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1 Sair Goiânia 8 a 12 de outubro 2011 O RELEVO DE TERESINA, PI: COMPARTIMENTAÇÃO E DINÂMICA ATUAL THE RELIEF OF TERESINA: SUDVISION AND CURRENT DYNAMIC Iracilde Maria de Moura Fé Lima 1 Introdução O município de Teresina localiza-se na porção centro-norte do Estado do Piauí (Figura 1), apresentando uma área de 1.392,0 Km² e uma população residente de 814.230 habitantes, dos quais 94,3% encontram-se na área urbana (IBGE, 2010). Destaque-se que em 2005, foram desmembrados 363,6Km² de sua área para formar o município de Nazária, porém ainda existem questões de fronteira a serem resolvidas. Teresina se encontra em parte da área de pequenas bacias hidrográficas Di- fusas do Médio Parnaíba e do rio Poti, sendo que o Parnaíba corresponde ao nível de base regional e em sua bacia encontram-se 90% da área piauiense. É banhado pelo rio Parnaíba em toda sua extensão Norte-Sul, num percurso de 83,408 Km forman- do o limite oeste com o Maranhão, sendo o trecho da área urbana de 26,311 Km de extensão. O rio Poti, seu maior afluente neste município, apresenta um extensão de 55,48 Km, estando 24,48 Km na área urbana. Ao atravessar a cidade de Teresina o Poti encontra-se no seu baixo curso, apresentando traçado fortemente meandrante até sua foz no Parnaíba, contornando os morros residuais sustentados por depósitos de “massará”. Os demais rios/riachos afluentes do Paraíba e do Poti apresentam pequena extensão tendo, em sua maioria, suas nascentes dentro do próprio município. Vários deles deságuam na área urbana e são canalizados em galerias pluviais, para onde con- vergem também muitos esgotos residenciais de áreas não contempladas com o esgo- tamento sanitário dessa Capital. Este fato provoca problemas socioambientais, como inundações e isolamento de ruas por forte erosão/desabamentos na pavimentação urbana, principalmente nos anos de ocorrência de maiores índices pluviométricos. Destaque-se que, com a expansão da cidade, muitas lagoas formadas nos terraços desses rios vão sendo aterradas para uso urbano, agravando os problemas sanitários e habitacionais da população. Resumo: Este trabalho apresenta um mapeamento do relevo do município de Teresina-PI, em primeira aproximação, tendo como base a gênese e a morfologia do modelado do relevo. Para sua caracterização inicial buscou-se identificar as relações entre as formas de relevo locais e elementos lito-estruturais e climáticos, os tipos de solos e a organização da drena- gem. O município encontra-se localizado na porção centro-norte do estado do Piauí, na Província geológica denominada Bacia do Parnaíba, de idade Paleo-Mesozóica. Apresenta clima tropical sub-úmido e abrange pequenas porções das bacias hidrográficas Difusas do Médio Parnaíba, do rio Poti e das Bacias Difusas do Baixo Parnaíba. É banhado em toda sua extensão Norte-Sul pelo rio Parnaíba, nível de base regional, em cuja bacia encontra-se 90% da área piauiense, aproximadamente. Palavras-chave: Mapeamento. Unidades de relevo. Declividade. Abstract: is paper presents a mapping of the relief of Teresina, initially, it is based on ge- nesis and morphology of the patterned relief. For its characterization sought to identify the relations between the local forms of relief, litho-structural and climate elements, soil types and the organization of draining. e municipality is located in the central-northern por- tion of Piauí state, at geological province known as Parnaíba Basin which is Paleo-Mesozoic age. It presents tropical sub-humid climate and covers small portions of hydrographic difu- sed basin of Médio Parnaíba, from Poti river and from hydrographic diffuse basins of Baixo Parnaíba. It is bathed in its north-south length by Parnaíba river, level of regional base, whose basin is in 90 % of Piauí area,approximately. Keywords: Mapping. Reliefs Units. Slope.

