos de Estudos com os funcionários.
Equipe Pedagógica
Equipe Pedagógica, Direção e Professores conveniados
Equipe Pedagógica e convidados
Direção e Equipe Pedagógica
Direção e Equipe Pedagógica
Mensal
Mensal
Mensal
Mensal
Mensal
Recursos Físicos e Financeiros
Ações a serem desenvolvidas Responsável Cronograma- Aplicação de recursos
financeiros nas prioridades da
escola (Fundo Rotativo e
PDDE);
- Projetos de reparos: ampliação
da secretaria, troca do telhado
da escola, dos pisos, da fiação
em instalação elétrica, quadra
- Direção e APMF
- SEED e Fundepar.
- Mensal
- No decorrer
do ano de
2007.
aberta e material permanente
para melhorar o ambiente
escolar;
- Manter a conservação,
limpeza e manutenção do
espaço físico;
- Aquisição de materiais
pedagógico e melhoria do
espaço físico.
- Comunidade escolar;
- Direção e APMF.
- Diário.
- No decorrer do ano
de 2007.
Resultados
- Avaliar os resultados obtidos pela escola durante o ano, em sua função de assegurar o
acesso a permanência e o sucesso escolar (componentes da comunidade escolar).
- Avaliação do trabalho da direção, equipe pedagógica, professores e funcionários com
objetivo da melhoria do processo ensino-aprendizagem (pelo Conselho Escolar).
Referências
LIBÂNEO, J. C. Educação escolar; políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003.
ROHR, Ferdinand. Para além do neoliberalismo: a teoria enquanto aporte de superação das relações fundadas na barbárie. Revista FACED, n. 6, Salvador, 2002.
VEIGA, O. C. A. As instâncias colegiadas da escola. In: Participação e qualidade de ensino. Revista paixão de aprender da Secretaria Municipal de Educação. N. 6. Porto Alegre: mar/1994.
MELO, Maria Tereza L. Gestão Educacional: os desafios do cotidiano escolar. Petrópolis: Rio de Janeiro: vozes, 2000.
CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Gente, 2001.
DALBEN, Ângela. Trabalho escolar e conselho de classe. Campinas: Papirus, 1995.
EQUIPE PEDAGÓGICA
PLANEJAMENTO – 2009
De acordo com o artigo 6º, inciso III, a Equipe Pedagógica é composta pela:
Supervisão de Ensino, Orientação Educacional, Coordenação, Corpo Docente, Conselho de
Classe e Biblioteca.
É o órgão responsável pela coordenação, implantação e implementação das
Diretrizes Pedagógicas oriundas da SEED.
Compete a Equipe Pedagógica as seguintes atribuições:
Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do P.P.P. e do Plano de Ação
do estabelecimento;
Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudos para elaboração e reflexão
de propostas de intervenção na realidade do estabelecimento;
Participar e intervir junto com a Direção da organização do trabalho pedagógico;
Participar da elaboração do projeto de formação continuidade de todos profissionais;
Analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantadas no estabelecimento;
Coordenar a organização do espaço/tempo escolar, a partir do P.P.P. e da proposta
curricular do estabelecimento, intervindo na elaboração do calendário letivo na
formação de turmas na definição e distribuição do horário semanal das aulas e
disciplinas, do recreio, da hora atividade e de outras atividades que interfiram
diretamente no trabalho pedagógico;
Coordenar, junto a Direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a partir de
critério legais;
Responsabilizar pelo trabalho pedagógico didático desenvolvido no estabelecimento no
estabelecimento pelos profissionais que nela atuam;
Implantar mecanismos de acompanhamento e avalição de trabalho pedagógico escolar, pela
comunidade interna e externa;
Apresentar propostas alternativas, sugestões e ou críticas que assegura os trabalhos
pedagógicos de acordo com as Políticas do Estado;
Coordenar a elaboração de critérios para a aquisição, empréstimos e seleção de materiais,
equipamentos e ou livros de uso didático pedagógico;
Participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento;
Orientar o processo de elaboração dos planejamentos de ensino junto ao coletivo dos
professores do estabelecimento;
