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De 21 a 28 de junho de 2013 • Edição 1146 • ANO XXXIII • www.operumolhado.com.br BÚZIOS JOR NAL O MAIOR Um jornal cego, surdo e mudo Brasileiro pela primeira vez O caderno Perú Design não pode ser vendido separadamente Foto: Paulinho Ribeiro

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De 21 a 28 de junho de 2013 • Edição 1146 • ANO XXXIII • www.operumo lha do.com.br

BÚZIOSJOR NAL

O MAIOR

Um jornal cego, surdo e mudo

Brasileiro pela primeira vez

O caderno Perú Design não pode ser vendido separadamente

Foto

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linho

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De 21 a 28 de junho de 2013 – O Perú Molhado2

Por Gustavo Garcia

Na última semana, um espectro começou a ron-dar o Brasil – o povo fi-nalmente se juntou. To-dos os grandes estados

do país uniram-se numa santa aliança: negros, brancos, pobres, ricos, católi-cos, umbandistas... do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Bahia, Minas Ge-rais... Foram às ruas lutar por melho-rias sociais. E assim, enquadrando-se ao restante da nação, os municípios da Região dos Lagos aderiram à on-da de manifestações e mais de cinco mil pessoas se concentraram na Praça Porto Rocha, em Cabo Frio, na última quarta-feira, para protestar contra a Salineira, empresa de ônibus que mo-nopoliza o transporte local, e contra a corrupção, em busca de melhorias so-ciais.

Com isso, duas conclusões decor-rem desse fato: A união do povo já é reconhecida como força por todas as mídias - que começam a mudar o dis-curso - e autoridades governamentais. Já é tempo da população brasileira expor abertamente, ao mundo inteiro, seu modo de ver, seus objetivos e suas tendências, opondo-se à lenda de gera-ção apolítica. E o momento é propício, visto que os movimentos estão sendo realizados durante a Copa das Confe-derações, enquanto os olhos do plane-ta estão aqui. No entanto, preciso fazer algumas ressalvas em âmbito regional e nacional desse processo. Começando pelos episódios que participei.

A primeira reunião para decidir os ru-mos dos protestos da Região dos La-gos foi feita na sexta-feira, 14 de ju-nho. Estive presente com pouco mais de 50 pessoas e pude vivenciar um dos momentos mais significativos da minha vida. Fizemos uma verdadeira Ágora em praça pública, como na Gré-cia antiga. E ali, entendi o que é demo-cracia de verdade. Por isso, fiquei es-perançoso com os rumos do que estava por vir.

O grande dia chegou e o número de pessoas superou minhas expectativas, porém, a forma como toda a manifes-tação se seguiu foi decepcionante para os que a viram nascer. Levando-me a crer que jamais teremos uma socieda-de justa e igualitária, pois a culpa de

todos os problemas da humanidade é o egocentrismo do homem, que tenta a qualquer custo sobrepujar o coletivo. Digo isso porque a manifestação tinha tudo para ser limpa, mas em diversos momentos tivemos ativistas tentando uma autopromoção, esquecendo-se que esse espectro que ronda o país é apartidário e sem liderança, que é um movimento do povo, já que pela pri-meira vez na história não somos es-querda ou direita, mas sim, brasileiros.

Agora, falando das manifestações em esfera nacional, necessito discorrer que sempre sonhei com esse senti-mento nacionalista que está se des-pertando na população. É maravilhoso ver as pessoas vestindo-se com símbo-los do país sem ser na Copa do Mun-

do de futebol. E eu espero com todas as forças que essa união, que prefiro acreditar que seja sólida, não se volati-ze, ou seja, que a “moda guerrilheira” não se esvaia daqui algumas semanas. Almejo ainda que haja uma interação e uma busca pelo conhecimento, para que todos saibam o porquê das reivin-dicações.

Outra questão que me chama a aten-ção é o fato de muitos militantes es-tarem usando uma máscara do V de Vingança – personagem anarquista de um filme que pretende explodir o parlamento e libertar o povo – e serem contra os ativistas mais radicais. Não que eu seja favorável a violência ou ao vandalismo, mas nunca houve uma revolução magnânima.

Tanto o M26 em Cuba, quanto os Bolcheviques na Rússia e o Partido Comunista na China só chegaram as vias, de fato, porque usaram a força máxima do povo. Até mesmo a Queda da Bastilha, que desencadeou a Revo-lução Francesa, episódio no qual se acredita que surgiu teoricamente a de-mocracia, aconteceu de forma bruta.

Então, desejo que nós, brasileiros, façamos uma revolução, que, conse-quentemente, vai gerar uma evolução, começando obviamente pelas mudan-ças intrínsecas para depois atingirmos todos os diversos pontos falhos da constituição do país. Portanto, deve-mos continuar nas ruas, que é o nosso lugar, unidos e fortes, visando sempre um Brasil melhor.

#vemprarua #vemprarua #vemprarua

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Por Thomas Speroni

A p a s s a g e m s u b i u . D e novo. Mais u m a v e z . Um “reajus-

te”, dizem os eufêmicos comunicados das empre-sas de ônibus, trem e me-trô. Em São Paulo, onde o aumento foi de uma vez só nos três serviços, o po-vo foi às ruas expor sua insatisfação e exigir a revogação do incremento da tarifa. Então brota a pergunta: mas será que é realmente necessário esse gru-po fazer manifestação, passeata, atra-palhando o fluxo das vias públicas, causando transtorno e despendendo um tempo que seria melhor aprovei-tado descansando no conforto de seus lares; tudo isso por causa de 20 cen-tavos? Pois bem, chegamos num pon-to nevrálgico. E aqui eu devo dizer: caro leitor, se você compartilha do discurso “são todos uns vagabundos, estudantes revoltadinhos, badernei-ros, 20 centavos é merreca...” então recomendo-lhe que nem prossiga nes-sa leitura, afinal, eu não escrevo para gente que se agarra miseravelmente à sua boçalidade travestida de raciona-lismo. Sugiro-lhe que se dirija à banca mais próxima e compre uma revista Veja; lá seguramente você encontrará alguma matéria de capa ou então um artigo do Reinaldo Azevedo que te apeteça. Mas se esse não é o seu caso, caro leitor, então vamos lá. É só por 20 centavos que esse po-vo vai às ruas? Não. É por mais do que isso. Diante desse aumento da ta-rifa do transporte o cidadão se ques-tionou sobre o motivo de tal medida e situou-a no contexto atual. O pau-listano se deu conta que pela terceira vez em três anos aumentaram a tarifa de um serviço que é público (ou se-ja, a princípio deveria ser gratuito), caro, ineficiente, desconfortável, mal prestado e, não obstante, é antro de corrupção para os governantes. Como se já não bastasse o cidadão ter que pagar, ele paga caro, por um serviço ruim, e ainda vê parte do dinheiro que ele deixa na catraca se esvair nos ra-los da corrupção – dinheiro, esse, que sai de um salário mínimo que possui um valor anêmico. Esse contexto já é, por si só, indignante. Mas penetremos mais a fundo. As autoridades dizem que o pre-ço do transporte público tem que ser cobrado diretamente do cidadão por-que colocar o custo integral na conta do Estado é inviável; o governo não tem dinheiro para isso. E durante anos acreditamos nessa falácia. Até que as circunstâncias desse junho outonal (ou primaveril?) emparelharam dois panoramas antitéticos que, juntos, bei-ram o deboche: não há dinheiro para custear o transporte público e nem ao menos evitar o aumento da sua tarifa,

mas há dinheiro para cons-truir os estádios da copa do mundo. Como dizemos em espanhol, a piada se conta sozinha. Os problemas do transporte público de São Paulo são comuns aos sistemas de transporte de quase todas as principais capitais do País. Capitais, essas, que assim como a Terra da Garoa, também ti-veram a tarifa do transporte

aumentada recentemente e também re-ceberam e estão recebendo milagrosa-mente milhares de milhões de reais do governo para a construção dos está-dios da copa. É fácil entender porque as manifestações se espalharam pelas outras grandes concentrações urbanas: a indignação dos moradores de São Paulo é a mesma indignação dos mo-radores dessas outras cidades. Leviano seria, porém, presumir que o povo está indo às ruas apenas exigir que o dinheiro que está sendo gasto na fabricação da copa seja re-direcionado para investimentos em transporte a fim de que paguemos menos caro pela passagem. Não. A cadeia associativa vai mais além. Não é só o transporte público que carece, mas também a educação pública, a saúde pública, toda a estrutura de ser-viços públicos desse País. Ao fazer a conta dos 20 centavos o cidadão se perguntou: quando é que espetáculo para gringo se tornou mais importante que os serviços básicos para a popula-ção brasileira? Quando é que norma-tizaram essa inversão de prioridades, essa política absurda?Política!Político!Ora, o problema é político.Os cidadãos se conscientizam acerca do cerne da questão e visualizam a realiade sociopolítica de um País que dinheiro possui para prover educação e saúde de qualidade à sua população, mas que – em razão da lama de in-competência, corrupção, impunidade e distorções nauseantemente egoístas na qual chafurdam as estruturas da ad-ministração estatal – tem seus recur-sos públicos prostituídos e patina na melhoria de seus serviços prioritários, debochando da cara de toda uma na-ção de brasileiros que carece de digni-dade cívica. Política asquerosa, nascida das mentes deliquentes e ignorantes de deputados, senadores, governadores, prefeitos, presidentes, vereadores, grandes empresários e executada nos gabinetes dos prédios do governo. O resultado é o avacalhamento descara-do da nossa democracia conquistada a preço de sangue. Avacalhamento sim-bolizado na PEC 37, no mensalão, na privataria tucana, no Renan Calheiros de novo na presidência do Senado e muitos outros fatos revoltantes que o brasileiro vem testemunhando ao lon-go das últimas décadas. É por isso que

o povo está nas ruas: para não ter que pagar todo ano mais 20 centavos no transporte público, para ter uma saúde de qualidade, uma educação de quali-dade, uma política decente, para sanar as distorções atuais do cenário nacio-nal tão visceralmente personalizados na pompa e circunstância dos estádios da copa. Ocupando um espaço que lhes per-tence, os cidadãos, entretanto, foram recebidos nas avenidas com uma tru-culência policial inadmissivelmente desumana, que agredia mulher, jorna-lista, ciclista, fotógrafo; uma truculên-cia covarde, incabível em um regime democrático como o nosso. As cenas do abuso de poder e da repressão po-licial são assustadoras e remetem aos tempos mais sombrios vividos por essa Nação durante o golpe militar. O “problema” é que tais ações das polí-cias militares, em um claro intuito de reprimir e suprimir a legítima expres-são democrática do povo, só agravam a noção que o próprio povo já tinha:

de que o problema é político. As PM’s só nos deram um motivo a mais para ir às ruas: por um País livre. Afinal, não é o povo que deve temer seu go-verno, e sim o governo que deve te-mer seu povo. A indignação acumulada de to-dos esses anos de sacanagem porca não coube mais dentro do cidadão e transbordou para as avenidas: cem mil pessoas no Rio de Janeiro, jovens po-voando o teto do Congresso Nacional em Brasília, paulistas marchando dia após dia pela avenida mais charmosa da cidade. Se depois de tudo isso ainda há alguém que prefira continuar no sofá de casa, ou queira deslegitimar esse movimento, ou que avalie os transtor-nos causados pela mobilização como demasiado desconfortáveis frente a uma rotina estupidamente inerte, tudo o que temos a fazer é lamentar. Des-culpe o incômodo; estamos mudando o País.

