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Edição n.º 01 - Set./Dez. 2012 Distribuição Gratuita Contra os roubos na saúde Acredito que há justiça neste País, por isso é que perante os esquemas e as falsidades que pretendiam omitir um brutal jogo de cumplicidades e favorecimentos que visavam dar cobertura e legalizar fraudes, que passavam por um esquema que procurava desacreditar a honra e a seriedade de quem denunciava os ilícitos, elaborei esta tri- buna – e outras se seguirão – para que se conheça a verdade de quem cometeu impensáveis atrocidades para obter vantagens inadmissíveis. REBORDOSA ComVida não é nem nunca foi um gesto anónimo. Sempre combati a cobardia e a mentira dando a cara. Desde o primeiro momento andei pessoalmente a distribuir o REBORDOSA ComVida pela população e não deixei de me dirigir e dialogar com todos. Desde médicos, enfermeiros ao presidente da junta de freguesia, passando pelo mais simples cidadão a todos me apresentei. Não me disfarcei. Não andei de óculos escuros e boné para me des- caracterizar. Andei de fato e gravata como o faço no dia-a-dia. A quem me perguntou, disse quem era e o que fazia. Para além de um número de telefone e um endereço de e-mail, sempre dispo- níveis para responder a todas as solicitações e reuniões, o REBORDOSA ComVida tem rosto. Agradeço do fundo do coração a todos quantos se me dirigiram e incentivaram para continuar a denunciar os ilícitos. Se me deixarem continuarei. A gravidade e obscenidade do que aqui se denuncia de forma fundamentada só deixa dois cami- nhos a quem ousa fazê-lo. Ou alarga a audiência das suas denúncias ou acaba num esgoto, a modos que nos países latino americanos. Depois do primeiro passo com o nº 00 só me resta continuar a falar verdade ou sei que serei silenciado. Ainda recentemente na Maia percebi que não ando só. Este é um meio de comunicação legalmente constituído e registado, elaborado com base no jornalismo de investigação e de opinião, que se quer constituir num elemento de trabalho para jornalistas e dirigentes da área da saúde (eventualmente da área da justiça) que queiram tra- balhar no esclarecimento do que poderá ser a ponta de um novelo urdido em gran- de escala por fabricantes (médicos), que fazem com que as clínicas estejam para a saúde das populações como as lojas e importações chinesas estão para a econo- mia. Impõem as suas regras para selecti- vamente controlar os negócios ao mesmo tempo que secam tudo à sua volta. Não sendo esta a minha área do saber dediquei-lhe muitos dias e até meses do meu trabalho desenvolvido fora de portas, minimizando a intervenção presencial em projectos junto de instituições euro- peias. A conclusão desta edição dedico a quantos confiam em mim para ser o seu orientador ou co-orientador nas dissertações de mestrado e nas teses de doutoramento, que souberam acei- tar os sacrifícios temporais com que os penalizei, especialmente os que têm trabalho na fase de conclusão, por isso elaborei esta tribuna com os mesmos argumentos que lhes transmito para o sucesso dos seus trabalhos, recorrendo à presença física nos locais onde decorrem as acções (que me proporcionaram uma experiência enriquecedora) e escrevendo com total inovação nesta temática. Seguramente que todos concordarão que esta edição do Rebordosa ComVida é muito mais do que um jornal, é um documento “histórico” com trabalho de campo, arquivos, estatísticas e levantamentos inéditos, que pela sua metodologia poderá ser um ponto de partida para quem pretenda esclarecer ou trabalhar em investigação sobre o tema “A Máfia na Saúde”. Luís de Sousa. REBORDOSA COMVIDA Quem perde é a população Clínicas privadas querem controlar os CS de Cristelo e de Rebordosa Centro de Saúde de Cristelo Médico “foge” para facturar na Clínica privada Clínicas encomendam exames e médicos prescrevem no SNS Consultas FANTASMA em Cristelo 3 médicos enchem agendas com pedidos de medicação Médica impede o roubo de 100 mil euros em Cristelo Para criar inimigos não é necessário declarar guerra, basta dizer a verdade Martin Luther King adapt.

1 Jornal Rebordosa Comvida

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Contra os roubos na saúdeAcredito que há justiça neste País, por isso é que perante os esquemas e as falsidadesque pretendiam omitir um brutal jogo de cumplicidades e favorecimentos que visavamdar cobertura e legalizar fraudes, que passavam por um esquema que procurava desacreditar a honra e a seriedade de quem denunciava os ilícitos, elaborei esta tri-buna – e outras se seguirão – para que se conheça a verdade de quem cometeu impensáveis atrocidades para obter vantagens inadmissíveis.

REBORDOSA ComVida não é nem nunca foi um gesto anónimo. Sempre combati a cobardia e a mentira dando a cara. Desde o primeiro momento andei pessoalmente a distribuir o REBORDOSA ComVida pela população e não deixei de me dirigir e dialogar com todos. Desdemédicos, enfermeiros ao presidente da junta de freguesia, passando pelo mais simples cidadãoa todos me apresentei. Não me disfarcei. Não andei de óculos escuros e boné para me des-caracterizar. Andei de fato e gravata como o faço no dia-a-dia. A quem me perguntou, disse quemera e o que fazia. Para além de um número de telefone e um endereço de e-mail, sempre dispo-níveis para responder a todas as solicitações e reuniões, o REBORDOSA ComVida tem rosto.Agradeço do fundo do coração a todos quantos se me dirigiram e incentivaram para continuar a denunciar os ilícitos. Se me deixarem continuarei.A gravidade e obscenidade do que aqui se denuncia de forma fundamentada só deixa dois cami-nhos a quem ousa fazê-lo. Ou alarga a audiência das suas denúncias ou acaba num esgoto, a modos que nos países latino americanos. Depois do primeiro passo com o nº 00 só me restacontinuar a falar verdade ou sei que serei silenciado. Ainda recentemente na Maia percebi que não ando só.Este é um meio de comunicação legalmente constituído e registado, elaborado com base no jornalismo de investigação e de opinião, que se quer constituir num elemento de trabalho parajornalistas e dirigentes da área da saúde (eventualmente da área da justiça) que queiram tra-

balhar no esclarecimento do que poderáser a ponta de um novelo urdido em gran-de escala por fabricantes (médicos), quefazem com que as clínicas estejam para asaúde das populações como as lojas e importações chinesas estão para a econo-mia. Impõem as suas regras para selecti-vamente controlar os negócios ao mesmotempo que secam tudo à sua volta.Não sendo esta a minha área do saber dediquei-lhe muitos dias e até meses domeu trabalho desenvolvido fora de portas,minimizando a intervenção presencial em projectos junto de instituições euro-peias.

A conclusão desta edição dedico a quantos confiam em mim para ser o seu orientador ou co-orientador nas dissertações de mestrado e nas teses de doutoramento, que souberam acei-tar os sacrifícios temporais com que os penalizei, especialmente os que têm trabalho na fase de conclusão, por isso elaborei esta tribuna com os mesmos argumentos que lhes transmitopara o sucesso dos seus trabalhos, recorrendo à presença física nos locais onde decorrem asacções (que me proporcionaram uma experiência enriquecedora) e escrevendo com total inovação nesta temática. Seguramente que todos concordarão que esta edição do RebordosaComVida é muito mais do que um jornal, é um documento “histórico” com trabalho de campo, arquivos, estatísticas e levantamentos inéditos, que pela sua metodologia poderá ser um ponto de partida para quem pretenda esclarecer ou trabalhar em investigação sobre o tema “AMáfia na Saúde”.

Luís de Sousa.

R E B O R D O S ACOMVIDA

Quem perde é a população

Clínicas privadas querem controlaros CS de Cristelo e de Rebordosa

Centro de Saúde de Cristelo

Médico “foge” para facturar

na Clínica privadaClínicas encomendam examese médicos prescrevem no SNS

Consultas FANTASMA em Cristelo

3 médicos enchem agendas

com pedidos de medicação

Médica impede o roubo de 100 mil euros em Cristelo

Para criar inimigos

não é necessário

declarar guerra,

basta dizer

a verdadeMartin Luther King

adapt.

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2 REBORDOSA COMVIDA

“Consultas Fantasma”Quem ganha são as clínicasQuando foi alertada pela médica de que ainda hápouco tempo havia estado na Unidade de Saúde deCristelo em consulta e que lhe foram prescritos exa-mes em seu nome, a utente rapidamente esclareceuque nunca tinha conseguido uma consulta no CS. Emmuitos anos aquela era a primeira vez em que con-seguia ser atendida dentro do Centro de Saúde deCristelo. Procuramos a cidadã e confirmamos que

a utente afinal era uma cliente de uma clínica/consultório de Cristelo. Sem hesitação garan-tiu-nos “sempre fui consultada pela Dra. Maria do Céu no seu consultório e depois ia ao Centro de Saúde, para levantar os P1 para os exames”. O esquema dos clientes das clínicas/consultórios de Cristelo levantarem no Centro de Saúde os exames prescritos pelos proprietários das clínicas privadas foi descoberto e denunciado quando chegaram à Unidadede Saúde as profissionais provenientes de Rebordosa, de onde, por questões de ética e de honorabilidade solicitaram o afastamento para não terem de ignorar o que viam e para não pactuarem com graves ilí-citos na prática diária de determinados médicos. Pensando que em Rebordosa já haviam constatado com o fim de linha do topo das ilegalidades, rapidamente perceberam que em Cristelo tudo o que de mau por lá se passava era uma universidade na prática de impedir o acesso de utentes aos cuidados de saúde.Dia após dia as profissionais perceberam que a juntar ao inadmissível procedimento dos médicos Maria do Céu,Vasco Santos e Fernanda Coelho de sistematicamente inserirem na sua Agenda Médica Diária um número elevado de utentes como consulta efectiva, quando para estes apenas existiam pedidos de prescrição de me-dicação crónica (que por vezes, quando integravam diversos medicamentos, eram selectivamente distribuídosem duas, três e quatro consultas) e que pelo menos dois médicos incluíam nas agendas os nomes dos clientescomo consulta presencial que haviam atendido na privada. Com estes procedimentos os médicos enchiam sistematicamente as suas agendas.A confirmação de que muitos dos utentes com “Consultas Fantasmas” nunca tiveram uma consulta presen-cial, surgia sempre que os clientes das clínicas eram contactados telefonicamente ou aquando de uma des-locação ao Centro de Saúde de Cristelo eram questionados sobre o assunto e a falta a esta ou àquela consulta.Se os dirigentes do ACES e as estruturas do Ministério da Saúde tiverem intenção de esclarecer a

verdade e investigar os ilícitos apenas terão de ouvir, com garantia de salvaguarda de entidade, dezenas de pessoas que se disponibilizaram para contar como foram obrigados a recorrer às clínicas privadas para obterprescrições de medicação e exames e quanto é que voltaram a pagar para os médicos interpretarem os resultados dos exames.

Investigar se há crimeÉ imperioso que seja aberta uma investigação conjunta entre a IGAS – Inspecção Geral de Actividades emSaúde e o Ministério Público (Polícia Judiciária). Depois de falar com dezenas de pessoas em Cristelo ficamoscom a certeza de que centenas ou até mesmo milhares de exames prescritos ao longo de anos (quase todosemitidos de forma viciada pelo sistema informático do SNS), só o foram porque os médicos tinham a certezade que os “doentes” (que mais pareciam investidos na figura de accionistas das clínicas) teriam de voltar novamente e pagar mais uma consulta. Investigue-se e todos ficaremos a saber de fonte segura, se é verdade ou não que em Cristelo foram prescritosexames sem critério para o quadro clínico dos clientes/utentes, mas que em comum todos têm os lucros milio-nários das clínicas.Seria bom que falassem com uma médica que atendeu uma utente, que em mais de 20 anos nunca tinha conseguido uma consulta no Centro de Saúde, mas que em seu nome tinham sido prescritos exames. Depoisde a utente assegurar que nunca tinha estado presente no CS de Cristelo confirma-se que tem um históricode exames prescritos pelo SNS. Só podemos perguntar porque é que ninguém viu os abusos.

Respeitamos Nomes e organizaçõesNo número anterior deste jornal escrevemos um texto ondeabordamos o nome do ministro Aguiar Branco, o que mereceualgumas perguntas e até uma certa visão de quem quer verfantasmas onde eles não existem.Sabemos do que falamos e regemo-nos por princípios deonto-lógicos, por isso o que escrevemos tem fundamento no falarde alguém que usava o nome do amigo, político e líder de um dos mais destacados gabinetes de advogados, como sendoo seu salvo-conduto para todas as dificuldades e contra-riedades. Tendo mesmo numa primeira fase disponibilizadoo gabinete de advogados e o amigo para ajudar a ultrapassaros entraves que estavam a ser colocados ao início da activi-dade da USF Na Rota da Saúde.Quem aqui escreve sabe a respeitabilidade que é devida a Aguiar Branco, o mesmo acontecendo quando nos referimos ao mais simples cidadão, masignorar que o seu nome foi usado para “curar” todos os males e até para gerar todos os mila-gres na resolução dos casos mais difíceis significava fugir ao essencial.Na realidade aqui no Rebordosa ComVida sabemos que quando está em causa uma qualquerreferência ao gabinete de advogados com o prestígio do de JPAB, temos em conta que o mesmoguarda uma história por onde passaram centenas de advogados em estágio, como também por lá passaram muitos dos que hoje ocupam cargos relevantes de Magistrados do MinistérioPúblico e Judiciais. Aqui ninguém difama ou ofende. O que aqui se escreve tem por base a verdade e o respeito pelas pessoas. Quem aqui escreve sabe que ousar escrever uma linha não fundamentada provocará uma guerra de forças desiguais.

Luís de Sousa

Ética Ciências da vida

Os médicos prescrevem demaisNo sítio da RR – Rádio Renascença- na internet encontra-mos uma peça jornalística assinada por Joana Bénard daCosta, que deverá ser lida por todos os utentes do SNSpara que percebam como é que muitas vezes são usadoscomo cobaias por médicos sem escrúpulos, que vêm emcada cidadão quando se desloca para uma consulta uma interminável fonte de receita para a rea-lização de exames indevidos, mas que valem milhares de euros para as clínicas e laboratórios.

“O presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV), Miguel Oliveira daSilva, admite que os médicos muitas vezes abusam da prescrição em actos que podem configurarcrimes de corrupção. O alerta foi lançado durante uma conferência sobre os fundamentos éticos das prioridades em saúdeorganizada precisamente pelo CNECV. Remédios caros e excesso de prescrição de exames são al-guns exemplos de más práticas que Miguel Oliveira da Silva veio denunciar. O tema levou o presidente do Conselho de Ética a denunciar uma prática que diz ser vulgar: os médi-cos prescrevem demais, por vezes os remédios mais caros e promovem o desperdício quando pedemexames que os doentes já tinham feito. Além do desperdício, há corrupção consentida, diz Miguel Oliveira da Silva. “Há muita gente que pedevários exames porque tem interesse nisso, porque referencia o doente para ir fazer uma ecografia àtarde para um centro onde tem interesse, o que não é nada ético. É uma forma de corrupção. Há quelembrar isto e a contenção dos custos e combate ao desperdício é um imperativo ético”, lembra omédico.Miguel Oliveira da Silva confessa que os profissionais de saúde não têm por hábito denunciar às au-toridades este tipo de casos e dá o exemplo do que acontece com as ecografias às grávidas, que osclínicos fazem em excesso e que considera demasiado caras.“Quando leio o relatório da ecografia, muitas vezes o ecografista termina o exame escrevendo 'acon-selha-se a repetição do exame daqui a um mês'. Isto é absurdo obsceno e chocante, porque nenhumagrávida saudável e sem factores de risco precisa de repetir uma ecografia de mês a mês. Isto não éboa medicina, além de ser um desrespeito pelo dinheiro do doente”, defende”.

Ficha TécnicaDirector: Luís de Sousa | Editor: Luís de Sousa | Redacção: Av. Almirante Reis, 90 1º C - 1150-022 Lisboa| Delegação: Av. Bombeiros Voluntários de Rebordosa - Rebordosa/Paredes | Telefone: 91 707 75 55 | E-mail: [email protected] | Grafismo: LMF Gráfica | Impressão: Espaço Gráfico, Lda. | Dep. Legal Nº 343108/12 | Entidade Reguladora da Comunicação Social: 126204 | Tiragem: 5.000 Ex.

Doentes crónicos têm de ter vigilânciaCom uma prática que se orienta para os cuidados desaúde da população e as denúncias de esquemas decolegas que visem a improdutividade, o RebordosaComVida sabe que Ana Oliveira propôs à coordenadorado CS de Cristelo (Maria do Céu), que os utentes que se encontravam Sem Médico fossem distribuídos tem-porariamente por todos os colegas. A mesma suges-tão que já tinha sido concretizada com sucesso em Rebordosa (apesar da resistência do médico Raul Al-meida), não foi aceite em Cristelo.

Em Rebordosa, perante as prolongadas faltas da médica Paula Pamplona, a coordenadora sugeriu aoscolegas a redistribuição de todos os utentes da colega, especialmente numa primeira fase os utentes derisco: Saúde Infantil (recém-nascidos e crianças), saúde materna (grávidas), Hipertensos e diabéticos,como forma de minimizar a não assistência da médica titular.Tal como o Rebordosa ComVida confirmou, a ideia que inicialmente teve a concordância de todos, começoua causar incómodo especialmente a Raul Almeida, que constantemente em todas as reuniões de serviço,nos corredores e mesmo em público fundamentava a sua recusa, argumentando com a indignação quelhe causava o facto de saber que Paula Pamplona estava de baixa médica, mas a trabalhar numa clínicaprivada. O clínico assegurava mesmo que tinha sido ele a arranjar a colocação.Em comum as duas situações têm o facto de existirem em Cristelo e em Rebordosa clínicas privadas quesão alimentadas pelo imenso caudal dos doentes Sem Médico, que perante a vulnerabilidade e a inevi-tabilidade pagam para ter uma consulta médica.Curiosamente em Cristelo e em Rebordosa os proprietários das clínicas consultórios são médicos emCentros de Saúde do SNS. Em Rebordosa registamos e comprovamos que Raul Almeida ingressou naClínica Campos com agenda própria.

Sinopse do Projecto Editorial do REBORDOSA ComVidaTemáticaO jornal REBORDOSA ComVida, nascido com base num movimento de cidadãos criado na freguesia de Rebordosa, noconcelho de Paredes (distrito do Porto), tem por objectivo apresentar os anseios, preocupações e sugestões de todauma população para as questões de índole local e regional, em áreas tão diversas como o turismo, a gastronomia, a indústria e de um modo particular todas as temáticas que se relacionem com a saúde e os cuidados de saúde.Estatuto EditorialObjectivos

REBORDOSA ComVida é um projecto editorial quadrimestral comprometido com o interesse público, independente de qualquer poder político, ideológico ou económico ou particular.

REBORDOSA ComVida rege a sua intervenção informativa no âmbito regional tendo em conta a contextualização e en-quadramento regional dos factos, fenómenos e acontecimentos.

REBORDOSA ComVida pauta-se pelo rigor no apuramento da informação, sendo fiel aos princípios de um jornalismo quesegue os preceitos legais da ética e deontologia.

REBORDOSA ComVida encoraja a interacção com os leitores, nomeadamente na recolha de informações, sugestões ecríticas. Mantém espaços abertos aos leitores incentivando a diversidade de informação e incrementando a resposta às ne-cessidades informativas da região.

REBORDOSA ComVida rege a sua orientação editorial por parâmetros estabelecidos pela sua direcção, pautados pelorigor informativo e pela pertinência em defesa dos interesses da comunidade.

Luís de Sousa

Administrativas fazem o jogo das estatísticasEm Cristelo a falta da capacidade e competência das funcionárias administrativas que estão há vários anos na Unidadede Saúde, que já foi comprovada pelos novos dirigentes do ACES, chega a expor-se ao ridículo quando deixam trans-parecer que os procedimentos mais básicos são ignorados, como a marcação de um acto pela via informática.Curiosamente as mesmas funcionárias que não se interessam em saber mais, vá-se lá saber porquê, para prestarem umserviço de qualidade no atendimento da população, são as mesmas que arquivam numa pasta os pedidos de utentes paraa prescrição de receituário de “Medicação Crónica” e que selectivamente fazem a sua distribuição nos dias seguintespelos médicos Maria do Céu, Vasco Santos e Fernanda Coelho, inserindo os nomes como consultas presenciais na AgendaMédica. Como é evidente estas cumplicidades adulteram os números estatísticos enviados à tutela, sobre a produtividaderelativamente ao tipo de consultas que se efectivam na Unidade de Saúde. Mas isto é assim há vários anos!!?

