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Liedi Bariani Bernucci
Jorge Augusto Pereira CerattiJorge Barbosa Soares
Laura Maria Goretti da Motta
Formao Bsica para Engenheiros
PAVIMENTAOASFLTICA
Rio de Janeiro
2008
Liedi Bariani Bernucci
Laura Maria Goretti da Motta
Jorge Augusto Pereira Ceratti
Jorge Barbosa Soares
Pavimentao asflticaFormao bsica para engenheiros
3. Reimpresso
2010
PAtRoCinAdoReS
Petrobras Petrleo Brasileiro S. A.
Petrobras distribuidora
Abeda Associao Brasileira das empresas distribuidoras de Asfaltos
Copyright 2007 Liedi Bariani Bernucci, Laura Maria Goretti da Motta,
Jorge Augusto Pereira Ceratti e Jorge Barbosa Soares
P338 Pavimentao asfltica : formao bsica para engenheiros / Liedi Bariani Bernucci... [et al.]. Rio de Janeiro : PetRoBRAS: ABedA,2006.504 f. : il.
inclui Bibliografias.Patrocnio PetRoBRAS
1. Asfalto. 2. Pavimentao. 3. Revestimento asfltico. 4. Mistura.i. Bernucci, Liedi Bariani. ii. Motta, Laura Maria Goretti da. iii. Ceratti,Jorge Augusto Pereira. iV. Soares, Jorge Barbosa.
Cdd 625.85
CooRdenAo de PRoduo
trama Criaes de Arte
PRoJeto GRFiCo e diAGRAMAo
Anita Slade
Sonia Goulart
deSenhoS
Rogrio Corra Alves
ReViSo de texto
Mariflor Rocha
CAPA
Clube de idias
iMPReSSo
Grfica imprinta
Ficha catalogrfica elaborada pela Petrobras / Biblioteca dos Servios Compartilhados
APRESENTAO
tendo em vista a necessidade premente de melhoria da qualidade das rodovias brasileiras e a importncia da ampliao da infra-estrutura de transportes, a Pe-trleo Brasileiro S.A., a Petrobras distribuidora S.A. e a Associao Brasileira das empresas distribuidoras de Asfaltos Abeda vm investindo no desenvolvimento de novos produtos asflticos e de modernas tcnicas de pavimentao. Para efeti-vamente aplicar estes novos materiais e a recente tecnologia, preciso promover a capacitao de recursos humanos.
Assim, essas empresas, unidas em um empreendimento inovador, conceberam uma ao para contribuir na formao de engenheiros civis na rea de pavimenta-o: o Proasfalto Programa Asfalto na universidade. este projeto arrojado foi criado para disponibilizar material didtico para aulas de graduao de pavimentao visan-do oferecer slidos conceitos tericos e uma viso prtica da tecnologia asfltica.
Para a elaborao do projeto didtico, foram convidados quatro professores de renomadas instituies de ensino superior do Brasil. iniciou-se ento o projeto que, aps excelente trabalho dos professores Liedi Bariani Bernucci, da universidade de So Paulo, Laura Maria Goretti da Motta, da universidade Federal do Rio de Janei-ro, Jorge Augusto Pereira Ceratti, da universidade Federal do Rio Grande do Sul, e Jorge Barbosa Soares, da universidade Federal do Cear, resultou no lanamento deste importante documento.
o livro Pavimentao Asfltica descreve os materiais usados em pavimentao e suas propriedades, alm de apresentar as tcnicas de execuo, de avaliao e de restaurao de pavimentao. A forma clara e didtica como o livro apresenta o tema o transforma em uma excelente referncia sobre pavimentao e permite que ele atenda s necessidades tanto dos iniciantes no assunto quanto dos que j atuam na rea.
A universidade Petrobras, co-editora do livro Pavimentao Asfltica, sente-se honrada em participar deste projeto e cumprimenta os autores pela importante ini-ciativa de estabelecer uma bibliografia de consulta permanente sobre o tema.
Petrleo Brasileiro S.A. PetrobrasPetrobras distribuidora S.A. AsfaltosAbeda Associao Brasileira das empresas distribuidoras de Asfaltos
PReFCio 7
1 Introduo 9
1.1 PAViMento do Ponto de ViStA eStRutuRAL e FunCionAL 9
1.2 uM BReVe hiStRiCo dA PAViMentAo 11
1.3 SituAo AtuAL dA PAViMentAo no BRASiL 20
1.4 ConSideRAeS FinAiS 22
BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 24
2 Ligantes asflticos 25
2.1 intRoduo 25
2.2 ASFALto 26
2.3 eSPeCiFiCAeS BRASiLeiRAS 58
2.4 ASFALto ModiFiCAdo PoR PoLMeRo 59
2.5 eMuLSo ASFLtiCA 81
2.6 ASFALto diLudo 96
2.7 ASFALto-eSPuMA 97
2.8 AGenteS ReJuVeneSCedoReS 99
2.9 o PRoGRAMA ShRP 100
BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 110
3 Agregados 115
3.1 intRoduo 115
3.2 CLASSiFiCAo doS AGReGAdoS 116
3.3 PRoduo de AGReGAdoS BRitAdoS 124
3.4 CARACteRStiCAS teCnoLGiCAS iMPoRtAnteS doS AGReGAdoS PARA PAViMentAo ASFLtiCA 129
3.5 CARACteRiZAo de AGReGAdoS SeGundo o ShRP 150
BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 154
SumRiO
4 Tipos de revestimentos asflticos 157
4.1 intRoduo 157
4.2 MiStuRAS uSinAdAS 158
4.3 MiStuRAS IN SITU eM uSinAS MVeiS 185
4.4 MiStuRAS ASFLtiCAS ReCiCLAdAS 188
4.5 tRAtAMentoS SuPeRFiCiAiS 191
BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 200
5 Dosagem de diferentes tipos de revestimento 205
5.1 intRoduo 205
5.2 deFinieS de MASSAS eSPeCFiCAS PARA MiStuRAS ASFLtiCAS 207
5.3 MiStuRAS ASFLtiCAS A Quente 217
5.4 doSAGeM de MiStuRAS A FRio 253
5.5 MiStuRAS ReCiCLAdAS A Quente 256
5.6 tRAtAMento SuPeRFiCiAL 263
5.7 MiCRoRReVeStiMento e LAMA ASFLtiCA 269
BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 281
6 Propriedades mecnicas das misturas asflticas 287
6.1 intRoduo 287
6.2 enSAioS ConVenCionAiS 288
6.3 enSAioS de MduLo 290
6.4 enSAioS de RuPtuRA 308
6.5 enSAioS de deFoRMAo PeRMAnente 316
6.6 enSAioS CoMPLeMentAReS 327
BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 332
7 Materiais e estruturas de pavimentos asflticos 337
7.1 intRoduo 337
7.2 PRoPRiedAdeS doS MAteRiAiS de BASe, SuB-BASe e ReFoRo do SuBLeito 339
7.3 MAteRiAiS de BASe, SuB-BASe e ReFoRo do SuBLeito 352
7.4 ALGuMAS eStRutuRAS tPiCAS de PAViMentoS ASFLtiCoS 365
BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 369
8 Tcnicas executivas de revestimentos asflticos 373
8.1 intRoduo 373
8.2 uSinAS ASFLtiCAS 373
8.3 tRAnSPoRte e LAnAMento de MiStuRAS ASFLtiCAS 384
8.4 CoMPACtAo 389
8.5 exeCuo de tRAtAMentoS SuPeRFiCiAiS PoR PenetRAo 393
8.6 exeCuo de LAMAS e MiCRoRReVeStiMentoS ASFLtiCoS 397
8.7 ConSideRAeS FinAiS 401
BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 402
9 Diagnstico de defeitos, avaliao funcional e de aderncia 403
9.1 intRoduo 403
9.2 SeRVentiA 405
9.3 iRReGuLARidAde LonGitudinAL 407
9.4 deFeitoS de SuPeRFCie 413
9.5 AVALiAo oBJetiVA de SuPeRFCie PeLA deteRMinAo do iGG 424
9.6 AVALiAo de AdeRnCiA eM PiStAS MoLhAdAS 429
9.7 AVALiAo de Rudo PRoVoCAdo PeLo tRFeGo 435
BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 438
10 Avaliao estrutural de pavimentos asflticos 441
10.1 intRoduo 441
10.2 MtodoS de AVALiAo eStRutuRAL 443
10.3 eQuiPAMentoS de AVALiAo eStRutuRAL no-deStRutiVA 445
10.4 noeS de RetRoAnLiSe 453
10.5 SiMuLAdoReS de tRFeGo 457
10.6 ConSideRAeS FinAiS 460
BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 461
11 Tcnicas de restaurao asfltica 463
11.1 intRoduo 463
11.2 tCniCAS de ReStAuRAo de PAViMentoS CoM PRoBLeMAS FunCionAiS 466
11.3 tCniCAS de ReStAuRAo de PAViMentoS CoM PRoBLeMAS eStRutuRAiS 468
11.4 ConSideRAeS SoBRe o tRinCAMento PoR ReFLexo 469
BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 475
ndiCe de FiGuRAS 477
ndiCe de tABeLAS 486
ndiCe ReMiSSiVo de teRMoS 490
ndiCe ReMiSSiVo dAS BiBLioGRAFiAS 496
7PREFCiO
este livro tem por objetivo principal contribuir para a formao do aluno na rea de pavimentao asfltica, dos cursos de engenharia Civil de universidades e faculda-des do pas. o projeto deste livro integra o Programa Asfalto na universidade, con-cebido em conjunto com a Petrobras e a Abeda, nossos parceiros e patrocinadores, para apoiar o ensino de graduao, disponibilizando material bibliogrfico adicional aos estudantes e aos docentes de disciplinas de infra-estrutura de transportes. os autores acreditam que seu contedo possa ser tambm til a engenheiros e a tc-nicos da rea de pavimentao e, no aspecto de organizao do conhecimento, a ps-graduandos.
