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12 dezembro 2019 Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRA Preço 0,50 c/ IVA PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS BRAGA TAXA PAGA Autorizado pelos C.T.T. a circular em invólucro de plástico fechado. Autorização N.º D.E. DE00192009SNC/GSCCS Ano XCI – N.º 4496 SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ Página 8 07 de dezembro de 2019 Faleceu o Padre OLAVO DIJKSTRA, O. CARM. JMJ 2022: Bispos vão escrever aos jovens A Conferência Episcopal Por- tuguesa (CEP) vai escrever uma carta aos jovens, para lançar a peregrinação da cruz e do ícone das Jornadas Mundiais da Ju- ventude (JMJ), que se inicia em abril de 2020, rumo à edição internacional de Lisboa, dois anos depois. “Haverá uma nota pastoral, um texto breve, uma mensagem, para iniciar o processo da entrega da cruz e do ícone, no domingo de Ramos, em Roma, pelo Papa Francisco”, anunciou hoje o porta-voz do episcopado, padre Manuel Barbosa, falando aos jornalistas após a reunião A mensagem, “simples”, quer “acompanhar este processo, em particular a peregrinação dos símbolos da JMJ “pelas várias dioceses de Portugal”, partes de Espanha” e “possivelmente”, países lusófonos. As inscrições para a JMJ 2022, em Lisboa, vão estar abertas para participantes dos 14 aos 30 anos de idade. No Domingo de Ramos de 2020, vão ser entregues os Símbolos das Jornadas (Cruz e Ícone) pelo Papa Francisco, no Vaticano, a uma representação portuguesa com 200 a 300 pessoas de todas as dioceses de Portugal. A cruz de madeira e um ícone de Nossa Senhora têm percorrido os cinco continentes, numa ini- ciativa que nasceu por vontade de São João Paulo II.. As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude. Cada JMJ realiza-se, anualmente, a nível local (diocesano) no Domingo de Ramos, alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos, numa grande cidade. As edições internacionais destas jornadas promovidas pela Igreja Católica são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo, durante cerca de uma semana. O Comité Organizador Local da Jornada Mundial da Juventude 2022 é presidido pelo cardeal- patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, que nomeou como coordenadores-gerais dois bis- pos auxiliares: D. Joaquim Men- des para a área pastoral e D. Américo Aguiar para o setor logístico-operativo. Fonte: Ecclesia Festa do Bairro da esperança em Beja Precedida de uma celebração penitencial preparatória da festa do Bairro e do Natal, no passado dia 7 de dezembro, no dia se- guinte, Solenidade de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal, realizou a festa do Bairro da Esperança, que constou de Eucaristia, pelas 15 horas, presidida pelo Pe. José Maria, seguida de Solene procissão em honra de N.ª Sr.ª de Fátima, presidida pelo Pe. Novais, que percorreu algumas ruas do Bairro, acompanhada pela actuação da Banda da Sociedade Filarmó- nica Capricho Bejense. Tudo decorreu com harmonia e boa participação de todos no canto e na oração do terço. Cabe aqui uma palavra de agradecimento sincero à comunidade praticante pelo empenho na preparação da festa e na aquisição dos meios para que a mesma se pudesse realizar, assim como um agrade- cimento à Polícia de Segurança Pública de Beja pelo seu contri- buto para que tudo decorresse em boa ordem. Pe. José Maria Afonso Coelho Na manhã do último Sábado (07 de dezembro) foi divulgada a notícia do falecimento do Padre OLAVO DIJKSTRA, O. CARM. (SIETZE), no Centro Paroquial de Bem-Estar Social de Ervidel, Concelho de Aljustrel. O seu corpo ficou na Capela deste Centro de Bem-Estar Social e foi trasladado para a Igreja Paroquial local, na manhã de Domingo, no final da Missa dominical. Na Segunda Feira, pelas 14.30 horas, teve início a Missa Exequial, presidida pelo Bispo diocesano e a participação de D. António Vitalino Dantas, Bispo Emérito, o Comissário Geral da Ordem do Carmo em Portugal, Frei Ricardo Rainho, com o seu Conselho, membros do clero religioso e diocesano, a Associação dos Antigos Alunos Carmelitas, as Irmãs Doroteias e Carmelitas Missionárias, Paroquianos de Ervidel e Paróquias vizinhas, bem como muitos outros amigos e conhecidos que com ele conviveram.

12 dezembro 2019 - Diocese de Beja · é um só, o filho do dono da “casa comum”, e que só ele pode salvar dos pecados de morte aqueles que matam a criação e os filhos de Deus

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12 de dezembro de 2019

12dezembro

2019

Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRAPreço 0,50 c/ IVA

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

BRAGATAXA PAGA

Autorizado pelos C.T.T.a circular em invólucrode plástico fechado.

AutorizaçãoN.º D.E.

DE00192009SNC/GSCCSAno XCI – N.º 4496

SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ

Página 8

07 de dezembro de 2019

Faleceu o PadreOLAVO DIJKSTRA,

O. CARM.

JMJ 2022: Bispos vão escrever aos jovens

A Conferência Episcopal Por-tuguesa (CEP) vai escrever umacarta aos jovens, para lançar aperegrinação da cruz e do íconedas Jornadas Mundiais da Ju-ventude (JMJ), que se inicia emabril de 2020, rumo à ediçãointernacional de Lisboa, doisanos depois.“Haverá uma nota pastoral, umtexto breve, uma mensagem, parainiciar o processo da entrega dacruz e do ícone, no domingo deRamos, em Roma, pelo PapaFrancisco”, anunciou hoje oporta-voz do episcopado, padreManuel Barbosa, falando aosjornalistas após a reuniãoA mensagem, “simples”, quer

“acompanhar este processo, emparticular a peregrinação dossímbolos da JMJ “pelas váriasdioceses de Portugal”, partes deEspanha” e “possivelmente”,países lusófonos.As inscrições para a JMJ 2022,em Lisboa, vão estar abertas paraparticipantes dos 14 aos 30 anosde idade.No Domingo de Ramos de 2020,vão ser entregues os Símbolosdas Jornadas (Cruz e Ícone) peloPapa Francisco, no Vaticano, auma representação portuguesacom 200 a 300 pessoas de todasas dioceses de Portugal.A cruz de madeira e um ícone deNossa Senhora têm percorrido os

cinco continentes, numa ini-ciativa que nasceu por vontadede São João Paulo II..As JMJ nasceram por iniciativado Papa João Paulo II, após osucesso do encontro promovidoem 1985, em Roma, no AnoInternacional da Juventude.Cada JMJ realiza-se, anualmente,a nível local (diocesano) noDomingo de Ramos, alternandocom um encontro internacionala cada dois ou três anos, numagrande cidade.As edições internacionais destasjornadas promovidas pela IgrejaCatólica são um acontecimentoreligioso e cultural que reúnecentenas de milhares de jovensde todo o mundo, durante cercade uma semana.O Comité Organizador Local daJornada Mundial da Juventude2022 é presidido pelo cardeal-patriarca de Lisboa, D. ManuelClemente, que nomeou comocoordenadores-gerais dois bis-pos auxiliares: D. Joaquim Men-des para a área pastoral e D.Américo Aguiar para o setorlogístico-operativo.