Um exemplo do vale tudo para denegrirA mãe de uma criança com dois meses de idade deslocou-se durante mais de uma dezena de vezes ao Centro de Saúdede Cristelo para que as funcionárias administrativas marcassem uma consulta para a médica Ana Oliveira; depois de sucessivas vezes ver recusada a marcação, decidiu apresentar uma reclamação.Pensando que a reclamação era contra a médica, as funcionárias mostraram-se agradadas com o facto, mas quandoperceberam que a reclamação era precisamente para denunciar a prática desleixada das administrativas, a utente sóteve acesso ao Livro de Reclamações uma hora depois de o solicitar e depois de alguma exaltação. Também aqui a direcção do ACES ignorou a gravidade dos factos relatados na reclamação e nada fez para sancionar asfuncionárias que intencionalmente tentaram causar dano nas relações entre a médica e a utente. É no mínimo imoral queuma mãe e uma bebé sejam usadas para tentar atacar quem descobriu práticas irresponsáveis e desumanas que lesamos reais interesses da população.

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3REBORDOSA COMVIDA

Enquanto a população de Rebordosa sofre

Elias Barros anda distraídoO descontentamento popular relativamente à qualidade do atendimento da populaçãoservida pela USF S. Miguel Arcanjo, em Rebordosa é evidente. Quem anda nas ruas ou na sala de espera da dita USF vê e ouve coisas que deveriam merecer reflexão. Depois da “bandeira” eleitoral - abertura da USF - ter sido concretizada, O Rebordosa ComVidaconstatou que muitas são as pessoas que falam do desinteresse do presidente Elias Barros em ver que “há dias seguidos em que de manhã até à noite, temos de esperar horas para nos atenderem ou só há médico na clínica”.

Entre a população há muitas opiniões consensuais a afirmar que “a qualidade do atendimento seagravou depois da inauguração da USF”. Após os primeiros meses de funcionamento “começou a perceber-se que eles não se entendem e que há utentes que têm médico de família mas são sempre atendidos por outros médicos”. Percebemos que a população não entende como é que o presidente da junta de freguesia, EliasBarros até apareceu no jornal da Paróquia com o médico coordenador da USF “ao colo” mas nadafaça para que “a população tenha cuidados de saúde de qualidade”.As críticas ao imobilismo de Elias Barros nas questões da saúde, crescem de tom quando escu-tamos pessoas que não se esquecem que “ele também nada fez para acabar com a negociata quedesviou centenas de Rebordosenses para o Centro de Saúde de Gandra”, quando por lá quiseramfazer uma USF “mas não tinham população”. Há mesmo quem tenha a convicção que “se na altura ficamos sós e tivemos que arranjar dinheiropara os transportes para ir para Gandra ou íamos às clínicas de Rebordosa, agora é o mesmo, esperamos horas para ser atendidos ou pagamos”. Entre os que não se sentem entusiasmadoscom os descuidos do presidente da junta na questão da saúde, não são poucos os que estranhamo silêncio “do Elias, que agora não faz as reuniões que fez antes de existirem as novas instalações”.Mas entre a população há quem defenda com ardor o presidente, assegurando que nunca “ninguémdisse que a USF era da junta”, mas logo ouviu de resposta que o “Elias Barros só se preocupou atéà abertura, depois daí quem estiver mal que vá ao médico”, logo alguém engrossa o desabafo com a certeza de onde estiver a televisão “eles fazem marchas de preto contra as escolas, mas os

Sugestões para CristeloQuando chegou à Unidade de Saúde de Cristelo, servindo-se do exemplo que tinha implemen-tado com sucesso em Rebordosa e que permitiu dar médico à generalidade da população quenecessitava de cuidados médicos, uma médica informou a coordenadora Maria do Céu comogostava de trabalhar de forma ordenada, com a realização dos diversos tipos de consulta comhorários (que fossem afixados para conhecimento dos utentes e dos serviços) de atendimentoespecífico de Saúde Materna, Saúde Infantil, Saúde de Adultos, Hipertensos e Diabéticos, paraalém de um enquadramento da Consulta Aberta (vagas) e Consulta de Recurso, para que deforma transparente todos soubessem em que dia podiam escolher consulta. Sugeriu ainda àcolega, assumir na sua Lista de Utentes preferencialmente todas as pessoas que estavam SemMédico há mais tempo, ao mesmo tempo que propôs que todos os Utentes Sem Médico fossemredistribuídos por todos os médicos tal como tinha concretizado em Rebordosa.

Depois de perceber que a médica coordenadora se opunha frontalmente a que a médica que acabavade chegar a Cristelo assumisse na sua lista os Utentes Sem Médico (para que estes continuassem desprotegidos) a médica disse olhos nos olhos à colega Maria do Céu, que em apenas alguns minutosjá lhe era possível desconfiar que ela não estava ali como coordenadora de uma unidade de saúde paraservir os interesses da população, mas que ficava evidente a sua intenção em assegurar que os maiscarenciados em cuidados médicos fossem transformados em clientes para as clínicas privadas. Só de-pois desta conversa, que ocorreu logo no primeiro dia, é que a médica veio a saber através dos utentes

de histórias de pesadelos e horrores vividos pelapopulação para aceder a consultas na Unidade deSaúde de Cristelo e que muitos deles eram obri-gados a deslocarem-se à clínica/consultório daqual a coordenadora é proprietária. Indignada com os absurdos argumentos da coor-denadora Maria do Céu, o Rebordosa ComVidasabe que a médica Ana Oliveira informou a colegade que ia comunicar às entidades competentes da Saúde aquela conversa e pedir para que fosse inves-tigada se a população de Cristelo estava a ser vítima de um défice de competência ou se essa posturanão escondia a intenção de continuar a expor o imenso agregado populacional de Utentes Sem Médicoà necessidade de recorrem às clínicas privadas.O Rebordosa ComVida sabe que dentro das instituições do Ministério da Saúde já decorrem váriasacções para esclarecer a actuação de médicos com práticas suspeitas.

velhotes, que não fazem marchas,mas que têm problemas por nãoserem atendidos pelos médicos, sãoesquecidos”. Entre a população de Rebordosa encontramos quem nas questões dasaúde esteja muito bem informado e simultaneamente revoltado comElias Barros. Para um jovem casalque já passou os 70 anos, “se o Elias

está do lado da população, ele nunca podia meter dentro da junta de freguesia o médico que duranteanos não nos atendia no Centro de Saúde e nos obrigava a ir à sua clínica para pagarmos as consultas” e perguntam “porque é que o médico da junta é o mesmo a quem paguei mais de 100 consultas, porque ele nunca estava no Centro de Saúde?”. “Se o Elias não sabe o que é que ele nos fez e não nos defende, então estamos entregues aos bichos”.Dos mais activos faladores que escutamos percebemos que há quem tenha a ideia que Elias Bar-ros sabe que a equipa da USF é pouco qualificada. Se “ele soubesse que eles são bons ele tinha mandado um convite á população para nós sabermos que ia haver a inauguração”. O silêncioda junta de freguesia e de Elias Barros sobre a inauguração da USF e agora ao não tomar umaposição em defesa da população com as constantes alterações de consultas, tem interpretações diversas e muitos silêncios quebrados com sorrisos ou murmúrios. Para alguém que se diz amigode infância do autarca “o Elias sempre quis ser o primeiro a pegar nas bandeiras, mas se a coisader para o torto ele deita-a fora e põe-se a cavar. O dinheiro do irmão é que o meteu lá, não é porele saber muito disto”.Depois de escutar a opinião da população, ficamos com a convicção que há quem se sinta abandonado à sua sorte.

As contas e os números

Quanto ganham os privadoscom a falta de médicosComo disse um cidadão que saudou o aparecimento do REBORDOSA ComVida, que desde pequeno acompanhou a mãe nas filas à porta do Centro de Saúdee viu a família pagar consultas numa clínica privada em Rebordosa, “quem ganha dinheiro de formailegal à conta da saúde das pessoas, vai usando argumentos em defesa da sua actuação, como que a legalizar o que fazem sem impunidade”, juntando aos seus desabafos a certeza de que“o dinheiro fácil entranha-se no sangue, pelo que eles são capazes de tudo para eliminar quem os afronta e os denuncia”.

Para que se percebam as contas, os lucros fáceis e o filão que representa para as clínicas privadas, o impedimentodo acesso da população aos cuidados de saúde num centro de saúde e obrigue os utentes a transformarem-se emclientes de uma clínica privada, é preciso ter em conta os seguintes números e valores, que pecam por serem feitaspelos mínimos:

Cinco consultas diárias a multiplicar por 20 dias, temos 100 consultas/mês. Em 100 consultas/mês (5/dia x 20 dias) a 40€/cada = 4.000€/mês.Se multiplicarmos 4.000€ mensais por 12 meses = 48.000€/ano.ouDez consultas diárias a multiplicar por 20 dias, temos 200 consultas/mês.Em 200 consultas/mês (10/dia x 20 dias) a 40€/cada = 8.000€/mês.Se multiplicarmos 8.000€ mensais por 12 meses = 96.000€.

Para rematar as contas dos brutais lucros, multipliquemos os valores ganhos em um ano por 10 anos (480.000 ou960.000€) ou até por 20 anos (960.000 ou 1.920.000€), na generalidade livres de impostos. Palavras e argumentospara quê? Qual zanga entre médicos? Zangado ficou quem percebeu que a USF Na Rota da Saúde em Rebordosa a trabalhar de forma séria e honesta a favor da população ia secar o poço de petróleo às clínicas.

Se aos astronómicos números dos ganhos em consultas juntarmos exames desnecessários (por serem desajus-tados do real estado clínico do utente e porque desrespeitam as orientações clínicas), que são liquidados pelo SNSàs clínicas privadas, a coisa agrava-se. Há ainda os casos em que o recurso a pagamento de consulta nas clínicas privadas representa um “salvo-conduto”e moeda de troca para Baixas Médicas Fraudulentas a funcionários e gerentes de empresas que são consultados em Medicina do Trabalho, o que causa um rombo de muitos milhões nas contas sociais do Estado. Os valores disparam para pequenos BPN’s, ferindo de morte as contas do Estado e assim inviabilizam o apoio social a quemmais precisa. Palavras para quê? Só uma unidade de saúde a trabalhar seriamente para a população pode impedir o lucro fácil e desumano. Como é que quem se opõe à fraude não há-de ser um alvo a abater? Como é que quem é denunciadonão há-de perseguir, intimidar, inventar zangas e ofender quem os denuncia?

Rebordosa ComVida

Querem silenciar a verdadeTudo o que de errado aconteceu à volta da USF Na Rota da Saúde, foi sendo denunciado por diversos meios e por diversas pessoas. Logo no arranque do Blogue/Sítio na internet Rebordosa ComVida, as verdades foram silenciadas através de um cobarde ataque, por quempercebeu que os seus esquemas de mentira e trapaça têm perna curta. Não desistimos e o espaço Rebordosacomvida está de volta.

Três médicos com “Consultas Fantasma”

Prescrição de medicação crónica enche agendasNuma verdadeira cruzada contra a improdutividadeintencional, uma médica logo depois de descobrirque na Unidade de Saúde de Cristelo era práticacorrente três médicos distribuírem entre si elevadonúmero de pedidos de prescrição de medicaçãocrónica, (para diariamente colocarem nas suasagendas como consultas presenciais), tapando oshorários de atendimento e assim inviabilizar a marcação efectiva a quem procura uma consulta,decidiu enfrentá-los.

Na população há quem reconheça que efectivamente durante semanas algo mudou nos pe-didos de receituário para medicação crónica. Conforme o Rebordosa ComVida comprovou, a médica Ana Oliveira tentou impedir a continuação da prática que penalizava o acesso da po-pulação aos cuidados de saúde. Sem reduzir o número efectivo de utentes na sua agenda comconsulta, a médica passou a prescrever diariamente mais de 30 receitas para medicação crónica(que no sistema informático são processadas em alguns minutos), esvaziando constantementeuma pasta de arquivo que desde há anos escondia o “rebuçado”, que alimentava as agendas viciadas, o que enfureceu os médicos que praticavam um verdadeiro intercâmbio de prescriçãode receituário em alguns minutos no lugar de horas de trabalho em consultas efectivas.O Rebordosa ComVida ouviu relatos que deixam perceber que a ousadia foi vista como umaafronta que não agradou a quem enchia as agendas com “Consultas Fantasma”. Digno dos grandes negócios e esquemas subterrâneos, foi descoberta a existência de uma pastaonde eram arquivados e amontoados os pedidos de Medicação Crónica, que diariamente e selectivamente eram distribuídos pelas agendas dos médicos Maria do Céu (coordenadora),Fernanda Coelho e Vasco Santos, por determinadas funcionárias administrativas (ou os própriosmédicos), que inseriam nas Agendas Médicas Diárias os nomes dos utentes como consultaspresenciais. O combate às práticas ilegais e imorais não agradou a quem dela beneficiava. Por que a médicatrabalha efectivamente e uma funcionária administrativa impedia a continuação da prática demarcação de falsas consultas e assim secavam o consequente lucro fácil, os médicos que durante anos beneficiaram dos esquemas e obrigaram a população a aceder às clínicas/con-sultórios privados moveram uma campanha de desinformação e ataque às profissionais, queculminou com o seu afastamento da Unidade de Saúde de Cristelo. Um caso que na próximaedição será detalhado.

Na clínica do Dr. QuintalDiz um médico para outro:- Esse paciente deve ser operado imediatamente.- O que ele tem?- Dinheiro. Vamos operá-lo à carteira!

Se foi vítima: Denuncie!Se tem conhecimento de factos relacionados com a falta de transparência da actividade de médicos em centros de saúde e em clínicas privadas, comunique-nos as suas informações: e-mail: [email protected] • Tel: 91 707 75 55

R E B O R D O S ACOMVIDA

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menos quatro horas por dia fora da unidade de saúde). O Re-bordosa ComVida ouviu muitasopiniões que comprovam o des-conforto com “uma qualidade deatendimento sofrível e mesmomedíocre”.Para uma boa parte da popula-ção “Elias Barros não sabe o

que se passa com a USF S. Miguel Arcanjo, pois se o sabe é muito grave a sua inacção”. Talvez Elias Barros não precise que lhe recordemos que no dia da inauguração daquela USF, sedirigiu a diversas pessoas, com o director do Rebordosa ComVida presente, para pedir que nãofizessem qualquer acção de protesto, pois ele iria ter o cuidado de dar algum tempo até ver seeles serviam. Como diz agora o povo “a medida escolhida para determinar o padrão de quali-dade e o tempo que lhes dava ninguém sabe qual é o critério”. Diz o povo que “o ambiente em Rebordosa é de cortar à faca. O trabalho deles deixa muito a desejar”, mas pelos vistos como ainda não há sangue a jorrar pelas ruas o autarca ainda não viumotivos para intervir, como o terá feito em outras ocasiões.Que a população de Rebordosa não está a ser atendida com a qualidade exigida para uma USF,não está. Isso é uma evidência. Para que se perceba como Elias Barros tem que se preocupar em defesa da população, basta que se tenha em conta que três funcionárias administrativas daUSF S. Miguel Arcanjo apresentaram a demissão, tal é o ambiente de trabalho provocado pelafalta de assiduidade de alguns médicos, que obrigam a constantes remarcações de consultas,lesam os utentes, desvirtuam o espírito das USF’s e causam perturbação no normal atendimentoà população. As funcionárias administrativas são as pessoas que dão a cara e as que sofrem coma revolta e indignação dos utentes.

Reclamações forjadas e pedido de desculpaDesde que chegou a Cristelo e iniciou a denúncia junto das estruturas do Ministério da Saúde das graves irregularidades e práticas de atendimento de colegas, a médica Ana Oliveira passou a viver um verdadeiro pesadelo com as perseguições que lhe forammovidas por aqueles que denuncia, e que parecem gozar de impunidade dos dirigentes doACES (os grandes beneficiados com a existência de números falsos de consultas enviadosnas estatísticas do Ministério da Saúde).Tal como já havia acontecido em Rebordosa (onde denunciou práticas ilícitas e apontou objectivamente os infractores e os seus cúmplices), também em Cristelo os denunciadosforam descobertos como os instigadores e autores de reclamações forjadas e intencional-mente injuriosas contra quem está do lado da verdade.

I – Telefonemas fabricam reclamaçõesTudo começou com o contacto com uma utente realizado por uma funcionária administrativa do Centro de Saúde de Cristelo, que anunciou que lhe foi dito que era preciso afastar uma médica e umafuncionária administrativa da unidade, pelo que lhe foi sugerido o texto que tinha de escrever comouma Reclamação no Livro Amarelo. Meses depois de “elaborar” uma reclamação de conteúdo falso, a utente ao perceber que a médica na realidade atendia utentes, teve consciência da gravidade e injustiça da mentira que exarou, pelo que depois de reflectir escreveu um pedido de desculpa à médicae à funcionária administrativa.No seu objectivo e elucidativo pedido de desculpas (escrito no Livro de Reclamações), a utente apre-senta argumentos que no mínimo deveriam merecer a abertura de uma investigação e procedimentodisciplinar, tal a gravidade e objectividade do seu relato e porque confirma a denúncia da médica de que existe um esquema de pessoas sem escrúpulos que procuram controlar o Centro de Saúde deCristelo.

II – Mentira tem perna curtaNo submundo dos crimes praticados por clínicas/consultórios, vale tudo para atacar e eliminar quemestá do lado da população e denuncia os infractores. Uma família (mãe, pai e filhos) foi intencional-mente inscrita como utente da médica Ana Oliveira. No mesmo dia em que foram inscritos, sem que tivessem alguma vez uma consulta, todos os membros da família apresentaram um pedido paraficarem “Sem Médico por opção”. Pela evidência dos factos e pelo teor do texto difamatório e injurioso, a médica informou-nos que o mesmo será alvo de procedimento judicial, para que as pes-soas confirmem na justiça quem foi que elaborou o texto e os incentivou a denegrir a imagem daprofissional.

III – Premeditação na marcação errada de consultaUma funcionária administrativa que foi denunciada de ser cúm-plice na marcação de “Consultas Fantasma” aos médicos VascoSantos, Maria do Céu e Fernanda Coelho, ardilosamente mon-tou mais um facto para fabricar uma reclamação.Recorrendo de forma imoral a duas grávidas, a funcionária ignorou intencionalmente que a médica tem uma agenda queabrange semanalmente todos os grupos de cidadãos (grávidas,diabetes, hipertensão…) e marcou-lhes uma consulta no horá-rio da Consulta de Recurso, que é destinada aos utentes SemMédico. Quando as utentes chegaram ao consultório a médica alertou-

-as para o que pensava ser um erro, mas na realidade era uma armadilha. Depois da médica as infor-mar que se as atendesse naquele horário estava a prejudicar as pessoas que não têm médico, sugeriua marcação de uma consulta em saúde materna (para o dia seguinte). Peremptoriamente uma dasutentes afirmou que não queria uma consulta, mas que apenas tinha ido ali para fazer uma reclamaçãocontra ela. As duas reclamações apareceram com textos rigorosamente decalcadas. Sabemos que amédica denunciou o facto mas não há qualquer investigação a mais esta manipulação.

IV – ACES beneficiado com a falsidade dos números e sofrimento do povoNão acreditamos que seja por incompetência, mas no Rebordosa ComVida estranhamos que a direcção doACES não tenha decidido investigar a gravidade do teor destas Reclamações, que deixam evidente a exis-tência de um esquema ardiloso de falsidades e difamação contra a médica. Desconfiamos que mais umavez com a inacção dos dirigentes há um sinal aos infractores de que podem continuar a difamar, pois daparte de quem dirige têm “carta-branca” e que não haverá qualquer procedimento investigatório.Será que a direcção do ACES não está interessada em que seja posta a nu a verdade dos factos quedeixam claro e evidente que durante anos milhares de utentes ficaram intencionalmente impedidos deaceder aos cuidados médicos, ao mesmo tempo que os números estatísticos forjados serviram paraaqueles dirigentes apresentarem ao Ministério da Saúde estatísticas falaciosamente elaboradas paradarem a mensagem de boa produtividade ao nível dos Centros de Saúde? Produtividade ou fraude?

Por quê a inacção e silêncio?Como é possível que os dirigentes do ACES Tâmega II Vale do Sousa Sul nada façam para terminar como criminoso sofrimento e uso da população de Cristelo (e não só?!), devidos aos interesses privados dedeterminados médicos?Será que para tratar dos assuntos da saúde em Cristelo impera a lei da Máfia e os órgãos dirigentesfazem que não vêem para se poderem manter nos seus cargos?

REBORDOSA COMVIDA

USF de Rebordosa a Ferro e FogoNo princípio tudo eram rosas, agora paira um denso manto de nevoeiro a tapar a actividadeda Unidade de Saúde Familiar existente em Rebordosa. Fomos para a rua ouvir a populaçãoque sugeriu ao Rebordosa ComVida que questionássemos Elias Barros (presidente da Juntade Freguesia de Rebordosa) se ele tem consciência que quando “a médica foi embora eledisse-nos que ele apoiava a USF do Dr. Raul e que nós íamos ficar bem servidos”. Paramuitos rebordosenses que voltaram a ter de esperar muito tempo por uma consulta e avoltar para casa sem uma consulta, o “Elias está muito mal informado”, mas há quemacredite que ele “está a tratar da vidinha deles. Que não querem trabalhar”.