Subsidiar o apuramento teórico, metodológico do coletivo de professores do
estabelecimento, promovendo estudos sistemáticos, troca de experiências, debates e
oficinas pedagógicas;
Organizar a hora atividade do coletivo de professores da escola;
Atuar junto ao coletivo de professores na elaboração de projetos de recuperação de estudos;
Organizar a realização dos Conselhos de Classe de forma a garantir um processo coletivo
de reflexão, ação sobre o trabalho pedagógico e as intervenções necessários;
Informar ao coletivo da comunidade a aproveitamento escolar;
Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do regimento Escolar,
garantindo a participação democrática de toda atividade escolar;
Orientar a comunidade escolar a interferir na Construção do Processo Pedagógico;
Desenvolver projetos para que haja interação escolar/comunidade;
Participar do Conselho Escolar medindo as discussões e reflexões do processo
ensino/aprendizagem;
Oportunizar o desenvolvimento da representatividade do aluno e sua participação nos
diversos órgãos colegiados do estabelecimento;
Elaborar propostas de superação de todas as formas de discriminação, preconceitos e
exclusão social, ampliando o compromisso ético e político das classes sociais;
Todas as práticas educativas diversões estar de acordo com os preceitos constitucionais, a
legislação educacional, a legislação educacional em vigor e a Estatuto da Criança e do
Adolescente.
ANEXO I
Instrumentos de Investigação
Instrumento de investigação – professores – construção do PPP
A avaliação, os procedimentos didáticos, os conteúdos e a relação professor-aluno
são decorrentes da concepção de ensino-aprendizagem em que o professor acredita. Dessa
forma, todos esses componentes não podem Ter encaminhamentos divergentes, pois todos
fazem parte de um único processo.
Para melhor nos organizarmos didaticamente iremos relembrar como tais
procedimentos são considerados em cada concepção de aprendizagem. Em seguida, cada
professor deve expressar a sua prática, ou o desejo de sua prática com relação a cada
componente.
ENSINO-APRENDIZAGEM
1. Concepção Tradicional: Baseia-se no humanismo clássico. Os alunos são “ensinados e
instruídos” pelo professor. os conteúdos devem ser assimilados, os modelos imitados.
Desconhece-se o mecanismo psíquico de aquisição do conhecimento. Todos aprendem
de maneira igual.
2. Concepção escolanovista: Baseia-se nas teorias cognitivas (Piaget, Montessori, Emília
Ferreiro – Epistemologia genética ou construtivismo liberal). O ensino tem que ser
baseado no ensaio e erro, na pesquisa, na investigação, na solução de problemas por
parte do aluno, e não em aprendizagem de fórmulas e definições.
3. Concepção progressista crítico-social dos conteúdos: Pensada por educadores
brasileiros ( Saviani, Libâneo), baseado em educadores progressistas –neo-marxistas
(Snyders, Gramsci, Giroux). Busca fundamentos na concepção de ensino construtivista
sócio-histórica de Vygotski. O ensino é construído pelos sujeitos (professor e aluno),
partindo-se da compreensão da realidade histórica e social, a partir das análises do
mundo do trabalho, das vivências sociais, buscando entendê-lo não como algo natural,
mas sim construído culturalmente, a fim de tornar possível o papel mediador da
educação no processo de transformação social.
4. Concepção neoliberal da educação: Recorre-se à pesquisa, à tecnologia, a um
neoceticismo, pois há informação em todo lugar e a escola é apenas um a mais. Não se
considera o ensino como reflexão, apenas como informações necessárias à nova
reconfiguração do mundo do trabalho.
Como está sendo e como você gostaria que fosse a prática de ensino-aprendizagem em sua
disciplina?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
Concepção tradicional: O professor já traz o conteúdo pronto e o aluno limita-se,
passivamente a escuta-lo. Utilização frequente do método expositivo. O planejamento é
pré-estabelecido e os conteúdos organizados logicamente, de forma positivista, sem
nenhum vínculo com sua produção histórica.
