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Ronaldo Morant

11- Dramaturgia Da Luz 2013

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Luz

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Luz e Ângulo certo

A luz bem dosada combinada com o ângulo de câmera certo pode induzir o espectador a sentimentos desejados por nossa vontade. Já vimos que o ângulo de câmera pode influenciar no personagem dando maior ou menor importância a este, superiorizando ou inferiorizando o mesmo. Quando combinamos

uma luz bem

equilibrada a este ângulo, poderemos aumentar ainda mais estas sensações ou gerar outras emoções de características mais profundas e sentimentais, tais como: Simpatia, Piedade, Raiva, Desprezo, Vingança, Alegria, Heroísmo, etc.

A luz pode ser trabalhada em três tipos para se obter o efeito desejado, que são:

1. Cena com Luz Dura, sombras bem marcadas

e densas e o fundo pode variar com muito ou pouco contraste (claro-escuro) ou penumbra, evoca: desprezo, raiva, ódio, terror, vingança, Violência, etc., para com o personagem ou ambiente.

2. Cena com Luz Suave, apresentando sombras soft (transição suave do escuro para o claro) e o fundo pode variar com muito ou pouco contraste ou penumbra, evoca: Tranqüilidade, Compaixão, Ternura, Simpatia, Solidariedade, Amor, Paz, etc., para com o personagem ou ambiente.

3. Cena com Luz Brilhante , com

sombras claras e marcadas, fundo de baixo contraste e sem penumbras, evoca: Alegria, Divertimento, Positivismo, Comédia, Altruísmo, Heroísmo, Vitória, Etc., para com o personagem ou ambiente.

A Noite

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Em cenas noturnas, se usam muitas luzes (intensas e brilhantes) gerando muitos

reflexos sobre superfícies extremamente polidas, para provocar visualmente uma carga de estímulos no espectador (adrenalina), e com isso aumentar a emoção e o envolvimento do público na história do filme.

Ao se trabalhar com as luzes de tal forma, que as das sombras façam uma transição

suave no rosto de um personagem, das áreas claras para as escuras, evocam uma sensação de piedade e ternura por parte do espectador.

O visual do Filme Noir

Com início na década de 1940, o Film Noir, mais que um estilo, é uma mistura de estilos. Muito influenciada pelo Expressionismo Alemão, de filmes com estética “deformada”, como O Gabinete de Dr. Calligari (Das Cabinet des Dr. Caligari. 1920. 71 min.), e derivado dos suspenses da época da grande depressão, a estética do Film Noir é marcada pela escuridão, como o nome já diz (“ film noir” - Filme Preto, em francês).

A parte irônica é que, quando fizeram os filmes, os diretores dos maiores film noir de todos os tempos nunca haviam ouvido a expressão (afinal, ela ainda não existia), e muitos revelaram que não tinham idéia, na época, que estavam criando um tipo distinto de filme. Por conta dessa história, muita gente crítica a classificação de film noir como gênero.

Mesmo após o lançamento dos primeiros filmes coloridos, esse tipo de estilo é conhecido como Film Noir. Os filmes Noir compartilham alguns elementos visuais importantes:

Cena do filme 12 Homens e uma Sentença, 1957 - Neste plano a câmera está em plongée e a luzes e sombras no personagem são suaves, com um fundo pouquíssimo iluminado, destacando o primeiro plano.

A cena acontece logo no início de filme e o espectador só sabe que o personagem é réu em um assassinato em 1°. Grau. Mesmo não conhecendo a história, o espectador é induzido a se apiedar do personagem.

Cena do filme Velozes e Furiosos - 2001

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As imagens estão divididas por características marcantes nesses filmes:

• Uso diversificado da iluminação, câmera angulosa, uso de plongée e contre-plongée, fotografia cheia de contrastes, sombras marcadas, cenários urbanos, e a femme fatale.

• Um plano bem fechado num rosto com olhar sombrio, atrás do reflexo de uma janela, terno, gravata, chapéu, cenas escuras, como quase sempre tem alguém fumando.

Para criar esse efeito “dark”, existem algumas técnicas de filmagem que normalmente são usadas. Uma delas é a própria luz.

Nas filmagens, geralmente é usada apenas uma fonte de luz ou, se muito necessário, duas. Também é costume usar objetos entre as câmeras e os atores, como persianas, para dar um efeito diferente de sombras. Se não filmados em preto e branco, esses filmes são feitos com baixa saturação, durante a noite, e usam alto contraste.

Para efeitos de deformação, muitas vezes são utilizadas lentes com baixa distância focal, que distorcem linhas retas próximas às extremidades, exagerando a distância entre planos, daí a semelhança com o expressionismo. Mantendo o mistério, conta-se também com a profundidade de campo, técnica que permite que tanto o primeiro plano quanto o segundo estejam igualmente focados. Dessa forma, o expectador não sabe em qual parte da tela é

mais relevante prestar atenção. Lentes de baixa distância focal, que permitem efeitos de distorção.