Na realidade, para além de coisas muito estranhas que se passam em termos de saúde em Rebordosa, e que abordamos num outro espaço, a população mostrou-se incrédula quando soubeque o presidente se apressou a fazer uma deslocação à ARS Norte onde (estranhamente) foi anunciar o apoio da Junta de Freguesia. Para quem se lembra do pesadelo vivido durante décadas com a falta de atendimento médico e das mudanças na qualidade de atendimento apósa chegada de uma médica que coordenou o Centro de Saúde até final de 2010, actualmente emRebordosa “estamos a ter os mesmos problemas quando não tínhamos médicos”, “se alguémquer médico só tem a certeza se for à clínica”.A opinião popular deixa claro que acredita que Elias Barros “não sabe quantas consultas por diase fazem naquela USF”. Depois do que vimos, acreditamos que também não terá conhecimentoque constantemente dezenas de pessoas ficam sem atendimento. Ora porque uma médica continua a faltar, ora porque um médico mantém a aversão ao atendimento efectivo, privilegiandomais as estatísticas e as consultas concretizadas pela via informática, enquanto outro está mais interessado na actividade da clínica privada (constatamos que um médico passa pelo

Quem não participa na extorsão é “morto”O Centro de Saúde de Cristelo é um exemplo de anarquia organizacional. A AgendaMédica de médicos como o Dr. Vasco Santos, Maria do Céu (coordenadora) e Fátima Coelho (em menor escala) são uma perfeita salsada organizada. Com rigorninguém sabe que tipo de cuidados prestam, que consultas fazem, o que prescre-vem e a quem prescrevem.

O Rebordosa ComVida descobriu uma “organização” digna de uma novela italiana.Episódios como o de um médico prescrever na clínica/consultório e os clientes, quesão transformados em utentes do SNS, são enviados ao Centro de Saúde para que determinadas funcionárias administrativas (sem qualquer consulta) lhes entreguem as credenciais para realizarexames (por vezes nas mesmas clínicas), que foram emitidas pelo sistema informático do Ministério da Saúde.Verificamos ainda que há médicos que trocam entre si as “encomendas” das suas clínicas e prescrevem de formacruzada, através de um aparente “acordo de cavalheiros” Descobrimos que o médico Vasco Santos goza da impunidade de não ser obrigado a ter horário específico de consultas. Idosos, grávidas, bebés, crianças, diabéticos, hipertensos e todo o tipo de utente, são as vítimas da desorganização e se querem consulta são obrigados a tentar a sua sorte em filas à porta da unidade de saúde diariamente desde as três, quatro e cinco da madrugada.

A quem interessa a anarquia e o caos?Será que em Cristelo na área da saúde reina a lei da “Vendeta” ou das “Máfias Calabresa ou Siciliana”? Tal comono mundo dos sem lei da Sicília, descobrimos que médicos que não participam ou se denunciam o “negócio” são perseguidos e afastados. Como é que aolongo de décadas nada foi feito para proteger apopulação, punir e levar à justiça os ilegalistas?

Ameaças de morte?O clima de impunidade e de verdadeira leimafiosa pelo controlo do Centro de Saúde é tal que até nos foi possível ouvir nos corredoresdo Centro de Saúde de Cristelo, uma sonoraameaça de alguém que dizia que ele não davaum tiro na preta, mas que lhe mandava dar um tiro.

As faltas estratégicas do Dr. Vasco

“Sem Médico” ignorados à quinta-feiraDesde há várias semanas, que o médico Vasco Santos tem o azar de estar doenteà quinta-feira. Dia de semana em que o médico está escalado para realizar asConsultas de Recurso (atendimento a utentes sem médico). Conforme escuta-mos de várias pessoas que ficaram privadas de consulta “isto sempre foi assim.O Vasco só deixou de fazer o queria, quando chegou aqui a médica Ana Oliveira,que o obrigava a trabalhar. Por isso é que ele fez tudo para ela não ficar aqui”.

Estrategicamente às quintas-feiras a ausência do Dr. Vasco Santos leva a que na Unidade de Saúde de Cristelo entre 25 a 30 utentes fiquem sem possibilidade de aceder a consulta médica, sendo ainda mais penalizante para a população quando se sabe que este médico não permite o agendamento programado de qualquer tipo de consulta.Para que se perceba a monstruosidade e que o que poderá estar em causa é a premeditação de uma “doença súbita estratégica”, constatamos in loco que das dezenas de pessoas que ficaram sem consulta, sem qualquer protesto, logo que lhes foi anunciado que “o Dr. Vasco não vem, não há consulta”, alguns dirigiram-se à clínica/consultório do médico onde procuraram consulta.O Rebordosa ComVida confirmou que a 11 de Outubro (dia em que o primeiro utente chegou às 5,30 horas à porta do Centrode Saúde), seis pessoas saíram do Centro de Saúde e dirigiram-se directamente às instalações onde o médico faz a sua actividade privada. Já no dia 18 de Outubro (o primeiro utente chegou à porta do Centro de Saúde às 6,00 horas) oito pessoasefectuaram o mesmo percurso da clínica. Perante a “estratégia” de faltas temos de perguntar se ninguém tem a coragem ou está interessado em parar com isto? Por quanto tempo mais a população de Cristelo tem de estar condenada a ter de pagar nas clínicas/consultórios para terem acesso aos cuidados de saúde?Se surpreende a coincidências das ausências ao trabalho à quinta-feira (por sinal o mesmo dia em que o médico Raul Almeida,de Rebordosa, tinha uma tendência para faltar ao trabalho e assinava o Livro de Ponto/Assiduidade), por outro lado é lamentável que a médica coordenadora Dra. Maria do Céu não encontre uma solução para evitar severos danos na população.Seria bom que a coordenadora tivesse em conta que para os utentes, além das perdas com os cuidados de saúde hátambém danos na actividade diária (profissional e privada) das pessoas.

Como é possível?Desculpem qualquer coisinha, mas temos de fazer duas perguntas para que os nossos leitores tirem as suas conclusões e paraque alguém responda: - Como é possível que a coordenadora da Unidade de Saúde de Cristelo, Dra. Maria do Céu nada faça?- Será que a prática (pelo médico Vasco Santos) e a inacção (da coordenadora da Unidade de Saúde de Cristelo) visam que as faltas estratégicas abasteçam de clientes as clínicas/consultórios que ambos possuem em Cristelo?

Na clínica do Dr. QuintalUma mãe levou a filha a uma consulta devigilância infantil.O médico perguntou-lhe: “a senhora járeparou que precisa de ir ao dentista?”A utente respondeu: “oh, doutor a consul-ta não é para mim é para a minha filha!”O médico retorquiu: “mas também não é

para tratar os dentes à sua filha, é para o meu filho facturar com o Cheque Dentista!”.

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Mobilidade para ser difamada?O Rebordosa ComVida reuniu as pontas do intrincado novelo em que se envolveu a médica Ana Oliveira, desde que a mesma denunciou graves ilícitos na Unidade de Saúde de Rebor-dosa, que relaciona as práticas de diversos médicos com a inacção ou até cumplicidade dosdirigentes do ACES (Dra. Fátima Gonçalves e Dr. Batista Pereira) e concluiu que a sua mobi-lidade para a Unidade de Saúde de Cristelo está envolta em mistério. Temos a suspeita funda-mentada que Ana Oliveira foi usada, por uma estratégia premeditada pelos denunciados, paraque através da difamação as suas denúncias fossem desacreditadas, fazendo crer que o fulcro do problema está na médica e não na prática desviante dos infractores.

Aquando da chegada da médica a Cristelo a mesma de imediato percebeu que estava a entrar num filme de terror,o que a levou de imediato a denunciar práticas em tudo semelhantes ao que havia descoberto em Rebordosa.Em diversos documentos lamentou que durante anos a direcção do ACES nada tenha feito para travar a falta de assistência médica e as desumanas filas de cidadãos que todas as madrugadas se registam à porta da Unidade de

Saúde de Cristelo, que (por improdutividade intencional de certos médi-cos) estão condenados a recorrer às clínicas/consultórios dos mesmosmédicos, ao mesmo tempo que Fátima Gonçalves se vangloriava e ex-ibia os números do Centro de Saúde de Cristelo como um exemplo deUnidade de Saúde. Infelizmente, como a médica Ana Oliveira veio a des-cobrir, são um mau exemplo que envergonha a classe e que tem de seresclarecido.Nas suas denúncias a médica critica a inacção da direcção do ACES,que, nas suas palavras, permitiu o escancarar das portas às práticasilícitas de médicos proprietários de clínicas/consultórios, que aomesmo tempo que exercem funções no SNS, controlam a seu belo

prazer as prescrições do SNS, ficando o caminho livre para satisfazer as encomendas de determinados “amigospolíticos” e de clientes da sua actividade de Medicina do Trabalho. Perante a veemência e objectividade das denúncias e a identificação dos responsáveis do sofrimento da popu-lação, a médica passou a ser alvo de constantes ameaças, perseguição e difamação, que só se explica porque as suas denúncias de inacção e cumplicidades podem corresponder a milhões de euros desviados das contas do SNS.

Na sala de espera do SASU de ParedesUm jornalista do Rebordosa ComVida foi para a sala de espera do SASU de Paredes (SASU – Serviço de Assistência a Situações Urgentes ou SAP – Serviço de Atendimento Perma-nente) e ouviu histórias interessantes, mas também percebeu que há muita estória e esquemaspara sacar os euros das contas do SNS. Geralmente a proeza do assalto ao cofre do Ministérioda Saúde envolve médicos e clínicas privadas, mas também registamos uns brindes políticospara ganhar votos com dádivas a amigos ou a potenciais votantes. Ficamos com a sensação deque em Paredes há quem trate da saúde a pensar nos votos.

Começamos por uma conversa deliciosamente doce, pela simplicidade e humildade de quem fez a afirmação, masacidamente amarga por envolver um médico, que não resistiu a uma recusa de um colega de um Centro de Saúde doMarco de Canavezes de transcrever a sua encomenda de exames da privada e montou um esquema que deveria serinvestigado. Um utente zangado com tanta espera para ser chamado pelo médico, lá foi dizendo, “eu não venho à con-sulta. O médico passou-me uns exames na Clínica no Marco (de Canavezes), mas o meu médico do “posto” não fezo P1”. Como se fosse a coisa mais natural do mundo, acrescentou “agora venho aqui, que o meu médico disse queme passava cá os exames”.- Alguém que parecia ser um “cliente frequente” do SASU de Paredes quando questionado por uma funcionária “o senhor anda sempre por aqui. Ainda está doente?”, a resposta foi pronta e não podia ser mais eloquente “eu venhoda junta trazer doentes para o Dr. Batista Pereira e depois tenho de os levar a casa!”- “Ligue com o Dr. Batista Pereira, que ele disse para quem estivesse ligar para o telefone de serviço”, solicitava umutente à funcionária administrativa que estava no SASU de Paredes. Depois de uma maratona de tentativas lá chegouuma resposta, também ela sintomática, “está aí um médico de Rebordosa, que o vai atender”. A funcionária, acredi-tando que o que vem do “chefe” pode ser dito em voz alta que as paredes não ouvem, concluiu dizendo “o Dr. Batistadisse para pedir ao colega para ele lhe passar os exames”.Estar sentado na sala de espera do SASU de Paredes, para quem não tem fígados, o melhor é só fazê-lo depois detomar a medicação e (se conseguir) deverá estar acompanhado por um Magistrado do Ministério Público. Muito doque por lá se ouve merecia ser investigado e as pessoas que desabafam deveriam ser ouvidos para Memória Futura.

Se nos enjoamos ao ouvir os negócios de exames,clínicas e médicos, com uma total prostituição dosfundamentos, sentimos vontade de bater em alguémquando o povo fala de que a razão da sua presença ali era por ordem dos médicos e clínicas de medicinado trabalho. São inúmeras as pessoas que contamabertamente irem ao SASU por indicação do médico de medicina do trabalho, para lhe passarem exames.Investigue-se.Um utente mais solto da língua, gabava-se de que

“venho aqui ao SASU buscar os exames para os meus colegas”. Como disse? Ouvimos bem? De imediato o “doente”que foi buscar exames ao quilo esclareceu-nos que “a Dra. Paula é a médica lá da empresa da medicina no trabalho,e, como nos passa muitos exames, para o patrão não pagar eu é que venho aqui buscar as credenciais para todos”.E lá continuava o massacre para os nossos ouvidos, “eu só venho aqui quando está cá a Dra. Paula, para levar os pedidos de exames para meia dúzia de colegas”. Depois de já estarmos indignados, ficamos mesmo sem uma pingade sangue quando ouvimos “eu por mês venho cá duas a três vezes. Quando a Dra. Paula não está eu falo com umrusso, que me dá as credenciais”. E o homem lá foi à sua vida, não sem antes nos dizer que era de uma empresa dePenafiel, que “apesar de já ter despedido muita malta” ainda tem umas dezenas de trabalhadores. Perante a evidência de um crime “agarramos” o homem e pedimos que nos ajudasse objectivamente a perceber quem era a Dra. Paula. “Eu sei que ela se chama Paula, mas ela assina nas receitas que nos dá lá na empresa como Berta ou comoBeatriz”. Só a Polícia Judiciária e o MinistérioPúblico podem investigar e levar à justiça este pesadelo.Nas próximas edições vamos contar ainda maisdetalhes das histórias que ouvimos, mas não re-sistimos a deixar o lamiré para um desabafo deindignação de uma mulher, quando ouviu falar damedicina do trabalho. “Sabe, o meu marido e qua-se todos os colegas foram despedidos, outrosforam para aquela coisa de receber metade, maso médico lá da empresa anda a passar baixa aofilho e à nora do patrão”. Não comentamos, masperguntamos: - Será que ainda há moral para condenar quem roubar um pacote de arroz num supermercado para matar a fome?

REBORDOSA COMVIDA

Cristelo: Consultas Diárias EfectivasOs números não enganam e deixam perceber por que é que quem trabalha se transforma num alvo a abater. Aquificam os números de utentes efectivamente atendidos por cada médico.

Consultas Consulta Recurso Vagas FantasmaMédico Programada (diariamente) (diariamente)

Ana D’Oliveira 20 a 24 15 8 a 10 0 (zero)(dois dias semana)

Maria do Céu 6 a 8 2 a 3 2 a 4 5 a 8

Vasco Santos 0 (zero) 0 (zero) 6 a 8 5 a 10(Todas consultas de Vasco Santos são marcadas só no próprio dia)

Fernanda Coelho 8 a 12 2 a 3 2 3 a 8

Ana Quelhas 15 5 a 6 2 NA

Teresa Valente 15 5 a 6 2 NA

Agenda Diária:Recurso – Destinado ao atendimento de utentes sem médico ou a utentes cujo Médico de Família está ausente.Vagas (Consulta Aberta) – Atendimento de utentes por motivo de doença aguda.Fantasma – Preenchimento da agenda com nome de utentes a quem é apenas emitida de Medicação Crónica,colocação de nomes de clientes das clínicas/consultórios privadas a quem são emitidos exames no SNS, con-sultas fictícias cujos utentes não se deslocam ao Centro de Saúde, consultas de Iniciativa Médica em que são marcadas faltas aos utentes, consultas marcadas por certas funcionárias administrativas mas que não há a inten-ção de as comunicar aos utentes, marcação de domicílios que não são efectivados e até… domicílios a mortos.NA – Não analisados

Como se percebe as duas médicas que recentemente chegaram a Cristelo (Teresa Valente e Ana Quelhas) rapidamente assumiram nas suas agendas diárias níveis de produtividade no atendimento (nomeadamente em Vagas), que igualam a prática dos médicos (denunciados por más práticas) que até aí já se encontravam em Cristelo.De recordar que o não atendimento diário em Recurso e em Vagas favorece claramente os interesses das clínicas/consultórios privadas.

Fax selectivos em segredoNum estranho comportamento do vale tudo para denegrir a imagem e hono-rabilidade da médica que comunicou às autoridades os colegas que colocamos seus imorais interesses privados acima da ética, os médicos Vasco Santose Maria do Céu foram vistos a dirigir faxes para estruturas do Ministério daSaúde. Nos documentos estão escritas ofensas graves contra a médica AnaOliveira e textos sem qualquer ligação com a realidade dos factos.

Do conteúdo dos faxes enviados em diversas ocasiões e à socapa, alguns dos quais a horas em que por certo os dois médi-cos acreditavam que estavam sós no Centro de Saúde de Cristelo. Em comum evidenciam relatos escritos e assinados quemerecem investigação criminal.O Rebordosa ComVida descobriu que depois de ser recolhida a assinatura de determinados utentes, num documento detrês linhas onde consta um texto impresso/norma em que se solicita ficar “Sem Médico por opção”, por baixo da assin-tura dos eventuais utentes, alguém escreveu informação adicional cuja caligrafia não é condizente com a assinatura do doc-mento, mas a mesma “letra” repete-se em vários escritos.Perante a afirmação de um utente “o Dr. Vasco disse-me para eu pedir para ficar sem médico mas não convinha fazerreclamação no livro para aquela médica não saber disto, … eu só assinei porque ele me disse que só assim corríamos comela”… a mesma é significativa da verdadeira barbárie injuriosa e maldizente que os infractores encetaram contra a médicaque vem comunicando juntos dos responsáveis do ACES e do MS as contínuas irregularidades e ilicitudes que acontecemno Centro de Saúde de Cristelo.Esta encenação dos fazedores de reclamações e fabricantes de pedidos para ficar “Sem Médico” é em tudo idêntica à quefoi congeminada na Unidade de Saúde de Rebordosa. O esquema praticado nas duas unidade de saúde para difamar amédica têm em comum o facto de não ter sido proporcionada à médica a defesa da honra, através de uma acareação comquem hipoteticamente assinou os papéis que “alguém” terá forjado. Em Rebordosa os dirigentes do ACES nunca propor-cionaram o contacto com quem assinou documentos de autoria suspeita. Por que será que foi assim? A quem interessouo silêncio?

Datas estranhas: Carlos Alvarenga que explique!Há ainda para esclarecer como é que a seis de Janeiro de2011, já o jornal “Médico de Família” anunciava que a ERANorte tinha aceitado a candidatura da USF S. Miguel Ar-canjo, quando a primeira informação dirigida a AnaOliveira, emanada da mesma ERA sobre desistências, temdata de 11 de Janeiro de 2011. Já estava tudo feito para um passeio triunfal até à inauguração sem entraves, e só o recurso à justiça por parte da USF Na Rotada Saúde é que travou os esquemas e as cumplicidades dos decisores, obrigando aqueles que previamente tinham conge-minado a garantia de uma decisão favorável a dar instruções para quem ia fugir inventar uma zanga.O REBORDOSA ComVida desconfia que as coisas foram feitas para que a equipa da USF na Rota da Saúde não tivesse reacção,mas como o cenário se alterou… entrou a mentira da tal simulação de uma zanga, que só existiu na cabeça de quem a fic-cionou e deu a garantia de que esse argumento era o único que permitia a desvinculação dos profissionais.

Na clínica do Dr. QuintalO paciente está deitado na camaquase moribundo, no mesmoquarto que o seu médico, advo-gado, esposa e filhos.Todos eles esperam pelo últimosuspiro, quando de repente, o pa-

ciente senta-se, olha fixamente para quem está presente e grita:“Assassinos, ladrões, ingratos, canalhas”.Volta a deitar-se na cama e então o médico diz:“Eu acho que ele está a melhorar”.- Por que você diz isso doutor? Pergunta a esposa.“Porque ele nos reconheceu a todos”.

Premeditadamente: Milhares de utentes sem consultaO Rebordosa ComVida teve acesso a documentos que nos permitem concluir que emCristelo, a improdutividade intencional ou negligente dos médicos Maria do Céu, Fernanda Coelho e Vasco Santos resultou que em apenas seis meses entre 1800 a2400 consultas a utentes ficaram por realizar. Estes números começaram a ser detectados e comprovados semanas depois de uma médica ter chegado à Unidade deSaúde de Cristelo, que de imediato comunicou a desumanidade aos seus superiores,nomeadamente aos dirigentes do ACES e MS.