Fonte: Ecclesia

Festa do Bairro da esperança em Beja

Precedida de uma celebraçãopenitencial preparatória da festado Bairro e do Natal, no passadodia 7 de dezembro, no dia se-guinte, Solenidade de NossaSenhora da Conceição, Padroeirade Portugal, realizou a festa doBairro da Esperança, que constoude Eucaristia, pelas 15 horas,presidida pelo Pe. José Maria,seguida de Solene procissão emhonra de N.ª Sr.ª de Fátima,

presidida pelo Pe. Novais, quepercorreu algumas ruas do Bairro,acompanhada pela actuação daBanda da Sociedade Filarmó-

nica Capricho Bejense. Tudodecorreu com harmonia e boaparticipação de todos no canto ena oração do terço. Cabe aquiuma palavra de agradecimentosincero à comunidade praticantepelo empenho na preparação dafesta e na aquisição dos meiospara que a mesma se pudesserealizar, assim como um agrade-cimento à Polícia de SegurançaPública de Beja pelo seu contri-buto para que tudo decorresseem boa ordem.

Pe. José Maria Afonso Coelho

Na manhã do último Sábado (07 de dezembro) foi divulgada a notíciado falecimento do Padre OLAVO DIJKSTRA, O. CARM. (SIETZE), noCentro Paroquial de Bem-Estar Social de Ervidel, Concelho de Aljustrel.O seu corpo ficou na Capela deste Centro de Bem-Estar Social e foitrasladado para a Igreja Paroquial local, na manhã de Domingo, nofinal da Missa dominical.Na Segunda Feira, pelas 14.30 horas, teve início a Missa Exequial,presidida pelo Bispo diocesano e a participação de D. António VitalinoDantas, Bispo Emérito, o Comissário Geral da Ordem do Carmo emPortugal, Frei Ricardo Rainho, com o seu Conselho, membros do cleroreligioso e diocesano, a Associação dos Antigos Alunos Carmelitas,as Irmãs Doroteias e Carmelitas Missionárias, Paroquianos de Ervidele Paróquias vizinhas, bem como muitos outros amigos e conhecidosque com ele conviveram.

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12 de dezembro de 2019SOCIEDADE2 – Notícias de Beja

GretaThunberg

Greta Thunberg, umaativista sueca, com ape-nas 16 anos de idade, tema força para provocar asmais diversas reaçõesque, de uma forma sim-ples, vão do amor aoódio. Enquanto muitos,de diferentes sectoresou classes sociais, aoesperarem por ela emLisboa ou em Madrid,sorriram, dançaram, can-taram e aplaudiram, ou-tros revelam indiferen-ça, adversidade e o trans-parecer de ódios. Cons-cientes de que pouco ounada podem fazer, exis-tem aqueles que a clas-sificam negativamenteou ficam satisfeitos ema mandar para a Escola.A adolescente, na fase deentrar na juventude, falaem “mentiras, no ódio eno bullying sobre crian-ças que comunicam afavor da ciência” e refereque “alguns adultos de-sesperados não queremfalar da crise climática”.Sabemos que, embora sefale de políticas am-bientais audaciosas, to-dos já sentimos como,sempre que o homemtrata mal a natureza, estaacaba por se revoltarcontra o homem e, se osprincipais responsáveisnão acordarem para aurgência de encontrar erealizar as soluções efi-

Editorial

António Novais Pereira, Diretor

cazes, vai ficando pro-gressivamente em peri-go a sobrevivência dahumanidade.Embora não tenha ele-mentos para me pro-nunciar aberta e corre-tamente sobre o queenvolve o fenómenoGreta, parece-me evi-dente que ela está dolado da ciência e conse-gue fazer passar, melhorque muitos adultos, umamensagem que não podeser calada mobilizandocentenas de milhar oumilhões de adolescen-tes e jovens. Quando osjovens se manifestam,mais do que termos me-do, devemos tomá-los asério e escutá-los comatenção, acreditandoque, mesmo quando pa-recem viver inconfor-mados ou ser rebeldes,proclamam, conscien-te ou inconsciente-mente, que é possívelum futuro diferente.Não podemos rejeitarnenhuma mensagem,pura e simplesmente,porque ela é procla-mada por uma criança,adolescente ou jovem.A desorientação de al-guns jovens, vítimas dosfalhanços das políticaseducativas ou da inca-pacidade de algumasfamílias em lhes ofe-recer um ambiente fortee saudável, preparando-os para resistirem oudizerem não ao que nãoconvém, não nos deveimpedir de proclamarque existem muitos ebons jovens empenha-dos em construir umfuturo mais promissor.

Coincidências politicamente incorretasDos pontos cardeais chegammensageiros. Salvar o planeta éurgente, hoje e ontem. A meninachegou do ocidente e do norte;um Francisco, o de Paris e doJapão, teve o dia 3 marcado coma celebração da sua festa; e outroFrancisco, vindo do Sul, desen-cadeou o alerta em nome doutroFrancisco: a Casa Comum e osque nela habitam estão em gran-de risco. A primeira chegou aLisboa, dia 3; o segundo, con-vidado por Portugal, saiu deLisboa a 7.04.1540, e é lembradopor todo o Oriente como o quemais batizou. Ela atravessou oAtlântico; e o Francisco mis-sionário atravessou o Atlântico,o Índico e chegou ao Japão sóporque o único que salva ochamou. Ela veio de barco, paranão sujar o planeta com maispodridão, lixo e venenos, diz-se,e para o salvar; ele partiu em nauportuguesa, não havia aviões,para salvar, não apenas as cria-turas do planeta que gemem porfalta de libertação, mas tambémos pecadores da Casa Comumque esperam a salvação dosfilhos de Deus para que possamajudar a libertar as outras cria-turas que gemem oprimidas (Rm,8, 22)). A profetazinha clama queestá a tentar salvar o planeta todo,das coisas que o matam; aquele,o Francisco oriental, andou porterras distantes a anunciar Cristoe a lavar com o batismo cristão,clamando que o único Salvador