A elaborao deste livro em muito assemelha-se construo de uma estrada, e os autores o vem como mais uma via na incessante busca de novos horizontes. estradas preexistentes influenciam o traado de novas rodovias, assim como a pre-existncia de diversos materiais bibliogrficos contribuiu para o projeto deste livro. os autores procuraram ao mximo trafegar por diversas referncias, devidamente reconhecidas no texto, e esto cientes de que muitos outros caminhos precisam ser percorridos para uma viagem mais plena.
Como em qualquer projeto de engenharia, decises foram tomadas com vistas delimitao do trabalho. Foram enfocados tpicos julgados menos disponveis na li-teratura tcnica brasileira sobre materiais de pavimentao principalmente no que se refere aos ligantes asflticos e aos tipos e propriedades das misturas asflticas , tcnicas executivas e de avaliao de desempenho, bem como as diretrizes para a restaurao asfltica de pavimentos. esses assuntos foram considerados pelos autores de grande valia para a construo do conhecimento sobre pavimentao na academia. os autores reconhecem a limitao do escopo deste livro e recomendam fortemente que os estudantes busquem bibliografia complementar que enriquea seus conhecimentos, enveredando tambm pelos caminhos do projeto de dimensio-namento das estruturas de pavimentos e de restauraes, da mecnica dos pavi-mentos, da geotecnia, do projeto de trfego e de drenagem, das tcnicas de controle tecnolgico, da gerncia de pavimentos etc. todas essas reas do saber afins pa-vimentao do embasamentos aos conceitos necessrios para termos pavimentos rodovirios, aeroporturios e urbanos mais econmicos, com melhor desempenho e mais durveis para cada situao.
Como toda obra de pavimentao, no faltou neste caso a consultoria e o contro-le de qualidade, exercidos com competncia e elegncia pelos cole gas aqui reconhe-cidos por seus valiosos comentrios e sugestes: dra. Leni Figueiredo Mathias Leite
e eng. Luis Alberto do nascimento (Centro de Pesquisa da Petrobras), eng. ilonir Antonio tonial (Petrobras distribuidora), eng. Armando Morilha Jnior (Abeda), Prof. dr. Glauco tlio Pessa Fabbri (escola de engenharia de So Carlos/univer-sidade de So Paulo), Prof. Srgio Armando de S e Benevides (universidade Fe-deral do Cear), Prof. lvaro Vieira (instituto Militar de engenharia) e eng. Alfredo Monteiro de Castro neto (desenvolvimento Rodovirio S.A.).
A experincia de escrever este livro a oito mos foi deveras enriquecedora, construindo-o em camadas, com materiais convencionais e alternativos, cuida-dosamente analisados, compatibilizando-se sempre as espessuras das camadas e a qualidade dos materiais. no livro, competncias e disponibilidades de tempo foram devidamente dosadas entre os quatro autores. um elemento presente foi o uso de textos anteriormente escritos pelos quatro autores em co-autoria com seus respectivos alunos e colegas de trabalho, sendo estes devidamente referen-ciados.
Por fim, tal qual uma estrada, por melhor que tenha sido o projeto e a execu-o, esta obra est sujeita a falhas, e o olhar atento dos pares ajudar a realizar a manuteno no momento apropriado. o avano do conhecimento na fascinante rea de pavimentao segue em alta velocidade e, portanto, alguns trechos da obra talvez meream restaurao num futuro no distante. novos trechos devem surgir. Aos autores e aos leitores cabe permanecer viajando nas mais diversas es-tradas, em busca de paisagens que ampliem o horizonte do conhecimento. Aqui, espera-se ter pavimentado mais uma via para servir de suporte a uma melhor compreenso da engenharia rodoviria. Que esta via estimule novas vias, da mesma forma que uma estrada possibilita a construo de outras tantas.
os autores
notA iMPoRtAnte: os quatro autores participaram na seleo do contedo, na organizao e na redao de todos os onze captulos, e consideram suas respec-tivas contribuies ao livro equilibradas. A ordem relativa co-autoria levou em considerao to somente a coordenao da produo do livro.
10.1 INTRODUO
Os pavimentos so estruturas que em geral no apresentam ruptura sbita, mas sim deteriorao funcional e estrutural acumuladas a partir de sua abertura ao trfego. A parcela estrutural associada aos danos ligados capacidade de carga do pavimento e tratada neste captulo, enquanto os aspectos funcionais so objeto do Captulo 9.
A avaliao de pavimentos tem como conceitos associados: serventia: qualidade do pavimento, num determinado instante, quanto aos aspectos
para o qual foi construdo em relao ao conforto ao rolamento e segurana; desempenho: variao da serventia ao longo do tempo (ou do trfego) de uso do pa-
vimento; gerncia: administrao, gesto e otimizao dos recursos aplicada ao planejamento,
projeto, construo, manuteno e avaliao dos pavimentos; restaurao: conjunto de operaes destinadas a restabelecer na ntegra ou em par-
te as caractersticas tcnicas originais de um pavimento (intervenes); incluem as aes de manuteno denominadas preventivas e reforo;
manuteno preventiva: operao de correes localizadas que no atingem a maioria da superfcie do pavimento, repondo pequena parcela da condio de serventia;
reforo: operao de restaurao onde se aproveita o valor residual da estrutura do pavimento e acrescenta-se nova camada de mistura asfltica (tambm dito recapea-mento). Atualmente, pode incluir a fresagem de parte do revestimento antigo alm da colocao de nova camada estrutural de revestimento ou camadas de reposio de conforto ao rolamento;
reconstruo: operao de refazer o pavimento, no todo desde o subleito, ou mais comumente atualmente a partir da sub-base por retirada total dos materiais de base e revestimentos antigos e substituio por novos materiais ou por reciclagem dos mesmos sem ou com adio de estabilizantes tais como asfalto-espuma, cimento Portland ou cal hidratada. Aps a reciclagem constri-se nova capa asfltica como revestimento.
Uma forma de se representar uma curva de desempenho de um pavimento ao longo de vrios ciclos de restaurao pode ser a indicada na Figura 10.1. O critrio de avaliao
10Avaliao estrutural
de pavimentos asflticos
442 Pavimentao asfltica: formao bsica para engenheiros
pode ser funcional ou estrutural, e o nvel mnimo aceitvel para este parmetro define o momento de fazer a interveno corretiva de restaurao ou reforo.
A avaliao funcional, incluindo a segurana, como visto no Captulo 9, tem como pa-lavras-chave: conforto ao rolamento, condio da superfcie, interao pneu-pavimento, defeitos e irregularidades.
A avaliao estrutural, por sua vez, est associada ao conceito de capacidade de carga, que pode ser vinculado diretamente ao projeto do pavimento e ao seu dimen-sionamento. Os defeitos estruturais resultam especialmente da repetio das cargas e vinculam-se s deformaes elsticas ou recuperveis e plsticas ou permanentes. As deformaes elsticas so avaliadas por equipamentos prprios chamados genericamen-te de defletmetros por medirem os deslocamentos verticais nomeados como deflexo do pavimento. Elas so responsveis pelo surgimento da maioria dos trincamentos ao longo da vida do pavimento, e que podem levar fadiga do revestimento. As deforma-es plsticas so acumulativas durante os anos de vida de um pavimento e resultam em defeitos do tipo afundamento localizado ou nas trilhas de roda, medidos por meio de trelia normatizada, mostrada no Captulo 9.
(a) Curva de desempenho e intervenes
(b) Fases da vida estrutural (DNER-PRO 10)
Figura 10.1 Representaes esquemticas de curvas de desempenho de um pavimento e etapas de restaurao
443Avaliao estrutural de pavimentos asflticos
10.2 MTODOS DE AVALIAO ESTRUTURAL
A avaliao estrutural de um pavimento pode ser feita por mtodos: destrutivo, semides-trutivo ou no-destrutivo.
Um mtodo destrutivo aquele que investiga a condio estrutural de cada camada que compe o pavimento por abertura de trincheiras ou poos de sondagem, permitindo recolher amostras de cada material at o subleito e realizar ensaios de capacidade de car-ga in situ. Pela sua prpria natureza destrutiva s pode ser empregado em alguns poucos pontos selecionados como representativos de cada segmento a ser avaliado.
A Figura 10.2 mostra exemplos de extrao de corpos-de-prova e de poos de sonda-gem em pavimentos em uso para avaliao das camadas. Com a extrao de amostras do pavimento possvel identificar os tipos de materiais das camadas e subleito, as espessuras de camadas e fazer coleta de amostras para ensaios de laboratrio. possvel determinar a massa especfica e a umidade de cada camada para comparar com as condies de umidade tima e massa especfica mxima dos ensaios de compactao, e assim, avaliar eventuais ex-cessos de umidade ou deficincia de grau de compactao. A retirada de corpos-de-prova do revestimento asfltico, por sonda rotativa, permite avaliar o grau de envelhecimento do ligante, entre outras observaes possveis.