20 CENTAVOS TÃO CAROS AOS BRASILEIROS

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Por Sandro Peixoto

Estranho movi-mento este que tomou o Brasil. Não existem li-deranças, nem

reivindicações claras (o preço da passagem foi dei-xado de lado) e os pedidos são vagos. Queremos um Brasil melhor... Queremos saúde... Queremos educação... Vamos mudar o Bra-sil... Gritam os protestantes. Por enquanto é uma manifestação difusa, se nexo e sem comando.Com tudo para dar errado. Afinal, não há o que negociar. Com quem negociar. Os protestantes tampouco se entendem. A maioria quer paz. A minoria guerra. Confundem ensino com educação, esquecendo que educação se recebe em casa e saem quebrando tudo que encontram pela frente.Gritam palavras de ordem contra os impostos, o au-mento das tarifas do transporte público, saúde, edu-cação e gastos com a Copa. Misturam as coisas co-mo se estivessem fartos de tudo. Querem mudanças mas não sabem quais. Lucas Monteiro, o líder do Movimento Passe Livre não quer apenas a redução do preço da passagem. Ele quer ônibus de graça pa-ra toda a população como se dinheiro caísse do céu. Em entrevista na última segunda-feira no Programa Roda Viva, na Cultura, Lucas foi inquirido sobre de onde viria o dinheiro para o transporte gratuito.O estudante, que ainda acha que existe almoço grá-tis, disse que não era responsabilidade sua saber de onde vem a grana. Ele quer ver o povo andando pa-ra cima e para baixo de graça e pronto. Mal sabe que a prefeitura teria que destinar cerca de 14% do seu orçamento anual ( de pouco mais de 45 bilhões) para financiar o vai-e-vem dos paulistanos. Somen-te para manter a passagem nos atuais R$3,20, a pre-feitura vai gastar mais de 600 milhões com subsí-dios. Se resolver baixar a tarifa, o prefeito terá que tirar dinheiro de outras aéreas como saúde e educa-ção. Mas vai esbarrar na Lei de Responsabilidade Fiscal. O Brasil é uma democracia. Quem não está gostan-do do governo tem o direito de mudar. Mas existe data para isso. O povo de Búzios agiu assim na ul-tima eleição quando apeou do poder o ex-prefeito Mirinho Braga. O povo de São Paulo não pode gri-tar depois de seis meses “ fora Haddad”. O homem acabou de ser legitimamente eleito. Ainda está ar-rumando as gavetas. Os protestantes dizem que os baderneiros são minorias e que não fazem parte do protesto. Fazem sim, pois a horda nunca é homogê-nea, Nem pensa de maneira igual. Tem muita gente que acha que brigar pelo País é sair na porrada. Na verdade estão esticando a corda. Querem um cadá-ver. Um martín, para chamar de seu. Protestar é salutar. É importante ser ouvido. Se sen-tir parte do sistema. Mas existem limites. Os orga-nizadores do Passe Livre deveriam ser responsabi-lizados pelos saques e depredações. Bônus e ônus para todos. A massa não pensa. A massa não age. Ela reage. Muitas das vezes de maneira desordena-da.Por regra constitucional, a polícia tem o dever de agir em caso de desordem. Quem vai pra cima da polícia sabe o que vai receber. Já tivemos diversos motivos para sair às ruas e na-da. foi o Brasil quem pediu para sediar a Copa. E as Olimpíadas. Não dá agora para gritar contra a FI-FA. Onde foi parar aquela sensação de auto-estima a cada estádio inaugurado semanas atrás? Onde foi parar aquele sentimento de “sim, nós podemos” que a televisão mostrava no rosto dos torcedores, polí-ticos, trabalhadores, imprensa e dos brasileiros em

geral? Quem lembra do momento de explosão em Copacabana quando o presidente do COI( Comitê Olímpico Internacional), o francês Jacques Rogge abriu o envelope e leu “ Rio de Janeiro”, declaran-do a Cidade Maravilhosa sede das Olimpíadas de 2016? Pois é: vibramos como nunca e agora vão re-clamar do preço dos ginásios...

Mais do mesmoO Sociólogo Francisco Oliveira acredita que o mo-vimento apesar de inédito e enigmático (não sabe-mos de onde vem, o que é, nem o que quer) não terá duração pela amplitude das reivindicações e pela falta de lideranças. Concordo plenamente. Dificil-mente esse movimento que tomou conta do Bra-sil vai gerar algum novo ou novos líderes. Alguém que possa mudar o Brasil. Que possa mudar a edu-cação e a saúde. Acabar com a descrença nos três poderes. Pesquisa recente do Instituto Data-Folha

mostrou que apenas 20% dos paulistanos acreditam no Judiciário; 19% no Executivo e 42% acham que o poder legislativo não tem nenhum prestígio. Em 2003, apenas 17% dos paulistanos desprestigiavam o Congresso. Assim sendo, continuaremos nas mãos dos mesmos políticos por anos. E se acaso uma nova liderança surgir, logo será coptada por algum partido, busca-rá um cargo eletivo e eleito, será mais um político brasileiro, igual a tantos. Quem não lembra do en-tão presidente da UNE( União Nacional dos Estu-dantes) Lindbergh Farias que em 1992 à frente dos caras-pintadas ajudaram o Congresso a derrubar o presidente Collor de Mello? Pois é: Lindbergh era mais um jovem que iria mudar o Brasil e 20 anos depois apenas ele mudou. Hoje é Senador da Repú-blica. Colega de bancada de Collor de Mello, tam-bém Senador. Dessa massa gerada nas redes sociais nada sairá. E se algo de novo acontecer, se um novo líder surgir, nada mudará. Afinal, será lixo da mesma coleta.

Muito barulho por tudo e por nada

O nosso juiz acompanhou a manifestação

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Por Victor Viana

A feira que é referência no setor de petróleo e gás aconteceu entre os dias

11 e 14 de junho em Macaé, ci-dade responsável por mais de 80% da exploração Offshore do país. Foi á sétima edição do evento, abrigando cerca de 270 expositores em um grande pavi-

Brasil Offshore 2013 Macaé na vanguarda econômica

lhão de 37.000m² (2 mil a mais que em 2011). Expositores internacionais e poder de compra do público alvo - Entre os expositores ha-via empresas internacionais, interessadas em mostrar seus produtos e serviços ao merca-do brasileiro. A China marcou presença com a impressionante marca de 30 empresas inscritas

Macaé, de Princesinha do Atlântico à Capital nacional do Petróleo

para participar do evento, 21 dos Estados Unidos, 20 do Rei-no Unido e ainda empresas da França, Alemanha, Polônia e Áustria. Um levantamento junto aos visitantes da feira apontou que o poder de compra do pú-blico que esteve na feira ultra-passou os R$ 210 milhões. De acordo com o Igor Tava-res, diretor da feira, a previ-

são é de haja um aumento de 20% no volume de negócios gerado na feira. Com eventos como este se espera também a contribuição no desenvolvi-mento socioeconômico da ci-dade. A Brasil Offshore-2013 ao todo é geradora de cerca de 17,5 mil empregos diretos e indiretos, usando apenas mão de obra local.

Por Victor Viana

Um pouco de história

Macaé está para completar 200 anos de fundação, a atual Capital Nacional do Petróleo, tem um passado marcado por lutas e conquistas que vem desde o período colonial até as mais recentes descobertas de riquezas vindas do cha-mado “ouro negro”. Lutas desumanas contra indígenas, invasões de piratas (que até 1725 saqueava todo o litoral) e epidemias não foram suficientes pa-ra parar a historia de Macaé, que em 1795, por ordem do Marquês de Pom-bal, recebeu migrantes vindos de Cabo Frio e de Campos. Em 1813 foi elevada á categoria de vila, com o nome de São João de Macaé, era o único cainho ter-restre de ligação entre o Rio de Janeiro e Campos. Em 1846 foi elevada a ca-tegoria de cidade, em 1872 foi constru-ído o canal Campos x Macaé. Em 1874 foi inaugurada o primeiro trecho da via

férrea e em 1910 criou-se a pre-feitura municipal de Macaé.

O Petróleo

Em 1974 descobriu-se o acú-mulo de óleo em um reservató-rio marinho, que foi nomeado como Campo de Garoupa, e em 1977 se iniciou a exploração de petróleo na chamada Bacia de Campos, no mesmo ano o Go-verno Federal instalou a primeira sede administrativa da Petrobrás em Macaé. Então a Princesinha do Atlântico ( apelido carinhoso devido a base econômica do mu-nicípio ser a pesca) passa inevita-velmente a ser chamada de Capi-tal Nacional do Petróleo. Hoje Macaé é uma das cidades que mais crescem no país com uma arrecadação total em torno de R$1,8 bilhões, somente de royaties o municio recebe cerca de 45% deste valor, o que significa mais

de R$ 500, milhões anuais. Em menos de uma década o numero de empresas do ramo de petróleo e gás pulou de menos de 5 mil para 11 mil, colan-do Macaé entre as cidades com maior índice de geração de emprego e renda em todo o Brasil, o que atrai pessoas

vindas de diversas partes do país em busca de oportunidades. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), existem e Macaé 126.393 trabalhadores com carteira assinada, 61% da população. A média salarial no município, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, é de R$ 1.692,56. Existe um déficit de mão de obra qualifica-da em Macaé o que tem ocasionado salários maiores em quase todas as áreas com o objetivo de atrair pro-fissionais capacitados para a cidade. No entanto, á medida em que se de-senvolve a economia se pode notar também contrastes sociais. É per-ceptível o crescimento desordenado, falta de mão de obra local qualificada, ocupações irregulares, índices consi-deráveis de violência e denúncias de corrupção, além de uma infraestrutu-ra ainda considerada inadequada para um município de mais de 210 mil ha-bitantes, segundo o IBGE.

Nelsinho e Gugu de Nair, o único vereador presente na feira de Petróleo

Nelsinho, Esther e Nelson Belotti da Rio 2 ParkO Perú foi amplamen-

te distribuído na feira

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Por Victor Viana, Alex Pedreira e Marcelo Lartigue

Com o boom do petróleo Macaé tor-nou-se uma espécie de “Eldourado”, pessoas de diversos lugares do país migram em busca de melhores oportu-nidades profissionais:

“Tem muito mineiro trabalhando com petróleo, pela parte de geologia. Mi-nas tem grandes faculdades de mine-ração e geologia em geral. E isso já facilita o trabalho no setor petrolífero. Mas também na parte operacional, co-mo é um segmento que cresceu muito nos últimos anos, tem muito mineiro nessa área também. Hoje trabalho com a Petroservice, que tem seis uni-dades. Eu sou um dos gerentes. Temos cinco plataformas na região do mar de Búzios. O mercado está carente de gente especializada em petróleo. Acho muito bom para Búzios . No petróleo você tem de trabalhar duro.Robson - Natural de Minas Gerais, é Técnico em Perfuração

“ Tr a b a l h o n a área de Offsho-re há mais de 17 anos. Comecei na Trisoucham como rádio ope-rador e hoje eu atuo na área da gerência em lo-gística. Temos atualmente oito plataformas ope-rando na Bacia de Campos, Ara-caju e Fortaleza. Existe sim o risco de um desastre am-biental, mas pelos avanços tecnoló-gicos é um risco pequeno. E existem os royalties, mas infelizmente ele é usado para os fins errados. A questão do vazamento pode acontecer, é um risco real. Mas temos hoje condições tecnológicas para evitar e se caso vier acontecer temos como evitar que che-gue a costa.”Genecir Calmom - Natural de Vito-ria, no Espírito Santo. Trabalho na área de logística.

“A feira está muito boa. A exposição não deve nada as grande feiras internacionais. As pes-soas que estão partici-pando hoje esperavam uma baixa na visita-ção, mas mesmo assim muitas empresas inter-nacionais estão aqui. É um bom negocio o

petróleo. transporte de cargas, supply, enfim tudo que está voltado para o futuro do combustível, que é o petró-leo cru. Desde 1980 eu trabalho com petróleo. Antes de me tornar empre-sário era funcionário de uma grande

empresa da área siderúrgica em Belo Horizonte. Vou sempre á Búzios para jogar golfe. Eu sempre vou á Búzios somente para gastar.” Cairo - Natural de Vitoria, no Espí-rito Santo, empresário.

“Nasci em M a c a é . A gente cons-trói aparta-mentos para vender e alu-gar. Quando alugam nos-sos aparta-

mentos geralmente são empresas de petróleo para seus funcionários. E aqui há os expatriados, que são gringos que ficam aqui de seis meses á um ano. A gente constrói e aluga, mas geralmen-te há um corretor que lida diretamen-te com eles e repassa nossos produtos para eles. Búzios eu frequento pouco. Mas de uns quatro anos para cá me-lhorou bastante.”Beto Prata - Empresário da constru-ção civil de Macaé.

“Nós operamos em toda a Áfri-ca: na Angola, em Moçambique, na Tanzânia, no Gabão, na Repú-blica do Congo e Ghana. Nosso es-critório principal está na cidade de

Cape nós estamos dispostos a trazer o nosso negócio para o Brasil para ofe-recer os mesmos serviços que nós ofe-recemos na África do Sul, aos clientes aqui no Brasil também.”John Binns - Gerente de marketing da SOUTHEY OFFSHORE’ na Áfri-ca do Sul.

“Nós e s t amos planejando ofere-cer um escritório no Rio em agos-to ou setembro. No momento nós estamos traba-lhando nos reque-rimentos legais. Basicamente, o que nós estamos fazendo no Rio é pro-movendo a indústria de standards. Nós temos uma lista de mais ou menos 40 empresas operantes no Brasil que tem alcançado um dos nossos standards cujas eu certifico e permito que carim-bem nossa marca naquele produto que eles vendem.”Smith - Beijin, Singapura e Dubai.

Alguns exemplos profissionais e o crescimento imobiliário

Mini entrevista com um Gringo que estava em Macaé - Muito bem. Eu entrevis-tei aqui o Sr. Kebethen.

O senhor sabe algo sobre Búzios?Eu, sei umas coisas a res-peito de Búzios mas ainda não fui lá.

Já ouviu falar do jornal ‘O Perú Molhado’?Não, nunca...

Esse é o jornal. Gostou da capa? Bom. Agora sim (risos).