Outra técnica comum nesse estilo de filme é a da mudança de ângulo de filmagem. Um exemplo é começar a filmar uma sequência com um ângulo de câmera “comum” e trocar bruscamente para um extremamente alto ou baixo (sendo o segundo mais usado), ou de um objeto para o outro, muitas vezes com o personagem em segundo plano. Por exemplo: a cena se inicia com o protagonista entrando em uma sala e, de repente, a câmera “cai” e passa a filmar o teto, pegando todo o corpo da pessoa, dando a impressão de que algo vai aparecer de cima. Logo depois, vai para uma faca em cima de uma mesa, para a qual o personagem está de costas. A “câmera na mão”, com suas tremidas ocasionais, também não é dispensada, bem como o uso exagerado do “dolly-in”, até se perder de vista o que aparentemente era o mais importante da cena. Ainda visualmente falando, para a mudança de cenas ou finalização do filme, o fade out, técnica de escurecer a cena até o preto completo, é uma opção muito encontrada no Noir.

Os Corruptos - 1953, clássico do Cinema Noir.

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Resumo da Características Visuais: • fotografia preto e branco, com baixa saturação de cores ou matizes azulados, como elemento de dramaticidade; • iluminação de baixa intensidade (os filmes ficavam bastante escuros, “pretos”… daí a expressão “film noir” ); • alto contraste entre o preto e branco ou cenas claras e escura, geralmente destacado por jogos de luz e sombra; • uso recorrente de fumaça ou névoa; • uso estilístico de espelhos e janelas (o “quadro dentro do quadro”); • uso de close ups (“dolly-ins ou zooms“) de rostos, geralmente do protagonista.

EFEITOS EPECIAIS COM ILUMINAÇÃO Cenas Noturnas em Paisagens

O melhor horário para captação de cenas noturnas de exteriores não é à noite e sim ao anoitecer. Durante o anoitecer, a paisagem ainda está um pouco clara: fachadas de prédios ainda são visíveis, assim como recortes de galhos e folhagens. Acontece que a sensibilidade à luz do vídeo é bem menor do que a do olho humano (em situações normais, estando a função gain-up desligada - esta função amplifica artificialmente o sinal de vídeo a ser gravado, causando granulação, entre outros problemas. E também sem o uso da "visão noturna" de infravermelho). Assim, em situações onde o olho humano enxerga à noite os detalhes da fachada de um edifício escuro e mal iluminado, para o vídeo a imagem será uniformemente preta. Desta forma, o "relógio" entardecer/anoitecer/noite deve ser adiantado para a realização de imagens noturnas. Chuva (Artificial) e Iluminação

A chuva pode ser simulada jogando-se para o alto a água de uma mangueira, com um espalhador (do tipo 'chuveirinho') na ponta. Esse dispositivo espalhador pode ser encontrado em lojas de jardinagem. Quanto maior a altura atingida pela água melhor (pode-se usar uma escada como auxílio). Observar que o jato deve ser jogado sempre para cima, nunca para baixo, se estiver sendo despejado por uma pessoa no chão ou mesmo em cima de uma escada. Na área profissional, geralmente uma abordagem diferente é utilizada, com uma rede de sprinkers (espalhadores de água) suspensa a uma boa altura, direcionando, aqui sim, a água diretamente para baixo.

Tanto em um caso como em outro, para que a câmera possa 'enxergar' as gotas caindo, é necessário iluminá-las lateralmente em relação ao ângulo de visão da câmera, com uma fonte de luz muito potente (lembrar que embora possa chover com Sol, geralmente a chuva ocorre com céu encoberto ou à noite e essas situações são mais bem aceitas pelo expectador, ou seja, a ilusão funciona melhor). Para melhorar ainda mais a visualização das gotas, o fundo deverá ser escuro. Como exemplo, um plástico opaco preto, suspenso de forma a ficar não muito próximo do primeiro plano (pessoa ou objeto que está sendo gravado), com várias plantas em frente ao mesmo. Todo esse fundo deverá ficar desfocado. Congelamento da Imagem e Luz

Através deste efeito, onde se aumenta a velocidade do 'obturador eletrônico' da câmera (função high speed shutter), é possível em tempo de playback analisar quadro a quadro

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movimentos rápidos gravados na fita. No entanto, ao se aumentar a velocidade do obturador, como o tempo de exposição cairá, menos luz será utilizada para registrar a imagem: ela ficará escura. Compensa-se isto se aumentando a abertura da lente, função executada ou automaticamente pela câmera ou pelo operador (se desativada no modo automático). Este aumento de abertura resultará em diminuição da profundidade de foco. Se isto não for problema, o resultado será satisfatório. No entanto, se isto for um problema, será necessário iluminar a cena com mais luz: quanto maior a quantidade de luz, menos o diafragma necessitará ser aberto e portanto maior será a profundidade de campo obtida. Luz de Anúncios de neon anúncios de neon piscando à noite, cuja luz ilumina ligeiramente o rosto de uma pessoa que olha pela janela de um edifício.

Acendendo-se e apagando-se uma lanterna cujo refletor foi revestido com uma folha

de gelatina vermelha em itervalos fixos de cerca de 3 segundos (3 segundos ligada, 2 segundos desligada) pode-se simular a existência de um anúncio deste tipo por perto. O efeito fica mais convincente quanto a luz não é muito intensa: ao invés de causar sombras 'duras', este tipo de reflexo causa sombras suaves, o que é conseguido evitando-se direcionar sua luz diretamente para o rosto da pessoa; ao invés disso, direcionar a luz mais fraca refletida pela parte lateral da lanterna ou então colocar folhas adicionais de gelatina para diminuir a intensidade da fonte luminosa. Luz de Carros passando pela rua uma pessoa olha por uma janela, à noite, enquanto carros passam pela rua, refletindo a luz de seus faróis sobre o rosto da mesma.