Concepção escolanovista: Caberá ao educador planejar situações de ensino onde os
conteúdos e os métodos pedagógicos sejam coerentes com o desenvolvimento da
inteligência e não com a idade cronológica. O trabalho em equipes desenvolve a
sociabilidade, autonomia e superação do egocentrismo. O jogo tem por objetivo
descobrir novas estratégias. A pesquisa deve partir de um problema. O ensino tende a
ser individualizado e em pequenos grupos. O planejamento pode ser feito em projetos.
Concepção progressista crítico-social dos conteúdos: O conteúdo produzido e
acumulado historicamente pela humanidade precisa ser adquirido pelo aluno como
condição de sua emancipação, mas este deve partir da prática social inicial do aluno
(partir de sua realidade – o que ele já sabe) e terminar também em sua prática social (no
final da aprendizagem espera-se que o aluno seja capaz de utilizar o conteúdo para
transformar a realidade em que vive). O planejamento pode ser feito em unidades ou
projetos interdisciplinares, com a participação do aluno. Os procedimentos didáticos
incluem aulas expositivas, problematização, pesquisa, utilização de recursos áudio-
visuais e tecnológicos e sistematização final (em grupos ou individualmente, oralmente
ou por escrito.
Concepção neoliberal: As TCI (tecnologias de conhecimento e informação) ganham
destaque central. Pesquisa na NET, bate-papos, educação a distância.
Como estäo sendo e como você gostaria que fossem organizados os procedimentos
didáticos em suas aulas?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
AVALIAÇÃO
1. Concepção tradicional: É realizada visando a exatidão da reprodução do conteúdo
comunicado em sala de aula. Mede-se, portanto, pela quantidade e exatidão de
informações que se consegue reproduzir. Daí a consideração de provas, exames,
exercícios, etc, que evidenciam a exatidão da reprodução da informação. A avaliação se
torna quantitativa, punitiva, competitiva, seletiva. A avaliação se torna verificação e
torna a escola um espaço de exclusão.
2. Concepção escolanovista: A avaliação implicará em verificar se o aluno já adquiriu
noções, conservações, realizou operações, relações, etc. Uma das formas de se verificar
o rendimento é através de reproduções livres, com expressões próprias,
relacionamentos, explicações práticas, explicações casuais.
3. Concepção progressista crítico-social dos conteúdos: Requer um processo de ensino-
aprendizagem democrático, portanto, deve Ter o caráter mediador, emancipatório,
dialógico e participativo. Requer que os critérios avaliativos sejam de conhecimento de
todos – professor, equipe, alunos, desde o primeiro momento do planejamento dos
conteúdos. Os instrumentos avaliativos podem ser variados: entrevistas, pesquisas,
exposições orais, produções escritas, portifólios. Também chamada avaliação
formativa, envolve todas as dimensões da aprendizagem: cognitiva, afetiva e
psicomotora. Tem função diagnóstica, auxilia o professor a replanejar sua ação.
Enfatiza os aspectos positivos, pois está comprometida com o sucesso de todos
(inclusão). Desenvolve a auto-estima dos alunos. “São potencializadas as qualidades
particulares de seu trabalho, com a orientação sobre a maneira de melhorá-lo, evitando
comparações entre os alunos”.
4. Concepção neoliberal: Baseada nos exames de vestibulares, estimula a competição e a
assimilação de informações básicas. Valoriza o trabalho em equipe (a organização
toyotista requer trabalho em “times”). Estimula a criatividade (o empreendedor precisa
ser criativo para manter-se no mercado). Requer habilidades e competências
comunicativas e atualização com relação aos acontecimentos recentes da aldeia global.