Poderia tirar uma foto

com agente?Bom, mas você não vai po-der publicá-la.

Não publicaremos. Mui-to obrigado e tenha um bom dia. Eu que agradeço.

Marco Aurélio, Rudson, a bonita Ester, Nelsinho, o secretário de turis-mo Zé Márcio, Robson e Toninho

Estivemos com Ester do Hotel Costa do Sol, que esteve presente na Brasil Offsho-re 2013, em Macaé. Que nos falou sobre a importância da feira e a participação do Costa do Sol no evento.

O que achou da Feira? A feira está bem movimentada e tem um numero de visitantes bem significativo. As intenções das pessoas de buscar sa-ber mais sobre o mercado Offshore é bem grande.

E qual o objetivo do Costa do Sol aqui em uma feira de Petróleo? Inovar no conceito de hotelaria dentro da rede de dentro do mercado Offshore buscando clientes que façam capaci-tação, imersão de funcionários e que tenham grupos de incentivos também. Viemos mostrar o Hotel Costa do Sol que tem um novo centro de convenções para o mercado Offfshore que todos sa-bemos que é muito promissor.

E o que tem haver Hotel Costa do Sol e petróleo? Tem haver com evento, mercado corpo-rativo, atendimento. O mercado de Pe-tróleo hoje com as empresas vem trazer as tecnologias e todo o seu know how para os nosso funcionários aqui, usam muito os serviços do hotel. Eles usam muito o serviço de imersão dentro de um hotel para dar cursos nas áreas de relacionamentos. Isso aconteceu muito e deixou de acontecer um pouco, houve um abandono do mercado de Búzios. Agora começa um novo aquecimento e o Costa do Sol está entrando nessa fatia. O Costa do Sol está entrando com um conceito diferenciado de hotelaria e por conta disso temos um excelente serviço, acomodações, funcionários. Todos que-rem saber o que um Hotel está fazendo em uma feira Offshore, e estamos que-rendo marcar espaço em tudo que acha-mos que pode ser um nicho pra gente. Quanto mais Búzios melhor.

Hotel Costa do Sol na Brasil Offshore

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Por Victor Viana

No dia 14/05/2013 o campeão olímpico Lars Grael esteve em uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) falando sobre os jogos olímpicos de 2016, onde de-

monstrou toda sua preocupação com as condições desfavoráveis para as competições de esportes náuti-cos nas principais raias da cidade do Rio de Janeiro. “A proposta náutica do projeto é praticamente nula. Minha preocupação é que o Brasil deveria sediar o pré-olímpico de vela, que seria três anos antes, em Agosto deste ano. Nem sequer começamos as obras. Neste ano não vai adiantar”, desabafou o atleta, que já participou como competidor e coordenador técni-co de quatro olimpíadas, completando sobre o que seria uma centelha de esperança a questão : “ Minha preocupação já é com 2014. Está sendo discutida até a legalidade da obra (Marina da Glória). Então tem que se discutir se há como fazer em outro lugar, como BÚZIOS ou Niterói. Saio preocupado daqui”, disse o campeão.

Baía de Guanabara, cenário macabro.

Ainda na audiência Lars Grael tocou na questão da cultura marítima como maneira de resolução de problemas sociais e econômicos no país, em espe-cial no Rio de Janeiro, citando a construção de ma-rinas em diferentes países quando sediaram os jogos olímpicos e que são fontes de retorno em todos os sentidos até hoje,”. Quero falar da Marina de Quio, que 41 anos depois dos jogos olímpicos, represen-ta grande trunfo econômico para a Alemanha. As Marinas foram em todo o mundo o grande legado que os jogos olímpicos deixaram por todos os paí-ses onde ocorreram os jogos. E o impacto social e econômico que causa até hoje nesses países é enor-me”, e cita o bem sucedido projeto náutico ameri-cano: “ Um exemplo de uma metrópole que ousou conviver em harmonia com o mar é Miami. Estive competindo em Miami, cidade adorada por muitos brasileiros, e o complexo marítimo montado lá an-tes era um parque que foi alterado pelo ser humano com ilhas, marinas, condomínios e uma trama de canais artificiais que permite que um cidadão possa navegar até Nova York. Tudo isso com manguezais preservados, águas transparentes e até mesmo Ma-natis (espécie de peixe boi) em plena área urbana. Admiramos mas não podemos fazer isso aqui no Brasil. Por aqui pode gerar um processo judicial e ser taxado de contra o meio ambiente. Sabe quantas pontes levadiças existem para passar barcos de vela em Miami? 56 pontes, isso somente em Miami. Co-nhece alguma no Brasil? Sei de uma em particular que foi abandonada em Búzios e outra no Rio Gua-íba, no Rio Grande do Sul. Em Miami o barco tem prioridade sobre os carros. Por que? Uma questão cultural. Mentalidade marítima. Imagina as Lagoas de Marapendi e Jacarepaguá com águas cristalinas e navegáveis? O cenário atual é o contrario e é ma-cabro. Imagina a Ilha de Paquetá com o charme e o turismo de outrora? Muitos dizem; esportes náuti-cos? Temos outras prioridades, isso é coisa de elite. Triste constatação de um complexo de Vira Lata”. Lars Grael reforça a afirmação de que uma mudança de visão em relação aos investimentos nos esportes náuticos pode gerar um impacto social e econômico nunca visto no estado e no país: “ O desenvolvimen-to náutico geraria emprego, trabalho, renda, impos-tos. A Prefeitura de Niterói promete ousar em Plano de redemocratização do mar em um projeto de ram-

Falta Cultura MarítimaLars Grael fala em Audiência Pública sobre as olimpíadas e cita Búzios como saída

pas, trapiches, marinas. Quem sabe será um bom exemplo? Já imaginaram as competições de vela nas águas imundas e fétidas da Baia de Guanaba-ra? Cenário nada melhor será encontrado nas com-petições de remo e canoagem na Lagoa Rodrigo de Freitas ou nas competições de natação nas Praias de Copacabana. Não adianta falar de retenção de lixo e óleo, é preciso tratar a água, a questão é a quali-dade da água. As olimpíadas são daqui há três anos,

ainda dá tempo se tivermos uma visão prioritária”, e finaliza descrevendo um cenário atual preocupan-te, tendo apenas uma saída de emergência. Búzios: “Se estamos tratando da Marina da Gloria ela deve-ria estar pronta muito antes, isso é regra do Comitê Olímpico Internacional. Mas nós não temos nesse momento onde realizar as provas olímpicas. Então tem que se discutir se há como fazer em outro lugar, como BÚZIOS “.

Lars e todos os velejadores do Brasil concordam que a Baia de Guanabara é cocô em alto grau, impossível recupe-rá-la para as Olimpíadas

Na mesma semana que esta edição da Veja Rio saiu, alguém avisou Carlos Minc, que escre-

veu um artigo no Globo falando mentiras, afirmando mentiras, ou

seja, que a Baía de Guanabara está sendo despoluída

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espacodomme.com • /espacodomme

Por Lars Grael

Durante a mesma Audiência Públi-ca o velejador leu um artigo de sua autoria que o Perú

reproduz na integra: “O desenvolvimento de uma na-ção é proporcional a sua “mariti-midade”. Certa vez ouvi essa má-xima de um Almirante da Mari-nha do Brasil, quando fui proferir uma palestra na Escola de Guerra Naval. As primeiras nações que conquistaram o mar foram aque-las que através do imperialismo conquistaram o novo mundo e o dominaram por séculos. No mundo contemporâneo globali-zado essas mesmas nações tra-tam o mar como fonte de riqueza. Possuem portos desenvolvidos, valorizam a cultura marítima e desenvolvem o turismo náutico. Navegar para elas é uma paixão secular. Nosso Brasil foi desco-berto pelo mar, por ele extraíram nossas riquezas, através do atlân-tico chegou a Família Real portu-

guês, fazendo o caminho inverso depois veio a Família Imperial . O Rio de outrora era voltado para o mar e nele depositávamos toda nosso comercio exterior. Nossa receita Federal era a maravilhosa Ilha Fiscal. A Baía de Guanabara era limpa e com superfície gene-rosa, nossa orla era repleta de tra-piches, piers e rampas públicas para livre transporte de cargas e passageiros. O Mar não represen-tava mera beleza e contemplação. Era o eixo do transporte, do lazer e recreação. Hoje pagamos caro para vivermos em frente do mar, mas infelizmente nossa cultu-ra não ultrapassa a arrebentação das ondas da praia. Nossa Cultu-ra náutica é mínima, e o mar foi desvalorizado pelo tempo. Local para admirar sim, mas também para jogar dejetos descartados pelo homem da metrópole flu-minense e carioca. Nossa Baia de Guanabara está entre as mais poluídas do planeta. Mais de 17 anos se passaram desse plano de despoluição da Baia de Guana-bara ainda com resultado pífios

e distantes do patamar aceitável. Com o desenvolvimento urbano da Grande Rio construíram es-tradas de rodagem separando o cidadão do mar, inclusive com o Aterro do Flamengo, as ram-pas e trapiches desapareceram e o acesso ao mar deixou de ser livre e democrático para os nave-gadores . Apenas para banhistas, e mesmo assim são transporta-dos para as praias oceânicas que muitas vezes não tem índices aprováveis de balneabilidade. Há poucos dias um cidadão comum me indagou indignado: “ Não tenho acesso ao mar para a nave-gação”. Disse a ele: Como não? Respondeu: “A Marina da Gloria não é mais pública e está fechada para obras sem perspectivas para terminar. Não temos rampas pú-blicas. O clube de regatas Guana-bara possui uma fila com mais de dois anos para se ter uma vaga. E o Iate Clube Rio de Janeiro é im-pagável. Onde mais? Parei para refletir e tive de concordar com ele. É a vedação do mar”.

Agora é com a gente!

PREFEITURA DA CIDADE DE ARMAÇÃO DOS BÚZIOSGABINETE DO PREFEITO

DECRETO Nº 75, DE 17 DE JUNHO DE 2013

Declara de Utilidade Pública, para fins de desa-propriação, a área de terreno abaixo discriminada. O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ARMA-ÇÃO DOS BÚZIOS, no uso de suas atribuições legais que lhe confere a legislação em vigor,

DECRETA:

Art. 1º Fica declarado de utilidade pública, para fins de desapropriação, a ser efetivada pelo Mu-nicípio de Armação dos Búzios, por ser necessá-rio para a construção de praça, parque e marina públicos, o imóvel registrado perante esta mu-nicipalidade sob a matrícula nº 01/10/910/0451-001 e número de cadastro 8357-6, e perante o Registro Geral de Imóveis de Armação dos Bú-zios sob a matrícula nº. 6.066.

Parágrafo único – O imóvel de que trata este ar-tigo mede 43,60m de frente, confrontando com a Estrada de Servidão Particular; 119,40m do lado direito, confrontando com a área de Pio Castiglione ou sucessores; 1,50m de fundos, confrontando coma Praia de Manguinhos e fi-nalmente do lado esquerdo mede, em três segui-mentos, sendo o primeiro de 61,00m, o segundo de 37,50m e o terceiro com 56,70m, confron-tando com uma área de Zelinda de Queiroz Lee ou sucessores, perfazendo uma área total de 2.660,00m².

Art. 2º Fica a Procuradoria-Geral do Municí-pio de Armação dos Búzios autorizada a proce-der todos os atos necessários ao cumprimento deste Decreto.

Art. 3º Esse Decreto entra em vigor na data da sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.

Armação dos Búzios, 17 de junho de 2013.

ANDRÉ GRANADO NOGUEIRA DA GAMAPrefeito

Zé Leão, a sua princesa Stella e o velejador Lars Grael

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Por Isac Tillinger

Acompanhando um grupo de jornalistas empresaria passa fim de semana em Búzios

Sempre na vanguarda cobertu-ra do turismo na nossa cidade, O Perú Molhado esteve mais uma vez cobrindo as ações realizadas pelo BLUE TREE na promoção do seu produto e por extensão a cidade. Nossa diretora de vendas/marketing/promoções/etc, Ales-sandra Cruz, se hospedou durante o último fim de semana no BLUE TREE, participando de um press trip com 15 jornalistas de varias partes do Brasil. Com exclusividade entrevistamos a executiva Chieko Aoki, direto-ra presidente do Grupo Hoteleiro BLUE TREE, um dos mais concei-tuados do Brasil.Das mãos da empresária Chieko Aoki, nasceu em 1997 a bandei-ra, que se tornou referência para o mercado hoteleiro pela sua ele-gância, estilo próprio, inovação e excelência dos serviços, produtos e pessoas. Do seu sobrenome Aoki,- que significa arvore azul em japo-nês, surgiu o nome da empresaDesde o início de suas operações, a Blue Tree Hotels teve como objeti-vo administrar hotéis localizados em regiões estratégicas do Brasil. Motivada pelo seu crescimento na-tural e pela carência de hotéis com alto padrão de serviços, a empresa entrou, já no começo de sua atua-ção, nos segmentos de business, luxo e resorts. A estratégia da rede é adaptar seu estilo de atendimen-to, que privilegia o encantamento do cliente, em todos os hotéis que administra, independente da cate-goria que estão inseridos.