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O RELEVO DE TERESINA, PI: COMPARTIMENTAÇÃO E DINÂMICA ATUAL

THE RELIEF OF TERESINA: SUDVISION AND CURRENT DYNAMIC

Iracilde Maria de Moura Fé Lima1

Introdução

O município de Teresina localiza-se na porção centro-norte do Estado do Piauí (Figura 1), apresentando uma área de 1.392,0 Km² e uma população residente de 814.230 habitantes, dos quais 94,3% encontram-se na área urbana (IBGE, 2010). Destaque-se que em 2005, foram desmembrados 363,6Km² de sua área para formar o município de Nazária, porém ainda existem questões de fronteira a serem resolvidas.

Teresina se encontra em parte da área de pequenas bacias hidrográficas Di-fusas do Médio Parnaíba e do rio Poti, sendo que o Parnaíba corresponde ao nível de base regional e em sua bacia encontram-se 90% da área piauiense. É banhado pelo rio Parnaíba em toda sua extensão Norte-Sul, num percurso de 83,408 Km forman-do o limite oeste com o Maranhão, sendo o trecho da área urbana de 26,311 Km de extensão. O rio Poti, seu maior afluente neste município, apresenta um extensão de 55,48 Km, estando 24,48 Km na área urbana. Ao atravessar a cidade de Teresina o Poti encontra-se no seu baixo curso, apresentando traçado fortemente meandrante até sua foz no Parnaíba, contornando os morros residuais sustentados por depósitos de “massará”.

Os demais rios/riachos afluentes do Paraíba e do Poti apresentam pequena extensão tendo, em sua maioria, suas nascentes dentro do próprio município. Vários deles deságuam na área urbana e são canalizados em galerias pluviais, para onde con-vergem também muitos esgotos residenciais de áreas não contempladas com o esgo-tamento sanitário dessa Capital. Este fato provoca problemas socioambientais, como inundações e isolamento de ruas por forte erosão/desabamentos na pavimentação urbana, principalmente nos anos de ocorrência de maiores índices pluviométricos. Destaque-se que, com a expansão da cidade, muitas lagoas formadas nos terraços desses rios vão sendo aterradas para uso urbano, agravando os problemas sanitários e habitacionais da população.

Resumo: Este trabalho apresenta um mapeamento do relevo do município de Teresina-PI, em primeira aproximação, tendo como base a gênese e a morfologia do modelado do relevo. Para sua caracterização inicial buscou-se identificar as relações entre as formas de relevo locais e elementos lito-estruturais e climáticos, os tipos de solos e a organização da drena-gem. O município encontra-se localizado na porção centro-norte do estado do Piauí, na Província geológica denominada Bacia do Parnaíba, de idade Paleo-Mesozóica. Apresenta clima tropical sub-úmido e abrange pequenas porções das bacias hidrográficas Difusas do Médio Parnaíba, do rio Poti e das Bacias Difusas do Baixo Parnaíba. É banhado em toda sua extensão Norte-Sul pelo rio Parnaíba, nível de base regional, em cuja bacia encontra-se 90% da área piauiense, aproximadamente.

Palavras-chave: Mapeamento. Unidades de relevo. Declividade.

Abstract: This paper presents a mapping of the relief of Teresina, initially, it is based on ge-nesis and morphology of the patterned relief. For its characterization sought to identify the relations between the local forms of relief, litho-structural and climate elements, soil types and the organization of draining. The municipality is located in the central-northern por-tion of Piauí state, at geological province known as Parnaíba Basin which is Paleo-Mesozoic age. It presents tropical sub-humid climate and covers small portions of hydrographic difu-sed basin of Médio Parnaíba, from Poti river and from hydrographic diffuse basins of Baixo Parnaíba. It is bathed in its north-south length by Parnaíba river, level of regional base, whose basin is in 90 % of Piauí area,approximately.

Keywords: Mapping. Reliefs Units. Slope.