De que forma deveria ser a avaliação dos conteúdos em sua disciplina?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Como o Conselho de classe deveria ser encaminhado para realmente ser um instrumento de busca coletiva para soluções de recuperação da aprendizagem dos alunos?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Você concorda em entregar juntamente com o planejamento os critérios de avaliação para cada bloco de conteúdos/unidades de ensino?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
DISCIPLINA
De acordo com Franco: “a disciplina não diz respeito somente ao comportamento
dos alunos, diz respeito a todos os elementos envolvidos com a prática escolar e precisa ser
compreendida como algo necessário para atingir um fazer pedagógico coerente e eficaz,
estando, dessa maneira, intimamente relacionada à forma como a escola organiza e
desenvolve o seu trabalho”.
Para Makarenko, a disciplina é necessária para se atingir às finalidades da educação.
Exigir o máximo do aluno, sem ferir o que está além de suas potencialidades. Respeitar
profundamente o aluno como ser humano e estar convicto de que o homem só se realiza na
vida social, democrática, feita de regras coletivas. Procura com isso, de um lado, repudiar o
simples arbítrio e incentivar um assumir responsável e organizado do educando e, de outro,
desenvolver formas participativas de gestão, como instrumento indispensável para a
superação do simples autoritarismo. A disciplina é a capacidade de abster-se de atitudes que
servem para proporcionar proveito pessoal, e que no entanto, podem prejudicar sua vida,
sua conduta, terceiros ou toda sociedade.
Para Gramsci, a disciplina significa a capacidade de comandar a si mesmo, de se
impor aos caprichos individuais. Isso só pode ser alcançado se a disciplina for fixada pelos
próprios membros da coletividade. Para ele, o trabalho escolar, preocupado em propiciar ao
aluno em condições para ser dirigente e não subalterno, exige esforço, trabalho e disciplina.
A escola não é um lugar de ensino fácil e atraente em todos os momentos, mas um local
que, dentro dos limites do aluno, impõe renúncias. Isso porque o progresso do aluno, rumo
aos conhecimentos elaborados historicamente pelo homem, não se pode dar anão ser
através de muita concentração e dedicação.
Snyders sinaliza que a escola deve estar ligada à realidade, a qual os alunos não se
sintam um “corpo estranho” e, potencialmente voltado ao fracasso, “uma escola onde o
aluno é feliz, de uma felicidade que não exclui momentos difíceis.
Pensando nessas citações, quais as medidas concretas que podemos tomar no Colégio
Parigot para melhorar a participação dos alunos?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
RELACIONAMENTO PROFESSOR-ALUNO
Concepção tradicional: O centro do processo está no professor. Ele é considerado como
um planejador e um analista de contingências ou mesmo, como se denominou mais
recentemente, um engenheiro comportamental.
Concepção escolanovista: O centro do processo é o aluno. Cabe ao professor tratar o aluno
de acordo com as características estruturais próprias de sua fase evolutiva; e o ensino
precisa, consequentemente, ser adaptado ao desenvolvimento mental e social. Cabe ao
professor evitar a rotina. Deve propor problemas, lançar desafios, dar autonomia. Ao aluno
cabem as tarefas de observar, experimentar, comparar, relacionar, analisar, levantar
hipóteses, argumentar.
Concepção progressista: A relação professor-aluno é horizontal, e não imposta. Um
professor que esteja engajado numa prática transformadora procurará desmitificar e
questionar, com o aluno, a cultura dominante, valorizando a linguagem e a cultura deste,
criando condições para que cada um deles analise seu contexto e produza cultura. O
professor procurará criar condições para que, juntamente com os alunos, a consciência
ingênua seja superada e que estes possam perceber as contradições da sociedade em que
vivem. O aluno é visto como sujeito que, no início da aprendizagem, tem um conhecimento
precário e mistificado da realidade. No final do processo, com a mediação do professor e
dos conteúdos, chegará à aquisição do conhecimento elaborado capaz de servir de
instrumentos para a compreensão e transformação da realidade social.
Outras questões não contempladas neste instrumento de investigação:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Transcrever citações (autor, ano e página) e bibliografia a respeito dos diferentes tópicos analisados. Será importante fazer uma coletânea para serem inseridas no corpo do texto do PPP.
REFERÊNCIAS:
FRANCO, L. A.C. A disciplina na escola. Revista Educação e Sociedade.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia.
