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PENALProf. Esp. Arnaldo Quaresma Jr.
Profa. Ma. Letícia NevesProf. Me. Mauro StürmerProf. Me. Nidal Ahmad
Enfrentando a 2ª Fase em Penal:
• Cada peça tem uma estratégia e teses bem definidas
1. Prisão em Flagrante Ilegal 2. Prisão em Flagrante Legal
Peça: Relaxamento de PrisãoBase Legal: art. 310, I, do CPP e art. 5º, LXV, CF/88Teses: Buscar no enunciado ilegalidades na prisão.
Peça: Liberdade ProvisóriaBase Legal: art. 310, III, do CPP, art. 321 CPP, art.5º, LXVI, CF/88Teses: Buscar no enunciado a ausência dosrequisitos da preventiva (art. 321 CPP);excludente de ilicitude (art. 310, parágrafo único,CPP).
Prisão emFlagrante Ilegal:
Prisão emFlagrante Legal:
• Lembre-se do seguimento processual e verifique onde o processo parou!
“PEDIU PRA PARAR, PAROU!”
FLAGRANTEDELITO
Prisão ilegal
Liberdade provisóriaPrisão legal
Relaxamento da prisão
Quando não for o caso de conversão daprisão em flagrante em preventiva
Fase Extrajuducial
Se indeferido,habeas corpus
Se denegado,ROC
Ausência dos requisitos da preventiva - art. 321 do CPP eExcludentes da ilicitude - art. 310, § único, do CPPMedidas cautelares - art. 319 do CPP
Formal ou material
Se indeferido,habeas corpus
Se denegado,ROC
JUIZ DECRETA APRISÃO PREVENTIVA
Prisão ilegal
Prisão legal Pedido de revogaçãoda preventiva
Pedido derelaxamento da prisão
Se indeferido,habeas corpus
Se denegado,ROC
Se indeferido,habeas corpus
Se denegado,ROC
Linha do tempoLinha do tempo
Fase Extrajuducial
JUIZ DECRETA APRISÃO
TEMPORÁRIA
Prisão ilegal
Prisão legal Pedido de revogaçãoda temporária
Relaxamento daprisão
Se indeferido,habeas corpus
Se denegado,ROC
Se indeferido,habeas corpus
Se denegado,ROC
Se o enunciado referirpeça privativa de
advogado
Linha do tempoLinha do tempo
Identificação Peça
Prisão emflagrante ilegal
Prisão emflagrante legal
Parou emcitação
Parou em audiênciade instrução ou na
informação que o MPpugnou pelacondenação
Parou emsentença
Relaxamentoda prisão
Liberdadeprovisória
Resposta àAcusação
Memoriais
Apelação
Base legal
Art. 310, I, CPP eart. 5 °, LXV, CF/88.
Art. 310, III, CPP,art. 321 CPP, art. 5°,
LXVI, CF/88
Art. 593, I, do CPP
Art. 396/396-A CPP
Art. 403, § 3°, do CPP ou art. 404,parágrafo único,
do CPP
Teses
Buscar no enunciado ilegalidades naprisão
Ausência dos requisitos da preventiva(art. 321 CPP); excludente de ilicitude
(art. 310, parágrafo único, CPP).
Preliminares (nulidades) e mérito(causas excludentes de ilicitude,
culpabilidade, salvo ainimputabilidade, excludentes de
tipicidade e extintivas depunibilidade)
Preliminares e mérito (MATICS).
Preliminares e mérito (MATICS).
Pedido
Relaxamento +Alvará de soltura
Liberdade + Alvaráde soltura
Pedido deabsolvição, com base
no artigo 386 CPP.
Absolviçãosumária, com base no
artigo 397 do CPP+inciso correspondente
Pedido de absolvição, com base no artigo
386 CPP.
MATICS
•Materialidade, autoria, tipicidade, ilicitude, culpabilidade e subsidiariedade
Causas excludentes de tipicidade Excludentes de culpabilidade
• tais como crime impossível (art. 17 do CP),princípio da insignificância (que não tem previsãona lei, tratando-se de entendimento doutrinário ejurisprudencial), ausência de dolo e culpa, erro detipo invencível, Súmula vinculante nº 24 do STF.
• art. 21, 22, 26, "caput", 28, § 1 º, do CP.
Excludentes de ilicitude
• o rol está no artigo 23 do CP, ao passo que oconceito de estado de necessidade está no artigo24 do CP e o de legítima defesa no art. 25 do CP.
Teses subsidiárias
• guardam relação com a possibilidade de buscar,na eventualidade de o juiz proferir sentençacondenatória, amenizar a situação do réu,arguindo teses no sentido de que a pena seja amenor possível, o regime carcerário ser fixado nomais brando, substituição da pena privativa deliberdade em restritiva de direito sursis... Sugere-se você seguir o checklist do artigo 59 do CP,conforme dito em aula e consta expressamenteno material de apoio.
Exemplos de subsidiariedade
Do afastamento dos maus antecedentes Da atenuante da menoridade
• Exemplo: Foi juntada folha de antecedentescontendo a informação de que o réu responde aoutro processo pelo porte ilegal de arma. Todavia,nos termos da Súmula 444 do Superior Tribunalde Justiça, não é possível utilizar ações penais emcurso e inquéritos policiais para elevar a pena-base. Além disso, considerar outro processo emcurso pelo porte ilegal de arma como mausantecedentes viola o princípio da presunção dainocência, previsto no artigo 5º, inciso LVII, daConstituição Federal. Logo, requer seja afastada ahipótese de considerar o réu com mausantecedentes e, por consequência, fixada a pena-base no mínimo legal.
• Exemplo: Conforme se verifica, o réu era menorde 21 anos na data dos fatos. Logo, incide aatenuante da menoridade relativa, prevista noartigo 65, inciso I, do Código Penal. Assim, requerseja reconhecida a atenuante da menoridaderelativa.