é um só, o filho do dono da “casacomum”, e que só ele pode salvardos pecados de morte aquelesque matam a criação e os filhosde Deus. “Se o Senhor nãoedificar a Casa em vão trabalhamos que a edificam…” (Sl 127).Uma pequena, com limitações ecaprichos, pasma os grandes dasciências e das tecnologias; umFrancisco, astro da universidadede Paris, troca as suas gradezase vai anunciar o Defensor dospequenos, dos pobres e doentesaté aos países do sol nascente.Será que a Gretazinha, com osseus brilhos de vedeta, vai apa-gar os astros das universidadese o projeto do Francisco do Japãoe o d’Aquele a quem ele deu asua vida? Quem dá o sentido dequê, nestas coincidências, semacaso? Se Greta veio do norte,marcado por grandes vazios, atarefa de limpar e embelezar oplaneta todo e os que o povoamé maior que ela. Um segundoFrancisco, que veio do Sul,aparentado com o primeiro e umterceiro, o Francisco menor,vindo de Assis, louvando oCriador, e mais outro o mini-Francisco de Fátima, todos apos-tam a tentar limpar o planeta, masnão sós. Ótimo! Neste mês deanúncios de séculos sobre avinda de um Messias-Salvador,estes esforços fazem sentido.Não apenas o sentido do paraísoda terra, o marxista. Haverádilúvios, inundações, terramo-

tos, guerras e perseguições,Jerusaléms destruídos, templos etorres caídas, cidades arrasadas,mas não será ainda o fim (Mt24,Mc 13,Lc 21). Haverá novoscéus e nova terra (Ap 21). Estapromessa transcende o paraísoplanetário e mesmo as des-truições morais dos pecadoresimpenitentes convidados a acei-tar a “lavagem” do Salvador.Jesus Menino é anunciado emtodos os tempos, não apenaspara limpar o lixo do universo maso lixo dos corações e dar sentidoà vida dos homens. É ele osalvador da Casa Comum de quefalam os Franciscos. A de todosos que seguem aquela Voz: “Queaproveita a alguém ganhar todoo mundo, se por fim perde a suavida?” (cf. Mc 8, 36). Ao lado dopresépio do pequenino MeninoDeus há também lugar para apastorinha Greta que reconheceque não pode, sozinha, salvar omundo nem a sua Suécia. Asalvação fundamental do mundodo CO2 do pecado dos corações,e também do outro CO2 do pla-neta, vem do Natal. Nos votosde Feliz Natal também nos asso-ciamos com o “admirável sinal”aos Franciscos de todos ostempos nestas limpezas e sentido,em especial ao Francisco doPresépio de Greccio, de 1223.

Aires Gameiro

Bispos partilham alertas das Misericórdiase Instituições de Solidariedade

O porta-voz da ConferênciaEpiscopal Portuguesa (CEP)disse, no dia 10, em Fátima queos bispos católicos estão aacompanhar as preocupaçõesdas Misericórdias e Instituiçõesde Solidariedade sobre a suasustentabilidade.“As misericórdias fazem umexcelente trabalho e há preo-cupação para que esse trabalhoseja levado para a frente”, preo-cupação que se estende às IPSS,referiu aos jornalistas o padreManuel Barbosa, após a reuniãomensal do Conselho Permanentedo CEP.“É um assunto recorrente: preo-cupa-nos quando não são cum-pridas obrigações e estas insti-tuições que servem as pessoasnão têm os meios que são prome-tidos, que estão consignadospara esse fim”, acrescentou oresponsável.No último sábado, o presidente

da União das MisericórdiasPortuguesas lamentou a falta decumprimento, por parte do Esta-do, na comparticipação ao setorsocial.Antes, a Federação dos CentrosSociais e Paroquiais alertou parao impacto do aumento do saláriomínimo; o presidente da Confe-deração Nacional das Institui-ções de Solidariedade (CNIS)pediu que a atualização dosacordos de cooperação acom-panhe esse aumento salarial.Na conferência de imprensa destatarde, o secretário da CEP abor-dou ainda o debate sobre alegalização da eutanásia, elo-giando o mais recente documentoda Conferência Episcopal Espa-nhola sobre o tema, em defesa davida, “com linguagem bastanteacessível”.O padre Manuel Barbosa diz queestá a ser desenvolvido umtrabalho “em conjunto” com a

sociedade civil e outras religiões,na luta contra a eutanásia.“Estamos de alma inteira nestacausa, que é uma causa pela vida,até à etapa final, que é precisoacompanhar, proteger, acolher”,precisou.O porta-voz da CEP falou numa“feliz coincidência” pela rea-lização de um grande encontroem Portugal, promovido pelaAcademia Pontifícia para a Vida,da Santa Sé, a 16 e 17 de marçode 2020, sobre os cuidadoscontinuados.Questionado sobre a COP25, opadre Manuel Barbosa disse quea Igreja Católica em Portugal estáem “sintonia plena” com o PapaFrancisco, na defesa de uma“ecologia integral”, desejandoque, neste campo, a voz da Igrejaseja “mais escutada”, em parti-cular a encíclica Laudato Si’(2015).

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12 de dezembro de 2019 RELIGIÃO Notícias de Beja – 3

III Domingodo Advento

O nosso Domingo

Ano A15 de dezembro de 2019

Leitura do Livro de IsaíasAlegrem-se o deserto e o descampado, rejubile e floresça a terraárida, cubra-se de flores como o narciso, exulte com brados de alegria.Ser-lhe-á dada a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e do Sáron.Verão a glória do Senhor, o esplendor do nosso Deus. Fortalecei asmãos fatigadas e robustecei os joelhos vacilantes.Dizei aos corações perturbados: «Tende coragem, não temais: Aíestá o vosso Deus, vem para fazer justiça e dar a recompensa.Ele próprio vem salvar-vos». Então se abrirão os olhos dos cegos, ese desimpedirão os ouvidos dos surdos. Então o coxo saltará comoum veado, e a língua do mudo cantará de alegria. Voltarão os que oSenhor libertar, hão-de chegar a Sião com brados de alegria, cometerna felicidade a iluminar-lhes o rosto. Reinarão o prazer e ocontentamento, e acabarão a dor e os gemidos.

