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CURSOS ON-LINE – AFO E LRF P/ TCU PROFESSOR DEUSVALDO CARVALHO www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 10 RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA – RREO E RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL - RGF Amigo(a) concursando! Com esta nota de aula referente aos tópicos RREO e RGF encerramos o assunto LRF e, em conseqüência, o curso de AFO + LRF para o concurso do TCU. Desejo-lhe uma mente ILUMINADA na hora das provas e que a sorte lhe acompanhe em todas as fases desse concurso, posto que até mesmo os candidatos preparados precisam de sorte, assim, espero, sinceramente, que ela esteja com você. Agradeço de coração a todos por estarmos juntos nessa empolgante jornada de concursos e tenha a certeza de que estou bastante grato pela convivência, mesmo virtual, de pessoas que procuram o seu espaço de forma democrática e através do MÉRITO. Vá tranqüilo(a) para a prova com a certeza de que fez a sua parte e que se não for desta vez é porque existem pessoas mais preparadas do que você, ou seja, outros colegas que estão nessa batalha há anos. O importante é não desistir porque existem bons concursos em vista, a exemplo da Polícia Federal. Assim, nunca desista no primeiro ou segundo tropeço! Levante e continue a caminhada de cabeça erguida, se assim fizer, cedo ou mais tarde seus objetivos serão alcançados. Espero receber diversos e-mails com boas notícias e compartilhar muita alegria com os aprovados. Essa nota de aula contempla de forma mais detalhada os principais relatórios da LRF e as informações neles constantes. Entendo que esse assunto deve ser estudado sem apego a detalhes, até mesmo porque todo o assunto LRF já foi abordado. Vamos ao nosso estudo, ou seja, fazer a nossa parte:

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AULA 10 – RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA – RREO E RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL - RGF

Amigo(a) concursando! Com esta nota de aula referente aos tópicos RREO e RGF encerramos o assunto LRF e, em conseqüência, o curso de AFO + LRF para o concurso do TCU.

Desejo-lhe uma mente ILUMINADA na hora das provas e que a sorte lhe acompanhe em todas as fases desse concurso, posto que até mesmo os candidatos preparados precisam de sorte, assim, espero, sinceramente, que ela esteja com você.

Agradeço de coração a todos por estarmos juntos nessa empolgante jornada de concursos e tenha a certeza de que estou bastante grato pela convivência, mesmo virtual, de pessoas que procuram o seu espaço de forma democrática e através do MÉRITO.

Vá tranqüilo(a) para a prova com a certeza de que fez a sua parte e que se não for desta vez é porque existem pessoas mais preparadas do que você, ou seja, outros colegas que estão nessa batalha há anos.

O importante é não desistir porque existem bons concursos em vista, a exemplo da Polícia Federal.

Assim, nunca desista no primeiro ou segundo tropeço! Levante e continue a caminhada de cabeça erguida, se assim fizer, cedo ou mais tarde seus objetivos serão alcançados.

Espero receber diversos e-mails com boas notícias e compartilhar muita alegria com os aprovados.

Essa nota de aula contempla de forma mais detalhada os principais relatórios da LRF e as informações neles constantes.

Entendo que esse assunto deve ser estudado sem apego a detalhes, até mesmo porque todo o assunto LRF já foi abordado.

Vamos ao nosso estudo, ou seja, fazer a nossa parte:

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1. Relatório Resumido da Execução Orçamentária – RREO

1.1. Introdução

O Relatório Resumido da Execução Orçamentária – RREO é um demonstrativo previsto e exigido na Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela LRF.

O § 3º do art. 165 da CF determina que o Poder Executivo publique, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária. Essa determinação constitucional é para os Poderes executivos de todos os Entes da Federação.

Até a edição da LRF poucos Municípios cumpriam a determinação constitucional. Aqueles que elaboravam o relatório supramencionado o faziam de forma deficiente, ou seja, com informações superficiais, incompletas e sem padronização.

A partir da LRF e principalmente do manual que orienta a elaboração do RREO, todos os Entes passaram a elaborá-lo e divulgá-lo, até mesmo porque os Tribunais de Contas passaram a exigir. O manual supramencionado foi elaborado pela STN e encontra-se atualmente na sua 6ª edição, é de excelente qualidade e auto-explicativo.

Qual o objetivo da elaboração bimestral do RREO?

O objetivo da elaboração bimestral e publicação do RREO é permitir que a sociedade organizada ou através dos diversos órgãos de controle, conheça, acompanhe e analise o desempenho da execução orçamentária dos Governos Federal, Estadual, Distrital e Municipal.

Demonstrar o desempenho da execução orçamentária é evidenciar a arrecadação de receitas, a execução das despesas nas diversas áreas, em especial, nas de saúde, educação, previdência e ainda a receita corrente líquida do Ente da Federação e respectivos resultados nominal e primário.

A essência do RREO é ser um dos instrumentos de transparência e responsabilidade da gestão fiscal e ainda atender aos princípios constitucionais da publicidade e eficiência da administração pública.

Uma observação! A elaboração do RREO é bimestral e a sua publicação deverá ocorrer em até 30 dias após o término do bimestre. Os prazos

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para elaboração não são de livre escolha dos Estes, mas sim, estabelecidos pela LRF.

A data da publicação, desde que respeitado o prazo de até 30 dias após o término do bimestre, fica a critério de cada Ente. Assim sendo, o Ente tem até 30 dias para realizar a publicação.

Cabe ressaltar que a publicação apresenta os valores acumulados de janeiro até o bimestre em que se elabora o relatório, conforme demonstrado abaixo: Prazos para elaboração Prazos para publicação

1º bimestre Jan/fev – dia 28 ou 29 jan/fev até 30 de março

2º bimestre Mar/abr – dia 30 jan/abr até 30 de maio

3º bimestre Mai/jun – dia 30 jan/jun até 30 de julho

4º bimestre Jul/ago – dia 31 jan/ago até 30 de setembro

5º bimestre Set/out – dia 31 jan/out até 30 de novembro

6º bimestre Nov/dez – dia 31 jan/dez até 30 de janeiro do ano subseqüente

1.2. Instrumentos de transparência da gestão fiscal

O art. 48 da LRF estabelece acerca dos instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais serão dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.

Assim sendo, podemos estabelecer que os instrumentos de transparência da gestão fiscal são:

Os Planos Plurianuais – PPA (art. 165, I e § 1º CF);

Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na CF e elaborados em consonância com o plano plurianual (art. 165, § 4º CF);

As Leis Orçamentárias Anuais – LOA (art. 165, III e § 5º CF);

As Leis de Diretrizes Orçamentárias – LDO (art. 165, II e § 2º CF);

As prestações de contas (art. 70, parágrafo único CF, art. 56 LRF);

O parecer prévio dos Tribunais de Contas (art. 71, I, c/c art. 75 CF, art. 56, § 2º LRF);

O Relatório Resumido da Execução Orçamentária (art. 165, § 3º CF e art. 52 LRF);

O Relatório de Gestão Fiscal (art. 54 da LRF);

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As versões simplificadas dos RGF e RREO (art. 48 da LRF);

Incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e de discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos (art. 48, parágrafo único da LRF).

1.3. Abrangência institucional do RREO

O RREO e seus demonstrativos abrangerão todos os órgãos da administração direta, dos Poderes e entidades da administração indireta, constituídas pelas autarquias, fundações, fundos especiais, empresas públicas e sociedades de economia mista que recebem recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social, inclusive sob a forma de subvenções para pagamento de pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária.

Portanto, o RREO abrange todos os Poderes, o Ministério Público e os Tribunais de Contas.

Dessa forma podemos concluir que estão excluídas da abrangência do RREO as empresas públicas e as sociedades de economia mista que exercem atividades econômicas e, em conseqüência, não recebem recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social, a exemplo da caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.

Atenção! As empresas estatais dependentes estão abrangidas no RREO.

Importante! A responsabilidade pela elaboração e publicação do RREO é o Poder Executivo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Esse Poder consolida as informações dos outros Poderes e Órgãos.

1.4. Conteúdo do RREO

As informações contidas no RREO deverão ser elaboradas a partir dos dados contábeis consolidados de todas as unidades gestoras, no âmbito da administração direta, autarquias, fundações, fundos especiais, empresas públicas e sociedades de economia mista.

O RREO, que nada tem de resumido, deverá ser elaborado juntamente com os seguintes demonstrativos:

Balanço orçamentário – BO;

Demonstrativo da execução das receitas, por categoria econômica e fonte, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a previsão a realizar;

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Demonstrativo da execução das despesas por categoria econômica e grupo de natureza, discriminando a dotação inicial, para o exercício, despesa empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício;

Demonstrativo das despesas por função e subfunção;

Demonstrativo da receita corrente líquida - RCL;

Demonstrativo das receitas e despesas previdenciárias do regime geral de previdência social – esse demonstrativo é só para a União;

Demonstrativo das receitas e despesas previdenciárias do regime próprio dos servidores públicos;

Demonstrativo do resultado nominal;

Demonstrativo do resultado primário;

Demonstrativo dos restos a pagar por poder e órgão;

Demonstrativo das receitas e despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino;

Demonstrativos das despesas com saúde;

Demonstrativo simplificado do relatório resumido da execução orçamentária.

Além dos demonstrativos anteriormente citados, também deverão ser elaborados e publicados até trinta dias após o encerramento do último bimestre, os seguintes:

Demonstrativo das receitas de operações de crédito e despesas de capital;

Demonstrativo da projeção atuarial do regime geral de previdência social;

Demonstrativo da projeção atuarial do regime próprio de previdência social dos servidores públicos;

Demonstrativo da receita de alienação de ativos e aplicação dos recursos;

Demonstrativo das despesas de caráter continuado resultantes das parcerias público-privada contratadas.

1.4. Demonstrativos

Neste tópico iremos abordar de forma resumida, tendo em vista o nosso objetivo, que é o estudo para concursos, os diversos demonstrativos e anexos que deverão ser elaborados e publicados juntamente com o RREO.

Esses demonstrativos deverão ser elaborados e publicados em obediência aos princípios da transparência, responsabilidade na gestão fiscal, publicidade e eficiência dos atos a fatos orçamentários e administrativos.

Balanço orçamentário

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O balanço orçamentário está definido na Lei nº 4.320/64, onde estabelece que este demonstre as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas.

Esse demonstrativo está previsto na LRF como parte integrante do relatório resumido da execução orçamentária.

Deverá ser elaborado de forma mais detalhada do que o previsto na Lei nº 4.320/64 e publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.

Demonstrativo da execução das despesas por função e subfunção

Esse demonstrativo integra o relatório resumido da execução orçamentária e deverá ser publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.

A função expressa o maior nível de agregação das ações da administração pública, nas diversas áreas de despesa que competem ao setor público.

A subfunção representa uma partição da função, visando a agregar determinado subconjunto de despesas do setor público.

As subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam vinculadas.

Este demonstrativo deverá conter cada função, detalhada por subfunções, cuja combinação pode ser típica, que representa subfunções diretamente ligadas à função, e atípicas, quando a subfunção de uma determinada função é utilizada por outra.

Demonstrativo da receita corrente líquida - RCL

Esse demonstrativo da receita corrente líquida apresenta a apuração da receita corrente líquida – RCL, sua evolução nos últimos doze meses, assim como a previsão de seu desempenho no exercício.

Esse demonstrativo integra o relatório resumido da execução orçamentária e deverá ser publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.

Entende-se como receita corrente líquida o somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços, transferências correntes e outras receitas correntes, consideradas algumas deduções.

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A informação constante desse demonstrativo serve de base de cálculo para os limites estabelecidos pela lei de responsabilidade fiscal, apresentados no relatório de gestão fiscal.

Na união, as deduções são as seguintes:

Valores transferidos aos estados e municípios por determinação constitucional ou legal;

Contribuições sociais para a seguridade social do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;

Contribuições sociais para a seguridade social do trabalhador e dos demais segurados da previdência social;

Arrecadação decorrente das contribuições para o programa de integração social – pis e para o programa de formação do patrimônio do servidor público – pasep.

Exemplo de cálculo da RCL: Cálculo da Receita Corrente Líquida - União

Discriminação $

I- Receitas Correntes 6.600.000

Receita Corrente da Administração Direta 6.000.000

Receita Corrente da Administração Indireta 600.000

II- Deduções 500.000

(-) Transferências Constitucionais aos Municípios 300.000

(-) Transferências Constitucionais aos Estados 100.000

(-) Compensação Financeira (art. 201, § 9º CF) 50.000

(-) Contribuições sociais descontadas dos servidores 50.000

3. Receita Corrente Líquida - RCL (I - II) 6.100.000

Demonstrativo das receitas e despesas previdenciárias do regime geral de previdência social – União

O demonstrativo das receitas e despesas previdenciárias do regime geral de previdência social tem a finalidade de assegurar a transparência das receitas e despesas previdenciárias do regime geral de previdência social, controlado e administrado pela união, por meio do instituto nacional do seguro social – inss, não sendo aplicável, portanto, aos estados, distrito federal e municípios.