Um mtodo semidestrutivo aquele que se vale de aberturas menores de janelas no pa-vimento que permitam utilizar um instrumento porttil de pequenas dimenses para avaliar a capacidade de carga de um pavimento, tal como o uso de cones dinmicos de penetrao DCP (Trichs e Cardoso, 2001; Trichs et al., 2004). A Figura 10.3 mostra um exemplo dessa tcnica expedita de avaliao da capacidade de carga de subleitos e camadas de solo fino do pavimento. A aplicao deste ensaio s permite em geral correlao com o ISC dos materiais, com certa preciso. Atualmente tambm comeam a ser usados, com mais propriedade, equipamentos portteis para avaliao expedita do mdulo de elasticidade do pavimento, atravs de pulsos, aplicados na superfcie, e medies do retorno dos mesmos, como o exemplo mostrado na Figura 10.4 (www.dynatest.com).
A avaliao mais adequada para ser feita em grandes extenses de pistas e com pos-sibilidade de inmeras repeties no mesmo ponto, de forma a acompanhar a variao da capacidade de carga com o tempo, a que lana mo de medidas no-destrutivas, representadas por medidas de deflexo.
A cada passagem de roda o pavimento sofre um deslocamento total que tem duas componentes:1. Deformao elstica que resulta na flexo alternada do revestimento, chamada por
conveno de deflexo, cuja medida a principal forma de avaliao estrutural de um pavimento em uso.
2. Deformao permanente que resulta no afundamento de trilha de roda cuja medida tambm um critrio de definio da vida til estrutural e funcional de um pavimento visto que, a partir de certo valor, pode interferir na condio de conforto e segurana do trfego.
444 Pavimentao asfltica: formao bsica para engenheiros
Figura 10.2 Exemplos de extrao de corpos-de-prova e de poos de sondagem em pavimentos em uso
(a) Equipamento em uso(Foto Abdou, 2005)
(b) Equipamento desmontado para transporte
Figura 10.3 Exemplo de equipamentos DCP de avaliao estrutural expedita de subleitos e camadas de solo
Figura 10.4 Equipamento de avaliao expedita do mdulo elstico do pavimento(Foto Abdou, 2005)
Foto: Dynatest, 2004
445Avaliao estrutural de pavimentos asflticos
Quando se mede o deslocamento elstico em vrios pontos a partir da carga tem-se a denominada bacia de deflexo ou linha de influncia da carga sobre um ponto do pa-vimento (DNER-ME 061/94).
A Figura 10.5(a) mostra o resultado da repetio das deformaes elsticas num pavimento de revestimento de concreto asfltico como trincamento generalizado e inter-ligado, chamado de couro de jacar. J na Figura 10.5(b) observa-se o resultado do acmulo das deformaes permanentes, que podem ocorrer tanto no revestimento quan-to no subleito ou como contribuio de todas as camadas do pavimento. As deformaes permanentes so medidas por trelia padronizada com 120cm de base, conforme mos-trado na Figura 9.21.
(a) Fadiga (b) Deformao permanente
Figura 10.5 Defeitos estruturais de trincamento e afundamento por repetio de cargas
10.3 EQUIPAMENTOS DE AVALIAO ESTRUTURAL NO-DESTRUTIVA
Os equipamentos utilizados em avaliaes no-destrutivas (NDT nondestructive deflec-tion testing) podem ser divididos em:1. Carregamento quase-esttico: ensaio de placa e viga Benkelman, por exemplo.2. Carregamento vibratrio: dynaflect, por exemplo.3. Carregamento por impacto: falling weight deflectometer (FWD).
H bastante diferena entre os valores numricos de avaliao estrutural realizados utilizando-se cada um desses tipos de equipamentos, que podem ser usados para le-vantamentos da condio de pavimentos para sistema de gerncia em nvel de rede, para anlises de rotina ou para projeto de reabilitao. Todos os equipamentos devem ser constantemente calibrados por processos especficos e seguem rotinas de aplicao determinada pelo tipo de carregamento (ASTM D 4695).
Os equipamentos de medio de deflexo do pavimento defletmetros mais utili-zados no pas so de duas geraes bastante distintas:
446 Pavimentao asfltica: formao bsica para engenheiros
o primeiro a ser desenvolvido, na dcada de 1950, foi a viga Benkelman, sendo o engenheiro do Departamento de Transportes da Califrnia, A. C Benkelman, o seu criador. Foi introduzido no Brasil em 1962 (Carneiro, 1965);
o segundo grupo dos equipamentos de peso batente (falling weight deflectometer) FWD criados na dcada de 1980. Foi introduzido no Brasil em 1994 (DNER, 1998).
Os dois tipos de equipamentos so empregados no pas para avaliao estrutural. Com esses equipamentos so medidos os seguintes parmetros:1. Deflexo mxima: deslocamento sob o centro da carga (FWD) ou sob o centro das
rodas duplas de um eixo simples (viga Benkelman), sendo a deflexo normalmente expressa em 10-2mm (d0).
2. Raio de curvatura: crculo ou arco de parbola que passa por dois pontos da defor-mada (viga Benkelman), normalmente sob a carga e a 25cm do centro da mesma (d0 e d25).
3. Deformada, bacia de deformao ou bacia deflectomtrica: medidas dos deslocamen-tos elsticos ou recuperveis em vrios pontos a partir do centro do carregamento (d0, d25, d50 etc.).
Como complemento avaliao estrutural no-destrutiva de pavimentos podem ser usados equipamentos como o geo-radar, munido de radar para estimar as espessuras das camadas ao longo da via (Gonalves e Ceratti, 1998; ASTM D 4748). A seguir so descritos os equipamentos mencionados.
10.3.1 Viga Benkelman (VB)A viga Benkelman consiste de um equipamento muito simples que necessita de um ca-minho com eixo traseiro simples de roda dupla carregado com 8,2t, para aplicar a carga sob a qual ser medida a deformao elstica. A Figura 10.6 mostra um esquema desse equipamento com o caminho (DNER-ME 24/94) e um exemplo de medida em campo.
O ensaio completo consiste em: (i) colocar a ponta de prova da viga Benkelman entre os pneus da roda geminada traseira do caminho, colocando-a exatamente sob o seu eixo; (ii) fazer uma leitura inicial do extensmetro que se situa a uma distncia segura para o operador sobre o brao mvel da viga leitura Li; (iii) fazer o caminho se afastar lentamente at 10m de distncia da ponta de prova ou at que o extensmetro no acuse mais variao da leitura; (iv) ler o extensmetro leitura Lf. (Figura 10.7).
A leitura final corresponde ao descarregamento do pavimento e todo o deslocamento recuperado associado deformao elstica do pavimento (deflexo). Calcula-se a deflexo d0 pela expresso (10.1), sendo K a constante da viga dada pela relao entre o brao maior e o brao menor, articulados:
(10.1)
447Avaliao estrutural de pavimentos asflticos
(a) Esquema da viga Benkelman (DNER ME 24/94)
(b) Medida com viga Benkelman em campo
Figura 10.6 Esquema da viga Benkelman (DNER-ME 24/94) e exemplo de medida em campo
A Figura 10.8 mostra o esquema de medidas quando se deseja obter a bacia de deflexo com a viga Benkelman. um procedimento trabalhoso e de pouca preciso quando realizado com a viga convencional, mas hoje possvel encontrar no pas vigas automatizadas, nas quais a leitura dos deslocamentos se faz com medidores eltricos tipo LVDT. Todas as leituras intermedirias devem ser referidas leitura final, para o clculo da deflexo no ponto considerado.
Na maioria das vezes medem-se somente a deflexo mxima d0 e mais um ponto, em geral a 25cm do inicial (d25), para clculo do chamado raio de curvatura, que representa um arco de parbola que passa pelos dois pontos. A Figura 10.9 mostra o esquema deste clculo (DNER-ME 24/94). A partir da expresso (10.2), indicada para clculo do raio de curvatura R com as deflexes em centsimos de milmetro, obtm-se o raio em metros:
(10.2)
448 Pavimentao asfltica: formao bsica para engenheiros
Figura 10.7 Passos do ensaio com a viga Benkelman
(a) Posicionamento do caminho
(b) Colocao da viga Benkelman e leitura inicial (c) Afastamento do caminho e leitura final
10.3.2 Equipamento por impacto falling weight deflectometer (FWD)Os equipamentos mais atuais de medida dos deslocamentos elsticos de um pavimento so os de impacto por queda de um peso suspenso a certa altura, sobre amortecedores que comunicam o choque a uma placa metlica apoiada sobre o pavimento no ponto de leitura da deflexo mxima Figura 10.10.
As normas DNER-PRO 273 e ASTM D 4695 descrevem o uso desse tipo de equi-pamento. O equipamento totalmente automatizado, sendo rebocado por um veculo utilitrio leve que carrega parte do sistema de aquisio de dados feito por computador, conectado aos sensores instalados na parte rebocada, que o defletmetro propria-mente dito. O ensaio consiste em se aplicar a carga de impacto e ler os deslocamentos em vrios sensores colocados ao longo de um suporte em posies convenientemente escolhidas para se obter a linha de deslocamentos. Note-se que essa uma diferena importante entre o FWD e a viga Benkelman. Outra diferena marcante est na forma de aplicao da carga: dinmica no FWD e quase esttica na VB.