I Leitura

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São MateusNaquele tempo, João Baptista ouviu falar, na prisão, das obras deCristo e mandou-Lhe dizer pelos discípulos: «És Tu Aquele que há-de vir, ou devemos esperar outro?».Jesus respondeu-lhes: «Ide contar a João o que vedes e ouvis: oscegos vêem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdosouvem, os mortos ressuscitam e a boa nova é anunciada aos pobres.E bem-aventurado aquele que não encontrar em Mim motivo deescândalo».Quando os mensageiros partiram, Jesus começou a falar de João àsmultidões: «Que fostes ver ao deserto? Uma cana agitada pelo vento?Então que fostes ver? Um homem vestido com roupas delicadas?Mas aqueles que usam roupas delicadas encontram-se nos paláciosdos reis.Que fostes ver então? Um profeta?Sim – Eu vo-lo digo – e mais que profeta.É dele que está escrito:‘Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, para te preparar o caminho’.Em verdade vos digo: Entre os filhos de mulher, não apareceuninguém maior do que João Baptista.Mas o menor no reino dos Céus é maior do que ele».

Grande é a nossa fé e a nossa esperançaFr. Pedro Bravo, oc

«Deus vem salvar-nos»

Is 35, 1-6a.10

«És Tu Aquele que vem ou espe-ramos outro?» (Mt 11,3). Foi comesta pergunta que os discípulosde João Batista, a mando doPrecursor, se dirigiram a Jesus,aquele rabbi tão diferente quequebrava todos os esquemas. Asua novidade, tão simples epróxima, aberta a todos, emespecial aos doentes, margi-nalizados e pecadores, descon-certava tudo e a todos. Seria Eleo Messias prometido? Se por umlado, parecia cumprir as maiorespromessas do passado e corres-ponder aos mais profundosanseios da humanidade, poroutro, ultrapassava tudo o quese podia esperar.Numerosos são os nossos con-temporâneos que fazem a mesmapergunta: será Jesus «Aqueleque vem»? Terá Ele alguma coisaa haver connosco, com a nossavida, os nossos problemas einquietações? Pergunta que cadaum de nós também pode fazer: jávi Jesus “inter--vir” na minhavida? A sua Palavra, a Sua pre-sença, os Seus gestos, mudaramalguma coisa em mim: transfor-maram o meu coração, deramnovo rumo aos meus passos,novo vigor à minha esperança?A segunda parte da pergunta,aparentemente dirigida a Jesus,é mais um exame de consciência:«Ou esperamos outro?» Quedesejo eu, onde ponho a minhaesperança? O que é que motivaos meus planos e sonhos, o meuagir e canseiras? Mais: que Jesusespero eu? Que espero dele?As leituras de hoje convidam-nosa olhar para vida e a nela en-contrar a presença viva e trans-formante de Jesus, nossa alegriae nossa esperança.1– Desde já Isaías. Ao povoalienado por causa da sua culpa,escravizado por causa do seupecado, levando uma existência

Evangelho

O Espírito do Senhor está sobre mim: enviou-me a anunciar aboa nova aos pobres.

Is 61, 1 (cf. Lc 4, 18)

Mt 11, 2-11

«És tu Aquele que há-de vir ou devemos esperar outro?»

Aleluia

sem esperança, árida como umdeserto, rotineira e fatalista comoum descampado, o profeta con-vida a levantar-se, a empreenderuma nova caminhada, sem me-dos e com confiança: «Fortaleceias mãos fatigadas, robustecei osjoelhos vacilantes. Dizei aoscorações perturbados: “Cora-gem, não temais”».A razão para isso é um encontroque acabará por revolucionartoda a sua vida, enchendo-a dealegria e esperança, o encontrocom Deus: «Aí está o vossoDeus».Como será isso possível? É opróprio Senhor que nos vem paranos curar, para nos libertar:«Verão a glória do Senhor, aformosura do nosso Deus. Elepróprio vem salvar-vos”. Comoé bom, como é importante arran-jarmos tempo neste Advento paraorar, ler a Palavra de Deus, es-cutar o Senhor, para O contem-plarmos na simplicidade do pre-sépio, deixando-nos cativar pelasua beleza, inundar pelo seuamor, tocar pela sua pobreza,reconciliar pela sua paz. Paraassim aprendermos a estar aten-tos ao pobre, a acolher o desa-brigado, a ir ao encontro do queestá só, a socorrer o que passanecessidade, a reconciliar-noscom quem estamos desavindos,Imitando o Senhor que, como dizo Salmo, «faz justiça aos opri-midos, dá pão aos que têm fomee a liberdade aos cativos, amparao órfão e a viúva».2– S. Tiago anima-nos a teresperança, a progredir nela, semdesfalecer. Porque «a vinda doSenhor está próxima», «o juiz estáà porta». «Ele vem para fazerjustiça, para dar a recompensa».Não O vedes? Sabeis porquê?Porque não aceitais aqueles queEle pôs na vossa vida, não Oreconheceis nos vossos irmãose irmãs: «Irmãos, não vos queixeisuns dos outros, a fim de não

serdes julgados». Queres expe-rimentar a presença do Senhor natua vida, renascer com Ele parauma nova esperança, uma vidanova, neste Natal? Reconcilia-tecom o teu irmão, ama-o, aceita-o,perdoa-lhe, fala-lhe com bonsmodos, ampara-o e ajuda-o. Enisso acharás a tua recompensa:«Pois com a medida com quemedis sereis medidos» (Mt 7,2).3– Por último, o Senhor noEvangelho convida-nos a aceitara sua novidade, a deixar-nostransformar por Ele, a permitir queneste Natal Ele nasça nas nossasvidas? Como? Deixando que oseu rosto refulja para nós atravésdos nossos irmãos, apesar dassuas imperfeições e defeitos. Nãoficando parados, fechados emcasa, mas indo ao encontro deles,em particular dos mais pobres edos que sofrem, partilhando comeles os nossos bens e a nossa fé,levando-lhes a alegria do Evan-gelho,, a alegria que nós própriosdescobrirmos, porque um diatambém Jesus veio ao nossoencontro e refulgiu para nós.Esta é a nossa missão, o mandatoque dele recebemos: «Ide e contaio que vedes e ouvis: os cegosveem, os coxos andam, os le-prosos são purificados, os sur-dos ouvem, os mortos ressus-citam e a Boa-nova é anunciadaaos pobres». A Sua vida, a Suaalegria, só serão realidade em nós,quando forem partilhadas. ComoS. Paulo nos recorda na antífonade entrada da Eucaristia desteterceiro domingo do Advento,chamado, por isso, Gaudete:«Alegrai-vos (gaudete) sempreno Senhor. Novamente vos digo:alegrai-vos. Seja de todos co-nhecida a vossa bondade. OSenhor está próximo».