Esse demonstrativo integra o relatório resumido da execução orçamentária e deverá ser publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.

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Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento dos benefícios concedidos pelo regime geral de previdência social, em adição aos recursos de sua arrecadação, a união poderá constituir fundo integrado por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza e administração desse fundo.

Dessa forma, foi criado pela LRF o fundo do regime geral de previdência social, vinculado ao então ministério da previdência e assistência social, com a finalidade de prover recursos para o pagamento dos benefícios do regime geral da previdência social.

O fundo é constituído de:

Bens móveis e imóveis, valores e rendas do Instituto Nacional do Seguro Social não utilizados na operacionalização deste;

Bens e direitos que, a qualquer título, lhe sejam adjudicados ou que lhe vierem a ser vinculados por força de lei;

Receita das contribuições sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada, incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;

Receita das contribuições sociais do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social;

Produto da liquidação de bens e ativos de pessoa física ou jurídica em débito com a Previdência Social;

Resultado da aplicação financeira de seus ativos;

Recursos provenientes do orçamento da União.

Demonstrativo das receitas e despesas previdenciárias do regime próprio dos servidores públicos

O demonstrativo das receitas e despesas previdenciárias do regime próprio dos servidores públicos tem a finalidade de assegurar a transparência das receitas e despesas previdenciárias do regime próprio dos servidores públicos, que o ente da federação mantiver ou vier a instituir.

Esse demonstrativo integra o relatório resumido da execução orçamentária e deverá ser publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.

O Ente da Federação que mantiver ou vier a instituir regime próprio de previdência social, para seus servidores, conferir-lhe-á caráter contributivo e o organizará com base em normas de contabilidade e

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atuária que preservem seu equilíbrio financeiro e atuarial, em conformidade com o manual de contabilidade aplicado aos regimes próprios de previdência social, publicado pelo Ministério da Previdência Social.

A institucionalização do regime próprio de previdência social implica em estabelecer contabilidade própria para permitir conhecer, a todo o momento, a situação econômico-financeira e orçamentária do patrimônio, que é propriedade dos beneficiários da previdência.

Demonstrativo do resultado nominal

Esse demonstrativo integra o relatório resumido da execução orçamentária e deverá ser publicado em até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.

No bimestre, o resultado nominal evidencia a diferença entre o saldo da dívida fiscal líquida ao final do bimestre de referência e ao final do bimestre anterior.

No exercício, o resultado nominal representa a diferença entre o saldo da dívida fiscal líquida acumulada até o final do bimestre de referência e em 31 de dezembro.

Qual é a diferença conceitual entre dívida fiscal líquida e dívida consolidada líquida?

A dívida fiscal líquida corresponde ao saldo da dívida consolidada líquida somado às receitas de privatização e deduzidos os passivos reconhecidos, decorrentes de déficits ocorridos em exercícios anteriores.

A dívida consolidada líquida corresponde ao total da dívida consolidada, deduzida do ativo disponível e dos haveres financeiros, subtraindo-se ainda dos restos a pagar processados.

Exemplo de apuração do resultado nominal: Total da dívida consolidada R$ Deduções: Ativo disponível Haveres financeiros (-) Restos a pagar processados = Total da dívida consolidada líquida (+) Receita de privatizações (-) Passivos reconhecidos

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= Dívida fiscal líquida

Atenção! os títulos de emissão do Banco Central do Brasil compõem a dívida consolidada da união.

Eventuais garantias concedidas, bem como suas contragarantias, não são consideradas na dívida fiscal líquida. O estoque de precatórios, anteriores a 5 de maio de 2000, também não compõe a dívida fiscal líquida, mas sim, a dívida consolidada líquida.

Observe que no conceito de dívida fiscal líquida menciona que serão deduzidos os passivos reconhecidos, decorrentes de déficits ocorridos em exercícios anteriores. Seria o caso dos precatórios anteriores 05/05/2005.

Em realidade, a dívida líquida é o saldo líquido do endividamento do Ente da Federação.

A LRF estabelece que se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no anexo de metas fiscais, os poderes e o ministério público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

Importante! Os valores do regime previdenciário deverão ser evidenciados em anexo à parte. Essa demonstração à parte é necessária em função da composição e das peculiaridades do patrimônio do Regime de Previdência Própria dos Servidores - RPPS.

Demonstrativo dos restos a pagar por poder e órgão

O Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder e Órgão apresenta os valores inscritos no exercício financeiro, os pagos e os a pagar.

Esse demonstrativo integra o Relatório Resumido da Execução Orçamentária, possibilita o acompanhamento efetivo dos Restos a Pagar e deverá ser publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.

Relembrando os conceitos:

Restos a pagar são as obrigações assumidas pelos órgãos e/ou entidades e não pagas até 31/12 do exercício e constam no grupo de contas do passivo financeiro do balanço patrimonial como restos a pagar processados ou não processados.

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Consideram-se restos a pagar as despesas empenhadas, mas não pagas, até o dia 31 de dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas. As despesas que ainda não concluíram o estágio da liquidação são inscritas em restos a pagar não processados.

O detalhamento por poder agrega as informações do Executivo, Legislativo, Judiciário e, também, o Ministério Público.

Os municípios farão o detalhamento por órgãos dos poderes Executivo e do Legislativo.

Demonstrativo das receitas e despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino

Apresenta os recursos públicos destinados à educação provenientes da receita resultante de impostos, de receitas vinculadas ao ensino, as despesas com a manutenção e desenvolvimento do ensino por vinculação de receita, as perdas ou ganhos nas transferências do FUNDEB, o cumprimento dos limites constitucionais e as despesas com a manutenção e desenvolvimento do ensino por subfunção.

Este demonstrativo não está previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, entretanto, a sua publicação, juntamente com o Relatório Resumido da Execução Orçamentária, é prevista pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB, e será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.

Aplicação de recursos na educação

A União aplicará, anualmente, na manutenção e desenvolvimento do ensino, nunca menos de dezoito por cento, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências.

Atenção! A observação quanto ao cumprimento dos limites mínimos de aplicação de recursos na educação é anual.

Demonstrativo das receitas de operações de crédito e despesas de capital

O demonstrativo das receitas de operações de crédito e despesas de capital evidencia as receitas de operações de crédito comparadas com as despesas de capital líquidas, com a finalidade de demonstrar o cumprimento da “regra de ouro” estabelecida na Constitucional Federal.

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Essa regra veda a realização de receitas de operações de crédito superiores ao montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.

Atenção! Essa é a única regra constitucional em que matéria orçamentária necessita de quorum qualificado, ou seja, maioria absoluta do Poder Legislativo para ser aprovada. A rigidez dessa regra é porque a aprovação para a realização de operações de crédito (empréstimos) que excedam as despesas de capital ocasiona endividamento do Ente.

Observe ainda que caso seja aprovado a realização de operações de crédito que excedam as despesas de capital, a forma de utilização dos recursos deverá ser mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

Importante! Os recursos de operações de crédito (empréstimos) serão considerados pelo total ingressado no exercício financeiro.

Esse demonstrativo integra o relatório resumido da execução orçamentária somente no último bimestre do exercício e deverá ser publicado até trinta dias após o encerramento do exercício financeiro.

Atenção! O termo “despesas de capital líquidas” é em função de que das despesas de capital serão deduzidas as realizadas sob a forma de empréstimos ou financiamentos ao contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal, tendo por base tributo de competência do Ente da Federação, mesmo que resulte a diminuição, direta ou indireta, do ônus do Ente.

Demonstrativo da projeção atuarial do regime geral de previdência social – União

O demonstrativo da projeção atuarial do regime geral de previdência social evidencia a projeção atuarial do regime geral de previdência social – RGPS, controlado ou administrado pela união, por meio do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, não sendo aplicável, portanto, aos Estados e Municípios.

Esse demonstrativo integra o relatório resumido da execução orçamentária, referente ao último bimestre do exercício, e deverá ser publicado até trinta dias após o encerramento do exercício.

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Demonstrativo da projeção atuarial do regime próprio de previdência social dos servidores públicos

O demonstrativo da projeção atuarial do regime próprio de previdência social dos servidores públicos evidencia a projeção atuarial do regime próprio de previdência social dos servidores públicos de cada Ente da Federação, isto é, desde que o Ente tenha implantado regime próprio de previdência de seus servidores.

Esse demonstrativo integra o relatório resumido da execução orçamentária, referente ao último bimestre do exercício, e deverá ser publicado até trinta dias após o encerramento do exercício financeiro.

É importante relembrar que a Constituição Federal de 1988 estabelece que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.

A LRF estabelece que o demonstrativo evidencie a projeção atuarial de pelo menos 35 (trinta e cinco) anos, tendo como ano inicial o ano anterior ao que o demonstrativo se refere.

Demonstrativo da receita de alienação de ativos e aplicação dos recursos

O demonstrativo da receita de alienação de ativos e aplicação dos recursos apresenta a receita proveniente da alienação de ativos e a correspondente aplicação dos recursos auferidos.

Esse demonstrativo integra o relatório resumido da execução orçamentária, referente ao último bimestre do exercício, e deverá ser publicado até trinta dias após o encerramento do exercício.

A LRF veda a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada, por lei, aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos.

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Essa regra restringe a aplicação de recurso provenientes da alienação dos bens de capital dos Entes em despesas de custeio (corrente). Objetiva evitar que os bens públicos sejam alienados para fins de obtenção de receitas destinadas a realização de despesas de custeio em geral e ainda reforça a idéia de preservação do patrimônio público.

Assim sendo, atualmente a LRF vincula que a receita de alienação de ativos seja aplicada em despesas de capital, exceto quando destinada, por lei, aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos, ou seja, nesse caso pode-se aplicar as receitas em despesas correntes.

Demonstrativo das despesas com saúde – União

O demonstrativo das despesas com saúde é aplicável somente à união. Evidencia as despesas com saúde por grupo de natureza da despesa, as despesas próprias com saúde, as despesas por subfunção e a variação nominal do Produto Interno Bruto - PIB, cuja finalidade é demonstrar o cumprimento da aplicação dos recursos mínimos, nas ações e serviços públicos de saúde de acesso universal, previstos na Constituição Federal, alterada pela emenda constitucional nº 29.

Esse demonstrativo integra o relatório resumido da execução orçamentária para verificação do cumprimento do disposto na LRF e deverá ser publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.

Demonstrativo das despesas de caráter continuado derivadas das parcerias público-privada contratadas - PPP

A Lei nº. 11.079/04, que instituiu normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública aplica-se aos órgãos da administração pública direta, aos fundos especiais, às autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas, às sociedades de economia mista e às demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

A União somente poderá contratar parceria público-privada quando a soma das despesas de caráter continuado derivadas do conjunto das parcerias já contratadas não tiver excedido, no ano anterior, a 1% (um por cento) da receita corrente líquida do exercício, e as despesas anuais dos contratos vigentes, nos 10 (dez) anos subseqüentes, não poderão exceder a 1% (um por cento) da receita corrente líquida projetada para os respectivos exercícios.

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A União não poderá conceder garantia e realizar transferência voluntária aos Estados, Distrito Federal e Municípios se a soma das despesas de caráter continuado derivadas do conjunto das parcerias já contratadas por esses entes tiver excedido, no ano anterior, a 1% (um por cento) da receita corrente líquida do exercício ou se as despesas anuais dos contratos vigentes nos 10 (dez) anos subseqüentes excederem a 1% (um por cento) da receita corrente líquida projetada para os respectivos exercícios.

Para fins de transparência na gestão fiscal, o demonstrativo das despesas de PPP passa a integrar o relatório resumido da execução orçamentária - RREO e deverá ser publicado bimestralmente, no caso específico da união.

Para os Estados, Distrito Federal e Municípios, o demonstrativo deverá ser publicado somente no último bimestre do exercício, com a obrigatoriedade de publicação restrita aos entes que realizarem as parcerias público-privadas – PPP.

Atenção! A União deverá publicar o demonstrativo das despesas de caráter continuado derivadas das parcerias público-privada contratadas – PPP, bimestralmente, enquanto que os Estados, Distrito federal e Municípios, somente no último bimestre do exercício financeiro, relativamente àqueles Entes que contrataram PPP.

O sistema de coleta de dados contábeis – SISTN/caixa, estará habilitado a receber, no último bimestre de cada exercício as informações sobre a realização de PPPs, ou, em caso de não realização, declaração do Ente atestando que o ente não contratou parcerias público-privada até aquela data.

Demonstrativo simplificado do relatório resumido da execução orçamentária (RREO – versão simplificada)

Em atendimento ao princípio da transparência na gestão fiscal, todos os entes da federação deverão publicar o demonstrativo simplificado do relatório resumido da execução orçamentária.

Esse demonstrativo visa evidenciar de forma simplificada, em um único documento, as execuções orçamentária, os restos a pagar, a apuração dos limites mínimos constitucionais de aplicação em saúde e educação,

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a apuração do limite constitucional permitido para a contratação de operações de crédito, as projeções atuariais dos regimes de previdência bem como suas receitas e despesas, o valor da receita corrente líquida - RCL, o cumprimento das metas de resultado nominal e primário estabelecidas no anexo de metas fiscais da LDO e a aplicação da receita de capital derivada da alienação de ativos.

