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História Prova Global - 10.º ano www.edusurfa.pt Provas Globais de História 10.º ano © 2001 Porto Editora, Lda I Das duas questões que se seguem responda apenas a uma. 1. a QUESTÃO Doc. A – Eloquência e superioridade humana Foi a nossa cidade que revelou a cultura [...]. Foi ela que honrou a eloquência, que todos desejam, e cujos possuidores são invejados. Ela tem consciência de que somos, de todos os animais, os únicos que a natureza dotou deste privilégio e que, por termos esta superioridade, diferimos em tudo o mais. [...] Os discursos belos e artísticos não são apanágio das pessoas inferiores, mas obra de uma alma que pensa bem; os sábios e os que parecem ignorantes diferem uns dos outros sobretudo nisto, [...] os que foram criados desde início como homens livres não se conhecem pela coragem, riqueza ou qualidades dessa espécie, mas distinguem- se sobretudo pela maneira de falar, e é este o sinal mais seguro da educação de cada um de nós, e aqueles que sabem usar bem da palavra, não só são poderosos no seu país, como honrados nos outros. Isócrates, Panegírico, em Hélade Antologia da Cultura Grega – Evidencie, a partir dos documentos A e B, o humanismo e o racionalismo das manifestações culturais gregas. 2. a QUESTÃO Doc. B – Apoxiómeno, de Lisipo Doc. C – O fórum romano Doc. D – Do fórum romano constavam os seguintes edifícios: – Arco de Sétimo Severo – Cúria: sala onde o Senado se reunia – Basílica Emília – Templo de Antonino e de Faustina – Tribuna das Arengas – Coluna de Focas – Templo de Júlio César – Casa do Grande Pontífice – Templo de Saturno – Basílica Júlia – Templo de Castor e Pólux – Templo de Vesta – Casa das Vestais – Arco de Tito – Mostre como o fórum constituía uma síntese da vida política, económica e sociocultural de Roma.

10 ano

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História Prova Global - 10.º ano www.edusurfa.pt

Provas Globais de História 10.º ano © 2001 Porto Editora, Lda

I

Das duas questões que se seguem responda apenas a uma.

1.a QUESTÃO

Doc. A – Eloquência e superioridade humana

Foi a nossa cidade que revelou a cultura [...].Foi ela que honrou a eloquência, que todos desejam, e cujos possuidores são

invejados. Ela tem consciência de que somos, de todos os animais, os únicos que anatureza dotou deste privilégio e que, por termos esta superioridade, diferimos em tudoo mais. [...] Os discursos belos e artísticos não são apanágio das pessoas inferiores, masobra de uma alma que pensa bem; os sábios e os que parecem ignorantes diferem unsdos outros sobretudo nisto, [...] os que foram criados desde início como homens livresnão se conhecem pela coragem, riqueza ou qualidades dessa espécie, mas distinguem-se sobretudo pela maneira de falar, e é este o sinal mais seguro da educação de cada umde nós, e aqueles que sabem usar bem da palavra, não só são poderosos no seu país,como honrados nos outros.

Isócrates, Panegírico, em Hélade – Antologia da Cultura Grega

– Evidencie, a partir dos documentos A e B, o humanismo e o racionalismo dasmanifestações culturais gregas.

2.a QUESTÃO

Doc. B – Apoxiómeno,de Lisipo

Doc. C – O fórum romano Doc. D – Do fórum romano constavam os seguintesedifícios:

– Arco de Sétimo Severo– Cúria: sala onde o Senado se reunia– Basílica Emília– Templo de Antonino e de Faustina– Tribuna das Arengas– Coluna de Focas– Templo de Júlio César– Casa do Grande Pontífice– Templo de Saturno– Basílica Júlia– Templo de Castor e Pólux– Templo de Vesta– Casa das Vestais– Arco de Tito

– Mostre como o fórum constituía uma síntese da vida política, económica e socioculturalde Roma.

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II

Das duas questões que se seguem responda apenas a uma.

1.a QUESTÃO

Doc. A

Eu, Afonso, pela graça de Deus rei de Aragão, conde de Barcelona, marquês daProvenza, dou e concedo a ti, Guillem de Anglesola, o meu castelo de Mur, por mim emeus sucessores, e o terás com serviço e fidelidade. Te dou e concedo este castelo comtodos os seus termos e pertenças, saídas e as melhorias que faças nele [...]. Dou-to e toconcedo em feudo; far-me-ás serviço e ter-me-ás fidelidade perpétua tanto a mim como ameus sucessores. [...] Esta carta foi escrita em Barbastro, no mês de Novembro do ano de1192.