Dado que a médica logo nas primeiras semanas enviou informações detalhadas a várias estruturas do Ministério da Saúde alertando paraos vícios e até ilícitos por parte dos colegas, pedindo uma investigação alargada e sanções para os prevaricadores, é possível que os númerospequem por defeito relativamente a anos transactos, pois – talvez por que alguém terá lançado o alarme - foram detectadas mudanças no comportamento do agendamento dos três médicos acima referidos.O Rebordosa ComVida investigou os procedimentos que permitem que anualmente milhares de utentes fiquem intencionalmente impe-didos de aceder a uma consulta. Cirurgicamente detectamos:- Colocação diária intencional e selectiva de dezenas de nomes de utentes como consulta presencial, quando na realidade apenas os própriosou um seu familiar entregaram nos serviços administrativos recortes de embalagens de medicamentos a solicitar a prescrição de medica-ção crónica.- Inserção de nomes de clientes de clínicas como utentes, sem consulta presencial, a quem os médicos prescrevem pelo Serviço Nacionalde Saúde os exames “encomendados” pelas suas próprias clínicas/consultórios ou de colegas.- Reduzido número de atendimento ou até a não permissão total de marcação de agendamento diário de consultas de Vagas, por deter-minados médicos.- Faltas cirúrgicas de médicos nos dias em que estão de Recurso, para não concretizarem o atendimento a Utentes Sem Médico.- Horário desajustado da Unidade de Saúde, gerido de modo a obrigar os utentes a recorrer a clínicas privadas, antes e depois das jornadasde trabalho.- “Consultas Fantasma” para preencher espaços de consulta na Agenda Médica Diária.- Domicílios marcados em nome de pessoas já falecidas.- Visitas domiciliárias agendadas por um médico, que posteriormente marca falta ao utente.O Rebordosa ComVida descobriu o esquema congeminado para que os pais sejam empurrados para recorrer às clínicas privadas. Será que nas estruturas do Ministério da Saúde não há quem consiga descodificar a coisa? Usar crianças para obter vantagens ilícitas é um crime!

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6 REBORDOSA COMVIDA

Médico Vasco Santos não atendePara que se tenha uma ideia da imoralidade e desumanidade que representa o facto do médico Vasco Santos colocar os seus interessese teimosia à frente do empenho em prestar cuidados de saúde aosutentes de Cristelo, basta perceber quanto sacrificadas são as pessoas que desde madrugada têm que se deslocar para a porta da

unidade de saúde ao frio e à chuva e esperar para terem a sorte de nesse dia ser contempladocom uma “rifa”. “Toda a gente sabe mas ninguém faz nada!”

O Rebordosa ComVida constatou casos que revoltam pela desumanidade, que contaremos nas próximas edições. Nesta edição relatamos o caso de uma inadmissível e suspeita distribuição de papeletas numeradas, com o nome de alguns médicos, por um funcionário da segurança e da injustiça de quase uma dezena de utentes que ficaram sem consulta para o Dr. Vasco. Um utenteque chegou às 7,00 horas, apoiado numa bengala e com um banco de praia debaixo do braço, pas-sou a ser o oitavo para o médico e logo de seguida surgiu uma senhora para o nono lugar. Às 8,30 horas na frontaria e debaixo do telheiro já se encontravam mais de 30 pessoas, quando o fun-cionário da empresa de segurança distribuiu sete senhas/rifas para o médico e anunciou “não hámais consultas para o Dr. Vasco”. Revoltados com a impunidade do médico o povo desabafou “todaa gente sabe mas ninguém faz nada!”, por quê o silêncio? É por medo, perguntamos nós? Por queé que o ACES ou a ARS Norte não acabam com este comportamento, que obriga a que as pessoasem Cristelo tenham de se sujeitar à humilhação e roleta russa de procurar uma consulta com um médico que impõe as suas regras, as quais ninguém sabe quantas consultas vai permitir diaapós dia?O sentimento de revolta pela actuação do médico ganha foros de repulsa quando se vê que as vítimas, da não existência de uma Agenda Médica, são idosos, grávidas ou bebés que são expos-tos à sorte ou quando não podem esperar são forçadas a recorrer às duas clínicas/consultóriosprivadas em Cristelo que são propriedade da médica coordenadora da Unidade de Saúde de

Cristelo e do médico que não tem agenda nem permite a marcação prévia de consultas.Como é possível que ao longo de anos a Direcção do ACES (Fátima Gonçalves e Batista Pereira)nada tenha feito para assegurar o mínimo de consultas aos utentes de risco: Saúde Infantil(recém-nascidos e crianças), Saúde Materna (grávidas), Hipertensos e Diabéticos estiveram eestão desprotegidos, mas ninguém se interessa em impor a aplicação de regras, como forma desalvaguardar a população da prática continuada de abusos e inviabilizar os ganhos chorudos, aomesmo tempo que a Agenda Diária está vitaminada de “Consultas Fantasmas”!.Como é possível que um médico que não permite que a população tenha consultas programadas,obrigando-a diariamente ao sofrimento e humilhação terceiro-mundista, pode ingressar numa USFem Cristelo, quando com a autonomia funcional e organizativa que o estatuto das Unidades Fami-liares de Saúde confere, o médico terá a possibilidade de atender ainda menos utentes do que já atende?

Como é possível ignorar as práticas dos médicos infractores e se tenta passar uma esponja no irresponsável consentimento e inacção dos dirigentes do ACES Tâmega II/Vale do Sousa Sul, que permitiram que fossem comunicados constantemente números estatísticos dos indicadoresde saúde escandalosamente irreais e que nada fizeram para que a população estivesse pro-tegida na mesma proporção que as clínicas/consultórios ganharam milhões?

Favores salvam infractores?O Rebordosa ComVida sentiu que a população está preocupada quando soube da pressa com queestá a ser feita uma USF para Cristelo, com elementos médicos que lhes causaram sofrimento e que gostariam de ver afastados da freguesia. Por outro lado é bom que não se faça uma USFpara Cristelo apenas para engrossar as estatísticas do número de Unidades a funcionar. Tam-bém é questionável se o que verdadeiramente está em jogo não é um prémio a quem não cumpree que inclui um brinde às enfermeiras que anunciaram ter sido aliciadas a abandonar a USF Na Rota da Saúde e que o Dr. Batista Pereira e a Dra Fátima Gonçalves (dirigentes ACES) lhes asseguravam a integração numa USF em Cristelo.

Nebulizadores como negócio?O Rebordosa ComVida estranha que em alguns centros de saúde, nomeadamente em Cristeloe tal como em Rebordosa exista uma elevada quantidade de prescrições de nebulizadores eléctricos, quando a sua utilização é contra-indicada pelas Orientações Internacionais, peloColégio da Especialidade e pelas associações de asmáticos.Para a APA – Associação Portuguesa de Asmáticos não restam dúvidas “dadas as suas grandesdesvantagens, a necessidade de abandonar a prática generalizada da utilização de nebulizadores no domicílio e nos serviços deurgência. Alguns estudos clínicos têm demonstrado a maior eficácia dos outros dois dispositivos básicos inalatórios, desde quehaja boa cooperação e boa técnica. Por esta razão, a prescrição dos nebulizadores deve limitar-se a casos excepcionais”. Seria desejável que o Ministério da Saúde investigasse quais são as fundamentações “técnicas” para a existência de elevadas quan-tidades de prescrição em Rebordosa e Cristelo de equipamentos que estão desaconselhados.Se tivermos em conta que cada equipamento mensalmente custa ao SNS entre 100 e 150 euros e que para muitas dezenas nãohá qualquer medicação prescrita ao longo do ano, omínimo que podemos concluir é que estamos peranteum verdadeiro esbanjamento de milhões de euros.Fonte bem informada assegurou-nos que a granderazão para serem mantidas tantas máquinas, pagas apeso de ouro, nas casas das pessoas “com uns pani-nhos em cima”, só acontece porque as empresas que os fornecem “dão boas prendas”.Para um médico da especialidade “as prescrições denebulizadores só se justificam por que são um negó-cio altamente rentável”. E deu-nos um exemplo elo-quente, “um equipamento custa à empresa quando ocompra o mesmo valor que ela cobra ao SNS num oudois meses de aluguer a um utente”, por isso diz “façacontas!”. Com a mão em concha e um largado sorrisodeixou escapar, “se a razão da teimosia de quem pre-screve nebulizadores são as prendas, eles bem podemoferecer ouro”.

O “dono” do Centro de Saúde de CristeloO jornalista viu, o que a direcção do ACES e a coordenação da unidade de saúde de Cristelo não quiseram ver na actividade diária do empregado da empresa de segurança.Sem qualquer argumento clínico ou competência para avaliação de risco, o funcionário impede o acesso de pes-soas à unidade de saúde mesmo que estejam com doença aguda; os hospitais aconselham a uma passagemprévia pelas unidades de saúde de primeiro contacto e só depois d ser consultado pelo médico do Centro de Saúde deverá recorrer ao Serviço Urgência Hospitalar se for necessário. Isto é a sustentabilidade do SNS.

Ficamos indignados com o poder com que o porteiro foi instituído, tanto mais que vimos mãescom crianças de colo e idosos que estavam nas filas desde madrugada a verem recusado o acessoà Unidade de Saúde, com o simples critério aritmético de que só entravam xis utentes para este e para aquele médico. Com o diagnóstico traçado pelo proeminente funcionário, consta-tamos que diariamente inúmeras pessoas eram impedidas de aceder ao interior da Unidade de Saúde de Cristelo.Permitam-nos umas perguntinhas a quem fez do funcionário da segurança um “triador” investidode poderes de diagnóstico que lhe permitem afirmar: “Eu é que sei. Aqui não pode passar”.

- Como é possível que um funcionário de uma empresa de segurança, que de saúde nada sabe, impeça o acesso de uma mãe que tem uma criança ao colo com o corpo todo às manchas, quando a mãe lhe anuncia que a criança está em estado febril? - Em Cristelo o porteiro ter ordem para recusar o acesso ao atendimento de doenças agudas é uma equação matemática?- Com que critério o funcionário da segurança distribuía senhas para determinados médicos?- Como é que nada foi feito para acabar com a anarquia de ser um funcionário da segurança a gerir as mirabolantes “senhas” nume-radas, que mais pareciam rifas, tal era a sorte que era preciso ter em alguns dias para alcançar o milagroso papel?- Não percebemos como é que diversas vezes, depois de estarem distribuídas as senhas e de todas as pessoas já se encontrarem perfiladas para serem atendidos no balcão, havia por vezes uma ou duas pessoas, que não estiveram na fila durante a madrugada, depois da abertura da porta do CS, conseguiram ter acesso a uma “rifa”, que lhes permitiu engrossar o número de sortudos?- Será que alguém de forma desumana montou um esquema, em total desrespeito por quem diariamente esteve nas filas desde ma-drugada, e esconde senhas destinadas a determinados médicos e depois num passe de mágica as faz cair nos lavatórios das casas de banho? Vimos bem!?- Qual a relação de proibição de acesso de utentes à unidade, independentemente do quadro clínico de quem sofre, condenados pelacega aritmética das “rifas”, a serem balanceado de utentes das portas do Centro de Saúde de Cristelo para a condição de clientes à força das clínicas privadas?

“Silenciada” enfermeira que denunciou ilegalidades“Não sei o que é que quer o Batista Pereira. Anda sempre a telefonar-me” ou “telefonou-mepara eu ir a uma reunião no Partido Socialista de Paredes”, “ele não me larga” e ainda “agoraquer que eu esteja na Assembleia Municipal de Paredes”, foram algumas das informações quea enfermeira Ana Cristina, membro da USF Na Rota da Saúde foi passando às suas colegas sobreas abordagens (até aí impensáveis) que lhe foram feitas pelo Director Clínico do ACES Tâmega IIVale do Sousa Sul. O Rebordosa ComVida teve conhecimento que os contactos começaram depois de a enfermeira ter assumido diversas denúncias públicas contra a forma como os dirigentes do agrupamento se envolveram num ataque à USF que a mesma integrava.

Depois de durante anos ter vivido o pesadelo de uma verdadeira perseguição e humilhação, que afectou a sua qualidade de vida como mãe e como pro-fissional, com procedimentos movidos pela direcção do ACES, que foram agra-vados quando integrou a equipa de enfermagem da USF Na Rota da Saúde a enfermeira voltou a sentir o cheiro do “quero posso e mando” ao saber que,apesar de merecer a confiança das colegas o seu nome era boicotado por umadirigente, que anunciou mesmo que enquanto a mesma e a colega Teresa nãofossem retiradas da composição da Unidade de Saúde Familiar em que estavainscrita, a mesma não seria inaugurada.Com o passar do tempo a USF Na Rota da Saúde começou a viver sucessivos entraves na con-cretização da sua abertura, culminando as “manobras” com a teatralização de uma zanga porparte de alguns elementos daquela USF, que sem rodeios anunciaram que o faziam – não porque existissem diferendos – mas porque esse era o argumento que lhes foi sugerido para poderemcontar com o apoio dos dirigentes do ACES, Fátima Gonçalves e Batista Pereira, aos quais jun-tavam o nome de um dirigente da ARS Norte ERA (Equipa Regional de Apoio às USF’s), que lhesasseguravam a criação de uma nova USF.Com ligações ao Partido Socialista, Ana Cristina denunciou as práticas dos dirigentes do ACES emdiversos espaços e meios de comunicação, nomeadamente na internet onde relatou com detalheos ilícitos praticados contra a USF Na Rota da Saúde. Teve contactos com Artur Penedos (com oqual tinha colaborado na anterior campanha do PS nas eleições para a câmara de Paredes) e comManuel Pizarro (secretário de Estado da Saúde), que lhe prometeram acompanhamento e apoio. Após muitas críticas públicas que lhe valeram que a sua corrosiva opinião fosse eliminada nosdiálogos abertos no Facebook com Manuel Pizarro, começaram os estranhos contactos, que até aí para Ana Cristina eram impensáveis.O passo seguinte dos relatos eram sobre jantares, um dos quais terá decorrido depois de um convívio do PS durante a campanha para as eleições legislativas de Junho de 2011, onde

anunciou que teriam estado presentes Fátima Gonçalves, Batista Pereira e Luís Campos. Nessejantar, segundo Ana Cristina, foi falado o futuro da USF para Rebordosa.Sem que os jantares tivessem causado problemas gástricos, subitamente a enfermeira AnaCristina ficou doente, em simultâneo com a colega Teresa. As restantes colegas que não semostraram muito convencidas com a doença gémea súbita, pediram um esforço e sacrifício para comparecerem ao trabalho, para que os seus lugares não fossem ocupados por aqueles que “a Fátima quer meter em Rebordosa”. A ausência prolongada das duas enfermeiras levou a que a Direcção Executiva colocasse precisamente no seu lugar em Rebordosa dois elementosque estavam inscritos na USF S. Miguel Arcanjo, que se perfilava para a unidade de saúde, apesar de existir procedimento em tribunal.

Numa estranha, mas saudável, mudança de 180 graus nas relações pessoais e profissionais de Ana Cristina com a Directora Executiva do ACES (Fá-tima Gonçalves), esta veio a promover a colocação da enfermeira para integrar a Equipa de Coordenação Local, um cargo que seguramente era muitomais merecido por outras dezenas de profissionais, tanto mais que a dirigentechegou a fazer constar que “isso é gente que está mais de nove meses de baixapor ano”.Para algumas profissionais que acompanharam o processo da USF Na Rota da Saúde, a postura da enfermeira Ana Cristina não surpreende e não é estranha. Para quem a conhece bem “a Ana Cristina foi “comprada”, para que

se mantenha em silêncio e esqueça tudo o que passou, o que sabe e o que denunciou, ignorandoque a equipa da USF sempre a defendeu com custos elevados e não aceitou afastá-la, como nos era pedido pelos dirigentes”. A monitorização da mudança súbita de comportamento de Ana Cristina por diversas colegas, levaa que algumas relatem que a mesma se interessou em obter informações detalhadas sobre um procedimento que se encontrava em tribunal contra o ACES. Há até quem se lembre que horasdepois de a enfermeira interiorizar ao longo de diversos telefonemas e contactos pessoais de todas as informações sobre o processo que decorria em Tribunal, a Directora Executiva doACES, Fátima Gonçalves, irrompeu pelo Centro de Saúde de Rebordosa e mobilizou todos os elementos da equipa da USF Na Rota da Saúde para outras unidades de saúde. Como nos lem-braram “importa referir um pequeno detalhe: na manhã seguinte à visita surpresa da directoraexecutiva, o Tribunal comunicou ao ACES os efeitos suspensivos de qualquer decisão contra areferida USF, só que os elementos já estavam deslocados, pelo que a medida não teve efeitos”.A enfermeira Ana Cristina e mais três enfermeiras que estavam ligadas à USF Na Rota da Saúde apresentaram a sua demissão do projecto, tendo uma delas invocado que o faziam “depois de terem assegurado por parte dos dirigentes que ingressariam na USF que vier a ser criada em Cristelo”.

Na clínica do Dr. QuintalTrês médicos vão a caminho deum congresso quando sentemque o carro se começa a com-portar de forma estranha.Param o carro, saem, olham pa-ra um dos pneus e um deles fazo diagnóstico:

- Olhando para o estado dele, parece estar furado.O segundo baixa-se, apalpa o pneu e diz:- Pelo toque, também parece estar furado.O terceiro médico vaticina.- É melhor fazermos alguns testes e exames na clínica.Assim tiramos dúvidas.

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7REBORDOSA COMVIDA

Médico “foge” do Centro de Saúde …e vai facturar na clínica

Dentro e fora do Centro de Saúde de Cristelo,diz-se à boca cheia que “o Dr. Vasco só atendeclientes na sua clínica”, como também seouve “ele só vai ao Centro de Saúde para passar os exames aos seus clientes”, peloque o Rebordosa ComVida acompanhou diver-sos clientes que se deslocaram à Clínica deCristelo, onde foram atendidos pelo Dr. VascoSantos.

No caso que contamos nesta edição tivemos oportunidade de confirmar que após umachamada telefónica da sua clínica/consultório, na qual a funcionária o informou que tinhadois clientes à espera, o médico saiu do Centro de Saúde e vestiu a pele de médico em exer-cício na privada. Num só dia o jornalista que faz o trabalho de investigação e acompanhamento da actividadedo médico Vasco Santos, teve a oportunidade de confirmar que aquele clínico esteve mais de três horas dentro das instalações da sua clínica/consultório, quando deveria estar a cum-prir o seu horário no Centro de Saúde de Cristelo.Para que o médico pudesse fazer o milagre da omnipresença, que lhe permite estar fisica-mente em dois lugares ao mesmo tempo, na mesma hora em que o médico estava a atenderos clientes na sua clínica, aparece inserida na Agenda Médica Diária do Centro de Saúde o nome de uma utente… a quem está marcada uma misteriosa falta e mais três utentes queprimaram pela invisibilidade física na Unidade de Saúde. Contactada para esclarecer os fac-tos, a utente “faltosa” informou que não tinha faltado a qualquer consulta.Para além de cometer o grave ilícito de atender clientes na clínica privada, na mesma horaem que tem de estar ao serviço na Unidade de Saúde de Cristelo, o médico infringiu todas asregras ao receber 30 euros (no mínimo) por cada uma das consultas que realizou.O sentimento de impunidade e a forma quase infantil como Vasco Santos responde à chamadadas funcionárias da sua clínica/consultório para sair do Centro de Saúde e ir atender clientes,só se explica por que ao longo de anos os dirigentes do ACES não quiseram ouvir os avisos e lamentos da população sobre os ilícitos, ao mesmo tempo que foram vivendo dos louros deum atendimento ficcionado mas escandalosamente surreal, que um programa informático (e a cumplicidade de diversas funcionárias, que por sua vez alertavam o médico para voltarao Centro de Saúde) intencionalmente impediu o acesso da população aos cuidados médicos,na mesma proporção que gerou imorais ganhos milionários para as clínicas/consultórios de Cristelo, que são propriedade dos mesmos médicos que não atendem no SNS masdesumanamente facturam na privada.Dado que Vasco Santos no período em que os “clientes” estiveram na sua clínica/consultórioatendeu uma cliente antes e um cliente depois da sua consulta, em pouco mais de trinta minu-tos (do horário que deveria estar presente no Centro de Saúde) o médico facturou ilegalmente90 euros [30€ x 3].Como se percebe qualquer médico que vá para Cristelo com a intenção de trabalhar e ajudara população a ser devidamente assistida, porque retira criminosas receitas milionárias àsclínicas/consultórios privados é transformado num alvo a abater.Em diversas ocasiões fizemos aquilo que os dirigentes do ACES não tiveram interesse ou não quiseram denunciar, por isso nas próximas edições do Rebordosa ComVida vamos apre-sentar as histórias arrepiantes de consultas pagas nas clínicas/consultórios dos médicosVasco Santos e Maria do Céu. Prometemos revelações que indignam e até enojam os mais insensíveis.

Crianças ficam sem médicoSabia que no Centro de Saúde de Cristelo, por ordemda coordenadora Maria do Céu, os recém-nascidos nãopodem ser inscritos no agregado familiar e ficamnuma lista de utentes Sem Médico? Isso mesmo. Ospais têm médico mas os filhos não podem ir com ospais ao médico. Confuso? Não é bem assim mas équase.

As contas são boas de fazer e o esquema fácil de des-montar. Estamos perante mais uma negociata ou comodisse um utente “isto é um verdadeiro roubo”.Com a proibição de agrupar os filhos no agregado fami-liar dos pais, estes se querem uma consulta terão que ir de madrugada para a porta daUnidade de Saúde de Cristelo e esperar dia após dia que consigam não exceder o númeromirrado de consultas, que certos médicos permitem.Vá-se lá saber porque é que as coisas são tão complicadas. Ou será que os pais estão a serusados e chantageados? Perante a incerteza de atendimento entre ir para a porta às seis ousete da manhã e não ter consulta ou até ter em sorte na rifa um médico que não faz consul-tas de saúde infantil, os pais optam por sacrificar mais uns euros e como os filhos são a prioridade de uma vida, vão a uma clínica/consultório onde pagam uma consulta.Para percebermos que o que está em causa é uma matemática milionária só é preciso que não nos esqueçamos que uma criança desde que nasce terá de ir vários meses por ano aomédico. Parecia difícil de descortinar porque é que em Cristelo os recém-nascidos ficam semmédico? Será que é a “lei”das clínicas?O Rebordosa ComVida descobriu o esquema congeminado para que os pais sejam empur-rados para recorrer às clínicas privadas. Será que nas estruturas do Ministério da Saúde não há quem consiga descodificar a coisa? Usar crianças para obter vantagens ilícitas é um crime!

