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Ciência & Saúde cia editora novos rumos Ano 18 nº 201 Março 2015 www.novosrumosnews.com.br 1,1 BILHÃO EM RISCO DE PERDA AUDITIVA Segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS, cerca de 1,1 bilhão de adolescentes e jovens adultos estão em risco de perda auditiva. O QUANTO PODEMOS NOS FRUSTRAR? - CEO MIRIAN M. CODEN INFARTO OU ENFARTE DR ROBERTO B. DE QUADROS PALADAR E DIETA DRA SANDRA Q. MARENCO MONSANTO: 25 DOENÇAS QUE PODEM SER CAUSADAS PELO AGROTÓXICO GLIFOSATO 10 SINTOMAS DE CÂNCER PARA FICAR ATENTO APARELHO DESENVOLVIDO NO BRASIL ALIVIA DORES DA OSTEOARTROSE 7 MANEIRAS DE MORRER POR FICAR SENTADO MUITO TEMPO BEBIDA ALCOÓLICA É 114 VEZES MAIS LETAL QUE MACONHA, DIZ ESTUDO

1,1 BILHÃO EM RISCO DE PERDA AUDITIVA · A maconha continua sendo a droga mais disponível e traficada na América do Norte, especialmente entre os jo-vens. No Canadá, estudos do

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Ciência & Saúdecia

editoranovos rumos

Ano 18 nº 201 Março 2015www.novosrumosnews.com.br

1,1 BILHÃO EM RISCO DE PERDA AUDITIVA

Segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS, cerca de 1,1 bilhão de adolescentes e

jovens adultos estão em risco de perda auditiva.

O QUANTO PODEMOS NOS FRUSTRAR? - CEO MIRIAN M. CODEN

INFARTO OU ENFARTEDR ROBERTO B. DE QUADROS

PALADAR E DIETADRA SANDRA Q. MARENCO

MONSANTO: 25 DOENÇAS QUE PODEM SER CAUSADAS PELO AGROTÓXICO GLIFOSATO

10 SINTOMAS DE CÂNCER PARA FICAR ATENTO

APARELHO DESENVOLVIDO NO BRASIL ALIVIA DORES

DA OSTEOARTROSE

7 MANEIRAS DE MORRER POR FICAR SENTADO

MUITO TEMPO

BEBIDA ALCOÓLICA É 114 VEZES MAIS LETAL

QUE MACONHA, DIZ ESTUDO

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Vilson TeixeiraJornalista/Editor - Reg. 11795

Presidente da Editora Novos Rumos Ltda

Editoração/Artes: WDNRRedação: (51) 3501.2047

Colaboradores:Dr. Roberto B. Quadros

Dra. Sandra de Q. Marenco - Dra. Dora LorchDra. Isabel Amaral Martins

Dra. Rita Maria Chaves de CórdovaCEO Mirian M. Coden

A revista é publicada mensalmente pela Editora Novos Rumos Ltda, e não se

responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados.

editora

Assinatura Digital Semestral R$ 20,00Anual R$ 35,00

Download Semestral R$ 32,00Anual R$ 52,00

Assinatura Digital + DownloadSemetral R$ 42,00

Anual R$ 72,00

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EDITORIAL

75% DA POPULAÇÃO MUNDIAL NÃO TEM ACESSOA REMÉDIOS CONTRA A DOR

INFARTO OU ENFARTE

PALADAR E DIETA

OMS: 1,1 BILHÃO EM RISCO DE PERDA AUDITIVA

10 SINTOMAS DE CÂNCER PARA FICAR ATENTO

O QUANTO PODEMOS NOS FRUSTRAR?

CASOS DE DENGUE AUMENTAM 139%

MONSANTO: 25 DOENÇAS QUE PODEM SER CAUSADAS PELO AGROTÓXICO GLIFOSATO

BEBIDA ALCOÓLICA É 114 VEZES MAIS LETAL QUE MACONHA, DIZ ESTUDO

7 MANEIRAS DE MORRER POR FICAR SENTADO MUITO TEMPO

VACINA CONTRA HPV JÁ ESTÁ DISPONÍVEL PARA MENINAS DE 9 A 11 ANOS

APARELHO DESENVOLVIDO NO BRASIL ALIVIADORES DA OSTEOARTROSE

AMEAÇA DO EBOLA PERMANECE

MORTES POR DENGUE SOBEM 380% NO ESTADO DE SÃO PAULO

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SEM APROVAÇÃO DA ANVISA, PIRACICABA ANUNCIA MOSQUITO TRANSGÊNICO PARA COMBATER A DENGUE

DICA DO MÊS SOBRE O GOJI BERRY

MEDICINA TRADICIONAL CHINESATÉCNICAS MILENARES A SERVIÇO DA SAÚDE

VOCÊ JÁ PENSOU NO QUE VOCÊ QUER DA SUA VIDA? O QUE VOCÊ QUER SER, E PORQUÊ?

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Na sua próxima viagem consulte-nos!

(51) 3332.8799

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com a gente!

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Porto Alegre - RS - Brasil

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A Editora Novos Rumos sempre procurando inovar, lança o Download da revista Novos Rumos Ciência & Saúde, para você baixar e guardar na sua biblioteca digital.

Agora você tem várias opções de assinaturas: assinatura digital, download e assinatura digital, somente download.

Nesta edição de março, a revista Novos Rumos traz como matéria principal um alerta da Organização Mundial da Saúde. Cerca de 1,1 bilhão de adolescentes e jovens adultos estão em risco de perda auditiva. A causa seria o “uso inseguro de dispositivos pessoais de áudio, incluindo smartphones, e exposição a níveis sonoros prejudiciais em locais como bares, discotecas e eventos esportivos.

Voltamos neste mês, complementar a revista de fevereiro, sobre os perigos dos agrotóxicos na nossa saúde.

Trazemos entre outros assuntos de vital importância um estudo sobre a bebida alcoólica, que é um vício que destrói lares, e nos remete para o sub mundo das drogas entre outros artigos.

Uma boa leitura!

Vilson TeixeiraJornalista/EditorPresidente da Editora Novos Rumos

EDITORIAL

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75% DA POPULAÇÃO MUNDIAL NÃO TEM ACESSO A REMÉDIOS CONTRA A DOR

Cerca de 5,5 bilhões de pes-soas têm acesso limitado ou nenhum acesso a medi-

camentos contra a dor, como codeína ou morfina. O número corresponde a 75% da população mundial, segundo relatório lançado esta terça-feira pelo Comitê Internacional do Controle de Narcóticos da ONU.

O documento nota que 92% da morfina disponível no mundo é con-sumida por apenas 17% da população mundial, que vive principalmente nos Estados Unidos, no Canadá, na Europa Ocidental, na Austrália e na Nova Zelândia.

Demanda

Segundo o comitê, tratar a discre-pância na disponibilidade de narcó-ticos é uma obrigação dos governos prevista na Convenção Internacional do Controle de Drogas. Para isso, os países precisam garantir que a redu-ção da demanda seja prioridade nas políticas sobre drogas, além de forne-cer recursos de prevenção, tratamento e reabilitação.

O relatório mostra que desastres naturais e conflitos armados podem limitar ainda mais o acesso a medica-

mentos essenciais. De acordo com a lei humanitária internacional, em caso de conflito, grupos que controlam ter-ritórios têm a obrigação de permitir o acesso a remédios para os civis.

Déficit de Atenção

O aumento das novas substâncias psicoativas é outra preocupação: foram identificadas 388 novas substâncias no ano passado, um aumento de 11% em relação a 2013.

Outro dado do relatório está rela-cionado ao consumo global de me-tilfenidato, um estimulante utilizado principalmente para o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, TDAH. O uso da subs-tância cresceu 66%, em grande parte pelo aumento dos pacientes, falta de regras de prescrição e fortes campa-nhas de marketing.

Somente nos Estados Unidos, 11% dos jovens entre 4 e 17 anos de idade foram diagnosticados com TDAH. Na Alemanha, o diagnóstico aumentou 42% entre crianças e adolescentes. O relatório nota ainda que os medica-mentos são utilizados de forma abusiva por um número cada vez maior de adolescentes e de jovens adultos.

Maconha e Cocaína

Sobre tendências regionais de dro-gas, o documento destaca o aumento do tráfico ilegal na África. O leste do continente tem sido cada vez mais rota para o mercado de heroína. Já o sul da África continua sendo ponto central para o trânsito global de heroína e de cocaína.

Sobre a América do Sul, o destaque vai para o Uruguai, que legalizou o uso da maconha, e para o cultivo da folha de coca na Bolívia, na Colômbia e no Peru. Nos três países, houve queda de um terço da produção entre 2007 e 2013.

Já a América do Norte tem o mais alto índice de mortalidade relacionada ao uso de drogas. Nos Estados Unidos, ocorrem mais mortes por overdose do que por homicídios ou por acidentes de trânsito. A maioria das overdoses é ligada ao uso de opióides.

A maconha continua sendo a droga mais disponível e traficada na América do Norte, especialmente entre os jo-vens. No Canadá, estudos do governo mostram que 1 entre 5 jovens de 11 a 18 anos de idade fumou maconha nos últimos 12 meses.

Fonte: EBC

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INFARTO OU ENFARTE

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Dr. Roberto B. de Quadros Cardiologia - Medicina Interna

AInfarto ou enfarte cardíaco define a oclusão súbita ou progressiva de vasos

arteriais que irrigam a musculatura do coração. Ha necrose (morte) de determinada área da bomba cardíaca tanto mais extensa quanto a gravidade da ocorrência dependendo também do ponto atingido. A região inferior ou base, representa de modo geral o maior risco de levar ao óbito.

No infarto súbito chamado de agu-do de modo geral há dor na região Pré--cordial(peito) de grande intensidade, com irradiação para a face anterior do braço esquerdo. Sintomas digestivos, náuseas, vômitos. soluços, tontura, vertigem e alterações da pressão arte-rial. A ocorrencia repentina aguda não define não existencia de patologias anteriores. Por esta razão é válido o uso de ações preventivas, ou seja, modos e procedimentos para evitar o infarto, título deste pequeno artigo.

Na atualidade sabemos que tam-bém fenômenos alérgicos e inflama-tórios atuam na eclosão do Infarto. Em decorrência preventivamente dosagens sanguineas colesterol, tri-gliceridios, homocistéina, aslo são de grande utilidade preventiva. A medicina preventiva valoriza estudos da medicina baseada em evidencias, em estatísticas de idades de maior ocorrência tanto no sexo masculino como no feminino, em estudos da obe-sidade , ocorrência de estresse (stress).