Da confissão espontânea
• Exemplo: Ao ser interrogado, o réu confessouque utilizou o veículo sem autorização, mas quesua intenção era devolvê-lo. Logo, incide aatenuante da confissão espontânea, prevista noartigo Art. 65, inciso III, alínea “d”, do Código Penal.Assim, requer seja reconhecida a atenuante daconfissão espontânea.
Do regime carcerário aberto Da substituição da pena privativa deliberdade por pena restritiva de direitos• Exemplo: O crime de furto simples tem pena
máxima de 04 anos. Logo, na hipótese deeventual condenação, o Magistrado deverá fixar oregime aberto, nos termos do artigo 33, §2º, alínea“c”, do Código Penal, já que é primário e ascircunstâncias judiciais do artigo 59 do CódigoPenal são favoráveis.
• Exemplo: Quando se trata de crime praticadosem violência ou grave ameaça, em queeventual pena não seja superior a 04 anos, cabe,no caso, a conversão da pena privativa deliberdade em restritiva de direitos, nos termosdo artigo 44 do Código Penal.
FIQUE LIGADO! Tudo que você abordardurante a peça, você deve pedir ao final! Não
esqueça!
Pedidos
Exemplo:Ante o exposto, requer o denunciado:- Seja declarada a extinção da punibilidade, combase no art. 107, inciso IV, do Código Penal;- A absolvição, com fulcro no art. 386, inciso III,do CPP;- Seja afastada a hipótese de maus antecedentese fixada a pena-base no mínimo legal;- Seja reconhecida a atenuante da menoridaderelativa;- Seja reconhecida a atenuante da confissãoespontânea;
- Seja fixado o regime aberto para início documprimento da pena;- Seja substituída a pena privativa de liberdadepor restritiva de direitos.
Ilegal
b) LIBERDADE PROVISÓRIA
c) PEDIDO DE REVOGAÇÃO DAPREVENTIVA OU TEMPORÁRIA
Audiência de Instrução
e Julgamento - Art.
400 do CPP
Clique nas peças queestão destacadas emVERDE para conferirum mapa mentalreferente ao assunto!
FaseExtrajudicial
IP
a) RELAXAMENTO DE PRISÃOArt. 310, I, do CPPArt. 5º, LXV, da CF
QUEIXA-CRIME
Recebimento
da denúncia
Formal
Material
Art. 5º, LXVI, da CFLegalArt. 310, III, do CPP
LegalArt. 316 do CPP
Denúncia
Citação pessoal
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
(Art. 396 e 396-A do CPP)
Absolvição sumária
Art. 397 do CPP
Fase Judicial1ª Instância
Art. 403, §3º - c
omplexidade
ou nº de réus
Art. 404, p. único - d
iligência
MEMORIAIS
Sentença
Art. 383/384 do CPP
Art. 386 do CPP
Art. 386 do CPP
aterialidade (I e II)utoria (IV)ipicidade (III)licitude (VI)ulpabilidade (VI)ubsidiariedade (art. 59 do CP)
MATICS
(art. 30, 41, 44 do CPP)
VERDE
Linha do tempoLinha do tempo
APELAÇÃO
Art. 593 do CPP
Fase Judicial2ª Instância
Recebimento do
recurso de apelação
CONTRARRAZÕES DE
APELAÇÃO
Art. 600 do CPP
Acórdão
EMBARGOS DE DECLARAÇÃOArt. 382 do CPP
CONTRARRAZÕES
DE RESE
Art. 588 do CPP
Recebimento RESE
- Art. 581 do CPP
RESEDecisão interlocutória
AGRAVO EM EXECUÇÃO
Art. 197 da Lei 7.210/84
Trânsito em julgado
REVISÃO CRIMINALArt. 621 do CPPHABEAS CORPUSArt. 647 e 648 do CPP eArt. 5º, LXVIII, da CF
Recebimento
do Agravo CONTRARRAZÕES
DE AGRAVO
EXECUÇÃO PENAL
a) EMBARGOS DE DECLARAÇÃOArt. 619 do CPP
Art. 102, II, "a", da CF - STFArt. 105, II, "a", da CF - STJ
Sentença
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VERDE
e) ROC
b) EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE(decisão NÃO unânime. Ex: 2 a 1)Art. 609, p. único, do CPP
c) RECURSO EXTRAORDINÁRIOArt. 102, III, da CF
d) RECURSO ESPECIAL Art. 105, III, da CF
Linha do tempoLinha do tempo
Procedimento do Júri
Identificação
Parou em audiênciade instrução ou nainformação que oMP pugnou pela
pronúncia
Parou em decisãode pronúncia
Peça
Memoriais
Recurso emSentido Estrito
Base legal
Art. 403, §3º, doCPP ou art. 404 do
CPP
Art. 581, IV, do CPP
Teses
Preliminarese mérito
Preliminarese mérito
Pedido
Impronúncia,absolvição sumária e
desclassificação, além deafastar qualificadoras ecausas de aumento de
pena
Impronúncia,absolvição sumária e
desclassificação, além deafastar qualificadoras ecausas de aumento de
pena
Apelação das decisões do Juiz Presidente - 2ª Fase do Júri - Art. 593, III, CPP
Base legal Hipótese de Cabimento Pedido
Art. 593, III, a, CPP Ocorrer nulidade posterior à pronúncia- Acolhimento / Reconhecimentoda nulidade, com submissão do
réu a novo júri
Art. 593, III, b, CPPA sentença do Juiz Presidente for
contrária à letra expressa da Lei ou àdecisão dos jurados
- Retificação da decisão / art.593, §1º, CPP
Art. 593, III, c, CPP Quando houver erro ou injustiça à aplicaçãoda pena ou da medida de segurança
- Retificação da pena / art.593, §2º, CPP
Art. 593, III, d, CPPQuando a decisão dos jurados for
manifestamente contrária à prova dosautos
- Nulidade do julgamento,submissão do réu a novo Júri -
art. 593, §3º, CPP
Lembrar - Súmula 713 do STF - indicar a alínea que deseja recorrer.Prazo: 5 dias para interpor - art. 593, caput, CPP / 8 dias para razões e 8 dias para contrarrazões - art. 600, CPPAssistente de Acusação habilitado - prazo 5 dias / Assistente de Acusação não habilitado - prazo 15 dias - art.