Coordenadora faz que não vêO jornalista viu muito, mesmo muito, em Cristelo. Até viu o impensável.O funcionário de uma empresa de segurança goza de ampla liberdade demovimentos dentro dos serviços de secretaria, o que lhe está totalmentevedado, mas ninguém vê ou não quer ver pelo que seria bom que se in-vestigasse se o referido trabalhador, externo à Unidade de Saúde, não está a cumprir ordens com o intuitode que outros não sejam “apanhados”.Para além de assistirmos à manipulação de documentos, registamos que o mesmo funcionário da segu-rança atendeu uma funcionária de uma empresa que vende serviços- Aerosoloterapia e Oxigenoterapia-, a quem entregou a documentação relativa às prescrições de nebulizadores emitidas por diversos médicos.Estranhamos que a coordenadora do Centro de Saúde de Cristelo, Dra. Maria do Céu tivesse passado pelobalcão de atendimento onde se encontravam os dois (Segurança e empregada da Gasin), e nada tivesse ditoao funcionário sobre o facto de não poder permanecer dentro do serviço de secretaria, nem tão pouco proibira funcionária da empresa de Nebulizadores de permanecer dentro de um espaço com acesso reservado.Para acabar com esquemas e “negócios” entre empresas de nebulizadores, médicos e unidades de saúde,o do Ministério da Saúde emanou orientações objectivas, definidas no Ofício/Circular 13381da ARS Norte de 10/05/2012, que deixa evidente que “As prescrições são entregues aos utentes, ou a familiar devidamentelegitimado para tal, nunca podendo ocorrer a entrega directa às entidades fornecedoras, incorrendo numaconduta ilícita”.Como a coordenadora da UCSP de Cristelo, como a pessoa responsável da Unidade de Saúde nada fez para travar o ilícito, a sua inacção tem de ser investigada, tal como a prática do funcionário da empresa de segurança.

No YouTube: Médico bebe até…Circulou na internet, mas entretanto desapareceram misteriosamente, as imagens de um médico que trabalha na USF S. Miguel Arcanjo em Rebordosa, durante a refeição num casamento em modos físicos e de personalidade pouco recomendáveis.No popular YouTube foi possível verificar que garrafa após garrafa, o con-teúdo das mesmas colocou o médico perto do estado comatoso alcoólico.Indignada com a humilhação, a que estava a ser sujeita e ao ver o marido a beber sem parar, a esposa do médico de Rebordosa ausentou-se (primeiroda mesa e depois do local onde decorria o casamento) e esperou sozinha e em sofrimento no carro pela chegada de quem nãose deu ao respeito e em vez de beber… entornou.No filme que em breve voltará a estar disponível na internet, é imperdível o diálogo enrolado do médico com as pessoas que otransportaram em ombros para fora do espaço onde decorreu a refeição. O triste espectáculo foi tal que se ouve uma voz emfundo que garante “esse gajo já bebeu seis garrafas de vinho” e logo alguém acrescenta “porque eu lhe tirei as outras garrafas!”.

As receitas milionárias do “voluntário”O governo decidiu reformular os horários dos SASU/SAP – Serviços de Urgência a Situações Urgentes, dado que havia gastos desproporcionais à qualidade dos serviços prestados à população.E tem razão para o fazer. Segundo os elementos recolhidos pelo Rebordosa ComVida, só em Paredes o médico Batista Pereira transformou-se em voluntário para “tapar” as faltas de todos oscolegas e consegui amealhar um Totoloto com aquele serviço.

Com o pelouro dentro do ACES pelo serviço de SASU, Batista Pereirafez constar aos funcionários administrativos e da segurança, que sem-pre que algum colega faltasse à escala de serviço lhe poderiam tele-fonar, pois o facto de residir em Baltar, rapidamente lhe permitiriachegar às instalações para assegurar o serviço.Aparentemente o voluntarismo de Batista Pereira é um gesto que sesaúda, mas o Rebordosa ComVida descobriu que aqui há gato escon-dido com o rabo de fora. Com tanto voluntarismo fomos esclarecer arelação entre as faltas de médicos ao SASU e o número de serviços

extra que Batista Pereira realizou sem estar escalado. Constatamos casos de faltas de médicos aos serviços, mas não foiidentificado nem terá sido seleccionado um médio substituto. Chegada à data, perante a falta do médico escalado, atravésde um telefonema, Batista Pereira vestia a camisola do voluntário com disponibilidade, assinava o “ponto” e no final do mêsmais umas centenas de euros (de cada vez) entravam na conta bancária. Isto acontecia com uma (ir)regularidade quemerecia ser investigada. Constatamos que durante os períodos em que o SASU era realizado diariamente Batista Pereirachegou regularmente a marcar presença em mais de uma dezena de serviços por escala directa e outros tantos como“voluntário”.Analisadas as coincidências que potenciaram o “voluntarismo” muito bem remunerado de Batista Pereira, importa saberse todos os médicos que faltaram ao serviço estavam devidamente escalados ou se atempadamente informaram o responsável da escala da sua prevista ausência e se tudo foi concretizado para os trocar ou se era assumido como umacerteza que no próprio dia determinado médico iria fazer o serviço no lugar dos faltosos.O Rebordosa ComVida sugere ainda que seja realizada uma investigação detalhada, para que fique esclarecido se foramou não colocados em escala de SASU o nome de médicos que atempadamente solicitaram dispensa ou escusa e se todosos médicos do ACES foram equitativamente nomeados para aquele serviço. Da análise que fizemos das escalas de SASU percebemos que ao longo de um ano foram entregues dezenas de serviços a médicos (alguns externos ao ACES) que se encontram no topo da carreira, logo agravando os custos do serviço com remunerações superiores, o que poderia ter sido evitado se a distribuição de serviço fosse mais simplificada.Já agora, importaria saber por que é que a escala de médicos para SASU não previa a existência de um suplente ou substituto, que estaria disponível à chamada para ocupar o lugar do médico faltoso.O Rebordosa ComVida sabe que uma médica informou o Ministério da Saúde sobre os ganhos e o voluntarismo de Batista Pereira, o que mereceu uma tomada de posição ministerial a impedir que médicos de escalão superior substituamcolegas com remunerações inferiores. Estranha-se que o Ministério da Saúde tenha reconhecido que existiam trocas milionárias, mas não tenha aberto qualquer processo de investigação.

Em Setembro voltou o esquemaNo passado mês de Setembro o médico Batista Pereira (entretanto substituído como dirigente no ACES) passou a assinaras escalas de SASU. Como se pode constatar voltaram a ser escalados médicos externos ao agrupamento de centros desaúde, que pela sua antiguidade auferem remunerações mais elevadas e que têm estatuto que lhes permite trocas comBatista Pereira. É imperioso que se esclareça quais as razões que justificam contratar médicos externos ao ACES quandono mesmo agrupamento de unidades de saúde existem quase cinco dezenas de médicos, que desde que conveniente-mente escalados (descontando pedidos de exclusão) seriam suficientes para assegurar o serviço.Talvez a leitura atenta da escala de SASU de Setembro de 2012 permita esclarecer algo. O nome de Batista Pereira naprimeira versão não aparece escalado, na segunda versão apareceu escaldo para o dia um e oito. Curiosamente o nomede Batista Pereira quando surge é por troca com o nome de colegas que estão no SNS há menos tempo, logo com escalõesde vencimentos inferiores aos que Batista Pereira aufere, o que contraria as orientações do Ministério da Saúde e ARSNorte. Mas em Setembro Batista Pereira ainda veio a fazer um terceiro turno no dia 23, quando trocou com um colega ex-terno, mas do seu escalão, a quem nesse mês foram atribuídas três escalas, embora só tenha estado presente na de diaum, dado que na do dia 29 o mesmo foi substituído por uma colega.Na escala do mês de Outubro inicialmente Batista Pereira não apareceu escalado, mas posteriormente veio a ser inse-rido no dia 27 no lugar de uma colega com remuneração muito inferior à sua. O que mais uma vez colide com as orien-tações do MS.Para a escala de Dezembro também já é possível constatar a entrada de Batista Pereira (mais uma vez) para o lugar de uma colega com remuneração inferior.O Rebordosa ComVida tem suspeitas de que algo está mal pelo que sugere que seja aberta investigação à elaboração das escalas de SASU, nomeadamente nos casos de trocas (que mais parecem baldrocas) e da contratação de médicos externos ao ACES, quando o agrupamento dispõe de uma quantidade suficiente para não precisar de o fazer.

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Médico falta por ter a agenda cheiaA cinco de Setembro, passado, o médico Vasco Santos depois de verificar que a fun-cionária administrativa que se encontrava de serviço (uma das que foi de Rebordosapara Cristelo e que não pactua com “Consultas Fantasmas”) lhe tinha preenchido aAgenda Médica com consultas efectivas (ao contrário do que acontecia e acontececom as funcionárias que já estão há uns anos em Cristelo, que não marcam consul-

tas programadas na agenda do médico) o clínico não se controlou e desabafou no corredor da Unidade de Saúdede Cristelo “ela encheu-me a agenda, então ela amanhã que atenda os utentes”.Na manhã de seis de Setembro (quinta-feira), o médico contactou os serviços do Centro de Saúde e informou quenão ia trabalhar porque o carro teve uma avaria: um furo. Coisa para um dia de reparação! Provavelmente o furo foi na quinta roda. O médico não compareceu todo o dia na Unidade de Saúde, apesar de ter sido visto na sua clínica//consultório.Na manhã seguinte constata-se que a folha do Livro de Presenças de Vasco Santos tem assinado o dia seis de Setembro como presença efectiva.A Directora Executiva Sandra Rita foi informada e de imediato deu indicação ao médico para anular a sua assinatura.Para surpresa de quem viu, o médico não “meteu” um dia de férias, mas apresentou uma baixa médica emitida por Teresa Valente. Precisamente sua colega de trabalho na Unidade de Saúde de Cristelo.Se a ousadia (para não dizer a falta de seriedade) do médico ao assinar intencionalmente o Livro de Presenças é condenável, não é menoslamentável que a Directora Executiva, Dra. Sandra Rita (que recentemente substituiu Fátima Gonçalves) tenha recebido a informação de-talhada de que o médico Vasco Santos comunicou aos serviços (pelas 8,30 horas do dia em que faltou) que não ia comparecer, por ter uma avaria no carro, tivesse permitido que a falta fosse justificada com um Atestado Médico? Que exemplo é este? Quem protege quem?

Senha nº 1 às 5,30 da manhãO jornalista foi mais de 30 dias e ao longo de váriosmeses, para a porta do Centro de Saúde de Cristelona qualidade de utente Sem Médico e de utente de diversos médicos, para os quais procurava uma “vaga”.Ficamos horrorizados com o que vimos e ouvimos:

Depois de vários dias a estudar o “esquema” constatamos que:- Para ter assegurada a primeira senha para a consulta dos Sem Médico, os utentes têm de se deslocar paraporta do Centro de Saúde de Cristelo o mais tardar pelas 5,30 horas da manhã. Depois dessa hora pode serou não o primeiro.- Na grande maioria dos casos os utentes (nomeadamente os Sem Médico) que chegarem depois das 7,30 horas já não serão atendidos na manhã desse dia e terão de voltar no horário da tarde para mais uma fila.- Um estranho esquema de senhas (sem qualquer critério anunciado ou conhecido) eram distribuídas pelofuncionário da empresa de segurança; tal situação levava a que dezenas de pessoas, depois de esperarhoras na incerteza de obterem consulta na abertura da Unidade de Saúde (pelas 8,30 horas) fossem man-dadas embora sem terem o direito a aceder ao interior das instalações.- A população tinha perfeita consciência que as desumanas e longas filas que se agrupavam desde madru-gada, eram uma forma de coagir as pessoas que podiam pagar nas clínicas para nem sequer tentarem irpara a porta do Centro de Saúde.- As pessoas não faziam a mínima ideia como deve funcionar convenientemente o agendamento de consultaspelos médicos, pelo que acreditavam que depois de pagarem consultas nas clínicas/consultórios de Cristeloos médicos lhes estavam a fazer grandes favores sempre que prescreviam exames pelo SNS, por não seremobrigados a ir a uma consulta no Centro de Saúde.- No essencial notamos que a população sentiu uma mudança desde que a médica Ana Oliveira chegou aCristelo, “muita gente deixou de vir para a porta. Ela disse-me que se eu vier às oito e meia só tenho queme dirigir ao balcão, que as empregadas administrativas têm ordem para nos marcarem consulta de vagaou de recurso”.- O povo que sofre em silêncio tem perfeita noção “que enquanto os donos das clínicas estiverem aqui dentro, eles aqui não querem quem trabalhe”.

Só com trabalho acabam os esquemas.Para acabar com as filas desde as cinco da manhã e eliminar os esquemas subterrâneos que permitem ganhosincríveis aos mesmos médicos que exercem na Unidade de Saúde de Cristelo, apenas é necessário que sejam

fiscalizadas as suas agendas e os seus alfobres de “Consultas Fantasmas”.

Risco de USF cair nas mãos erradasA população de Cristelo tem direito a cuidados de saúde com rigor,qualidade e seriedade. A Improdutividade intencional e maliciosa decertos médicos a exercer funções no Centro de Saúde de Cristelo temimpedido a qualidade dos cuidados de saúde. Mas a situação poderá agravar-se e ficar sem retornose avançar a aprovação de uma USF que englobe os médicos que cirurgicamente fazem diaria-mente uma matemática que subtrai o número de utentes consultados ao memo tempo que somaou multiplica o número dos que são obrigados a recorrer à medicina privada:

Se aos perigos do não atendimento intencional de utentes juntarmos o facto de uma “representante” dasquatro enfermeiras da USF Na Rota da Saúde (que se sabe ter sido aliciadas pelos anteriores dirigentes doACES) ter anunciado que vão integrar a USF que se vai formar em Cristelo, a coisa já não é estranha, e queo médico Vasco Santos (proprietário da Clínica de Cristelo), afirmou convictamente que o Director Clínicolhe assegurou que se formarem uma USF, em seis meses a dita passavam a Modelo B, com o apoio de um“amigo” que “na ERA- ARS Norte controla as coisas”, então as coisas estão mesmo a ficar muito compli-cadas para a população.Como é sabido no actual quadro legislativo das USF’s cabe à direcção dos ACES (Agrupamentos de Centrosde Saúde) a última palavra. Agora que se sabe publicamente a verdade sobre as práticas de três médicosem Cristelo, que sempre que foi comunicada foi intencionalmente ignorada (e valeu horrendasperseguições), é hora de se fazer algo mais pela população do que atirar o lixo para debaixo do tapete.Perante o que o Rebordosa ComVida constatou em relação a ganhos milionários, obtidos por incumpri-mento dos deveres, para além de um rigoroso inquérito e investigação própria e consequente punição, o Ministério da Saúde deve solicitar ao Ministério Público que a Polícia Judiciária entre no terreno, de modoa que uma teia de cumplicidades de amigos e de “lobbys” não abafe a verdade.Servindo-se dos casos de Cristelo e Rebordosa o governo tem de reclarificar quem pode integrar as USF’s.É imperioso que o governo ou os grupos parlamentares se entendam e legislem (Decreto-Lei ou Lei) demodo a impedir que os proprietários das clínicas/consultórios privadas controlem e decidam (segundo os seus interesses), o futuro das populações no direito ao acesso aos cuidados de saúde. Se nada for feitodepois destes maus exemplos as populações ficarão para todo o sempre condenados à chantagem das regras das clínicas privadas.

REBORDOSA COMVIDA

Médica impede o ROUBO de 100 mil euros à populaçãoOs ganhos milionários que as clínicas privadas alcançam em zonas carenciadas de médicos noSNS, geraram imorais competições de caça ao cliente. Para que se perceba um pouquinho dequais as receitas que estão em jogo, o Rebordosa ComVida fez contas e explica com mestriacomo é que em Cristelo uma médica em apenas seis meses impediu que clínicas privadas seapoderassem indevidamente de pelo menos 100 mil euros.

Depois de em Rebordosa a médica Ana Oliveira (enquanto coordenadora) ter revolucionado o atendi-mento à população, colocando um ponto final nas desumanas filas de utentes, que desde a madrugadaaguardavam à chuva e ao frio à porta do Centro de Saúde e ao redistribuir pelos colegas os utentes que estavam sem médico, aquando da chegada a Cristelo a médica disponibilizou a sua agenda paraacolher o maior número possível de Utentes Sem Médico. Por cada dia que realizava Consultas de Recurso, as pessoas solicitavam que os acolhesse definitivamente na sua lista.É a própria população que afirma que desde que ela “chegou a Cristelo todos os utentes que o dese-jassem passaram a ter acesso a Consultas Programadas, Consultas de Recurso (sem médico) e Consultas Abertas (cuidados de saúde urgentes)”, graças a uma agenda que combatia a anarquia, atéaí reinante naquela Unidade de Saúde. Tal como em Rebordosa também em Cristelo a disponibilidadeincondicional da médica para o atendimento efectivo de utentes não agradou aos proprietários dasclínicas privadas.O Rebordosa ComVida confirmou, que face ao cenário anterior, o trabalho com afinco da médica pas-sou a tirar das algibeiras de uns quantos o dinheiro que “era saqueado a uma população indefesa quasecomo extorsão”, muito especialmente junto dos idosos (que perante o medo de estarem doentes pagamo que têm e o que não têm para verem assegurados os cuidados médicos). O Rebordosa ComVida com-provou que em resposta aqueles que viram mirrar o poço de petróleo de Cristelo (que jorrava milharesde euros para as suas contas bancárias), colocaram em marcha uma cúmplice campanha de ofensascontra quem se colocou ao lado do povo e os enfrentou, dando-lhes um pontapé no mealheiro.

Os números não deixam dúvidas…Desde que chegou a Cristelo a disponibilidade de atendimento da médica, com o “simples milagre” de

atendimento efectivo demilhares de pessoas im-pediu que a populaçãotivesse sido forçada a pagar mais de 100 mil euros em clínicas/consultórios.Ao acolher na sua lista de quase 1800 utentes (o maior número entre todos os médicos da unidade de Cristelo), dos quais pelo menos 1500 pessoas anteriormente faziam parte da lista de Utentes Sem Médico, que anunciaram que em condições normais se deslocavam duas a quatro vezes por ano aos consultórios/clínicas dos médicos Maria do Céu ou Vasco Santos, percebe-se que a médicaao trabalhar com afinco impediu a entrada nos “bolsos” de certos médicos de muitos milhares de euros.

Caso concreto de Cristelo:- 1500 pessoas que passaram a ter regularmente quatro consultas por ano (duas em seis meses), sepagassem 30 euros ou 40 euros por consulta.1500 x 2 = 3000 consultas3000 x 30€ = 90 mil euros3000 x 40€ = 120 mil eurosDe referir que para a população idosa (que durante anos foi obrigada a ser cliente das clínicas/con-sultórios privadas) a médica concedia um número significativo de consultas.

- Consultas de Recurso para Utentes Sem Médico (entre 12 a 20 por semana)12 pessoas x 4 semanas = 48 consultas por mês48 pessoas x 6 meses = 288 consultas em seis meses288 x 30€ = 8640 euros288 x 40€ = 11.520 euros

Como se percebe pelas contas, o atendimento de médicos que trabalham de forma séria apenas é incómodo para os médicos que são proprietários de clínicas/consultórios, visto que as mesmas só têm razão de existir e capacidade de sobrevivência se houver uma extensa lista de Utentes Sem Médicona freguesia.

Na clínica do Dr. QuintalNada como a prevenção...

-Doutor, tenho tendências suicidas. O que faço?-Em primeiro lugar, pague já a consulta. Depois con-tinuamos a conversar.

Desconto por quantidadeO Dr. Quintal diz ao velhote:- O senhor está de excelente saúde! Há-de viver pelo menos até aos 100!- Mas, senhor doutor, eu ainda tenho 80 anos...- Vê? São muitos anos! Podemos fazer um negócio. Se pagar já todas as consultas até aos 100 anos faço-lhe um desconto.

