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de Estudo e Partilha de Vida GRUPO TEMA 6 O amor 1. SENSIBILIZAÇÃO 2. LECTIO DIVINA 1 Jo 4,16 A origem do amor é Deus que se manifesta no dom do seu Filho, como iniciativa gratuita. Nós o percebemos e acolhemos pela fé. Nós o vivemos no amor a Ele e ao próximo. Nós o conservamos com esperança e sem temor. Há quem devo amar primeiro, Deus ou próximo? Para João essa pergunta não faz sentido, pois o amor a Deus é inseparável do amor ao próximo. Aprofundando teologicamente a questão, em João, o amor a Deus e ao próximo, se implicam mutuamente, de modo que, um sem o outro, se torna irreal. O critério da permanência em Deus se dá empiricamente na forma como nos relacionamos com o nosso próximo que, em João, se torna para nós a face de Deus. 3. ÁGUA DA ROCHA A espiritualidade marista se configura em viver o amor como seguimento de Jesus à luz de Marcelino e dos primeiros irmãos: Ao oferecer e receber amor, somos desafiados a combater a tendência ao individualismo e ao cuidado pessoal excessivo, assim como a tendência a uma generosidade débil e fraca. Isto exige o desenvolvi- mento do espírito de família. Devemos estar abertos aos outros, estar atentos às suas necessidades, dispostos a escutá-los e a colocar o nosso tempo à sua disposição. Nisto, todos são iguais, tanto os

1. SENSIBILIZAÇÃOpjmgrupomarista.org.br/wp-content/uploads/sites/17/2015/12/subsidio061.pdfencontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, dessa

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de Estudoe Partilha de Vida

G R U P O

TEMA 6

O amor

1. SENSIBILIZAÇÃO

2. LECTIO DIVINA

1 Jo 4,16

A origem do amor é Deus que se manifesta no dom do seu Filho, como iniciativa gratuita. Nós o percebemos e

acolhemos pela fé. Nós o vivemos no amor a Ele e ao próximo. Nós o conservamos com esperança e sem temor.

Há quem devo amar primeiro, Deus ou próximo? Para João essa pergunta não faz sentido, pois o amor a Deus

é inseparável do amor ao próximo.

Aprofundando teologicamente a questão, em João, o amor a Deus e ao próximo, se implicam mutuamente,

de modo que, um sem o outro, se torna irreal. O critério da permanência em Deus se dá empiricamente na forma

como nos relacionamos com o nosso próximo que, em João, se torna para nós a face de Deus.

3. ÁGUA DA ROCHA

A espiritualidade marista se configura em viver o amor como seguimento de Jesus à luz de Marcelino e dos

primeiros irmãos:

Ao oferecer e receber amor, somos desafiados a combater a tendência ao individualismo e ao cuidado

pessoal excessivo, assim como a tendência a uma generosidade débil e fraca. Isto exige o desenvolvi-

mento do espírito de família. Devemos estar abertos aos outros, estar atentos às suas necessidades,

dispostos a escutá-los e a colocar o nosso tempo à sua disposição. Nisto, todos são iguais, tanto os

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O amor

jovens como os mais idosos, pois, quando se

trata de doação pessoal, não há distinção

de idade. (Água da Rocha, n. 108).

Marcelino, como fundador, teve a graça de ob-

ter, como resultado do seu esforço, a transformação

prodigiosa dos primeiros Irmãos naquilo que o Supe-

rior Geral, Seán Sammon, chamou de Maravilhosos

Companheiros (DELORME, 2010, p. 10). Partindo do

Ir. João Batista até o Ir. Avit, sempre se percebeu a

necessidade de registrar as experiências desses que

foram os primeiros frutos do Instituto Marista. Desta-

cam-se os Irmãos Francisco, João Batista, Luís Maria,

Silvestre, Lourenço, Doroteu, entre tantos outros. Um

texto recordado por João Batista Furet sobre o Ir. Luís

diz respeito à pedagogia da oração em Marcelino

Champagnat (DELORME, 2010, p. 25):

Irmão Luís, você ama Jesus com todo o

coração?... Você ama Jesus com seu es-

pírito?... Ama Jesus com todas as suas

forças?... Se Jesus lhe perguntasse, como

perguntou a São Pedro: “Você me ama”? O

que é que você responderia? Você poderia

dizer sinceramente: Sim, Senhor, o Senhor

sabe que o amo... O Irmão Luís comoveu-se

e foi levado às lágrimas por essa série de

perguntas; o mesmo Padre Champagnat se

inflamou. “Padre, diante da última pergun-

ta, não ouso assegurar a Cristo que o amo;

mas parece-me que desejo amá-lo de todo

o meu coração e é ao senhor que eu me di-

rijo para aprender a amá-lo sempre mais”.

4. REFLEXÃO PASTORAL

Uma pastoral que nasce do Amor

As palavras de Bento XVI nos recordam que o amor é

tangível na pessoa de Jesus, e que nossa pastoral não

pode jamais se reduzir a ações no campo da ética;

cristianismo é muito mais: “Ao início do ser cristão,

não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o

encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que

dá à vida um novo horizonte e, dessa forma, o rumo

decisivo” (Deus Caritas est, nº 1). Uma prática pastoral

autêntica deve brotar do amor que nasce desse en-

contro com a pessoa de Jesus. Por isso, na origem e na

base de qualquer ação ou planejamento pastoral, há

uma necessidade de se resgatar aquilo que Francisco

chama de “Primado de Deus” (Evangelii Gaudium, nº

12). Como cristãos cooperamos com Ele, para que por

meio de nossas ações, planejamentos e estratégias

seu amor possa chegar a um número ainda maior de

pessoas. Mas para que possamos viver e transmitir

esse amor, não podemos nos esquecer do texto inicial:

a fonte do amor cristão é a permanência nele.

1. O � óximo é face do am� de Deus para nós. Qual a

radicalidade d� ta afirmação?2. O am� é como um compasso.

Tem duas pontas. Uma fixa e outra solta. Na haste fixa tem�

o encontro com J� us Cristo, � igem e fim de todo am� ; na haste solta há uma ab� tura que nasce da c� t� a

de quem o encontrou de � ecisar comunicar � se h� izonte de sentido

para as outras p� soas. Qual é o entusiasmo e a alegria com que

anuncio � se encontro?

5. ORAÇÃO

Santa Maria, Mãe de Deus, mostrai-nos Jesus.

Guiai-nos para Ele. Ensinai-nos a conhecê-lo e a

amá-lo, para podermos também tornar-nos capazes

de verdadeiro amor e de ser fontes de água viva, no

meio de um mundo sequioso. Amém.1

1 Bento XVI.

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6. COMPROMISSO SEMANAL

Para valorizar o primado de Deus em nossa ação pastoral, durante esta semana, procurar propiciar momentos

de maior intimidade com Deus, base e fonte de todo amor verdadeiro.

7. DICA DE LEITURA

⬢ Carta Encíclica Deus Caritas est. Papa Bento XVI

⬢ Testamento Espiritual do Padre Marcelino Champagnat. Disponível em: Vida de Marcelino José Bento

Champagnat, de Jean Baptiste Furet, p. 222-225.

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O amor