598 do CPP
1ª Fase do JúriJuridicium accusationis ou Sumário
de Culpa (Fase da Acusação)Art. 406 – 421 do CPP
Linha do tempoLinha do tempo
DECISÃO
Pronúncia - Art. 413 do CPPRecurso: RESE, art. 581, IV, CPP
Impronúncia
Desclassificação
FaseExtrajudicial
IP Queixa-crime
Oferecimentoda denúncia
ou queixa
Denúncia
Recebimento
da denúncia ou
queixa* Resposta à acusação
Art. 406 do CPP
Vista ao MP
Art. 409 do CPP
Audiência de Instrução -
Art. 411 d
o CPP Art. 4
03, §3º OU
404, § único, do CPP
Art. 394, §5º, d
o CPPMEMORIAIS
(art. 29 do CPP)Subsid. Pública ou Crimes Conexos
Citação
- Art. 414 do CPPRecurso: Apelação, art.416, CPP
Absolvição Sumária - Art.
Recurso: Apelação, art.416, CPP
415 do CPP
- Art. 419
Recurso: RESE, art. 581, II, CPPdo CPP
Ver: Art. 412 do CPP90 dias
*Queixa-Crime: Subsidiária deAPPÚB – Incond.Queixa-Crime: Crimes conexos.
Não há previsão legal e expressade Absolvição Sumária antes da
Aud. de Instrução Processual.Matéria controvertida – ver
material
2ª Fase:Plenário do Júri
Rejeição - RESE (Art. 581, I, do CPP)
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VERDE
2ª Fase do JúriPreparação do Processo até a
Sessão Plenária
Linha do tempoLinha do tempo
Recurso CabívelSentença 2ª
Fase:
Apelação – art. 593, III, CPP
Pronúncia
Preparaçãodo Processo
Art. 422 doCPP
Art. 431 do CPPIntimação das
partes
Processoincluído na
pauta dejulgamento
Art. 473 do CPPSessão Plenário
do Júri*Sorteio dos
jurados-Art. Ofendido
-T.A/T.D-Demais provas- Interrogatório
Debates Orais:Art. 476 do CPP
AcusaçãoDefesaRéplicaTréplica
Votação dosJurados
Art. 480, §1º, doCPP
Quesitação
Art. 483 do CPPArt. 488 do CPPArt. 489 do CPP
SENTENÇA2ª Fase do Júri
Art.492 do CPP
Súmula713 do STF
APELAÇÃO
DesaforamentoArts. 427 e 428
do CPP
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VERDE
Princípio do Juiz Natural
•Art. 5º da CF/88,Inciso XXXVII - não haverá juízo ou tribunal deexceção;Inciso LIII - ninguém será processado nemsentenciado senão pela autoridade competente
Características da Jurisdição
Substitutividade: a Jurisdição é a atividadedesenvolvida pelo órgão judicial em substituiçãoas partes. Inércia: Não há, como regra, prestaçãojurisdicional de ofício. O Poder Judiciário deve serprovocado.Exceção: Concessão de HC de ofício. Coisa Julgada: impossibilidade de decisão judicialse revista por órgão estranho ao poder judiciário.
Lei processual que altera as regras decompetência
Art. 2º: A lei processual penal aplicar-se-á desdelogo, sem prejuízo da validade dos atos realizadossob a vigência da lei anterior.
Competência - Espécies
Ratione materiae: Em razão da matéria.Ratione Personae: Em razão da pessoa.Ratione Loci: Em razão do local
JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA
Guia de fixação de competência
Competência originária – o acusado tem foro por prerrogativa de função?Competência de jurisdição – qual é a justiça competente?
Competência territorial – qual a comarca competente?Competência de juízo – qual a vara competente?Competência interna – qual o juiz competente?Competência recursal – para onde vai o recurso?
Restrição ao foro por prerrogativa de função
As normas da Constituição de 1988 que estabelecem as hipóteses de foro por prerrogativa de funçãodevem ser interpretadas restritivamente, aplicando-se apenas aos crimes que tenham sido praticadosdurante o exercício do cargo e em razão dele. Assim, por exemplo, se o crime foi praticado antes de oindivíduo ser diplomado como Deputado Federal, não se justifica a competência do STF, devendo ele serjulgado pela 1ª instância mesmo ocupando o cargo de parlamentar federal. Além disso, mesmo que ocrime tenha sido cometido após a investidura no mandato, se o delito não apresentar relação direta comas funções exercidas, também não haverá foro privilegiado. Foi fixada, portanto, a seguinte tese: O foro porprerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos (1) durante o exercício do cargo e (2)relacionados às funções desempenhadas. STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgadoem 03/05/2018 (Info 900)
Art. 72 do CPP - Competência pelo domicílio ou residência do réu
Art. 76 do CPP - Competência será determinado pela conexão
Art. 77 do CPP - Competência será determinado pela continência
Art. 78 do CPP - Regras da competência por conexão/continência
Art. 79 do CPP
Art. 83 do CPP - Competência por prevenção
Art. 89 do CPP
Art. 90 do CPP
Art. 69 do CPP - Competência pelo lugar da infração
Art. 70 do CPP - Competência Jurisdicional
Artigos importantes:
Art. 73 do CPP - Foro de Eleição em Processo Penal
Em regra, o CPP acolhe a teoria do resultado, considerando como lugar do crime o local onde o delitose consumou (crime consumado) ou onde foi praticado o último ato de execução (no caso de crimetentado), nos termos do art. 70 do CPP. Excepcionalmente, no caso de crimes contra a vida (dolosos ouculposos), se os atos de execução ocorreram em um lugar e a consumação se deu em outro, acompetência para julgar o fato será do local onde foi praticada a conduta (local da execução). Adota-sea teoria da atividade. STF. 1ª Turma. RHC 116200/RJ, rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 13/8/2013
Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competênciafederal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, a, do Código de Processo Penal.