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Na sala de espera do CS de RebordosaHistórias de encantar ou verdadeiros casos que deveriam ser levados à justiça são a miscelânea do que o jornalista escutou nos diversos dias em que estivemos na sala de espera da Unidade de Saúde deRebordosa. Desde uma certa animosidade pelo médico Luís Campos, à revolta e repulsa quando se falado nome da médica Paula Pamplona ou o epíteto de “baldas” quando se fala do médico Raul Almeida, a palavra do povo ganha peso quando escutam os seus lamentos.Permanecer nas instalações (onde hoje está instalada a USF S. Miguel Arcanjo) foram momentos muitomarcantes num trabalho de quem procura contactar com os dois lados do mundo dos cuidados de saúdeprimários. Nesta edição relatamos uns pingos do que consideramos que merece ser contado.

- Apesar do sentimento negativo contra o comportamento de Luís Campos, uma utente não deixou passar emclaro o facto de ter o médico como “um homem bom”. Segundo disse “eu não tinha dinheiro para os medica-mentos e ele mandou-me ir à Farmácia de Gandra buscar os medicamentos que depois ele levava a receitae pagava”. Mas a simpatia do médico não convenceu todos os presentes e logo a D. Rosa, ali ao lado disparoua pergunta, “mas tu sabes que receita é que ele levou?”, insistindo em desabafar, mandou a vizinha fazercontas, expressando a sua pouca empatia pelo médico com um eloquente “até te pode dar 10 medicamen-tos, mas se passar receitas de 20, ele é que ganha”. - “Na saúde há mais vigaristas do que nas prisões”, ouvimos como desabafo fulminante da boca da D. Júliaque não se conteve a contar que a cunhada “veio ao posto pedir para lhe darem o Cheque Dentista para o filho,mas responderam-lhe que já tinha levados dois nos últimos meses, só que ela nunca levou nenhum e al-guém arranjou os dentes com o cheque do meu sobrinho”. Mas alguém que ouvia a conversa fez questão dedesabafar em forma de pergunta, “será que houve quem tratou dos dentes ou alguém da clínica anda a re-ceber cheques em nome dos utentes que nem lá entram?”.- Uma tia zelosa e qual segunda mãe dizia que mandou a sobrinha à clínica para pedir o atestado para ir“tirar a carta”, mas que se arrependeu. Não é que a sobrinha não merecesse. O problema só foi descoberto“quando a miúda foi ao médico lá no Centro de Saúde e ele lhe disse que ela tinha muitos exames passadosem nome dela”. A mulher não se conteve e desabafou “esse ladrão da clínica disse que passava os papéis paraa carta de condução, mas pediu-lhe os dados do cartão de saúde e até lhe perguntou se tinha seguro”. - “Nunca mais abro a boca para falar de ninguém ao médico”, confessava uma utente que descobriu que, de-pois de ter dito ao médico que o marido estava emigrado “durante anos andaram a ser passados exames emnome dele, sem ele nunca ter feito um”.- A médica Paula Pamplona goza de muito pouca respeitabilidade por parte de quem ouvimos. Desde queixaspelas suas constantes faltas ao serviço, até quem sabe que “ela trabalha como médica do trabalho para a em-presa que vai lá à fábrica”. Num misto de quem foi vítima e de quem sabe mais do que os outros, acrescenta“ela não deve gostar de trabalhar aqui ou ganha muito dinheiro na clínica. Está sempre a faltar e tem dias queaté se veste como se fosse trabalhar num bar”. Gostos à parte, a vizinha do lado deita tempero na conversa“a Dra. Paula já faltou aqui de manhã e à tarde estava lá na empresa a atender para a clínica”. Se o rol de es-

quemas que ouvimos da Dra. Paula Pamplona já enchia a barriga, o jornalista apanhou um soco no estô-mago quando uma amiga diz para a outra “isso não é nada. Ela já faltou aqui, mas atendeu a minha irmã naPrecur. Eu fui lá para lhe perguntar se ela não tinha vergonha e ela teve a lata de me dizer que se aqui medisseram que ela vinha trabalhar nesse dia se tinham enganado”. Terá mesmo assegurado à utente que emdeterminados meses “quando lhe marcam mais serviço em Medicina do Trabalho ela disse que mete licençasem vencimento”. Mas o Rebordosa ComVida está em condições de afirmar que a médica Paula Pamplonatem faltas como que em ciclo vicioso, mas para justificar a sua ausência não solicita por via oficial qualquerperda de vencimento. O Rebordosa ComVida confirmou que na grande maioria dos dias em que a médica ap-resentou CIT (baixa médica) na Unidade de Saúde de Rebordosa, que manteve as suas rotinas diárias, var-iando apenas no percurso e o local onde guardava o automóvel e por quem e onde é que era “recolhida”.Há mesmo quem tenha a certeza de que a médica “está na saúde por dinheiro. Já me disse que tem um con-sultório em Lordelo e se eu precisar para passar por lá”. Enfim negócios!- Sobre o Dr. Raul Almeida percebe-se que há quem tenha muito para dizer, mas pouco se diz. Para além deque “ele é muito fraco, quase matava do coração a minha comadre quando lhe disse que ela tinha uma doençamá, mas a mulher não tinha nada. Ele é que não soube ver os exames”, conseguimos escutar entre sussur-ros e com a mão à frente da boca “ninguém quer ser utente dele. Ele está sempre a faltar e as pessoas hojesão atendidas por um médico, amanhã por outro, mas nunca pelo Raul”.Da sala de espera da USF de Rebordosa temos muito para contar. Nas próximas edições vamos servir emdoses moderadas.

REBORDOSA COMVIDA

saber se Batista Pereira tem consciência que ao fur-tar-se a dialogar e a explicar até à clarificação totalalgo que se relaciona com uma sua tomada deposição, no desempenho de um cargo institucionalpara o qual foi nomeado, que isso se enquadra numretrocesso civilizacional que o afastam de uma desejável prática democrática.Perante a falta de uma resposta fundamentada omínimo que deveria ter feito era apresentar a de-

missão. As respostas que Batista Pereira dirigiu à colega são de uma vulgaridade confrangedora, que caracterizam a pessoa.Já agora Dr. Batista Pereira, depois do nível das suas respostas, o jornalista que escreve estas linhas gostariade lhe perguntar qual é a sua moral para andar a pedir ao povo de Paredes que lhe confiem o seu voto, dan-do-lhes garantia de que tem competência e discernimento emocional para os representar na AssembleiaMunicipal do Concelho? Como vimos neste exemplo, quando lhe pedem esclarecimentos a sua atitude é deuma preocupantemente e desconcertante arrogância. O Rebordosa ComVida sabe que já anteriormente omesmo dirigente tinha proferido numa entrevista ao “Verdadeiro Olhar” afirmações e divulgado detalhes que,desajustados da realidade, visaram desinformar e denegrir a imagem da médica. É mais um tema que vamos detalhar em breve, para que se perceba qual o papel de Batista Pereira e a extinção da USF Na Rota da Saúde.Perante o que constatamos sentimos necessidade de dizer ao Dr. Batista Pereira que o mundo precisa de Homens, por isso quem escreve estas linhas sugere que repense se tem vocação para ocupar funções institucionais e para a… política.

Luís de Sousa

SASU serve para ajustar contas“Quem se mete comigo leva!”, “A lei da rolha” ou “A selva” bem poderiam ser os títulos para o filmede terror que foi vivido por uma médica colocada na UCSP de Rebordosa, que teve a ousadia de pedir a intervenção do Ministério da Saúde para esclarecer a transparência das vantagens financeiras alcançadas por um médico, que constantemente estava escalado na Unidade de Saúde de Paredes em SASU – Serviço de Assistência a Situações Urgentes, sucedendo-se os serviços por trocas e o voluntarismo para substituição dos colegas faltosos. O Ministério veio a proibir a maroscamas não abriu qualquer procedimento investigatório ao médico.

Como “prémio” pela sua frontalidade e ousadia a médica foi contemplada nos últimos meses de 2011 com a marcação em escala para o dito SASU, em todos os dias feriados entre um de Outubro a um de Janeiro de 2012. Nada escapou. O Rebordosa ComVida teve acesso ao documento em que, perante a incrível coincidência de tantos fe-riados, a médica solicitou ao Director Clínico do ACES, Batista Pereira uma explicação que fundamentasseexistir uma distribuição harmoniosa entre colegas. Como resposta recebeu a informação de que os serviçostinham sido marcados por ordem alfabética. Como as escalas são públicas facilmente se percebeu que não bate a bota com a perdigota. Vai daí, avançou mais um pedido de fundamentação da escala selectiva. A resposta do clínico foi eloquente, informando que não tinha mais tempo a perder e alertava a colega paranão “semear ventos”.... Para o Rebordosa ComVida as expressões usadas pelo director clínico do ACES, Batista Pereira são pouco dignificantes para quem ocupa funções sindicais na área médica e políticas em Paredes, pois representamdevaneios intelectuais pouco consentâneos com as funções em que aceitou estar instituído. Gostaríamos de

fez-se de ingénua e perguntou-lhe por que é que não tinha levado os pedidos de exames quando esteve na consulta. A resposta foi elucidativa da forma como funciona o esquema, “eu estive no consultório da Dra. Céu que disse para eu vir aqui falar com uma funcionária para ela me entregar as credenciais”. Repentinamente uma funcionária (que se tinha ausentado para falar ao telefone), informa a utente/cliente“venha cá de tarde e fale comigo, que a Dra. Céu vai deixar aqui os P1”.- “A Dra. Maria do Céu disse para vir a uma consulta com o Dr. Vasco para ele passar o P1 - credencial -destes exames (exibindo uma receita em papel timbrado do consultório da Dra. Maria do Céu), porque ela

disse que tem havido uma fiscalização e não convém que ela passe todos os examesaos seus clientes”.- “Agora tenho poupado muito. Já não preciso de ir ao consultório da Maria do Céu.Para mim e para os meus pais cheguei a dar-lhe mais de 300 contos (1.500 euros) por ano. Pagávamos para ir à consulta e voltávamos a pagar para ela ver os exames.Ela arranjou maneira que o meu pai e a minha mãe andavam sempre a fazer examese a pagar”.- “No consultório da Dra. Céu durante anos pagava seis contos sem recibo, se quisesserecibo era mais caro”.

- “Aqui não tenho vagas, se quiser vá ao ali ao meu consultório”, afirmava o Dr. Vasco Santos, circulandoapressado pelo corredor, respondendo a um utente que se lhe dirigiu a solicitar se o podia atender (uma fun-cionária disse que não tinha autorização para marcar consulta). Para o jornalista a afirmação enquadra-va-se na prática mercenária da medicina, mas para a população humilde e acanhada que ouviu o sonororecado esse era um comportamento normal. A anormalidade foi de imediato confirmada, “ele é assim. Se temclientes no consultório nós esperamos, mas se não tem lá ninguém, ele faz esperar quem está aqui até desistir e ir lá pagar a consulta”.- “O Dr. Vasco chegou a deixar-me sentada aqui no gabinete do Centro de Saúde, e saiu para ir à sua clínicaatender um cliente que lhe bateu à porta quando eu já lá estava em consulta”.- “A Dra. Ana Oliveira não me passou os exames (disse que era proibido) para o meu marido, que o médicodali do consultório pediu, mas a Dra. Ana Quelhas deu-me todos”.- “Aqui nunca tinha vaga para a Dra. Céu, mas fui ao consultório dela e passou-me logo a baixa e hoje venhocá buscar um P1. Ela disse que era melhor fazer umas análises para justificar a baixa”.- A propósito dos pedidos de Atestados Médicos para efeitos de Carta de Condução uma jovem fazia questãode afirmar que “essa médica preta disse não me passava o atestado sem eu fazer um exame aos olhos,porque não me conhecia de qualquer consulta anterior”. A afirmação insultuosa ainda foi agravada com agarantia de que “fui ao consultório da Maria do Céu, que disse que me passava o atestado, mas que eu tinhade vir aqui para pedir para ficar Sem Médico”.

Na Sala de Espera do CS de CristeloO povo humilde de Cristelo, que o Rebordosa ComVida encontrou durante dias nas salas de espera do Centro de Saúde, é o verdadeiro intérprete do pesadelo de uma condenação ao sofrimento vivida em silêncio. Nesta edição reproduzimos uma ínfima parte de desabafos que fazem doer o coração dos mais insensíveis. Como é possível que nada seja feito para tirar uma população indefesa das garras de abutres famintos de dinheiro?

Escutamos quem está condenado a servir de “repasto”:- “Eles (Dr. Vasco Santos e Dra. Maria do Céu) não querem cá médicos que trabalhem,para que as pessoas tenham de ir aos consultórios deles.”Perante o número elevado de faltas que o Dr. Vasco Santos regista às quintas-feiras,uma utente que tinha chegado à porta do Centro de Saúde de Cristelo pelas sete horasda manhã (e mais uma vez ficou sem médico) desabafou com indignação, para quemquis ouvir, que “ele anda desde há dias muito ocupado a recolher assinaturas para umAbaixo-assinado, para mandar embora a médica Ana Oliveira”. E acrescentou “ele e a Maria do Céu perderammuitas consultas nos consultórios deles com as pessoas que não tinham médico, desde que chegou a Cristeloa médica que atende toda a gente”.Entrando na conversa, uma utente que se mexia na cadeira e mostrava repulsa quando ouviu falar do nomedo Dr. Vasco, confirmava que o médico foi a casa da vizinha pedir para ela e a família assinarem um documentocontra a médica, que ninguém lhe soube dizer quem o fez ou quem está por trás da marosca, mas afiançavaque se recusou a assiná-lo. Indignada com a forma como o médico trata as pessoas a tal utente afirmava “aquientramos no gabinete e já nos está a mandar embora com uma receita ou exames”. Aumentou o tom de vozpara dizer que “esse indivíduo teve a coragem de me pedir para assinar o papel, só que se esqueceu queuma vez pedi-lhe para atender no Centro de Saúde o meu filho que estava doente e ele respondeu-me quese eu quisesse uma consulta, que fosse ao seu consultório”. Deixando evidente que nada tem contra a médica,bem pelo contrário, pois “desde que ela chegou a Cristelo nunca mais teve que pagar uma consulta na clínicado Vasco”.Uma utente que deixava transparecer que não conhecia o que são as regras como devem ser os meandrosdo Centro de Saúde de Cristelo, dirigiu-se a uma funcionária administrativa a solicitar que lhe fosse entregueum P1 que a Dra. Maria do Céu a mandou ir levantar. A funcionária, depois de verificar no sistema informáticoque aquela utente tinha uma consulta presencial registada no dia anterior, devidamente informada damarosca dos ECD’s (Exames Complementares de Diagnóstico) passados a clientes dos consultórios privados,

Cuidado com as conversasDesconfie sempre da simpatia dos médicos que “dão tudo”. Pense que o médico que lhe prescreve exames ao quilo pode estar a abrir a porta para uns meses depois estar a prescrever em nome do mesmo utente (sem estesaber), mais quilo e meio de exames com o argumento de que são para confirmar os primeiros.

Depois de uma conversa com um Rebordosense que ficou surpreso com o facto de a um seu familiar terem sido emi-tidos diversos ECD - Exames Complementares de Diagnóstico - nos últimos anos sem que ele estivesse em Portugal, o Rebordosa ComVida considera ser seu dever alertar a população para o facto de uma simples conversa, aparentementeinofensiva sobre um familiar que se encontra emigrado, poder vir a transformar-se numa fonte de receita para pessoassem escrúpulos.Aparentemente era inofensiva a pergunta sobre afamília, pelo que não se furtou a afirmar que o “Zé estáem França e até ao verão vai a minha cunhada”. Depois de uns meses fora, uma gripe e muita fadiga àmistura levaram o Zé ao Centro de Saúde de Rebordosa,onde lhe foi dito que os exames que se enquadravam noseu estado clínico tinham sido solicitados há menos deum mês, pelo que os deveria trazer. O Rebordosa ComVida sugere que quando se deslocarem consulta fale o mínimo possível do que não é essen-cial ou poderão estar a alimentar um filão milionário.

O médico e o ratoO marido da D. Sissi engoliu um rato. A mulher levou-o ao Dr. Raulinho e este receitou:- Um gato de hora em hora.- E se não der certo, Sr. Dr.? - perguntou a mulher.- Vá ao Dr. Campos que ele dá-lhe um supositório de queijo.

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quais sou incómoda”.Com objectividade a médica questiona “ao abrigo de que legislação e com a cumplicidade de quem é que o Dr. Vasco regularmente está ausente do Centro de Saúde de Cristelo em horário em que devia estar presente naUCSP de Cristelo, mas está no seu consultório (a dois passos da UCSP de Cristelo) à chamada, e comparece na UCSP quando é chamado via telefone de serviço pelas funcionárias administrativas da própria UCSP? Na UCSP de Cristelo há alguma orientação que permita a existência de um médico “à chamada”?”. Colocando o dedo na ferida da falta de supervisão dos dirigentes, a médicapergunta “quais são as orientações superiores que permitem a distribuição,ao longo de dias e semanas, dos pedidos de Medicação Crónica nas Agendas

Diárias (de alguns médicos), nos dias e horas que mais convém? A situação é preocupante dado que por vezes os utentes chegam a referir que “ há duas semanas, há oito dias que pedi a medicação”!? Apontando claramente Fátima Gonçalves e Batista Pereira, enquanto dirigentes, como os beneficiáriosdos números falaciosos apresentados ao Ministério da Saúde, a médica denuncia que “este proce-dimento não só permite que se ocupe a Agenda Médica com “Consultas Fantasma” como se falseiamfavoravelmente as estatísticas e os índices do Número de Consultas ao Utente pelo Próprio Médico de Família, bem como inflaciona a Taxa de Utilização Global de Consultas”.Como facilmente se pode concluir a coragem da médica faz cair a máscara de quem viveu à sombra de números falsos, enquanto a população era privada de aceder aos cuidados médicos. Ao denunciaras práticas de colegas e a inacção dos dirigentes a médica meteu uma bala na câmara da arma comque os denunciados a querem abater.

Cristelo uma unidade modelo?O Rebordosa ComVida sabe que uma médica logo que chegou ao “inferno” de Cristelo, deixando para trás o pesadelo de Rebordosa,escreveu a diversas estruturas do Ministério da Saúde a relatar factos praticados pelos médicos Maria do Céu, Fernanda Coelho eVasco Santos, que limitavam e até impediam o normal acesso da popu-lação a consultas presenciais na Unidade de Saúde.

Numa das missivas dirigidas à então directora executiva do ACES, FátimaGonçalves, a médica coloca questões e pede que seja esclarecida a im-punidade e cumplicidades de que gozam os infractores, que sem escrúpulos se movimentam re-petidamente com o objectivo de fabricar números falaciosos e intencionalmente adulterados, queservem os interesses da direcção do Agrupamento que os exibe como de uma unidade modelo em produtividade se tratasse, ao mesmo tempo que a população está impedida de aceder a cuidados mé-dicos.Num dos documentos dirigidos a Fátima Gonçalves, a que o Rebordosa ComVida teve acesso, a médicadeixa evidente que sabe que está a ser perseguida com reclamações forjadas, “enquanto aguardo o esclarecimento das irregularidades que comuniquei quando iniciei funções na UCSP de Cristelo, constato mais uma vez que os visados (num procedimento semelhante ao criado na UCSP de Re-bordosa) estão já a preparar um ataque à minha pessoa, não sendo por isso estranho o aparecimentode reclamações de utentes que deixam transparecer que as mesmas têm mão daqueles para os

REBORDOSA COMVIDA

sabermos que apresentavam as agendas bem preenchidas), não nos espanta que uma médica assuma comoum direito adquirido dispor de duas horas e meia para almoçar.

As contas do “almoço”Não nos interessa quem paga o almoço, o que nós sabemos é que à conta de duas horas e trinta minutos paraalmoçar a médica não atende no mínimo 120 utentes por mês.

Nas linhas abaixo entre parêntesis encontra o valor hipoteticamente recebido (30€ consulta) pelas clínicascom as consultas não realizadas. - Seis utentes por dia; (6 x 30€ = 180€)- 30 utentes por semana; (30 x 30€ = 900€)- 120 utentes por mês; (120 x 30€ = 3600€)- 1320 utentes em 11 meses; (1320 x 30€ = 39.600€) - 13.200 utentes em 10 anos. (13.200 x 30€ = 132.000€)Quantos destes utentes foram obrigados a recorrer a consultas pagas em clínicas?E se os médicos que continuadamente e intencionalmente não atendem utentes fossem condenados a in-demnizar o SNS pela improdutividade?E que tal se os médicos que maliciosamente armadilham as suas agendas fossem obrigados a pagar ao Estado o valor dos ganhos que representam para as clínicas privadas, as consultas não realizadas inten-cionalmente no SNS?