Embora ambos os tipos de defletmetros sejam preparados para medir os deslocamentos elsticos, pelas diferenas de concepo entre eles, as deflexes no so iguais, nem existe
449Avaliao estrutural de pavimentos asflticos
(a) Em planta
(b) Resultado
Figura 10.8 Esquema de leituras com a viga Benkelman para obteno da deformada (Desenhos Nbrega, 2003)
Figura 10.9 Esquema de medida e clculo do raio de curvatura
450 Pavimentao asfltica: formao bsica para engenheiros
uma correlao simples e universal entre medidas realizadas com o FWD e a VB. Em cada tipo de pavimento pode-se obter certa correlao entre esses valores, porm no generalizvel.
A Figura 10.11 mostra exemplos de FWD existentes no pas, sendo de duas marcas, e tendo diferenas entre eles como: tipo de amortecedor, placas segmentadas ou no, tipo de sensor de medida de deslocamentos, forma do pulso de carga etc. (Macdo, 1996). Por serem equi-pamentos mais sofisticados exigem, tambm, calibraes peridicas e especializadas. Lamen-tavelmente, embora j se tenha no pas cerca de 20 equipamentos FWD, no existe nenhum centro de calibrao como em outros pases. Um exemplo de centro de calibrao de FWD est na Figura 10.12 (Fonte: DOT Pensilvnia). Em 2009, foi criado nos EUA novo procedimento e, equipamento expedito e porttil para calibrao de FWD (FHWA HRT 07 -040).
A Figura 10.13 mostra o esquema de medidas da deformada com o FWD e o esque-ma das leituras internas dos sensores.
As vantagens do FWD em relao VB convencional so: acurcia nas medies; possibilidade de aplicao de vrios nveis de carga; maior produtividade (mais pontos levantados por dia); ensaio no influenciado pelo operador; registro automtico de temperatura e de distncias dos pontos de ensaio.
Algumas desvantagens do FWD so: custo do equipamento, necessidade de calibra-es mais sofisticadas, diferenas de resultados entre marcas.
Figura 10.10 Esquema de um defletmetro de impacto
451Avaliao estrutural de pavimentos asflticos
Figura 10.11 Exemplos de modelos de FWD
(a) Vista geral do FWD Dynatest (b) Detalhe do prato de aplicao de carga e da barra de sensores
(c) FWD KWAB
(d) Detalhe do sistema de carregamento
Pesos batentes
Figura 10.12 Exemplo de modelo de centro de calibrao de FWD (Fotos: Centro Regional de Calibrao do Norte dos EUA)
452 Pavimentao asfltica: formao bsica para engenheiros
Tanto o FWD quanto a VB podem ser usados no controle da capacidade de suporte das camadas do pavimento desde a sua construo, o que vem sendo cada vez mais usado no pas com muitas vantagens (Soares et al., 2000).
A ordem de grandeza das deflexes dos pavimentos asflticos varia muito com as caractersticas da estrutura, o tipo de revestimento, o nvel de trincamento, as condies climticas etc. Mas como valor tpico pode-se indicar de 30 a 50 (x10-2mm) para um pavimento com revestimento de concreto asfltico e base granular em boa condio estrutural, e da ordem de 80 (x10-2mm) para um pavimento com revestimento de trata-mento superficial.
A vantagem de se poder medir com acurcia a bacia deflectomtrica do pavimento utiliz-la para estimar os mdulos de elasticidade das camadas, o que permite uma avaliao estrutural mais adequada de cada segmento e o clculo do reforo estrutural, se necessrio, pelos princpios da mecnica dos pavimentos. Isto possvel atravs da tcnica chamada de retroanlise, que ser discutida, sucintamente, a seguir.
Figura 10.13 Esquema de medidas com o FWD (www.dynatest.com)
453Avaliao estrutural de pavimentos asflticos
10.4 NOES DE RETROANLISE
O entendimento do pavimento como uma estrutura que forma um sistema em camadas que trabalham solidariamente, permite compatibilizar os materiais em termos de rigidez. Aplicando-se os princpios da mecnica dos pavimentos (Medina e Motta, 2005) pos-svel fazer uma avaliao estrutural mais adequada de todas as camadas e do subleito.
Para se aplicar o clculo de tenses e deformaes para um dimensionamento apro-priado do reforo do pavimento, necessrio se conhecer a rigidez de todas as camadas do pavimento e do subleito. Como a maioria dos pavimentos, em uso, foi dimensionada pelo mtodo do CBR (ou ISC), no se conhece a princpio essa caracterstica dos ma-teriais em cada trecho. Mesmo se conhecendo os valores dos mdulos de resilincia da poca do projeto e construo, eles tendem a ser variveis com o tempo e o uso e, em alguns casos, pelo clima. Uma forma de resolver esse problema seria por meio da avalia-o destrutiva por abertura de poos, que permitam coletar amostras para determinao destes parmetros em laboratrio. Mas isto um servio lento e causa transtornos adi-cionais ao pavimento.
Surgiu ento um mtodo que permite inferir os mdulos de elasticidade das camadas do pavimento e do subleito por interpretao das bacias de deformao a retroanlise. Usa-se aqui o termo mdulo de elasticidade por ser nesse caso um parmetro retrocal-culado e no determinado em laboratrio por meio do ensaio de carga repetida, como o caso do mdulo de resilincia.
A Figura 10.14 indica os elementos necessrios para entender o conceito do mtodo de retroanlise de pavimentos. Tendo-se o conhecimento da carga externa aplicada para a qual foi obtida a bacia deflectomtrica e, conhecendo-se as caractersticas bsicas dos tipos de materiais presentes em cada camada e suas espessuras, possvel inferir os
Figura 10.14 Esquema dos dados necessrios para se fazer uma retroanlise de pavimento (Nbrega, 2003)
454 Pavimentao asfltica: formao bsica para engenheiros
mdulos de elasticidade a partir das deflexes obtidas. Esta especificao feita con-siderando-se uma determinada combinao de mdulos das camadas de modo a fazer coincidirem a bacia terica calculada e a bacia de campo determinada. Esta ltima pode ser obtida a partir de ensaios no-destrutivos, utilizando-se equipamentos como a viga Benkelman, universalmente usada, ou o FWD, instrumento capaz de obter determina-es mais acuradas (Macedo, 1996; Albernaz, 1997; Villela e Marcon, 2001; Nbrega, 2003).
A norma ASTM D 5858 apresenta uma diretriz de entendimento desta tcnica e cuidados na sua interpretao. No se tem ainda norma correspondente no pas, mas o Manual de reabilitao do DNER (1998) comenta a retroanlise.
Os dados de entrada do processo de retroanlise so: a configurao do carregamen-to, a bacia deflectomtrica, seo-tipo do pavimento, coeficientes de Poisson e faixas de valores modulares para cada camada da estrutura.
Em relao aos procedimentos de avaliao estrutural e projeto de reforo de pavi-mentos flexveis adotados pelo DNER (PRO-10/79 procedimento A, PRO-11/79 pro-cedimento B, PRO-159/85 e PRO-269/94), a retroanlise dos mdulos de elasticidade de um pavimento apresenta as seguintes vantagens: possibilita a obteno dos mdulos nas condies de campo; minimiza o nmero de sondagens para determinao das espessuras e coletas de
amostras para determinao dos parmetros desejados, que so de difcil reproduo em laboratrio, alm de serem onerosas, perigosas e demoradas;
os ensaios no-destrutivos so menos onerosos e menos demorados do que os en-saios destrutivos;
possibilita o uso pleno da bacia deflectomtrica, no s a deflexo mxima (d0) como nas tcnicas de avaliao estrutural preconizadas pelo DNER.
Os mtodos tradicionais fazem a caracterizao estrutural de um pavimento a partir dos valores individuais de deflexo mxima, considerando-os isoladamente. A deflexo mxima possibilita a determinao dos locais onde o pavimento apresenta variaes nas deformaes verticais reversveis quando do carregamento imposto pelo trfego. Entre-tanto, um mesmo valor de deflexo reversvel mxima pode representar inmeros nveis de qualidade estrutural, tanto mais crtica quanto mais concentrada a bacia, dependendo tambm do tipo da estrutura. Ou seja, pode-se obter uma mesma deflexo mxima para diversas combinaes estruturais, conforme ilustra a Figura 10.15.
Nos procedimentos A e B do DNER recomendado o levantamento da bacia deflec-tomtica, em poucos pontos (dois ou trs pontos em 1km de extenso), mas no feito o uso pleno desta determinao. O procedimento B incorpora esses dados no clculo do raio de curvatura, o que subestima a potencialidade da bacia deflectomtica que, usada de forma adequada, fornece parmetros bastante teis para a avaliao estrutural com-pleta, que engloba a estimativa dos mdulos de elasticidade das camadas que compem o pavimento.
455Avaliao estrutural de pavimentos asflticos
A sistemtica de retroanlise se justifica por permitir: inferir os mdulos de elasticidade E nas condies de campo; eliminar ou minimizar coleta de amostras; caracterizar com rapidez as camadas em termos de elasticidade; verificar a condio estrutural de cada camada e subleito.