Art. 88 do CPP: No processo por crimes praticados fora do território brasileiro,será competente o juízo da Capital do Estado onde houver por último resididoo acusado. Se este nunca tiver residido no Brasil, será competente o juízo daCapital da República.
ATENÇÃO!
Súmula 122 do STJ
Crimes contra a Vida
Segundo o Art. 106 da CF:Tribunais Regionais FederaisJuízes Federais
JMU – julga civilJME – NUNCA julgará civil (apenas militaresestaduais)
Compete à Justiça Eleitoral julgar os crimeseleitorais e os comuns que lhes forem conexos.Cabe à Justiça Eleitoral analisar, caso a caso, aexistência de conexão de delitos comuns aosdelitos eleitorais e, em não havendo, remeter oscasos à Justiça competente. STF. Plenário. Inq 4435AgR-quarto/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgadoem 13 e 14/3/2019 (Info 933).
Órgão da Justiça Federal
Cuidado: O STJ é um Tribunal Nacional – nãofaz parte da Justiça Federal.
Competência da Justiça Militar
Competência Criminal da Justiça Eleitoral
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse(BIS) da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções eressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, oresultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o §5º deste artigo;§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com afinalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais dedireitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça,em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a JustiçaFederal. VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistemafinanceiro e a ordem econômico-financeira;IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;
Competência dos Juízes Federais
Súmula 140 do STJ: Compete à JustiçaComum Estadual processar e julgar crimeem que o indígena figure como autor ouvítima.
–BB –PetrobrasSúmula 42 do STJ – Compete a Justiça ComumEstadual processar e julgar as causas cíveis em que éparte sociedade de economia mista e os crimespraticados em seu detrimento.
▪Exploração direta pela ECT: JF▪Franquia: Justiça Estadual
Súmulas 208 e 209 do STJ.
Verba já incorporada ao patrimônio doMunicípio – JEVerba sujeita a prestação de contas junto aoTCU – JF
Ver: art. 109 da CF/88
Crime contra Sociedades de Economia Mista:
▪Justiça Federal
Crimes contra os Correios:
Fundação Pública Federal – FURG:
Bens Tombados:
▪Depende de quem tombou.
Desvio de Verba Federal
Súmula 151 do STJ: A competência para o processo ejulgamento por crime de contrabando oudescaminho define-se pela prevenção do JuízoFederal do lugar da apreensão dos bens.
Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime ambiental de caráter transnacional que envolva animaissilvestres, ameaçados de extinção e espécimes exóticas ou protegidas por compromissos internacionaisassumidos pelo Brasil. STF. Plenário. RE 835558-SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 09/02/2017 (repercussãogeral).
Justiça Federal - Súmula 147 do STJ - Compete àJustiça Federal processar e julgar os crimespraticados contra funcionário público federal,quando relacionados com o exercício da função.
Crimes contra a honra praticados pelas redes sociais da internet: competência da JUSTIÇA ESTADUAL (regrageral) STJ. CC 121.431-SE, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 11/4/2012.
Alguns julgados importantes sobre a matéria:
Crimes de Contrabando e Descaminho Crime cometido contra Funcionário PúblicoFederal em razão de sua função
Compete à justiça FEDERAL processar e julgar o crime de redução à condição análoga à de escravo (art. 149do CP). O tipo previsto no art. 149 do CP caracteriza-se como crime contra a organização do trabalho e,portanto, atrai a competência da justiça federal (art. 109, VI, da CF/88). STF. Plenário. RE 459510/MT, rel. orig.Min. Cezar Peluso, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, julgado em 26/11/2015 (Info 809).
Súmula 546 do STJ: A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada emrazão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação doórgão expedidor.
Compete à Justiça Estadual (e não à Justiça Federal) processar e julgar ação penal na qual se apurem infraçõespenais decorrentes da tentativa de abertura de conta corrente mediante a apresentação de documento falsoem agência do Banco do Brasil (BB) localizada nas dependências de agência da Empresa Brasileira de Correiose Telégrafos (ECT) que funcione como Banco Postal. STJ. 3ª Seção. CC 129.804-PB, Rel. Min. Reynaldo Soares daFonseca, julgado em 28/10/2015 (Info 572).
Crime praticado em Banco Postal
Competência para crimes dolosos contra avida praticados com violência doméstica:
Crimes de moeda falsa:
A Lei de Organização Judiciária poderá prever quea 1ª fase do procedimento do júri seja realizada naVara de Violência Doméstica em caso de crimesdolosos contra a vida praticados no contexto deviolência doméstica. Não haverá usurpação dacompetência constitucional do júri. Apenas ojulgamento propriamente dito é que,obrigatoriamente, deverá ser feito no Tribunal doJúri. STF. 2ª Turma. HC 102150/SC, Rel. Min. TeoriZavascki, julgado em 27/5/2014 (Info 748)
Em regra, é de competência da Justiça Federal,pois é de competência da União emitir moeda(Art. 21, VII da CF). E mesmo se a falsificação for demoeda estrangeira, a competência continua daJustiça Federal, porque compete ao BancoCentral fiscalizar a circulação de moedaestrangeira em território nacional. Entretanto,quando a falsificação de moeda é grosseira, nãose trata de crime de moeda falsa, pois se afalsificação é capaz de enganar alguém e seobteve a vantagem ilícita trata-se de crime deestelionato, logo, é de competência da justiçaestadual, no teor da Súmula 73 do STJ.