Mulheres gestantes e parturientes

devem verificar seus riscos. A mulher na maioria das vezes toma cuidados em relação ao câncer de mama esquecendo que cuidados iniciais e periódicos durante a gestação evitam o aparecimento da hipertensão e de Diabete gestacional . O aparelho circulatório recebe então excesso do hormônio Insulina gerando alto teor de açúcar alterando as artérias em definitivo, entao o futuro da saúde do coração fica debilitada correndo riscos entre os quais o infarto do miocárdio.

Também na menopausa ,período no qual alterações do humor leva a mulher ao estado depressivo do co-mando cerebral instala-se déficit de estrógenos lançando grande risco car-díaco inclusive o infarto do miocárdio.

A gestação , gravidez, parto me-recem cuidadoso acompanhamento médico pois correm risco mais de uma vida. A gestante portadora de defeitos em válvulas do coração e outras ano-malias do sistema circulatório, necessi-ta acompanhamento desde o inicio de um cardiologista. O aconselhamento da cardiopata deve inclusive antecipar ao desejo de engravidar. Todos os riscos esclarecidos e aconselhadas no sentido da tomada da decisão .

No sexo masculino ou feminino como evitar infarto ou outras inciden-cias em relação a saúde cardiológica? Dispensar o vicio do fumo e ter alimen-tação saudável conforme parâmetros indicados especialmente se houver obesidade ou diabetes tipo 2 –trata-

mento vio oral e também no diabetes tipo 1 insulino dependente. Doenças endócrinas como hipertireoidismo ou hipotireodismo revelam cuidados especiais de alimentação. Os exercí-cios físicos e a caminhada ao menos 3x por semana na duração mínima de 45 minutos em ritmo programado a cada pessoa, o lazer mas não a inércia descanso excessivo. Lazer não é ficar descansando na cama dias inteiros mas sim procurar convívio com pessoas de bom astral, ler, ouvir músicas, conviver com a família, amigos distribuindo o melhor de si nesses encontros. São encontros para manter a alegria e não para queixar-se de sofrimentos, amarguras, etc. Quem gosta da dança, além de bom divertimento pode usar a musica e o exercicio físico em busca de uma vida longa.

Em artigos na revista Novos Rumos encontrarão, de minha autoria e outros colaboradores várias argumentações em torno da Sáude que é a primordial felicidade do ser humano.

BOM RETORNO AS ATIVIDADES DE 2015 em busca de muitíssimos mais anos FELIZES.

Dr. Roberto B. de QuadrosMedicina Interna - Cardiologia

Consultório: Av. Flores da Cunha, 1953 - Sala 93 Ed. Palace CenterCachoeirinha/RSFone: (51) 9977.3653

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Dra. Sandra de Q. Marenco Nutricionista Clínica

Sandra de Quadros Marenco Pós Graduação em Nutrição Clínica - CRN2-0540

Consultório: Rua Dr. Timóteo, 371 Sala 302 - Porto Alegre/RS

Fone: (51) 9971.6217

[email protected]

O paladar pode ser defini-do como a capacidade do organismo de reconhecer

diferentes gostos de alimentos ao entrarem em contato com a boca. O principal órgão responsável pelo sen-tido do gosto é a língua. Os sabores reconhecidos pela mesma são: amargo, ácido (ou azedo), salgado, doce (e tam-bém o unami – sabor produzido por alguns tipos de aminoácidos).

A língua possui terminações ner-vosas – as papilas gustativas – que em contato com substâncias diversas acionam neurotransmissores; estes enviam sinais ao cérebro, o que permite a identificação do gosto do alimento.

Os botões gustativos (ou papilas) estão distribuídos por toda a superfície dorsal da língua. São eles os respon-sáveis pela identificação do sabor – e consequentemente pela escolha de alimentos baseada no gosto pessoal de cada um. O aroma que cada alimento desperta também ajuda a promover maior salivação, o que contribui para a transmissão de sinais ao cérebro.

As papilas gustativas só captam o sabor dos alimentos em estado líquido, sendo então de extrema importância o papel da saliva. Cabe a ela diluir os alimentos (com a ajuda da mastigação), para que atinjam a consistência neces-

sária para a transmissão e identificação do sabor ao cérebro.

Algumas doenças, além do uso de cigarros ou de medicamentos de forma crônica podem interferir na percepção dos sabores.

O excesso de produtos industria-lizados, bem como dietas carregadas de sal, açúcar e gorduras melhoram a agradabilidade do produto, mas acabam por “saturar” as papilas gus-tativas, tornando-as mais insensíveis aos sabores (e com isso a necessidade de ingerir mais para sentir-se saciado).

A higiene adequada da boca tam-bém é um fator importante para a pa-latabilidade dos alimentos; quando há acúmulo de resíduos sobre as papilas pode ocorrer um aumento de bactérias, o que reduz a eficácia dos receptores.

A digestão dos alimentos inicia pela boca, sendo de extrema importância uma mastigação mais demorada (assunto já abordado no texto “Bene-fícios da Mastigação – junho 2013”). A higiene bucal e escolha dos produtos alimentícios mais saudáveis também contribuem para uma melhor absorção dos alimentos. Já o gosto pessoal de cada um de nós (pelo amargo, ácido, salgado ou doce) interfere significativa-mente na manutenção ou no excesso

de peso. Preferências pelo sabor doce geralmente induzem a um aumento de peso, tendo em vista o excesso calórico desses alimentos. Mas é possível resistir aos excessos se houver uma disciplina no momento da mastigação (que deve ser mais lenta para promover maior contato com as papilas – e com isso uma sensação mais rápida de sacie-dade).

Experimente degustar lentamente os alimentos, curtindo as diferenças entre eles. Escolha alimentos naturais, livres de agrotóxicos, de gorduras, açúcares. Você irá se admirar com a quantidade de sabores exóticos que a natureza oferece!

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Segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS, cerca de 1,1 bilhão

de adolescentes e jovens adultos estão em risco de perda auditiva.

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Segundo a Organização Mun-dial da Saúde, OMS, cerca de 1,1 bilhão de adolescentes e

jovens adultos estão em risco de perda auditiva. A causa seria o “uso inseguro de dispositivos pessoais de áudio, incluindo smartphones, e exposição a níveis sonoros prejudiciais em locais como bares, discotecas e eventos esportivos.

Irreversível

De Porto Alegre, o presidente da Associação Brasileira de Otorrinola-ringologia e Cirurgia Cérvico – Facial, Dr. Sady Selaimen da Costa, falou à Rádio ONU sobre o tema. Ele disse que a questão é “uma preocupação no mundo inteiro”.

“A perda auditiva induzida pelo ruído é um problema que afeta a todas as sociedades, mas, principalmente as mais desenvolvidas e industrializadas. A gente sabe que o ouvido humano quando confrontado com intensidades sonoras acima de 85 decibéis, que não é uma intensidade muito, muito alta, ele tem um tempo de exposição que quando passa de oito horas diárias, para 85 decibéis, ele começa a ser prejudicial às células que habitam internamente o ouvido humano. Isto pode gerar num primeiro momento, desconforto, depois zumbido e, depois, quando o estímulo é sustentado, perda auditiva de caráter irreversível”.

Jovens

O especialista falou ainda sobre a incidência do problema entre jovens e destacou a importância da prevenção.

“Eu acho que nós estamos vivendo uma epidemia de perdas auditivas in-

duzidas pelo ruído na população mais jovem. Normalmente, a gente esperava este tipo de problema em indivíduos mais idosos, ou indivíduos de idade média que trabalham em ambientes absolutamente ruidosos, como nas fábricas ou com motores ou coisa assim. O que a gente tem visto são jovens, de 16, 17 anos, que passam o dia inteiro com fones de ouvidos e com intensidades sonoras absurdas, acima, às vezes, de 90, 100 decibéis. Estes, sim, vão sofrer perdas auditivas. Neste caso, o que a gente tem pra fazer é a pre-venção porque, na verdade, quando a perda se estabelece, nós não temos como revertê-la exceto através de uso de aparelhos auditivos convencionais.”

OMS

De acordo com dados de estudos feitos em países de renda média e alta, analisados pela OMS, cerca de 50% dos adolescentes e jovens adultos entre

Fonte: EBC

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12 e 35 anos de idade são expostos a níveis sonoros inseguros pelo uso de dispositivos pessoais de áudio. Cerca de 40% são expostos a níveis sonoros potencialmente prejudiciais em locais de entretenimento.

Ainda segundo a agência da ONU, 360 milhões de pessoas em todo o mundo têm perda auditiva de mode-rada a profunda. As causas são diversas entre elas, barulho, condições genéti-cas, complicações no nascimento, do-enças e envelhecimento, entre outras.

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10 SINTOMAS DE CÂNCER PARA FICAR ATENTO

Conheça 10 sintomas frequentemente ignorados que podem indicar câncer e a que tipo da doença eles estão relacionados

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Uma pesquisa da organiza-ção Cancer Research UK lis-tou dez sintomas de câncer

que muitas vezes são ignorados pelos cidadãos britânicos. A ONG diz que isso pode atrasar possíveis diagnósticos da doença.

Veja abaixo os sintomas e a que tipo de câncer eles podem estar rela-cionados:

1. Tosse e rouquidão (câncer de pulmão)

2. Aparição de caroços pelo cor-po (dependendo da região do corpo, pode indicar câncer)

3. Mudança na rotina intestinal (câncer no intestino)

4. Alteração no hábito de urinar (câncer na bexiga)

5. Perda de peso inexplicável (pode estar ligada a diversas variações da doença)

6. Dor inexplicável (pode indicar vários tipos de câncer)

7. Sangramento inexplicável (pode estar ligado a cânceres no intestino, na medula ou na vulva)

8. Ferida que não cicatriza (por estar ligada a diversas varia-ções da doença)

9. Dificuldade de engolir (câncer no esôfago)

10. Mudança na aparência de uma verruga (câncer de pele)

De acordo com a Cancer Research UK, muitas pessoas tendem a achar que sintomas como esses são triviais e, por isso, não procuram seus médicos.

Outro fator que motivaria os bri-tânicos a não procurar ajuda seria o receio de “desperdiçar” o tempo dos médicos com esse tipo de suspeitas.

Os pesquisadores da entidade en-trevistaram 1.700 pessoas com mais de 50 anos de idade. Mais da metade (52%) afirmou ter sentido ao menos um dos sintomas nos três meses anteriores

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13à pesquisa.

Em um estudo qualitativo mais aprofundado, a Cancer Research UK se concentrou no caso de 50 das pessoas que tiveram os sintomas. Foi consta-tado que 45% delas não procuraram ajuda médica após senti-los.

Uma das pacientes relatou não ter ido fazer exames após sentir dores abdominais. “Algumas vezes eu pensei que era grave… mas depois, quando a dor melhorou, você sabe, pareceu não valer a pena investigar”, disse ela.