As desvantagens de obteno dos mdulos de elasticidade por retroanlise so: a sensibilidade do clculo dos valores dos mdulos de elasticidade aos valores das
bacias deflectomtricas que possuem uma impreciso inerente aos levantamentos de campo;
a confiabilidade dos instrumentos e dos procedimentos operacionais de medio das deflexes deve ser continuamente verificada;
os mdulos de elasticidade retroanalisados no representam necessariamente os mdulos reais dos materiais das camadas e sim mdulos equivalentes (igualdade depende de diversos fatores, como por exemplo nmero de camadas, grau de trinca-mento, homogeneidade de material e regularidade de espessura);
o conjunto de mdulos retroanalisados no nico, depende do programa utilizado para obt-los, das hipteses simplificadoras, dos nveis de ajustes atingidos etc.
Esta idia no nova e j existem mtodos de retroanlise desde a dcada de 1970. Porm, com o advento dos equipamentos automatizados tipo FWD e com o avano da
Figura 10.15 Diferentes formas de bacia deflectomtrica indicam diferentes capacidades de carga para a mesma deflexo mxima (Nbrega e Motta, 2003)
456 Pavimentao asfltica: formao bsica para engenheiros
computao houve um acelerado desenvolvimento dessa tecnologia, hoje fartamente disponvel em vrias verses de softwares.
Os programas se dividem em simplificados e iterativos. Entre os iterativos, todas as empresas e instituies que possuem FWD dispem de um mtodo de retroanlise as-sociado, por exemplo, o ELMOD da empresa Dynatest do Brasil. possvel tambm se conseguir na internet muitos desses programas.
Entre os programas simplificados brasileiros tem sido utilizado o RETRAN2CL, de-senvolvido por Albernaz (1997) que se baseia nas seguintes hipteses e simplificaes, entre outras: modelagem como um sistema ideal elstico de duas camadas: (i) pavimento, e (ii)
subleito; materiais da estrutura de pavimento so considerados sem peso, homogneos e iso-
trpicos; pavimento tem uma espessura uniforme e uma largura infinita; o subleito tem espes-
sura infinita; coeficiente de Poisson 0,5 para o pavimento e o subleito; aplicao em pavimento com espessura menor que o raio da placa de carga no
confivel.
A Figura 10.16 mostra uma das telas do programa RETRAN2CL onde possvel observar o ajuste entre a bacia medida e a calculada e os mdulos retroanalisados do pavimento e do subleito. Com esses valores possvel avaliar a capacidade estrutural do pavimento e calcular a eventual espessura de reforo necessria para o trecho avaliado.
A retroanlise no serve somente para avaliao estrutural e projeto de reforo, j tendo sido usada para o desenvolvimento de mtodo de dimensionamento de pavimentos novos de vias de baixo volume de trfego (Alvarez Neto, 1997; Alvarez Neto et al., 1998). Nos referidos trabalhos, a retroanlise foi usada na estimativa de mdulos de trechos j implantados e serviu de calibrao do mtodo de dimensionamento proposto. Alm disso, a retroanlise recomendada como forma de estimar o mdulo de trabalho do subleito (para grandes extenses, o levantamento in situ torna-se mais econmico que a realizao de uma campanha de ensaios para extrao, coleta e ensaios de amostras de solos, p. 152, Alvarez Neto, 1997).
Os dados da retroanlise podem contribuir para a elaborao de projetos mais confi-veis, para pavimentos mais durveis, representando um ganho de tempo nos projetos e minimizando a coleta de amostras. A retroanlise o procedimento de projeto de reforo que mais evolui no momento no mundo.
fundamental que os procedimentos de retroanlise de bacias deflectomtricas sejam claramente compreendidos para que o projetista e o contratante conheam as vantagens e as limitaes da modelagem utilizada. H, ainda, a necessidade de balizar os progra-mas e procedimentos de retroanlise pelos ensaios de laboratrio ou faixas de valores de mdulos consistentes.
457Avaliao estrutural de pavimentos asflticos
No caso de um trecho homogneo de pavimentos, tm-se em geral medidas de bacias em vrias sees ou estacas intermedirias. Uma questo que se coloca : (i) deve-se fazer a retroanlise em todos os pontos levantados, para em seguida obter a mdia dos mdulos retroanalisados, ou ento (ii) deve-se obter uma bacia mdia e fazer somente uma retroanlise por trecho? A primeira hiptese sempre a melhor, porm muito tra-balhosa e consome bastante tempo de anlise. Mostra-se que possvel chegar a resul-tados adequados definindo duas curvas correspondentes curva mdia mais ou menos um desvio padro, e assim fazer a retroanlise obtendo-se valores prximos da anlise ponto a ponto (Nbrega et al., 2003).
10.5 SIMULADORES DE TRFEGO
Os simuladores de trfego so grandes equipamentos de campo que permitem fazer importante avaliao estrutural de sees de pavimento, para determinao de vida de fadiga em condies muito mais prximas da situao real de condies de trfego e de materiais do que os ensaios de laboratrio vistos no Captulo 6, mas de forma acelerada em relao ao desempenho.
Existem vrios tipos desses equipamentos que consistem de forma geral em fazer atuar uma ou duas rodas de caminho sobre uma curta seo do pavimento a ser tes-
Figura 10.16 Tela do programa RETRAN2CL (Albernaz, 1997)
458 Pavimentao asfltica: formao bsica para engenheiros
tado, por ciclos de carga contnuos durante vrias horas por dia. Assim, reproduz-se em curto espao de tempo o nmero de passagens de eixos previstos no projeto da estrutura ensaiada.
Assim possvel testar novos materiais e mtodos de dimensionamento, entender o comportamento de distintos perfis de pavimentos e concluir sobre eficincias de tcnicas de restaurao, por exemplo.
No pas h trs tipos de simuladores de trfego em atividade: o primeiro instalado foi o simulador circular do IPR/DNER em 1980 no Rio de Janeiro
(Silva, 2001), mostrado na Figura 10.17(a). A concepo desse simulador baseada no princpio do simulador francs de pista do LCPC instalado em Nantes, apresentado na Figura 10.17(b);
o segundo instalado no pas foi o simulador linear da UFRGS/DAER-RS em 1995 em Porto Alegre (Nez, 1997), mostrado nas Figuras 10.17(c) e (d);
o terceiro tipo o simulador mvel tipo HVS (heavy vehicle simulator), de concepo brasileira, que permite testar trechos de estradas em uso (Fritzen, 2005), mostrado nas Figuras 10.17(e) e (f). Esse tipo de equipamento tem a grande vantagem de po-der ser transportado para o local de teste. Existem dois desses equipamentos mveis disponveis e atuantes no pas desde 2003.
Existem no mundo simuladores HVS que podem ser deslocados de um ponto a ou-tro por meio de carreta como o brasileiro ou atravs de sua prpria potncia Figura 10.18(a). Torna-se possvel a simulao acelerada do comportamento de um pavimento ao longo de sua vida de servio com a construo de um pequeno trecho de pavimento numa faixa adicional colocada ao lado do pavimento existente Figura 10.18(b) ou na prpria pista. Alm desses aspectos, o HVS pode simular os testes com controle de temperatura atravs de uma cmara add-on. Os efeitos da umidade tambm podem ser levados em considerao com o uso de sistemas de molhagem da superfcie e tcnicas simples de injeo de gua nas camadas de base, sub-base e subleito.
459Avaliao estrutural de pavimentos asflticos
Figura 10.17 Exemplos de simuladores de trfego
(a) Simulador do IPR no Rio de Janeiro (b) Simulador do LCPC de Nantes na Frana
(c) Simulador da UFRGS/DAER-RS em Porto Alegre (d) Detalhe do simulador da UFRGS/DAER-RS
(e) Simulador brasileiro mvel tipo HVS (f) Simulador brasileiro mvel tipo HVS em uso
460 Pavimentao asfltica: formao bsica para engenheiros
10.6 CONSIDERAES FINAIS
A avaliao estrutural fundamental para se determinar a capacidade de carga de um pavimento desde a sua construo e ao longo da sua vida para definir a poca mais adequada de fazer uma interveno de restaurao e qual deve ser a tcnica a ser em-pregada.
Cada pavimento tem sua deflexo admissvel, determinada a partir de um dimensio-namento mecanstico, que faz uso dos parmetros de mdulo de resilincia dos materiais de cada camada e do subleito e dos critrios de fadiga e de deformao permanente de-finidos ao longo deste livro. Da mesma forma, o projeto de um reforo estrutural tambm dever ser feito levando em conta esses critrios.
Como j declarado no prefcio, foge do escopo deste livro o detalhamento desses mtodos de dimensionamento, mas estimula-se o leitor a procurar outros livros sobre o assunto, como, por exemplo, Pinto e Preussler (2002); Huang (1993, 2003); Medina e Motta (2005), entre outros.