Quando perguntada sobre a heran-ça maldita deixada pelo BREE-ZES, a hoteleira foi extremamente ética afirmando que na verdade eles foram os pioneiros, e pagaram um preço por isso, e que se não tivesse havido BREZEES antes, seguramente não haveria BLUE TREE agora.Algumas mudanças foram imple-mentadas tanto na operação quanto no marketing do empreendimento, ficando bem claro as duas verten-tes que serão focadas. Primeiro, e prioritário, a captação de eventos e convenções, onde os clientes pagarão um valor de maior monta em vista do serviço que será ofe-recido e das necessidades inerentes a este segmento. Em segundo pla-no, o turismo de lazer, onde será empregada uma tarifa econômica buscando atrair a nova classe me-dia que agora ascende a hotelaria de resort.Reconheceu o esforço que a Se-cretaria de Turismo tem feito na promoção turística da cidade, que seguramente irá render bons frutos à médio prazo. Temos que atingir o mercado brasileiro, pois este é o pedaço que nos falta para melhorar nossa ocupação na baixa tempo-rada – confirmou o que muitos já haviam dito. Um ponto desfavorável na visita, que foi mencionado não só pela executiva, mas também por quase totalidade dos jornalistas, foi o es-tado de abandono que se encontra a cidade. Dois pontos foram res-saltados: a limpeza e falta de sina-lização turística. Ou seja, nada de novidade.De um modo geral os jornalistas se encantaram pela cidade e irão pu-blicar matérias elogiosas nos seus veículos. Ainda bem.

Chieko Aoki, primeira dama da hotelaria nacional visita Búzios

Chieko Aoki feliz com o resultado do fim de semana

Isac e Alejandrita e a sra. Aoki

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A minha primeira impressão sobre Búzios é que é um lugar sofisticado, com pessoas bonitas e com bom po-der aquisitivo. O passeio que tive pela cidade foi muito legal, infelizmente choveu. O que me chamou atenção no município foi a falta de placas para estrangeiros. Eu encontrei várias, mas todas escritas em português e nenhu-ma em outra língua. Então, creio que os turistas de outras nacionalidades fi-cam perdidos sem um guia. Rosildo Mendes, Jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte.

Búzios pra mim é diferente, pra pes-soas diferentes, então, se você é uma pessoa que gosta das coisas com ex-clusividade, venha para Búzios. Eu gostei da organização do município. Todos sabem que é uma cidade turísti-ca, e as pessoas sempre te tratam bem, estão sempre sorrindo, e você acaba se sentindo acolhido. Paula Coura, Jornal O Tempo

Pelo que eu vi, Búzios é uma cidade aconchegante. Mas pra falar a verdade eu não consegui ver o glamour todo que as pessoas falam, lógico que pe-lo que acompanhei. A sinalização do município, já que é um destino com muitos visitantes internacionais, não está adequada com outras línguas. Mas o visual é maravilhoso, a natu-reza proporcionou maravilhas aqui. No entanto, vi uma publicação visual tremenda e essa publicidade atrapalha um pouco. Mas pra resumir, é um lo-cal maravilhoso. Biaphra Galeno, Jornal Panrotas, de São Paulo

Eu trouxe bastantes biquínis, achan-do que ia aproveitar a praia, pois vejo Búzios como cidade do sol, visto que é um lugar muito bonito. Mas está chovendo, e por ser um balneário, eu não pude aproveitar. Valéria Ibano, Jornal Tribuna da Bahia

Eu achei todas as praias de Búzios muito lindas, gostei da interação dos turistas com as pessoas que moram na cidade, com uma convivência bem harmoniosa. Mas achei alguns pontos do município sujos, locais mais afas-tados do Centro, por exemplo. O que me chamou a atenção foi a falta de placas em línguas estrangeiras. Mas a natureza e a comunidade local são maravilhosas. Luciana Radicione, Jornal do Co-mércio de Porto Alegre

Eu adorei Búzios. É uma cidade muito bonita, mas que precisa ser explorada. Mesmo com o tempo ruim, consegui sentir a energia, então, posso dizer que curti bastante. Não tenho nada pa-ra criticar, pelo contrário, gostei muito dos restaurantes, das galerias de arte e das praias. Eliane de Souza, Jornal do Grande ABC, de Santo André

Eu achei a cidade muito linda, tudo é muito lindo em Búzios. Eu gostei mui-to. Você vê a beleza, as fachadas das casas, e é tudo muito lindo. O passeio que fizemos na península foi incrível, as praias são muito paradisíacas. Roberta, Jornal do Comércio, de Recife

Eu já conhecia Búzios, e eu gosto muito da cidade. Sempre cito nas pa-lestras que dou e nos textos que escre-vo que Búzios é o exemplo de turis-mo no Brasil. É claro que não está em condições ideais, existem pontos de infraestrutura que precisam ser melho-rados, principalmente nas praias mais distantes. Mas o Centro de Búzios, com a Rua das Pedras, com gastrono-mia e lojas de grife, tem um público interessante. Durante o dia você po-de freqüentar várias praias e depois ir passear na Rua das Pedras. É um modelo que poderia servir de exemplo para todo o Brasil, pois Búzios é uma

cidade cosmopolita. Peter, Site Hôtelier NewsAcho as placas de Búzios muito de-sorganizadas, com erros de grafia, e placas em outras línguas, porque a cidade recebe pessoas de todas as nacionalidades. E os preços são mui-to elevados. Eu deixei de fazer várias fotos por causa da poluição visual da cidade. Mas tirando isso, a cidade es-tá de parabéns e tem tudo pra crescer ainda mais. Otacílio Lage, Jornal Estado de Minas

Eu já conhecia Búzios e essa visita só veio confirmar o que eu já sabia. É uma cidade glamorosa, incontentável. É um local muito privilegiado, é uma região única. Eu vi alguns colegas questionando algumas, mas acho que

Búzios tira um notão, sou muito fã da cidade mesmo.Márcia Vaz

O que eu vi superficialmente é que Búzios é maravilhosa. E não somente o hotel que nós estamos hospedados, o Blue Tree, a cidade também é muito aconchegante. Cristiel Gasparetto, Jornal Zero Hora, de Porto Alegre

Minha impressão de Búzios é muito boa, achei que a cidade é muito ma-ravilhosa e romântica. Boa para na-morar. Os preços são muito elevados, mas os restaurantes e praias têm uma sensação de aconchego. Robson Martins, Gazeta do povo, do Paraná

As belezas naturais surpreendem e encantam, mas a nossa infraestrutura ainda deixa a desejar, dizer que du-rante anos vivemos a mercê de ideias e projetos que não fomos contempla-dos, não é o suficiente, mas que agora estamos aguardando por um novo mo-mento, que de fato possamos convidá-

los em outra oportunidade para mos-trarmos que além das belezas naturais, teremos placas padronizadas, em pelo menos dois idiomas, uma solução pa-ra as calçadas, uma solução aos preços abusivos que são praticados nas praias, falta de banheiros públicos, falta de lixeiras,ciclovias, mobilidade urbana...

Que não tenhamos mais essa poluição visual, que, de fato, os profissionais do turismo estarão capacitados para rece-ber os turistas, enfim, uma mudança na infraestrutura da cidade.

Mesmo pontuando todos esses fatores negativos a nossa cidade respira um

novo momento, e eles puderam ouvir de várias pessoas que a cidade está se preparando para sanar esses problemas, que em breve tudo estará diferente e is-so a população e O Perú estará cobran-do do nosso prefeito e nosso secretário de Turismo que nos afirmaram que po-demos contar com essa mudança.

Apresentandoa cidade

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Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas

Chegou a hora doutor. Em Búzios, se a sociedade sair às ruas para fazer pro-testo contra o transporte público, certa-mente será contra as vans do transpor-te alternativo. O prefeito André tem a chance da fazer agora, o que os outros prefeitos não tiveram coragem de fazer. A Licitação do transporte público mu-nicipal. Já passou da hora de a cidade ter um sistema circular de ônibus pas-sando por todos os bairros e a preço justo. Hoje, quem pega um ônibus da Salineira nos Ossos e salta em Mangui-nhos, por exemplo, paga a tarifa cheia para Cabo Frio- uma das mais caras do mundo.

Medalha de Ouro. A solução para acalmar os ânimos e findar os protes-tos é o Brasil participar de uma Copa do Mundo de Saúde e construir hospi-tais padrões FIFA e de uma Olimpíada de Educação que obrigue o País e ter escolas padrões COI.

Yves e Lili o novo casal apai-xonado (olha a carinha deles) totalmente Búzios in Love, no primeiro Dia dos Namorados juntos. Os dois garantem que vão comemorar a data juntos, pelo menos, nos pró-ximo 80 anos!! Êta saúde!

Tif e Leícia Nys no Pátio Havana

Na opinião dos 2 aviões (a seu lado), Leandro (Bar do Zé) já decolou como cozi-nheiro de 1ª classe. Agora precisa firmar-se. A clas-sificação é segura porque os jurados são de peso e marca. O avião à esquer-da, Tamires Nogueira, tem bandeira do Ceará. O avião à direita é de bandeira Portuguesa, a arquiteta Joana Carreira Batista. Já que decolou, se Leandro quiser meu apoio, usarei minhas habilidades de pilo-to garantindo vôo seguro até a Península Ibérica. Movido, é claro, pelo com-bustível biodegradável dos nordestinos “canaviais” brasileiros.

A turma de jornalistas convidada pela Blue Tree jantando no Don Juan

Marcelo Serrado e o secretário de Educação Cláudio Mendonça

A arquiteta Joana Batista veio de Portugal chamada pelo Embaixador Sergio Nogueira Lopes para reformar seus apartamentos em Santa Teresa

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Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas

Paula Belotti e Nelsinho, Dr. Marcelo, Dra. Alessandra e sua filha

O casal Belotti e o casal Valdívia

O casal Belotti com a vereadora Joice e Flávio Bombeiro

Beto Prata com sua esposa Pratinha com seus amigos Rubens, Majara, Nelsinho, Patrícia e Fernando

O pai do Luciano Huck, Dr. André e Dr. Marcelo prestigiando o aniversário da filha do Valdívia

Grupo de italianos à procura de jogadores de futebol em Búzios, Cabo Frio e Brasil todo

O clube do chorinho con-tinua firme e forte. Toda terça às 23h na Chez Cacau

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Como todo bom mineiro, o escritor Ruy Castro é comedido nas palavras. Mas quando o assunto é o seu ‘métier’, principal-

mente sobre o sucesso da Feira Literá-ria de Parati (FLIP), ele não mede as palavras. Diz que no Brasil, tudo que se faz dá certo, até o desfile do Bola Preta, e a FLIP não seria diferente. Lembra que a primeira edição tinha mais escritores que público, mas que foi tão simpático e houve uma grande divulgação na grande imprensa, que na 4ª edição já tinha virado um suces-so. “Tinha tanta gente, que tinha até escritor. No início, as pessoas iam por causa dos escritores, depois passaram ir por causa dos escritores e do even-to, e agora vão por causa do evento.” E como, em um País sem nenhu-ma tradição em cultura literária, uma feira de uma pequena cidade poderia dar tão certo, que já está na sua 11ª edição, e cada dia com mais público? Para Ruy, talvez seja exatamente essa ‘novidade’ que atrai as pessoas, e o que mais o surpreende é que a FLIP faz uma coisa que não é tradicional no Brasil , que é os escritores lendo seus próprios textos. Mas, apesar disto, ele conta que os auditórios estão sempre lotados, e o público atentíssimo, “até mesmo quando falam uma língua que eles não entendem”. Mas o evento é tão simpático, tão singular que atrai todo mundo. Ruy disse ao Perú que credita muito o sucesso do evento ao fato de as pessoas podem ver de perto e inte-ragir com autores famosos, o que foi logo contestado pela mulher, a escri-tora Heloisa Seixas. Ela, pensa que o sucesso ter vindo mais pelo fato de que o brasileiro ser encantado por tu-do o que é ‘estrangeiro’. E o fato de que a feira foi organizada por uma in-glesa, logo no início teve a presença de escritores de renome mundial, o que deslumbrou público brasileiro. A organização ‘britânica’ talvez seja uma das fórmulas de sucesso da feira, que no ano passado teve um pú-blico aproximado de 25 mil pessoas e um orçamento de R$ 7 milhões. Con-cebida pela editora inglesa Liz Calder, a FLIP é um evento em que não se aplica a tradição brasileira de tudo co-meçar pontualmente 15 minutos com atraso. “Eu tentei cumprir com essa tradição, atrasando a minha apresenta-ção e não deixaram”. Mas, independente do motivo que levou ao sucesso da feira, ambos concordam que a feira lançou a moda da feira literária em território tupini-quim. Antes da FLIP era somente as bienais, depois surgiram muitos ou-tros eventos em várias cidades do in-terior do Brasil. “Virou moda, hoje já temos a FLUP, FLAP, FLIPORTO... tudo em cima da mesma idéia. As fei-ras literárias ganharam visibilidade e hoje os escritores podem passar 365 dias no ano viajando”. Mas, se esta nova moda literária não chegou a aquecer o mercado lite-

