20
1 LUÍS DE CAMÕES LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícia

1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

1

LUÍS DE CAMÕESLUÍS DE CAMÕES

OS LUSÍADASOS LUSÍADAS

Anabela ReisL.Portuguesa / 10.03.06

E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

Page 2: 1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

2

OBJECTIVOSEste trabalho tem como objectivos:

Adquirir a noção de epopeia;Relacionar OS LUSÍADAS com outros poemas épicos;Conhecer as características de uma narrativa épica;Compreender a estrutura interna e externa da obra em estudo.

Page 3: 1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

3

ÍNDICE

1. O contexto renascentista

2. A biografia de Camões

3. Noção de Epopeia

4. Origens da Epopeia

5. Características da Epopeia

6. OS LUSÍADAS: Estrutura Externa e

Interna da obra

7. Os Planos da narrativa

Page 4: 1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

4

1. O contexto renascentista

• Quando surge o renascimento?- Surge no século XVI.

•Qual é o grande momento histórico que marcou este século?- Os descobrimentos portugueses e espanhóis.

Page 5: 1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

5

Idade Média / Renascimento

Sociedade feudal

Escrita nos mosteiros

Educação escolástica

Visão teocêntrica

Conceito de Sociedade menos hierarquizada.

Invenção da imprensa em meados do século XV

Educação integral

Visão antropocêntrica

Page 6: 1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

6

2. Biografia de Camões

- Em 1579 ou 1580: morre de peste em Lisboa.

- Nasceu em 1524 ou 1525, em Lisboa (?)

«Camões viveu pobre e miseravelmente»

- Família de pequena nobreza.- Estudou talvez em Coimbra.- Em Lisboa, vivência contraditória: frequência

dos meios cultos /vida de boémia-Em 1549: embarca para Ceuta onde perde o olho direito.-Em 1572: sai a 1ª edição d’Os Lusíadas.

Page 7: 1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

7

3. E P O P E I AO que é ?

A EPOPEIA é uma narrativa, geralmente, em estrutura de poema. Apresenta versos decassílabos heróicos, organizados em oitavas, que surgem distribuídos por vários cantos.

É uma composição onde são narrados acontecimentos de dimensão e de valores grandiosos, heróicos.

Page 8: 1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

8

4 . AS ORIGENS DA EPOPEIA

1. Grécia - Séc. IX e VII aC, data provável dos poemas épicos ÍLIADA e ODISSEIA de Homero, onde se narram acontecimentos relacionados com a guerra de Tróia, provocada pelo rapto de Helena, mulher de Agamémnon, Rei de Micenas, por Páris, filho do Rei de Tróia.

Page 9: 1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

9

Continuação 1

Enquanto na “Ilíada” são narrados os momentos decisivos da Guerra de Tróia, na “Odisseia” descreve-se o regresso do herói Ulisses e todas as provas por que teve de passar para chegar à sua terra natal.

O objectivo destas epopeias era o de valorizar e imortalizar os heróis Gregos, entre os quais Ulisses, Aquiles e Eneias.

Page 10: 1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

10

Continuação 2

2. Itália – a epopeia surge, por imitação dos Gregos, com a ENEIDA de Virgílio.

Esta obra é a narração das aventuras de Eneias e dos seus companheiros, desde a queda de Tróia até à fundação de Roma. Virgílio imita a “Odisseia” nos seus seis primeiros cantos e a “Ilíada” nos seis últimos.

Page 11: 1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

11

Continuação 3

3. A “Eneida” é, por excelência, o modelo de OS LUSÍADAS !

Contudo, ao contrário de Homero e de Virgílio, Camões não escolheu um herói individual para a sua epopeia. Encontrou uma palavra que, por si, anunciava a história do seu glorioso povo: “Os Lusíadas”, isto é, OS PORTUGUESES.