FRIGOTTO, G. A crise do capitalismo real.
GIROUX, H. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2004.
GRAMSCI, A. Os intelectuais e a organização da cultura. São Paulo: Civilização Brasileira, 1979.
MAKARENKO, A. Problemas da educação escolar soviética. Lisboa: Seara Nova, 1978.
MIZUKAMI, M.G.N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1987.
PIMENTA, S.G. A organização do trabalho na escola. Revista Educação e Sociedade.
SAVIANI, D. Escola e democracia. São Paulo: Cortez, 1992.
SNYDERS, G. Escola, classe e luta de classes. Lisboa: Moraes, 1977.
Instrumento de investigação – Professores – construção do PPP
A avaliação, os procedimentos didáticos, os conteúdos e a relação professor-aluno
são decorrentes da concepção de ensino-aprendizagem em que o professor acredita. Dessa
forma, todos esses componentes não podem ter encaminhamentos divergentes, pois todos
fazem parte de um único processo.
Para melhor nos organizarmos didaticamente iremos relembrar como tais
procedimentos são considerados em cada concepção de aprendizagem. Em seguida, cada
professor deve expressar a sua prática, ou o desejo de sua prática com relação a cada
componente.
QUESTÖES
1- Como está sendo e como você gostaria que fosse a prática de ensino-aprendizagem em
sua disciplina?
2- Como estäo sendo e como você gostaria que fossem organizados os procedimentos
didáticos em suas aulas?
3- De que forma deveria ser a avaliação dos conteúdos em sua disciplina?
4- Como o Conselho de classe deveria ser encaminhado para realmente ser um instrumento
de busca coletiva para soluções de recuperação da aprendizagem dos alunos?
5- Você concorda em entregar juntamente com o planejamento os critérios de avaliação
para cada bloco de conteúdos/unidades de ensino?
6- Pensando na discussäo a respeito da indisciplina, quais as medidas concretas que
podemos tomar no Colégio Parigot para melhorar a participação dos alunos?
7- Outras questões não contempladas neste instrumento de investigação:
8- Transcrever citações (autor, ano e página) e bibliografia a respeito dos diferentes tópicos
analisados. Será importante fazer uma coletânea para serem inseridas no corpo do texto do
PPP.
Colégio Estadual Parigot de Souza – Ensino Fundamental e MédioQuestionário – perfil do aluno
1) Idade ___________ série___________ Período ( ) M ( ) T ( ) N
2) Músicas que mais curte:a)_________________cantor______________b)_________________cantor______________c)_________________cantor______________
3) Programas de TV que mais assiste:a)____________________________________b)___________________________________c)____________________________________
4) Lazer preferido:( ) Passeio Onde?__________________( ) TV( ) Outros Quais?_________________
5) Pratica esportes? Qual (ais)?a)________________Local_______________b)________________Local_______________c)________________Local_______________
6) Quais pessoas admira no mundo?a)____________________________________b)___________________________________c)____________________________________
7) Livros que mais gostou de ler:a)____________________________________b)____________________________________c)____________________________________
8) Gostaria de participar de algum projeto voluntário?( ) Atividades de artesanato (Biscuit, telas, argila)( ) Monitor de conteúdos para os alunos com dificuldade( ) Trabalhos manuais (crochê, tricô, ponto cruz)( ) Danças( ) Outros
9) Sonhos para o futuro:a)_____________________________b)_____________________________c)_____________________________
10) Faculdade que pretende cursar:a)_____________________________b)_____________________________
11) Quanto tempo passa com sua família?
12) Quem faz parte de sua família?
13) O que acha das drogas?
14) O que acha da violência?
15) Que atividades o município poderia oferecer para os adolescentes e jovens em Mandaguaçu?a)_____________________________b)_____________________________c)_____________________________
16) Trabalho dos responsáveis:a) Pais_________b) Avós______c) Irmãos________d) Outros____
17) Cidades que seus responsáveis já moraram:a)_____________________________b)_____________________________c)____________________________
18) Trabalhos que já teve:( ) Não trabalhei aindaa)______________________ b)______________________c)_______________________
19) Quais os principais problemas da Escola?