A elaboração desse demonstrativo far-se-á a partir das informações dos demonstrativos completos que compõem o relatório resumido da execução orçamentária.

1.5. Descumprimento dos prazos na elaboração e publicação do RREO

A LRF estabelece que o descumprimento dos prazos para elaboração e publicação do RREO, sujeita o Ente às seguintes sanções, até que a situação seja regularizada: (art. 52, § 2º).

Que o Ente da Federação receba transferências voluntárias;

Não poderá contratar operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

1.6. Apresentação de justificativas

A LRF estabelece que quando for o caso, o Ente da Federação deverá apresentar as seguintes justificativas:

Da limitação de empenho;

Da frustração de receitas, especificando as medidas de combate à sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e as ações de fiscalização e cobrança.

1.7. Síntese do Relatório Resumido da Execução Orçamentária – RRE

O Relatório Resumido da Execução Orçamentária – RREO é um demonstrativo exigido pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela LRF.

A CF/88 determina que o Poder Executivo de todos os Entes da Federação publique, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.

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Atenção! Municípios com menos de 50 mil habitantes também deverão elaborar e publicar o RREO bimestralmente.

A essência do RREO é ser um dos instrumentos de transparência e responsabilidade da gestão fiscal e ainda atender aos princípios constitucionais da publicidade e eficiência.

A elaboração do RREO é bimestral e a sua publicação deverá ocorrer em até 30 dias após o término do bimestre. Os prazos para elaboração não são de livre escolha dos Estes, mas sim, estabelecidos pela LRF.

A LRF prevê os seguintes instrumentos de transparência da gestão fiscal:

Os Planos Plurianuais – PPA (art. 165, I e § 1º CF);

Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na CF e elaborados em consonância com o plano plurianual (art. 165, § 4º CF);

As Leis Orçamentárias Anuais – LOA (art. 165, III e § 5º CF);

As Leis de Diretrizes Orçamentárias – LDO (art. 165, II e § 2º CF);

As prestações de contas (art. 70, parágrafo único CF, art. 56 LRF);

O parecer prévio dos Tribunais de Contas (art. 71, I, c/c art. 75 CF, art. 56, § 2º LRF);

O Relatório Resumido da Execução Orçamentária (art. 165, § 3º CF e art. 52 LRF);

O Relatório de Gestão Fiscal (art. 54 da LRF);

As versões simplificadas dos RGF e RREO (art. 48 da LRF);

Incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e de discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos (art. 48, parágrafo único da LRF).

Quem é responsável pela elaboração e publicação do RREO é o Poder Executivo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Esse Poder consolida as informações dos outros Poderes e Órgãos.

O RREO deverá ser elaborado juntamente com os seguintes demonstrativos:

Balanço orçamentário – BO;

Demonstrativo da execução das receitas, por categoria econômica e fonte, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a previsão a realizar;

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Demonstrativo da execução das despesas por categoria econômica e grupo de natureza, discriminando a dotação inicial, para o exercício, despesa empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício;

Demonstrativo das despesas por função e subfunção;

Demonstrativo da receita corrente líquida - RCL;

Demonstrativo das receitas e despesas previdenciárias do regime geral de previdência social – esse demonstrativo é só para a União;

Demonstrativo das receitas e despesas previdenciárias do regime próprio dos servidores públicos;

Demonstrativo do resultado nominal;

Demonstrativo do resultado primário;

Demonstrativo dos restos a pagar por poder e órgão;

Demonstrativo das receitas e despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino;

Demonstrativos das despesas com saúde;

Demonstrativo simplificado do relatório resumido da execução orçamentária.

Além dos demonstrativos anteriormente citados, também deverão ser elaborados e publicados até trinta dias após o encerramento do último bimestre, os seguintes:

Demonstrativo das receitas de operações de crédito e despesas de capital;

Demonstrativo da projeção atuarial do regime geral de previdência social;

Demonstrativo da projeção atuarial do regime próprio de previdência social dos servidores públicos;

Demonstrativo da receita de alienação de ativos e aplicação dos recursos;

Demonstrativo das despesas de caráter continuado resultantes das parcerias público-privada contratadas.

A LRF estabelece que o descumprimento dos prazos para elaboração e publicação do RREO, sujeita o Ente às seguintes sanções, até que a situação seja regularizada: (art. 52, § 2º).

Que o Ente da Federação receba transferências voluntárias;

Não poderá contratar operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

Municípios com menos de 50 mil habitantes também deverão elaborar e publicar o RREO bimestralmente.

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1.8. Síntese de questionamentos sobre o RREO

1. Qual é o prazo previsto em lei para publicação da Receita Corrente Líquida, pelo Executivo Federal, para que os demais órgãos possam elaborar o Relatório de Gestão Fiscal? R: Segundo o que vem sendo regulamentado na LDOs, o Poder Executivo Federal publicará a RCL até 20 dias após o encerramento do quadrimestre para que os demais órgãos possam elaborar o RGF.

2. Qual a abrangência do Relatório Resumido da Execução Orçamentária? R: O RREO abrangerá todos os órgãos da administração direta, de todos os Poderes, bem como as entidades da administração indireta – autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista quando contempladas nos orçamentos fiscal ou da seguridade social – e também os fundos especiais.

3. Qual a periodicidade e qual Poder deverá efetuar a publicação do Relatório Resumido da Execução Orçamentária, segundo a LRF? R: O RREO deverá ser publicado pelo Poder Executivo até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.

4. Qual a periodicidade de publicação do RREO na União? E qual é o objetivo de tal periodicidade? R: A União publica o RREO bimestralmente, ao que chamamos de bimestre móvel, para permitir à sociedade, por meio dos variados órgãos de controle, acompanhamento e análise da execução orçamentária do Governo Federal.

5. No balanço orçamentário deverá ser registrado uma rubrica denominada “saldos de exercícios anteriores”?. Qual é a finalidade? R: Apresentar o valor dos recursos provenientes de superávit financeiro de exercícios anteriores, apurados no balanço patrimonial do exercício anterior e que está sendo utilizado como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais do exercício atual.

6. No demonstrativo da receita corrente líquida, dentre as deduções constam a contribuição para o PIS/PASEP e a contribuição dos empregadores e dos trabalhadores para a seguridade social. Todos os Entes federados deverão fazer essa dedução? R: Não, apenas a União irá deduzir as contribuições para o PIS/PASEP e de empregadores e trabalhadores da seguridade social do cálculo da RCL, haja vista que tais contribuições pertencem à União.

7. Encerrado o primeiro quadrimestre, a União deverá publicar a RCL para que os outros poderes elaborem as suas propostas orçamentárias e verifique os seus limites de despesa total com pessoal.No cálculo da RCL será apurada somando-se as receitas arrecadadas nos quatro primeiros meses do ano, excluídas as duplicidades, efetuando as deduções previstas na LRF. Essa afirmação está certa ou errada? R: Errada. Não existe Receita Corrente Líquida de quatro meses. De acordo com a LRF (art. 2º, inciso IV, § 3º), a RCL será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.

8. Quais os percentuais a serem aplicados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino? R: União aplicará, anualmente, nunca menos de 18%, e os Estados, Distrito Federal e Municípios, nunca menos de 25% da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. O percentual e a base de cálculo da receita para a transferência ao FUNDEF será de

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15% dos recursos do ICMS, FPE, FPM, Cota-Parte do IPI e compensação financeira pela desoneração das exportações (Lei Complementar 87/96 – Lei Kandir).

9. Quais são os percentuais estabelecidos na Constituição Federal (Emenda Constitucional nº. 29) a serem aplicados em ações e serviços públicos de saúde pelas três esferas de Governo a partir do exercício de 2004, inclusive? R: União – o valor apurado no ano anterior corrigido pela variação nominal do PIB; Estados – 12% das receitas de impostos e transferências constitucionais e legais; Municípios – 15% das receitas de impostos e transferências constitucionais e legais; Distrito Federal – 12% das receitas de impostos e transferências constitucionais e legais de competência dos Estados e 15% das receitas de impostos de competência dos Municípios.

10. Qual a periodicidade de publicação do Demonstrativo da Receita Líquida de Impostos e das Despesas Próprias com Saúde – Estados, Distrito Federal e Municípios para o exercício de 2003? R: Semestral.

11. A LRF, tendo em vista a estrutura frágil e pouca capacidade técnica e/ou financeira dos pequenos municípios brasileiros menos de 50 mil habitantes, concede a eles algumas permissões especiais. Cite pelo menos duas dessas permissões:

R: Apurar o montante da dívida consolidada ao final do semestre para fins de verificação do atendimento do limite;

Verificação do cumprimento dos limites de despesas com pessoal ao final do semestre;

Divulgar semestralmente o Relatório de Gestão Fiscal.

12. Conforme a LRF é facultado aos municípios com população inferior a 50 mil habitantes a divulgação semestral do RREO, inclusive o balanço orçamentário e o demonstrativo das despesas por função e subfunção que dele fazem parte. Está correta essa afirmação? R: Incorreta. O balanço orçamentário, o demonstrativo das despesas por função e subfunção e o demonstrativo das receitas e despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino deverão ser publicados bimestralmente, independentemente do número de habitantes do município. O que a LRF permite é a divulgação semestral apenas dos demonstrativos da RCL, das receitas e despesas previdenciárias, dos resultados nominal e primário e dos restos a pagar por poder e órgão.

13. A LRF não menciona a obrigatoriedade de publicação dos demonstrativos do ensino e da saúde. Tendo em vista que tais demonstrativos fazem parte do RREO? R: Quanto ao demonstrativo do ensino a LRF não prevê. Porém, a Lei 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) dispõe em seu artigo 72 que as receitas e despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino serão apuradas e publicadas nos balanços do poder público, assim como nos relatórios a que se refere o § 3º do art. 165 da CF (Relatório Resumido da Execução Orçamentária).

Com relação aos demonstrativos da saúde, o artigo 25, §1º, IV, alínea b, condiciona a realização de transferência voluntária à comprovação pelo ente beneficiário do cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde. Portanto, de forma implícita, a LRF estabelece a demonstração do cumprimento desses limites constitucionais.

14. Por que os valores lançados em saldos de exercícios anteriores, no balanço orçamentário não são lançados diretamente nas contas de receitas orçamentárias?

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R: Esses saldos não poderão ser lançados novamente como receita orçamentária em atendimento ao inciso I, do art. 35, da Lei 4.320/64, que dispõe que a receita pertence ao exercício financeiro no qual foi arrecadada.

15. Um dos demonstrativos que compõe o RREO demonstra o cumprimento de limites para a realização de operações de crédito. Que demonstrativo é esse e a qual limite ele está relacionado? R: Demonstrativo das receitas de operações de crédito e das despesas de capital. Demonstra o cumprimento do limite estabelecido no inciso III do art. 167 da CF.

16. Qual o significado do termo “Regra de Ouro”? R: É o limite estabelecido no inciso III do art. 167 da Constituição Federal, abaixo transcrito: ”Art. 167 – São vedados”: ”III – a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta”.

17. Segundo a LRF a comprovação do cumprimento dos limites mínimos constitucionais de aplicação na educação e na saúde é exigência para quê? R: Segundo o artigo 25, § 1º, inciso IV, alínea “b”, da LRF, a comprovação do cumprimento dos limites mínimos constitucionais de aplicação na educação e na saúde é exigência para realização de transferências voluntárias.

18. De acordo com a Constituição Federal, a que sanção estará sujeito o Ente o não cumprimento dos limites constitucionais a serem aplicados na educação e na saúde? R: Estará sujeito a Intervenção Federal. (art. 34, VII, “e”, CF)

19. O que é o resultado primário? R: Representa a diferença entre as receitas não-financeiras e as despesas não-financeiras. Ou seja, evidencia a diferença entre as receitas e despesas, subtraídas as financeiras.

20. Diferentemente do demonstrativo de restos a pagar do RGF, o demonstrativo dos restos a pagar por Poder e Órgão que compõe o RREO visa apurar se a inscrição dos restos a pagar do órgão se deu nos limites de disponibilidades financeiras de que trata a LRF. Está correta essa assertiva? R: A afirmativa está incorreta. O demonstrativo visa o acompanhamento da execução das despesas inscritas em restos a pagar no exercício anterior, e apresenta os restos a pagar inscritos, cancelados, pagos e a pagar, processados e não processados, detalhados por Poder e órgão.

21. Por que somente a União deverá elaborar e publicar o demonstrativo das receitas e despesas previdenciárias do regime geral de previdência social? R: É porque só há RGPS no âmbito da União.

22. Por que as despesas com inativos e pensionistas não são consideradas ações e serviços públicos de saúde? R: Porque se trata de despesa de benefícios previdenciários, e não, de saúde.

23. Suponha a seguinte situação hipotética: um Estado é controlador de uma empresa estatal. Esta empresa recebeu, no exercício de 2001, recursos financeiros para custear despesas com pessoal e tem, no exercício corrente, autorização orçamentária para recebimento de recursos financeiros para a mesma finalidade. Os valores das receitas e das despesas dessa empresa farão parte dos demonstrativos do Relatório Resumido da Execução Orçamentária?