Figura 10.18 Exemplos de simuladores de trfego tipo HVS heavy vehicle simulator em outros pases
(a) Detalhe da autolocomoo
(b) Teste em faixa adicional ao lado da pista existente
461Avaliao estrutural de pavimentos asflticos
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Pavimentao asfltica: formao bsica para engenheiros
ndice de figuras e tabelas
10 avaliaO estrutural de pavimentOs asflticOsFigura 10.1 Representaes esquemticas de curvas de desempenho de um pavimento
e etapas de restaurao 442Figura 10.2 Exemplos de extrao corpos-de-prova e de poos de sondagem
em pavimentos em uso 444Figura 10.3 Exemplo de equipamentos DCP de avaliao estrutural expedita de subleitos
e camadas de solo 444Figura 10.4 Equipamento de avaliao expedita do mdulo elstico do pavimento 444Figura 10.5 Defeitos estruturais de trincamento e afundamento por repetio de cargas 445Figura 10.6 Esquema da viga Benkelman (DNER ME 24/94) e exemplo
de medida em campo 447Figura 10.7 Passos do ensaio com a viga Benkelman 448Figura 10.8 Esquema de leituras com a viga Benkelman para obteno da deformada 449Figura 10.9 Esquema de medida e clculo do raio de curvatura 449Figura 10.10 Esquema de um defletmetro de impacto 450Figura 10.11 Exemplos de modelos de FWD 451Figura 10.12 Exemplo de modelo de centro de calibrao de FWD 451Figura 10.13 Esquema de medidas com o FWD 452Figura 10.14 Esquema dos dados necessrios para se fazer uma retroanlise de pavimento
(Nbrega, 2003) 453Figura 10.15 Diferentes formas de bacia deflectomtrica indicam diferentes capacidades
de carga para a mesma deflexo mxima (Nbrega e Motta, 2003) 455Figura 10.16 Tela do programa RETRAN2CL (Albernaz, 1997) 457Figura 10.17 Exemplos de simuladores de trfego 459Figura 10.18 Exemplos de simuladores de trfego tipo HVS heavy vehicle simulator
em outros pases 460
Sem tabelas
Pavimentao asfltica: formao bsica para engenheiros
AAASHTO, 287, 306, 346, 404,
406, 464abraso, 116, 124, 133, 153,
187, 269, 273, 395abraso Los Angeles, 134, 140,
261, 273, 327, 357absoro, 142, 149, 167, 216,
271, 435aderncia, 165, 179, 403, 429,
430, 483adeso, 116, 187, 264, 273, 275,
280adesividade, 64, 118, 143, 328,
421afundamento de trilha de roda,
322, 417, 443afundamentos, 322, 414, 416,
417, 419, 424, 442, 443, 445agentes rejuvenescedores, 41, 99,
188, 190, 256, 473agregado, 115, 207 artificial, 119 britado, 124 grado, 120, 132, 139, 142,
150, 152 mido, 85, 120, 148, 150, 151 natural, 99, 116 propriedades (ver propriedades
dos agregados) reciclado, 116, 119, 351, 352,
355, 362alcatro, 25, 26amostragem, 73, 130, 142, 387amostragem de agregados, 130anlise granulomtrica, 122, 132anlise petrogrfica, 117anlise por peneiramento, 119,
121, 122, 125, 139angularidade de agregado, 150,
151, 152, 240, 261
ngulo de fase, 104, 260, 290, 303
areia, 116, 119, 120, 141, 151, 164, 174, 341, 354, 356, 363, 430
areia-asfalto, 174, 253, 328areia-cal-cinza volante, 356argila, 132, 143, 150, 153, 340,
341, 354, 358, 360, 363argila calcinada, 119, 134argila expandida, 119aromticos, 27, 30, 37, 51, 64asfaltenos, 27, 30, 32, 68, 176asfalto, 25, 27, 30, 34, 41, 58,
100 asfalto-borracha, 75, 162, 165,
172, 302, 324, 377 asfaltos diludos, 81, 96 asfalto-espuma, 38, 41, 97, 441 asfalto modificado por
polmeros, 59, 63, 67, 69, 92, 162, 174, 377, 472
asfalto natural, 26 composio qumica, 27 especificao brasileira, 58, 61,
83, 94, 95, 96, 97, 99 especificao europia, 62 especificao SHRP, 32, 100,
102, 103 produo, 32, 33, 34, 39 programa SHRP, 100 propriedades fsicas-ensaios, 41 coesividade Vialit, 72 densidade relativa, 53 durabilidade, 49 dutilidade, 49 espuma, 53 estabilidade estocagem, 72 fragilidade e tenacidade, 73 massa especfica, 53 penetrao, 42
ponto de amolecimento, 48 ponto de fulgor, 52 ponto de ruptura Fraass, 54 recuperao elstica, 70 remetro de cisalhamento
dinmico, 104 remetro de fluncia em viga
(BBR), 106 retorno elstico, 70 separao de fases, 72 suscetibilidade trmica, 55 solubilidade, 49 trao direta (DTT), 108 vaso de envelhecimento sob
presso (PAV), 108 viscosidade, 43avaliao, 403, 441 de aderncia em pistas
molhadas, 429 estrutural, 9, 441, 463 funcional, 9, 403, 441, 463 objetiva, 424 subjetiva, 404, 409
Bbacia de deflexo, bacia de
deformao, 445, 452basalto, 116, 118, 119, 142, 143base (camada de pavimento), 176,
183, 194, 337, 339base asfltica, 176BBM, BBME, BBTM, BBUM, 176,
177, 179, 180, 181, 182betume (ver asfalto), 25, 26, 49bica corrida, 353, 357bombeamento de finos, 416, 423borracha (ver asfalto-borracha),
59, 62, 63, 65, 75brita graduada simples, 352, 353,
357
NDICE REMISSIVO DE tERMOS
ndice remissivo de termos
brita graduada tratada com cimento, 352, 356, 362
britador, 124, 127britagem, 124Brookfield, 47buraco (panela), 415, 416, 422,
425
Ccamada(s) de base; de sub-base, 352 de dissipao de trincas (de
absoro de trincas; anti-reflexo de trincas), 468, 469
de mdulo elevado, 162, 165, 176
de reforo do subleito, 337, 339 de rolamento (ver revestimento
asfltico), 9, 162, 176, 468, 473
de revestimento intermedirias, 9, 162, 179, 183, 187, 253, 472
intermedirias de alvio de tenses, 472
porosa de atrito (ver revesti - mento drenante), 159, 161,
165, 253, 328, 434, 468 superficiais de revestimentos
delgados, 165, 179, 473caminho espargidor, 393, 396Cannon-Fenske, 44, 45Cannon-Manning, 44, 45CAP (cimento asfltico de
petrleo) (ver asfalto)capa selante, 183, 193, 395cimento asfltico de petrleo (ver
asfalto)classificao de agregados, 116,
119, 142classificao de asfaltos, 41, 43,
60, 100classificao de defeitos, 415classificao de solos, 340, 341classificao de textura, 430, 432coeso (coesividade), 49, 72, 187,
194, 271, 338, 342, 352coletores de p (filtros de manga),
380compactao, 389
compactador giratrio (Superpave), 230, 232
compatibilidade, 66, 67, 72, 129, 271
compresso, 10, 127, 195, 289, 308, 311, 330, 338, 350, 352, 470
compresso uniaxial no-confinada (creep), 317
concreto asfltico, 158, 159, 161, 162, 217, 302, 432, 468
concreto asfltico de mdulo elevado, 162, 165, 176, 302, 311, 352
concreto asfltico delgado, 177, 178
concreto asfltico denso, 161, 162cone de penetrao dinmico
(DCP), 345, 443, 444contrafluxo, 379, 383, 384corrugao, 415, 416, 420, 425,
427creep, 106, 317, 318, 319, 320,
321cura, 96, 254, 351, 363, 364,
397, 399curva de Fuller, 229curvas granulomtricas (ver
granulometria), 123, 261
DDCP (dynamic cone penetrometer
cone de penetrao dinmico), 345, 444
defeitos de superfcie, 413, 414, 415, 416
deflexo, 346, 443, 445, 446, 448, 454, 463, 464
deformao, 43, 49, 104, 105, 304, 313, 315, 443
deformao permanente (ver afundamento em trilha de roda), 316, 317, 320, 321, 322, 443
degradao, 133, 134, 137, 139densidade (ver massa especfica) especfica, 144 especfica Rice, 210 mxima medida, 209 mxima terica, 209 relativa, 53, 145, 147
densmetro com fonte radioativa, 390
densmetro eletromagntico, 390desagregao (ver desgaste,
descolamento, stripping), 415, 416, 421, 422
descolamento, 129, 419, 421desempenho, 101, 373, 401,
403, 441, 442, 457desgaste, 134, 135, 327, 415,
416, 421, 423deslocamento, 289, 291, 297,
298, 299, 300, 301, 318, 321, 346, 348, 421, 443, 445, 446
diorito, 118, 119distribuidor de agregados, 197,
393dosagem, 157, 205, 217, 227,
229, 253, 256, 258, 259, 266, 269, 274, 277