«Fortalecei os vossos corações, porque a vinda do Senhor estápróxima»

Leitura da Epístola de S. TiagoIrmãos:Esperai com paciência a vinda do Senhor. Vede como o agricultorespera pacientemente o precioso fruto da terra, aguardando a chuvatemporã e a tardia. Sede pacientes, vós também, e fortalecei osvossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima. Não vosqueixeis uns dos outros, a fim de não serdes julgados.Eis que o juiz está à porta.Irmãos, tomai como modelos de sofrimento e de paciência osprofetas, que falaram em nome do Senhor.

Tg 5, 7-10II Leitura

Salmo Responsarial Salmo 145 (146)

Vinde, Senhor, e salvai-nos.

ENTRADAAlegrai-vos no Senhor, alegrai-vos – F. Fernandes,CEC I ,1 9, ou CNL, 163, ou: Preparai os caminhosdo Senhor – A. F. Santos, CNL, 825, ou CEC I, 30

SALMO RESPONSORIALVinde, Senhor, e salvai-nos – M. Luis, SR, 20

APRESENTAÇÃO DAS OFERTASExcelso criador – M. Luis, CNL, 470 ou CEC I, 38

Sugestões de Cânticos

COMUNHÃOVinde a nós, Senhor Jesus - A. Cartageno ,CNL,428, ou Senhor, descei a nós – M. Luis,CEC I, 33.

FINALÓ Mãe bendita (para pedir a chuva), in Cânticosalentejanos, 59, ou Maranatha, vinde, SenhorJesus, M. Luis/A.Cartageno, CNL, 604

Siglas - CEC I: Cânticos de Entrada e Comunhão I (livro azul); CEC II: C. de Entrada e Comunhão II (livro verde);SR: Salmos Responsoriais; CNL: Cantoral Nacional para a Liturgia (livro recente, à venda na Loja da proximidade- Caritas, Beja.)

Continua na pág. 7

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12 de dezembro de 2019DIOCESE4 – Notícias de Beja

Aljustrel celebrou Santa BárbaraPadroeira dos Mineiros

Em Aljustrel, há cinco mil anos,que se começou, a explorar osubsolo, para dele se retirarem asriquezas da terra. Sabemos quesó por nós nada conseguimos, e,desde sempre se pede o auxílioDivino, o amparo e proteção, eSanta Bárbara tem-lo sido, paraaqueles que trabalham nas en-tranhas da terra. Por estes mo-tivos, a comunidade paroquial deAljustrel, comemorou no dia 4 deDezembro, a Festa da MártirSanta Bárbara, Padroeira dosMineiros, com a celebração Eu-caristia, presidida pelo Pároco,Pe. Luís Macuinja, que teve lugarna Igreja Matriz da vila, onde seencontra a imagem de Santa

8 de dezembro

Dia da Imaculada ConceiçãoEste dia, de grande significadopara a Igreja Católica, invoca avida e a virtude de VirgemMaria, mãe de Jesus, concebidasem pecado. Este dogma de fé,definido pelo Papa Sisto IV, em1476, levou à celebração destaSolenidade em toda a IgrejaUniversalEm 25 de março de 1646, o rei D.João IV mandou organizar umacerimónia solene, em Vila Viçosa,para agradecer a Nossa Senhoraa Restauração da Independênciade Portugal em relação à Espa-nha. Nessa altura, declarou-A pa-droeira e rainha de Portugal.Desde este dia, mais nenhum reiportuguês usou coroa na cabe-ça, privilégio que estaria dispo-nível apenas para a ImaculadaConceição.

Paróquia de Cercal doAlentejo

Na Igreja Paróquial de Cercal doAlentejo, no dia 8 de Dezembro(Domingo) foi celebrada Eu-caristia Solene em louvor deNossa Senhora da Conceição.Nela participaram as várias Ins-

tituições e Associações que sefizeram representar neste dia tãoimportante para os Cercalenses,em geral e, paticularmente, para acomunidade paroquial, quer pelacelebração da sua Padroeira, querpela celebração do 4º aniversárioda Ordenação Sacerdotal do seuPároco, Padre Diogo Braz Per-pétuo que, com o seu dinamismo,tem conduzido e trabalhado emfavor do “rebanho” que Deus ochamou a apascentar.A Santa Eucaristia, foi abrilhan-tada, pelo coro de Jovens que,com as suas vozes límpidas e ossons das violas, manifestaram a“Alegria dos Cristãos” que oPapa Francisco tanto nos convida

a demonstrar, pois viver emCRISTO é ser FELIZ.No final da Missa, o Grupo Coralda Casa do Povo de Cercal doAlentejo, homenageou NossaSenhora, interpretando “NossaSenhora da Conceição”, perante aqual vamos “ajoelhar e cantar”.Após a celebração eucarística,almoçamos e confraternizamos nosalão dos Bombeiros Voluntários.Na verdade, vivemos um Diamemorável sabendo que “se Elate sustenta, não cairás; se Ela teprotege, nada terás a temer; seEla te conduz, não te cansarás,se Ela te é favorável, alcançaráso fim”. (São Bernardo)

Maria do Céu

Oração Comunitária na Igrejado Patronato

No primeiro sábado de cada mês, tem lugarna Igreja do Patronato de Santo António emBeja, um momento de oração comunitária.

Bárbara, tendo sido notória apresença dos Aljustrelensesneste dia festivo, que em temposremotos, como dizem os maisantigos “a vila parava” poistodos participavam nas cele-brações, sendo que um dospontos altos era quando o andorcom a Imagem de Santa Bárbaradescia ao fundo da mina ladeadados mineiros que imploravam asua proteção e auxilio para o dia-a-dia nas entranhas da terra.Nos corações dos Aljustrelensesestá um sentir implantado, mesmoaqueles que nunca foram mi-neiros, pois como se diz por cá,todos são mineiros por herança,pois não há um único habitante

da vila que não seja mineiro, oudescendente de mineiro, e, sem-pre que em qualquer parte secanta o célebre Hino dos Mi-neiros, e está presente um Aljus-trelense, os olhos lacrimam, ocoração fica apertado e levanta-se enquanto se canta o hino sinalde respeito por tamanho enlevo,e para rematar o mesmo, vem aalusão à Padroeira, Santa Bár-bara bendita, Tralalalalalalala,Padroeira dos mineiros, vê lá, Vêlá companheiro, vê lá, Vê lá comovenho eu, Padroeira dos minei-ros, vê lá, Vê lá companheiro, vêlá, Vê lá como venho eu.No feriado de 8 de Dezembro, tevetambém lugar a oitava edição doGrande Prémio de Santa Bárbara,uma prova desportiva (Atletismoe Caminhada), promovida pelaUnião de Freguesias de Aljustrele Rio de Moinhos, com perio-cidade bianual, que atrai neste diamuitos atletas, sendo uma formade dar a conhecer também opatrimónio aljustrelense, de modoespecial o mineiro, pois a provarealiza-se entre os vários bairrosmineiros que ladeiam a vila.