Uma das formas de se conseguir o efeito é movimentar lentamente lanternas de um

lado para outro, simulando o movimento dos veículos. Deve-se ter o cuidado de não direcionar diretamente seu foco para o rosto das pessoas, para que o efeito fique mais convincente. Várias lanternas - se possível operadas por várias pessoas - acompanhadas de som de tráfego gravado na rua (tanto faz se gravado de dia ou de noite) permitem obter um excelente efeito. Luz do Relâmpago normalmente não é mostrado o raio propriamente dito e sim sua reflexão nos objetos e pessoas da cena.

Deve ser montado um refletor com luz muito potente, de preferência com uma gelatina ligeiramente azulada instalada no mesmo. Após ligar o refletor, certificar-se de que nenhuma luz do mesmo esteja atingindo a cena, bloqueando sua luz com dois pedaços de cartão opaco (papelão ou spumapac, folhas densas e opacas e ao mesmo tempo leves ao manuseio) cada um seguro em uma das mãos. No momento do efeito aparecer, abrir e fechar rapidamente uma fresta nos cartões para passagem da luz. Funciona recortar uma janela no meio de cada cartão, recortar os cartões em formato retangular e colocar as janelas de forma a bloquearem a luz. Deslocando-se então um cartão em relação ao outro em sentidos opostos, em dado momento as janelas ficarão sobrepostas permitindo a passagem da luz. É possível ajustar o tamanho das janelas e a velocidade de seu deslocamento até conseguir o melhor efeito. Simulação de Janela

Com uma simples persiana é possível simular a existência de uma janela através da

qual alguém observa o movimento do lado de fora. Em um primeiro plano geral, mostra-se um edifício visto à noite, do lado de fora, com suas várias janelas, algumas iluminadas, outras

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não. A seguir, o close de uma pessoa observando algo do lado de fora através de uma persiana. No entanto, esta janela não existe, é apenas sugerida pela sombra das lâminas da persiana sobre o rosto da pessoa. Ao focalizar o rosto da pessoa de modo que entre ela e a câmera exista suspensa através de suportes uma persiana, sendo o rosto da pessoa iluminado por um refletor colocado do mesmo lado que a câmera em relação à persiana e ligeiramente elevado em relação ao seu rosto, cria-se a ilusão de existir ali uma janela. A luz emitida pelo refletor não deve ser muito intensa, para simular a luz proveniente das luzes da cidade. Para tanto pode ser colocada sobre o mesmo uma gelatina do tipo ND (Neutral Density), de cor neutra, apenas para suavizá-la, ou então ser utilizada uma caixa de luz (light box). O efeito pode tornar-se mais convincente acrescentando-se uma folha de gelatina de cor azul sobre o refletor - a cor azulada sugere sempre iluminação noturna. Fazendo Fogo ou como reproduzir corretamente suas Cores

A luz amarelo-alaranjada predominante no fogo faz com que o sistema automático de

balanço de branco da câmera a interprete como luz de tungstênio (a luz de lâmpadas incandescentes de filamento de tungstênio, existente em interiores). Assim, para efetuar a 'correção' do problema, a intensidade do azul é automaticamente aumentada (para diminuir o vermelho); resultado: o fogo perde a vivacidade de suas cores. Se a cena estiver sendo gravada à noite, o céu escuro faz com que o sinal seja automaticamente amplificado (gain control), acrescentando perda de definição à imagem. A idéia é selecionar o balanço automático do branco para 'luz do dia'. Algumas câmeras possuem programas pré-ajustados, opcionais de exposição. Um deles, denominado 'twillight' funciona bem nesta situação: este programa não efetua o aumento de exposição em situações de pouca luz, como ocorre normalmente e não 'corrige' o excesso de vermelho. Luz do Fogo refletida no rosto das pessoas.

Essa luz pode ser simulada através de um refletor situado ao nível do solo. O refletor

deve estar direcionado para cima (na direção do rosto das pessoas) e recoberto com gelatina de cor laranja. O complemento do efeito é executado cortando-se várias faixas estreitas de gelatina nas cores laranja, vermelho e amarelo. Estas faixas devem então ser presas em uma haste comprida, de modo a deixar cerca de dois cm entre as cada faixa. A seguir, segurando-se a haste por uma das pontas, efetuar um movimento ligeiro de balanço com as faixas, posicionadas em frente ao refletor no solo. A prática permite obter a intensidade adequada de movimento, simulando assim as variações de tonalidade emitidas pelo fogo. O efeito é completado com a parte sonora, através do som de materiais pegando fogo. Luz imitando ondulações na água uma pessoa aproxima-se da borda de um lago, onde o vento sopra e pequenas ondas sobre sua superfície refletem a luz do Sol sobre o rosto da mesma.

