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7/31/2019 10 aula - Negcio Jurdicos e da Representao
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NEGCIO JURDICO
1. Conceito: consiste na manifestao da vontade que procura produzirdeterminado efeito jurdico, sendo, portanto, uma declarao de vontadequalificada.
2. Classificao
a. PODEM SER UNILATERAIS OU BILATERAIS
a.1. Unilaterais: so aqueles em que suficiente e necessria uma nicavontade para a produo de efeitos jurdicos.
Ex: Testamento, doao.
a.1.1. Podem ser:1. Receptcios: em que a manifestao de vontade deve ser conhecida pelaoutra pessoa, que no necessita manifestar sua vontade.
Ex: revogao de um mandato
2.No Receptcios: aquele em que o conhecimento da outra parte irrelevante.
Ex: Testamento
a.2. Bilaterais: so os que dependem de duas vontades.
Ex: casamento, compra e venda.
a.3. Plurilaterais: os que dependem da manifestao de mais de 02 vontades.
b. ONEROSOS OU GRATUITOS
1. Onerosos: uma parte cumpre uma prestao para receber outra.
Ex: compra e venda2. Gratuito: h a diminuio do patrimnio de uma parte com o aumento
da outra.
Ex: doao
c. SOLENES OU FORMAIS E NO-SOLENES
1. Solenes ou formais: os que somente possuem validade se revestidosna forma da lei.
Ex: escritura pblica, testamento.
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2. No Solenes: so os que possuem forma livre.
Ex: compra e venda de um caderno.
Artigo 107 do CCB a validade de declarao de
vontade no depender de forma especial, senoquando a lei expressamente a exigir.
d. COMPLEXOS, SIMPLES E COLIGADOS
1. Complexos: so os que resultaram da fuso de vrios atos sem eficciaautnoma, de vrias declaraes de vontade que se completam parauma finalidade comum.
Ex: venda de um bem imvel com a outorga uxria do cnjuge (03declaraes de vontade marido e esposa e o terceiro adquirente)
2. Simples: decorrem de um nico ato.
Ex: doao
3. Coligado: composto de vrios outros negcios.
Ex: supermercado e lojas de convenincia, loterias, contratos defornecimentos.
e. INTER VIVOS E CAUSA MORTIS
1. Mortis Causa: so os que possuem por finalidade regula o patrimniode uma pessoa aps a morte;
Ex: Esplio, testamento.
2. Inter Vivos: os que ocorrem entre pessoas vivas.
Ex: compra e venda, locao, mtuo.f. PESSOAIS E PATRIMONIAIS
1. Pessoais: os que se ligam s disposies de famlia.
Ex: casamento, reconhecimento de um filho.
2. Patrimoniais: relacionam-se com o patrimnio da pessoa.
Ex: testamento, doao, cesso.
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g. COMUTATIVOS E ALEATRIOS
1. Comutativos: quando as prestaes so equivalentes, certas edeterminadas.Ex: acordo
2. Aleatrias: quando a prestao de uma das partes depende deacontecimentos incertos e inesperados.
Ex: ganhar um carro se passar no vestibular
3. Elementos do Negcio Jurdico
OS ELEMENTOS DO NEGCIO JURDICO PODEM SER:
a. ELEMENTOS ESSENCIAIS: so os que compem, qualificam edistinguem o negcio dos demais atos, so os que sem sua presena onegcio no se forma e nem se aperfeioa. So eles:
a.1. Declarao de Vontade: um elemento do prprio conceito donegcio, de sua existncia. Para o negcio jurdico, a vontade precisa sermanifestada para lhe dar vida.
a.1.1. Tipos
1. Expressa: quando a vontade autorizada pela palavra escrita ou falada,quer pela expresso da voz.
2. Tcita: aquele que se retira da conduta do agente, expressa pordeterminada atitude.
Nos contratos, o artigo 111 do CCB, afirma que, o silncio manifestao tcita da vontade, quando a lei determinar, quando forconvencionado entre as partes, ou resultar de usos e costumes.
PACTA SUNT SERVANDA: os contratos fazem suas leis e a vontademanifestada obrigar o contratante.
a.2. Finalidade Negocial: a vontade dirigida para obter efeitos prticosconservando, modificando ou extinguindo direitos. Visa a produo deefeitos preestabelecido na Lei.
a.3. Idoneidade do Objeto: o objeto do negcio jurdico deve serrelacionado com sua realizao.