rário brasileiro, pelo menos deu mais visibilidade aos escritores e está per-mitindo a eles viverem exclusivamen-te da literatura. SACI - Apesar de conhecer quase to-das os eventos literários do Brasil, o casal ainda não tinha ouvido falar do nosso SACI (Semana de Artes e Cul-turas Internacionais) na sua 3ª edição. É bem verdade que o nosso SACI não é mais dedicado exclusivamente à li-teratura, mas ela foi o foco de criação do evento, organizado pela Academia Buziana de Letras. Mas agora eles sa-bem e, quem sabe, virão nos prestigiar no próximo ano. Aproveitando para ‘tirar um sarro’ Ruy diz não acreditar que um evento destes desse certo por aqui. Para ele, em Búzios, tudo é di-ferente e que seremos a única cidade no Brasil que não vai participar des-ta manifestação que eclodiu no Pais. “Aqui poderia ter um panelaço contra a Cristina Kirchner, pois metade da população argentina vive aqui, e a ou-tra metade vêm à passeio”. MANIFESTAÇÕES E SUAS RA-ZÕES - Falando nas manifestações que tomaram o Brasil nas últimas se-mana, Ruy, como muitas outras pes-soas, não tem uma idéia muito clara do que ela representa. Para ele, talvez seja uma vontade de se manifestar, e aqui, motivos não faltam. Mas a per-gunta é exatamente porque agora? Motivos existem há muitos anos e as manifestações eram sempre muito pequenas. Exemplo disso foi o 7 de setembro do ano passado, quando no auge do julgamento do Mensalão, as pessoas foram chamadas às ruas pa-ra se manifestar contra a corrupção brasileira e o saldo foi de aproxima-damente 24 mil pessoas nas ruas, em todo o Brasil. Agora, já se fala em 1 milhão de pessoas na ruas, demons-trando a sua insatisfação. Afinal, o que mudou? Segundo o antropólogo Rober-to da Matta, publicado no O Globo do dia 18, os motivos seriam o mesmo da famosa marcha dos 100 mil, em 1968. Ou seja, foi um acúmulo de insatisfa-ções durante um grande período e que, um evento qualquer acendeu o pavio e a massa explodiu. Já Ruy Castro dis-corda do amigo, pois para ele 68 é ou-tra história, pois naquele momento as insatisfações eram contra um alvo: a Ditadura Militar. A morte do estudante Edson Luis foi realmente o gatilho da revolta, mas, os estudante já vinham se manifestando há tempos. Para ele, a marcha do 100 mil teve um único foco: a abertura política. Porém, essa manifestação de agora não tem esse foco. Heloisa concorda com o marido e diz que basta ver o que os manifes-tantes querem. “Você vê os cartazes e percebe que tem gente pedindo de tu-do, é o maior saco de gato da história do Brasil”. AMOR A BÚZIOS - Apesar do sar-ro tirado sobre a ‘argentinização’ bu-

ziana, Ruy e Heloisa declaram amor eterno à nossa cidade. Eles conhecem Búzios há cerca de 40 anos, e vêm curtir o nosso paraíso todos os anos. E, ao contrario do que muitos pensam, eles acham que a cidade conseguiu manter a beleza primordial. Para Ruy o comércio na cidade está hoje muito mais pujante do que o de Saint-Tro-pez. “Você vê uma quantidade enorme de lojas, restaurantes e pousadas que tenho a impressão que tem mais gente aqui do que lá”. Heloisa lembra que apesar de Búzios ter passado pelo processo de crescimento desenfreado, comum nos anos 80 e 90, ela ainda conseguiu manter seu estilo, o que não aconteceu com outras cidades turísticas brasilei-ras e até estrangeiras. “Tirando João Fernandes e Ferradura, que foram realmente massacradas pela especu-lação, o resto conseguiu sobreviver bem”. Para eles a evolução é uma coisa natural e devemos ter um olhar mais realista do crescimento das cidades, pois afinal elas estão sempre em mo-vimento, evoluindo com o tempo e as pessoas. Não se pode pensar no Bra-sil, ou no mundo, em um lugar está-tico e que seria impossível manter a natura completamente intacta. “Senão ainda viveríamos em aldeias”. Mas ambos lembram que o progresso tem que vir com responsabilidade e equi-líbrio. Como exemplo citam o condo-mínio que foi criado em frente a praia da Ferradurinha. “Há poucos anos, tinha um brejo maravilhoso, com um ecossistema maravilhoso. Hoje você passa ali e tem concreto, o ecossiste-ma foi literalmente para o brejo. Hoje,

para nós lamentamos a falta do bre-jo, mas quem sabe daqui há 50 anos, outras pessoas vão estar lutando para manter o condomínio, pois querem construir um prédio no lugar. Temos que ser conscientes, e saber relativizar o tempo”. RUY E SUA OBRA - Ruy Castro nasceu em Caratinga (MG) e dedicou a sua vida ao jornalismo e à literatura. Com passagem por importantes veícu-los da imprensa do Rio e de São Pau-lo e virou escritor a partir do ano de 1967. É reconhecido pela produção de biografias como “O Anjo Pornográ-fico” (a vida de Nelson Rodrigues), “Estrela Solitária” (sobre Garrincha) e “Carmen” (sobre Carmen Miranda; e de livros de reconstituição histórica, como “Chega de Saudade” (sobre a Bossa nova) e “Ela é Carioca” (sobre o bairro de Ipanema, no Rio). Tem sua obra publicada em vários países e ga-nhou vários prêmios nacionais. Diz que prefere escrever bio-grafias, pois para se chegar a um bom resultado é preciso conhecer o assunto profundamente, tem que buscar in-formações e fatos verdadeiros, não se pode falar besteiras. Para ele, o mestre da literatura sempre foi e será Nelson Rodrigues, cujo texto era rico e inteli-gente. Sobre a nova geração brasileira de escritores, diz que não tem paciên-cia para ler, porque os textos se torna-ram chatos e mal escritos. Ruy só tece elogios a dois escritores atuais: à mu-lher Heloisa Seixas e ao biógrafo bra-sileiro Mário Magalhães, que escre-veu a biografia do guerrilheiro Carlos Marighella. “Muito bem escrita. Dá vontade de ler mais”.

Ruy Castro diz que feiras literárias viraram moda no Brasil

Mônica Casarin e Ruy Castro

Ruy Castro e sua esposa Heloísa Seixas

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Por Marcelo Lartigue

Na última terça-feira (18) o Pe-rú esteve no Rio de Janeiro, no escritório do Dr. Augusto Ariston, dono do Grupo de Comunicação Auto Litoral,

que nos recebeu muito bem e nos concedeu uma entrevista. Viemos entrevistar o senhor que é um grande amigo e ainda um político com P maiúsculo. O Perú Molhado ganhou tanta credibilidade no Rio de Janeiro porque tem um editor, di-retor como o Marcelo, que já chega elogian-do a gente (risos).

E como o senhor está? Estou bem, acabei de escrever mais um livro ( de contos) estou com muitos projetos edi-toriais, profissionais e pessoais. Agora que fiz 40 anos (risos) tenho que estar atento á novos projetos.

Estamos vendo uma serie de manifesta-ções em todo o Brasil, onde muitos jovens estão a frente dessa luta. Me alegra ver minha filha, Eva, me convidando para as manifestações. O que o senhor acha? Falo muito a vontade desse assunto. Porque no período da ditadura eu fui preso em três estados brasileiros lutando pelas liberdades. E fiquei muito feliz quando soube que ontem o meu neto estava nas ruas protestando por um país melhor. O que vejo é que o povo es-tá cansado. Se formos falar da revolução Bolchevi-que, por exemplo, o que vamos encontrar? A revol-ta e pessoas com uma proposta nova. Era uma luta ideológica. Todo mundo sabe que está tudo errado, não é possível a educação ser tão fraca, continuar a corrupção. Mas ninguém tem uma proposta nova. Isso se parece com a Revolução Francesa em que a população explodiu e não tinha propostas. Tanto que foram a Paris, na bastilha, para soltar os presos, provando que não havia propostas. Assim estão os nossos jovens, chacoalhando dentro dos ônibus, o país está muito caro e as pessoas sabem que não está dando para aguentar.

A presidente Dilma deu um pronunciamento so-bre as manifestações. O que o senhor achou do pronunciamento dela? Acho que a Dilma se posicionou inteligentemente. Eu não acho que ela seja uma corrupta, acho que ela é uma pessoa do bem. O problema é o partido em que ela está. O PT está no poder há 12 anos e no entanto as iniciativas que o gover-no não tomou, foi ela que não tomou. Ela tem uma parcela de culpa nisso. Mas no entanto ela se posicionou a favor da manifestação e contra a corrupção. E acho que foi um posicionamento sincero.

Não é coincidência que as manifestações este-jam acontecendo durante a Copa das Confe-derações, não é? O que mais me chocou foi ver esse presidente da FIFA dar um carão na população dizendo que tem de respeitar a presidente. O comandante da

PM de Belo Horizonte limitou o espaço de atuação dos manifestantes dizendo que dali em diante era o “ Espaço Fifa”. Então estamos vivendo um Estado Sugereni. Então o povo brasileiro irá respeitar uma organização internacional reconhecidamente de la-drões. Aquele outro da FIFA esteve aqui dizendo que iria dar um pé na bunda da população. Lá o roubo é de todas as idades. Isso me indignou e es-pero que o Governo Brasileiro não se renda a FIFA.

O senhor nasceu aonde? Eu nasci no Rio Grande do Norte, na região do Ci-ridó, sou uma planta do deserto. Se cair um pingo de água em mim eu já volto a vida, e brigando. É por isso que você me encontra com tanto entusias-mo assim.

Houve uma grande manifestação em Cabo Frio

também. O que o senhor acha? Cabo Frio já deveria estar se manifestando há muito tempo. É tão bonita, mas é uma ci-dade muito acomodado. Falta rebeldia.

Há muita manifestação no Facebook, e ainda assim para falar bobagens, não acha? O que me chega aqui é que o Facebook é usado para fazer fofoca; Há blogueiros lá famosos por falar bobeiras.

O que o senhor pensa do fim dos royal-ties na Região dos Lagos? Nós do Perú fomos o único jornal que não aderimos a campanha em prol da permanência dos royalties . Porque acreditamos que esse subsidio deixa o povo mal acostumado e o dinheiro nunca foi bem usado. Se não tiver royalties a gente vai ter de se virar, não acha? O dinheiro em Cabo Frio é muito mal gasto. Já poderíamos ter um turismo alto sustentá-vel. Mas esse royalties vier a faltar iremos a falência. É melhor que se aplique bem que não ter os royalties. Mas não tem também é uma possibilidade. É muito dinheiro e se começa a sonhar que aplique-se esse di-nheiro melhor no Rio de Janeiro.

Seu filho, Bernardo Ariston, é melhor po-lítico ou melhor radialista? Acho que ele é um excelente político e acho que ele é um bom radialista. Acho que ele

exerçe a atividade radialista como um instrumento para que se coloque na política ativamente. Ele foi um dos melhores deputados do Rio de Janeiro. Ele se caracterizou como um deputado da Região dos Lagos e isso pesou um pouco na sua renovação elei-toral. Mas ele está muito empenhado para o retorno á câmara, e será sempre uma voz com a qual a Re-gião dos Lagos poderá contar. Tem todo meu apoio.

Hoje há na Radio Litoral o Programa das Mu-lheres, com a chancela do Perú Molhado. O se-nhor conhece? Sim. È sempre muito bem vindo um programa de mulheres e para as mulheres, porque tudo que venha para revindicar melhorias para as mulheres tem o nosso apoio. Fiquei sabendo que é mesmo sendo o mais novo já tem uma grande audiência.

“Eu sou uma planta no sertão nordestino”

Ariston ainda é um rebelde

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Por Marcelo Lartigue

Com o retorno do prefeito, André Gra-nado, após ter ido em comitiva á Sar-denha para fechar parcerias para in-vestimentos turísticos e que aquecerão a economia do município.