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R: Sim, posto que se trata de uma empresa estatal dependente, e como tal, todos os valores das receitas e das despesas dessa empresa deverão compor os demonstrativos do RREO e não apenas as despesas com pessoal.

2. TESTES- RREO

1. (CESPE – Procurador Consultivo – TCE/PE – 2004) Se um estado ultrapassa os limites de endividamento estabelecidos na LRF e nas resoluções do Senado Federal, a única conseqüência verificada é a impossibilidade de contratar mais empréstimos.

Resolução

O Ente da Federação que ultrapassar os limites de endividamento estará sujeito a duas sanções básicas e a obrigatoriedade de obter resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite. Para obter superávit primário, uma das medidas indicadas na própria LRF é a limitação de empenho.

É importante mencionar que para a União o Senado Federal ainda não fixou o limite de endividamento.

As limitações são:

Proibição de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária;

Proibição de receber transferências voluntárias da União ou do Estado.

Observe a legislação acerca do assunto:

Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subseqüentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.

§ 1o Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:

I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária;

II - obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho, na forma do art. 9o.

§ 2o Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e enquanto perdurar o excesso, o ente ficará também impedido de receber transferências voluntárias da União ou do Estado.

Item ERRADO.

2. (CESPE – Procurador Consultivo – TCE/PE – 2004) O conceito de receita corrente líquida, utilizado no cálculo de indicadores de

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responsabilidade fiscal, envolve, no caso dos estados, o somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzido das transferências constitucionais para municípios.

Resolução

Os estados deverão apurar a RCL considerando:

O somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas correntes, deduzidos:

As parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;

A contribuição descontada dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social;

As receitas provenientes da compensação financeira prevista no § 9o do art. 201 da CF (compensação entre os sistemas de previdência).

As receitas destinadas ao FUNDEF;

Veja a legislação:

Art. 2o Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:

IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:

a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;

b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;

c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9o do art. 201 da Constituição.

§ 1o Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos e recebidos em decorrência da Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

§ 2o Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para atendimento das despesas de que trata o inciso V do § 1o do art. 19.

§ 3o A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.

Item CERTO.

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3. (FCC – TRT 2ª Região – Analista Judiciário – Contabilidade – 2006) Em relação á LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal é correto afirmar:

(A) Na Lei de Responsabilidade Fiscal são fixados percentuais máximos de despesas com Pessoal em 50% para a União e 54% para os Municípios.

(B) A Lei de Responsabilidade Fiscal revogou a Lei Federal nº 4.320/64.

(C) O Relatório Resumido de Execução Orçamentária será publicado até 30 dias após o encerramento de cada quadrimestre.

(D) O Relatório de Gestão Fiscal será emitido ao final de cada bimestre pelos titulares dos Poderes.

(E) Para a despesa de pessoal o limite prudencial corresponde a 95% do limite máximo.

Resolução

(A) ERRADO. Na LRF são fixados os percentuais máximos de gastos com pessoal da seguinte forma: 50% para a União, 60% para Estado/DF e Municípios. Lembrando que o percentual é do Ente da Federação.

(B) ERRADO. A LRF complementa a Lei Federal nº. 4.320/64. É certo também que estabelece novos conceitos e algumas modificações, porém, de forma alguma, a LRF revogou a Lei 4.320/64.

(C) ERRADO. O Relatório Resumido de Execução Orçamentária - RREO será publicado até 30 dias após o encerramento de cada BIMESTRE.

(D) Incorreta. O Relatório de Gestão Fiscal será emitido ao final de cada QUADRIMESTRE pelos titulares dos Poderes.

(E) CERTO. Para a despesa de pessoal o limite prudencial corresponde a 95% do limite máximo e o alerta dos Tribunais de Contas será realizado quando atingir 90% do limite de gasto com pessoal.

4. (ESAF – AFC/CGU – 2006) - A Lei Complementar n. 101- Lei de Responsabilidade Fiscal, aprovada em maio de 2000, é uma importante ferramenta gerencial a serviço da administração pública. Com relação a essa lei não se pode afirmar que

a) a LRF determina que receitas, despesas e disponibilidades da previdência sejam agrupadas às contas do Tesouro Público, permitindo o financiamento dos estados e municípios com recursos da Previdência Social.

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b) na elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a LRF inovou ao introduzir o Anexo de Metas Fiscais, para três anos, contendo metas para receita e despesa, resultado primário e nominal e dívida pública.

c) a LRF resgatou o orçamento público como peça de planejamento e controle.

d) a LRF determina o corte linear de despesas, caso os resultados fiscais se distanciem das metas fixadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

e) cria um sistema de controle institucional múltiplo, que permite que todos os poderes estejam sujeitos igualmente ao cumprimento de regras e à fiscalização.

Resolução

Observe que o comando da questão pede o que não se pode afirmar em relação à LRF.

a) CERTO. Não podermos afirmar que a LRF prevê que as receitas, despesas e disponibilidades da previdência sejam agrupadas às contas do Tesouro Público, permitindo o financiamento dos estados e municípios com recursos da Previdência Social.

Ao contrário, a LRF estabelece que as receitas e despesas previdenciárias sejam apresentadas em demonstrativos financeiros e orçamentários específicos e que as disponibilidades de caixa constarão de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada.

Portanto, as disponibilidades de caixa dos fundos de previdência da União, Estados e Municípios constarão de registro próprio e específico para fins de sua identificação.

b) ERRADO. A LRF enfatiza a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), inovou ao introduzir os Anexos de Metas e Riscos Fiscais, contendo metas para receita e despesa, resultado primário, nominal e dívida pública.

c) ERRADO. A LRF não só resgatou, como também enfatizou o orçamento como peça de planejamento e controle.

d) ERRADO. A LRF determina o corte linear de despesas, caso os resultados fiscais se distanciem das metas fixadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Esse corte linear refere-se à limitação de empenho e movimentação financeira prevista no art. 9º.

e) ERRADO. As regras da LRF são obrigatórias para todos os Poderes. Assim sendo, cria um sistema de controle institucional múltiplo,

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permitindo que todos os poderes estejam sujeitos igualmente ao cumprimento de regras e à fiscalização.

Marque “C” ou “E”:

5. A elaboração do RREO deverá ocorrer em até 30 dias após o término do bimestre.

Resolução

ERRADO. A elaboração do RREO deverá ser bimestral. A publicação é que deverá ocorrer em até 30 dias após o término do bimestre.

6. O RREO é um dos instrumentos de transparência da gestão fiscal, porém, o incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e de discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos, não o são.

Resolução

ERRADO. A LRF estabelece que a participação popular e realização de audiências públicas durante os processos de elaboração e de discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos também são instrumentos de transparência da gestão fiscal.

7. Municípios com menos de 50 mil habitantes deverão elaborar e publicar o RREO semestralmente.

Resolução

ERRADO. Os Municípios com menos de 50 mil habitantes deverão elaborar e publicar o RREO bimestralmente.

8. O demonstrativo da receita corrente líquida apresenta a apuração da receita corrente líquida – RCL, sua evolução nos últimos doze meses, assim como a previsão de seu desempenho no exercício. Esse demonstrativo integra o relatório resumido da execução orçamentária e deverá ser publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.

Resolução

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CERTO. O demonstrativo da RCL é parte integrante do RREO.

Antes de iniciar o próximo assunto, está na hora do cafezinho!

3. RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL – RGF

Análise do conteúdo:

O assunto Relatório de Gestão Fiscal – RGF é relativamente fácil de ser assimilado. PORTANTO, quem já estudou as aulas de LRF e assimilou o conteúdo terá pouca dificuldade.

3.1. Introdução

A palavra relatório designa, de forma genérica, a síntese ou o resumo de atividades desenvolvidas.

A título de exemplo, os balanços públicos e demonstração de resultados são relatórios de determinada gestão, de um período qualquer.

Gestão fiscal é o ato de gerir o patrimônio público sob a responsabilidade de uma determinada autoridade competente para tal mister. Aplica-se o conceito de gestão fiscal a fundos, entidades supervisionadas e a outras situações em que se justifique a administração distinta de bens e valores.

O RGF é um instrumento imprescindível no acompanhamento das atividades financeiras e de gestão do Estado e está previsto no art. 54 da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF.

O que é o relatório de gestão fiscal – RGF?

O RGF é um documento obrigatório estabelecido pela LRF, devendo ser emitido pelos titulares de Poderes e órgãos, com a finalidade de demonstrar o resultado da gestão; relativos a gastos com pessoal, empréstimos, garantias, disponibilidades de caixa e outros dados relevantes.

Em realidade, o RGF apresenta informações acerca da gestão pública de bens, direitos e obrigações, demonstrando os resultados alcançados e a alcançar em um determinado período.

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Um alerta! Não confundir o anexo de riscos fiscais com o relatório de gestão fiscal. Portanto, risco fiscal é diferente de gestão fiscal.

O anexo de riscos fiscais é um documento previsto pela LRF e deverá estar contido na lei de diretrizes orçamentárias – LDO.

Aliás, a LRF estabelece que a LDO deva conter dois anexos:

◊ O de metas fiscais;

◊ E o de riscos fiscais.

Portanto, o RGF não é anexo, mas sim, um documento à parte, a ser emitido de quatro em quatro meses por diversos órgãos e Poderes ou semestralmente para municípios com menos de 50 mil habitantes.

Apesar de já ter abordado em aula anterior, nuca é demais repetir!

Riscos fiscais são a possibilidade da ocorrência de eventos ou fatos econômicos que venham a impactar ou onerar de forma substancial e negativamente nas contas públicas.

A LRF estabelece que a lei de diretrizes orçamentárias conterá anexo de riscos fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem (art. 4º, § 3º, da LRF).

Classificação dos riscos fiscais:

Os riscos fiscais são classificados em dois grupos:

◊ Riscos orçamentários;

◊ E os riscos da dívida.

Portanto, os riscos fiscais são divididos em riscos orçamentários e da dívida.

Os riscos orçamentários referem-se à possibilidade de as receitas previstas não se realizarem ou a necessidade de execução de despesas inicialmente não fixadas ou orçadas a menor durante a execução do Orçamento.

Resumindo:

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Possibilidade de algumas receitas previstas na LOA não se realizarem;

Riscos orçamentários Necessidade de execução de despesas não fixadas na LOA ou orçadas a menor.

Exemplo de riscos orçamentários:

◊ Arrecadação de tributos menor do que o previsto na lei orçamentária – frustração na arrecadação, devido a fatos ocorridos posterior à elaboração da LOA ou restituição de determinado tributo não previsto.

◊ Restituição de tributos a maior que a prevista nas deduções da receita orçamentária.

◊ Ocorrência de epidemias, enchentes, abalos sísmicos e outras situações de calamidade pública que demandem do estado ações emergenciais.

Os riscos da dívida referem-se a possíveis ocorrências externas à administração e que caso sejam efetivadas resultarão em aumento do serviço da dívida pública no ano de referência. Ocorrem, geralmente, a partir de dois tipos de eventos:

O primeiro deles está relacionado com a gestão da dívida, ou seja, decorre de fatos como a variação das taxas de juros e de câmbio em títulos vincendos.

O segundo tipo são os passivos contingentes que representam dívidas cuja existência depende de fatores imprevisíveis, tais como resultados dos julgamentos de processos judiciais.

Resumindo: ◊ Variação das taxas de juros e de câmbio em títulos vincendos.

Riscos da dívida ◊ Passivos contingentes que representam dívidas cuja existência depende de fatores imprevisíveis, a exemplo dos resultados de julgamentos de processos judiciais.

Os precatórios judiciais não se enquadram no conceito de risco fiscal porque se trata de passivos alocados no orçamento. Os precatórios judiciais são previsíveis e deverão constar na LOA.

Conforme estabelecido na Constituição Federal, é obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, recursos necessários ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários, apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente (art. 100, § 1º da CF).

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Um questionamento! A reserva de contingência prevista no inciso III do art. 5º da LRF, que deverá estar contida na Lei Orçamentária Anual – LOA pode ser utilizada para cobrir riscos fiscais?

Sim, a reserva de contingência deverá ser destinada:

◊ Ao atendimento de passivos contingentes;

◊ E outros riscos e eventos fiscais imprevistos.

Conforme estabelecido pela LRF, a reserva de contingência se destina ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos (art. 5º, inciso III, alínea “b”).

A reserva de contingência é uma das fontes de recursos utilizadas para a abertura de créditos adicionais.

Portanto, essa reserva deverá ser utilizada para a cobertura de riscos e eventos fiscais, entretanto, essa não será necessariamente a única forma de cobertura dos riscos fiscais, podendo ser utilizados outros meios como, por exemplo, a realocação ou a redução de outras despesas.

3.2. Instrumentos normativos do RGF

O RGF encontra sua abordagem legal nos artigos 54 e 55 da LRF, na Portaria STN nº 586, de 29 de agosto de 2005, que aprova a 5ª edição do manual de elaboração do anexo de riscos fiscais e do relatório de gestão fiscal e em diversas Notas Técnicas da STN.