Liber Feudorum Maior, vol. I, Barcelona

– Com base no documento A, descreva as relações vassálicas entre a aristocracia nasociedade feudal.

2.a QUESTÃO

Doc. B

O que, com certeza, os condes dificilmente poderiam ver com bons olhos, era aascensão dos senhores locais e o poder militar que iam adquirindo, ao ponto de um deles,justamente Gonçalo Trastamires, ter conseguido conquistar Montemor, e de outros,provavelmente os senhores de Riba Douro, terem conduzido acções semelhantes na regiãode Paiva e Entre-os-Rios, tudo isto consolidado, depois, com as primeiras campanhas deFernando, o Magno, em terra portuguesa. [...]

Não menos importante é o facto de estes infanções formarem um grupo não muitogrande, mas unido (em particular pelos laços de parentesco) e que domina na região maisrica em homens e com maior capacidade de expansão demográfica de todo o território, oMinho, ou melhor, a região delimitada pelo mar, o rio Lima, o Marão, o Gerês e o Douro.

J. Mattoso, “A nobreza minhota na origem de Portugal”, revista História, n.º 6, Abril, 1979

– Explique o processo de formação da nobreza senhorial portucalense nos séculos XI-XII.

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III

Das duas questões que se seguem responda apenas a uma.

1.a QUESTÃO

Doc. A

– Integre, a partir do documento A, no contexto europeu da época, as tensões sociaisocorridas em Portugal no século XIV.

2.a QUESTÃO

Doc. B – Do sistema de capitanias aogovernador-geral

Eu, El-Rei [D. João III], faço sabera vós, Tomé de Sousa, fidalgo da minhacasa, que vendo eu quanto serviço deDeus e meu é conservar e enobrecer ascapitanias e povoações do Brasil eencontrar maneira de que melhor sepossam ir povoando para exaltação danossa Santa Fé e para proveito dosmeus reinos e dos naturais [...] resolvinomear-vos governador-geral das ditasterras do Brasil.

Regimento de Tomé de Sousa, 1549

Doc. C – Poderes de uma hacendada no México (1615)

Saibam quantos virem esta escritura como eu Dona Joana Altamirano,viúva de Alonço de Villanueba Çerbantes, vizinha desta cidade do Méxicode Nova Espanha, digo que, porquanto havendo recebido da poderosa mãode Deus Nosso Senhor muitos bens, o dito Alonço de Villanueba Çerbantesmeu marido e eu acordámos de fazer e fundar vínculo e morgadio a favor deAlonço de Villanueba Çerbantes, nosso filho mais velho, considerando queos bens que se partem e dividem se costumam perder e consumir, e queficando agregados e indivisos permanecem e aumentam [...]; e os que gozamdas rendas de tais morgadios estão mais dispostos a amparar e defender asrepúblicas e cidades onde vivem, e a servir o seu rei e senhor natural assimna paz como na guerra, como os obriga a lei natural e divina, do que resultaser Deus Nosso Senhor servido e a sua santa fé exaltada.

F. Chevalier, La formación de los grandes latifundios en Mexico

– Relacione, a partir dos documentos B e C, a organização económica e administrativaadoptada pelos estados ibéricos nos espaços que colonizaram com os condicionalismosetnoculturais e políticos dos referidos espaços.

D. DINIS • Peste (1316) e fomes (1315-17)

D. AFONSO IV

• Fomes (1333-34)• Guerra com Castela (1336-37)• Quebra da moeda• Peste Negra em Portugal (1348)• Leis do Trabalho (1349)• Fomes (1350 e 1355-56)• Peste (1356)

D. PEDRO • Surtos de peste (1361-65)

D. FERNANDO

• 1.ª Guerra Fernandina (1369-71). Grandes inundações.Quebra da moeda (1369)

• 2.ª Guerra Fernandina (1372-73). Tumultos populares• Seca (1375). Lei das Sesmarias (1375)• 3.ª Guerra Fernandina (1381-82)

INTERREGNO• Revolução e guerra com Castela (1383-85)• Peste (1384)• Quebra da moeda (1386)