Norma Penal em Branco
• A Lei 11.343/06 – é uma Norma Penal em Branco(Portaria 344 da Anvisa)
Combinação de Leis
• Súmula 501 do STJ - É cabível a aplicaçãoretroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que oresultado da incidência das suas disposições, naíntegra, seja mais favorável ao réu do que oadvindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendovedada a combinação de leis.
Muita atenção:Não gera reincidência - Cabe ressaltarque as condenações anteriores porcontravenções penais não são aptas agerar reincidência, tendo em vista o quedispõe o artigo 63 do Código Penal, queapenas se refere a crimes anteriores. E, seas contravenções penais, puníveis compena de prisão simples, não geramreincidência, mostra-se desproporcionalo delito do artigo 28 da Lei 11.343/2006configurar reincidência, tendo em vistaque nem é punível com pena privativa deliberdade (REsp 1.672.654/SP, j. 21/08/2018)
Usuário (art. 28)
• Relatório do Delegado (art. 52)• Crime sui generis
LEI 11.343/06
• Súmulas selecionadas• Cuidado
Súmula 587 do STJ: Para a incidência damajorante prevista no artigo 40, V, da Lei11.343/06, é desnecessária a efetivatransposição de fronteiras entre estados dafederação, sendo suficiente a demonstraçãoinequívoca da intenção de realizar o tráficointerestadual.Súmula 607 do STJ: A majorante do tráficotransnacional de drogas (artigo 40, inciso I, daLei 11.343/06) configura-se com a prova dadestinação internacional das drogas, aindaque não consumada a transposição defronteiras.
• Atenção: Não incide a causa de aumento depena do art. 40, III, no caso de o agente apenastransportar a droga no transporte público.
• Art. 33 § 4º - Nos delitos definidos no caput e no§ 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidasde um sexto a dois terços, vedada a conversão empenas restritivas de direitos, desde que o agenteseja primário, de bons antecedentes, não sededique às atividades criminosas nem integreorganização criminosa.
Não configura crime a importação depequena quantidade de sementes demaconha. STF. 2ª Turma. HC 144161/SP, Rel.Min. Gilmar Mendes, julgado em 11/9/2018 (Info915).
Traficante (art. 33) – HediondoCuidado
Tráfico Privilegiado
Causas de Aumento de Pena
5. Julgamento - Sentença imediata ou em 10dias (58)
1.Interrogatório (um dos únicos procedimentosonde o interrogatório não é o último atoprocessual); CONFORME A LEI
2. Testemunhas de acusação (5)
3. Testemunhas de defesa (5)
4. Debates (20 min + 10 min)
• Art. 28 – Lei 9.099/95
Parte Processual
• Denúncia• Notificação para Defesa Prévia• Pedido Principal – REJEIÇÃO DA DENÚNCIA(art. 395 do CPP)• Caso entenda pelo Recebimento:a) Desclassificação de porte para consumo (art. 28da Lei nº 11.343/06), com o encaminhamento doprocesso ao JECrim;b) Absolvição Sumária na forma do art. 397 doCPP;• Recebimento da Denúncia
Outros Crimes:
Instrução
• Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará anotificação do acusado para oferecer defesaprévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.• § 1º Na resposta, consistente em defesapreliminar e exceções, o acusado poderá arguirpreliminares e invocar todas as razões de defesa,oferecer documentos e justificações, especificar asprovas que pretende produzir e, até o número de5 (cinco), arrolar testemunhas.
• Sempre mediante autorização judicial:a) Infiltração de agentes de Políciab) Não atuação policial (ação controlada)• Cuidado: A Ação controlada na Lei 12.850/13 (art.8) será apenas e tão somente necessáriocomunicar ao Juiz.
Defesa Prévia/Preliminar
Meios de Prova
LavagemdeCapitais
• A atual Lei Brasileira é uma Lei de 3geração, pois aceita qualquerinfração como antecedente para aLavagem;
• Fases da Lavagem: Introdução,Dissimulação e Reintegração;
• Crime antecedente – deve sercrime produtor de bens ou dinheiro;
• Justa Causa Duplicada (na Inicial oMP deve trazer a justa causa docrime de lavagem e da infraçãoantecedente)
• Competência – definido pelacompetência para o crimeantecedente.
• Não se aplica o Art. 366 do CPP.
• O STF admite a autolavagem.
Art. 1º Constitui crime de tortura:I - constranger alguém com emprego de violênciaou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físicoou mental:a) com o fim de obter informação, declaração ouconfissão da vítima ou de terceira pessoa; (prova)b) para provocar ação ou omissão de naturezacriminosa; (crime)c) em razão de discriminação racial ou religiosa;(racismo)II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ouautoridade, com emprego de violência ou graveameaça, a intenso sofrimento físico ou mental,como forma de aplicar castigo pessoal ou medidade caráter preventivo. (Castigo)Pena - reclusão, de dois a oito anos.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submetepessoa presa ou sujeita a medida de segurança asofrimento físico ou mental, por intermédio daprática de ato não previsto em lei ou nãoresultante de medida legal.§ 2º Aquele que se omite em face dessascondutas, quando tinha o dever de evitá-las ouapurá-las, incorre na pena de detenção de um aquatro anos. (essa tortura não é etiquetado comocrime hediondo)
• § 3º Se resulta lesão corporal de natureza graveou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro adez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito adezesseis anos.
Tortura Qualificada
LEI DE TORTURA
Obs1.: Trata-se de crime preterdoloso (dolo natortura e culpa na lesão ou no resultado morte)Obs2.: Não confundir com Homicídio Qualificadopela Tortura.
Causas de Aumento de Pena
• § 4º Aumenta-se a pena de um sexto até umterço:• I - se o crime é cometido por agente público (art.327 do CP)• II – se o crime é cometido contra criança,gestante, portador de deficiência, adolescente oumaior de 60 (sessenta) anos; (Redação dada pelaLei nº 10.741, de 2003)• III - se o crime é cometido mediante sequestro.