O efeito pode ser simulado em um local onde não exista nenhum lago, através de um

utensílio de cozinha, um espelho, um pequeno refletor e um pouco de água. O utensílio de cozinha é uma assadeira, no fundo da qual deverão ser colocados vários pedaços quebrados do espelho - virados para cima. Acrescenta-se água sobre a assadeira e aproxima-se um refletor de sua borda, de maneira que sua luz refletida pela água e pelos pedaços de espelhos no fundo seja dirigida para o rosto da pessoa. Ao inclinar-se suavemente a assadeira para cima e para baixo em uma de suas bordas, o efeito das pequenas ondulações na água deverá aparecer

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refletido no rosto da pessoa. Se a cena passar-se à noite, basta recobrir a superfície do refletor com gelatina de azul - esta cor sugere sempre, para os assistentes, a cor da luz lunar. Luz imitando uma lâmpada de um lustre que deve fazer parte da imagem a ser gravada, especialmente se for do tipo em que a lâmpada fica à mostra e esta deve ficar acesa

A primeira providência é trocar a lâmpada sendo utilizada no lustre. Estas lâmpadas, geralmente de 60W ou mais, causam super-exposição na região do lustre: com isto o mesmo perde definição, tornando-se muitas vezes um borrão na imagem. No lugar da lâmpada original, colocar uma lâmpada mais fraca, por exemplo de 15 ou 20W e acendê-la. A iluminação que o lustre então deveria causar será agora fornecida por um refletor, disposto estrategicamente fora do alcançe do enquadramento da câmera. O posicionamento do refletor deve ser tal que imite a iluminação que seria efetuada pela lâmpada original do lustre, tomando-se o cuidado para não iluminar áreas de sombra para o lustre, ou seja, áreas em que o lustre não iluminaria. Isto pode ser conseguido através do uso de flags no refletor (placas metálicas laterais ajustáveis que funcionam como barreira para a luminosidade emitida pelo mesmo). Como o refletor estará disposto à maior distância em relação às pessoas / objetos que seriam iluminados originalmente somente pelo lustre, necessita ter uma potência maior do que a da lâmpada original, algo em torno de 500W. Luz refletida por um aparelho de TV em um casal que assiste, sentado em um sofá ou cama, a um programa de TV e que é enquadrado de frente pela câmera.

A presença real do aparelho de TV pode ser simulada através do som baixo, pré-

gravado de um programa qualquer real de TV e de um refletor colocado de frente para o casal. Se o aparelho de TV tiver que ser mostrado (por trás, excluindo-se assim sua tela) pode-se adquirir um aparelho de TV antigo e retirar de seu interior o tubo (CRT). A seguir, recobrir o vidro à sua frente (sempre existe um vidro externo que protege o vidro do CRT) com folhas de gelatina azul. O mesmo (folhas de gelatina) vale para a alternativa do refletor ao invés da caixa de TV. No caso desta última, no lugar do tubo instala-se uma luminária comum, com uma lâmpada de luz relativamente intensa (100 W por exemplo). Nos dois casos, a luz deve ser ligada e desligada repetidamente e rapidamente ou passando a sua frente algum tipo de objeto linear repetidas vezes e muito rapidamente, simulando assim as variações de intensidade luminosa produzidas pelas imagens mostradas no aparelho. Esta luz será refletida no casal sentado no sofá ou na cama. O efeito pode ser aprimorado tomando-se o cuidado de manter a luz acesa por alguns períodos maiores do que em outros, alternando-se por breves períodos onde a mesma pode ficar piscando com maior frequência. Luz de viaturas com sirenes

Em vídeo ou cinema, tudo o que não é mostrado pode ser sugerido e portanto imaginado pelo espectador. A presença de uma viatura da polícia ou ambulância pode ser conseguida refletindo-se sobre o rosto das pessoas ou sobre o fundo luzes que estariam sendo emitidas pelo dispositivo luminoso situado no teto destas viaturas. O ruído das sirenes complementa a ilusão. Uma das formas de simular as referidas luzes é através de duas potentes lanternas, recobertas em seu refletor, respectivamente, por gelatinas azul e vermelha, que são passadas rapidamente sobre as pessoas / fundo, alternando-se as cores azul e vermelha. O efeito pode ser melhorado prendendo-se as 2 lanternas lado a lado, de maneira que fiquem diametralmente opostas. A seguir, fixar o conjunto sobre um disco de madeira, em

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sua parte central. Este disco possui um pino afixado no centro: basta então girá-lo à frente das pessoas / fundo para que sua luz 'passe' rapidamente sobre os mesmos. Imitando a luz da Lua:

A luz do luar pode ser recriada artificialmente efetuando-se o batimento do branco não

com um cartão branco e sim com um cartão ligeiramente dourado. A câmera tentará corrigir o excesso de tonalidade vermelho-amarelada (o dourado), "puxando" o tom para o azul. Imitando a luz do pôr-do-Sol:

A luz amarelada do Sol no final da tarde pode ser recriada artificialmente efetuando-se

o batimento do branco não com um cartão branco e sim com um cartão ligeiramente azulado. A câmera tentará corrigir o excesso de azul aumentando a tonalidade vermelha. Para o efeito tornar-se mais real, é preciso lembrar que a luz solar nessa hora provém de um ângulo baixo, assim, a iluminação do objeto / pessoa deve ser efetuada com auxílio de um rebatedor. A situação descrita corresponde a uma gravação efetuada fora dos horários de início - fim de dia, com a pessoa protegida dos raios solares diretos (que denunciariam o truque devido às sombras) e iluminada pelos raios solares refletidos pelo rebatedor. Luz da Lua (artificial) que entra pela janela

Pode ser obtida colocando-se, do lado de fora de uma janela de vidro um refletor com

luz bastante intensa (mais de 1000 W). Este refletor deve ser pequeno para recriar as sombras intensas e 'duras' da luz do luar. Sobre o mesmo devem então ser afixadas 2 folhas de gelatina azul. O efeito pode ser melhorado diminuindo-se a intensidade da luz ambiente dentro da casa. Uma variação pode ser colocar o refletor dentro da casa, no estúdio; a seguir, em frente ao mesmo, colocar uma placa grande de cartolina dura ou papelão com quadrados perfurados imitando as aberturas da janela. A luz e as sombras produzidas permitirão criar a projeção da luz da janela no chão ou paredes. Luz do Sol (artificial) que entra pela janela