Na qualidade de órgão central do sistema de contabilidade federal, cabe à STN a edição de normas, harmonização dos conceitos, definições, regras e procedimentos contábeis a serem observados por todas as esferas de governo na elaboração do RGF.

O que a LRF prevê sobre o RGF? A LRF determina que ao final de cada quadrimestre ou semestralmente para municípios com população inferior a 50 mil habitantes, deva ser emitido o Relatório de Gestão Fiscal – RGF pelos seguintes órgãos (art. 54 da LRF):

◊ Ministérios Público Federal e Estadual.

No Poder Legislativo Federal:

◊ Câmara dos Deputados;

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◊ Senado Federal;

◊ E o Tribunal de Contas da União.

No Poder Legislativo Estadual:

◊ Assembléia Legislativa;

◊ E os Tribunais de Contas;

No Poder Legislativo do Distrito Federal:

◊ Câmara Legislativa;

◊ E o Tribunal de Contas do Distrito Federal.

No Poder Legislativo Municipal:

◊ Câmara de Vereadores;

◊ E o Tribunal de Contas do Município, quando houver.

No Poder Judiciário Federal:

◊ Supremo Tribunal Federal;

◊ Conselho Nacional de Justiça (EC 45). Atenção! A ESAF gosta de novidade! Portanto, o Conselho Nacional de Justiça é obrigado a elaborar o RGF.

◊ Superior Tribunal de Justiça;

◊ Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

◊ Tribunais e Juízes do Trabalho;

◊ Tribunais e Juízes Eleitorais;

◊ Tribunais e Juízes Militares;

◊ Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

No Poder Judiciário Estadual:

◊ Tribunal de Justiça e outros, quando houver.

Os órgãos acima mencionados deverão, cada um, emitir o seu próprio RGF, abrangendo as informações necessárias à verificação da consecução das metas fiscais e dos limites de que trata a LRF.

Importante! O RGF não será contemplado com as mesmas informações para todos os órgãos e Poderes, a exemplo da dívida consolidada, que cabe somente ao Poder Executivo elaborar essa informação.

3.3. Autoridades que deverão assinar o RGF:

Ao final de cada quadrimestre, ou semestralmente para municípios com população inferior a 50 mil habitantes, será emitido pelos titulares dos

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Poderes e órgãos referidos no art. 20, o Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo (art. 54 e parágrafo único da LRF):

◊ Chefe do Poder Executivo;

◊ Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo;

◊ Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Judiciário;

◊ Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados.

◊ O RGF também deverá ser assinado pelas autoridades responsáveis pela administração financeira e pelo controle interno, bem como por outras definidas por ato próprio de cada Poder ou órgãos acima referidos.

3.4. Abrangência e conteúdo do RGF:

Abrangência:

O RGF contempla todos os Poderes e órgãos da administração direta, autarquias, fundações, fundos, empresas públicas e sociedades de economia mista, incluindo os recursos próprios, consignados nos orçamentos fiscal e da seguridade social, para manutenção de suas atividades, excetuadas aquelas empresas que recebem recursos exclusivamente para aumento de capital oriundos de investimentos do respectivo ente.

As empresas estatais dependentes e as entidades da administração indireta terão que constar nos orçamentos fiscal e da seguridade social, inclusive com seus recursos próprios para que fiquem sujeitas às regras de elaboração do RGF.

Atenção! As empresas públicas e sociedades de economia mista abrangidas no RGF são somente aquelas que participam dos orçamentos fiscal e da seguridade social para manutenção de suas atividades. São as entidades que recebem recursos para custeio de suas despesas.

Exemplo: o Banco do Brasil e a PETROBRÁS são sociedades de economia mista que não recebem recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para custeio de suas atividades, portanto, não estão abrangidas no RGF.

A CEF é uma empresa pública que não recebe recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para custeio de suas atividades, portanto, não está abrangida no RGF.

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A EMBRAPA é uma empresa pública que recebe recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para custeio de suas atividades, portanto, está abrangida no RGF.

Conteúdo:

O RGF deve conter demonstrativos com informações relativas à despesa total com pessoal, dívida consolidada, concessão de garantias e contragarantias, bem como operações de crédito, devendo, no último quadrimestre, ser acrescido de demonstrativos referentes ao montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro e das inscrições em Restos a Pagar.

Sintetizando, o RGF deverá conter as seguintes informações mínimas:

Comparativo com os limites dos seguintes montantes:

◊ Despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;

◊ Dívidas consolidada e mobiliária;

◊ Concessão de garantias;

◊ Operações de crédito (interna e externa) e ainda as antecipações de receitas orçamentárias - ARO;

Indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites acima.

No último quadrimestre:

◊ Demonstrativo referente ao montante das disponibilidades de caixa em 31/12;

◊ Demonstrativo referente as inscrições em restos a pagar, das despesas:

Liquidadas;

◊ Empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa;

◊ Não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;

◊ Se as operações de crédito por antecipação de receita foram pagas, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro (art. 38, inciso II, da LRF).

◊ Que no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal não seja realizada operação de crédito por antecipação de receita, haja vista a proibição (art. 38, Inciso IV, alínea b), da LRF).

O RGF dos órgãos e Poderes abaixo:

◊ Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo;

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◊ Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Judiciário;

◊ Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados.

Deverá conter somente as seguintes informações:

Comparativo com os limites dos seguintes montantes:

◊ Despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;

Indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites acima.

No último quadrimestre:

◊ Demonstrativo referente ao montante das disponibilidades de caixa em 31/12;

◊ Demonstrativo referente as inscrições em restos a pagar, das despesas:

Liquidadas;

◊ Empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa;

◊ Não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;

◊ Se as operações de crédito por antecipação de receita foram pagas, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro (art. 38, inciso II, da LRF).

◊ Que no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal não foi realizada operação de crédito por antecipação de receita, haja vista a proibição (art. 38, Inciso IV, alínea b), da LRF).

Resumindo, o Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório equivalente dos órgãos do Poder Legislativo, o Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou órgão decisório equivalente, dos órgãos do Poder Judiciário e o Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados só estarão dispensados de incluir as seguintes informações no RGF:

◊ Dívidas consolidada e mobiliária;

◊ Concessão de garantias;

◊ Operações de crédito (interna e externa) e ainda as antecipações de receitas orçamentárias - ARO;

Existe prazo previsto para elaboração do RGF? Sim, o prazo é a cada 4 (quatro) meses ou semestralmente para Municípios com menos de 50 mil habitantes, nem mais nem menos, portanto, os prazos são fatais para que os órgãos e Poderes elaborem o RGF.

Os prazos são:

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◊ 1º quadrimestre: 30 de abril;

◊ 2º quadrimestre: 31 de agosto.

◊ 3º quadrimestre: 31 de dezembro.

Municípios com menos de 50 mil habitantes:

◊ 1º semestre: 30 de junho.

◊ 2º semestre: 31 de dezembro.

3.5. Princípio da publicidade do RGF

A LRF determina que o RGF deverá ser publicado e disponibilizado ao acesso público, inclusive em meios eletrônicos, até trinta dias após o encerramento do período a que corresponder.

Como o RGF deverá ser publicado quadrimestralmente ou a cada semestre, os prazos para publicação são:

◊ 1º quadrimestre: até 30 de maio;

◊ 2º quadrimestre: até 30 de setembro.

◊ 3º quadrimestre: até 30 de janeiro do ano subseqüente ao de referência.

Municípios com menos de 50 mil habitantes:

◊ 1º semestre: até 30 de julho.

◊ 2º semestre: até 30 de janeiro do ano subseqüente ao de referência.

Atenção! O prazo semestral para os municípios com menos de 50 mil habitantes é facultativo. Portanto, se quiserem publicar quadrimestralmente, podem. Entretanto, o prazo mínimo é quadrimestral (art. 63, inciso I, da LRF).

3.6. Conseqüências da não elaboração e publicação do RGF

A não divulgação do referido relatório, nos prazos e condições estabelecidos em lei, é punida com multa de trinta por cento dos vencimentos anuais do agente que lhe der causa, sendo o pagamento da multa de sua responsabilidade pessoal.

Além disso, o ente da Federação estará impedido de receber transferências voluntárias e contratar operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária. Para a LRF, o pagamento e o refinanciamento da dívida sempre pode!

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Atenção! A não divulgação do referido relatório, nos prazos e condições estabelecidos em lei, não é crime, se constitui apenas em infração administrativa contra as leis de finanças públicas (art. 5º, do Decreto-Lei 201/67).

A infração administrativa será punida com multa de trinta por cento dos vencimentos anuais do agente que lhe der causa, sendo o pagamento da multa de sua responsabilidade pessoal.

As infrações administrativas se constituem quando ocorrer uma das seguintes hipóteses:

◊ Deixar de divulgar o RGF;

◊ Não enviar o RGF ao Poder Legislativo;

◊ Não enviar o RGF ao Tribunal de Contas.

Quem é competente para processar e julgar a referida infração administrativa?

A infração será processada e julgada pelo Tribunal de Contas a que competir a fiscalização da pessoa jurídica de direito público envolvida (art. 5º, § 2º, do Decreto-Lei 201/67).

4. Disposições gerais acerca dos limites:

4.1. Apuração dos gastos com pessoal:

Finalidade: O RGF visa assegurar a transparência da despesa com pessoal de cada um dos Poderes e órgãos e verificar os limites de que trata a LRF. Portanto, a apuração de gastos com pessoal é informação do RGF.

Importante! O RGF tem periodicidade quadrimestral ou semestral, entretanto, a apuração de despesa com pessoal será feita com base em um período de 12 meses. Neste caso, os limites a serem apresentados no RGF do primeiro e segundo quadrimestres, somarão despesas com pessoal relativas a dois exercícios financeiros, já que a contagem inclui 11 meses.

O RGF referente ao último quadrimestre do ano apresentará de forma unificada as despesas de pessoal dos Poderes (50% para a União e 60%

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para Estados/DF e Municípios). Princípio da unicidade do exercício financeiro.

4.2. Abrangência das despesas com pessoal:

Será computada a despesa com pessoal da Administração Direta e Indireta, inclusive das empresas estatais dependentes.

As estatais dependentes correspondem a empresas controladas que recebam do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária (art. 2º, inciso II, da Portaria STN nº 589/01).

A despesa com pessoal ativo, inativo e pensionista da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em cada período de apuração, não poderá exceder os limites abaixo transcritos, conforme previsão da LRF:

UNIÃO: Não poderá gastar com pessoal mais do que 50% da Receita Corrente Líquida. Esse percentual é dividido entre os poderes da seguinte forma:

◊ 2,5% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas da União;

◊ 6% para o Poder Judiciário;

◊ 40,9% para o poder Executivo;

◊ 0,6% para o Ministério Público da União.

ESTADOS/DF: Não poderão gastar com pessoal mais do que 60% da Receita Corrente Líquida. Esse percentual é dividido entre os poderes da seguinte forma:

◊ 3% para o Legislativo, incluindo os Tribunais de Contas;

◊ 6% para o Poder Judiciário;

◊ 49,0% para o Poder Executivo;

◊ 2% para o Ministério Público dos Estados.

MUNICÍPIOS: Não poderão gastar com pessoal mais do que 60% da Receita Corrente Líquida. Esse percentual é dividido entre os poderes da seguinte forma:

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◊ 6% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas, se houver;

◊ 54% para o Poder Executivo.

Apenas para recordar a aula anterior!

Do percentual (40,9%) do Poder Executivo Federal são destacados 3% para as despesas com pessoal do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como da polícia civil, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, repartidos de forma proporcional à média das despesas relativas a cada um, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao exercício de 2000, da seguinte forma:

◊ 0,275% para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios;

◊ 0,064% para o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios;

◊ 0,174% para o ex-Território de Roraima;

◊ 0,287% para o ex-Território do Amapá;

◊ 2,200% para o Distrito Federal.

O não cumprimento dos limites e a falta de medidas saneadoras, nos prazos e condições estabelecidos na LRF, sujeitam o titular do Poder ou órgão a punições que poderão ser:

◊ Impedimento da entidade para o recebimento de transferências voluntárias;

◊ Pagamento, com recursos próprios do agente que lhe der causa, de multa de 30% dos vencimentos anuais;

◊ Inabilitação para o exercício da função pública por um período de até cinco anos;

◊ Perda do cargo público;

◊ Cassação de mandato;

◊ Prisão, detenção ou reclusão.

4.3. Limite prudencial

O limite prudencial estabelecido pela LRF é um percentual que corresponde a 95% do limite máximo da RCL até o quadrimestre do exercício em referência e nos últimos doze meses (parágrafo único do art. 22 da LRF).

Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou órgãos quando o montante da despesa total com pessoal ultrapassar a 90% do limite.

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Portanto, entre mais de 90 e até 95%, por enquanto não há penalidade, haverá apenas alerta (art. 59, § 1º, inciso II, da LRF).