Um homem, que percebeu mudan-ças na rotina na hora de urinar, disse aos pesquisadores: “Você só tem que seguir em frente. Ir muito ao médico pode ser visto como um sinal de fra-queza e podem pensar que você não é forte o suficiente para lidar com seus problemas”.

A pesquisadora Katrina Whitaker, ligada à University College London, afirmou: “Muitas das pessoas que en-trevistamos tinham os sintomas que dão o alerta vermelho, mas elas pen-savam que os sintomas eram triviais e por isso não precisavam de assistência médica, especialmente se não sentiam dor ou se ela era intermitente.”

Segundo ela, outros disseram que não queriam criar caso ou desperdiçar recursos do sistema de saúde público. O autocontrole e o estoicismo dos bri-tânicos contribuem para esse tipo de atitude, e a persistência dos sintomas fazem com que as pessoas passem a considerá-los normais, de acordo com a pesquisadora.

Ela disse ainda que muitos pacien-tes só procuraram médicos depois que tiveram contato com campanhas de conscientização ou receberam conse-lhos de amigos ou de familiares.

Segundo o médico Richard Roope,

na dúvida, é sempre melhor procurar um médico. Ele disse que muitos desses sintomas não são causados pelo câncer – mas se forem, o rápido diagnóstico aumenta as chances do paciente no tratamento da doença.

Ele afirmou que atualmente cerca da metade dos pacientes diagnostica-dos conseguiriam sobreviver por mais de dez anos.

Alarme falso

Uma outra pesquisa, também fi-nanciada pela Cancer Research UK, constatou que um “alarme falso” pode desestimular os britânicos a continua-rem investigando possíveis sintomas da doença.

Para essa pesquisa, a University College London analisou 19 estudos científicos pré-existentes.

A pesquisa constatou que cerca de 80% das pessoas que são submetidas a exames para checar a existência do cân-cer após a manifestação de sintomas descobrem que não sofrem da doença.

Esse grupo tenderia a ficar desesti-mulado a voltar a investigar eventuais novos sintomas. Entre as principais ra-zões para isso, segundo a organização, estariam a falta de orientação recebida dos médicos durante os exames an-teriores e o temor de ser visto como “hipocondríaco”.

“Pacientes que vão a seus médicos com os sintomas obviamente ficam aliviados ao saber que não têm câncer. Mas como nosso levantamento mos-tra, é importante que eles não sintam uma falsa sensação de segurança e entendam que ainda devem procurar ajuda se perceberem sintomas novos ou recorrentes”, afirmou Cristina Renzi, uma das pesquisadoras envolvidas no estudo.

Fonte: Pragmatísmo Político

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Passamos a maior parte de nosso tempo nos preparando. Desde que nascemos somos preparados para sobreviver e para continuarmos vivos. Nosso corpo aprende a respirar fora do ventre. Aprendemos a nos alimentar com nossa própria boca e, gradativamente, todos os nossos sentidos vão se desenvolvendo para que aprendamos tudo por meio deles. Adquirimos, ano após ano, a condição de aperfeiçoamento e vamos usando essa condição em todas as situações: em nossos movimentos físicos, em nossos pensamentos, em nossa expressão verbal, na forma como pretendemos "ser alguém" na vida, etc.

À medida que vamos crescendo, aprendemos certos modelos intelectuais e emocionais. Aprendemos como responder às situações do dia a dia e a como nos comportar diante das pessoas e situações. E assim, desde cedo, somos capacitados, de alguma forma, (não significa ser a mais adequada) para crescermos e assumirmos as responsabilidades de uma vida adulta.

Aprendemos que precisamos ter as coisas que nos mantém vivos. Aprendemos que precisamos trabalhar para poder nos alimentar, vestir, morar e, também, além da sobrevivência, aprendemos que o aconchego, o cuidado e o bem-estar fazem parte de uma vida sustentável.

E nesse ínterim de coisas aprendidas, também aprendemos a forma ansiosa de querer que as coisas aconteçam. E muitos condicionamentos mentais nos fazem achar que o tempo para as coisas acontecerem é aquele que achamos que tem que ser e não aquele que de fato é suficiente para que um processo amadureça e nos entregue um determinado resultado.

O quanto podemos nos frustrar?A medida da nossa frustração é diretamente proporcional ao quanto não compreendemos que o tempo para o acontecimento das coisas não depende de nossa vontade, mas sim da congruência de uma série de informações e condições, também externas a nós.

A garantia que temos sobre o tempo é a constância com a qual fazemos algo de forma coerente e sustentável. Isso é o que nos trará os resultados mais satisfatórios possíveis diante de um processo e no menor prazo possível com as condições que temos.

Responsabilizarmo-nos pelos resultados em nossas vidas parece distante enquanto somos crianças e adolescentes. Mas quando adultos não há outra saída a não ser assumirmos que somos responsáveis por todos os resultados que geramos. Logo a frustração também está associada ao quanto nós esperamos que determinados resultados aconteçam sem termos gerado todas as ações e condições necessárias para tal.

Finalizamos esse texto com uma reflexão:

Se assumirmos a responsabilidade pelos nossos resultados, pelo que fazemos e pelo que deixamos de fazer, podemos nos frustrar mais ou menos diante das situações do dia a dia?

NeoeducarNeoeducar

Mirian M. CodenSócia-fundadora e CEO da empresa Nortus, em Campinas - SP; idealizadora do movimento Neoeducar; mestranda em Educação pela Universidade Iberoamericana do México; formada em Filosofia, pela UNISUL; estudou nos cursos de Engenharia Química, Matemática e Ciências Contábeis na UFSM; cocriadora do Modelo Metassistêmico® de Desenvolvimento Humano; conferencista Nacional e Internacional, assessorou mais de 9 mil pessoas, em desenvolvimento pessoal, no Brasil, Portugal, Espanha e Itália.NO

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Passamos a maior parte de nosso tempo nos preparando. Desde que nascemos somos preparados para sobreviver e para continuarmos vivos. Nosso corpo aprende a respirar fora do ventre. Aprendemos a nos alimentar com nossa própria boca e, gradativamente, todos os nossos sentidos vão se desenvolvendo para que aprendamos tudo por meio deles. Adquirimos, ano após ano, a condição de aperfeiçoamento e vamos usando essa condição em todas as situações: em nossos movimentos físicos, em nossos pensamentos, em nossa expressão verbal, na forma como pretendemos "ser alguém" na vida, etc.

À medida que vamos crescendo, aprendemos certos modelos intelectuais e emocionais. Aprendemos como responder às situações do dia a dia e a como nos comportar diante das pessoas e situações. E assim, desde cedo, somos capacitados, de alguma forma, (não significa ser a mais adequada) para crescermos e assumirmos as responsabilidades de uma vida adulta.

Aprendemos que precisamos ter as coisas que nos mantém vivos. Aprendemos que precisamos trabalhar para poder nos alimentar, vestir, morar e, também, além da sobrevivência, aprendemos que o aconchego, o cuidado e o bem-estar fazem parte de uma vida sustentável.

E nesse ínterim de coisas aprendidas, também aprendemos a forma ansiosa de querer que as coisas aconteçam. E muitos condicionamentos mentais nos fazem achar que o tempo para as coisas acontecerem é aquele que achamos que tem que ser e não aquele que de fato é suficiente para que um processo amadureça e nos entregue um determinado resultado.

O quanto podemos nos frustrar?A medida da nossa frustração é diretamente proporcional ao quanto não compreendemos que o tempo para o acontecimento das coisas não depende de nossa vontade, mas sim da congruência de uma série de informações e condições, também externas a nós.

A garantia que temos sobre o tempo é a constância com a qual fazemos algo de forma coerente e sustentável. Isso é o que nos trará os resultados mais satisfatórios possíveis diante de um processo e no menor prazo possível com as condições que temos.

Responsabilizarmo-nos pelos resultados em nossas vidas parece distante enquanto somos crianças e adolescentes. Mas quando adultos não há outra saída a não ser assumirmos que somos responsáveis por todos os resultados que geramos. Logo a frustração também está associada ao quanto nós esperamos que determinados resultados aconteçam sem termos gerado todas as ações e condições necessárias para tal.

Finalizamos esse texto com uma reflexão:

Se assumirmos a responsabilidade pelos nossos resultados, pelo que fazemos e pelo que deixamos de fazer, podemos nos frustrar mais ou menos diante das situações do dia a dia?

NeoeducarNeoeducar

Mirian M. CodenSócia-fundadora e CEO da empresa Nortus, em Campinas - SP; idealizadora do movimento Neoeducar; mestranda em Educação pela Universidade Iberoamericana do México; formada em Filosofia, pela UNISUL; estudou nos cursos de Engenharia Química, Matemática e Ciências Contábeis na UFSM; cocriadora do Modelo Metassistêmico® de Desenvolvimento Humano; conferencista Nacional e Internacional, assessorou mais de 9 mil pessoas, em desenvolvimento pessoal, no Brasil, Portugal, Espanha e Itália.

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O ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou que, nos dois primeiros meses do

ano, houve aumento de 139% nos casos notificados de dengue, compa-rados aos do mesmo período do ano passado. Foram 174,67 mil registros em janeiro e fevereiro de 2015, ante 73,13 mil no ano passado.

Os números foram divulgados em um evento no qual estavam reunidos mais de 600 gerentes e diretores clínicos responsáveis pelas Unidades

Básicas de Saúde do município de São Paulo.

Segundo o ministério, os números preliminares de óbitos, casos graves, além da nova denominação dengue com sinais de alarme caíram 28% e somaram 555 casos. No ano passado, foram 771.

Entre janeiro e fevereiro, a redução foi 17,2% nos casos graves, caindo de 93, em 2014, para 77, em 2015. A queda nas mortes foi 37% (62, em 2014, para

39, nos dois primeiros meses de 2015).

O ministério da Saúde repassou R$ 150 milhões aos estados e municípios para melhorar o combate aos mos-quitos transmissores da dengue e do chikungunya. Deste total, R$ 121,8 mi-lhões foram destinados às secretarias municipais de saúde e R$ 28,2 milhões para as secretarias estaduais.

Fonte: EBC

CASOS DE DENGUE AUMENTAM 139%

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MONSANTO: 25 DOENÇAS QUE PODEM SER CAUSADAS PELO

AGROTÓXICO GLIFOSATO

Cientistas descobriram que pessoas doentes tinham maiores níveis de glifosato em seu corpo do que as pessoas sadias.

Conheça os resultados destas pesquisas

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A Monsanto investiu no her-bicida glifosato e o levou ao mercado com o nome

comercial de Roundup em 1974, após a proibição do DDT. Mas foi no final dos anos 1990 que o uso do Roundup se massificou graças a uma engenhosa estratégia de marketing da Monsanto. A estratégia? Sementes geneticamente modificadas para cultivos alimentares que podiam tolerar altas doses de Roundup. Com a introdução dessas sementes geneticamente modificadas, os agricultores podiam controlar facil-mente as pragas em suas culturas de milho, soja, algodão, colza, beterraba açucareira, alfafa; cultivos que se de-senvolviam bem enquanto as pragas em seu redor eram erradicadas pelo Roundup.