Pode ser obtida colocando-se, do lado de fora de uma janela de vidro (mesmo à noite)

um refletor com luz bastante intensa (mais de 1000 W). Este refletor deve ser pequeno para recriar a luz intensa e com sombras 'duras' do Sol - suas sombras são sempre bem definidas. O efeito pode ser melhorado simulando-se o horário em que a gravação estaria sendo feita: para Sol da manhã, acrescentar uma gelatina levemente azulada sobre o refletor. Sol do meio dia não necessita alteração de cor, enquanto que a luz próxima do final do entardecer pode ser simulada com gelatina amarelo/alaranjada. Efeito extremamente convincente pode ser conseguido rebatendo a luz do refletor em um refletor metálico dourado. Uma variação pode ser colocar o refletor dentro da casa, no estúdio; a seguir, em frente ao mesmo, colocar uma placa grande de cartolina dura ou papelão com quadrados perfurados imitando as aberturas da janela. A luz e as sombras produzidas permitirão criar a projeção da luz da janela no chão ou paredes. Luz e Fumaça

Para que a fumaça seja visível pela câmera, a iluminação deve ser lateral e não frontal,

em relação à câmera. Se estiver no local sendo utilizado algum esquema de iluminação (vários

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refletores), cuidar para que as luzes montadas ao lado da câmera (luz frontal) não atinja a fumaça, com o uso de flags devidamente posicionados. Luzes e Reflexos indesejados

Existem algumas maneiras de diminuir ou eliminar os reflexos nas lentes dos óculos.

Uma leve inclinação para baixo é uma alternativa que pode direcionar a luz dos refletores também para baixo. Para fazer isso, podemos levantar ligeiramente as suas hastes das orelhas. Outra alternativa é pensar no caminho percorrido pela luz, do refletor até a objetiva da câmera. Suponhamos que uma pessoa olha para a câmera e a superfície das lentes de seus óculos está em um plano perpendicular ao solo. Como os ângulos de incidência e reflexão da luz são iguais, muito provavelmente o refletor está baixo, para que a linha que sai da objetiva e vai até os óculos tenha o mesmo ângulo de incidência da que sai do refletor e vai até os óculos. Subindo o refletor esse ângulo aumenta e o reflexo da luz passa a ser direcionado em direção ao solo, não em direção à objetiva. Claro que eventualmente, se a pessoa balança muito a cabeça a teoria falha e vez por outra algum reflexo aparece, mas a intenção é eliminá-lo no maior número de vezes. A "subida" do refletor por outro lado não pode ser excessiva, para não criar sombras indesejadas no rosto. Ainda há outra forma de corrigir esses reflexos ao utilizarmos na câmera um filtro polarizador. Basta girá-lo até que o reflexo desapareça, lembrando que este tipo de filtro exige uma abertura de diafragma um pouco maior na câmera para manter a mesma exposição, pois ele escurece um pouco a imagem sem essa compensação, e que o mesmo também altera a coloração da imagem, como por exemplo reforçando o tom azul de uma camisa. Luz e Sombra

Uma imagem só existirá se existir luz e sombra: sem um desses 2 elementos, não há

imagem alguma, restando um clarão uniforme ou uma imagem totalmente escura. Mais do que uma técnica, a iluminação é uma arte, através da qual as formas dos objetos e pessoas podem ser modeladas, revelando com maior ou menor intensidade sua tridimensionalidade, sua textura e seu posicionamento junto aos outros elementos à sua volta.

As sombras não devem nunca serem completamente eliminadas - o que causaria o 'achatamento' da imagem - e sim serem controladas. E uma das formas mais eficientes de efetuar este controle é atenuando-as, suavizando a luz que cria as mesmas através da utilização de recursos como filtros difusores colocados sobre os refletores (uma placa grande de acrílico translúcido ('leitoso') colocada a 1 ou 2 palmos de distância da fonte de luz pode fazer esta função, mas podem ser utilizados também outros materiais, como lençóis brancos, cortinas, papéis e similares), caixas do tipo soft-box (uma estrutura em forma de cubo relativamente grande recoberta por tecido branco com a fonte de luz embutida em seu interior pode fazer esta função), reflexão da luz em anteparos colocados próximos à pessoa ou objeto (uma parede branca pode fazer esta função), etc...

Enquanto que no mercado profissional encontram-se folhas de gelatina específicas para este fim, resistentes ao calor gerado pela lâmpada dos refletores, deve-se ter o cuidado, no caso do uso dos materiais alternativos acima descritos, com a proximidade da fonte de calor. Ainda assim, mesmo as gelatinas profissionais devem ser colocadas a uma distância mínima da fonte de calor, sob-risco de se deteriorarem.