Portanto, o alerta é diferente do limite prudencial: O alerta deverá ser emitido pelos Tribunais de Contas quando o órgão ou Poder ultrapassar a 90% do limite das despesas com pessoal e não existe nenhuma infração enquanto o Ente estiver acima de 90% e até 95%.

O limite prudencial ocorre quando o órgão ou Poder atingir a 95% do limite das despesas com pessoal e a partir daí existem implicações.

Processo “decoreba”, alerta 90 e prudência 95!

Exemplo:

RCL do Poder Executivo Municipal de Vitória: $ 10.000.000,00.

Máximo de despesa com pessoal: 54% X 10.000.000,00 = 5.400.000,00.

Limite prudencial: 5.400.000,00 X 95% = 5.130.000,00. Atingido esse limite, alerta vermelho!

Alerta dos Tribunais de Contas: 5.400.000,00 X 90% = 4.860.000,00. Portanto, a partir do valor de 4.860.000,00, cabe o alerta. Observe que a LRF menciona “ultrapassar a 90% do limite”.

Ultrapassado o limite de 95% da despesa total com pessoal são vedados ao Poder ou órgão que houver incorrido no excesso (parágrafo único do art. 22 da LRF):

◊ Concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

◊ Criação de cargo, emprego ou função;

◊ Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;

◊ Provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança;

◊ Contratação de hora extra, salvo no caso e nas situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias.

As vedações acima permanecem enquanto o Poder ou órgão não eliminar o excesso, que deverá ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço (1/3) no primeiro.

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Caso os limites de gastos com pessoal estabelecidos na LRF não sejam cumpridos poderão ser adotadas as seguintes medidas a fim de eliminar os referidos excessos nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos 1/3 no primeiro:

◊ Redução de pelo menos 20 % das despesas com cargos em comissão e funções de confiança (redução de valores ou da extinção dos cargos e funções);

◊ Exoneração dos servidores não estáveis;

◊ Redução temporária da jornada de trabalho com adequação dos vencimentos à nova carga horária;

Atenção! A redução de valores ou a extinção dos cargos e funções foi considerada inconstitucional liminarmente em função do termo “redução de valores”, haja vista que a CF proíbe e redução de vencimentos (art. 39, § 3º c/c art. 7º, inciso VI, da CF).

Portanto, enquanto não julgado o mérito, essa previsão está suspensa (ADIN 2.238-5).

Importante! O § 2º do art. 22 da LRF prevê a faculdade de redução temporária da jornada de trabalho com adequação dos vencimentos à nova carga horária para fins de adequação aos limites.

Esse parágrafo não está suspenso, entretanto, só se aplica aos funcionários regidos pela CLT, posto que a redução de salário é permitida em convenção ou acordo coletivo (art. 7º, inciso VI, da CF).

Importante! Muito cuidado! § 3o do art 23 da LRF estabelece que não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá:

◊ Receber transferências voluntárias;

◊ Obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;

◊ Contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das despesas com pessoal. Para a dívida pode!

Esse parágrafo 3º está suspenso pela ADIN 2.238-5. Portanto, enquanto não julgado o mérito da ação, o Ente poderá receber transferências voluntárias, obter garantia e contratar operações de crédito.

4.4. Estrutura da despesa para elaboração do RGF

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Para a elaboração do RGF, considera-se o 2º nível (grupo) da estrutura da natureza de despesa “pessoal e encargos sociais”.

Recordando!

A classificação da despesa, segundo a sua natureza, compõe-se de:

◊ Categoria econômica;

◊ Grupo de natureza da despesa;

◊ Modalidade de aplicação e

◊ Elemento de despesa.

Entende-se por grupo de natureza de despesa a agregação de elementos de despesa que apresentam as mesmas características quanto ao objeto de gasto.

O elemento de despesa tem por finalidade identificar o objeto do gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, aposentadorias, pensões e outros de que a administração pública se serve para a consecução de seus fins.

A partir de 2002, a estrutura da natureza da despesa a ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de Governo (União, Estados/DF e Municípios), conforme Portaria STN 163/01 é a seguinte:

A estrutura da natureza da despesa a ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de Governo será através das letras: "c.g.mm.ee.dd" (art. 5º, da Portaria STN nº. 163/01). "c" Representa a Categoria econômica.

"g" Representa o Grupo de natureza da despesa

"mm" Representa a Modalidade de aplicação

"ee" Representa o Elemento de despesa

"dd" Representa o Desdobramento, facultativo, do elemento de despesa.

Processo de “decoreba” C G M E D

Foi cobrado em concurso!

(ESAF - Analista de Controle Externo - ACE - 2005/2006). Identifique a opção falsa com relação à classificação da despesa pública segundo a natureza, contida na Portaria Interministerial n. 163, de 4 de maio de

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2001, a ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de governo.

a) Categoria econômica.

b) Grupo de natureza da despesa.

c) Elemento de despesa.

d) Modalidade de aplicação.

e) Desdobramento obrigatório do elemento de despesa.

Resolução

1º. Observem que existe um pequeno erro no número da Portaria. Porém, isso não compromete a questão.

2º. Quem conhecia essa estrutura da natureza da despesa certamente acertou fácil essa questão.

3º. Na nossa nota de aula 07, do concurso para o TCU, foi abordado esse assunto com muita ênfase.

4º. O Desdobramento da despesa orçamentária é facultativo.

Item CERTO “E”.

Para que não tenham o trabalho de procurar, pois concursanado não pode ficar perdendo tempo, vamos transcrever os artigos da referida norma.

Art. 3o A classificação da despesa, segundo a sua natureza, compõe-se de:

I - categoria econômica;

II - grupo de natureza da despesa;

III - elemento de despesa;

§ 5º. É facultado o desdobramento suplementar dos elementos de despesa para atendimento das necessidades de escrituração contábil e controle da execução orçamentária.

Art. 5º. Em decorrência do disposto no art. 3o a estrutura da natureza da despesa a ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de Governo será “c.g.mm.ee.dd”, onde:

a) “c” representa a categoria econômica;

b) “g” o grupo de natureza da despesa;

c) “mm” a modalidade de aplicação;

d) “ee” o elemento de despesa; e

e) “dd” o desdobramento, facultativo, do elemento de despesa.

Continuando o nosso foco...

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As informações referentes a pessoal deverão ser consideradas pelo valor total do Grupo – Pessoal e Encargos Sociais, abrangendo as despesas com:

◊ Ativos;

◊ Inativos;

◊ Pensionistas;

◊ E outras despesas de pessoal decorrentes de contrato de terceirização, quando houver. Esse grupo é destacado, porém, as outras despesas de pessoal são computas no total das despesas com pessoal do Ente.

Consideram-se “outras despesas de pessoal” decorrentes de contrato de terceirização, as relativas à mão-de-obra que se refiram à substituição de servidores e empregados públicos integrantes de categorias funcionais abrangidas pelo respectivo plano de cargos do quadro de pessoal, classificáveis no grupo de despesa – Pessoal e Encargos Sociais.

No demonstrativo em referência serão deduzidas, ou seja, não computadas, as seguintes despesas com pessoal:

◊ Com indenizações por demissão e com programas de incentivos à demissão voluntária – indenizações trabalhistas;

◊ Decorrente de decisão judicial – sentenças judiciais;

◊ Com inativos, considerando-se, também, pensionistas, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas com recursos vinculados, ou seja, provenientes da arrecadação de contribuições dos segurados e das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem como seu superávit financeiro.

A regra é que despesas referentes a indenizações não entram no cálculo das despesas com pessoal.

Também não poderão ser deduzidos como recursos vinculados, os valores transferidos a outro ente da federação para fins de compensação financeira, de que trata o § 9º do art. 201 da Constituição Federal, uma vez que esses não são computados como despesas de pessoal.

No demonstrativo do Poder Legislativo, não serão computadas as despesas com pessoal relativas à convocação extraordinária das Assembléias Legislativas, da Câmara Legislativa ou das Câmaras Municipais, em suas respectivas esferas. Para o Congresso nacional, a

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EC nº 50 vedou expressamente o pagamento de parcela indenizatória em virtude de convocação extraordinária.

O termo “despesas com pessoal” é abrangente e se refere a todos os servidores do Poder que trabalharam durante a convocação extraordinária.

Alguns exemplos de despesas com sentenças judiciais:

◊ Pagamento de precatórios;

◊ Cumprimento de sentenças judiciais, transitadas em julgado, de empresas públicas e sociedades de economia mista, integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social;

◊ Cumprimento de sentenças judiciais, transitadas em julgado, de pequeno valor, na forma definida em lei;

◊ Cumprimento de decisões judiciais, proferidas em Mandados de Segurança e Medidas Cautelares, referentes a vantagens pecuniárias concedidas e ainda não incorporadas em caráter definitivo às remunerações dos beneficiários.

Atenção! Na União, o demonstrativo das despesas com pessoal poderá ser elaborado a partir do SIAFI OPERACIONAL ou do SIAFI GERENCIAL.

Importante! É facultado aos Municípios com população inferior a cinqüenta mil habitantes optar por apurar os limites estabelecidos para as despesas com pessoal ao final do semestre, bem como divulgar em até 30 dias após o término do semestre, o Relatório de Gestão Fiscal.

Importante! Caso algum Município ultrapasse os limites relativos à despesa total com pessoal, enquanto perdurar esta situação ficará sujeito aos mesmos prazos de apuração, publicação e de retorno aos limites definidos para os demais entes.

Portanto, Se algum dos municípios com menos de 50 mil habitantes ultrapassar os limites estabelecidos na LRF, enquanto persistir o excesso deverão apresentar, quadrimestralmente, o RGF.

4.5. Demonstrativo das dívidas consolidada e mobiliária

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O Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida – DCL é parte integrante do RGF, e é elaborado somente pelo Poder Executivo e abrange todos os Poderes da União, dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios.

Finalidade: assegurar a transparência das obrigações contraídas pelos entes da Federação e verificar os limites de endividamento de que trata a LRF e outras informações relevantes.

Conceito: a dívida consolidada – DC ou fundada é o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses (art. 29 da LRF).

Os limites da dívida consolidada estão previstos na Resolução nº 40, de 2001, do Senado Federal, posto que a CF estabelece que lhe compete privativamente fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, Estados/DF e dos Municípios (art. 52, inciso VI, da CF).

Aproveitando a oportunidade, já que estamos falando de dívida, vamos a alguns conceitos importantes:

Dívida pública mobiliária: Dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;

Refinanciamento da dívida mobiliária: Emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária.

Importante! Foi cobrado no concurso para ACE – TCU/2006:

Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil (art.29, § 2º, da LRF).

O refinanciamento da dívida pública mobiliária integra a dívida fundada.

O refinanciamento da dívida pública imobiliária não consta na LRF, entretanto, constou em uma das opções da questão 13 do concurso ACE – TCU 2006.

A dívida pública mobiliária se refere à emissão de títulos do governo.

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Refinanciamento da dívida IMOBILIÁRIA! “PEGADINHA”.

Esse assunto também já foi exigido em concurso!

Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento (art.29, § 3º, da LRF).

Quais são os limites da dívida? A dívida consolidada líquida dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, ao final do décimo quinto (15º) exercício financeiro contado a partir de 2002, não poderá exceder, respectivamente a: (art. 3º, da Resolução nº 40/01 do Senado Federal).

◊ No caso dos Estados e do Distrito Federal: 2 (duas) vezes a receita corrente líquida anual;

◊ No caso dos Municípios: a 1,2 (um inteiro e dois décimos) vezes a receita corrente líquida anual (art. 2º, da Resolução nº 40/01 do Senado Federal).

O excedente em relação aos limites previstos na Resolução supramencionada que já existia na época da promulgação da LRF deverá ser reduzido, no mínimo, à proporção de 1/15 (um quinze avo) a cada exercício financeiro.

O Senado Federal ampliou para 4 quadrimestres a recondução dos limites acima referidos, caso sejam ultrapassados, entretanto, pelo menos 25% deverá ser reconduzido no primeiro quadrimestre (art. 31, da LRF).

O não cumprimento dos limites e a falta de medidas saneadoras, nos prazos e condições estabelecidos na legislação correspondente, sujeitam o titular do Poder ou órgão a punições que poderão ser:

◊ Impedimento da entidade para o recebimento de transferências voluntárias;

◊ Proibição de contratação de operações de crédito e de obtenção de garantias para a sua contratação;

◊ Pagamento de multa com recursos próprios (equivalente a 30% dos vencimentos anuais) do agente que lhe der causa;

◊ Inabilitação para o exercício da função pública por um período de até cinco anos;

◊ Perda do cargo público;

◊ Cassação de mandato;

◊ Prisão, detenção ou reclusão.

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Durante o período em que estiver acima dos limites, o ente estará sujeito às seguintes punições fiscais:

◊ Proibição de realizar Operação de Crédito, inclusive por antecipação de receita, excetuado o refinanciamento do principal da dívida mobiliária;

◊ Obrigatoriedade de obter superávit primário para redução do excesso, inclusive por meio de limitação de empenho;

◊ Impedimento de receber transferências voluntárias, caso não eliminado o excesso no prazo previsto e enquanto perdurar essa situação;

◊ Proibição imediata de realizar operação de crédito e obrigatoriedade de obter superávit primário, se o ente ultrapassar os limites no primeiro quadrimestre do último ano do mandato do Chefe do Poder Executivo.