Ansiosa por vender seu emblemá-tico herbicida, a Monsanto também incentivou os agricultores a usar o Roundup como agente dessecante, para secar seus cultivos e assim fazer a colheita mais rapidamente. De modo que o Roundup é usado rotineira e diretamente em grande quantidade de cultivos de organismos não modifi-cados geneticamente, incluindo trigo, cevada, aveia, colza, linho, ervilha, len-tilha, soja, feijão e beterraba açucareira.

Entre 1996 e 2011, o tão difundido uso de cultivos de Organismos Geneti-camente Modificados (OGM) Roundup aumentou o uso de herbicidas nos Estados Unidos em 243 milhões de kg – ainda que a Monsanto tenha assegura-do que os cultivos de OGM reduziriam o uso de pesticidas e herbicidas.

A Monsanto falsificou dados sobre a segurança do Roundup e o vendeu para departamentos municipais de parques e jardins e também a consu-midores como sendo biodegradável e estando de acordo com o meio ambiente, promovendo seu uso em valetas, parques infantis, campos de golf, pátios de escola, gramados e jardins privados. Um tribunal francês sentenciou que esse marketing equi-valia a publicidade enganosa.

Nos quase 20 anos de intensa exposição, os cientistas documenta-ram as consequências para a saúde

do Roundup e do glifosato na nossa comida, na água que bebemos, no ar que respiramos e nos lugares em que nossas crianças brincam.

Descobriram que as pessoas doen-tes têm maiores níveis de glifosato em seu corpo do que as pessoas sadias.

Também encontraram os seguintes problemas de saúde que eles atribuem à exposição ao Roundup e/ou ao gli-fosato:

1. TDHA: nas comunidades agrí-colas, existe uma forte relação entre a exposição ao Roundup e o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, provavelmente devido à capa-cidade do glifosato de afetar as funções hormonais da tireoide.

2. Alzheimer: no laboratório, o Roundup causa o mesmo estresse oxidativo e morte de células neurais observados no Alzheimer. Isso afeta a CaMKII, uma proteína cuja desregula-ção também foi associada à doença.

3. Anencefalia (defeito de nasci-mento): uma pesquisa sobre os defeitos no tubo neural de be-bês cujas mães viviam em um raio de mil metros de distância de onde se aplicava o pesticida mostrou uma associação entre o glifosato e a anencefalia; a ausência de uma grande por-ção do cérebro, do crânio e do pericrânio formado durante o desenvolvimento do embrião.

4. Autismo: o glifosato tem um número de efeitos biológicos alinhados a conhecidas pato-logias associadas ao autismo. Um desses paralelismos é a disbiose observada em crian-ças autistas e a toxicidade do glifosato para bactérias bené-ficas que combatem bactérias patológicas, assim como a alta resistência de bactérias patógenas ao glifosato. Além disso, a capacidade do glifo-sato de facilitar a acumulação

de alumínio no cérebro poderia fazer deste a principal causa de autismo nos EUA.

5. Defeitos de nascença: o Roun-

dup e o glifosato podem alterar a vitamina A (ácido retinoico), uma via de comunicação ce-lular crucial para o desenvol-vimento normal do feto. Os bebês cujas mães viviam em um rádio de 1 km em relação a campos com glifosato tiveram mais que o dobro de possibili-dade de ter defeitos de nascen-ça segundo um estudo para-guaio. Os defeitos congênitos se quadruplicaram na década seguinte a que os cultivos com Roundup chegaram ao Chaco, uma província da Argentina na qual o glifosato é utilizado entre 8 e 10 vezes mais por acre do que nos EUA. Um estudo em uma família agricultora nos EUA documentou elevados níveis de glifosato e defeitos de nascença em crianças, tais como ânus não perfurados, deficiências no crescimento hormonal, hipospádias (re-lacionada à normalidade da abertura urinária), defeitos no coração e micropênis.

6. Câncer cerebral: em um estudo comparativo entre crianças sadias e crianças com câncer cerebral, os pesquisadores de-tectaram que, se um dos pais estivera exposto ao Roundup dois anos antes do nascimento da criança, as possibilidades de ela desenvolver câncer no cérebro dobravam.

7. Câncer de mama: o glifosato induz o crescimento de cé-lulas cancerígenas no peito por meio de receptores es-trógenos. O único estudo em animais a longo prazo de ex-posição ao glifosato produziu ratas com tumores mamários e reduziu a expectativa de vida.

8. Câncer: pesquisas de porta em porta com 65 mil pessoas em comunidades agrárias da

Fonte: Correio do Brasil

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Argentina nas quais o Roun-dup foi utilizado – conhecidas como cidades fumigadas – mostraram médias de câncer entre duas e quatro vezes maiores do que a média na-cional, com altos índices de câncer de mama, próstata e pulmão. Em uma comparação entre dois povos, naquele em que o Roundup fora aplicado, 31% dos moradores tinham algum familiar com câncer, ao passo que só 3% o tinham em um povoado sem Roundup. As médias mais elevadas de cân-cer entre as pessoas expostas ao Roundup provavelmente surgem da reconhecida capa-cidade do glifosato de induzir danos ao DNA, algo que foi demonstrado em inúmeras pesquisas de laboratório.

9. Intolerância ao glúten e do-ença celíaca: peixes expostos ao glifosato desenvolveram problemas digestivos que são reminiscentes da doença celíaca. Existem relações entre as características da doença celíaca e os conhecidos efeitos do glifosato. Isso inclui desa-justes nas bactérias das tripas, deslocamento de enzimas implicadas na eliminação de toxinas, deficiências minerais e redução dos aminoácidos.

10. Doença crônica nos rins: os aumentos no uso do glifosato poderiam explicar as recentes ocorrências de falências renais entre os agricultores da Amé-rica Central, do Sri Lanka e da Índia. Os cientistas concluíram que, “embora o glifosato por si só não provoque uma epide-mia de doença renal crônica, parece que ele adquiriu a capacidade de destruir os tecidos renais de milhares de agricultores quando forma complexos com água calcária e metais nefrotóxicos”.

11. Colite: a toxidade do glifosato

sobre bactérias benéficas que eliminam a clostridia, assim como a alta resistência da clostridia ao glifosato, poderia ser um fator significativo na predisposição ao sobrecres-cimento da clostridia. O so-brecrescimento da clostridia, especialmente da colite pseu-domembranosa, foi comprova-do como causa da colite.

12. Depressão: o glifosato altera os processos químicos que influem na produção da sero-tonina, um importante neu-rotransmissor que regula o ânimo, o apetite e o sono. O desajuste da serotonina é vin-culado à depressão.

13. Diabetes: Os níveis baixos de testosterona são um fator de risco para o tipo 2 de diabetes. Ratos alimentadas com doses significativas de Roundup em um período de 30 dias, abrangendo o começo da pu-berdade, tiveram uma redução na produção de testosterona suficiente para alterar a mor-

fologia das células testiculares e o início da puberdade.

14. Doença cardíaca: o glifosato pode alterar as enzimas do corpo, causando disfunção lisossomal, um fator impor-tante nas doenças e falências cardíacas.

15. Hipotireoidismo: uma pesqui-sa realizada de porta em porta com 65 mil pessoas em comu-nidades agrícolas na Argentina nas quais se usa o Roundup encontrou médias mais eleva-das de hipotireoidismo.

16. Doença inflamatória intestinal: o glifosato pode induzir a de-ficiência severa do triptófano, que pode levar a uma grave doença inflamatória intestinal que desajusta severamente a capacidade de absorver nu-trientes por meio do aparato digestivo devido à inflamação, hemorragias ou diarreia.

17. Doença hepática: doses muito baixas do Roundup podem

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Fonte: Carta Maior

alterar as funções das células no fígado, segundo um estudo publicado em 2009 na “Toxi-cology”.

18. Doença de Lou Gehrig: a defici-ência de sulfato no cérebro foi associada à Esclerose Lateral Amiotrófica. O glifosato altera a transmissão de sulfato do aparelho digestivo ao fígado, e poderia levar a uma deficiência de sulfato em todos os tecidos, incluindo o cérebro.

19. Esclerose múltipla: encon-trou-se uma correlação entre uma incidência aumentada de inflamação de intestino e a Esclerose Múltipla. O glifosato poderia ser um fator causal. A hipótese é que a inflamação intestinal induzida pelo glifo-sato faz com que bactérias do aparelho digestivo se infiltrem no sistema circulatório, ativan-do uma reação imune e, como consequência, uma desordem autoimune, resultando na des-truição da bainha de mielina.

20. Linfoma Não-Hodgkin: uma revisão sistemática e uma série de meta-análises de quase três décadas de pesquisas epide-miológicas sobre a relação en-tre o linfoma não-hodgkin e a exposição a pesticidas agríco-las concluiu que o linfoma de célula B tinha uma associação positiva com o glifosato.

21. Doença de Parkinson: os efei-tos danosos dos herbicidas sobre o cérebro foram reco-nhecidos como o principal fator ambiental associado a de-sordens neurodegenerativas, incluindo a doença de Parkin-son. O início de Parkinson após a exposição ao glifosato foi bem documentado, e estudos em laboratório mostram que o glifosato provoca morte celular característica da doença.

22. Problemas na gravidez (infer-tilidade, morte fetal, aborto espontâneo): o glifosato é tóxi-co para as células da placenta, o que, segundo os cientistas, explicaria os problemas na gravidez de trabalhadoras agrí-colas expostas ao herbicida.

23. Obesidade: uma experiência consistente na transmissão de uma bactéria do aparelho di-

gestivo de um humano obeso para os aparelhos digestivos de ratos provocou obesidade nos ratos. Tendo o glifosato produ-zido uma mudança nas bacté-rias do aparelho digestivo de produtores de endotoxinas, a exposição ao glifosato poderia, dessa forma, contribuir com a obesidade.

24. Problemas reprodutivos: estu-dos de laboratório em animais concluíram que os ratos ma-chos expostos a altos níveis de glifosato, tanto no desen-volvimento pré-natal ou da puberdade, padecem de pro-blemas reprodutivos, incluindo o atraso na puberdade, a baixa produção de esperma e a baixa produção de testosterona.

25. Doenças respiratórias: as mes-mas pesquisas com 65 mil pes-soas na Argentina descobriram médias mais elevadas de doen-ças respiratórias crônicas.

Alexis Baden-Mayer é editor do

Organic Consumers Fund. Tradução de Daniella Cambaúva.