Médica precisa de 2.30 horas para almoçoOs médicos do CS de Cristelo (Vasco Santos, Maria do Céu e Fernanda Coelho), depois de perceberem que asprofissionais administrativas provenientes de Rebordosa “gostam” de ver os médicos a trabalhar (por isso

pediram para se afastar da USF S. Miguel Arcanjo), tentaram promover oafastamento das mesmas da unidade de saúde. O que parcialmente foiconseguido.Para que se perceba o regabofe como determinados médicos querem“trabalhar” em Cristelo, apenas contamos nesta edição que uma médicanão prescinde de ter duas horas e trinta minutos para almoçar.A médica Fernanda Coelho, em reunião de serviço dirigindo-se aos gritosa uma funcionária administrativa disse-lhe que ela não podia marcar-lheconsultas entre as 12 horas e as 14.30, argumentado que se colocasseutentes a essa hora não tinha tempo para almoçar. A funcionária marcava consultas até às 13 horas na agenda da médica

e após as 14 horas, como previsto no horário. Em apenas uma hora e trinta minutos a médica “tapa” o acessoa consulta a pelo menos seis utentes.Perante o quase silêncio que o Rebordosa ComVida constatou na sala de espera em Cristelo, nas chamadaspela instalação sonora de utentes para consulta com as médicas Maria do Céu e Fernanda Coelho (apesar de

Investigar a mudança de médicoUma simples e aparente inofensiva mudança de médico pode esconder um esquema de acesso ilícito a bens públicos. Muito mais do que uma vantagem atribuída a um utente, é importante que se aprofunde se essa aparente simpatia de um médico, que passou a atender o utente, não repre-senta a prescrição nos meses seguintes, de exames indevidos debitados ao SNS, que por vezes até possam não ter sido realizados.Depois do que escutamos em Rebordosa e Cristelo, é imperioso investigar e levar até às últimas consequências todos os casos de:- Mudança de médico depois do médico titular se recusar prescrever ao utente, por decalque pedidosde exames provenientes de clínicas privadas;- Mudança de médico facultada a utentes depois destes terem visto recusada a emissão de baixamédica, por inexistência de quadro clínico ou outra justificação;- Mudança para médico que atendem os utentes em clínica privada;- Mudança de médico concretizada depois de ser solicitado o atendimento por determinada funcionárianos serviços administrativos das unidades de saúde;- Mudança para a condição de “Sem Médico por Opção”.Importa também investigar as prescrições no âmbito do quadro clínico real dos utentes e quais as relações do médico com a actividade profissional do suposto utente, nomeadamente nos casos de proprietários, gerentes de empresas e colaboradores de empresas que têm o mesmo médico como clínico responsável pela Medicina do Trabalho.

Burla com medicamentosA jornalista Diana Mendes do DN descreveu num artigo intitulado “IGAS investiga fraude que liga médicos e farmá-cias”, com o pós-título “Receitas foram cobradas, mas os doentes nunca acederam aos tratamentos”, que tem muitassemelhanças com o que o Rebordosa ComVida tem constatado no terreno.

“Estas situações de burlas custam "centenas de milhares de euros" ao SNS e envolvem sobretudo medicamentos quepossibilitam maiores margens de lucro e elevadas comparticipações. Nos últimos dois anos, foram investigadas maisde 12 situações diferentes na área dos gastos com medicamentos.Há pelo menos três casos que envolvem médicos e farmácias e que estão a ser investigados também pelo MP. Todoseles têm em comum a mesma farmácia, que registou um aumento elevado e súbito da facturação, indício que levantasuspeita de irregularidade.Numa das situações, identificou-se um médico que prescrevia receitas em nome dos seus doentes ou familiares e depois as receitas eram aviadas sempre na mesma farmácia, que ficava a mais de cem quilómetros de dis-tância da morada dos doentes. No entanto, nenhum dos doentes comprou a medicação prescrita. Quando os utentesforam contactados - muitos deles eram idosos - disseram que nunca tinham visto as receitas, não as assinaram e nemsequer tomavam aquela medicação.”

Contra o compadrio e agiotagemOs jornalistas Adelaide Oliveira e Miguel Múrias Mauritti no Jornal Médico de Família entrevistaramAntónio Arnaut, que não teve papas na língua ao afirmar “O compadrio a agiotagem e o nepotismoestão institucionalizados”, criticando os malfeitores assegura que “por isso há tanto incompetentenos lugares cimeiros…”“O Serviço Nacional de Saúde (SNS) não corre perigo de vida pelas "dificuldades orçamentais" que hojemarcam a vivência nacional... Mas por outras malfeitorias. "É a agiotagem, o compadrio, o nepotismo,a submissão aos grandes grupos económicos e a falta de sensibilidade social que põem em causa a sustentabilidade do SNS e demais conquistas de Abril". Quem o diz é António Arnaut, o "Pai" doSNS, que em entrevista exclusiva ao nosso jornal antecipa cenários: "Este mal só acabará quando,como dizia o Torga, «o povo vier à tona da história», ou seja, quando o povo empunhar uma grande vassoura para, com o cabo, dar umas vergastadas nos carreiristas, e depois varrer o lixo para a vala comum dos medíocres"

Médico de baixa trabalha na privada“Mas onde é que eu já vi isto?” perguntarão os leitores do Rebordosa ComVida. Em Rebordosa, respondemos nós.Por lá descobrimos que uma médica consegue estar doente para trabalhar no Centro de Saúde, mas anda toda contente a “passear-se” como médica de Medicina do Trabalho. Na próxima edição vamos falar de um inquéritoque ignorou os relatos e depoimentos de testemunhas que detalharam a actividade privada da médica.No JN a jornalista Madalena Ferreira, sob o título “Médico de baixa no hospital ganha dinheiro na privada” contava"Se há listas de espera no serviço de Oftalmologia do hospital da Guarda deve-se a um médico que está de baixahá mais de um ano e continua a dar consultas lá fora". A denúncia é do médico Fernando Girão, director da ULSda Guarda, a entidade que gere o hospital que, além de apontar o dedo a Fernandes, confirma que está a de-correr um processo disciplinar. "Estamos a apurar a veracidade de indícios de fraude que foram comunicados pelo director de serviço ao Conselho de Administração e que põem em causa o estado de doença de um médicoque pelos vistos atende doentes em Seia, Meda e Foz Côa", precisou ainda”.

Aqui quem manda sou eu!O Rebordosa Comvida sabe que o médico Batista Pereira, até há dias directorclínico do ACES Tâmega II Vale do Sousa Sul, ignorou a decisão de uma médica e impôs o seu estatuto de dirigente para atribuir a pessoas que não prescreviam os requisitos previsto nas orientações do Ministério da Saúde (MS), vantagens com custos financeiros suportados pelo SNS.

O médico Batista Pereira numa tentativa de impor a concessão de transporte a quem não prescreviaas condições para dele beneficiar, elaborou uma carta em papel timbrado do MS onde colocou em as-sunto “Gestão de conflitos”. Só que o médico responsável pela área clínica do ACES, ao mesmo tempoque não fundamentou a interpretação técnica do caso, esqueceu-se que para tomar qualquer decisãocontra a opinião de um colega tem de ouvir o contraditório da outra parte e tem de escutar e enquadrar,pela via legal, a interpretação do outro médico. Não só não o fez, como tentou impor a sua decisão, depois de, segundo as informações que recolhemos, ter tentado uma decisão sem lógica.Conforme referimos na edição zero (00), Batista Pereira deixou evidente que nos casos de recusa deatribuição de transportes estava determinado em não ser contrariado e a impor a sua “lei”. O médicodirigente chegou a atribuir em consultas urgentes no SASU de Paredes transporte de longa duraçãoa um utente a quem a médica tinha recusada a comparticipação, dando enquadramento e fundamen-tação para a sua decisão. Batista Pereira desrespeitou todas as regras, que apenas lhe permitem aconcessão de transporte de e para as instalações do SASU. O Rebordosa ComVida sabe que a médica fundamentou a sua decisão e questionou “para além dosutentes serem independentes e detentores de mobilidade total para a marcha (tal como está na legis-lação) como é que se pode atribuir transporte a quem tem um automóvel comprado com descontossubstanciais em impostos, precisamente para se deslocar e num outro caso o utente afirmara queofereceu um carro BMW à filha?”.Mas o que mais terá “enfurecido” Batista Pereira foram os recados que a médica lhe fez chegar, “asregras são para todos e não há regras para os amigos e regras para os outros”. O dirigente do ACESnão terá gostado de saber que a médica tinha desabafado que se “o Dr. Batista Pereira considera queos amigos, ou os familiares dos amigos, são carenciados ou precisam de um efectiva ajuda financeira,só tem de dizer à Assistente Social de Rebordosa que elabore um diagnóstico de situação para o apoiosocial e faça prova.”O Rebordosa ComVida sabe que as relações profissionais azedaram no dia em que a médica confron-tou o dirigente e lhe disse “o Dr. Batista Pereira não conte com a minha assinatura para esbanjar doerário público, para agradar a amigos ou para satisfazer interesses e ambições partidárias”.

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Perseguição 3 – Faltas injustificadas, difamação perseguiçãoApós ter chegado ao ACES a carta registada enviada pela médica Ana Oliveira com o pedido de clarificação da direcçãodo Agrupamento de Centros de Saúde, surpreendentemente apareceu integralmente assinada a folha do Livro de Pontode Raul Almeida, com a habilidade de na nova folha ter sido substituído o horário de presença obrigatória e limitado o tempo de trabalho efectivo.Numa atitude conflituosa a médica Ana Oliveira foi confrontada com uma actuação não ética da directora do ACES, Fátima Gonçalves, que depois de entrar intempestivamente pelo seu consultório e interromper uma consulta médica com uma utente, informou-a que não podia continuar a dar consultas e que naquele dia tinha falta.Segundo sabe o Rebordosa Comvida, a mesma dirigente que mostrou inacção relativamente à assiduidade de algunsmédicos, entendeu ainda por “bem” marcar como faltas dois dias em que a médica esteve ao serviço, que facilmente são comprovados pelo registo no sistema informático de utentes atendidos.Seguiu-se uma verdadeira perseguição e difamação. Tal como constatamos na sala de espera do Centro de Saúde de Rebordosa, havia pessoas que se deslocavam à unidade de saúde onde foram chamadas para assinar uma Recla-mação ou um pedido para ficar Sem Médico.Perante reclamações sem qualquer nexo com a realidade e por que diversas pessoas diziam não ter assinado qualquerreclamação, a médica solicitou uma acareação com os hipotéticos reclamantes, mas a direcção do ACES ignorou o pedido.Com perplexidade, escutamos uma senhora na sala de espera do CS que após sair de uma consulta se dirigiu a uma fun-cionária administrativa, por indicação do médico, para assinar um papel. Quando lhe apresentaram o “papel” previamenteescrito, constatou que era uma reclamação contra a médica, pelo que se recusou a assiná-lo, dizendo que não tinha “nadapara reclamar contra a médica, queria era assinar para ficar sem médica porque o Dr. me disse que a Dra. Ana já não vem mais”.

Denúncia 4 – Denúncias de graves ilícitos e números falsos de consultas em Cristelo.Habitualmente bem informado, o Rebordosa ComVida teve conhecimento que a médica Ana Oliveira logo que chegou aCristelo enviou para diversas estruturas do Ministério da Saúde informações detalhadas sobre graves ilícitos que detectouna actividade daquela unidade, apelando à necessidade de serem investigadas as agendas dos colegas Maria do Céu (coor-denadora), Fernanda Coelho e Vasco Santos, ao mesmo tempo que pedia o esclarecimento da inacção da anterior direcçãodo ACES (Fátima Gonçalves e Batista Pereira), que apresentava ao Ministério da Saúde aquela unidade como modelo de funcionamento, quando na realidade por detrás de “números” tidos como excelentes se escondiam milhares de consultas falsas, que impediram a população de aceder aos Cuidados em Saúde na Unidade de Saúde de Cristelo.

Perseguição 4 – Terror, ofensas, difamação e falsas reclamaçõesA coragem da médica de denunciar práticas que intencionalmente visam causar dano e impedir as populações de acederao direito constitucional de ter cuidados médicos, obrigando-as a recorrer às clínicas/consultórios de Cristelo, que sãopropriedade de dois dos mesmos médicos que falseiam a sua produtividade e atendimento, valeu-lhe mais uma vez umquadro de terror, com perseguição, ameaças, ofensas, difamação e falsas reclamações, que segundo apuramos irãochegar a tribunal para que se esclareça quem foi que usou e até assinou documentos em nome de utentes para afastara médica do Centro de Saúde de Cristelo.De uma cajadada os estrategas da mentira mataram dois coelhos. Ficaram com o caminho livre para continuarem comos ilícitos e ao usar argumentos de que a colega é conflituosa estão a dar uma mãozinha àqueles que ela já anteriormentedenunciou em Rebordosa e que alimentaram a mentira de uma zanga. O vigor e conteúdo das denúncias sobre as práticas inapropriadas de Vasco Santos, Maria do Céu e Fernanda Coelho, talcomo a inacção dos dirigentes do ACES, deixam antever consequências muito graves para os envolvidos; os denuncia-dos passaram ao ataque e a mando de alguém subscreveram um pedido à ARS Norte a solicitar o afastamento da colegada Unidade de saúde de Cristelo.

Protecção e ou favorecimento dos infractoresApesar da ARS Norte não ter ouvido a médica e a Direcção do ACES não ter exibido os documentos fabricados para a ofender,a médica Ana Oliveira foi mobilizada de Cristelo para a UCSP de Paredes. Em Cristelo a médica atendia quase 30 utentes por dia, de uma lista de mais de 1800 pessoas, enquanto em Paredes atende cinco utentes por dia. Se alguém foi castigadosó pode ter sido o povo de Cristelo que ficou, mais uma vez exposto aos apetites vorazes das clínicas privadas.

Denúncias de ilícitos valem PERSEGUIÇÃOPor tudo o que se foi e vai descobrindo em torno das Unidades de Saúde de Cristelo e de Rebordosa, que apon-tam para práticas condenáveis de médicos proprietários de clínicas, o Rebordosa ComVida sabe que sempre quea médica Ana Oliveira comunicou à Direcção do ACES (Fátima Gonçalves e Batista Pereira) a pedir que fossemtravadas as ilegalidades e ao pedir aos seus colegas que respeitassem as regras das boas práticas médicas e do bom senso, as respostas que recebeu enquadram actos de perseguição e humilhação, com o objectivo dedesacreditar a credibilidade e a fundamentação da denunciante.

Denúncia 1 – Investigar Luís CamposPor diversas formas a médica (então coordenadora do Centro de Saúde de Rebordosa) solicitou à directora FátimaGonçalves que fossem ouvidas dezenas de utentes da Unidade de Rebordosa, que lhe faziam relatos de horror sobre as práticas do médico Luís Campos. Foi ainda pedido que o médico fosse investigado (Ministério da Saúde e Minis-tério Público) para esclarecer se as afirmações da população correspondiam na prática desviante do médico e a ganhos imorais da Clínica Campos.

Perseguição 1 – Baixa FraudulentaPara silenciar a médica e provocar o seu afastamento da coordenação da unidade, foi encetada uma armadilha que contou com a mãe de uma médica, que exerce na Clínica Campos, como actriz e a intervenção da directora do ACES (Fátima Gonçalves) como garante do sucesso do estratagema.Depois de recusar atribuir CIT – Baixa Médica à “utente”, a mesma anunciou que ia buscar a baixa ao Dr. Campos. Estra-nhamente no mesmo momento que tal acontecia, a directora executiva do ACES, Fátima Gonçalves, telefonou para o Centro de Saúde de Rebordosa e exigiu à funcionária administrativa que mudasse a utente de médico. Perante a resistência da funcionária a directora “puxou dos galões”, chegando a ser indelicada e ameaçadora para com uma sua subordinada. Logo que tomou conhecimento de que a directora executiva, Fátima Gonçalves, tinha feito uma intervenção telefónica a exigir a mudança da utente, a médica Ana Oliveira de imediato apresentou o seu Pedido de Demissão, escrevendo objectivamente que o fazia por “não pactuar com BAIXAS FRAUDULENTAS”. Na manhã seguinte recebeu uma comu-nicação de Fátima Gonçalves do ACES, para a informar que o novo coordenador do Centro de Saúde de Rebordosa passava a ser o Dr. Raul Almeida. Tendo em conta que a médica apresentou a Demissão ao final do dia, percebe-se quea escolha do novo coordenador foi feita fora de horas. Se a isto juntarmos o facto de ter havido uma provocação armadilhada para a médica apresentar a demissão, o Rebordosa ComVida desconfia que houve premeditação, e esquemas subterrâneos para não “tocarem” em Luís Campos.

Denúncia 2 – Ordem na casaDepois de constatar que o médico Raul Almeida tinha apetência por faltar à segunda-feira e/ou quinta-feira (motivadapor afazeres na noite anterior) e sistematicamente apresentava uma CIT – Baixa Médica, emitida pelo colega Luís Campos e porque a população anunciava constantemente “o Dr. Raul falta aqui mas está a trabalhar no Capelo na Clínicado Campos”, a médica na qualidade de coordenadora do Centro de Saúde de Rebordosa, exigiu ao colega respeito pelosutentes e que fosse colocado um ponto final no esquema dos atestados, tanto mais que acreditava que, quando a direcçãodo ACES actuasse para esclarecer os ilícitos relatados pela população, o médico Luís Campos seria afastado e aquelasbaixas sistemáticas não credibilizavam quem delas beneficiava.Para minimizar o facto da médica Paula Pamplona se encontrar a faltar ao serviço, a coordenadora sugeriu a distri-buição dos utentes de risco (Saúde Infantil, Saúde Materna, Hipertensos e Diabéticos) pelos colegas. Esta atitude caiumal aos seus colegas, que passaram a fazer relatos contra a colega Paula.

Perseguição 2 – Simulação de zanga e nova USFSobre a questão do atendimento dos utentes da colega Paula Pamplona, para surpresa de todos, Raul Almeida iniciouuma acção de difusão constante de informação (na reunião de serviço, nos corredores e onde existisse alguém quequisesse ouvir), que “não tinha que estar a trabalhar no duro quando a Paula estava no bem bom, de baixa e a trabalharna Precur”.Quanto à questão do médico Luís Campos, surpreendentemente Raul Almeida veio a ficcionar uma zanga, como formade suportar a criação de uma nova USF para servir a população de Rebordosa, onde já estava legalmente aprovada a USF Na Rota da Saúde. Surpreendentemente, ou talvez não, a USF S. Miguel Arcanjo na sua composição apenas troca a colega Ana Oliveira por Luís Campos. Sintomático. Entra o médico que a médica pedia para ser investigado e elimina-se a médica que denunciava as ilegalidades, com o fantasioso argumento de uma zanga.O Rebordosa ComVida teve a oportunidade de confirmar, que imediatamente após a ficção da zanga, o nome de Raul Almeida passou a figurar no painel de médicos da Clínica Campos, onde começou a realizar atendimento e a dispor de agenda para a marcação de consultas.

Denúncia 3 – As faltas de Raul Almeida Depois de Ana Oliveira deixar a coordenação do Centro de Saúde de Rebordosa em Dezembro de 2010, em 2011 Raul Almeida não mais apresentou um Atestado Médico ou qualquer outro tipo de justificação para as suas faltas, apesar de até ter incrementado a falta da assiduidade diária total ou parcial. Perante um cenário de sofrimento e indignação dos utentes (que eram enviados sistematicamente para casa sem aten-dimento), Ana Oliveira dirigiu à responsável do ACES, Fátima Gonçalves vários pedidos de esclarecimento sobre o horário de trabalho do colega. Questionou se havia permissão para Raul Almeida faltar e assinar o Livro de Assidui-dade / Presenças e ao abrigo de que legislação é que o mesmo dizia que ia faltar por que a Dra. Fátima lhe deu o dia ou a tarde. A rematar a sua dura missiva para com os dirigentes que não actuavam em defesa do interesse público, Ana Oliveira perguntava por que é que era permitido a Raul Almeida não cumprir os horários existentes na sua folha de Livro de Ponto e com que legalidade ou impunidade é que o mesmo apenas assinava o mesmo livro no último dia do mês, rubricando criteriosamente todos os horários como presença efectiva, o que lhe valia ter acesso a salários e compensações indevidas.

Objectivo é atacar a Câmara Municipal?Para um cidadão pouco ligado à vida pública em Cristelo, “as coisas estranhas que a população deCristelo vive são muito mais do que um acaso”, pelo que nos perguntou de forma fundamentada”como é possível que a anterior direcção do ACES, que tem cor política diferente da câmara muni-cipal, não se tenha apercebido que ao não intervir em defesa dos interesses da população e ao não fiscalizar a produtividade dos médicos “vitalícios/residentes” em Cristelo, estava “inocentemente”a potenciar argumentos para mais uma batalha eleitoral numa freguesia de Paredes?”, e remata“nada é ino-cente. Inocente é o povo que não sabe que existem esses jogos baixos”.