dosagem ASTM, 217, 235dosagem de misturas asflticas
recicladas a quente, 256dosagem Marshall, 206, 217,
224, 227dosagem Superpave, 229, 233,
259drenagem superficial, 264, 407DSC, 33, 58DSR, 104, 105DTT, 108, 109durabilidade, 49dureza, 124, 134, 178dureza dos agregados, 134
Eelastmeros, 62, 63EME, 162, 165, 176, 178, 179,
180, 181, 182emulso aninica, 81, 84, 85emulso asfltica, 81, 82, 83, 84,
92, 93emulso catinica, 81, 82, 84endurecimento, 34, 49, 52, 108endurecimento do ligante asfltico,
34, 51, 52ensaio azul-de-metileno, 187, 275, 279 bandeja, 266, 267 Cntabro, 167, 253, 328
Pavimentao asfltica: formao bsica para engenheiros
carga de partcula, 86 desemulsibilidade, 89 determinao do pH, 92 10% de finos, 134, 139, 140 efeito do calor e do ar, 49 equivalente de areia, 132, 133,
153 espuma, 53 estabilidade estocagem, 67,
72 flexo, 291, 303 mancha de areia, 430, 431,
432 pndulo britnico, 430, 431 peneirao, 88 penetrao, 42 placa, 266 ponto de amolecimento, 48 ponto de fulgor, 52, 53 ponto de ruptura Fraass, 54, 55 recuperao elstica por toro,
78, 79 resduo por destilao, 90, 91 resduo por evaporao, 90 sanidade, 143, 144 Schulze-Breuer and Ruck, 188,
271, 272, 273 sedimentao, 87 separao de fases, 72, 73 solubilidade, 49, 50 tenacidade, 73, 74, 75 trao direta, 108, 109 trao indireta, 308 Treton, 137, 138 viscosidade, 43, 45, 46, 91envelhecimento, 49, 50, 51, 52,
108escria de aciaria, 119, 355escria de alto-forno, 119escorregamento, 419, 420especificao brasileira de asfalto
diludo, 96, 97especificao brasileira de emulses
asflticas catinicas, 84especificao brasileira de
emulses asflticas modificadas por polmero, 94, 95
especificao de emulses asfl- ticas para lama asfltica, 85especificaes para cimento
asfltico de petrleo, 60
espuma de asfalto, 53, 192, 474estabilidade, 67, 72, 92, 121,
132, 222, 223, 288estocagem, 33, 36, 37, 38, 67,
72, 376, 384estufa de filme fino rotativo, 50, 51estufa de pelcula fina plana, 50,
51EVA, 66, 67, 68expresso de Duriez, 255exsudao, 415, 416, 420
Ffadiga, 288, 311, 312, 313, 315,
316, 445feldspato, 117, 119fendas, 117, 119fibras, 172, 252fler, 120, 160filtro de mangas, 380fluncia, 106, 222, 318fluxo paralelo, 379, 383forma dos agregados, 141, 142,
172frmula de Vogt, 254fragilidade, 73fresadoras, 189, 192fresagem, 188, 190, 191, 468fundao, 337FWD, 445, 448, 450, 451, 452
Ggabro, 118, 119GB, 176, 179, 180gel, 28, 30, 31geogrelhas, 471geossintticos, 469geotxteis, 469, 470gerncia, 403, 413, 441gnaisse, 117, 118, 362graduao, 122, 123, 131, 159,
161, 169, 172, 183, 229, 264, 323
graduao aberta, 122, 159graduao com intervalo, 172graduao densa, 122, 159graduao descontnua, 159graduao do agregado, 159graduao uniforme, 123
grfico de Heukelom, 56, 57granito, 117, 118, 119grau de compactao, 389grau de desempenho, 101, 259grumos, 88, 89, 132, 213, 216
Hhidrocarbonetos, 25, 27, 30, 33,
37hidroplanagem, 429, 433histrico, 11, 16Hveem, 50, 291, 346
IIBP, 70, 80, 99, 291IFI, 434IGG, 415, 424, 427, 428, 429IGI, 427, 428impacto, 72, 127, 128, 205, 206,
448imprimao, 97, 414ndice de atrito internacional, 434ndice de degradao aps
compactao Marshall, 139, 140
ndice de degradao aps compactao Proctor, 137
ndice de degradao Washington, 136
ndice de forma, 141, 264ndice de gravidade global, 415,
424, 428ndice de gravidade individual,
427, 428ndice de irregularidade
internacional, 407ndice de penetrao, 55, 56ndice de suporte Califrnia, 342ndice de susceptibilidade trmica,
41IRI, 407, 408, 413irregularidade, 404, 405, 407,
408, 409, 410, 411, 412, 413irregularidade longitudinal, 407,
410
Jjuntas, 76, 469, 472
ndice remissivo de termos
Llama asfltica, 85, 185, 186,
187, 269, 277, 397laterita, 119, 355, 362ligantes asflticos modificados
com polmeros, 59, 63, 69, 473
limpeza, 132, 167, 386Lottman, 143LWT, 185, 187, 197, 198, 269,
270, 271, 275
Mmacadame betuminoso, 194, 195,
352macadame hidrulico, 352, 353,
357macadame seco, 353, 357, 358macromolculas, 59macrotextura, 430, 432, 433maltenos, 27, 30, 68manuteno, 406, 407, 413, 441manuteno preventiva, 406, 407,
441massa especfica, 53, 54, 144,
145, 148, 149, 237, 389, 390, 443
massa especfica aparente, 146, 207, 208, 209
massa especfica efetiva, 146, 211massa especfica mxima medida,
209, 211, 214massa especfica mxima terica,
209massa especfica real, 145materiais asflticos, 10, 352materiais estabilizados
granulometricamente, 358material de enchimento, 120,
185, 358matriz ptrea asfltica, 159, 168Mecnica dos Pavimentos, 10,
339, 453megatextura, 430mtodo Marshall, 205, 217, 227,
228metodologia MCT, 359, 360, 361microrrevestimento, 186, 269,
274, 397microtextura, 430, 431
mistura asfltica, 26, 157, 205, 373
misturas asflticas drenantes, 179mdulo complexo, 104, 303,
305, 306mdulo de resilincia, 291, 294,
296, 297, 300, 301, 345, 346, 348, 349
mdulo de rigidez, 106mdulo dinmico, 304, 306multidistribuidor, 395
Oondulaes transversais, 415osmometria por presso de vapor,
28oxidao, 34, 50
Ppanela, 415, 416, 422, 427parafinas, 33, 58partculas alongadas e achatadas,
150, 152, 153PAV, 108pavimentao, 10, 20, 25, 373,
403pavimentos asflticos, 9, 10, 337,
338, 365, 366, 367, 368, 441pavimentos de concreto de
cimento Portland, 9, 338pavimentos flexveis, 337, 415pavimentos rgidos, 337pedregulhos, 115, 116pedreira, 124, 126peneiramento, 88, 121, 122, 125peneiras, dimenses, 122penetrao, 10, 42, 43, 55, 56,
58, 194, 343, 393, 443penetrmetro de cone dinmico,
345percolao, 159, 165perda ao choque, 137, 138perda por umidade induzida, 328perfilmetro, 408, 409permeabilidade, 165, 166, 183petrleo, 25, 33, 96PG, 101, 102, 103, 259, 260pH, 86, 92pintura de ligao, 414, 420, 422
plastmeros, 65, 68PMF, 183, 184, 253, 255p, 65, 76, 120, 132, 195, 198,
380p de pedra, 120, 184, 274polimento, 117, 421, 433ponto de amolecimento, 33, 48,
55, 100ponto de amolecimento anel e
bola, 48pr-misturado, 10, 385, 468, 472processo estocvel, 76processo seco, 76, 78, 80processo mido, 76produo de asfalto, 27, 35, 36,
37, 38propriedades fsicas, 41, 126, 129
QQI, 412, 413quarteamento, 131, 132quartzito, 118, 119quartzo, 117, 118, 119quociente de irregularidade, 412,
413
Rraio de curvatura, 446, 447, 449,
454RASF, 37, 178recapeamento, 441, 468, 469,
470, 471, 472reciclado, 116, 119, 261, 352, 355reciclagem, 53, 99, 119, 188,
190, 191, 352, 441, 473, 474reciclagem em usina, 191reciclagem in situ, 191, 192, 474reconstruo, 22, 406, 441recuperao elstica, 69, 70, 71,
78, 79, 80, 300, 472refino do petrleo, 33, 35, 36, 37,
38, 39reforo, 9, 337, 339, 342, 352,
365, 424, 441, 453, 468rejeitos, 352remendo, 416, 422reologia, 30, 259remetro de cisalhamento
dinmico, 103, 104
Pavimentao asfltica: formao bsica para engenheiros
remetro de fluncia em viga, 103, 106
reperfilagem, 467, 468resduo, 34, 75, 87, 89, 90, 91,
120, 178, 355resduo de vcuo, 34, 36resinas, 28, 30resistncia, 67, 133, 143, 150,
165, 176, 251, 302, 308, 327, 342, 351, 431
resistncia abraso, 133, 134, 153, 264, 269
resistncia deformao permanente, 67, 150, 165, 179
resistncia fadiga, 67, 179resistncia trao esttica, 249,
288, 308resistncia trao retida, 251resistncia ao atrito, 119, 140resistncia ao trincamento por
fadiga, 178, 315ressonncia nuclear magntica,
28, 72restaurao, 176, 185, 188, 406,
407, 413, 441, 442, 463, 466, 467, 468