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BEBIDA ALCOÓLICA É 114 VEZES

MAIS LETAL QUE MACONHA, DIZ

ESTUDO

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Um estudo divulgado na publicação científica Scien-tific Reports, subsidiária da

revista Nature, mostra que a maconha é 114 menos letal do que o álcool. A pesquisa procurou quantificar o risco de morte associado ao uso de várias substâncias tóxicas e descobriu que a maconha, proibida em tantos países é, de longe, a droga mais segura.

Em vez de focar na contagem de mortes, como em outras pesquisas, os autores do relatório compararam as doses letais de cada substância com a quantidade consumida por uma pessoa comum.

Os cientistas deixam claro que o uso de maconha “não é seguro”, mas que estudos têm descoberto que o consumo da droga é “de fato mais seguro do que o do álcool“.

Ao listar as drogas mais mortais, a maconha aparece no final da lista, enquanto álcool, heroína, cocaína e tabaco lideram. A maconha, inclusive, é a única que representa um risco de mortalidade baixo entre os usuários, apesar de não ser inexistente.

Os autores do estudo são os cien-tistas alemães Dirk W. Lachenmeier, de Karlsruhe, e Jürgen Rehm, de Dresden,

Em vez de focar na contagem de mortes, cientistas alemães comparam as doses mortais de cada substância com a quantidade consumida por uma pessoa comum

mas atualmente diretor do Departa-mento de Pesquisa Epidemiológica e Social (SER) e do Centro de Depen-dência e Saúde Mental, em Toronto, no Canadá.

A pesquisa foi apoiada pela po-lícia do Colorado, o primeiro Estado norte-americano a legalizar a droga. Autoridades de segurança estadual co-municaram recentemente que durante o primeiro ano sob a nova legislação tudo transcorreu normalmente e que o trabalho policial ficou praticamente inalterado.

Fonte: Correio do Brasil

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7 MANEIRAS DE MORRER POR FICAR SENTADO

MUITO TEMPOMuitas pesquisas feitas nos últimos anos apontam que ficar sentado

durante muitas horas por dia pode ser prejudicial para sua saúde. Nas palavras de Shaunacy Ferro, “sentar é o novo cigarro”,

menos o lobby poderoso em volta do produto.

E a pior notícia é que aumentar o tempo de exercícios não compensa o tempo que você fica sentado – as probabilidades são as mesmas para quem se exercita e quem não se exercita.

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Veja aqui as maneiras com que o sedentarismo, principal-mente no local de trabalho,

pode te matar:

1. Morte por câncer colorretal

Mesmo que você seja diagnosticado com câncer, o sedentarismo pode ser sua causa de morte. Um estudo pu-blicado em janeiro de 2013 descobriu que tanto antes quanto depois de ser diagnosticado com câncer colorretal, ficar mais tempo sentado durante os momentos de lazer significa maiores chances de morrer.

O estudo monitorou os hábitos de mais de 2.000 pacientes de câncer colorretal por até 16 anos depois do diagnóstico. Os que levavam uma vida mais ativa tinham 28% menos chances de morrer do que os que se exercitavam menos. Os que passavam sentados seis horas tinham 36% mais chances de morrer do que os que ficavam sentados menos de três horas por dia.

2. Obesidade e Síndrome Meta-bólica

Pessoas obesas ficam sentadas mais tempo que pessoas magras. Um estu-do publicado em novembro de 2009 apontou que este tempo a mais é de 2,5 horas, em média, e está associado à síndrome metabólica, uma combinação de fatores como obesidade abdominal, baixos níveis do “bom colesterol”, hiper-tensão, níveis elevados de triglicerídeos ou hiperglicemia, que juntos aumentam os riscos de doenças mais sérias, como doenças cardíacas, derrames e diabetes.

Este resultado foi confirmado por outro estudo publicado no ano passado, que mostra que pessoas que são seden-tárias por mais tempo tem 73% mais chances de ter síndrome metabólica.

Em 2005, um grupo de pesquisado-res estimou que a redução do tempo de TV e computador para menos de uma hora por dia poderia reduzir a

prevalência de síndrome metabólica entre adultos nos Estados Unidos de 30% a 35%.

3. Saúde mental prejudicada

Ficar sentado também é prejudicial para a mente. Um estudorelacionan-do o comportamento sedentário e o bem-estar mental apontou que ficar sentado por razões não ocupacionais, como assistir TV, dirigir um automóvel ou usar o computador, está associado a problemas de saúde mental entre as mulheres.

O estudo que foi publicado em abril de 2012 usando dados de quase 3.500 pessoas também apontou que os homens só eram prejudicados mental-mente pelo tempo gasto em frente do computador.

4. Doenças renais

Quem senta por menos tempo tem menos chances de ter alguma doença renal crônica, e isto não se altera se você acrescentar na equação pessoas que controlam seu índice de massa corporal ou atividade física.

Foi o que descobriu uma análise publicada em outubro de 2012, que estudou relatos de 6.379 pessoas com idade entre 40 e 75 anos.

O efeito foi mais profundo entre as mulheres: ao diminuir o tempo sentadas de um dia inteiro para três horas, elas diminuíram o risco em mais de 30%. Entre os homens, a diminuição do risco de doença renal caiu 15%.

5. Redução da expectativa de vida

Um estudo publicado em julho de 2012 apontou que reduzir o tempo excessivo sentado para menos de três horas por dia aumentaria a expectativa de vida em dois anos.

Além disso, reduzir o tempo em frente à TV para menos de duas horas

Fonte: Brasil Acadêmico

por dia aumenta a expectativa de vida em 1,4 anos (em comparação, o hábito de fumar diminui a expectativa de vida em 2,5 anos para homens e 1,8 anos para mulheres).

O estudo estimou que um adulto tí-pico gasta 55% do seu dia fazendo algo sedentário, mas também aponta que os altos níveis de sedentarismo autorrela-tados podem ser conservativos. Não é fácil lembrar todo o tempo que você ficou sentado durante o dia, uma vez que não é uma atividade específica de um comportamento, como assistir TV.

6. Doenças crônicas

Uma pesquisa feita em fevereiro de 2013 com 63.048 homens australianos de meia idade apontou que quem fica sentado mais de quatro horas por dia tem uma probabilidade significa-tivamente maior de ter uma doença crônica, como hipertensão, doenças cardíacas e câncer.

E o estudo apontou que não im-porta o índice de massa corporal ou a quantidade de exercícios feita. Além disso, quem fica sentado seis horas por dia tem maior probabilidade de ter diabetes, uma descoberta que confirma o resultado de outros estudos.

1. Morte por todas as causas – e mais cedo

Um estudo monitorou 200.000 australianos com mais de 45 anos, e descobriu que não importa a idade, sexo ou índice corporal, ficar sentado aumenta os riscos de mortalidade por todas as causas.

Pessoas que ficam sentadas mais de 11 horas por dia tem risco 40% maior de morrer em 3 anos. O risco de morrer era muito menor para pessoas que faziam exercícios durante cinco horas por semana, ou mais, mas ainda assim era insuficiente para escapar da armadilha fatal da cadeira. Hora de comprar uma mesa para ficar em pé.

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VACINA CONTRA HPV JÁ ESTÁ DISPONÍVEL PARA MENINAS

DE 9 A 11 ANOS

Luana e sua filha Priscila de 9 anos. Foto: Arquivo Pessoal

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Fonte: Blog da Saúde

Desde o início de março, a vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), usa-

da na prevenção do câncer do colo do útero, já está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 9 a 11 anos. A expectativa do Ministé-rio da Saúde é vacinar 4,94 milhões de meninas em 2015, que, junto com o grupo de adolescentes de 11 a 13 anos vacinadas no ano passado, podem ser a primeira geração praticamente livre do risco de morrer do câncer do colo do útero.

A meta é vacinar, em parceria com as secretarias estaduais e municipais da saúde, 80% do público-alvo. Os pais podem checar se o município onde residem realizará vacinação nas escolas. As secretarias municipais de saúde foram orientadas a programar a vacinação nas escolas públicas e privadas, que aplicarão a vacina por profissionais de saúde em ambiente seguro e adequado.

A administradora Luana Pinheiro Barbosa, mãe da Patrícia Pinheiro Barbosa Onghero, de nove anos, conta que a filha recebeu o aviso na escola sobre as novas datas de vacinação. “Os professores conversaram na escola com as alunas e ela veio me contar que ia ter vacinação. Criança nessa idade já sabe, vê na internet, na televisão. Ela chegou da escola bem feliz falando que quer tomar a vacina, porque ela

sabe que é para prevenir de uma doen-ça que ela pode pegar e tem que tomar pra se cuidar. Eu ainda não converso com ela sobre relações sexuais, mas ela sabe que é para prevenir de uma doença”, relata.

Caso a escola não esteja partici-pando da estratégia de vacinação, a adolescente poderá receber a dose em uma das 36 mil salas de vacina da rede pública de saúde. Para tomar a vacina, basta apresentar o cartão de vacinação e o documento de identificação. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. A segunda deve ser tomada seis meses depois, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. Em 2015 serão vacinadas as meninas de 9 a 11 anos e, a partir de 2016, serão vacinadas as meninas que completam 9 anos de idade.

O vírus HPV é a principal causa do câncer do colo de útero, o terceiro tipo mais frequente entre as mulheres, atrás apenas do câncer de mama e de cólon e reto. Por isso, a incorporação da vacina no calendário nacional tem o objetivo de prevenir o câncer do colo do útero. Com a disponibilização da vacina no SUS, espera-se a redução da incidência e da mortalidade por esta doença grave, que se caracteriza pelo crescimento anormal de células do colo do útero. Cerca de metade das mulheres diagnosticadas com câncer de colo do útero tem entre 35 e 55 anos

de idade. Muitas provavelmente foram expostas ao HPV na adolescência ou na faixa dos 20 anos de idade.

“Se tivesse essa vacina na minha época, seria muito bom. Eu aprovo bastante o governo estar fazendo essa campanha, tanto nas escolas, como na televisão, panfleto, internet. Eu acho muito importante tudo que é voltado para saúde, melhora e cuidado”, afirma Luana Pinheiro.

Uma das novidades da campanha de vacinação de 2015 é a inclusão de 33,5 mil mulheres de 9 a 26 anos que vivem com HIV, e têm probabilidade cinco vezes maior de desenvolver cân-cer no colo do útero do que a popula-ção em geral. O número de mortes pela doença no país aumentou 28,6% em 10 anos, passando de 4.091 óbitos, em 2002, para 5.264, em 2012, de acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, publicação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

É importante ressaltar que a imu-nização não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Mi-nistério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anu-ais consecutivos negativos.