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Figura 1 – Localização do município de Teresina (PI) no estado do Piauí

A baixa vazão que o rio Poti apresenta durante mais da metade do ano resulta do fato de que ao longo do percurso no alto e no médio cursos atravessa regiões de clima semi-árido, com a média das precipitações anuais entre 600 e 800mm, con-centradas em 3 ou 4 meses do ano, e somente ao se aproximar de Teresina, trecho final de seu baixo curso, é que atravessa área de clima sub-úmido, com médias anuais de precipitação acima de 1.000 mm anuais, concentradas em cinco a seis meses do ano. Sendo a erosividade das chuvas um dos principais fatores naturais responsáveis pela erosão dos solos, esse dado deve ser considerado, pois o regime de chuvas sendo concentrado, com chuvas torrenciais de até 100 mm em poucas horas, e com totais pluviométricos anuais distribuídos em poucos meses, confere um alto poder de ero-sividade nessa região.

Segundo a classificação de Köppen, o clima de Teresina corresponde ao tipo Tropical com chuvas retardadas para outono (Aw’), tendo apresentado para o período

1980-2006 os seguintes índices de média anual de precipitação de 1.350 mm; de eva-potranspiração de referência 4,9 (Penman Monteith - mm); 28,4 °C de temperatura e 72% de umidade relativa do ar. Considerando a classificação de Tornthwaite e Mather (1955), o clima de Teresina é caracterizado como sub-úmido seco, megatérmico, com excedente hídrico moderado no verão e uma concentração de 32,1% da evapotrans-piração potencial no trimestre setembro-outubro-novembro. Para o período de 1980 a 2007 foram encontrados os índices de Aridez de 55,5%, o de umidade de 13,3% e o índice hídrico de 20% (BASTOS; ANDRADE JR., 2007).

A estrutura geológica sobre a qual esse município se encontra corresponde à porção centro-oriental da Bacia Sedimentar do Parnaíba, aflorando nessa área for-mações datadas do Paleozóico ao início do Mesozóico, com intrusões de diabásio, do período Jurássico. A formação topograficamente mais rebaixada corresponde à For-mação Piauí, datada do Carbonífero. A sua porção inferior compõe-se de bancos es-pessos de arenito fino a médio, pouco argiloso, róseo avermelhado, sub-arredondado, enquanto sua parte superior é formada predominantemente por uma sequência de folhelhos e argilitos de cor variegada com intercalações de dolomito. Essa Formação aflora nos níveis mais baixos do município, ao longo dos vales dos rios Parnaíba e de seu afluente Poti, em faixas que se alargam nos trechos de curvas meândricas, e que se estreitam nos segmentos mais retos dos canais desses rios. Aflora ainda nos vales dos afluentes do Parnaíba: Riacho São Vicente (extremo norte do município) e riachos Lages e Fundo (extremo sul do município), desde cerca de 50 a 70 metros, ora sob planícies e terraços fluviais de 50 a 70 metros de altitude, aproximadamente, ora como morrotes residuais que alcançam até 120 m de altitude.

Sobreposta à Piauí, encontra-se a Formação Pedra de Fogo (datada do Per-miano) aflorando de norte a sul, em cerca de 60% da área do município de Teresina. Compõe-se predominantemente por bancos espessos de folhelho e siltito, com inter-calações de chert silexito e evaporitos de coloração variegada. Esse pacote de rochas encontra-se nos níveis de 100 ou 120 até cerca de 240 metros de altitude, em áreas retrabalhadas pela drenagem, isolando morros residuais. A Formação Pastos Bons (datada do Triássico) corresponde a superfícies de cimeira, numa pequena área a su-deste do município, atingindo até 250 m. Compõe-se de siltito e folhelho de coloração variegada, intercalados por camadas delgadas de arenito argiloso e encontra-se como camada de cobertura nos divisores topográficos dos grandes riachos da região Sudeste do município: do Macaco e Fundo. Nessa porção do município ocorrem ainda solei-ras e diques de diabásio cortando as formações sedimentares pré-existentes (CPRM, 2006; CORREIA FILHO, 1997). Em trabalhos de campo observa-se que o diabásio

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aflora em significativa mancha dessa rocha aflorando entre as formações Pedra de Fogo e Pastos Bons, ora em blocos de rochas visíveis no piso das estradas vicinais, ora nos solos cultivados com pastagens, nas bacias dos riachos Fundo e das Lages.