A luz ficará mais difusa quanto maior for a distância da fonte de luz da superfície onde a mesma é refratada (no caso da placa de acrílico) ou refletida (no caso da parede), isto porque ao aumentar esta distância aumenta-se a área coberta pelo facho de luz emitido pelo refletor, o que significa que a superfície refratora / refletora torna-se maior: os raios emitidos

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tornam-se mais dispersos, traduzindo-se isto em maior suavidade nas sombras formadas sobre os objetos / pessoas iluminados. Lembrar que quanto mais aberto o facho de luz menor sua intensidade, o que leva a escolher diferentes refletores (potências) conforme o efeito desejado. Além da perda de intensidade, é comum ocorrer também uma variação na temperatura de cor com a abertura do facho de luz, o que exige atenção no batimento do branco. E lembrar que o objetivo dos filtros é corrigir e melhorar a qualidade da luz, não erros de posicionamento da mesma. Simulando Miragem (Ar Quente ou Frio)

Existe uma forma fácil de reproduzir a sensação de ambiente quente (imagem de

deserto): colocar um refletor potente, aceso e voltado de baixo para cima, próximo à câmera e abaixo das lentes. A imagem vista pela câmera passará a ficar tremulada devido ao ar quente que sobe lentamente a partir da superfície do refletor. Com devidas precauções, ao invés do refletor, uma chapa de ferro bem quente ou mesmo um aquecedor de resistência comum ou quartzo pode ser utilizado. Tipos de miragem

Existem dois tipos de miragem as superiores e as inferiores: As “Miragens Inferiores” ocorrem em climas quentes, nelas nos observamos objetos abaixo da sua posição real. Já as “Miragens Superiores” ocorrem em locais frios, nela nos avistamos objetos acima da sua posição real, um exemplo seria avistarmos objetos no mar, lembrando que a terra tem uma curvatura, seria impossível vermos navios ou geleiras a 300 km de distancia mais devido a esse tipo de miragens é possível avistá-los.

Luz solar direta x horário do dia

O pior horário para fazer gravações, principalmente de pessoas, sob luz solar direta, é o horário próximo (antes e depois) do meio dia: nesta situação, a luz do Sol provém de cima, criando sombras e contrastes indesejáveis. Prefira horários como o meio da manhã (entre as 9 e 10 h.) ou da tarde (entre as 14 e 15 h.).

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Luz solar x Luz artificial Refletores com lâmpadas podem ser utilizados com a luz solar, para ajudar a eliminar

sombras p.ex. Neste caso, é importante ajustar a temperatura de cor das mesmas para a luz solar. Lâmpadas incandescentes possuem temperatura de cor inferior à da luz solar: através do uso de gelatinas corretoras sobre as mesmas (cor azul) é possível aumentar sua temperatura de cor, fazendo com que fiquem próximas da temperatura da luz solar. Noite Americana ("American Night", ou "day for nigh t")

Efeito criado e utilizado há anos nos estúdios de Hollywood pode facilmente ser

também utilizado em vídeo: basicamente, consiste em gravar uma cena à luz do dia de modo com que ela pareça ter sido gravada à noite, criando uma "falsa" realidade "noturna". As vantagens, entre outras, são a economia obtida com refletores (energia, locação, montagem, etc...), a maior facilidade de deslocamentos à luz do dia do que à noite e a maior facilidade de manuseio da iluminação proveniente da luz solar do que a iluminação artificial. Para obter este efeito, basta seguir as seguintes regras: a) ajustar o balanço do branco (White Balance) da câmera para luz incandescente; com isso, as imagens, captadas à luz solar, ficarão com um tom azulado, o que torna o efeito convincente, uma vez que a maioria das pessoas associa a luz da Lua a uma luz ligeiramente azulada. Como opção a ajustar o white balance para luz incandescente, pode-se bater o branco manualmente utilizando um cartão amarelo. Ou então simplesmente colocar um filtro azul sobre a objetiva. b) diminuir ligeiramente a exposição da câmera (se a mesma possuir este ajuste manual), de modo a escurecer ligeiramente a imagem. Outra opção neste caso é utilizar um filtro do tipo ND (Neutral Density filter, que escurece a imagem). Neste caso, tem-se a vantagem adicional da diminuição da profundidade de campo (causada pelo aumento da abertura acarretado pelo filtro ND), que pode ser explorada se a intenção for esconder detalhes do fundo. Esta regra melhora o efeito, mas não é imprescindível; assim, se a câmera não possuir este ajuste ou não se possuir o filtro, pode-se seguir adiante. c) evitar áreas de baixo contraste (ex.: sombras); sob a luz lunar, o fundo aparece geralmente escuro e o personagem em primeiro plano claro, ou seja, existe contraste. Debaixo da sombra de uma árvore, por exemplo, este contraste é bem menos perceptível. d) excluir do enquadramento o céu, o Sol, luzes diretas (fogo, lâmpadas) e áreas extensas do solo iluminadas pelo Sol: a luz da Lua, com luar forte, ilumina muitas vezes intensamente o solo, porém não tão intensamente quanto pode parecer com este efeito. Quanto ao céu, se não for possível excluí-lo, um filtro polarizador resolve o problema, escurecendo-o ao máximo: enquanto que de dia o céu é mais claro do que os objetos, pessoas e construções na Terra, à noite ocorre o inverso, é mais escuro. Outra opção ao filtro polarizador é um filtro dividido em duas partes horizontalmente, a superior escura e a inferior não: basta alinhar a 'emenda' com a linha do horizonte e elevar esta linha no enquadramento de modo que a ação fique sempre abaixo dela. Quanto às luzes, o motivo é porque à luz do dia, uma lâmpada acesa é captada com luz “lavada”; ao escurecer a imagem, a luz também escurece, prejudicando o efeito do truque.