O que o senhor foi fazer exatamente na Sarde-nha? Essa viagem, na realidade já estava agendada desde o ano passado, porque esse é um importante even-to que acontece na Sardenha. Uma regata de super iates, que vamos trazer em parceria com o Governo do Estado. Inclusive estava presente o secretário de turismo do Estado do Rio de Janeiro e o secretário de turismo de Búzios. O objetivo é tentar trazer esse evento para Búzios. Que nunca aconteceu na Ameri-ca do Sul. Minha presença como prefeito foi cobra-da lá. Houve apresentação do Toquinho, que é um grande artista brasileiro e dispensa comentários,para divulgar Búzios. Com isso se abrirá contatos para novos eventos de vela, todos de auto nível, como as regatas da Rolex, e Louis Vuitton, que são competi-ções que nunca aconteceram na nossa região. Está sendo decidido a questão do patrocinador. Recebe-remos em breve um contrato de intenções para que o evento ocorra em Novembro de 2014.

E sobre a polemica da PL , que o senhor teria assinado, que enviaria os efluentes sobre o Rio Una. Essa questão que está sendo discutida hoje foi uma lei aprovada pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que determinava para os membros do Consórcio São João um valor de mais de R$ 11 milhões e Búzios que faz parte deste consórcio seria contemplado com R$3,656,00 mi-lhões para ser usado no em torno da Lagoa de Ge-ribá, com a construção de rede separativa, retirando o esgoto que era drenado para a lagoa assim como para a praia de Manguinhos. Nós já tínhamos mais de R$10.000,00 para investir no saneamento bási-co, de João Fernandes e Ossos, protegendo a lagoa e a praia dos Ossos. o Meio Ambiente nós entende-mos que é uma prioridade para o município. Foi feito também pela prefeitura um projeto e dado en-trada na Caixa Econômica Federal, no PAC 2. Com dois anos de carência e mais 20 anos para pagar. O projeto foi assinado lá na Alerj e não por qualquer prefeito da região. Assinamos o convênio de repas-se financeiro para os nossos municípios, portanto jamais autorizaria que o esgoto fosse jogado no Rio Una. Esta semana houve uma nova reunião em São Pedro da Aldeia, eu tinha um outro compromisso no Rio de Janeiro com o Governador, mas o Mu-niz, que é um técnico (engenheiro sanitarista) foi me representando. Todos tiveram acesso ao docu-mento, inclusive o Hamber, que esteve no evento. Lá a Prolagos assumiu o compromisso de melhorar a estação de esgoto de São José, em Búzios, e de melhorar a estação de tratamento de esgoto no Jar-dim Esperança, porque hoje esse esgoto é jogado no Rio Una com tratamento incompleto. O documento ainda preve que o tratamento de São Pedro e Iguaba sejam de forma terciária e com monitoramente con-tinuo. Esse documento será ainda estudado e leva-do as instâncias de direito e depois será exposto as entidades representativas de Búzios para que depois ele possa ser assinado.

E como está a questão, que nós do Perú estamos apoiando, da construção do Centro Permanente de Vela na Praia de Manguinhos? Estamos trabalhando com muito empenho por is-so. Inclusive um consultor, que é um engenheiro na Sardenha, veio á Búzios e está fazendo um es-tudo minucioso. Na última terça (18) eu assinei um documento determinando que aquela área em

Manguinhos,é de utilidade pública para a cidade de Búzios. É um decreto que será publicado no BO nessa sexta-feira (21). Esse é o primeiro passo. Está sendo feito o levantamento para se saber quem é o verdadeiro proprietário. E utilizaremos a melhor es-tratégia para adquirirmos o terreno.

O Muniz se comportou bem como prefeito na sua ausência? Muniz é um grande companheiro.Foi importante para vencêssemos a campanha. Entreguei a Secre-taria de Meio Ambiente a ele porque confio nele. Ele é importante no governo e tendo ele a frente do Meio Ambiente eu fico muito tranquilo.

E o Búzios Love? Gostou? Foi um evento que teve um resultado positivo. A cidade estava em baixa temporada e teve uma boa frequência e além dos turistas tinham moradores de todos os bairros . E todos estavam muito satisfeitos. E tudo isso se deve a parceria com vários segmentos da nossa sociedade, pois todos participaram da for-matação do evento.

A antiga Fundação Bem Te vi, continuará sendo do povo? Já ganhamos em segnda instância. Haverá também no local uma Praça com pista de Skate e um cinema de qualidade.

O que o senhor está achando das manifestações que estão ocorrendo pelo Brasil e inclusive em Cabo Frio e Búzios? Acho que são extremamente legítimas, como qual-quer cobrança e reivindicação da população. Quem quiser ser político tem de estar preparado para as reivindicações. Os jovens devem reivindicar mes-mo e os políticos devem se adequar e corresponder as expectivas da população. E as manifestações são totalmente pertinentes. Mas isso é pouco e a popula-ção deve cobrar mais mesmo. O que não deve acon-tecer é depedrar o patrimônio público

Vou fazer um bate bola. Tudo bem? Sim, claro.

Educação?

Na educação Búzios era um dos piores índices do estado e ainda precisamos das próximas avaliação para sabermos a novo índice. Mas a Secretaria de Educação está com projetos extremamente inte-ressantes e pioneiros e irá com certeza melhorar a qualidade de ensino e irá melhorar os resultados dos alunos de Búzios. Mas não estamos trabalhando so-mente para que os alunos possam ir bem nas provas, mas preparando-os pra o futuro. Traremos a robóti-ca, um projeto de montagem de robôs, um programa de leitura diferenciada, estamos buscando parceiros, esses são privados. Mas estamos junto ao Ministério da Educação para alavancar ainda mais a educação de nossa cidade. Já temos uma creche para esse ano para 120 crianças e havia outra para o próximo ano.

Saúde? Eu sei que a expectativa é muito grande na saúde, porque é o que a população mais espera de mim. A população tem todo o direito de cobrar, já avança-mos, mas sei que ainda há o que melhorar, e vamos melhorar. Haverá um novo cadastramento para que montemos uma nova estratégia para atender melhor a população de Búzios. Porque não temos condições de atender a população de outros municípios, e is-so vem acontecendo. Já temos uma creche para esse ano para 120 crianças e havia outra para o próximo ano.

Fiação elétrica? Estamos cobrando da Ampla e da Oi sobre essa quantidade horrível de fios na cidade. E a maior parte é por culpa da OI. Eles se comprometeram a substituir esses fios por outros mais modernos. Até conseguirmos construir as galerias subterrâneas.

Esgoto? Na pergunta anterior creio que já falei bastante so-bre o tema mas posso citar também a questão da Lagoa dos Ossos que recebe o esgoto quando falta energia elétrica, inclusive teve mortandade de pei-xes . A Prolagos culpou a Ampla e eu dei a solu-ção. Eu disse a eles, ‘por que vocês não compram um gerador-estabilizador e quando tiver queda de voltagem estabiliza e quando faltar luz ele liga. As-sim esse esgoto não extravasara mais para a lagoa ou para a praia dos ossos.

André está de volta!

Elizandra, Ronald Àzaro, Pide (dono da Loro Piana), Toquinho, o prefeito André e o secretário de turismo Zé Márcio Zé Márcio e Maria,

organizadora da Euroal

O Prefeito André Granado e o secretário de turismo Zé Márcio na Sardenha

Regata super iates patrocinada pela Loro Piano. Ano que vem teremos em Búzios

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De 21 a 28 de junho de 2013 – O Perú Molhado 17

Por Sylvana Graça

Semana passada a cidade viveu em atmosfera de amor no evento Búzios Love.Durante os quatro dias as

Ruas das Pedras, Turíbio e Orla Bar-dot foram contempladas com músicos espalhados que tocaram belas can-ções embalando os casais apaixona-dos. Na Praça Santos Dumont, uma capela cinematográfica foi montada realizando casamentos fictícios. Es-petáculos musicais e stand up-come-dy divididos entre a Praça e o Porto da Barra fizeram a diferença no even-to. Segundo o Secretário de Turismo, José Marcio dos Santos o importante foi aquecer o comércio local na épo-ca de baixa. Comerciantes engajados no projeto decoraram seus espaços e abraçaram a ideia. Ficaram felizes co-mo Pachu do Bar do Mangue e Frank Gerard do Taverne 67, que aprova-ram o projeto, acharam o mês ideal e acreditam que para o ano que vem a tendência é melhorar para atrair além de moradores, mais turistas para a ci-dade nessa época. Comerciantes que ficaram de fora já querem participar no próximo. Neusa Nardelli da ECOSUP realizou o primeiro casamento em stand- up paddle abrindo assim mais um nicho de casamento na cidade. Anna Flávia, moradora de Juiz de Fora, soube do evento e correu para fazer uma sur-presa para seu namorado, “casaram” no Búzios Love e estão levando de Búzios as melhores lembranças. Para ela foi inenarrável. Projeto que nasceu em menos de um mês pela Prefeitura de Búzios através da Secretaria de Turismo junto com comerciantes e hoteleiros realizado com muito amor e vontade. Pessoas que nunca viram uma peça de teatro assistiram gratuitamente aos espetá-culos, pessoas que casaram – mesmo sabendo que era uma brincadeira, le-varam a fundo esse momento. Pesso-as que abraçaram a ideia e a acredita-ram que a união faz a força. Búzios só tem a ganhar com projetos assim e principalmente em uma época tão ruim para a cidade como o mês de ju-nho. Afinal, Búzios merece!

Búzios, com amor

Taíssa e Zé do Bar do Zé

Adriana e Clemente

O primeiro casamento de stand up

Neusa Nardelli da Ecosup com os noivos e Juan

Graça Coelho e Amanda Chang

Armandinho era só love Toda forma de amar

vale a pena #felicia-nonaomerepresenta

Marcelo Serrado O povo animado do Porto da BarraA turma do turismo feliz com o secretário Zé Marcio: Sylvana, Help, Jupira, Lara e Patrícia

Zé Márcio abrindo o Búzios Love

Claudinho e o cupido do amor

Cilico e Jupira

Cilico e JupiraAnna Flávia e seu marido Fred

Thuany e Soneca

Sophie e Vini

Tributo a Amy fechou o Búzios Love com chave de ouro

A Praça Santos Dumont lotada

Fernando, Help e Amanda

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De 21 a 28 de junho de 2013 – O Perú Molhado18

CinemaCine Bardot - FOROESTE CABOCLO. Pais: BRASIL. De: René Sampaio. Com: Fabrício Boliveira, Ísis Valverde, Felipe Abib. Dias: SEXTA 21:00 / SÁBADO 21:00 / DO-MINGO 19:00. SEM PROTEÇÃO. Pais: EUA. De: Robert Redford. Com: Robert Redford, Shia LaBeouf, Susan Saran-don. Dias: QUINTA 21:00 / SÁBADO 19:00 / DOMINGO 21:00. Ingressos: INTEIRA R$ 22,00 MEIA R$ 11,00. www.viladomar.com/cinebardot. Tel: 22 2623-1298.

Artes Plásticas

Abigail V. Schlemm – Pinturas. Rua das Pedras 151. Vilmar Madruga – Atelier com exposição permanente da obra do artista. Porto da Barra. Tel.: 2623-7452Anauê Mosaicos e Esculturas – Rua das Pedras, 266 – lo-ja 04. Telefone: 2623-2225Atelier Decor-Resina – Peças exclusivas em materiais nobres misturados com resina cristal. Rua Vila das Aroeiras, no 180. Tel.: (21) 9729-3795Lula Moraes – Rua A - Lote 3 - Alto de Búzios. Tel: 2623-5744.Atelier Flory Menezes - Rua das Pedras 168 lj 8 Búzios (2623-0264 - 9994-7831). www.florymenezesescultura.com.O Perú recomenda a Mostra da pintora e escultora Ana Clara Mar-tins até fim de julho.Eduardo Sardi - Retratos artísticos, pinturas a óleo e páti-nas - Vila Caranga, 32 - Telefone: 2623-4072 - 9223-0457Julián Juaréz - artista plástico - Tel: 2633-7037 / 9209-6364. [email protected]. Rua Nicolau Antônio Estevão, 68 • Alto da Boa Vista • Rasa.Sérgio Joppert - Pinturas e Desenhos. Rua Zaíras Street. Nº. 09 Baia Formosa - Lote 09. Quadra 05. [email protected]. (21) 9559-0014Eduardo Pieretti Atelier - Rua da creche Barbara Writh, Parque das Acácias. Tel: (22) 2623-6179Atelier Maremato do André Cira - Tel 22 26291351 - [email protected] plástica Argina Seixas. Endereço: Centro Hípico de Búzios - Marina Porto. Horário de funcionamento: 10:00 às 18:00. Telefone contato: (22) 8843-6604Ana Colombo - Na Galerida da Vimolagos

Comidas & Shows

Barceloneta - Todas as terças festival de tortillas espa-nholas. No sábado tem feijoada. Reservas tel.: 2623-0035

Crêperie Chez Michou - Deliciosas crepes e exóticos drinks. 14 monitores para assistir os mais novos DVD´s e todos os eventos esportivos. Programação musical com Dj´s. Venha a comemorar seu aniversário no point mais ba-dalado de Rua das Pedras. Aberto todos os dias do meio dia ao ultimo cliente. Tel. (22) 2623-2169 – www.chezmichou.com.br – Rua das Pedras, 90. Centro.