Na região sul do município o diabásio e os arenitos são explorados e comer-cializados para a construção civil. Também as argilas são exploradas como matéria-prima para a fabricação de telhas e tijolos, em escala industrial.

Em vários pontos, de norte a sul do município, encontram-se faixas descon-tínuas de elevada concentração de seixos, de granulações que variam de 0,5 a 5 cm, cimentados com areias e argilas, igualmente exploradas como material de construção. Ocorrem como depósitos de cobertura desde os terraços aluviais até 150 metros de altitude, dando maior coesão e resistência aos materiais, retardando assim o efeito dos processos erosivos, mantendo os níveis dos morrotes residuais. Muitos desses morros formam divisores topográficos de pequenos afluentes dos rios Parnaíba e Poti e são cada vez mais rebaixados pelo crescente processo de ocupação urbana, na cidade de Teresina. Localmente são denominados de “massará” e são intensamente utilizados como material de construção civil (VIANA et. al, 2010).

Na área urbana os morros residuais baixos do interflúvio Poti/Parnaíba, an-tes chamados Chapada do Corisco, chegam até próximo da foz do Poti, no Parnaíba, onde seu topo apresenta-se com cerca de 90 metros de altitude, na área do Parque da Cidade e arredores, tendo um nível de base local em torno de 55m, na barra do Poti (LIMA, 2002). Moreira (1972) destaca que as topografias que descem suavemente da parte mais elevada do interflúvio Poti/Parnaíba não constituíram obstáculo ao cresci-mento da cidade em direção da chapada, ao contrário, e que as elevações decrescendo de sul para norte, favoreceram a sua inicial expansão nessas direções.

Objetivos

Este trabalho objetiva elaborar um mapeamento do relevo do município de Teresina-PI, em primeira aproximação, partindo-se da identificação de unidades de relevo e sua caracterização morfológica, e identificar aspectos de sua dinâmica atual, a partir das relações entre o relevo e elementos lito-estruturais e climáticos, as redes de drenagem e os tipos de solos dessa área.

Referencial teórico e conceitual

Os mapas geomorfológicos são elaborados para representar o relevo terres-tre. Para tanto, concordam os geomorfólogos, a unidade de relevo deverá ser homo-

gênea e sua natureza associada ao modelo de análise escolhido e à escala adequada ao objetivo do mapeamento. Atualmente existe uma grande diversidade de modelos de mapas geomorfológicos devido à complexidade inerente à sua representação e ao próprio interesse dos geomorfólogos de cada país, bem como à própria diversidade de formas de relevo encontradas na várias regiões estudadas.

Assim é que os sistemas de mapeamento geomorfológico russo, polonês e o da antiga Checoslováquia estão entre aqueles que trabalham com o modelo das formas, no qual as unidades básicas são as morfoestruturais, fundamentadas na morfologia, enquanto sistemas como o britânico e o francês aplicam o modelo dos elementos do relevo [...] e os americanos têm se interessado principalmente por mapeamentos de feições específicas da paisagem (FLORENZANO, 2008, p. 106-7).

Com o avanço da tecnologia, os geomorfológicos passaram a utilizar cada vez mais as técnicas de sensoriamento remoto e de geoprocessamento, uma vez que permitem realizar observações sobre as variações altimétricas e a configuração es-pacial do relevo, bem como realizar cálculos de índices de declividades, de disseca-ção, etc., com maior rapidez e confiabilidade na representação. Sobre isto Assunção e Hadlich (2009, p. 3488) destacam que o Projeto SRTM (Shuttle Radar Topography Mission), um dos Modelos Digitais de Elevação (MDE) mais utilizados, atualmente, representa a primeira experiência de interferometria a bordo de uma nave espacial (EUA em 2000) e que para a América do Sul a precisão vertical é de 6,2m e a horizon-tal de 9m, estando os dados sobre o território brasileiro processados pela EMBRAPA (MIRANDA, 2005) e disponíveis segundo a articulação das folhas topográficas, em escala de 1:250.000.