Tiago Pereira

Na sequência da Missão Beja que procurou dinamizar acomunidade cristã no Bairro dos Moinhos e naUrbanização Moinhos de Santa Maria, no âmbito do AnoMissionário, ficou o compromisso da Equipa de Missãomanter um espaço de oração na Igreja do Patronato.

Em Outubro foi feita uma procissão com recitação doterço; em Novembro recitou-se o terço na Igreja e noúltimo sábado teve lugar um momento de oração naVigília da Imaculada Conceição, festa maior para a IgrejaPortuguesa.

Partilhamos uma das meditações da vigília:Maria, Mãe do Sim,o teu exemplo admira-me.Admira-me porque arriscaste a tua vida;admira-me porque não olhaste para os teus interesses,mas para os do resto do mundo;admira-me e dás-me exemplo de entrega a Deus.

Eu queria, Mãe, tomar o teu exemploe entregar-me à vontade de Deus como tu.Eu queria, seguir os teus passos,e através deles, aproximar-me do Teu Filho.Eu queria, Mãe, ter a tua generosidade e entrega,para nunca dizer não a Deus.Eu queria, Mãe, ter o teu amorpara ser sempre fiel ao teu Filho.

Mãe do Sim,pede ao teu Filho por mim, para que me dê a tuaforca,Pede ao teu Filho por mim, para que me concedaum coração enamorado dele.Pede ao teu Filho por mim, para que me dêa graça necessária para me entregar e nunca lhe falhar.

A próxima oração comunitária ficou marcada parao primeiro sábado de Janeiro.

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12 de dezembro de 2019 Notícias de Beja – 5DIOCESE

Beja Convento Jurídico

«Chamavam-se assim as chancelarias, ou Relações supremas queos Romanos tinham em Espanha, donde as partes vinham com assuas causas e agravos nos casos maiores. Estas Relações dosRomanos estavam situadas em proporcionada distância nasprincipais cidades, e mais abastadas das Províncias, para que asmesmas partes, não sofressem o menor dano, quando viessemrequerer justiça por causa da opressão de dilatados caminhos.Destas Relações houve três em Portugal, que foram SantarémBeja e Mérida» […] Diz Resende: «que toda a Província se dividiaem três Conventos jurídicos os que quais são o Emeritense, oPacense e o Scalabitano, os quais estavam dispostos por tão boaordem, que faziam um triângulo perfeito»1

LUGARES LIBERTOS E ESTIPENDIÁRIOS «Os lugares quegozavam do direito Itálico, com os privilégios de CidadãosRomanos, eram considerados libertos; e outros que pagavamtributos, ainda que logravam as honras que acima referimos. Durouisto muitos anos, até que o Imperador Vespaziano obrigado pelastempestades que a República padeceu no seu tempo, deu a todaa Espanha o privilégio do Direito de Lácio, como refere Plínio nasua História»2

JURO DE LATIO OU DIREITO ITÁLICO «Depois dos Romanos,pela força das armas, venceram os Latinos (como refere Tito Líviono Livro 2º da 1ª Década), fazendo-se depois amigos, não ostrataram como súbditos, mas admitiram-nos à sua sociedade, desorte que podiam militar nas suas Legiões e tinham o direito deexercer as ocupações e cargos de tribunos, Decuriôens, e Prefeitosdos Magistrados e outros semelhantes. Chamavam-se estesprivilégios concedidos aos Latinos os privilégios do Látio velho,porque foram estabelecidos nos princípios da República Romana;e depois correndo o tempo, ampliaram-se mais, e alcançaram osLatinos direito para em Roma haverem honras e ofícios; ejuntamente votarem com as Tribus Romanas , e serem eleitos emMagistrados. Estas eram as honras de que faziam mercê àspovoações com o Direito de Latio. Chama-se assim, porque entreas Províncias em que se divide a Itália, há uma chamada Latio, ouLatium, na qual está a cidade de Roma. Foi a dita Provínciaantigamente habitada pelos Latinos que dela tomaram o nome,uma vez que a conquistaram aos Romanos; e por isto deramtambém aos privilégios o nome de Latio. E como a dita Provínciaé na Itália, chamaram aos mesmos também Direito Itálico».3

«Sabemos que a nossa Beja, nomeada Colónia por Júlio César, foiColónia honorária, e titular, com todos os seus privilégios; e coma singularidade de que nenhum dos motivo acima apontadosconcorreu para se lhe dar o devido título, pois ainda não estavano domínio dos Romanos. Por esta razão, foi a primeira que emPortugal teve a honra de ser nomeada Colónia honorária pelagenerosidade do primeiro Imperador Romano»4.Esta nobreza, grandeza, honra e glória causou ciúmes a muitasoutras, especialmente à cidade de Badajoz, que, pela mão de algunshistoriadores mal informados quiseram fazer acreditar que aquelacidade, teria sido a Pax Júlia dos Romanos e a pátria de SantoApríngio. Neste sentir, a sua catedral, tem um vitral com a imagemdo Santo. Afirma Pedro Mexia: «e floresceu Aprigio, tambémEspanhol, Bispo Pacense, que dizem ser de Badajoz, homemeruditíssimo e subtilíssimo, e que escreveu sobre o Apocalipse, esobre os Cantares»5. A Enciclopédia Espanhola – Espasa – afirmae contradiz o que afirma ao escrever, sobre Apríngio: «Prelado eescritor espanhol. Nasceu em Badajoz em meados do século IV emorreu em 540. Foi bispo da dita cidade e fundou uma escola e umhospital. Suas virtudes eram tantas como a sua sabedoria. O BispoIsidoro cita-o elogiando a sua erudição e suas qualidadesliterárias».6 E escreve assim sobre a fundação da diocese deBadajoz: «Parece que a diocese de Badajoz foi fundada, emprincípios do séc. XIII, pois não se têm notícias exactas antesdaquela data; sendo assim, as crónicas do Bispado Pacensereferem-se, sem dúvida à Pax Júlia, a actual Beja».7 A mesmaenciclopédia diz e desdiz, reconhecendo que Apríngio viveu cercade seiscentos anos antes da fundação do bispado de Badajoz.