• § 5º A condenação acarretará a perda do cargo,função ou emprego público e a interdição paraseu exercício pelo dobro do prazo da penaaplicada. (Automático – não necessita constarexpressamente da sentença)• § 6º O crime de tortura é inafiançável einsuscetível de graça ou anistia.• § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei,salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimentoda pena em regime fechado.
Consequências da condenação peloDelito de Tortura
Para o STJ (HC 123316/SE) a fixaçãodo regime inicial fechado fere oprincípio da Individualização dapena.
Extraterritorialidade da Lei de Tortura
• Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se aindaquando o crime não tenha sido cometido emterritório nacional, sendo a vítima brasileira ouencontrando-se o agente em local sob jurisdiçãobrasileira.
Cuidado – Tortura por Policial é ato deimprobidade administrativa.
• A tortura de preso custodiado em delegaciapraticada por policial constitui ato deimprobidade administrativa que atenta contra osprincípios da administração pública. (STJ)
Art. 2º da Lei 13.260/16 - O terrorismo consiste naprática por um ou mais indivíduos dos atosprevistos neste artigo, por razões de xenofobia,discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia ereligião, quando cometidos com a finalidade deprovocar terror social ou generalizado, expondo aperigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou aincolumidade pública.A doutrina apresenta quatro elementoscaracterizadores:
Atos de Violência
3. Testemunhas de defesa (5)
Elemento Teleológico
Elemento Teatral
Ausência de Arrependimento ou culpa
LEI DE TERRORISMO - LEI 13.260/2016
Causa de Atipicidade Formal
• § 2º do art. 2 - O disposto neste artigo não seaplica à conduta individual ou coletiva de pessoasem manifestações políticas, movimentos sociais,sindicais, religiosos, de classe ou de categoriaprofissional, direcionados por propósitos sociaisou reivindicatórios, visando a contestar, criticar,protestar ou apoiar, com o objetivo de defenderdireitos, garantias e liberdades constitucionais,sem prejuízo da tipificação penal contida em lei.
Punição de Atos de Terrorismo
•Art. 5º Realizar atos preparatórios de terrorismocom o propósito inequívoco de consumar taldelito:•Pena - a correspondente ao delito consumado,diminuída de um quarto até a metade.
Competência da JF e Atribuição da PF
• Art. 11. Para todos os efeitos legais, considera-seque os crimes previstos nesta Lei são praticadoscontra o interesse da União, cabendo à PolíciaFederal a investigação criminal, em sede deinquérito policial, e à Justiça Federal o seuprocessamento e julgamento, nos termos doinciso IV do art. 109 da Constituição Federal.
Aplicação de outras importanteslegislações aos Crimes de Terrorismo
• Art. 16. Aplicam-se as disposições da Lei nº12.850, de 2 agosto de 2013, para a investigação,processo e julgamento dos crimes previstos nestaLei. (alteração introduzidas pelo art. 19 desta lei)•Art. 17. Aplicam-se as disposições da Lei no 8.072,de 25 de julho de 1990, aos crimes previstos nestaLei.
• O Supremo Tribunal Federal e o SuperiorTribunal de Justiça destoavam quanto ao valorempregado.• STJ R$10.000,00 (dez mil reais) - Lei 10.522/02• STF R$ 20.000,00 (vinte mil reais) - Portaria doMinistério da Fazenda de nº 75, de 22 de março de2012• Hoje – STF e STJ - R$ 20.000,00 (vinte mil reais)
Princípio da Insignificância
APLICA-SE APENAS PARA IMPOSTOSFEDERAIS. Para ser aplicado a delitospraticados contra tributos estaduais oumunicipais depende de lei.
• Vai depender do ente que instituiu o tributo.• Assim, se o tributo sonegado for da competênciada União, o crime será julgado na Justiça Federal,se estadual ou municipal a competência será daJustiça Estadual.
Competência para julgamento
Qual será a Justiça competente em caso deconexão entre crimes da Justiça Federal e
Estadual (Ex.: supressão de IR e ICMS)?
• Competirá a Justiça Federal processar e julgar ofato, nos exatos termos da súmula 122 do STJ:Compete à Justiça Federal o processo ejulgamento unificado dos crimes conexos decompetência federal e estadual, não seaplicando a regra do art. 78, II, a, do CódigoPenal.
CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA - LEI 8.137/90
•O pagamento do débito tributário, a qualquertempo, até mesmo após o advento do trânsito emjulgado da sentença penal condenatória, é causade extinção da punibilidade do acusado. STJ. 5ªTurma. HC 362.478-SP, Rel. Min. Jorge Mussi,julgado em 14/9/2017 (Info 611).
Julgado importante
•Súmula Vinculante 24: Não se tipifica crimematerial contra a ordem tributária, previsto noart. 1º, incisos I a IV, da Lei 8137/90, antes dolançamento definitivo do tributo.
Crimes Tributários Materiais
• Conforme o art. 109 da CF e art. 26 da Lei7.492/86, a competência é da Justiça Federal. Nãoimportando a instituição financeira lesada. • Art. 109 da Constituição Federal: Aos juízesfederais compete processar e julgar: • VI – os crimes contra a organização do trabalho e,nos casos determinados por lei, contra o sistemafinanceiro e a ordem econômico-financeira; • Art. 26 da Lei 7492/86: A ação penal, nos crimesprevistos nesta lei, será promovida pelo MinistérioPúblico Federal, perante a Justiça Federal.