A importância da compartimentação topográfica no estudo do relevo se deve principalmente ao fato de que

[...] evidencia o resultado das relações processuais e respectivas implicações tectôni-co-estruturais registrado ao longo do tempo, considerando o jogo das componentes responsáveis pela elaboração e re-elaboração do modelado, em que as alternâncias climáticas e as variações estruturais tendem a originar formas diferenciadas (CAS-SETI, 2005).

Considerando que a compartimentação e a evolução das formas de relevo ocorrem na superfície, os elementos litoestruturais devem ser estudados para com-preensão do comportamento dos processos sobre esses materiais. Considerando ainda que a estrutura geológica compõe-se do arranjo de elementos como grupos minerais e rochas e falhas, dobras, diques, a identificação e análise dos tipos e da

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distribuição das rochas e a presença, ou não, dos demais elementos estruturais é feita através da observação de cortes geológicos e colunas estratigráficas. Essa coluna se compõe de unidades geocronológicas que, no caso de bacias sedimentares possibilita o entendimento da origem e das sucessões sedimentares, bem como dos processos e ambientes de sedimentação.

O estudo da estratigrafia também possibilita estabelecer relações entre rochas e outros elementos estruturais ajudando a resgatar a história da evolução geológica em nível local, regional e até mundial (BIGARELLA, 2007). A passagem do tempo desde o início da formação da Terra encontra-se dividido em unidades geocronológi-cas, medidas em milhares e milhões ou de anos, seguindo a seguinte hierarquia: Eons, Eras, Períodos, Épocas e Idades. Já a unidade litoestratigráfica corresponde a um con-junto de rochas ou uma rocha caracterizada pelas suas propriedades litológicas e a sua posição estratigráfica em relação a outras rochas. A unidade básica da litoestratigrafia denomina-se Formação.

Desta forma, os depósitos de sedimentos que se sobrepõem às unidades lito-estratigráficas mais antigas, tanto em áreas elevadas quanto deprimidas, são os mais novos. Os depósitos associados a drenagens de idades Pleistocênica ou Holocênica, constituem os aluviões Quaternários, enquanto os depósitos de encostas e divisores topográficos são de idades Terciárias ou, localizadamente, Quaternárias. Todos esses depósitos correspondem aos chamados depósitos de cobertura (BARTORELLI; HA-RALYI, 1998, p. 19).

O estudo da morfologia fluvial envolve os tipos de leitos e formas dos vales por onde flui a drenagem. E, como destaca Lima (2006), os diferentes tipos de canais podem ter seus percursos modificados principalmente por fatores climáticos ou tec-tônicos, podendo ser identificadas alterações de posições das barras ou do próprio curso. Assim, a drenagem guarda uma forte relação com a estrutura geológica, com o clima e com o relevo de uma região, correspondendo a uma das importantes variáveis nos estudos geomorfológicos.

Considerando a forte relação dos solos com o relevo de uma área, torna-se importante identificar a espacialização dos tipos de solos por unidade de relevo, a fim de estabelecer suas relações principalmente com a dinâmica da paisagem. Os estudos dos processos erosivos têm realçado essa relação solo x relevo, uma vez que o uso inadequado dos solos tem ampliado os problemas relacionados ao assoreamento de rios, à redução da capacidade de infiltração e à instalação de voçorocas (BERTO-LANI; VIEIRA, 2001). Bertol et al. (2002) destacam a importância das chuvas no processo de erosão dos solos, considerando que elas passam a ser erosivas a partir de

dez milímetros precipitados num período máximo de quinze minutos. Já Lepsch et al. (1991) e Guerra (2001) consideram ser mais adequado o critério de avaliação do risco de erosão sob cultivo, levando em conta a erodibilidade dos solos e as classes de declividades do relevo. Esses autores consideram que deve ser dada especial atenção à intensidade máxima das chuvas em 30 minutos e a sua relação com o desgaste erosivo provocado no solo.