António Aparício

250 ANOS: RESTAURAÇÃO DA DIOCESEDE BEJA (1770-2020)

D. Sebastião Leitede Vasconcelos,Nasce no Porto em 3 de Maio de1852. Nesta mesma cidade, faz osprimeiros estudos no Colégio dosÓrfãos e o curso teológico noSeminário. Em 15 de Novembrode 1874 é ordenado presbítero.Em conformidade com o espíritode S. João Bosco, fundador daPia Sociedade de São Franciscode Sales, em 1883 funda, nacidade do Porto, as Oficinas deS. José, tendo como principalobjectivo a promoção de me-nores sem família, incutindo-lheshábitos de trabalho e assegu-rando-lhes a formação humana,através da aprendizagem de umofício e de uma educação moral ereligiosa que lhes permita garan-tir o seu futuro na sociedade.Apresentado como Bispo de Bejapor decreto de 1 de Agosto de1907, e confirmado a 19 de De-zembro por Bula de S. Pio X, éordenado bispo na Sé do Porto a2 de Fevereiro de 1908, data emque escreveu a sua saudação aosdiocesanos. Nesta missiva fazuma alusão aos “actos que sãode domínio público e que tantoamarguram o coração da nossaMãe, a Santa Igreja”, devido aoestado lastimoso em que seencontrava a diocese, vítima dasecular indiferença religiosa.Toma posse da diocese a 11 deMarço, na Igreja do Salvador,tendo uma recepção fora donormal, para o tempo, pois se-gundo os relatos da época foi“imponentíssima e grandiosa”,com um número enormíssimo de

participantes. Como gesto decaridade cristã, D. Sebastiãoveste completamente 57 criançaspobres da cidade. A sua primeirapreocupação como Bispo de Bejaé a catequização do povo e olevantamento físico e moral doSeminário diocesano. Logo aseguir à tomada de posse começaa percorrer, ao Domingo, asparóquias da cidade, fazendo asConferências Quaresmais. Tendoconhecimento de que os presosdo Estabelecimento prisional deBeja dormiam em más condições,deu-lhes 20 enxergas.Tendo iniciado a visita pastoralpelos vários concelhos, a 28 deSetembro de 1910 dirige-se àsfreguesias dos concelhos deMoura e Barrancos, até ao dia 5de Outubro, altura em que se dáa proclamação da República. Asua reformulação da vida e orien-tação do Seminário ao mesmotempo que grupos marcada-mente anticlericais proliferavamna cidade, criaram-lhe fortecontestação e crítica feroz. As-sim, estando em visita pastoral aBarrancos e querendo regressara Beja, é avisado pelo Vice-Reitordo Seminário da lastimosa einconveniente situação em quese encontrava a cidade, em ver-dadeiro estado de revolução, bemcomo dos desacatos cometidosno Paço Episcopal, do qual foramroubados documentos, móveis eobras de arte que estavam a serqueimados em frente do edifício.Vendo-se impotente e com amea-ças de morte, decide refugiar-seem Rosal de la Frontera e mais

tarde no Seminário de Sevilha,esperando a altura propícia pararegressar à diocese. Comuni-cando cinco dias depois a suaausência ao Ministro da Justiça,bem como as nomeações paragovernadores do Bispado. OGoverno respondeu-lhe comarrogância a 21 de Outubro,suspendendo-o de todas astemporalidades por se ter ausen-tado sem licença do poder civil, edeclarou nulas as nomeações quetinha feito. D. Sebastião con-sultou a Santa Sé a fim de mostrara sua disponibilidade para renun-ciar ao Bispado, o que não lhe foiconcedido. Entretanto o Governoconfiou provisoriamente o go-verno da diocese ao ArcebispoMetropolita, D. Augusto Eduar-do Nunes, como administradorapostólico. Embora os Bisposportugueses tenham manifestadoao Ministério da Justiça a defesade D. Sebastião, o Governo pordecreto de 18 de Abril de 1911destituiu o Prelado de Beja dassuas funções e instaurou contraele um processo judicial. Em 1912D. Sebastião deixa Sevilha e vaipara Roma, onde a 17 de Setembrode 1915 foi nomeado assistenteao Solio Pontifício, e a 15 deDezembro de 1919 foi elevado aArcebispo titular de Damieta.Morre em Roma a 29 de Janeirode 1923, tendo sido os seusrestos mortais transladados parao Porto, onde chegaram emNovembro de 1923.

(Síntese de A.P.)

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12 de dezembro de 2019OPINIÃO6 – Notícias de Beja

O Presépio explicado pelo Papa

Sílvio Couto

‘O sinal admirável’ (‘admirabilesignum’) é o título da cartaapostólica do Papa Franciscosobre o significado e valor doPresépio. Com data de 1 dedezembro – primeiro domingo doAdvento – o Papa quis publicitaresta partilha/reflexão em Greccio(Itália), santuário do Presépio.Respeitando a ordem de apre-sentação do texto vamos respigaralguns excertos dos dez númerosque o documento apresenta…colocando algumas questões.1. O sinal do Presépio «Quero apoiar a bonita tradi-ção das nossas famílias de pre-pararem o Presépio, nos diasque antecedem o Natal, e tam-bém o costume de o armarem noslugares de trabalho, nas escolas,nos hospitais, nos estabeleci-mentos prisionais, nas praças».Será que temos feito tudo para oque o presépio continue a nor-tear a nossa vida pessoal, familiare social? Certos ‘concursos depresépios’ registam o que é

António Aparício

que encerram. Em primeiro lugar,representamos o céu estrelado, naescuridão e no silêncio da noite...Merecem também uma referênciaas paisagens que fazem parte doPresépio».Não será preciso interpretar ossinais do presépio naquilo quepodem incomodar tanta da nossavulgaridade e superficialidade?Temos tempo para parar diantedas lições simples do presépio,ontem como hoje?

5. Figuras representativas«Uma grande emoção deveriaapoderar-se de nós, ao colo-carmos no Presépio as mon-tanhas, os riachos, as ovelhas eos pastores!… Os anjos e aestrela-cometa são o sinal de quetambém nós somos chamados apôr-nos a caminho para ir até àgruta adorar o Senhor».Não haverá demasiada racio-nalidade perante a emotividade dopresépio? Que há de aprendiza-gem para o essencial na subtilezadas figuras do presépio?

6. Outras figuras simbólicas«Nos nossos Presépios, costu-mamos colocar muitas figurassimbólicas. Em primeiro lugar,as de mendigos e pessoas quenão conhecem outra abundân-cia a não ser a do coração...Muitas vezes, as crianças (masos adultos também!) gostam deacrescentar, no Presépio, outrasfiguras que parecem não terqualquer relação com as narra-

ções do Evangelho... Do pastorao ferreiro, do padeiro aosmúsicos, das mulheres com abilha de água ao ombro àscrianças que brincam».A projeção da ‘nossa’ vida(tantas vezes com sabor ruralista)significará participação da santi-dade das vida na condição di-vina? Teremos sentido de in-clusão em Deus ou de profusãofolclórica?