CRIMES CONTRA O SISTEMAFINANCEIRO – LEI 7492, DE 16 DE JULHODE 1986 (LEI DO COLARINHO BRANCO)
Competência para julgamento
a) Exceção de Incompetência – do art. 95, II e 108do CPP• Art. 95. Poderão ser opostas as exceções de:• II - incompetência de juízo;• Art. 108. A exceção de incompetência dojuízo poderá ser oposta, verbalmente ou porescrito, no prazo de defesa.b) RA – art. 396 e 396-A do CPP – em preliminaralegar a incompetência
O que fazer se na prova vier crime sendojulgado na Justiça Estadual:
•Art. 26, Parágrafo único. Sem prejuízo do dispostono art. 268 do Código de Processo Penal,aprovado pelo Decreto-lei nº 3689, de 2 deoutubro de 1941, será admitida a assistência
Assistentes especiais
da Comissão de Valores Mobiliários – CVM,quando o crime tiver sido praticado no âmbito daatividade sujeita à disciplina e à fiscalização dessaAutarquia, e do Banco Central quando, foradaquela hipótese, houver sido cometido na órbitade atividade sujeita à sua disciplina e fiscalização.
• Art. 25, § 2º Nos crimes previstos nesta Lei,cometidos em quadrilha ou coautoria, o co-autorou partícipe que através de confissão espontânearevelar à autoridade policial ou judicial toda atrama delituosa terá a sua pena reduzida de um adois terços. (Incluído pela Lei nº 9.080, de19.7.1995)
Colaboração Premiada
•Art. 30. Sem prejuízo do disposto no art. 312 doCódigo de Processo Penal, aprovado peloDecreto-lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941, aprisão preventiva do acusado da prática de crimeprevisto nesta lei poderá ser decretada em razãoda magnitude da lesão causada.
Prisão Preventiva
• Art. 1º, § 1º. Considera-se organização criminosa aassociação de
Conceito
prática de infrações penais cujas penasmáximas sejam superiores a 4 anos, ou quesejam de caráter transnacional.
(1) 4 ou mais pessoas
(2) estruturalmente ordenada e
(3) caracterizada pela divisão de tarefas,ainda que informalmente, com
(4) objetivo de obter, direta ou indiretamente,vantagem de qualquer natureza, mediante a
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA – LEI 12.850/13
• Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar,pessoalmente ou por interposta pessoa,ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA:• Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, emulta, sem prejuízo das penas correspondentesàs demais infrações penais praticadas.
Ação controlada (deve apenas ser comunicadaao Juiz). No caso de transposição de fronteiradevemos ter a colaboração do agente policial dooutro Estado.
Autorização Judicial;Não podemos ter outra forma de obter aprova;Pode ser requerida pelo MP ou porrepresentação da Autoridade Policial; Prazo de 6 meses – renováveis;O agente deve guardar proporcionalidade nasua atuação (responderá pelos excessos);
Infiltração de Agentes:
O Delegado e o MP terão acesso a dadoscadastrais sem a necessidade de ordem judicial(bancos, provedores de internet, administradorasde cartão de crédito etc) Escutas ambientais Interceptações telefônicas (Lei 9.296/96 – crimepunido com reclusão, ordem judicial e não houveroutra forma de realizar a prova, prazo de 15 dias(renováveis).
Crime
Meios de Obtenção de Prova
Requisitos:
Colaboração Premiada/Delação Premiada
1) A delação premiada deve ser submetida aocontraditório.
2) Deve conter a confissão do acusado, poissenão constituirá simples meio de defesa.
3) Deve encontrar amparo em outrosmeios de prova.
4) Se for extrajudicial, deve ser confirmadaem juízo.
• Trifásico.a.1) Fase de negociação e acordo; a.2) Fase de homologação judicial; a.3) Fase de sentença.
• Obs1.: segundo o STF é constitucional apossibilidade de o Delegado de Polícia celebrar oacorde de delação premiada (ADI 5508/DF)• Obs2.: No caso de o Delator envolver Autoridadecom foro por prerrogativa da função, o Tribunalcompetente para julgar a Autoridade deveráhomologar o acordo. • Cuidado:• O artigo 4°, parágrafo 16, dispõe que nenhumasentença condenatória será proferida comfundamento apenas das declarações do agentecolaborador;
Procedimentos
Após a condenação:• Art. 4, § 5º Se a colaboração for posterior à
sentença:- a pena poderá ser reduzida até a metade;
- será admitida a progressão de regime ainda queausentes os requisitos objetivos.
Antes da Condenação:• Perdão Judicial (art. 4, § 2º);
• Reduzir a pena em 2/3 (art. 4, § 2º);• Substituir a PPL por PRD (art. 4, § 2º);
• Suspensão do prazo para oferecimento dadenúncia por 6 meses (prorrogáveis) – art. 4, § 3º);• Deixar de oferecer a denúncia (quando: não for o
líder e for o primeiro a colaborar) – art. 4, § 4º.
Benefícios para o Delator/Colaborador
1 - Nenhuma sentença condenatória será proferidacom fundamento apenas nas declarações deagente colaborador
2 - Nos depoimentos que prestar, o colaboradorrenunciará, na presença de seu defensor, ao direitoao silêncio e estará sujeito ao compromisso legalde dizer a verdade.
Atenção:
Benefícios para o Delator/Colaborador
Art. 1º da Lei nº 8.072/90
LEI DE CRIMES HEDIONDOS
• São considerados hediondos os seguintescrimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848,de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal,consumados ou tentados:I - homicídio (art. 121), quando praticado ematividade típica de grupo de extermínio, aindaque cometido por um só agente, e homicídioqualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII eVIII);I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima(art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida de morte(art. 129, § 3º), quando praticadas contraautoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144da Constituição Federal, integrantes do sistemaprisional e da Força Nacional de SegurançaPública, no exercício da função ou em decorrênciadela, ou contra seu cônjuge, companheiro ouparente consanguíneo até terceiro grau, em razãodessa condição;
II - roubo: a) circunstanciado pela restrição de liberdade davítima (art. 157, § 2º, inciso V); b) circunstanciado pelo emprego de arma defogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego dearma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157,§ 2º-B); c) qualificado pelo resultado lesão corporal graveou morte (art. 157, § 3º); III - extorsão qualificada pela restrição daliberdade da vítima, ocorrência de lesão corporalou morte (art. 158, § 3º);IV - extorsão mediante sequestro e na formaqualificada (art. 159, caput , e §§ lº , 2º e 3º);V - estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º); VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§1º, 2º , 3º e 4º);VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º).