Estudando essa questão, Ross (2000) estabeleceu cinco classes de fragilidade ou de erodibilidade das terras, de acordo com os tipos de solos considerando o esco-amento superficial, indicadas no Quadro 1:

Quadro 1 - Classes de fragilidade, segundo a tipologia dos solos, considerando o escoamento superficialClasses de fragilidade Tipos de solos

1 – Muito Baixa Latossolo Roxo, Latossolos Vermelho-Escuro e Latossolos Vermelho-Amarelo textura argilosa

2 - Baixa Latossolo Amarelo e Latossolos Vermelho-Amarelo textura média/argilosa

3 - Média Latossolos Vermelho-Amarelo, Nitossolos, Argissolos Vermelho-Amarelo textura média/argilosa

4 - Forte Argissolo Vermelho-Amarelo textura média/arenosa e Cambissolos

5 – Muito forte Argissolo com cascalhos, Neossolos Litólicos e Neossolos Quartzarênicos Órticos.

Fonte: Ross (2000).

Metodologia utilizada

Neste estudo serão utilizados mapas temáticos como base de dados, como o de Reconhecimento de Solos de Teresina (MORAES, 2004) e o do DSG (1973), ambos na escala de 1:100.000 e o mapa geológico do Piauí (BRASIL, CPRM, 2006) na escala de 1:1.000.000. Como forma de suprir a inexistência de trabalhos geológicos dessa área em escala mais detalhada. Serão consultadas as coluna estratigráficas dos relatórios de perfuração de poços profundos (CPRM, 1983-2006) para identificar as formações que afloram no município de Teresina e identificar se ocorre mergulho das formações geológicas em direção à calha do rio Parnaíba obedecendo ao padrão do mergulho regional das demais formações – da borda oriental para o centro da bacia sedimentar do Parnaíba, ou seja o sentido Leste-Oeste nessa porção leste-centro da bacia. Também serão utilizadas imagens de satélite da EMBRAPA (MIRANDA, 2005) e malhas digitais do IBGE (2007), disponíveis online, bem como os relatórios estratigráficos de poços profundos citados. Esses mapas e imagens serão trabalhados

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nos programas ArcGis (versão 9.2) e Global Mapper (versão 10.0), de maneira a se identificar as relações dos níveis topográficos das formas de relevo, com os elementos litoestratigráficos das formações geológicas e do clima, a espacialização dos diferentes tipos de solos e a incisão da drenagem. Será elaborado um mapa de classes de decli-vidade das encostas, tendo em vista que é a topografia do terreno, especialmente a declividade, o principal condicionador de sua capacidade de uso. Optou-se pelos in-tervalos definidos pela EMBRAPA (1999), descritos no Quadro 2, por ser a instituição brasileira que desenvolve pesquisas aplicadas diretamente relacionadas ao uso produ-tivo dos solos e, assim, através de manipulação numérica do mapa MNT, obteve-se o mapa de classes de declividade do relevo do município de Teresina.

Quadro 2 – Classes de Declividades do Relevo

Tipo de relevo Declividade (%)

Plano 0 a 3

Suave ondulado 3 a 8

Ondulado 8 a 20

Forte ondulado 20 a 45

Montanhoso 45 a 75

Escarpado Acima de 75Fonte: EMBRAPA (1999).

As inspeções de campo tiveram caráter exploratório, observando-se de forma geral as formas de relevo, o comportamento da drenagem e a localização de depósi-tos superficiais de seixos que ocorrem em todo o município e áreas adjacentes e que são intensamente utilizados como material da construção civil. A continuidade do trabalho permitirá a análise da variação espacial entre elementos da declividade das encostas, sua relação com a litologia e com os solos, assim como o comportamento/dinâmica das formas de relevo, nos diferentes conjuntos de relevo mapeados nesta etapa da pesquisa.

Principais questões / Pontos Desenvolvidos

Partindo-se da hipótese de que os elementos litoestruturais têm grande in-fluência espacial sobre as características das formas de relevo e sobre sua dinâmica, buscou-se no referencial teórico-metodológico e observações de campo elementos para discussão e encaminhamento que levarão a respostas às questões: Haveria um

forte controle litoestrutural condicionante do padrão de gênese e da evolução do re-levo? Como as dinâmicas dos climas e da drenagem se refletem nas formas de relevo? A litologia, as unidades de relevo e os solos exercem grande influência na distribuição da água da área estudada?