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e) iluminar os atores (luz solar direta ou refletida) preferencialmente pelo lado ou por trás. Isto ajuda a tornar o efeito mais convincente: as pessoas imaginam sempre que a luz da Lua, por ser 'menor' do que a do Sol vem de um ponto localizado e não ilumina extensamente por todos os lados como a do Sol. A luz do Sol no início do dia ou no final do dia atende este pré-requisito. f) a luz de uma lâmpada incandescente (e não a própria lâmpada) vista através da janela de uma casa, por exemplo, ajuda a tornar o efeito mais convincente: devido ao balanceamento feito, a luz parecerá branca, enquanto tudo à volta terá tom azulado. g) se for desejado, a Lua pode ser incluída na cena na fase de edição, especialmente se for utilizada edição digital; no entanto, na maioria das vezes não é necessária sua inclusão para que o efeito torne-se convincente. Além disso, a inclusão de efeitos especiais deste tipo geralmente degrada a qualidade da imagem final. Paredes e muros Coloridos

Deve-se sempre ser observada a presença no local de gravação de paredes e muros

fortemente coloridos. A luz refletida pelos mesmos altera a temperatura de cor da imagem gravada, assim, é fundamental o ajuste correto do balanço de cor (bater o branco). Refletor de papel Alumínio

Um refletor simples pode ser construído com papel alumínio, cartolina e cola. Após

recortar a cartolina com o tamanho desejado, colar o papel alumínio sobre a mesma. Eventuais trechos não uniformes (amassados) não causarão problema, aliás, a dica é antes de colar as folhas de alumínio, amassá-las (suavemente, pouco e com cuidado para não rasgarem) e depois esticá-las (também pouco, não completamente): isso ajuda a tornar as reflexões mais difusas e portanto mais uniformes. Posição e Operação de Refletores

Refletores muito potentes (Tungstênio, HMI ou Xenônio com mais de 5.000W) não devem ser nunca operados voltados completamente para cima: a lente de vidro existente no mesmo bloqueia a ventilação da lâmpada, impedindo a saída do ar quente para cima. Com isso, pode ocorrer superaquecimento do refletor com riscos de danos ao vidro por exemplo. Vidro Protetor de refletores HMI

Lâmpadas de descarga (como as fluorescentes e as HMI), emitem luz do tipo UV (radiações UV-A, UV-B e UV-C, invisíveis ao olho humano) em seu interior, que se transforma em luz visível ao atingir a camada de fósforo que recobre internamente o bulbo das mesmas. Porém nem toda radiação UV é retida pela camada de fósforo e o vidro do bulbo e assim, um pouco desta radiação passa para o lado externo da lâmpada. Isso ocorre em escala muito pequena nas lâmpadas fluorescentes. No entanto, nas do tipo HMI, cuja potência é muitas vezes maior, também é muito maior a quantidade de radiação UV emitida para o lado externo da lâmpada. As radiações UV-A, UV-B e UV-C são nocivas ao ser humano (olhos, pele): assim, nunca deve-se retirar a lente protetora de vidro que recobre refletores com estas lâmpadas durante seu funcionamento. Ela filtra as radiações UV, bloqueando-as.

Ronaldo Morant

Posição do Sol durante a gravação Quando a gravação vai ser feita sob luz solar direta, verificar sempre se existe a opção

de mudar a posição dos objetos/pessoas/câmera, de forma que a luz do Sol propicie harmonia no jogo de luzes e sombras. Assim, em uma gravação em que a câmera é apontada frontalmente para o objeto/pessoa, o Sol iluminando os mesmos por trás é ruim, assim como diretamente pela frente (iluminando as costas do operador da câmera). O melhor posicionamento é dispor o objeto/pessoa de modo que a luz solar ilumine-os lateralmente, mas um pouco deslocada para frente. Sol e temperatura de cor da luz durante a gravação em gravações feitas logo após o nascer ou logo antes do pôr-do-Sol

É necessário efetuar o ajuste do write-balance (bater o branco) com bastante

frequência, pois a temperatura de cor da luz solar muda rapidamente nessas ocasiões. A intensidade da mudança aumenta com a aproximação do momento do pôr-do-Sol e diminui com o afastamento do momento do nascer do Sol. Se esses reajustes não forem feitos, uma eventual edição posterior poderá acabar colocando lado a lado cenas com coloração ligeiramente diferente. Suavizando a luz solar direta

A luz solar direta é uma luz muito 'dura', acarreta sombras pronunciadas, não tem a

característica 'soft' de suavidade na iluminação, especialmente nos horários próximos do meio dia. No entanto, se não for possível gravar nesta situação na sombra, existem artifícios simples que podem ajudar bastante a corrigir a característica deste tipo de iluminação. Um deles é estender sobre a pessoa ou assunto a serem focalizados um lençol branco, ou ainda um plástico ou acrílico translúcido: com isso, os raios solares se difundirão e a iluminação resultante suavizará sombras, tornando-se mais agradável como um todo. Corrigindo Vidros Rayban ao efetuar gravações em salas s escritórios com grandes Áreas Envidraçadas

É possível deparar-se com vidros de tonalidade ligeiramente esverdeada, como os vidros do tipo ray-ban. Às vezes o tom esverdeado pode ser muito sutil, e, como a vista humana adapta-se facilmente a situações de variação de temperatura de luz, pode passar despercebido. Uma boa prática sempre é bater o branco antes de qualquer gravação, mas, se por algum motivo isso não foi feito em um local desse tipo, uma tonalidade ligeiramente esverdeada na imagem será percebida no momento da edição, devendo então ser corrigida. A maneira mais simples é acessar o controle de intensidade das cores básicas RGB na imagem e diminuir ligeiramente (pouco) o verde. Ou então efetuar o ajuste digital do branco, existente em alguns programas - vide a dica "balanço do branco na pós-produção". O primeiro, nessa situação, pode ser mais preciso, por contar com o feeling do olho humano durante o ajuste. A forma mais fácil de notar o problema é prestar atenção à pele das pessoas, carente de um tom mais avermelhado (que sugere saúde, ao contrário do tom esverdeado, que sugere doença - esta cor é inclusive usada tradicionalmente em quadrinhos coloridos para representar esta situação).