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Ex: contrato de comodato sobre um bem INFUNGVEL. (mquina detecer tear)
b. ELEMENTOS DE VALIDADE
a. Capacidade do agente: a que d aptido para o agente atuar nosnegcios jurdicos como declarante ou declaratrio.
b. Objeto lcito, possvel, determinado ou determinvel
1. Lcito: aquele que esta de consonncia com a lei, a moral e os bonscostumes.
2. Possvel: aquele que pode ser alcanado ou satisfeito. Para entend-lo deve-se ter a noo de IMPOSSIBILIDADE DO OBJETO.
2.1. Impossibilidade do objeto pode ser:
a. Fsica: se relaciona com a existncia fsica ou natural do objeto.
Ex: compra e venda de um lote no cu.
b. Jurdica: quando o objeto do negcio proibido pela legislao.
Ex: penhora de um bem pblico.
3. Determinado ou Determinvel
3.1. Determinado: o objeto certo e especificado.
3.2. Determinvel: o objeto que pode ser determinado no momentodo cumprimento do negcio.
Ex: coisa incerta (artigo 243 CCB) indicada pelo gnero e quantidade.
Semovente Bubalino 10 Fmeas
4. Forma: pelo artigo 107 do CCB, em regra, a forma do negcio livre,salvo se houver forma prescrita em lei ou no defesa em lei.
Artigo 166, IV, V, CCB: nulo o negcio jurdico quandono se reverter da forma prescrita em lei ou for
negligenciada alguma solenidade considerada essencialem lei para sua validade.
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4.1. Tipos de forma do Negcio
a. Solene: quando a forma exigida por lei como requisito de validade donegcio jurdico.
Ex: escritura pblica para transferncia da propriedade de um imvel.
b. Livre: quando o negcio vlido por vrias formas de manifestao devontade sem imposio legal.
Ex: negcio tcito, compra e venda de um lpis.
c. Contratual: a disposta no artigo 109 do CCB que impe que, quandoas partes celebrarem um negcio jurdico podem fixar para a validade domesmo como requisito, um INSTRUMENTO PBLICO.
d. FORMA AD SUBSTANTIAM: quando a forma da essncia do ato, sobpena de invalidade.
e. FORMA AD PROBATIONEM: se relacionam com a prova do negciopor qualquer meio idneo.
No direito brasileiro, quando a forma do negcio no prescrita emlei, pode ser provada por qualquer meio admitido em Direito.(Regras Processuais Dica)
REPRESENTAO
1. Conceito: quando uma pessoa age em nome de outra.
2. Tipos de Representao (artigo 115 CCB)
a. Representao Legal: aquela que resulta da vontade da lei para
certas situaes.
Ex: tutela, curatela.
Aqui a lei fixa a extenso, os limites, a necessidade do poder deadministrar.
b. Representao Voluntria: em regra baseada no mandato, cujoinstrumento a PROCURAO.
Ex: o interessado fixar os poderes de seu representante.
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3. Regras Gerais
O representante obrigado a provar s pessoas, com quem tratar emnome do representado, a sua qualidade e a extenso de seus poderes,
sob pena de no o fazendo, responder pelos atos que excederem aospoderes fixados (artigo 118 CCB);
O representando legal do incapaz deve informar sua qualidade aterceiros;
anulvel o negcio concludo pelo representante em confronto com osinteresses do representando, se tal fato era ou devia ser conhecido peloterceiro com quem contratou (artigo 119 CCB);
4. Prazo Decadencial de 180 dias para anulao
Sua contagem se d da concluso do Negcio jurdico ou daCessao da Incapacidade do menor.
5. GESTO DE NEGCIOS
1. A gesto de negcios fica em um ponto intermedirio entre arepresentao legal e a voluntria;
2. Inicialmente o gestor age sem qualquer autorizao do dono do negcio,mas posteriormente pode haver ratificao por parte do interessado;
3. Diz-se que mesmo sem a posterior ratificao do dono do negcio, agesto j tem parcela de representao legal, em face do consentimentotcito.
6. Autocontratao ou contrato consigo mesmo (Previso no artigo
117 CCB)
1. Definio: a possibilidade do representante, assim como realizanegcios com terceiros em nome do representado, pode faz-lo consigoprprio cumulando duas vontades, que passam a existir.
2. Requisitos:
a. Autorizao legal (via judicial;
Ex: curador autorizado a comprar um bem do curatelado, em caso deurgncia (cuidados com a sade do menor)
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b. Autorizao do representado;
Ex: procurao com clusula de Mo prpria feita no cartrio
3. Efeitos
O negcio anulvel, se o representante agir sem autorizao legal ousem autorizao do representado.