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Riscos Eléctricos

Essa "coisa" que não se vê, mas que se "sente" e tudo faz girar

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INTRODUÇÃO

• A electricidade é um perigo que os Bombeiros irão encontrar em muitas e variadas circunstâncias operacionais.

• A sua presença, ou possível presença, deve sempre ser tida em conta no momento da avaliação do risco inicial de um incidente.

• O conhecimento da teoria básica, perigos potenciais, tipos de equipamento usados e procedimentos a adoptar irão ajudar na conduta segura de tais incidentes.

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EFEITOS FISIOLÓGICOS DA CORRENTE ELECTRICA

• Estudos relativamente recentes realizados para analisar os efeitos biofisiológicos da energia eléctrica, mostraram que o perigo para os seres vivos não resulta da tensão aplicada, mas sim da intensidade de corrente que atravessa o corpo humano.

• Entre outros factores, os resultados dependem da intensidade de corrente, da duração do efeito e do percurso e variação brusca da corrente.

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EFEITOS FISIOLÓGICOS DA CORRENTE ELECTRICA

Percentagem de indivíduos

e valor da corrente eléctrica (mA) Sensação fisiológica

5% 50% 95%

Ligeira percepção na palma da mão 0.7 1.2 1.7

Ligeiro formigueiro na palma da mão 1.0 2.0 3.0

Formigueiro nas palmas e pulsos 1.5 2.5 3.5

Ligeira vibração nas mãos e pulsos 2.0 3.2 4.4

Ligeiro espasmo no antebraço, como se o pulso fosse comprimido 2.5 4.0 5.5

Ligeiro espasmo no braço 3.2 5.2 7.2

As mãos tornam-se rígidas 4.2 6.2 8.2

Convulsões no antebraço, mãos rígidas, formigueiro em todo o braço 4.3 6.6 8.9

Convulsão nos músculos do braço até aos ombros e limiar da corrente de largar 7.0 11.0 15.0

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ACIDENTES DE ORIGEM ELÉCTRICA

• Choque Eléctrico

- O choque eléctrico é, normalmente, provocado pela passagem de corrente eléctrica através do corpo humano, devido ao contacto directo com um condutor ou com uma superfície com defeito de isolamento

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ACIDENTES DE ORIGEM ELÉCTRICA

• Cegueira e Queimaduras

- Pode ocorrer uma situação de cegueira, temporária ou definitiva, quando o bombeiro se encontre muito perto do local onde ocorre um curto circuito. A situação permanece quase sempre apenas durante um curto período de tempo. - Estes acidentes são, sobretudo, originados pela energia libertada durante a formação do arco eléctrico que provoca, também, queimaduras extensas e profundas.

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ACIDENTES DE ORIGEM ELÉCTRICA

• Cegueira e Queimaduras - As queimaduras são, possivelmente, a consequência mais

gravosa dos acidentes eléctricos.

- Em acidentes com alta tensão, as queimaduras tendem a ser de maior gravidade, cobrindo largas áreas do corpo e podendo ser:

• Queimaduras por contacto - quando a vítima toca um condutor em tensão;

• Queimadura por arco, que podem ser externas e normalmente graves.

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ACIDENTES DE ORIGEM ELÉCTRICA

• Incêndio - A energia libertada nos condutores sob a forma de calor, que

é originada por sobreintensidades, pode provocar o início do processo de ignição. As origens podem ser devidas a:

• Sobrecargas: aumento, para além do limite admissível, da corrente que percorre o condutor;

• Curto-circuitos: ligação acidental entre pontos do mesmo circuito que se encontra a tensões diferentes;

• Defeito de isolamento: ligação acidental, por falha de isolamento, entre dois pontos que podem não pertencer ao mesmo circuito; • Resistência eléctrica: resultante de uma ligação eléctrica através de um contacto defeituoso.

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ACIDENTES DE ORIGEM ELÉCTRICA

• Contracções Musculares

- A passagem de corrente através de um músculo leva a que este fique sujeito a uma série de sucessivos choques, que ocorrem em intervalos de tempo cada vez mais curtos.

• Músculos do antebraço - incapaz de desprender o ponto onde se dá o contacto;

• Músculos extensores - projecção por contracção violenta e brusca • Músculos respiratórios - asfixia, com cianose e perda de consciência • Músculo cardíaco - fibrilhação, com paragem circulatória e lesões cerebrais, permanentes após 3 minutos, e quase sempre mortais.

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INTERVENÇÃO EM INSTALAÇ'ES ELÉCTRICAS

• Deve-se desligar uma instalação eléctrica com segurança, sempre que possível;

• Devem estar disponíveis e prontos a utilizar, sempre que necessário, os aparelhos respiratórios;

• Numa instalação de utilização de energia eléctrica e de instalações colectivas de edifícios e entradas, o corte de corrente deve ser efectuado num dos seguintes pontos: portinhola, quadro de colunas, quadro do inquilino, ou no quadro de distribuição (a montante);

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INTERVENÇÃO EM INSTALAÇ'ES ELÉCTRICAS

• O local deve ser ventilado após a extinção do incêndio; • Não se deve mexer nos materiais queimados, porque poderão ser prova da causa do incêndio. • Quanto a extintores aconselha-se pó químico seco,

para tensões até 1000 V e anidrido carbónico (CO2) para tensões até 60 KV.