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APARELHO DESENVOLVIDO NO BRASIL ALIVIA DORES DA

OSTEOARTROSEOsteoartrose é uma doença das articulações,

caracterizada pela degeneração da cartilagem, podendo atingir a região dos joelhos, quadril, coluna vertebral,

tornozelos, pés, ombros, cotovelos e mãos

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Estudo do Instituto de Física de São Carlos associou duas técnicas, o ultrassom e o la-

ser, em um aparelho capaz de acelerar a reparação dos tecidos e apresentar efeito anti-inflamatório e analgésico. Pesquisadores orientados por Ales-sandra Rossi Paolillo provocaram dor em camundongos e ratos. Houve tra-tamento com laser, outro apenas com ultrassom e um terceiro com a união dos dois. O grupo tratado com a asso-ciação das duas técnicas apresentou o melhor resultado tanto no alívio da dor quanto no relaxamento muscular.

O aparelho, desenvolvido por Vanderlei Salvador Bagnato, pode ser usado na reabilitação de lesões decor-rentes do trabalho e do esporte, além de doenças articulares e nos tendões. O foco da pesquisa foi reduzir a dor da osteoartrose, que é uma doença das articulações, caracterizada pela degeneração da cartilagem, podendo atingir a região dos joelhos, quadril, coluna vertebral, tornozelos, pés, om-bros, cotovelos e mãos.

Os sintomas da osteoatrose in-cluem deformidades ósseas, processo inflamatório, edema, rigidez e instabili-dade articular, diminuição da amplitu-de de movimento, fraqueza muscular, entre outros. A doença causa dor nos pacientes e dificuldades em atividades do dia a dia. Para proporcionar melhor qualidade de vida a mulheres da ter-ceira idade, o grupo fez testes clínicos nas mãos e nos joelhos das pacientes.

– Os principais resultados foram o alívio da dor e o aumento da fun-

cionalidade da mão e dos membros inferiores.Constatamos os benefícios usando um equipamento, chamado algômetro, que avalia o limiar de dor, além de testes de função de mão e de joelho – explicou a pesquisadora Fernanda Rossi Paolillo, irmã de Ales-sandra, a coordenadora.

Em um dos casos, uma paciente com osteoartrose reabilitou a mão e passou a praticar remo com o marido. Fernanda lembra que outras mulheres conquistaram maior independência nas atividades do dia a dia, como cozinhar, cuidar da casa e até bordar, além de fazer caminhadas e exercícios físicos.

Francisca Aparecida Milaré, de 61 anos, participou dos testes com o novo aparelho. Ela contou que sentia muita dor nos joelhos e chegou a ficar com a perna travada no meio da rua, sem conseguir se locomover.

– Não dava mais para subir uma escada, apesar de eu fazer exercício, mas tinha que tomar anti-inflamatório forte, os mais fracos não resolviam mais – disse.

Outra dificuldade que ela enfren-tava com a osteoartrose era conseguir dormir, por não encontrar uma posição confortável, que não lhe causasse dor.

– Tinha que deitar e a perna não descansava, tinha aquela dor que incomoda, põe travesseiro, muda de posição… não dormia– relatou.

Depois do tratamento com laser e

Fonte: Correio do Brasil

ultrassom, ela se diz muito satisfeita.

– Muito bom, eu tomava muito remédio e agora não tomo mais anti--inflamatório. Nossa, você não imagina como é bom, viu! Melhorou muito meu joelho – finalizou.

Durante os testes, observou-se que o efeito do tratamento pode ser percebido nas primeiras aplicações da técnica. Mas alguns começam a sentir uma melhora entre três e cinco sessões, cada uma com duração de 15 a 30 minutos. O aparelho é de fácil manuseio e pode ser transportado por uma só pessoa.

– A simplicidade na aplicação e sua portabilidade permitem que os atendi-mentos não sejam somente feitos em clínicas, mas também em domicílio – disse a pesquisadora.

Além da reabilitação, o equipamen-to é apropriado ao tratamento estético e atende pessoas com flacidez cutânea e gordura localizada, acrescentou Fernanda. Os pesquisadores Herbert João, Jéssica João e Daniele Fernandes Frascá integraram o grupo que desen-volveu o novo aparelho.

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AMEAÇA DO EBOLA PERMANECE

A Conferência Internacional sobre o Vírus Ebola que acontece em Bruxelas, na Bélgica, promovida pela

União Europeia, é considerada um marco, pois leva o problema da epidemia para o nível mundial.

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A declaração é do infectolo-gista e diretor do Instituto de Pediatria da UFRJ – Uni-

versidade Federal do Rio de Janeiro, Dr. Edimilson Migowski. O médico acredita ser de extrema importância ampliar a discussão do problema. “Pela primeira vez nos últimos meses, o ebola deixa de ser um problema só africano para ser realmente um pro-blema mundial. A partir do momento em que ocorreram casos de ebola nos Estados Unidos e em alguns países europeus, isso mostra claramente a necessidade de o mundo olhar para o problema e não mais encarar isso como sendo algo exclusivo daquele

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continente pobre.”

O especialista em infectologia alerta que o encontro de Bruxelas proporciona grande mobilização de empresas e inteligências de vários pa-íses no intuito de fazer vacinas, que po-dem levar de forma mais rápida à cura em massa para a epidemia. “Quando existe a mobilização de outros países e envolve outras inteligências, acelera o processo de pesquisa, tratamento, cura e prevenção de uma doença de elevado impacto em termos de saúde pública.”

Sobre a situação de o Brasil estar ou

não preparado para epidemias como a do ebola, um estudo feito pela organi-zação Save The Children com 72 países considerou o Brasil como o melhor entre os piores países que possuem sistemas de saúde vulneráveis em epidemias graves. Edimilson Migowski concorda com o resultado da pesquisa, pois todas as vezes que se necessita de leitos de hospital que demandem algum tipo de isolamento de um paciente, sempre existe um número restrito dificultando o atendimento ao paciente. “Eu acho que é pouco prová-vel que diante de uma epidemia em qualquer país do mundo haja países preparados para enfrentar uma epide-mia dessas. Por isso é importante, de imediato, trabalhar na prevenção com a fabricação de vacinas para conseguir abortar esse surto.”

Muitos recursos para a luta contra o ebola não chegaram à África

A Conferência Internacional sobre o Vírus Ebola conta com a participação de mais de 80 delegações africanas e europeias, e tem como objetivo discutir medidas de ajuda aos países afetados pela doença, além de propor diretrizes para o combate e a erradica-ção da epidemia.

Segundo último balanço feito pela Organização Mundial de Saúde, em janeiro deste ano, 23.729 pessoas fo-ram contaminadas pelo ebola e 9.604 já morreram vítimas da doença nos três países mais afetados – Serra Leoa, Libéria e Guiné, na África.

Fonte: Sputniknews

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MORTES POR DENGUE SOBEM 380% NO ESTADO

DE SÃO PAULOAumento das notificações foi de 697%, passando de

11.876 casos para 94.623. Crise no abastecimento leva população a armazenar água de maneira

inadequada, facilitando a proliferação do mosquito

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O número de mortes causa-das pela dengue neste ano aumentou 380% no estado

de São Paulo em relação ao primeiro bimestre de 2014. São 24 vítimas ante cinco. Os casos com sinais de alerta subiram 159%. O aumento das notifica-ções foi de 697%, passando de 11.876 casos para 94.623. Os dados foram apresentados na manhã de hoje (6), em São Paulo, pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro.

De acordo com o ministro, há difi-culdade no controle da doença em al-guma regiões, como o Sudeste, devido à crise no abastecimento de água. “Os moradores armazenam água em casa, o que ajudou a proliferar o mosquito.”

A dengue é uma doença em que a cada ciclo de três anos surge um novo tipo da doença, com aumento da quantidade de pessoas suscetíveis a ele. “Portanto, aumenta o número de casos. Temos dificuldades importantes de controle do mosquito em algumas regiões, como a região Sudeste que, em virtude da crise hídrica, os morado-res armazenaram água em casa, o que ajudou a proliferar o mosquito.”

Embora a Sabesp negasse, em ou-

tubro passado já havia racionamento em 35 municípios, prejudicando 5 mi-lhões de pessoas, o que levou muitas pessoas a estocar de maneira inade-quada, em recipientes improvisados, muitas vezes sem tampa.

No final de janeiro, a crise de abas-tecimento hídrico como determinante de uma epidemia foi alertada pelo coordenador do Observatório de Clima e Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o sanitarista Christovam Barcellos. Em entrevista à Revista do Brasil, ele destacou a necessidade de reforço do sistema de vigilância para detectar surtos de doenças como a hepatite A, diarreia e a dengue. “Além de economizar água, a população deve relatar problemas de abastecimento, garrafões suspeitos, água turva e com mau cheiro, surtos de doenças na vizinhança”, disse.

O ministro falou ainda sobre a importância da prevenção, com a eliminação dos criadouros para evitar a proliferação das larvas, e a pulveriza-ção de veneno para matar os mosqui-tos, já que há ainda dois meses em que pode haver crescimento do número de casos.

Com os cortes, a água muitas vezes é armazenada inadequadamente e favorecea proliferação dos mosquitos

Fonte: Rede Brasil Atual

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Ferramenta produzida por empresa particular, aprovada a toque de caixa pela CTNBio, é criticada por cientistas.

Conselho de Meio Ambiente de Piracicaba vai recorrer ao Ministério Público

SEM APROVAÇÃO DA ANVISA, PIRACICABA ANUNCIA

MOSQUITO TRANSGÊNICO PARA COMBATER A DENGUE

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A prefeitura de Piracicaba, no interior paulista, pretende lançar mão de uma estra-

tégia alternativa – e de eficácia ainda não comprovada – para reduzir os casos de dengue na cidade: introduzir no meio ambiente uma linhagem ge-neticamente modificada do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. O bairro escolhido para ser o primeiro na cidade a testar a intervenção é o Cecap, na periferia da cidade – que registra alto índice de ocorrências da infecção. No último dia 3, a prefeitura divulgou que eram 107 os infectados. No balanço do último dia 20, eram 42.

O mosquito transgênico tem o nome de Aedes aegypti OX513 e foi comprado pela prefeitura, pelo valor considerado “simbólico” de R$ 150 mil, junto à Oxitec do Brasil. No último dia 2, o prefeito Gabriel Ferrato dos Santos (PSDB) anunciou a compra do lote de animais.

A empresa, de capital britânico com sócios brasileiros, promete “reduzir significativamente” a população do Aedes silvestre. A ideia é que as fêmeas do Aedes silvestre, ao cruzar com os transgênicos machos, gerem mosqui-tos estéreis ou que morram antes de chegar à fase adulta. Assim, esperam reduzir a incidência de dengue e da febre chikungunya, da qual o Aedes também é transmissor.

A iniciativa, porém, é polêmica. O mosquito transgênico da Oxitec ainda não teve sua comercialização aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que, por meio de sua assessoria de imprensa, reforçou a exi-gência de registro ou autorização para que o produto seja liberado para venda

– daí o valor “simbólico” da primeira remessa de mosquitos encomendado pela prefeitura.