Ronaldo Morant

Suavizando luz em interiores Em algumas cenas gravadas em interiores, pode fazer parte da cena um abajur sobre

uma mesa ou um lustre suspenso sobre as pessoas. Tanto em um como em outro, a presença de uma lâmpada acesa confere maior interesse à cena, apesar do uso de refletores de modo geral. Ou seja, o lustre atua como um elemento de cena, não como auxiliar na iluminação. No entanto, muitas vezes a potência de sua lâmpada pode atrapalhar ao invés de ajudar, fazendo com que, para que a exposição correta seja obtida, a luz do lustre tenha que ficar super-exposta. Se a alternativa escolhida for manter o lustre aceso, pode-se lançar mão de um truque: trocar a lâmpada do mesmo, por uma de potência bem menor. Assim, pode ser útil ter na bagagem a ser levada em gravações externas, uma ou duas lâmpadas comuns de pequena potência (25W). Só não se deve esquecer-se de verificar a voltagem do local antes da troca. Variação de uma mesma paisagem ao longo do dia

Se houver oportunidade, uma dica é

procurar extrair diferentes "climas" de uma mesma paisagem. Durante o decorrer do dia, a temperatura da luz natural do Sol que ilumina a paisagem vai mudando, é menor ao amanhecer / entardecer e mais alta próximo do meio dia (algumas horas antes e depois). Somado à esse fato, o próprio Sol muda de posição, variando bastante as dimensões das sombras e áreas iluminadas, conforme o ângulo de incidência de seus raios. Com isso variam também os reflexos desses raios, que passam a ser emitidos a partir de superfícies antes não iluminadas, superfícies estas que podem possuir as mais diversas cores e texturas.

Outros fatores também entram no jogo das alterações: a névoa da manhã, a neblina, a passagem ocasional de nuvens, a poeira no ar, a chuva, a iluminação artificial à noite e outros. Levando-se em consideração que esses fatores todos somam-se e interagem uns com os outros, tem-se uma diversidade considerável de tonalidades, brilhos, cores e nuances de uma mesma paisagem, não só ao longo do dia, como dos meses também (decorrentes de mudanças na posição do Sol, da vegetação e do clima em função das estações do ano).

Ao escolher uma paisagem para servir de cenário para uma gravação, sendo possível não efetuar as gravações no mesmo dia e sim retornar em diferentes horários ao local, para observar, dentre as várias diferentes "paisagens", qual a que melhor traduz o "clima" desejado. Observar as áreas de sombras, a posição do Sol (que pode indicar a necessidade de refletores / rebatedores), os fortes contrastes luz / sombra (sempre geralmente ruins), o ângulo de incidência do Sol na paisagem e nas eventuais pessoas e objetos a serem gravados em primeiro plano e outros elementos pode fazer uma diferença significativa na qualidade final do trabalho.

de permitir um espaço de ar para a ventilação. Coloque as luzes em um ángulo de 45° em relação ao objeto a ser iluminado. Depois, também coloque um filtro Polarizador Circular de cristal na objetiva da câmera, gire os anéis do filtro da cámara até que o brilho diminua ou desapareça.

Ronaldo Morant

Iluminação Clássica Masculina e Feminina (Iluminando o homem e a mulher)

Os rostos do homem e da mulher devem ser iluminados de modos diferentes, para se extrair o máximo da beleza deles, explorando suas características e diferenças físicas.

A iluminação mais apropriada para o

rosto do ator Guy Willians é o posicionada em ângulos Laterais, pois assim é possivel relaçar a beleza e a força do rosto masculino realçando as marcas de expressão na face.

Já a iluminação para o rosto da atriz June Lockhart, foi prefencialmente em ângulos mais Frontais. Com isso se obteve um rosto com baixo contraste e bem iluminado, realçando a beleza e os contornos da face feminina, limpando a pele e suavizando as marcas de expressão.

Variações desse tipo de Iluminação

Quando você tem uma personagem feminina em uma história que a envolva em uma atitude de força, lutas ou muito esforço, a iluminação utilizada pode ser a masculina, pois daí poderá gerar mais fibra e temperança a personagem

Quando você tem um personagem masculino de idade avançada, mas em uma história que ele deva aparecer mais jovial do que sua verdadeira idade, use a iluminação mais feminina, pois trará um ar de juventude ao rosto daquele ator/personagem velho.

Cenas da Série de TV “Perdidos no Espsço” – 1965.

Jenette Goldstein como a soldado J. Vasquez no filme “Aliens – O

Resgate”

O ator Leslie Nielsen quando trabalhou no filme “Corra que a polícia vem aí” já estava com mais de 70 anos de idade.