A memória de quem fez “uma jura de nunca mais se meter na política”permite que se recorde que depois de “a falta de médicos no Centro deSaúde de Rebordosa ter sido bandeira nas eleições autárquicas de2009, que vieram a ser ganhas por quem prometeu médicos em 60 dias, e que com uma mão “divina” o conseguiu, só posso pensar queestá a ser montado o mesmo esquema em Cristelo”. Afirmando que já em 2008, perante o sofrimento que a população lherelatava, foi com mais três rebordosenses à ARS Norte, onde lhesgarantiram de que não havia qualquer hipótese de arranjar médicos.Acreditando que a falta de médicos foi intencional, garantiu ao Rebordosa ComVida que um dia “contarei a estória de como funcionaram as cumplicidades e os esquemas para colocar médicos em Rebordosa depois daseleições de 2009, qual o papel de quem intencionalmente não colocou médicos em Rebordosa antes das refe-ridas eleições, e como apressadamente se ‘mobilizaram’ médicos depois do acto eleitoral”.Com delicadeza assume uma pergunta em forma de desafio “será que a anterior direcção do ACES não estaria por inacção a criar mais um facto político, ao ignorar os problemas em Cristelo que colidiam com as preocupações e os sucessivos pedidos da Câmara Municipal de Paredes, através do presidente (CelsoFerreira) e vice-presidente (Pedro Mendes), para que fosse dada uma atenção especial para o atendimento regular dos utentes Sem Médico em todo o cencelho?”

São médicos ou mercenários da saúde?Das coisas mais horrorosas que algum ser humano pode constatar, e muito especialmente um pai ou uma mãe, é verificar a sua impotênciapara prestar assistência ou socorro a um filho. Mas a coisa ainda será maisgrave e dramática (diríamos mesmo criminosa) se quem tem o dever de prestar a assistência é uma médica que simplesmente se recusa a fazê-lo, com o argumento de que já não está na sua hora de serviço.

A Maria do Céu não atende utente do Saúde 24Reza a verdade dos factos que uma mãe se deslocou à Unidade de Saúde de Cristelo com uma criança, para onde foi encaminhada pelo serviço SAÚDE 24 do Ministério da Saúde, onde solicitou uma consulta médica e viu negado o atendimento pela médica coordenadora daquela UCSP.Presente no CS a médica Maria do Céu, quando teve conhecimento pela funcionária administrativa que se encontravauma criança a aguardar atendimento (enviada pelo Saúde 24), sem nada fazer para se inteirar do real estado de saúde do utente, de imediato fez questão de dizer que já estava na sua hora e que não atendia a criança. Para que ninguém invente desculpas o Rebordosa ComVida deixa aqui esclarecido, que a médica coordenadora da unidade era o único elemento médico que naquele momento se encontrava nas instalações. Depois de ouvir o desabafo fulminante de um utente, que dizia à mãe da criança “vá ao consultório dela, que ela lá atende” a médica descontrolou-se e começou a berrar, dirigindo-se a um utente (tratando-o por tu) “tás a ver que horas são, tu és minha testemunha” e acrescentava “já estou na minha hora”. A mãe da criança sentindo-se cada vez mais impotente e a viver um pesadelo, disse à médica “se a senhora fosse uma médica humana, enquanto está aí a justificar-se já tinha atendido o meu filho”.O Rebordosa ComVida reuniu elementos que nos permitem perguntar se a médica Maria do Céu não se encontrava dentro do CS a utilizar o sistema informático para realizar prescrições destinadas a clientes da sua clínica privada.

A médica Teresa Valente recusa atender criança… com Meningite Acredite-se ou não o problema maior, até mesmo o único, do Centro de Saúde de Cristelo são as regras do “jogo”.Médico que chegue a Cristelo ou aceita atender utentes à medida do que praticam os médicos residentes ou sai cilin-drado. Talvez por isso é que duas jovens médicas recentemente chegadas à Unidade de Cristelo (Teresa Valente e Ana Quelhas) começaram logo por terem atendimentos minguados de utentes não programados (recursos e vagas). Sendo evidente que em Cristelo o atendimento de utentes é comandado à distância não estranhamos que uma médicativesse recusado atender uma criança com um estado febril grave, que se veio a confirmar apresentar uma meningite.Depois de uma enfermeira informar a médica Teresa Valente que estava a aguardar atendimento uma criança que re-gistava 40 graus de temperatura, a médica de imediato informou que se tivesse tempo iria atendê-la. Depois de duashoras de espera, a enfermeira, que voltou a contactar a médica, aconselhou a mãe a levar a criança ao Hospital.Chegada ao Padre Américo foi-lhe diagnosticada uma meningite.A grande questão é perceber como é que uma médica que é informada por uma enfermeira da presença de uma criança com temperatura elevada se recusou atender de imediato uma criança com 40 graus de temperatura, não conseguindo encontrar no intervalo entre duas consultas espaço para atender um ser humano que carecia de que apenas olhasse para ele, para lhe minorar o sofrimento. Duas horas sem concretizar o atendimento a uma criança, com 40 graus, constitui uma prática muito grave. Se a médica o fez por se sentir coagida a não atender utentes não programados, tem de o dizer objectivamente em sua defesa.Para o comum dos cidadãos é estranho o comportamento da médica e para o Rebordosa ComVida ainda mais, poissabemos que a médica Teresa Valente aderiu durante um mês ao “turismo da moda”, para trabalhar como voluntárianuma instituição internacional.

Desumanidade?Resta saber se as Reclamações apresentadas pelas mães terão consequências para as profissionais médicas, que deram prioridade à sua matemática na gestão do cronómetro em detrimento do dever de assistência e socorro, e se esqueceram que o código a que prestaram juramento não reconhece mérito aos médicos que são intransigentese recusam atender seres humanos por questões aritméticas.

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Petição e Abaixo-Assinado em CristeloO Rebordosa ComVida sabe que têm decorrido conversas entre diversas pessoas com vista a serelaborado um Abaixo-Assinado para recolher assinaturas junto da população de Cristelo, para solicitar a intervenção do Ministério Público e do Ministério da Saúde, para que sejam investigadasas práticas e procedimentos que ocorreram nas últimas décadas por diversos médicos que exercemna Unidade de Saúde de Cristelo.

Do documento a que tivemos acesso, destacamos: - O pedido de investigação sobre o tipo de prática médica corrente de determinados profissionais médicos,que desde há muitos anos atendem em clínicas/consultórios privadas e posteriormente emitem os examespelo SNS, o que é totalmente proibido pela legislação. - Pedido para que os médicos que engendraram o esquema de preenchimento de Agendas Médicas Diáriascom “Consultas Fantasma”, com o objectivo único de impedirem o acesso dos utentes aos cuidados emsaúde (consulta médica), um direito constitucionalmente consagrado, desde que devidamente comprovadaa intencionalidade da sua actuação sejam condenados ao afastamento da Função Pública.- Pedido para que os médicos beneficiários de ganhos indevidos sejam condenados a devolver os milharesde euros que cobraram aos utentes que foram obrigados a recorrer a clínicas/consultórios privadas.- Pedido para que seja investigada a forma de actuação de determinadas funcionárias administrativas e esclarecer se existiu cumplicidade no não agendamento premeditado de Consultas para determinadosmédicos.- Pedida a garantia de que os subscritores do abaixo-assinado não ficarão dependentes de cuidados mé-dicos por parte de clínicos que são simultaneamente proprietários de clínicas/con-sultórios e médicos na Unidade de Saúde, para que não sejam sujeitos a perseguição.

Domicílios a mortosNo passado dia 28 de Agosto, o Dr. Vasco Santos do Centro deSaúde de Cristelo tentou a proeza de fazer consultas ao domicílioa dois mortos. Isso mesmo, não a um mas a dois mortos.Percebendo que tinha nesse dia uma Agenda Médica com os bura-cos de uma rede de pesca ou talvez porque precisava de seausentar, o médico comunicou às funcionárias administrativaso nome de utentes a quem disse ir realizar domicílios, para justi-ficar a sua ausência. De referir que este tipo de comunicação domédico Vasco Santos relativamente aos domicílios só passou a ser regra desde que foi informado que não pode confundir oCentro de Saúde com a sua clínica/consultório e também porquecomeçou a depor em inquéritos e investigações que decorrem na ARS Norte. De referir que Vasco Santos tambémpassou a anunciar as suas ausências sempre que as funcionárias administrativas de serviço são as profissionaisque foram de Rebordosa para Cristelo.Aquilo que aparentemente era mais uma justificação para se ausentar, veio a revelar-se um gato escondido com o rabo de fora, pois os utentes inventados por Vasco Santos já não faziam parte do reino dos vivos.Com que então o Dr. Vasco Santos faz domicílios a mortos em visitas domiciliárias ao cemitério? Aleluia!O Rebordosa ComVida pergunta se será que esta foi uma prática corrente e por que é que a direcção do ACES não teve competência ou interesse em descodificar? Como é que ninguém vê que a improdutividade intencional de um médico penaliza severamente toda a população?

S. Miguel Arcanjo), que foi anunciada como fomentada e “patrocinada” pelos dirigentes do ACES.Toda a cronologia dos factos.

Perguntas e dúvidas incómodas sobre Inquéritos e inquiridores- Por que é que o ACES Tâmega II Vale do Sousa Sul escolheu para dirigir um inquérito a um médico

e a uma médica de Rebordosa, o mesmo médico que tinha feito um “negócio” com o colega envolvido na investigação, para desviar centenas de utentes do CS de Rebordosa, para proporcionar ao médico inquiridor a existência de população no CS onde pretendia abrir uma USF?- Quem são, como foram escolhidos e o que omitiram os responsáveis dos inquéritos.- Os vícios de forma de inquéritos em que foram ignoradas as informações detalhadas de quem denunciou os ilícitos e das testemunhas ouvidas.- Como e por que é que chegaram a conclusões que deixam evidente a intencionalidade de fazer passar entre os pingosda chuva as práticas de infractores.- As omissões e desvios praticados nos inquéritos com conclusões intencionalmente desvirtuadas e que vieram a ser usadascirurgicamente em tribunal. Estamos perante um crime ou um inadmissível abuso do poder de dirigentes?Na sequência de uma notícia publicada no “Verdadeiro Olhar”, a direcção do ACES mandou realizar um inquérito. Coisa rara,mas que se saúda, só que ficou logo evidente que o inquérito mais parecia encomendado pela Skip (que lava mais branco).Então não é que o inquérito foi conduzido pelo mesmo médico que tinha participado no negócio de esvaziamento de centenas de utentes das listas de Rebordosa para serem inscritos em Gandra (para onde o médico precisava de população para inaugurar uma USF) e o médico que seleccionou os utentes para serem ouvidos foi o mesmo médico de Rebordosa que participou na sangria? Mas ainda vamos contar mais. Como em causa estava saber (o que ninguém sabe em Rebordosa) se o médico Luís Campos atende na privada como prioridade na sua prática clínica, descobrimos que o médico que criterio-samente escolheu os utentes que foram ouvidos trabalhava na clínica do médico (Campos) que estava sob a alçada do inqué-rito. Confuso? Na próxima edição vamos contar como é que um árbitro vestido com a camisola do Benfica dirigiu um jogoF.C. Porto – S. L. Benfica.

As estórias e as histórias de Cumplicidades - Quem foi que anunciou e em que condições é que denunciou que os autores e mentores da USF S. Miguel Arcanjo (criadapara anular a USF Na Rota da Saúde), foram os dirigentes do ACES, Dra. Fátima Gonçalves e Dr. Batista Pereira e que contavam com o apoio de um quadro técnico da ARS Norte com poder de decisão na matéria.- Vamos saber quem foi que inventou a ideia infantil de que todos estavam zangados dentro da USF Na Rota da Saúde.- Quem foi que deu a garantia de que se usassem o argumento da zanga, a mesma vingava e tinha cúmplices dentro da ERA– Equipa Regional de Apoio (da ARS Norte para a criação das USF’s), para anular a USF Na Rota da Saúde.- Como é que um dirigente da ERA se esqueceu do dever de isenção e enviou documentos, comunicações e informações recebidas da USF Na Rota da Saúde directamente para a USF S. Miguel Arcanjo.

Uma USF que já estava legalizada(?) antes de existir - Como amizades profissionais, interesses e cumplicidades pessoais e políticas entre dirigentes ditaram o ataque à USF Na Rota da Saúde.- Datas, esquemas, manobras e interpretações tendenciosas de quem tem o dever de ser isento.- Um jornal especializado publicou a notícia da existência da USF S. Miguel Arcanjo antes de decorrerem todos os pro-cedimentos permitidos para o recurso da USF Na Rota da Saúde junto da ARS Norte.

E ainda…- Vamos contar o caso da “simpatia” e “preocupação” de um médico, que envia aos utentes do SNS cartões-de-visita das clínicas privadas e laboratórios onde sugere que realizem exames.- Os números de consultas efectivas na USF S. Miguel Arcanjo, de Rebordosa, e as centenas de utentes que não são aten-didos e os horários reais de cada médico.- Onde é que encontramos à quarta-feira à noite e quinta-feira de madrugada um médico que sistematicamente faltava ao trabalho na manhã de quinta-feira no Centro de Saúde, mas assinava o Livro de Ponto como presença efectiva.- O cuidado selectivo de um médico de utilizar um automóvel sem Via Verde, nos dias em que faltava total ou parcialmenteno horário que assinava como presença no CS, recorrendo ao pagamento manual nas portagens de Campo e as viagens atéà unidade e as horas em que entrava e quantas horas estava efectivamente ao serviço.- Qual a relação entre as baixas de longa duração, o pedido de exames complementares ao “quilo” desenquadrados do motivo da CIT – Baixa Médica e o facto de não existir qualquer medicação prescrita que se destine a minorar ou a curar a “doença”. - Quando as baixas médicas são emitidas a trabalhadores de empresas que são clientes de clínicas de Medicina do Traba-lho, que são propriedade ou onde trabalham os médicos que as prescrevem.- A relação de baixas médicas de longa duração forjadas, atestando incapacidade para o trabalho de quem tem uma actividade profissional para a qual a maleita não é factor impeditivo para o trabalho, mas que um esquema suportado por uma ficcionada “doença” dispensam as empresas de realizar descontos sociais e de pagar ordenados.- Histórias de encantar de quem na população nos falou de um tal programa “Rebordosa Social”, e como é que alguémque arranjou um emprego a um familiar, “mas dias depois mandaram-no a uma consulta para lhe emitirem baixa médica,para o novo patrão só ter de lhe pagar 200 euros”. E outros casos espelho, de quem arranja emprego a quem perdeu o direito ao RSI – Rendimento Social de Inserção e depois os manda entrar de baixa médica.- Uma clínica/consultório em Lordelo e as prescrições no SNS.Na próxima edição do Rebordosa ComVida, serão estes e outros motivos que levarão muitos “amigos” a tomar a medicação certa.

Na próxima ediçãoNa edição de Dezembro do Rebordosa ComVida, a coisa promete. Vamosvoltar aos assuntos de saúde e aos casos que deixam evidente que as popu-lações de Rebordosa e Cristelo são um filão apetecível para quem, através do controlo das Unidades de Saúde locais, quer assegurar lucros de lega-lidade mais do que duvidosa.

Relativamente à médica Paula Pamplona vamos contar que:- Andamos a acompanhar a médica Paula Pamplona nos dias em que ela faltou ao trabalho no Centro de Saúde de Rebordosa, tendo apresentado Baixa Médica emitida por colegas (da mesmaunidade de saúde), mas esteve a trabalhar para clínicas privada em Medicina do Trabalho em Viseu,Penafiel, Paredes e Porto.- O sentimento de impunidade era tal que a médica chegou a atender como clientes na sua actividade em medicina privada,utentes a quem não tinha dado consulta no Centro de Saúde de Rebordosa.- Os dias em que Paula Pamplona faltava ao serviço (quando se encontrava a trabalhar na privada), mas por “mistério”apareciam inseridos no sistema informático prescrições em nome de utentes.- As faltas da médica, comunicadas por SMS (mensagem de telemóvel) para o CS de Rebordosa ocorriam quando uma clínica privada solicitava que fosse ocupar o lugar de um outro médico, mesmo quando já se dirigia para o Centro de Saúde de Rebordosa.- Com o investimento numa mudança de visual e um rabisco no lugar da assinatura dos documentos de atendimento (fichas clínicas) e receituário, a médica Paula Pamplona pensou passar despercebida nos diferentes locais onde exerciamedicina privada, mas azar dos azares… foi reconhecida e deixou rasto. - As inúmeras consultas marcadas para si própria como Planeamento Familiar (para não pagar a Taxa Moderadora), mas que serviam apenas para os colegas emitirem CIT – Baixa Médica.- Por onde tem andado a médica Paula Pamplona, que continua com uma assiduidade “interessante” na USF de Rebordosa.

Do médico Luís Campos abordaremos:- Os horários que praticava e pratica no SNS.- A prática de Clínica Privada em horários coincidentes com o CS.- As prescrições de ECD’s – Exames Complementares de Diagnóstico - de objectividade questionável e a sua duplicação.- Os exames passados pelo SNS a clientes da clínica, mas que nunca tiveram consulta na Unidade de Saúde de Rebordosa.- As “Consultas Fantasma”.- As prescrições de Cheque Dentista.- A história de um cliente que se deslocou à Clínica Campos, onde teve acesso a um P1 do SNS para exames realizados namesma clínica Campos. O utente descobriu que dias depois de ter estado na clínica o médico prescreveu e debitou ao SNSmais um conjunto de exames. Quais os objectivos e os lucros?- Depois de um jornalista se dirigir ao médico Luís Campos e o questionar ao abrigo de quê e de quais os fundamentos técnicos e éticos que estavam por detrás de um vastíssimo conjunto de exames prescritos e suportados pelo SNS a umautente que nunca esteve no Centro de Saúde de Rebordosa, o proprietário da clínica, onde também haviam sido realizadosos exames, recorreu ao sistema informático Alert do SNS e marcou uma consulta no Hospital Padre Américo em Paredes/Penafiel para a cliente.

Quanto a Raul Almeida trataremos em detalhe de:- As faltas constantes ao serviço, com elevados prejuízos para os utentes.- As assinaturas do Livro de Presenças no último dia de cada mês, dando mesmo como presença efectiva os dias e ou horários parciais que não compareceu no Centro de Saúde de Rebordosa.- Como passou a médico na Clínica Campos depois de ficcionar uma zanga com a médica Ana Oliveira, e acolher numa outra USF o médico Luís Campos, que a médica pedia que fosse afastado e investigado.- Os aditivos informáticos e os deleites na internet em horas impróprias.- Como, quando e por que é que o médico Raul Almeida mudou de especialidade na Clínica Campos.- Como Dr. Raul Almeida se esqueceu que foi por caridade (como o próprio reconheceu) que foi convidado e mantido como membro na USF Na Rota da Saúde, quando o seu incumprimento aconselhava a ser substituído, tais eram as falhas.E até já existia substituto.- O desaparecimento de um sítio na internet onde Raul Almeida fazia desfilar os amigos, que dizia que iam intervir para clarificar o processo de abertura da USF Na Rota da Saúde, mas que, numa reviravolta de mestre, terão sido preciosospara fechar aquela USF legalmente constituída e fabricar os argumentos que potenciaram a mentira e a criação da USF S. Miguel Arcanjo para a mesma população.- Uma entrevista de Raul Almeida ao “Verdadeiro Olhar”, na qual o médico dá o dito por não dito, alimenta a falta de memóriaem torno da ficcionada zanga. Será uma verdadeira lavandaria de memórias.

Esmiuçaremos a intervenção de Batista Pereira:- Vamos comentar uma entrevista do director Clínico do ACES ao jornal Verdadeiro Olhar, onde ficou evidente a falta

transparência na análise deixando claras nas suasafirmações a intenção de favorecer aqueles que foramescolhidos para criarem a USF S. Miguel Arcanjo, ao mesmo tempo que amesquinhou a médica coor-denadora, que se opôs às pretensões pessoais do dirigente e exigiu respeito pelas regras do SNS.- As relações de amizade, pessoais e profissionaisentre Batista Pereira e José Carlos Alvarenga (diri-gente da ERA ARS Norte), que veio a propor a extinçãoda USF Na Rota da Saúde que estava legalmente con-stituída e aprovada, dando lugar a uma outra (USF

Paredes LogísticaChegou ao Rebordosa ComVida a informação de que o concelho de Paredes está muito bem posi-cionado para vir a ser seleccionado para acolher a base logística de um dos maiores operadoreseuropeus do negócio da grande distribuição. Depois da decisão estratégica de alargar a implanta-ção na Península Ibérica ao Norte de Portugal, a localização da base operacional será feita paraaproveitar a rotação com o mercado da Galiza. A proximidade de uma rede viária estrutural para a ligação entre o Norte e o Sul e ao mercado de Espanha (onde o grupo tem uma penetração cres-cente), são vantagens que correspondem em pleno aos principais factores que vão ditar a escolha. O Rebordosa ComVida constatou que regularmente são realizadas auditorias de tráfego comcamiões rígidos, camiões semi-reboque e camião reboque (e até um Megacamião com 25,25 me-tros e 60 toneladas) em vários concelhos, para recolha de elementos essenciais sobre a mobilidade,um factor com um grau de ponderação elevado na futura eleição da localização.

Na clínica do Dr. QuintalDiagnóstico e Prognóstico

A senhora chega ao hospital e pergunta:-Doutor, sou a esposa do José Vasco, que sofreu um aciden-te, como é que ele está?-Bem, da cintura para baixo ele não teve nem um arranhão.- Excelente, que alegria. E da cintura para cima?-Não sabemos, ainda não trouxeram essa parte.