Pátio Havana - De frente para o mar, gastronomia contem-porânea. Excelentes alternativas de frutos do mar, carnes de importação, massas, petiscos e deliciosas pizzas. Pro-gramação de shows ao vivo, quintas feiras Salsa para bailar e domingos roda de samba. Aberto todos os dias a partir das 18h e ate o ultimo cliente (exceto terças feiras). Reservas: (22) 2623-2169 – Ramal 6 – www.pa-tiohavana.com.br - Rua das Pedras, 101. Centro.

Estância Don Juan - As melhores carnes de importação com a melhor seleção de vinhos, no restaurante mais aconchegante de Búzios. Shows de tango são apresenta-dos todas as terças feiras. Aberto todos os dias do meio dia até o ultimo cliente. Re-servas: (22) 2623-2169 – Ramal 5 – www.estanciadonjuan.com.br – Rua das Pedras, 178. Centro.

Galeria Abigail VasthiRua das Pedras, 151

Tel.: 2623-2261

E X P O S I Ç Ã O C O M GRANDES NOMES DA FOTOGRAFIA - Élcio Paraíso, Deia Quintino, Fernando Rabelo, Hen-rique Gualtieri, Kazuo Okubo, Márcia Charni-zon, Marcelo Vianna, Mika Castello, Oswaldo Marra & Jane Magalhães, Rafaela Azevedo e Wé-ber Pádua.

EXPOSIÇÃO “FOTÓ-GRAFOS DE BÚZIOS”Anibal Sciarretta, Ber-nard Bourgeois, Marcelo Lartigue, Sérgio Quissak e Sylvana Graça.

PROJETO CULTURA ÍMPAR - @chbcdf, @cacildanc, @jeff_nct, @mmjordao_gf, @roberto-reis e @tatigrant_gf

EXPOSIÇÃO “BÚZIOS PELOS BUZIANOS”Painel onde os moradores de Búzios poderão colar fotos de sua autoria, mostrando seu olhar sobre a cidade em que vivem.

EXPOSIÇÃO “COMPARTILHE BÚZIOS”20 melhores fotos do Encontro Fotográfico rea-lizado nos dias 18 e 19 de maio, em Búzios.

EXPOSIÇÃO COLETIVA - Fotógrafos profis-sionais e amadores expõem série de 5 fotos cada.

PROJEÇÃO DE IMAGENS - Projeção de ima-gens na vela de um barco.

WORKSHOPS (INSCRIÇÕES ABERTAS) - Photoshop e Lightroom. Ministrante: Oswaldo Marra. 28/06 - R$ 300,00

- Fotografia Autoral e Direção de ModelosMinistrante: Kazuo Okubo

29/06 - R$ 300,00 - Os Primeiros Cliques: Fotografia NewbornMinistrante: Natalia Ribeiro29/06 - R$ 250,00 *Mais informações e inscrições através do e-mail [email protected]

PALESTRA GRATUITA - “Desvendando os Mistérios do Instagram” - Bruno Waddington (@brunoswell), do BlogPop e convidados espe-ciais Carlos Henrique Brasil (@chbcdf) e Clau-dia Martini (@caumartini)

DESAFIOS FOTOGRÁFICOS COM PRÊ-MIOS - Desafios temáticos com premiação re-alizados através do Instagram @grupoimpar. Lojas e restaurantes de Búzios premiarão as melhores fotos dos desafios.

AÇÃO COM OS POSTAIS POPCARDS - Du-rante o festival, postais da PopCards, impressos com fotografias dos principais fotógrafos convi-dados, estarão num stand onde os visitantes po-derão enviar para um amigo via correio. Parti-cipe dessa bela ação compartilhando fotografia com quem você mais gosta!

ENTREGA DOS PRÊMIOS DO CONCURSO “COMPARTILHE BÚZIOS”

IMPRESSÃO FINE ART A PREÇOS ESPE-CIAIS

BANCA DE LIVROS DA EDITORA PHOTOS

CONVOCATÓRIA - Estamos selecionando fo-tógrafos que queiram participar do Búzios Foto Show com exposições individuais ou coletivas. Envie e-mail para o [email protected] e saiba como participar.

ACOMPANHE TUDO SOBRE O FESTIVAL NO FACEBOOK, INSTAGRAM E TWITTER.

CONFIRA TODA A NOSSA PROGRAMA-ÇÃO NO SITE www.buziosfotoshow.com.br.

O 1º Festival de Fotografia de Búzios está se aproximando. Programe-se.

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De 21 a 28 de junho de 2013 – O Perú Molhado 19

16º IADC Golf Tournament em Búzios

Pat e Mike Jackson da Brasdril

Foto aérea de Gozalo Arselli. O resto das fotos também são dele. Ou seja, a totalidade das fotos são do nosso amigo Gonzalo

Búzios foi bem representado. Kakado foi o campeão do torneio com os parceiros Fragoso, Beto Prata e o norueguês Morten, que receberam o prêmio do capitão Acir Cumin

Fragoso, Luciano da Marfood e Kakado

Per da Aker SolutionsA diretora da Eletrobras também esteve presente

Filho de peixe, peixi-nho é. Kalani e Gabriel reprsentando Búzios

Marcelo perdeu o banquete...

Robson e Paul BroucksOs organizadores do evento

A equipe campeã

Centenas de macaenses invadiram Búzios

Como todos os anos, o campo de golfe de Búzios serve como encerramento da feira de Petróleo e Gás de Macaé. Tem até gringos que participam da feira para jogar golfe em Búzios e per-correr a noite da cidade. O campo é o playground dos petroleiros e suas famílias.Pela noite, os “macaenses” curtiram um jantar de gala na Privilège.

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De 21 a 28 de junho de 2013 – O Perú Molhado20

Quem souber de algum impedimento, acuse-me.Eu, Katharine Moreira Guimarães, Escrevente, a extraí.

Armação dos Búzios, 20 de junho de 2013.

LINCOLN RODRIGUES MARTINS e LIVIA TARDELLI VIEIRA; Brasileiros, solteiros. Ele, Nutricionista, filho de: Clausner Nogueira Martins e Sonia Maria Rodrigues Mar-tins. Ela: Fisioterapeuta, filha de: Altir Tardelli e Elza Mo-raes Vieira Tardelli, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2131/13.

NILTON MARINS e LECI FERNANDES DA SILVA; Bra-sileiros. Ele, Viúvo, Pedreiro, filho de: Francisco Carlos Marins e Celeste de Souza Marins. Ela: Divorciada, Co-zinheira, filha de: Arlindo Francisco da Silva e Robelina Fernandes da Silva, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2132/13.

THYAGO REZENDE ANDRADE e MARIA PALMIRA SOUZA DE CARVALHO; Brasileiros, solteiros. Ele, Ven-dedor, filho de: Antonio Augusto Pires Andrade e Sandra Marques Rezende. Ela: Do lar, filha de: Luiz Graças de Carvalho e Leinar Linhares de Souza, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2137/13.

ADEJAIR QUINTANILHA DE ASSIS e THAIS DALPERIO DE OLIVEIRA; Brasileiros, solteiros. Ele, Professor, filho de: Abel Alves de Assis e Lucilda Quintanilha de Assis. Ela: Vendedora, filha de: Sebastião Sanes de Oliveira e Luciene Dalperio de Oliveira, ambos residentes neste Mu-nicípio/RJ. Processo nº 2138/13.

LUCAS SANTOS ANDRADE e CARLA PRISCILA NASCI-MENTO DOS SANTOS; Brasileiros, solteiros. Ele, Pintor, filho de: Osmario Bernardino de Andrade e Iolanda Santos Andrade. Ela: Domestica, filha de: Carlos Roberto Silva Santos e Vilma Aquino do Nascimento, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2141/13

LUCIANO DE FREITAS RODRIGUES e VIVIAM ROMU-ALDO TAVARES; Brasileiros, solteiros. Ele, Vigia, filho de: Antonio Rodrigues e Arzelina de Freitas Rodrigues. Ela: Cozinheira, filha de: Ezequiel de Souza Tavares e Izabel Romualdo Firmino, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2142/13

PROCLAMAS DE CASAMENTOSNeste Ofício estão afixados no local de costume, após a apresentação dos

documentos exigidos pela Lei, os seguintes Editais de Proclamas de Casamento:

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILESTADO DO RIO DE JANEIRODr. ALBERT DANAN – Tabelião e Oficial TitularOFÍCIO ÚNICO DA COMARCA DE ARMAÇÃO DOS BÚZIOS/RJSERVIÇO DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAISAv. Jose Bento Ribeiro Dantas, nº 2.000, ManguinhosArmação dos Búzios/RJ - CEP: 28950-000 Telefax: (22) 2623-6093 – [email protected]

Por Ernesto Galiotto

O rio que interliga 4 municípios em bre-ve será a próxima vítima da herança maldita do esgoto dos principais mu-nicípios da Região dos Lagos. Parece inacreditável, mas é a pura verdade

que quando a política se envolve nas questões am-bientais é difícil uma solução: tudo vai a passos lar-gos para a poluição, com a transformação de uma água pura em um esgoto fedorento.Este projeto que beneficia alguns municípios não poderia ter um final tão infeliz. O de transformar o histórico Rio Una, a Praia Rasa e adjacências (Verão Vermelho, Orla 500 e Unamar à esquerda e Manguinhos e Tartaruga à direita) em corpo recep-tor de efluentes, áreas contaminadas e não frequen-tadas. Sim, pois a alegação de que vai haver um tratamento terciário e não haverá impacto parece balela, uma vez que ainda assim serão geradas par-tículas que conferem cor e turbidez, formadas por colóides e pigmentos, algas e organismos vegetais, substâncias geradoras de odor de origem química e biológica.Por que os prefeitos que assinaram esse acordo - e o Estado que encaminhou para a ALERJ e esta mesma que aprovou - não pensaram duas vezes na agressão ambiental. Cada um quer se desfazer da sua titica, não importa para onde vai ser canaliza-da e o dano que vai causar. O que interessa a esses homens de borboleta branca é a próxima eleição, e não estão nem aí para o Rio Una.Temos exemplos concretos e fracassados. Vejamos a estação de tratamento construída com pompa e circunstância no Jardim Esperança, em Cabo Frio, com o objetivo de sanear o bairro e ajudar a des-poluir a Lagoa de Araruama. O que existe lá é su-ficiente para o tratamento do esgoto de no máximo 10.000 pessoas. Ora, como pode ser isso se atual-mente já existem naquela localidade mais de 60.000 habitantes fixos, fora os visitantes e turistas de tem-porada e cujo esgoto é canalizado para essa estação de tratamento. Será que há um tratamento eficaz? Ou o esgoto que chega lá fica além da capacidade de tratamento e é despejado no corpo receptor?Mais uma vez chegamos à conclusão de que o esgo-to excedente ficará amparado no discurso vazio e na justificativa não confiável, como o esgoto in natura que vaza das estações instaladas em Cabo Frio, sede do município. Mas nós ambientalista continuare-mos desafiando e cobrando competência séria e que traga solução.No resumo da ópera comparamos o Rio Una com uma foca ou leão-marinho encurralado por baleias assassinas em que o resultado final é a perda da vi-

O Rio Una em breve mudará de cor

da e a devoração de tudo. O que restará para trás são manchas de sangue, no caso manchas negras e fedor, porém num ato cruel praticado por seres humanos contra este indefeso rio. Uma Pena!

As fotos do Galiotto falam por si só

INFO

RM

E PUB

LICITÁ

RIO

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De 21 a 28 de junho de 2013 – O Perú Molhado 21

Con se lho edi to rial Bri git te Bar dot, Clau dio Kuck, Ivald Gra na to, Jo-mar Pe rei ra da Sil va, Fi no Quin ta ni lha, Re na ta Des-champs, Ota vi nho, Umberto e Clau dio Mo dia no, Er nes to Za bo tinsky, Tra ja no Ri bei ro, Re na to Pa co te, Jor ge Te des co, Clau dio Co hen, Lau ritz Lach man, Gui lher me Araú jo, Pe dro Pau lo Bul cão, Pau lo Ma-ria ni, Al ber to Fan ti ni, Ma rie Anick e Jac ques Mer-cier, Ara guacy da Sil va Mel lo, Luis Ed mun do Cos ta Lei te, Mar cos Pau lo, Elie Sha ye vitz, Jo nas Suas su na, Gló ria Ma ria, Ruy Castro, Heloisa Seixas, Márcio Fortes, Luiz Fernando Pedroso, Lula Vieira, Antônio Pedro Figueira de Melo, Eduardo Modiano, Ancel-mo Góis, Etevaldo Dias, Joaquim Ferreira, Thomas Sastre, Adriana Salituro, Armando Ehrenfreund, Mário Pombo e Dr. Pormim.