20) Disciplinas da Escola que mais gosta:a)______________b)___________________c)______________d)___________________
21) Como deveria ser o relacionamento entre professores e alunos?
22)Que regras seriam necessárias serem seguidas na escola (por parte dos alunos)?
23) Como poderiam ser as atividades de avaliação do conteúdo?
24) Qual a Escola dos seus sonhos?
25) Principais problemas que o adolescente e o jovem enfrentam hoje na sociedade:a)___________________________________b)___________________________________
ANEXO III
Col.Est.Parigot de Souza-Ens. Fundamental e MédioQuestionário para traçar o perfil da comunidade escolar
1) Idade do principal responsável pela renda familiar:( ) 20 – 30 anos( ) 31 – 40 anos( ) 41 – 50 anos( ) mais de 51 anos2) Renda mensal total da família:( ) até R$ 600,00( ) R$ 601,00 a R$ 900,00( ) R$ 901,00 a 1.200,00( ) maior que R$ 1.201,003) Escolaridade do principal responsável pela renda familiar:( ) Ensino fundamental incompleto( ) Ensino fundamental completo( ) Ensino médio incompleto( ) Ensino médio completo( ) Ensino superior incompleto( ) Ensino superior completo( ) pós-graduação4) Nome da Igreja em que foi batizado (a):
5) Nome da Igreja que freqüenta hoje:
6) Situação de moradia:( ) própria ( ) alugada( ) financiada ( ) outros( ) da empresa que trabalha7) Como vai para o trabalho:( ) não trabalha ( ) transporte da empresa( ) de bicicleta ou a pé ( ) transporte coletivo( ) moto ou carro próprio ( ) outros8) Atendimento de saúde:( ) SUS( ) Plano de saúde empresarial( ) Plano de saúde pessoal( ) particular9) Consumo de água da casa:( ) poço ou mina( ) água tratada10) Destino do esgoto:( ) fossas sépticas( ) rede pública de esgoto( ) outros11) Freqüência da coleta de lixo no bairro:( ) 1 a 2 vezes na semana( ) 3 a 4 vezes na semana( ) 5 ou mais vezes na semana( ) não há coleta de lixo12) A família separa o resíduo orgânico do material reciclável:( ) sempre( ) às vezes( ) nunca
CONTEÚDO PROGRAMATIVO
PLANO DE CURSO
PROGRAMA JOVEM APRENDIZ AGRICULTOR APRENDIZ
APRENDIZ EM SERVIÇOS AGROSSILVIPASTORIL
OBJETIVO GERAL: Formar jovens conscientes de suas oportunidades no campo, qualificando-os profissionalmente, despertando sua visão empresarial e capacidade empreendedora.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO MÓDULO BÁSICO (144 HORAS)
1. COMUNICAÇÃO – 8 horasObjetivo: Desenvolver técnicas de comunicação oral, escrita e gestual, superando suas limitações, através de exposição de atividades.
Conteúdo:• Motivação pessoal• A importância da boa linguagem• Expressões orais, escrita e gestual (língua portuguesa)• A arte de falar em público• Impessoalidade e desinibição• Interpretação de textos
2. CIDADANIA (Direitos e Deveres) – 8 horasObjetivo: Reconhecer seu papel como cidadão, ético crítico e participativo, gerando condições para que este atue no meio em que vive.
Conteúdo:• Apresentação da Lei 10.097/2000 – Aprendizagem• Apresentação da Lei 8.069/1990 - ECA• Ser cidadão (liberdade e solidariedade)• Diferenças e Respeito• Cidadania e participação• Atitudes no Trânsito (direção defensiva)• Ruralidade
3. USO BÁSICO DO MICRO – 12 horasObjetivo: Aprender os mecanismos básicos de uso e funcionamento de micro computadores e seus periféricos, utilizando editores de textos, planilhas eletrônicas e ferramentas da Internet.