O Relevo de Teresina, PI: resultados alcançados

Como resultados preliminares deste estudo encontram-se: a elaboração de um mapa de relevo do município de Teresina-PI (Figura 2); a organização de um mapa de classes de declividades dos conjuntos das formas de relevo mapeados (Figura 3).

Com relação drenagem observou-se que, em termos regionais da mesma, que o relevo segue a direção geral do mergulho das formações geológicas da bacia se-dimentar do Parnaíba, na região Leste-Oeste até o rio Parnaíba, no espaço piauiense. Tomando como referência as colunas litoestratigráficas de poços tubulares do mu-nicípio de Teresina e arredores (CPRM, 1981-86), verificou-se que o mergulho da Formação Pedra de Fogo (no seu limite inferior) na porção centro do município de Teresina (em 19,5 Km, do limite do município a calha do rio Parnaíba, no sentido E-W) é de 0,05%, enquanto o valor do mergulho, desde a borda dessa bacia sedimen-tar para o seu interior, até a calha do rio Parnaíba varia de 5 a 12% (RADAM, 1973). Verificou-se ainda que de Norte ao Sul do Município de Teresina a Formação Pedra de Fogo predomina como base das grandes unidades ou conjuntos de relevo, a exce-ção das planícies e terraços fluviais que são elaboradas tendo como base a Formação Piauí, e de parte do extremo Sudeste do município que tem sua superfície de cimeira elaborada nas rochas da Formação Pastos Bons.

Destaque-se que, a exemplo da identificação de Lima (1990, p.668), de uma possível estrutura anômala formada por um conjunto de formas tabulares ao nor-te de Teresina que, pela interpretação em imagens, assemelha-se a morfoestruturas do tipo anticlinal e sinclinal, mas que correspondem a formas erosivas em níveis re-sistentes de chert, presente na Formação Pedra de Fogo. Observam-se formas com essas mesmas características bem definidas nas imagens consultadas, ocorrendo nas porções centro-sul e sudeste do município. Nesses pontos observa-se uma forte re-lação da drenagem com a litologia local, formando um padrão de drenagem radial convergente.

Na porção sul do município a direção geral predominante dos rios e riachos afluentes do Parnaíba (pertencentes às Bacias Difusas do Médio Parnaíba) é de Sudes-te/Noroeste, apresentando Padrão de Drenagem Paralelo, considerado pela literatura

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como freqüente em rochas sedimentares; enquanto na porção centro do município os riachos de maior extensão são afluentes do Poti e apresentam direção geral de SE-NW, mantendo também de forma predominante o Padrão de Drenagem Paralelo. Na porção norte o Poti e pequenos riachos drenam diretamente para o Parnaíba (parte das Bacias Difusas do Baixo Parnaíba), apresentando a direção geral de E-W de for-ma predominante, mantendo ainda o Padrão Paralelo.

O mapa de relevo (Figura 2) identifica unidades de relevo, com base na gêne-se e morfologia do modelado, conforme se observa na respectiva legenda:

1ª) Planícies e Terraços Fluviais. Compreende as feições de acumulação por processos fluviais sobre a formação Piauí, com desenvolvimento de solos em faixas descontínuas ao sul e de forma contínua ao norte da cidade de Teresina, em faixas de 50 a 70 m de altitude. Na área central da cidade, na margem do rio Parnaíba, encontram-se aluviões que variam de 5 a 15 m de profundidade sobre a Formação Piauí (4TE-16,17e 41-PI). Predominam solos do tipo NEOSSOLOS FLÙVICOS EU-TRÒFICOS A moderado textura média Floresta Dicótilo-Palmácea (babaçual) e Flo-resta Ciliar de Carnaúba (MORAES, 2004);

2ª) Superfície Intensamente Retrabalhada pela Drenagem com Morros Residu-ais. Corresponde as formas modeladas sob intensos processos erosivos, diretamente sobre a formação Pedra de Fogo, correspondendo à faixa de altitudes entre 70 e 100 metros. Os solos na maior parte dessa área são LATOSSOLOS e em menor proporção ARGISSOLOS nas áreas que apresentam maior declividade e a vegetação de baba-çuais se encontra nas áreas de relevo plano com transição para o cerrado no relevo suave ondulado (MORAES, op.cit.).