Caberá ao Ministério da Fazenda, por intermédio da Secretaria do Tesouro Nacional – STN, a divulgação da relação do nome dos entes que ultrapassarem os limites da dívida consolidada líquida.

4.6. Concessão de garantias

A concessão de garantia compreende o compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual, assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada.

O demonstrativo das garantias e contragarantias de valores é parte integrante do RGF. É elaborado pelo Poder Executivo e abrange as garantias e contragarantias de valores, prestadas a terceiros, de cada ente da respectiva esfera de governo (Federal, Estadual ou Municipal).

Finalidade: assegurar a transparência das garantias oferecidas a terceiros por ente da Federação e verificar os limites de que trata a LRF, bem como das contragarantias correspondentes, decorrentes das operações de créditos internas e externas.

Atenção! É nula a garantia concedida acima dos limites fixados pelo Senado Federal.

É proibido às entidades da administração indireta, inclusive suas empresas controladas e subsidiárias, conceder garantia, ainda que com recursos de fundos.

A vedação acima não se aplica à concessão de garantia:

◊ Por empresa controlada à subsidiária ou controlada sua, nem à prestação de contragarantia nas mesmas condições;

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◊ Por instituição financeira à empresa nacional, nos termos da lei.

4.7. Operações de crédito, inclusive por antecipação de receita

Operação de crédito corresponde ao compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.

Finalidade: visa assegurar a transparência das operações de crédito efetuadas por ente da Federação e verificar os limites de que trata a LRF.

O demonstrativo das operações de crédito é parte integrante do RGF e é elaborado pelo Poder Executivo. Abrange as operações de crédito internas e externas, inclusive por antecipação da receita de cada ente da respectiva esfera de governo Federal, Estadual ou Municipal.

Atenção! Equipara-se à operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da Federação.

4.8. Montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro

Esse demonstrativo fará parte do RGF e deverá ser apresentado no último quadrimestre.

Finalidade: assegurar a transparência das disponibilidades financeiras e verificar a parcela comprometida com a inscrição em restos a pagar de despesas não liquidadas, cujo limite é a suficiência financeira.

4.9. Demonstrativo dos restos a pagar

Esse demonstrativo fará parte do RGF e deverá ser apresentado somente no último quadrimestre.

O demonstrativo evidenciará a inscrição em Restos a Pagar das despesas:

◊ Liquidadas;

◊ Empenhadas e não liquidadas;

◊ Não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;

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◊ Os restos a pagar de exercícios anteriores.

Atenção! Não esquecer! É vedado ao titular do Poder ou órgão, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro desse período, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.

5. RGF consolidado

Cabe ao órgão central de contabilidade do Poder Executivo da União (STN) e aos órgãos equivalentes nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios a competência para a elaboração e divulgação no último quadrimestre dos demonstrativos consolidados do Relatório de Gestão Fiscal, abrangendo todos os Poderes e órgão da cada esfera.

A divulgação dos demonstrativos consolidados deverá ocorrer até 30 dias após a divulgação no último quadrimestre do RGF dos Poderes e órgãos.

Deverão ser publicados de forma consolidada:

◊ Demonstrativo da despesa com pessoal;

◊ Demonstrativo da disponibilidade de caixa;

◊ Demonstrativo dos restos a pagar;

◊ Demonstrativo dos limites.

Os demonstrativos a seguir, por já serem consolidados e publicados pelo Poder Executivo de cada ente, não serão republicados:

◊ Demonstrativo da dívida consolidada;

◊ Demonstrativo das garantias e contragarantias de valores;

◊ Demonstrativo das operações de crédito.

O RGF deverá ser elaborado de forma padronizada, segundo modelos que poderão ser atualizados pelo Conselho de Gestão Fiscal. Atualmente os documentos padronizados estão sendo elaborados pela STN.

Importante! A extrapolação dos limites definidos na LRF em um dos poderes (Legislativo, Judiciário ou Executivo) compromete toda a esfera correspondente (federal, estadual ou municipal), não havendo, portanto, compensação entre os poderes.

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6. Resumo do RGF em forma de perguntas e respostas

Relatório de Gestão Fiscal Qual o parâmetro da LRF para o cálculo dos limites de despesas e endividamento? R: Os limites são calculados com base na Receita Corrente Líquida. A receita corrente líquida acompanhará qual relatório? R: O cálculo da receita corrente líquida acompanhará o Relatório Resumido da Execução Orçamentária. Quem é obrigado a emitir o Relatório de Gestão Fiscal? R: Os titulares de todos os Poderes e órgãos definidos na LRF. Qual a periodicidade das informações constantes no Relatório de Gestão Fiscal e quando deve ser publicado? R: A LRF determina que o relatório deverá ser publicado quadrimestralmente e disponibilizado ao acesso público, inclusive em meios eletrônicos, até trinta dias após o encerramento do período a que corresponder. Prazo que, para o primeiro quadrimestre, se encerra em 30 de maio, para o segundo quadrimestre, se encerra em 30 de setembro e, para o terceiro quadrimestre, se encerra em 30 de janeiro do ano subseqüente ao de referência. Os Municípios com população inferior a cinqüenta mil habitantes poderão divulgar o Relatório de Gestão Fiscal em período diferente da regra geral? R: Sim, pois é facultado aos Municípios com população inferior a cinqüenta mil habitantes optar por divulgar, semestralmente, o Relatório de Gestão Fiscal. A divulgação do relatório com os seus demonstrativos deverá ser realizada em até trinta dias após o encerramento do semestre. Prazo que, para o primeiro semestre, se encerra em 30 de julho e, para o segundo semestre, se encerra em 30 de janeiro do ano subseqüente ao de referência. Quais os demonstrativos que devem compor o Relatório de Gestão Fiscal? R: O Relatório de Gestão Fiscal, conforme determina a LRF, conterá demonstrativos com informações relativas à despesa total com pessoal, dívida consolidada, concessão de garantias e contragarantias, bem como operações de crédito, devendo, no último quadrimestre, ser acrescido de demonstrativos referentes ao montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro e das inscrições em Restos a Pagar. Quais as autoridades que devem assinar o Relatório de Gestão Fiscal em cada Poder e órgão? R: O relatório será emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos e assinado pelo: - Chefe do Poder Executivo; - Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo; - Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Judiciário; - Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados. O relatório também será assinado pelas autoridades responsáveis pela administração financeira e pelo controle interno, bem como por outras definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão.

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A extrapolação dos limites de despesas e endividamento definidos na LRF em um dos Poderes poderá ser compensada com outro Poder? R: Não. A extrapolação dos limites definidos na legislação em um dos poderes (Legislativo, Judiciário ou Executivo) compromete toda a esfera correspondente (federal, estadual ou municipal), não havendo, portanto, compensação entre os poderes. O não cumprimento dos limites e a falta de medidas saneadoras, nos prazos e condições estabelecidos em lei, sujeitam o titular do Poder ou órgão a sanções? R: Sim. As sanções poderão ser: - impedimento da entidade para o recebimento de transferências voluntárias; - pagamento de multa com recursos próprios (podendo chegar a 30% dos vencimentos anuais) do agente que lhe der causa; - inabilitação para o exercício da função pública por um período de até cinco anos; - perda do cargo público; - cassação de mandato; e - prisão, detenção ou reclusão. Qual a punição que estará sujeito o titular do Poder ou órgão que deixar de divulgar o Relatório de Gestão Fiscal? R: Deixar de divulgar o Relatório de Gestão Fiscal constitui infração a ser processada e julgada pelos Tribunais de Contas. Estará sujeito a multa de 30% dos vencimentos anuais, a proibição de receber transferências voluntárias e a contratar operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária. No demonstrativo da despesa com pessoal, todas as despesas relacionadas a pessoal deverão ser consideradas para verificação do cumprimento dos limites? R: Não, de acordo com a LRF serão deduzidas (não computadas) as seguintes despesas de pessoal: a) com indenizações por demissões; b) com programas de incentivos à demissão voluntária; c) decorrente de decisão judicial; d) com inativos, considerando-se, também, pensionistas, custeadas com recursos vinculados a fundo próprio; e) relativas à convocação extraordinária do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas, da Câmara Legislativa ou das Câmaras Municipais, nas respectivas esfera; e f) despesa com pessoal de exercícios anteriores. No demonstrativo da despesa com pessoal, as informações referem-se a qual período de referência? R: A informação será do período de 12 meses, incluindo o mês de referência, ou seja, soma-se a despesa realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente anteriores. A LRF estabelece, no art. 19, os limites da despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação. No Manual do Relatório de Gestão Fiscal, tais limites são denominados de limite legal. Qual o limite de despesa com pessoal em cada ente da Federação? R: Os limites são: na União, 50%; nos Estados e no Distrito Federal, 60%; e nos Municípios 60%, todos calculados com base na Receita Corrente Líquida.

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Qual o limite de despesa com pessoal da União? R: - 2,5% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União; - 6% para o Judiciário; - 40,9% para o Executivo, destacando-se 3% para as despesas com pessoal do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como da polícia civil, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, repartidos de forma proporcional à média das despesas relativas a cada um, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao exercício de 2000; - 0,6% para o Ministério Público da União. Qual o limite de despesa com pessoal dos Estados e Distrito Federal? R: - 3% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado; - 6% para o Judiciário; - 49% para o Executivo; - 2% para o Ministério Público dos Estados. Qual o limite de despesa com pessoal dos Municípios? R: - 6% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, quando houver; - 54% para o Executivo A LRF, no parágrafo único do art. 22, impõe medidas restritivas, quando o ente excede a um percentual do Limite Legal. Trata-se de mais um limite a ser observado para as despesas com pessoal. Como é definido, no Manual do Relatório de Gestão Fiscal, esse limite e qual o percentual? R: É o denominado limite prudencial e corresponde a 95% do Limite Legal.

Qual a penalidade aplicada ao titular do Poder ou órgão que expedir ato que provoque aumento da despesa com pessoal nos cento e oitenta dias anteriores ao final do seu mandato? R: Nulidade do ato (art. 21, § único LRF) e reclusão de um a quatro anos (Lei nº 10.028/2000, art. 2º). De acordo o art. 29 da LRF, qual a definição de dívida consolidada?

R: A dívida consolidada ou fundada é o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses. A qual órgão foi atribuída a competência de divulgar a relação do nome dos entes que ultrapassarem os limites da dívida consolidada líquida? R: Caberá ao Ministério da Fazenda, por intermédio da Secretaria do Tesouro Nacional. A LRF estabelece os limites globais para o montante da dívida consolidada da União, Estados e Municípios? R: Não, mas atribui ao Senado Federal a competência para definição desses limites. Quais os limites globais para o montante da dívida consolidada da União, Estados e Municípios? R: Na União, o Senado Federal ainda não definiu os limites. A dívida consolidada líquida dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, ao final do décimo quinto exercício financeiro contado a partir do encerramento do exercício de 2001, não poderá exceder, respectivamente, a: - no caso dos Estados e do Distrito Federal: 2 (duas)

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vezes a receita corrente líquida; e - no caso dos Municípios: 1,2 (um inteiro e dois décimos) vezes a receita corrente líquida. Qual a penalidade aplicada ao titular do Poder ou órgão que deixar de reduzir o montante da dívida consolidada que exceda o respectivo limite, no prazo previsto em lei? R: Detenção de três meses a três anos, perda do cargo e inabilitação para a função por cinco anos (Lei nº 10.028/2000, art. 4º, inciso XVI). Proibição de realizar operação de crédito, enquanto perdurar o excesso. Obrigatoriedade de obtenção de resultado primário, com limitação de empenho (LRF, art. 31, § 1º).

De acordo com o Manual do Relatório de Gestão Fiscal, qual a composição da dívida consolidada, evidenciada no demonstrativo da dívida consolidada líquida? R: A dívida consolidada compõe-se de: - Dívida mobiliária; - Dívida contratual; - Precatórios posteriores a 5.5.2000 (inclusive); - Operações de crédito inferiores a 12 meses, cujas receitas tenham constado na LOA; - Parcelamento com a União de tributos federais, contribuições sociais, do FGTS; e - Outras dívidas. Os Municípios com menos de cinqüenta mil habitantes que, após 31 de dezembro de 2001, ultrapassarem os limites para endividamento, poderão apresentar, semestralmente o Relatório de Gestão Fiscal com o demonstrativo da dívida consolidada líquida? R: Não, pois os Municípios com menos de 50 mil habitantes que, após 31 de dezembro de 2001 ultrapassarem os limites para endividamento, também deverão apresentar, quadrimestralmente, o Relatório de Gestão Fiscal com o demonstrativo da dívida consolidada líquida. Caso o excesso seja verificado no primeiro semestre, o prazo para recondução da dívida ao limite será contado a partir do quadrimestre iniciado imediatamente após o período de apuração do excesso. A LRF estabelece os limites de concessão de garantia em operações de crédito internas e externas da União, Estados e Municípios? R: Não, mas atribui ao Senado Federal a competência para definição desses limites. E quanto à contragarantia, a LRF estabelece limites? R: Sim. A garantia estará condicionada ao oferecimento de contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia a ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear, relativamente a suas obrigações junto ao garantidor e às entidades por este controladas.