Conteúdo:• Introdução à informática• Componentes básico do sistema de computação• Windows• Microsoft Word• Microsoft Excel• Internet.
4. HIGIENE E QUALIDADE DE VIDA – 8 horas
Objetivo: Identificar a importância do bem estar pessoal percebendo as implicações da higiene e saúde, para uma melhor qualidade de vida.
Conteúdo:• Apresentação pessoal• Qualidade de vida• Higiene saúde e segurança no ambiente de trabalho• Higiene bucal• Higiene Corporal• DST• Prevenção de Drogas• Noções ergonômicas – conceito, aplicações• Cadeia Alimentar• Hábitos domésticos (fatores de contaminação)
5. COMPETÊNCIA INTERPESSOAL E INTEGRAÇÃO NO TRABALHO – 16 horasObjetivo: Oportunizar a autopercepção de características pessoais quanto às habilidades e limitações, favorecendo o auto-desenvolvimento no processo de crescimento pessoal e profissional.
Conteúdo:• A importância da equipe no desempenho de trabalho moderno• Cargos, funções e desempenho interpessoal• Características pessoais e relacionamento interpessoal• Competição x colaboração• Ética nas relações humanas• Mercado de Trabalho• Preferências e interesses pessoais na escolha da profissão
6. PRINCIPIOS DE QUALIDADE NAS ATIVIDADES AGROSSILVIPASTORIL – 12 horasObjetivo: Reconhecer a importância da aplicação dos cinco sensos, no dia-a-dia profissional e pessoal, iniciando uma mudança de hábitos
Conteúdo:• Princípios e conceito da qualidade total• Aplicação dos 5 sensos• Praticando qualidade (descarte, organização, limpeza, higiene, ordem mantida).
7. GESTAO RURAL – 20 horasObjetivo: Perceber a importância do Agronegócio no meio rural, bem como desenvolver qualquer atividade e aplicar com visão ampla, promissora e empreendedora.
Conteúdo:• Panorama do Agronegócio (histórico, importância, números)• Comercialização – associativismo, cooperativismo
-Regra de três, porcentagens, juros simples e comportos (noções de matemática)• Introdução a administração – (conceito e sua importância)
-Processos de administração: Planejar, Organizar, Dirigir, Controlar-Visão empreendedora-Sucessão familiar.
8. CONSERVAÇÃO DE SOLOS, ÁGUA E MEIO AMBIENTE – 20 horasObjetivo: Compreender os processos de formação do solo, a importância dos recursos naturais e as formas corretas de uso e manejo do solo realizando ações ambientalmente corretas e economicamente viáveis
Conteúdo:• Formação do solo• Inteperismo• Tipos de erosão• Uso da terra e aptidão:
-Utilização da pastagem;-Cultivo anual e perene
• Práticas conservacionistas-adubação verde-rotação de culturas e plantio direto
• Ecossistema:-histórico, biosfera, equilíbrio-conceito-biomas brasileiros
• Reserva Legal e APP (área de preservação permanente)-espécies nativas
• Corredores de Biodiversidade
9. AGRICULTURA – 16 horasObjetivo: Identificar as diversas formas de plantio e importância das culturas locais, conhecendo os tipos de agricultura, produção, conflitos de uso do solo
Conteúdo:• Culturas locais e culturas: soja – milho – trigo – feijão – olericulas, biocombustiveis:
-histórico, importância econômica, zoneamento agrícola, época de plantio, tratos culturais, adubação, calagem, controle biológico (MIP), colheita, beneficiamento, armazenagem, mercado de destino, variedade
• Conceito e manejo de pragas, doenças e plantas daninhas• Tipos de Agricultura:
-Orgânica-Convencional-Hidropônico-Trangênicos
10. SANIDADE VEGETAL – 8 horasObjetivo: Reconhecer a importância do beneficio da correta utilização de materiais e equipamentos de sanidade vegetal, para uma segurança alimentar, ambiental e pessoal.