Page 12: 1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

12

5. AS CARACTERÍSTICAS DA NARRATIVA ÉPICA

Segundo Aristóteles, filósofo Grego que elaborou o primeiro estudo sistemático sobre a epopeia, na obra “Poética”, o género épico deve, de uma forma resumida, obedecer às seguintes regras:

Page 13: 1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

13

A acção deve ter grandeza, solenidade e ser expressão de heroísmo;

A acção deve ter unidade (deve ser um todo harmonioso), deve ter integridade (princípio, desenvolvimento e desenlace) e o assunto deve ser real ou, pelo menos, verosímil;

Page 14: 1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

14

A introdução de episódios vem enriquecer a epopeia, quebrando a monotonia;

O maravilhoso deve intervir na acção da epopeia;

O protagonista, para além da sua elevada estirpe social, deve revelar grande valor moral;

A intervenção do poeta, tecendo considerações em seu próprio nome, deve ser reduzida.

Page 15: 1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

15

OS LUSÍADASA) ESTRUTURA EXTERNA

A arquitectura do poema é simples: A obra distribui-se por dez cantos; Cada canto apresenta um número

variável de estrofes ou estâncias ( em média 110);

O número total de estrofes da nossa epopeia é de 1.102;

As estrofes são todas constituídas por oito versos - oitavas;

Page 16: 1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

16

continuação Cada verso é composto por dez sílabas

métricas (decassílabos), maioritariamente heróicos (acentuados nas 6.ª e 10.ª sílabas) e, em alguns casos, sáficos (acentuados nas 4.ª, 8.ª e 10.ª sílabas)ex. “De e/xér/ci/to/s e/fei/tos/ sin/gu/la/res.” – heróicoex.“De Á/fri/ca as/ ter/ras/ e / do O/rien/te os/ ma/res” - sáfico

O esquema rimático é igual em todas as estrofes: ABABABCC (cruzada nos 6 primeiros e emparelhada nos 2 últimos versos) rever: noções de versificação – fotocópia distribuída

pela professora

Page 17: 1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

17

B) ESTRUTURA INTERNA

OS LUSÍADAS DIVIDEM-SE EM 4 PARTES:

1. Proposição – (canto I, 1 a 3) – o Poeta apresenta o assunto que se propõe cantar;

2. Invocação – (canto I, 4 e 5) – o Poeta invoca e pede inspiração às Ninfas do Tejo (Tágides) para que o ajudem a cantar dignamente os feitos heróicos dos Portugueses;

3. Dedicatória – (canto I, 6 a 18) – o Poeta dedica o seu Poema a D.Sebastião, monarca que considera a última esperança da Nação;

Page 18: 1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

18

continuação

4. Narração – (Canto I, 19 até ao fim poema) – O Poeta

narra os feitos grandiosos dos Portugueses (desde a fundação da Nacionalidade até ao momento da feitura de Os Lusíadas, pondo em destaque a viagem de Vasco da Gama para a Índia).

- A narrativa inicia-se in media res (quando a armada de Vasco da Gama se encontra já em pleno Índico)

Page 19: 1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

19

Os Planos da NarrativaPlano da Viagem (ou Plano Central ) – Narração da Viagem de Lisboa até à Índia e regresso a Portugal.Plano da Mitologia (ou Plano Paralelo ) – Intervenção dos Deuses na acção (facilitando ou dificultando o avanço da Armada.Plano da História de Portugal (ou Plano Encaixado )- Relato de factos marcantes da História de Portugal.Plano das Intervenções do Poeta (Ou Plano Ocasional) considerações pessoais que o poeta tece ao longo do poema (lamentos, críticas...)

Page 20: 1 LUÍS DE CAMÕES OS LUSÍADAS Anabela Reis L.Portuguesa / 10.03.06 E.B.2,3 Padre Vítor Melícias

20

CONCLUSÃO

Com esta apresentação, espero que tenham ficado com uma noção a vida do autor da obra em estudo, sobre a sua época e ainda com conhecimentos mais aprofundados sobre a estrutura interna e externa da nossa epopeia, que iremos estudar seguidamente.