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Depto. JurídicoDr. Ulisses Tito da Costa

Di re tor Mar ce lo Lar ti gue

Editor AdjuntoJanir Hollanda

Jor na lis ta res pon sá velAlessandra Cruz(reg. prof. 27662/RJ)

Editor de fotografiaTaxista João de Nair

Re pór terSandro PeixotoMônica CasarinAlessandra CruzDenis KuckGustavo Garcia

DiagramaçãoCaroline Moreira

Diretora Comercial Alessandra Cruz

Designer GráficoIvan Aros

O Pe rú Mo lha do / Edi to ra Mi ramarCNPJ: 02.886.214/0001-32

Rua Alfredo Silva, 226, casa 4 Cep 28 950-000 – Brava - Ar ma ção de Bú zios – RJCelular/redação: (22) 8128-3781 / 2623-1422Comercial: (22) 7814-2441E-mail: operu mo lha [email protected] [email protected] te: www.operu mo lha do.com.br

Por Sandro Peixoto

Contra o preço da chapinha de cabelo, pela excesso de gás nos refrigerantes, por mais mussarelas nas pizzas, contra o preço das Ferrari, pela redução do calor no verão, por mais pontos de jogos de bicho e con-

tra a perseguição ao mosquito da dengue. Virei cidadão. Vou protestar contra as constantes mudanças nas siglas dos novos sexos, pela falta de água em Marte, contra o nível das mares e também contra a forca da gravidade. Quero deixar bem claro e para todo mundo ouvir que não suporta mais o Galvão Bueno, as viúvas de Mirinho dizendo que ele vai voltar. Quero deixar minha indig-nação contra o preço dos canais de sexo da Sky, contra o preço do caviar (aumentou mais de 45% nos últimos seis meses) e contra esses celulares que tocam músicas em alto volume. Quero protestar contra as mudanças cli-máticas. Essa coisa de frio e calor durante o dia está me matando. Quero aqui fazer um protesto contra as garotas de programa de Búzios. Queridas, duzentos reais por um blowjob ninguém aguenta. Quero protestar contra as arvores que teimam em jogar suas folhas no chão, pelas águas dos rios que existem em ir para o mar e não para o interior, contra o sol que continua a aparecer apenas de dia e jamais. E mesmo quando o sol faz hora extra no verão a gente se ferra e tem que acordar mais cedo. Quero me manifestar contra Júpiter, Vênus e Mercúrio que só se aliam de vez em quando. Esses planetas deveriam dar o exemplo e andar mais junto, né não!Quero protestar contra a poluição na Patagônia, afinal as sujeiras dos chilenos e argentinos acabam em nossas costas através das águas da ressurgência. Quero protes-tar contra a falta de puteiros em Búzios. Quero remar contra essa maré do politicamente correto, onde não se pode mais fazer piadas com negros, gordos, anões e mongolóides. Contra argentino e português continuam liberados...Quero protestar contra falta de banho do meu ex-patrão

Marcelo, pela falta de títulos nacionais do meu Botafo-go e contra os protestos que obrigaram os bancos fecha-rem mais cedo. Em tempo: havia segundo a mídia, mais de cem mil pes-soas na passeata contra tudo que tomou conta do Rio esta semana. Já na parada gay havia mais de 1 milhão. Ou seja: tem mais gente lutando para dar a bunda que para parar de tomar na bunda.

Eu também vou reclamar

Editorial

OAB EM BÚZIOS

Quero parabenizar a aprovação pelo conselho da seccional do Rio de Janei-ro, a indicação do Presidente da OAB/Cabo Frio, para criação da subseção da Cidade de Armação dos Búzios.

Allan Vinicius - Advogado e Consul-

tor Jurídico.

IGREJA DE SANTANA

O padre Ricardo e seus seguidores es-tão destruindo a igreja de Santana que tem mais de 200 anos eles estão de-molindo a igreja nesse momento. Aju-dem combater esse destruidor e divul-

guem nas redes sociais, nos orgãos responsáveis O padre está com sua turma da destruição acabando com a igreja de santa ana para alimentar o ego de meia duzia que fica ao entorno dele. Confiram hoje amanhã poderá ser tarde.

Thiago Carvalho

A BAGUNÇA DOS HERMANOS

Estamos certos que as coisas fugiram de controle, e quem paga no final so-mos nós comerciantes que pagamos nossos impostos.Diariamente um grupo de jovens (ar-gentinos e uruguaios) levam turistas de Búzios para Arraial do Cabo, uti-lizando o transporte público, precisa-mente a Salineira.È esse o turismo que estamos buscan-do para Búzios?De que serve todo o esforço feito pela Secretaria de Turismo, da Associação dos Hotéis e de outras entidades liga-das ao turismo para que um grupo de pessoas sem escrúpulos venha a pre-judicar a nossa imagem.O que teremos que fazer para coibir este abuso?Até quando teremos que agüentar es-tes vendedores que se postam na fren-te de nossas lojas e não permitem que os clientes venham conhecer nossos serviços?Será que todos nós teremos que virar camelôs do turismo?O que oferecem aos turistas neste mo-mento é um verdadeiro acinte a nossa imagem, será que teremos que convi-ver com isso por muito tempo?È impressionante o numero de minús-culas lojas que se abrem com o pseu-do nome de agencia de turismo, sem alvará, sem profissionais e sem ne-nhum tipo de credibilidade.As reclamações por clonagem de car-tão já são uma realidade na nossa ci-dade, será que iremos ser conhecidas internacionalmente como o balneário da clonagem.|Já falamos com o Secretario de Turis-mo, Sr. Jose Marcio, mas parece que pouco ou quase nada ele pode fazer. Enfim, a quem apelamos?A única coisa que queremos é traba-lhar em paz e oferecer um bom servi-ço aos turistas que nos visitam e que são nosso maior patrimônio.SOCORRO! Claudete Turismo e outras agências de turismo

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De 21 a 28 de junho de 2013 – O Perú Molhado22

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Da redação

Uma reunião aconteceu na última terça-feira (18) entre o presidente da Prolagos Emerson e o diretor Carlos Roma

Junior, o editor de O Perú Molhado, Marcelo Lartigue, deputada Aspásia Camargo, os empresários Clemente Magalhães e José Leão. O objetivo foi iniciar uma primeira discussão sobre o que Búzios pensa do servi-ço prestado pela concessionária e ao mesmo tempo poder ouvir o lado da empresa. O assunto girou em grande parte em torno da problemática do esgoto no município. Os questionamentos le-vantados pelos representantes da ci-dade foi sobre o tratamento do esgo-to na cidade, que ainda é primário, e ainda o problema do esgoto despejado no Canal da Malhada, no Jardim Es-perança, que termina por desaguar no Rio Una, prejudicando diretamente as praias do nosso balneário. Os repre-sentantes da Prolagos escutaram com atenção as revindicações e questiona-mentos dos presentes e afirmaram en-tender e acreditar que a comunidade, o poder publico, órgãos de imprensa e a sociedade civil organizada tem o direito de reclamar e questionar a empresa em sua prestação de serviço. Mas expuseram que há a necessidade uma comunicação mais organizada junto a Prolagos, que muitas vezes não tem como saber em profundidade os anseio da comunidade. a deputada Aspásia Camargo (PV) fez um balan-ço positivo da reunião e pontuou o que mais se destacou na discussão: “ A reuniões esta sendo muita boa. Foi uma oportunidade de colocarmos os pingos nos “is”. e alguns desses “is” são que Búzios precisa se integrar e se interar mais das questões do Con-sorcio São João para saber mais o que está acontecendo e revindicar com embasamento. E também que já está evidente que há um problema em Ca-bo Frio que prejudica Búzios ( no jar-dim esperança) e também que a Es-tação de Búzios não é terciaria. Isso já diz bastante do que a comunidade gostaria de dizer a Prolagos”, disse. Clemente, proprietário do Complexo Gastronômico Porto da Barra, tam-bém expos sua visão da reunião, “Eu acho que se eu for falar da Prolagos e da água que eu recebo eu não posso reclamar. Mas em relação ao esgoto que cai no Canal da Malhada, que cai-rá no Rio Una é uma coisa desastro-sa” e completou sobre alertar ou não os turistas sobre a contaminação das águas de nossas praias: “ Eu acho que é importante esse monitoramento das praias para se saber onde está bom para banho. Em relação ao turismo, não creio que chegue a prejudicar. Ipanema, por exemplo, as vezes está sem condições de banho e no entan-to está sempre cheia. Mas é certo de as pessoas devem ser informadas”. O diretor da Prolagos, Carlos Roma Junior, também expos o posiciona-mento da empresa e não se esquivou dos questionamentos, demonstrando sensibilidade a fala dos participantes, “ Eu posso mostrar o contrato, que de

Não basta só reclamar

certa forma funcionou até hoje, mas tudo bem, chega um momento, como agora, que precisa ser revisto. A li-gação São Paulo - Santos demorava 5 horas e nós trabalhamos em uma obra que era a mais moderna da épo-ca, mas sabíamos que depois de cin-co anos estaríamos no limite. Agora quem demora uma hora já reclama. E assim está acontecendo com Bú-zios, e é natural”, disse e completou: “ O que mais queremos é essa parceria entre a comunidade e seus represen-tantes com a Prolagos. Até porque o município tem poder de fiscalização e

pode chegar até uma pessoa que não liga seu esgoto na rede e fazer cum-prir esse dever”. O Perú Molhado foi citado como um importante veiculo de comunicação para que se possa le-var á público, além das revindicações e denúncias da comunidade, a respos-ta e as ações que são realizadas para resolver os problemas por parte da Prolagos, “ Quando questionassem do tratamento da água, gostaríamos que vocês do Perú nos procurassem. Por-que o jornal é muito bem lido e tem muita credibilidade. Vamos pegar os principais questionamentos da comu-

nidade que vierem a tona através do jornal e de alguma forma poderemos explicar e dialogar com a comunida-de. Queremos estar na posição de es-tarmos juntos”, disse o presidente da empresa e ainda frisou: “ Queremos ser parceiros com vocês interessados em Búzios. Nós não vamos olhar para a revindicação de vocês e dizer; ‘ Isso não está no contrato. Não é problema nosso. Não temos interesse de fazer’. Isso não vai acontecer. Vamos ouvir e buscar juntos uma solução para resol-ver o problema, mesmo que não cons-te no contrato”, afirma.

Consórcio Lagos São João vai rever transposição dos efluentes

das ETE para o Rio UnaDecisão foi tomada em reunião realizada nesta terça-

feira, dia 18, com participação da Prefeitura de Búzios.

O Consórcio Intermunicipal Lagos São João realizou na terça-fei-ra, dia 18, uma reunião com o propósito de discutir a transposição dos efluentes das ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) de Igua-ba Grande e de São Pedro da Aldeia, além da Lagoa de Araruama, para os efluentes da bacia do Rio Una. A reunião foi presidida pelo presidente do Consórcio e prefeito de São Pedro da Aldeia, Cláudio Chumbinho, que recebeu uma comissão da cidade de Búzios formada pelo Vice-prefeito, Carlos Alberto Muniz, presidente da Câmara, Le-andro Pereira, vereadores e representantes da sociedade civil, e resul-tou na elaboração de um documento, com propostas de mudanças pa-ra o projeto, que serão analisadas pelo comitê. O encontro aconteceu na sede do Governo Municipal. Dentre os itens inseridos no docu-mento estão a transformação das ETEs de São José (Búzios) e Jardim Esperança (Cabo Frio) para tratamento de esgoto terciário; o moni-toramento em tempo real do funcionamento das estações da Região dos Lagos; aditivo ao contrato de concessão da Prolagos permitindo a captação de recursos federais e estaduais; a realização de estudos ambientais e audiências públicas antes da desativação da ETE de Praia do Siqueira (Cabo Frio); educação ambiental dos estudantes da rede pública explicando o processo de transposição; reunião com os Ministérios Públicos Estaduais e Federal sobre as questões legais da transposição e a visita às áreas onde desaguarão os efluentes da trans-posição, no próximo dia 24 de junho. De acordo com o Vice-prefei-to e Secretário de Meio Ambiente, Pesca e Saneamento de Búzios, Carlos Alberto Muniz, os efluentes que são despejados no Rio Una vêm atualmente de uma Estação de Tratamento de Jardim Esperança. Uma estação desta categoria trata de forma insatisfatória os efluentes que ela recebe, gerando impacto para o destinatário. Ainda segundo o Vice-Prefeito, o Prefeito André Granado, ainda em campanha, deixou claro que ia fazer uma revisão do contrato da concessionária de água e esgoto. De forma transparente, o Prefeito explicou, em sua página na rede social, que, em pouco tempo, a cidade vem captando recursos para saneamento que nenhuma outra gestão havia feito antes.

A pedido da Prolagos, o Perú foi convidado para escutar o esclarecimento da empresa e a gente levou alguns convidados, como Clemente Magalhães, a deputada Aspásia e José Leão

Nossa deputada Aspásia

Clemente e Zé Leão

Emerson Bittar e Carlos Roma