De acordo com a Oxitec, trata-se do primeiro projeto desde a aprovação do inseto transgênico pela Coordenação--Geral da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), em abril do ano passado. E que nesta nova fase, em Piracicaba, serão coletadas ainda mais informações sobre os “benefícios alcançados com o controle do princi-pal mosquito transmissor da dengue” e a empresa ficará cada vez melhor preparada para um possível registro comercial do produto.

No entanto, a Anvisa destaca que, apesar de ter obtido decisão favorável à comercialização na CTNBio, a Oxitec ainda não está autorizada a comercia-lizar o serviço ou o produto. Em nota, ressaltou que a CTNBio, aliás, não fez nenhuma avaliação da eficácia; so-mente avaliou a biossegurança deste mosquito. E que cabe à Anvisa avaliar tanto a eficácia como a segurança. Além disso, que por se tratar de uma nova tecnologia, “há necessidade de uma avaliação que foge à rotina dos demais produtos registrados pela An-visa. E que não é possível dar previsão para o seu encerramento”.

Incerteza

Alheio aos alertas recebidos, o prefeito comemora a parceria. “O uso desta solução de forma piloto em nossa cidade ratifica o DNA inovador de Piracicaba, que ao longo dos anos tem demonstrado seu pioneirismo em diversas áreas do conhecimento e se destacado principalmente nas

questões ligadas à saúde”, disse Gabriel Ferrato dos Santos, em nota enviada à reportagem da RBA pela Secretaria de Saúde da cidade.

Pego de surpresa com a notícia, pela imprensa, o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema) de Piracicaba já decidiu, em reunião ordinária na última segunda-feira (8), que vai entrar com representação na Promotoria de Saúde do Ministério Pú-blico de São Paulo no município. Além disso, vai realizar audiência pública no próximo dia 24 para discutir o assunto com a população.

“A prefeitura não ouviu ninguém. Os conselhos municipais de Saúde e de Meio Ambiente nem sequer foram avisados, muito menos consultados”, afirma a presidenta do Condema, Sonia Cristina Ramos, que, como cidadã, se sente enganada.

Segundo Sonia, o objetivo não é barrar a utilização da tecnologia. E sim impedir a soltura dos insetos a tempo e poder discutir criteriosamente seus benefícios e riscos. “A Oxitec tem de comprovar o que diz, que o produto é maravilhoso e que realmente não há riscos”, afirma.

Também surpreso e indignado, o vereador integrante da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento de Piracicaba Chico Almeida (PT) defen-de outros métodos para combater a proliferação do mosquito da dengue. “Há muitas áreas na cidade que são verdadeiros criatórios de larvas a céu aberto, terrenos abandonados e sujos, com entulhos, pneus. Penso que deve-riam ser tomadas outras medidas antes de alternativas desconhecidas como

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são desconsiderou normas e leis. E até hoje não respondeu as razões disso.

Entre as irregularidades, ele cita a falta da assinatura da população em um Termo de Consentimento Livre e Esclarecimento; um parecer do Con-selho de Ética aprovando a execução já que envolve a utilização de sangue animal para manter a população do mosquito; a falta de informação da Oxitec quanto à taxa de sobrevivência do mosquito, que varia conforme a presença de certas substâncias no meio ambiente, como antibióticos largamente usados na saúde humana e animal, o que pode aumentar esta população transgênica e causar dese-quilíbrios ecológicos.

Ferraz explica que a situação é agravada pela imaturidade das bases para regulação e avaliação de risco de insetos transgênicos em geral e, em particular, dos mosquitos transgênicos. “Mesmo nos Estados Unidos, normal-mente mais flexíveis na liberação des-ses organismos, o assunto ainda está em discussão.”

O mosquito da Oxitec ainda não foi aprovado na Flórida justamente por ser esta uma área completamente nova, com que o mundo regulatório não está familiarizado. De acordo com ele, hou-ve uma convocação da Organização Mundial de Saúde para desenvolver os princípios norteadores para a avaliação dos mosquitos transgênicos, que ainda não está concluída.

Por essas razões, ele se posicionou contrário, dentro da CTNBio, à con-tinuidade dos testes nos municípios baianos, bem como a aprovação dos mosquitos OX 513 A até que fossem esclarecidos e respondidos os seus questionamentos.

essa”, disse.

Protestos

O Aedes transgênico foi aprovado sob protestos de cientistas e ativistas. No final de fevereiro, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), que reúne pesquisadores de universi-dades e institutos de pesquisa, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, denunciou à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Rio de Janeiro, pressões que vem sofrendo por parte da Oxitec pelos alertas que vem fa-zendo, bem como irregularidades na produção do mosquito.

De acordo com a entidade, a produção do mosquito em escala co-mercial foi aprovada sem a exigência de cumprimento de protocolos de estudos de impacto ambiental. E que os dados colhidos nos testes realizados nos municípios de Jacobina e Juazeiro, no interior da Bahia, seriam insuficien-tes para fundamentar a aprovação de um organismo geneticamente modi-ficado, que estará em contato direto com o organismo humano e outros animais.

“O problema é que ainda não existem normas de liberação para avaliação de insetos modificados ge-neticamente. Além disso, mudanças na reprodução dos Aedes silvestres podem permitir a atração de outros insetos, como o Aedes albopictus, espécie selvagem existente no Brasil e com capacidade vetorial para o ví-rus da dengue”, disse a professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pesquisadora da Fiocruz, Lia Giraldo da Silva Augusto.

O Brasil é o único país do mundo a ter aprovado o produto da Oxitec. Pe-didos de aprovação ainda tramitam no Pananá e Estados Unidos, entre outros. A OAB se comprometeu a debater o

tema em suas comissões internas, bem como realizar audiências públicas para abrir a discussão sobre o assunto.

Irregularidades nos testes

Professor do programa de pós--graduação em Agroecologia e De-senvolvimento Rural da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), José Maria Gusman Ferraz integrava a CTNBio em 2013, quando participou de uma visita técnica em Juazeiro, na Bahia, no começo de julho, ocasião da soltura do Aedes transgênico.

Ele conta que tanto em Juazeiro como em Jacobina, a população ficou de fora da discussão dos possíveis riscos envolvidos nesta liberação. Em Jacobina os insetos transgênicos da Oxitec foram soltos numa operação na qual participa a organização social baiana Moscamed, voltada à produção de insetos empregados no manejo e monitoramento de espécies de inte-resse econômico, como as moscas--das-frutas.

O que, segundo ele, sugere des-prezo pelo grau de risco do organismo geneticamente modificado envolvido e, principalmente, a segurança da população. De acordo com Ferraz, no parecer de aprovação da CTNBio foram relatados apenas os argumentos apresentados pela Oxitec, Moscamed e alguns professores da USP envolvidos no projeto. “Não foram nem sequer apresentados os argumentos levan-tados durante o parecer preliminar sobre o relatório parcial da Moscamed/Oxitec/USP, que gerou a solicitação de visita técnica para avaliar a continuida-de ou não do experimento em Juazeiro e a nova liberação do mosquito em Jacobina.”

Num relatório que ele escreveu sobre essa visita para a própria CTNBio, o professor da UFSCar afirma que ao aprovar o inseto transgênico, a comis-

Fonte: Rede Brasil Atual

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1. Fruta vermelha originária do Tibete

2. Rico em fitonutrientes – com propriedades antioxidantes;

3. Contém aminoácidos essen-ciais para a produção da colina – que ajuda a manter a massa magra e a promover cresci-mento muscular (ideal para esportistas);

4. Contém ácidos graxos ômega 3 e ômega 6;

5. Contém vitaminas B1, B2, B6, C, E, betacaroteno, ácido fólico;

6. Contém cálcio, ferro, fósforo, potássio, selênio, zinco entre outros minerais;

7. Melhora o sistema imunoló-gico;

8. Tem ação anticancerígena;

9. Protetor cardíaco - equilibra níveis de colesterol;

10. Possui ação anti-inflamatória, melhorando celulite, entre outros benefícios.

DICA – Importante no metabolis-mo das proteínas – auxiliando na produção de epinefrina e seroto-nina (que promovem bem-estar e melhoram o humor). Além disso, por todas as propriedades men-cionadas ajudam a garantir maior longevidade.

Sandra de Quadros Marenco Nutricionista Clínica – CRN2 0540

DICA DO MÊSSOBRE O GOJI BERRY

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Dra. Rita de CórdovaBióloga, Acupunturista e Escritora

MEDICINA TRADICIONAL CHINESATÉCNICAS MILENARES A SERVIÇO DA SAÚDE

A Medicina Tradicional Chi-nesa abriga um leque de ensinamentos, condutas e

técnicas terapêuticas, cujos objetivos vão desde garantir uma boa saúde, usando meios para evitar a doença até o diagnóstico e tratamento de doen-ças já instaladas. Desta forma, temos nesta medicina, dois tipos básicos de procedimentos: os que visam a manu-tenção da saúde e os que visam a cura de doenças.

Mas, o que é saúde e o que é doen-ça dentro da Medicina Chinesa?

Saúde é bem mais do que não estar doente. Saúde significa que você se sente bem e feliz. Mas a gente também sabe que nos altos e baixos desta vida, ninguém está feliz e se sentindo bem o tempo todo. Na verdade, estamos o tempo todo, nos desequilibrando e nos equilibrando novamente, Num momento estamos bem, no seguinte

temos dor nas costas ou dor de cabeça e depois a dor cessa e estamos bem de novo. Mas, de repente, brigamos com alguém e ficamos infelizes, nos apaixonamos e estamos eufóricos, e isso é a vida. Os problemas começam quando a dor não vai embora ou quan-do a tristeza e a raiva não vão embora e surge a ansiedade e o sofrimento físico ou psíquico e não sabemos como lidar com isso. Se a gente não fizer nada... Acabará doente. E o que é a doença?

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Doença é dor: Dor física ou psíquica instalada e que não passa sem que se-jamos ajudados. Doença é quando nos desequilibramos e não conseguimos nos equilibrar de novo.

Pois a Medicina Chinesa nos seus ensinamentos nos convida a nos res-ponsabilizarmos pelo nosso bem estar e nos oferece conhecimento sobre o que é realmente importante para nossa felicidade e bem estar. Estes en-sinamentos têm sua origem na filosofia taoista ou filosofia do “Caminho do Meio” que estabelece a regra principal do bem viver:

“ O excesso ou a falta agridem. O uso moderado nutre. “

Isso vale para tudo: atividade, des-canso, trabalho, lazer, vida afetiva, vida sexual, emoções, prática de exercícios, respiração, alimentação, etc.