Qual a definição de operação de crédito? R: Operação de crédito corresponde ao compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. De acordo com o Manual do Relatório de Gestão Fiscal, qual a finalidade do demonstrativo das disponibilidades de caixa? R: Este demonstrativo visa assegurar a transparência da disponibilidade financeira e verificar a parcela comprometida (limite de que trata a LRF) para inscrição em Restos a

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Pagar de despesas não liquidadas. Onde devem ser depositadas as disponibilidades de caixa da União, Estados, Distrito Federal e Municípios? R: As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco Central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. Qual o único demonstrativo do Relatório de Gestão Fiscal que evidencia limite que não tem a Receita Corrente Líquida como base de cálculo? R: O demonstrativo dos restos a pagar. Qual é o limite definido pela LRF para a inscrição em restos a pagar não processados? R: A inscrição em restos a pagar não processados do exercício em referência limita-se à suficiência de caixa, que representa a diferença entre o ativo financeiro e as obrigações financeiras. Na inscrição, deve-se observar que os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação.

De acordo com o Manual do Relatório de Gestão Fiscal, qual o objetivo de demonstração dos limites estabelecidos na LRF? R: Este demonstrativo visa assegurar a transparência dos limites comprometidos pelo ente e resumir, em um único demonstrativo, todos os limites. Quais os demonstrativos devem ser publicados de forma consolidada pelo Órgão Central de Contabilidade do Poder Executivo da União e pelos órgãos equivalentes nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios? R: Deverão ser publicados de forma consolidada: - Demonstrativo da despesa com pessoal; - Demonstrativo da disponibilidade de caixa; - Demonstrativo dos restos a pagar; e - Demonstrativo dos limites. De acordo com o Manual do Relatório de Gestão Fiscal, quando deve ocorrer a publicação dos demonstrativos consolidados? R: A divulgação dos demonstrativos consolidados deverá ocorrer até 30 dias após a divulgação, no último quadrimestre, do Relatório de Gestão Fiscal dos Poderes e órgãos. Quais os demonstrativos do Relatório de Gestão Fiscal que são consolidados e publicados exclusivamente pelo Poder Executivo de cada ente? R: - Demonstrativo da dívida consolidada líquida; - Demonstrativo das garantias e contragarantias de valores; e - Demonstrativo das operações de crédito. No Poder Executivo, quais os demonstrativos que são publicados no 1º e 2º quadrimestres? R: - Demonstrativo das despesas com pessoal; - Demonstrativo da dívida consolidada líquida; - Demonstrativo das garantias e contragarantias de valores; - Demonstrativo das operações de crédito; e - Demonstrativo dos limites.

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Quais os demonstrativos do Poder Executivo são publicados no último quadrimestre? R: - Demonstrativo das despesas com pessoal; - Demonstrativo da dívida consolidada líquida; - Demonstrativo das garantias e contragarantias de valores; - Demonstrativo das operações de crédito; - Demonstrativo das disponibilidades de caixa; - Demonstrativo dos restos a pagar; e - Demonstrativo dos limites. Qual ou quais os demonstrativos dos Poderes Legislativo e Judiciário são publicados no 1º e 2º quadrimestres? R: Somente o demonstrativo da despesa com pessoal. Quais os demonstrativos dos Poderes Legislativo e Judiciário são publicados no último quadrimestre? R: - Demonstrativo das despesas com Pessoal; - Demonstrativo das disponibilidades de caixa; - Demonstrativo dos restos a pagar; e - Demonstrativo dos limites.

7. TESTES

1. (ESAF - Analista de Controle Externo - ACE - 2005/2006) A Lei de Responsabilidade Fiscal adotou regras referentes à Dívida Pública Fundada. Entre as opções abaixo, identifique qual a opção correta com relação à Dívida Pública Consolidada e a LRF.

a) Integra a dívida pública fundada o refinanciamento da dívida pública imobiliária.

b) Integram a dívida pública consolidada os depósitos e os serviços da dívida a pagar.

c) Integra a dívida pública consolidada da União a dívida relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil.

d) Integram a dívida pública fundada as dívidas de curto prazo, como os restos a pagar processados.

e) Integra a dívida fundada o resultado de operações de caráter financeiro que se refletem no Patrimônio Financeiro.

2. A Lei Complementar n.º 101/2000 — Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) — determina a elaboração do relatório resumido da execução orçamentária e do relatório de gestão fiscal. Quanto a esses relatórios, julgue o item seguinte.

No demonstrativo da despesa com pessoal, que acompanha o relatório de gestão fiscal, devem ser evidenciados como outras despesas de pessoal decorrentes de contratos de terceirização os valores liquidados

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referentes aos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos.

3. (CESPE Contador – DF/2004). Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, o ente deve reconduzir a dívida ao seu limite até o final do 3.º quadrimestre subseqüente.

4. (Procurador TCE – SC – 2005). Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do limite, fixado no artigo nº 19 da Lei nº 101/2000, são vedados ao Poder Público, à exceção de:

(a) Aumento ou reajuste.

(b) Concessão de vantagens.

(c) Criação de cargo, emprego ou função.

(d) Reposição de pessoal decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança.

(e) Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa, provimento de cargo público e admissão ou contratação de pessoal a qualquer título.

5. (Procurador TCE – SC – 2005). Segundo o art. 29 da Lei nº 101/2000, o compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, é considerado:

(a) Operação de crédito.

(b) Concessão de garantia.

(c) Dívida pública mobiliária.

(d) Dívida pública fundada.

(e) Dívida pública consolidada.

6. (ESAF AFC – STN – 2005) A respeito do Relatório de Gestão Fiscal de que trata o Art. 54 da Lei Complementar nº 101/2000 – LRF, é incorreto afirmar que:

a) no caso do Poder Legislativo Federal, o Relatório será assinado pelo Presidente do Congresso Nacional.

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b) é facultada aos municípios com população inferior a cinqüenta mil a publicação semestral.

c) a concessão de garantias e contra-garantias deve constar do relatório.

d) a extrapolação de limites em um Poder compromete toda a esfera de governo em que está localizado.

e) no último quadrimestre do exercício o Relatório deverá indicar a disponibilidade de caixa em trinta e um de dezembro.

7. (ESAF Analista de Finanças e Controle - AFC – 2002) Acerca do Relatório Resumido da Execução Orçamentária e do Relatório de Gestão Fiscal, de que trata a Lei Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), é correto afirmar que:

a) possuem periodicidade quadrimestral e bimensal, respectivamente.

b) ambos possuem periodicidade mensal.

c) possuem periodicidade bimensal e quadrimestral, respectivamente.

d) ambos são de responsabilidade exclusiva do titular do poder executivo, mesmo quando tratarem das diversas gestões nos poderes

Legislativo e Judiciário.

e) sua composição, embora definida em lei, pode ser alterada a critério do emitente.

8. (Analista de Finanças e Controle – AFC/SFC – 2000) Entre outros aspectos, a Lei de Responsabilidade Fiscal caracteriza-Se por trazer ao universo público uma série de novos conceitos e procedimentos. No caso específico do Relatório de Gestão Fiscal, a ser emitido ao final de cada quadrimestre, é incorreto afirmar que ele deverá conter:

a) comparativo entre a despesa total com pessoal e os limites de que trata a Lei.

b) comparativo entre as concessões de garantias e os limites de que trata a Lei.

c) comparativo entre as operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, e os limites de que trata a Lei.

d) demonstrativo, apenas no último quadrimestre, das despesas empenhadas e não liquidadas inscritas em Restos a Pagar.

e) demonstrativo, em todas as suas edições, das despesas liquidadas inscritas em Restos a Pagar.

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9. (Analista de Finanças e Controle - AFC - STN – 2005) A Lei Complementar n° 101/2000 – LRF, entre outras disposições, define normas de escrituração e consolidação das contas. Assinale a opção falsa em relação a essas disposições.

a) Cabe ao órgão central de contabilidade da União, a edição de normas gerais de consolidação das contas públicas, enquanto não for implantado o Conselho de Gestão Fiscal.

b) Os fluxos financeiros devem ser apurados pelo regime de caixa.

c) O sistema de custo da administração pública exclui a gestão orçamentária.

d) As despesas e receitas previdenciárias devem constar de demonstrativo específico.

e) Cabe ao Poder Executivo da União a consolidação das contas nacionais.

10. (ESAF – AFC/CGU – 2006) O Relatório de Gestão Fiscal instituído pelo art. 54 da Lei Complementar n. 101/2000 conterá, exceto:

a) o montante da despesa com pessoal comparada com os limites estabelecidos na lei.

b) o montante dos investimentos realizados no último quadrimestre.

c) o total da dívida consolidada e mobiliária.

d) o total das operações de crédito, inclusive por antecipação de receitas.

e) indicação de medidas corretivas quando os limites definidos na lei forem ultrapassados.

11. (FCC – Analista de Orçamento/MPU – 2007) Constitui infração administrativa contra as leis de finanças públicas, sujeitando o agente responsável á multa de 30% de seus vencimentos anuais,

(A) propor lei de diretrizes orçamentárias anual que não contenha as metas fiscais na forma da lei.

(B) Realizar ou receber transferência voluntária em desacordo com limite ou condição estabelecida em lei.

(C) Captar recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido.

(D) Deixar de ordenar a redução do montante da dívida consolidada quando o montante ultrapassar o valor resultante da aplicação do limite máximo fixado pelo Senado Federal.

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(E) Deixar de promover ou de ordenar a liquidação integral de operação de crédito por antecipação de receita orçamentária até o encerramento do exercício financeiro.

12. (FCC – Analista de Orçamento/MPU – 2007) A receita cujo valor é reduzido para o cálculo da receita líquida de ente público, cujo conceito consta do art.2º da Lei Complementar nº101/2000(Lei da Responsabilidade Fiscal), é a receita

(A) De aluguéis de imóveis de propriedade do ente público. (B) Da contribuição para o financiamento da seguridade social. (C) Decorrente das atividades industriais e agropecuárias do ente público. (D) Da contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência. (E) Da dívida ativa do ente público.

13. (FCC – Analista de Orçamento/MPU – 2007) A despesa total com pessoal, em cada período de apuração, não poderá exceder os seguintes percentuais da receita corrente líquida do ente da federação:...I...(União), ..II...(Estados)e..III.....(Municípios).

Preenchem respectivamente e corretamente as lacunas I, II e III:

(A) 70%, 70% e 70% (B) 60%, 70% e 70% (C) 60%, 60% e 60% (D) 60%, 50% e 50% (E) 50%, 60% e 60%

14. (FCC – Analista de Orçamento/MPU – 2007) Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um...I...., deverá ser a ele reconduzida até o término dos ...II...subseqüentes, reduzindo o excedente em pelo menos...III.....no primeiro.

Preenchem respectivamente e corretamente as lacunas I, II e III:

(A) bimestre, dois, 10% (B) trimestre, três, 20% (C) quadrimestre, três, 25% (D) semestre,dois, 30% (E) ano, dois, 35% 15. (FCC - Técnico de Orçamento – MPU – 2007) De acordo com a Lei da Responsabilidade Fiscal, se a despesa total com pessoal de um

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Estado da Federação ultrapassar o limite de...I...da sua receita corrente líquida, o percentual excedente terá de se.r eliminado nos ....II....seguintes, sendo pelo menos...III...no primeiro subseqüente. Preenchem correta e respectivamente as lacunas I,II e III acima: (A)50%; dois trimestres; um quarto. (B)50%; três trimestres; um treco. (C)60%; três quadrimestres; um terço. (D)60%;três quadrimestres; um quarto. (E)60%; dois semestres; um quarto. 16. (CESPE – TRE/PA – Analista Judiciário – Contabilidade – 2005) No sentido de melhorar o nível de gestão e provocar uma mudança cultural na administração dos recursos públicos, a Lei Complementar n.º 101/2000, mais conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), é um marco histórico nas finanças públicas no Brasil. Acerca dessa lei, assinale a opção correta. A Para o cálculo da receita corrente líquida nos estados, deve ser considerado o somatório das receitas tributárias, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de contribuições, de serviços, transferências correntes, outras receitas também correntes e as receitas de capital, deduzidas as parcelas entregues aos municípios por determinação constitucional. B A União pode realizar transferências voluntárias para um município que não tenha instituído todos os impostos de sua competência constitucional. C É proibida a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos. D O estado que ultrapassar o seu limite da dívida consolidada no final de um quadrimestre deve voltar ao respectivo limite até o término dos três quadrimestres subseqüentes. Entretanto, no primeiro quadrimestre, tem de reduzir o excedente em, pelo menos, 35%. E A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro e deve ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o término do exercício no qual foi realizada.

Gabarito: 1c 2c 3c 4d 5a 6a 7C 8e 9c 10b 11a 12d 13e 14c 15c 16c

Um forte abraço

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