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração oualteração de produto destinado a fins terapêuticosou medicinais (art. 273, caput e § 1º, § 1º-A e § 1º-B,com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 dejulho de 1998)VIII - favorecimento da prostituição ou de outraforma de exploração sexual de criança ouadolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e§§ 1º e 2º). IX - furto qualificado pelo emprego de explosivoou de artefato análogo que cause perigo comum(art. 155, § 4º-A).
Consideram-se também hediondos, tentados ouconsumados:I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956;II - o crime de posse ou porte ilegal de arma defogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei nº10.826, de 22 de dezembro de 2003;III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo,previsto no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 dedezembro de 2003;IV - o crime de tráfico internacional de arma defogo, acessório ou munição, previsto no art. 18 daLei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;V - o crime de organização criminosa, quandodirecionado à prática de crime hediondo ouequiparado.
Art. 1º, parágrafo único, da Lei nº 8.072/90
Pode ser processo de execução penaldefinitivo ou processo de execuçãopenal provisório
Juiz da Vara de Execução Penal
É o computo do período que a pessoaficou recolhida antes da sentença comopena cumprida
Possível no regime fechado,semiaberto, aberto e livramentocondicional
É possível cumular as duas modalidades, se compatíveisArt. 127 da LEP: falta grave e perda de até 1/3 dos dias remidos
Agravo em execução
Regra: a detração é observada nasentença condenatória quando o juizfixar o regime Regressão de Regime
Remição da pena
Remição por trabalho Remição por estudoArt. 117 da
LEP
Para presosem regime
aberto
Para presosem prisãodomiciliar,
regimesemiaberto e
saídatemporária
Art. 120,da LEP
EXECUÇÃOEXECUÇÃOPENALPENAL
Considerações- Lei 7210/84
Se aplica tanto para penas, quantopara medidas de segurança
Lembrar da Súmula 716 do STF
Art. 66 da LEPComo pedir algo ao Juiz da Vara deExecução Penal?
PetiçãoComo recorrer da decisão do Juiz daVara de Execução Penal?
Agravo em Execução Regra: Não tem efeito suspensivoExceção: Art. 179 da LEP
Art. 42 do CP e art. 387, §2º, do CPP
Detração Penal
Subsidiariamente: quando o juiz se omiteem relação a detração, o juiz daexecução pode fazer (art. 66, III, c, da LEP)
Sistema progressivo Tempo + bom comportamentoCuidado: Progressão de Regime Especialpara Mulheres (art. 112, §3º, da LEP) -Requisitos cumulativos
Arts. 118, I e II, e 146-C, par. único, ambos da LEPRegressão de regime sem ouvir o preso -causa de nulidadeLembrar: Súmula 526 do STJ
3 dias trabalhados = 1 dia de penaCabível nos regimes fechado esemiabertoO entendimento do STF e STJ é nosentido de que não é cabível remiçãopor trabalho no regime aberto
12 horas estudadas divididas, nomínimo, em 3 dias = 1 dia de pena
Prisãodomiciliar
Monitoramentoeletrônico
Autorização desaída
Permissãode saída
SaídatemporáriaArt. 146-B, da
LEP
Regimefechado,
semiabertoe preso
provisório
Art. 122,da LEP
Regimesemiaberto
crime tiver sido cometido sem violência à pessoaou grave ameaça
16% da pena
Progressão de Regime – atual art. 112 da LEP (23/01/2020 – início da vigência)
Primário
20% da pena Reincidente
crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;25% da pena Primário
30% da pena Reincidente em
40% da pena
50% da pena
condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, se for primário; se o apenado for:
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultadomorte, se for primário, vedado o livramento condicional;
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organizaçãocriminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada;
60% da pena
se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado(reincidência específica);
70% da pena
se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultadomorte, vedado o livramento condicional.
crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça(reincidente específico)
Inicie a prova fazendo a leitura do enunciado e marcando nele os aspectos importantes!
Tome cuidado com as datas e idades. A FGV costuma cobrar na prova teses relacionadasa elas!
Não escreva a peça inteira no rascunho, pois ao final poderá faltar tempo para a conclusãoda prova!
No rascunho, faça o "esqueleto da peça" anotando os principais pontos, como qual a peçaadequada, a sua base legal, o prazo, conteúdo, entre outros.
Leia mais de uma vez o enunciado para identificar todas as teses cabíveis.
A partir das informações do "esqueleto da peça", redija a peça na folha definitiva!
Divida a peça em tópicos, para facilitar que o corretor identifique as teses!
Dicas para elaboração da peça prático-profissional
Dicas para resolver as questões dissertativasA prova possui quatro questões dissertativas, sendo que a FGV tem dividido elas em letra "a"e "b". Dessa forma, tenha em mente que será como se você fosse responder oito questões!
Planeje a realização da prova, deixando tempo suficiente para resolver adequadamente asquestões! Sugerimos deixar 3h para a resolução da peça e 2h para as questões.
Faça a leitura do enunciado com calma e marque nele os aspectos importantes!
Não escreva a resposta inteira no rascunho, pois ao final poderá faltar tempo para aconclusão da prova!
No rascunho, anote apenas os principais pontos em tópicos, para facilitar a formulação daresposta na folha definitiva.
Leia mais de uma vez o enunciado para identificar todos os argumentos e teses cabíveis.
A partir das informações do rascunho, redija a resposta da questão na folha definitiva!
Cuidado com as teses contraditórias, pois você poderá não pontuar! Ex: alegar que a mesmasituação pode caracterizar estado de necessidade e legítima defesa.