3ª) Superfície Residual Recortada por Vales Encaixados:B - Morros com Tendência ao Arredondamento Limitados por Relevo Escalo-

nado. Compreende formas erosivas de topos definidos, porém reafeiçoados pelos pro-cessos erosivos, tendendo ao arredondamento, sendo recortados por vales encaixados e se encontram na faixa de 100 a 170 metros de altitude. Esse relevo é moldado em rochas da Formação Pedra de Fogo, onde predominam os ARGISSOLOS nas encostas mais inclinadas e LATOSSOLOS nas áreas de relevo suave ondulado. Na porção sul do município, ocorrem também Associações de CHERNOSSOLO ARGILÙVICOS e ARGISSOLOS VERMELHO-AMARELO em áreas de relevo mais elevado, parte sobre o diabásio e parte da área de rochas da Pedra de Fogo (MORAES, 2004).

A - Mesas com Topos Achatados Limitados por Escarpas. Compreende for-mas erosivas de topos mais elevados e encostas íngremes, entre os níveis de 170 a

Figura 2 – Mapa de Relevo do Município de Teresina, PI.

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250 metros de altitude. Formam as pequenas áreas de maiores altitudes do municí-pio com cobertura de vegetação arbórea e, segundo Moraes (2004) apresentam solos dos tipos LATOSSOLOS VERMELHO-AMARELO e Associações de ARGISSOLOS VERMELHO-AMARELO.

O mapa de declividade do relevo mostra a predominância de relevo Suave Ondulado (3 a 8%) em todas as unidades de relevo mapeadas neste trabalho, confor-me se observa na Figura 3 e no Quadro 3.

Figura 3 – Mapa de Declividade do Relevo do Município de Teresina, PI.

Quadro 3 – Classes de Declividade, segundo a altitude, por unidade de Relevo do Município de Teresina, PI.

Unidade de relevo Classe de altitude (m)Área (%) na Classe de

Declividade Suave ondulado (3 a 8%)

1ª) Planícies e Terraços Fluviais 50 a 70 60, 82

2ª) Superfície Intensamente Retrabalhada pela Drenagem com Morros Residuais 70 a 100 66,00

3ª) Superfície Residual Recortada por Vales Encaixados:B - Morros com Tendência ao Arredondamento Limitados por Relevo Escalonado.

100 a 170 65,76

3ª) Superfície Residual Recortada por Vales Encaixados: A - Mesas com Topos Achatados Limitados por Escarpas

170 a 250 51, 67

Fonte: DSG,1973; INPE,2009; EMBRAPA,1999. Organizado por Iracilde M.Fé Lima, maio /2011.

Com base nesses dados de classes de declividade do relevo encontrados para o município de Teresina e de acordo com a Classificação Internacional de Uso do Solo (LEPSCH, op.cit.) considera-se que cerca de 60% de toda a área do município seja de potencial de uso agrícola. Entretanto, faz-se necessário que sejam estudados outros fatores como textura, estrutura e profundidade dos solos no planejamento agropecu-ário e gestão do espaço teresinense.

Com relação à dinâmica do relevo, os dados referentes aos elementos do clima atual, principalmente os totais pluviométricos e sua distribuição, indicam sua concentração em 5 meses do ano, com episódios frequentes de chuvas torrenciais que ultrapassam 100mm, distribuídos em poucas horas. Considera-se como fator–mor a erosão hídrica, o principal agente desencadeador da dinâmica natural dos solos e também do relevo do município de Teresina.

NOTA

1. Doutoranda do DINTER UFMG/UFPI em Geografia e Professora da UFPI - [email protected]. Artigo produzido sob orientação da Professora Pós-Doutora Cristina H.Ribeiro Rocha Augustin, do Programa de Pós-graduação em Geografia, área de concentração Análise Ambiental, do Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Projeto Dinter (UFMG/UFPI). E-mail: [email protected].

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