• Em instalações em que a tensão seja superior a 60 KV não é permitida a utilização de extintores até existir garantia absoluta de que a instalação sinistrada está sem tensão.

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PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA

• A segurança é uma atitude e uma vontade que, a todo o momento, se afirma pela aplicação das regras e normas. Nenhuma situação ou urgência de serviço pode justificar pôr em perigo a vida do bombeiro, a dos seus colegas de trabalho e a de quem estão a socorrer.

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PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA

• É ao pessoal do distribuidor de electricidade que compete intervir em todos os acidentes eléctricos, antes de qualquer bombeiro.

• Nenhum bombeiro pode ter acesso a uma instalação eléctrica sem, para isso, estar autorizado pelo pessoal do piquete do distribuidor e ter conhecimentos de electricidade.

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PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA

• Em todas as situações, devem os bombeiros observar o seguinte:

- Proceder à sinalização no local da intervenção; - Observar as recomendações emanadas pelo distribuidor; - Utilizar o extintor adequado para cada caso, em função da tensão de serviço;

- Ter muita atenção aos fios condutores e a toda a instalação eléctrica.

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PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA

• Afastar uma vítima do contacto com um condutor em tensão - Cortar-se imediatamente a corrente, se existir um aparelho

de corte no local do acidente; - Caso não exista aparelho de corte no local e se a instalação

for de baixa tensão, provocar-se um curto circuito, a fim de obter os mesmos resultados;

- Proteger-se, se não for possível cortar a corrente, utilizando materiais isolantes adequados ao nível da tensão (luvas, varas, tapetes, etc.), lembrando-se que a presença de humidade pode torná-los condutores

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PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA

• Incêndio no interior de um posto de transformação

- A entrada dos bombeiros é sempre condicionada às orientações dos técnicos do distribuidor, que deverão proceder às manobras necessárias para evitar a existência de tensão.

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PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA

• Incêndio numa instalação de baixa tensão

- O bombeiro deverá evitar fazer cortes nos condutores da rede, sem que primeiro mande chamar o piquete do distribuidor.

- Não sendo possível a presença daquele, o bombeiro deve actuar no ramal que alimenta a instalação em perigo, cortando-a no ponto mais baixo e enrolando o condutor no poste, utilizando capacete com viseira, botas com sola isolante, luvas de borracha próprias para trabalho em tensão, alicates de punhos isolados, ou outro material ou ferramentas adequadas.

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PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA

• Incêndio em edifícios

- Podem obrigar o bombeiro a actuar no sentido de retirar os fusíveis do quadro de colunas ou da portinhola; em qualquer dos casos, deve estar protegido e utilizar o saca fusíveis e não um alicate universal, mesmo que seja de punhos isolados.

- Não deve esquecer-se que ao retirar os fusíveis da portinhola, corta a corrente a todo o edifício; se retirar os fusíveis das caixas de saída do quadro de colunas, existirá ainda corrente em todos os serviços comuns.

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EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA

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USO E CONSERVAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA

• Luvas isolantes

- Devem ser as adequadas à tensão de serviço das instalações ou equipamentos nos quais se realizam as intervenções; - Devem ser verificadas para detectar a presença de roturas ou furos, por mais pequenos que sejam. A detecção de qualquer defeito implica a remoção de serviço;

- Se em boas condições, devem ser guardadas em caixas ou bolsas de protecção e não devem estar em contacto com objectos cortantes ou perfurantes.

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USO E CONSERVAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA

• Estrado e tapete isolante - Verificar se os pés do estrado estão sobre uma superfície

desobstruída, limpa e em bom estado.

- A plataforma do estrado deve estar suficientemente afastada das partes da instalação ligadas à terra.

- O bombeiro deve situar-se bem no centro do estrado ou tapete isolante e evitar todo e qualquer contacto com massas metálicas, paredes ou outros elementos que o ponham em contacto com a terra.

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USO E CONSERVAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA

• Verificador de tensão

- É um pequeno aparelho destinado a verificar a ausência de tensão ou o valor da tensão ou a distinguir a fase do neutro, dado que as indicações fornecidas pelo busca-pólos são muito imprecisas.

- Alguns verificadores de tensão possuem um indicador luminoso, permitindo reconhecer a presença de tensão pelo simples contacto com o condutor.

- O emprego das luvas é obrigatório.

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USO E CONSERVAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA

• Croque e vara isolantes

- Antes de serem manuseados deve verificar-se que não há qualquer defeito, fissura ou estrago no seu exterior e se não estão húmidos nem sujos.

- A utilização do croque isolante requer muito cuidado do seu utilizador, que deve estar totalmente isolado.

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