retorno elstico, 68, 70, 79retroanlise, 452, 453, 454, 455,
456, 457revestimento asfltico drenante,
165revestimentos asflticos, 10, 157,
164, 205, 373, 473revestimentos delgados, 165, 179,
473RNM, 28, 72rochas gneas, 116, 117, 118rochas metamrficas, 116rochas sedimentares, 116rolagem, 206, 390, 391, 392, 393rolo compactador, 390, 391, 392,
393rolos compactadores estticos, 390rolos compactadores vibratrios,
391rolos de pneus, 390RTFOT, 50, 51, 103, 108rudo, 165, 172, 179, 435, 436,
437ruptura da emulso, 87, 92RV, 36, 103
SSAMI, 472SARA, 27, 28, 29saturados, 27, 28, 30, 32Saybolt-Furol, 46, 91, 219SBR, 66, 92, 94SBS, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 95Schellenberg, 252secador, 377, 378, 379, 380,
383secador de contrafluxo, 379secador de fluxo paralelo, 379,
383segmentos homogneos, 463,
464, 465, 466segregao, 120, 123, 130, 172,
386, 393, 423segurana, 52, 97, 100, 403, 429selagem de trincas, 466, 467serventia, 404, 405, 406, 407,
409, 441SHRP, 32, 100, 102, 120, 123,
150, 229, 230silos frios, 377, 378silos quentes, 381, 382simuladores de laboratrio, 317simuladores de trfego, 321, 457,
458, 459sinttico, 62, 134SMA, 161, 168, 169, 170, 171,
172, 249, 250, 251, 252sol, 30, 31solo arenoso fino latertico, 354,
360solo-agregado, 358, 359solo-areia, 354, 359solo-brita descontnuo, 354, 359solo-cal, 352, 356, 364solo-cimento, 351, 352, 356,
363, 364sub-base, 9, 337, 339, 342, 352Superpave, 100, 103, 229, 232,
233, 236, 259suscetibilidade trmica, 41, 55,
56
ttamanho mximo, 120, 131, 230tamanho nominal mximo, 120,
164
teor de argila, 153teor de asfalto, 162, 221, 224,
226, 234teor de parafinas, 33, 58teor de slica, 119termoplsticos, 62, 63, 64textura superficial, 140, 166, 435TFOT, 49, 50, 51tipos de ligantes asflticos, 40, 41tipos de modificadores, 65tipos de rochas, 118transporte, 11, 12, 14, 18, 20,
384tratamento superficial duplo, 192,
263, 395tratamento superficial primrio,
193, 195tratamento superficial simples,
192, 194, 196, 263, 400tratamento superficial triplo, 192,
263, 395tratamentos superficiais, 180,
191, 193, 194, 393triaxial com carregamento
repetido, 317, 347, 348trincamento, 9, 230, 350, 361,
406, 445, 469trincamento por fadiga, 9, 150,
230, 315trincas, 311, 354, 356, 415, 417,
418, 425, 467, 469, 472, 473
Uusina asfltica por batelada, 374,
381, 382usina contnua, 383usina de asfalto, 374usina de produo, 374, 381, 382usina gravimtrica, 374, 381usinas asflticas, 373, 379, 384
Vvalor de resistncia derrapagem,
172, 429, 430, 431valor de serventia atual, 404, 406vaso de envelhecimento sob
presso, 108vibroacabadora de esteiras, 388vibroacabadora de pneus, 387
ndice remissivo de termos
vibroacabadoras, 387viga Benkelman, 346, 445, 446,
447, 448, 449viscosidade absoluta, 44, 45viscosidade cinemtica, 44, 45viscosidade rotacional, 47viscosmetro capilar, 44VPO, 28VRD, 430, 431
WWST, 270WTAT, 187, 197, 199, 269, 270
Zzona de restrio, 164, 230, 231
Pavimentao asfltica: formao bsica para engenheiros
AAASHTO (1986), 369AASHTO (1989) AASHTO T
283/89, 154AASHTO (1991) AASHTO T85,
154AASHTO (1993), 438AASHTO (1997) AASHTO T305,
281AASHTO (1999) AASHTO T104,
200AASHTO (1999) AASHTO T209,
281AASHTO (2000) AASHTO T166,
281AASHTO (2001) AASHTO D5821,
200AASHTO (2003) AASHTO T312,
281AASHTO (2003) AASHTO T319,
281AASHTO (2005) AASHTO MP8-
01, 332AASHTO PP35, 281ABEDA (2001), 110ABINT (2004), 475ABNT (1989) NBR 6954, 154ABNT (1991) NBR 12261, 369ABNT (1991) NBR 12262, 369ABNT (1991) NBR 12265, 369ABNT (1992) NBR 12053, 369ABNT (1993) NBR 12891, 281ABNT (1994) NBR 13121, 110ABNT (1998) NBR 6576, 110ABNT (1998) NBR 9619, 110ABNT (1999) NBR 14249, 110ABNT (1999) NBR 14393, 110ABNT (1999) NBR 6299, 110ABNT (2000) NBR 14491, 110ABNT (2000) NBR 14594, 110ABNT (2000) NBR 6302, 110
ABNT (2000) NBR 6560, 110ABNT (2000) NBR 6567, 110ABNT (2000) NBR 6569, 110ABNT (2000) NBR 6570, 110ABNT (2001) NBR 14736, 111ABNT (2001) NBR 14746, 200ABNT (2001) NBR 5847, 110ABNT (2001) NBR 6293, 110ABNT (2001) NBR 6300, 110ABNT (2003) NBR 6297, 111ABNT (2003) NBR NM 52, 154ABNT (2003) NBR NM 53, 154ABNT (2004) NBR 14896, 111ABNT (2004) NBR 15087, 281ABNT (2004) NBR 15115, 369ABNT (2004) NBR 15140, 281ABNT (2004) NBR 15166, 111ABNT (2004) NBR 15184, 111ABNT (2004) NBR 5765, 111ABNT (2005) NBR 9935, 154ABNT (2005) NBR 15235, 111ABNT (2005) NBR 6568, 111ABNT NBR 11341, 111ABNT NBR 11805, 369ABNT NBR 11806, 369ABNT NBR 14376, 110ABNT NBR 14756, 111ABNT NBR 14757, 200ABNT NBR 14758, 200ABNT NBR 14798, 200ABNT NBR 14841, 200ABNT NBR 14855, 111ABNT NBR 14948, 200ABNT NBR 14949, 200ABNT NBR 14950, 111ABNT NBR 6296, 111ABNT P-MB 326, 110ABNT P-MB 425/1970, 110ABNT P-MB 43/1965, 110ABNT P-MB 581/1971, 110ABNT P-MB 586/1971, 110
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NDICE REMISSIVO DAS bIblIOgRAfIAS
ndice remissivo das bibliografias
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Pavimentao asfltica: formao bsica para engenheiros
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154DNER (1994) DNER-ME 053/94,
154DNER (1994) DNER-ME 061/94,
461DNER (1994) DNER-ME 063/94,
112DNER (1994) DNER-ME 078/94,
154DNER (1994) DNER-ME 086/94,
154DNER (1994) DNER-ME 089/94,
154DNER (1994) DNER-ME 093/94,
154DNER (1994) DNER-ME 107/94,
282DNER (1994) DNER-ME 117/94,
282DNER (1994) DNER-ME 133/94,
333, DNER (1994) DNER-ME 222/94,
154DNER (1994) DNER-ME 24/94,
461DNER (1994) DNER-PRO 08/94,
438DNER (1994) DNER-PRO
269/94, 461DNER (1994a) DNER-PRO
164/94, 438DNER (1994b) DNER ME
228/94, 370DNER (1994b) DNER-PRO
182/94, 438DNER (1994c) DNER ME 256/94,
370DNER (1994c) DNER-PRO
229/94, 438DNER (1994d) DNER ME
258/94, 370DNER (1995) DNER-EM 035/95,
154DNER (1995) DNER-ME 043/95,
282DNER (1995) DNER-ME 084/95,
155
DNER (1996), 113DNER (1996) DNER-ME 193/96,
283DNER (1996) DNER-PRO
199/96, 155DNER (1996) DNER-PRO
273/96, 461DNER (1997), 283, 402DNER (1997) DNER ME 367/97,
155DNER (1997) DNER-ES 308/97,
201DNER (1997) DNER-ES 309/97,
201DNER (1997) DNER-ES 310/97,
201DNER (1997) DNER-ES 311/97,
201DNER (1997) DNER-ES 312/97,
201DNER (1997) DNER-ES 313/97,
201DNER (1997) DNER-ES 314/97,
201DNER (1997) DNER-ES 317/97,
201DNER (1997) DNER-ES 318/97,
201DNER (1997) DNER-ES 319/97,
201DNER (1997) DNER-ES 320/97,
201DNER (1997) DNER-ME 054/97,
155DNER (1997) DNER-ME 153/97,
283DNER (1997) DNER-ME 197/97,
155DNER (1997) DNER-PRO 120/97,
155DNER (1997c) DNER ES 301/97,
370DNER (1997d) DNER ES 303/97,
370DNER (1997e) DNER ES 304/97,
370DNER (1997f) DNER ES 305/97,
370DNER (1997g) DNER ME 254/97,
370
DNER (1998), 113, 283DNER (1998) DNER-ME 035/98,
155DNER (1998) DNER-ME 081/98,
155DNER (1998) DNER-ME 083/98,
155DNER (1998) DNER-ME 096/98,
155DNER (1999) DNER-ES 386/99,
201DNER (1999) DNER-ES 387/99,
201DNER (1999) DNER-ES 388/99,
475DNER (1999) DNER-ES 389/99,
202DNER (1999) DNER-ES 390/99,
202DNER (1999) DNER-ME 382/99,
201DNER (1999) DNER-ME 383/99,
333DNER (1999) DNER-ME 397/99,
155DNER (1999) DNER-ME 398/99,
155DNER (1999) DNER-ME 399/99,
155DNER (1999) DNER-ME 400/99,
155DNER (1999) DNER-ME 401/99,
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202DNIT (2005) DNIT 035/05-ES,
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202
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