Conteúdo:• Uso de agrotóxicos• Utilização de EPI’s• Aquisição• Transporte• Armazenamento• Tecnologias de aplicação• Destino final das embalagens
• Primeiros socorros
11. SILVICULTURA – 4 horasObjetivo: Reconhecer no plantio de florestas uma forma de diversificação de atividades na propriedade considerando como nova alternativas de renda para pequenas e grandes propriedades diminuindo a pressão sobre as florestas nativas.
Conteúdo:• Ecossistema• Reflorestamento – Matas homogêneas• Sistema agossilvopastoril• Sistema Agrofloresta
12. PECUÁRIA – 12 horasObjetivo: Conhecer as principais espécies domestica, sua relação com o homem e o meio ambiente, percebendo a importância das diferentes explorações na atividade.
Conteúdo: • Histórico –importância e relação homem versos animal e meio ambiente• Principais raças leiteiras
-produtos e subprodutos• Sanidade Animal
-Zoonoses• Panorama agropecuário – indicadores pecuários.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO MÓDULO ÉSPECÍFICO(até 100 horas cada)
1. PECUÁRIA LEITEIRA – 80 horasObjetivo: Aprender práticas de manejo corretas para uma boa qualidade da pecuária leiteira
Conteúdo:• Histórico da pecuária• Classificação do rebanho de leite• Manejo de bovinos de leite (vaca, novilhas e rebanho)• Manejo de ordenhas manuais e mecânicas• Alimentação do rebanho • Pastagens
2. AGROECOLOGIA AGRICULTURA ORGÃNICA – 80 horasObjetivo: Conhecer os tipos de agriculturas e as principais culturas de importância econômica, identificando pragas, doenças, plantas daninhas e o correto manejo da agroecologia.
Conteúdo:• Histórico• Manejo e fertilidade do sistema• Adubação verde e rotação de culturas• Uso de adubos orgânicos• Controle de pragas e doenças• Benefícios para a saúde do homem
3. OLERICULTURA GERAL – 80 horasObjetivo: Aprender práticas e técnicas corretas para implantação da olericultura, identificando oportunidades de negócios para melhoria de renda
Conteúdo:• Importância das hortaliças• Instalação da horta• Produção de mudas• Adubação• Época de plantio, densidade e ciclo• Mercado de olerícolas
4. MECANIZAÇÃO – 96 horasObjetivo: Conhecer as tecnologias de mecanização agrícola, percebendo a importância do uso correto de técnicas na regulagem e manutenção de colhedoras, tratores e implementos.
Conteúdo:• Histórico da mecanização agrícola;• Trator (Simbologia universal, sistema de combustível, sistema de arrefecimento,
sistema elétrico, bitola e lastração, sistema de filtros, funcionamento do motor, turbina);
• Colhedora (Simbologia universal, sistema de combustível, sistema de arrefecimento, sistema elétrico, sistema de filtros, alimentação, debulha, limpeza e armazenagem);
• Itens de segurança;• Regulagem e manutenção de implementos.
5. FRUTICULTURA – 80 horasObjetivo: Aprender práticas e técnicas corretas para implantação da fruticultura, identificando oportunidades de negócios para melhoria de renda.
Conteúdo:• Principais frutas cultivadas no Brasil e suas origens.• Panorama atual da fruticultura no agronegócio e mercado.• Frutas de Clima Temperado e Tropical• Técnicas de implantação do pomar, produção de mudas, tratos culturais, podas e desbastes,
olheita, beneficiamento, armazenamento, classificação.
6. CANA DE AÇÚCAR – 80 horasObjetivo: Conhecer o manejo de produção e o processamento da cultura da cana de açúcar, percebendo sua importância econômica.
Conteúdo:• Cultura da Cana de açúcar• Obtenção de mudas• Manejo químico e físico do solo• Fitossanidade• Uso de EPI’S• Descarregamento e plantio da cana de açúcar• Corte e queimada da cana de açúcar• Trabalho do fiscal e apontador nas Usinas de açúcar• Legislação e impactos ambientais• Tecnologia em máquinas para cana de açúcar
• Qualidade no processamento da cana de açúcar
REFERÊNCIAS
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