Esse princípio norteia também todas as condutas preventivas e tera-pêuticas da Medicina Chinesa, inclusive o Liang Gong e a Alimentação. O Liang Gong é uma prática de exercícios da medicina chinesa que envolve espírito, mente e corpo. Ao mesmo tempo em que executamos seus movimentos leve e harmoniosamente, trabalhamos a nossa respiração e a nossa concentra-ção. Os movimentos do Liang Gong são leves, harmoniosos, executáveis por qualquer pessoa, desde crianças até idosos, podem ser feitos em qualquer lugar e revitalizam quem os pratica, até mesmo devolvendo a saúde de músculos e articulações de alguma forma comprometidas pela falta ou pelo excesso de atividade física ou por atividade física inadequada. Quanto à alimentação, os Mestres chineses reuniram os conhecimentos sobre a es-

trutura e funcionamento do organismo humano com os sabores dos alimentos e sua ação sobre o ser humano, en-quanto espírito mente e corpo.

Segundo a Medicina Tradicional Chinesa são cinco os sabores que existem na natureza: Alimentos de sabor ácido que influenciam direta-mente o fígado, alimentos de sabor amargo, que influenciam diretamente o coração, alimentos de sabor doce, que influenciam diretamente o baço, alimentos de sabor picante, que influenciam diretamente o pulmão e alimentos de sabor salgado, que influenciam diretamente o rim.

Deixem-me explicar que, na Medi-cina Chinesa, cada um destes órgãos influencia outras estruturas do corpo. O fígado, por exemplo, está direta-mente ligado à saúde dos tendões e articulações, bem como à capacidade de movimento, tensão e relaxamento dos músculos. Também a saúde dos olhos e todas as emoções, mas prin-cipalmente a raiva, estão ligadas ao Fígado. O Coração está diretamente ligado à mente, à saúde dos vasos sanguíneos, ao bom aproveitamento dos nutrientes, à nossa memória pre-gressa e ao nosso discernimento ao tomar decisões. Também a alegria e a tristeza profundas estão associadas ao Coração. O Baço está diretamente re-lacionado ao trofismo dos músculos, à boa digestão, à tendência a ficar obeso e ao nosso grau de umidade interna. Também está relacionado à concen-tração nos estudos, à preocupação, ao pensamento obsessivo e à meditação. O pulmão está relacionado à pele, aos pelos do corpo, ao sistema imunoló-gico e à emoções como tristeza, me-lancolia e luto. O rim está relacionado à energia vital, à força de vontade, aos

ossos, à sexualidade e reprodução e ao crescimento e desenvolvimento, além da memória recente e emoções como medo e ansiedade.

Dessa forma, ao comer um alimen-to ácido, por exemplo, estamos não só influenciando nosso Fígado, mas também a saúde dos nossos tendões, olhos, nosso temperamento e nosso humor.

- Influenciando como?

Depende. Lembram-se da regra? O uso moderado nutre. A falta e o excesso agridem. A sabedoria está em descobrir o que é falta, excesso ou uso moderado para cada pessoa. Isso é possível através da avaliação e diag-nóstico próprios da milenar Medicina Chinesa.

Muita saúde, paz e bem estar para você!

Dra. Rita Córdova - Fisioterapeuta e Acupunturista Autora do livro: Comer: Como, o quan-to e o quê? A Sabedoria da Alimenta-ção na Medicina Tradicional Chinesa e orientadora do Curso: A Alimentação na Medicina Tradicional Chinesa.

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VOCÊ JÁ PENSOU NO QUE VOCÊ QUER DA SUA VIDA? O QUE VOCÊ QUER SER, E PORQUÊ?

Dra. Isabel Amaral MartinsBióloga, Mestre e Doutora em Neurociências

Todos nós buscamos ideais na vida. Aspiramos ter e fazer sentido. Desejamos autore-

alização: a tal felicidade. Bem, ainda que a felicidade esteja disponível para todos, é algo muito particular, ou seja, não será alcançada pela satisfação de desejos ou aspirações iguais para todos. Mesmo que cada um de nós possa alcançar essa realização através de diferentes experiências, parece que o “fazer sentido” é o que mais importa nisso tudo.

A satisfação de necessidades bási-cas é apenas uma das metas vitais para se alcançar a autorealização, ela é ape-nas a primeira. Um ser humano precisa experimentar não somente satisfazer a fome, a sede, o sexo e o abrigo do frio e do calor extremos, o que ainda é a luta para a grande maioria em nossa sociedade. Um ser humano necessita também de segurança e proteção, necessita de motivação, de estímulos, e de liberdade para escolher. Necessita de mistérios e desafios a desvendar, e, é claro, também de alguns obstáculos que o provoquem, que o façam reco-nhecer os valores de suas necessidades e os valores de suas escolhas. E acima de tudo, o valor que ele tem em si. Afinal, por que nasceríamos como indivíduos se não fossemos, cada um de nós, único e especial? Como é que estamos aproveitando e conferindo sentido a essa “exclusividade de ser”? Podemos ser felizes sozinhos? Como é que podemos compartilhar a felicida-

Isabel Amaral Martins -Bióloga, Mestre e Doutora em Neurociências Formação Complementar em Música, Teatro e Yoga www.bioconexoes.blogspot.com

de com os outros? Dia após dia, desperdiçamos o dom

de sermos únicos e a oportunidade de preservar ou promover as qualidades que cada um de nós tem e realmente pode oferecer. Não incentivamos nos-sas crianças a prezar pelo que são e pelo que podem ser. Talvez porque não saibamos reconhecer o valor que cada um traz em si, considerando que nos condicionamos a dar maior atenção às faltas, às dificuldades, aos supostos “erros” e ao que determinamos de impossibilidades, provenientes de uma combinação desses parâmetros. Em outras palavras, educamos nossas crianças para a atenção às falhas, para os fracassos, e não para a valorização dos seus potenciais e suas conquistas, nem para promoção de seus dons na-turais, assim como para o cultivo dos grandes valores, como amor, confian-ça, esperança, tolerância e lealdade. Aprendemos a ter mais apreço pelas coisas e títulos que podemos acumu-lar, e nem tanto pelo que nos vamos tornando a cada dia, ou pelo que cada experiência provoca ou transforma em nós em relação à experiência maior de felicidade. Será que ser feliz é tão difícil assim? Ou foi nossa educação que nos convenceu do tão alto preço da felicidade?

Talvez tenhamos (des)aprendido a amar, e assim, não sabemos com-partilhar amor, pois se não sabemos amar nem a nós mesmos, muito menos ainda amaremos os outros. A falta de

amor leva à intolerância, aos rigores do julgamento e à uma inevitável ceguei-ra em relação à beleza de cada ser e ao lado bom de cada experiência. Talvez não estejamos mais encontrando motivos para querer zelar pelo nosso bem mais precioso: a vida. Será que nos perdemos da conexão original, do respeito ao primeiro princípio, o amor por nós mesmos? Pois quem realmente ama a si, zela pelo seu bem e pelo seu sentido, reconhece o valor em si e no outro e preza pelo cuidado e pelo significado das interações que pode realizar. E assim, experimenta o prêmio tão desejado: A FELICIDADE.

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Você amaria seu filho mes-mo sabendo que ele foi trocado na maternidade?

Conseguiria ter o mesmo despren-dimento e boa vontade com alguém que você não ajudou a educar, que não tem seus valores, não conhece seus gostos, não prima da sua intimidade?

Pois é este dilema que alguns pais vivem quando descobrem que tem filhos que eles não conhecem nem ajudaram a criar. De uma hora para outra aparece o filho, sedento de ca-rinho e reconhecimento, mas que não tem qualquer correlação com quem o gerou. Aliás, mesmo dentro da mesma casa tem pai que não convive com os filhos, não ouve o que eles tem a dizer, não conversa sobre o que os aflige, e no fim reclama que os filhos só os procuram quando precisam de dinheiro. Mas, pergunto eu, como ele se relacionou com este filho, por acaso não foi só dando dinheiro e presentes? O que ele esperava?

Isso sem falar dos pais que se separam e desistem de procurar os filhos, de estar com eles, e sentem que cada telefonema tem embutido uma cobrança.

Há também os casos em que as mães dificultam a convivência entre pai e filhos. E porque as mães não permitem que os filhos convivam com os pais? Porque tem receio que os filhos gostem mais dos pais do

PAI QUE CRIA X PAI QUE GERAque delas; porque querem “castigar” os pais – e acabam por prejudicar os filhos; porque não aguentam ter que negociar aspectos da educação, mas essencialmente porque querem o filho só para elas. E conseguem?

Pois esta é a história do João, filho da Maria, que nunca contou para o pai dele que tinha engravidado. Achou por bem criar o filho sozinha, mas faltou di-nheiro e ela pediu a ajuda da vizinha: o menino ficaria com a vizinha enquanto Maria estivesse com dificuldades, de-pois voltaria a morar com a mãe. Mas, como é comum nestes casos, a vizinha se apaixonou pela criança e quem disse que queria devolvê-lo? Então, sumiu no mundo, ela e o João. Anos depois esta vizinha voltou e contou para Maria que estava com câncer, que ia morrer e que não queria deixar o João sozinho, por isso o estava devolvendo.

Assim que se viu com o filho, Maria decidiu procurar o pai do João, e lá foi ela apresentá-lo para o Pedro. A famí-lia do Pedro já de cara reconheceu o menino como parente, achou a cara de um, o gênio do outro, o defeito de um terceiro. De uma hora para outra o João tinha perdido a “mãe”, mas ganhado uma família cheia de primos e tios, além do pai que o aceitou com-pletamente.

Porém, e sempre tem um porém, o Pedro tinha se casado, tido 2 filhos, e a mulher do Pedro não estava achando

graça nenhuma naquilo, e pediu um teste de DNA. E o teste não reconheceu a paternidade do Pedro?

Muito triste João tentou explicar para a tia: – O teste deu errado… na sala a tia e os primos começaram a discutir:

- Não quero nem saber, você é da família. Você é tão teimoso quanto minha filha, tem o jeito do meu irmão, não quero saber de DNA, você é meu sobrinho!

- Isso mesmo, não vai dar outra, se alguém mexer com você na escola nós vamos continuar a te defender! Você é da família e ponto.

No meio de tanta briga para que os pais reconheçam seus filhos, para que paguem a pensão, que entendam que filho tem necessidades que nem sem-pre estão contempladas no orçamento doméstico, que convivam com os pe-quenos, encontramos família como a de Pedro, que aceitam inteiramente e de coração aberto a criança que está chegando. Nestas famílias a convívio e os laços afetivos são mais importantes do que todo o resto.

Abençoados sejam.

Dra. Dora LorchPsicóloga - Escritora

Dora Lorch - psicóloga, mestre em psicologia e autora do livro “Como educar sem usar a violência” www.doralorch.hpnr.com.br

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