7. Maria e José«Maria é uma mãe que con-templa o seu Menino e o mostraa quantos vêm visitá-lo. A suafigura faz pensar no grandemistério que envolveu esta jo-vem, quando Deus bateu à portado seu coração imaculado... Aolado de Maria, em atitude dequem protege o Menino e suamãe, está São José. Geralmente,é representado com o bordão namão e, por vezes, também segu-rando um lampião. São Josédesempenha um papel muitoimportante na vida de Jesus ede Maria. É o guardião quenunca se cansa de proteger a suafamília».Num tempo de acentuada criseda família, será que estas figurasinterpelam os que são mães epais? Como poderão ser apre-sentados, Maria e José, comomodelos de pais, sobretudo,cristãos?

8. Menino Jesus«O coração do Presépio começa

a palpitar, quando colocamoslá, no Natal, a figura do MeninoJesus. Assim se nos apresentaDeus, num menino, para fazer-se acolher nos nossos braços.Naquela fraqueza e fragilidade,esconde o seu poder que tudocria e transforma».Jesus é, de facto, o meu celebradono Natal? Como vou aprendendoa riqueza do amor de Deus diantede Jesus no presépio?

9. Os magos«Quando se aproxima a festa daEpifania, colocam-se no Presé-pio as três figuras dos ReisMagos. Tendo observado aestrela, aqueles sábios e ricossenhores do Oriente puseram-sea caminho rumo a Belém paraconhecer Jesus e oferecer-lhe depresente ouro, incenso e mirra».Tal como os magos, vindos delonge, o que é que vou oferecer aJesus neste Natal?

10. Lições contínuas do Presépio«Por todo o lado e na forma quefor, o Presépio narra o amor deDeus, o Deus que se fez meninopara nos dizer quão próximoestá de cada ser humano, inde-pendentemente da condição emque este se encontre».O presépio humaniza-me e cristia-niza-me verdadeiramente?Lidas, acolhidas e assimiladasestas vertentes do presépiocertamente poderemos continuara renovar esta tradição na Igrejacatólica, à luz da sua origem…

essencial? Não deixemos o pre-sépio banalizar-se...

2. Origem do Presépio «A origem do Presépio fica-se adever, antes de mais nada, aalguns pormenores do nasci-mento de Jesus em Belém, refe-ridos no Evangelho... Jesus écolocado numa manjedoura,que, em latim, se diz praesepium,donde vem a nossa palavrapresépio...Na realidade, o Pre-sépio inclui vários mistérios davida de Jesus, fazendo-os apa-recer familiares à nossa vidadiária».Não poderemos fazer do ‘nosso’presépio a reprodução da nossavida quotidiana? Não andaremosa projetar no presépio consi-derações não-cristãs?

3. Significado do presépio«Desde a sua origem francis-cana, o Presépio é um convite a«sentir», a «tocar» a pobrezaque escolheu para si mesmo oFilho de Deus na sua Encar-nação, tornando-se assim, impli-citamente, um apelo para oseguirmos pelo caminho dahumildade, da pobreza, dodespojamento».Já captamos a rudeza do presépioperante a moleza da nossa conduta?O presépio toca-me em pobreza,humildade e despojamento?

4. Lendo os sinais«Os vários sinais do Presépiopara apreendermos o significado

Maria, profecia da beleza de Deus

Neste mês de dezembro, ver-dadeiro mês de Maria, pergunteia Nossa Senhora: - Mãe querida,sabias que eras Imaculada Con-ceição? - «Não, não sabia. Eu sósabia que me via em Deus e Deusem mim, numa relação esponsalfeita de surpresa, gozo e encanto,semelhante a toda a criatura quemanifesta as marcas e beleza doCriador. Cada ser criado é perfumee sinal da glória de Deus, sumoBem, Bondade infinita, Belezainefável, Vida nova, assombroque enternece. Sou Filha de DeusPai, que me chama a ser única,irrepetível, fiel, grata e jubilosa,porque o meu sim de amor nin-guém o pode dar por mim. DeusPai é Bondade infinda que mepresenteia com seus mimos esurpresas. Vou ao meu quintal.Vejo um lírio de brancura ima-culada, irradiando perfume e

beleza que me faz sorrir. Foi Deusmeu Pai que o pôs ali, para queEu, sua Filha muito querida, mealegrasse e subisse até ao autorde todos os bens. Tudo quantoDeus criou, me recria e me recreia,me faz viver neste mundo comoquem não é deste mundo, me fazsentir bem onde estou, com quemestou, com que me ama e comquem não me ama. É esta a belezade Deus, Pai Nosso, que vejo emmim e à minha volta, e me faz vere cantar a sua presença, a suaglória e as suas maravilhas.Que mistério humanamente im-possível, que assombra os Céuse faz sorrir a terra, Deus precisarde mim, para que o meu Filho,expressão do meu amor, sejaigualmente o Filho de Deus, osinal maior do seu amor, a Sabe-doria por quem tudo existe e porquem tudo subsiste. Pode haverbeleza e evento maior do que

Deus se fazer filho do homem nomeu seio, para que o homem setorne filho de Deus no seio daIgreja? Humanizou-se a Ele edivinizou-nos a nós. Desceu doCéu à terra, para cada homem ecada mulher, possa subir da terraao Céu. Veio para morrer por nóse deu-nos a graça de não morrere de viver para sempre. Poderáhaver maravilha e beleza maior?Ó cegueira dos homens, de olhose coração fechado para tantasluzes, contentando-se com a lamada terra sem olhar o Céu, bus-cando alimentos novos e a belezade Deus! Que mistério, maravilhae confusão, eu ensinar o meuFilho, o Filho de Deus! Que graçae privilégio aprender com Jesus!Que desejo insaciável de cor-responder, à graça recebida. Queemoção ouvir à mesa: «Benditosejais, Senhor, Rei eterno, tu quefizeste surgir o pão da terra e

que hoje nos sentas a esta me-sa…» Mas o momento maisinefável, indescritível e íntimo,era o oração no templo, aquandoda peregrinação a Jerusalém. Osilêncio! Aprendi a força criadorado silêncio. O silêncio é a lin-guagem e o lugar mais perto domistério. Sem silêncio Deus nãose faz presente. O silêncio dá-nosasas para ir a Deus. O silênciodá-nos a humildade de deixarDeus vir a nós. Com o meu Filho,atravessava as nuvens e sentia-me penetrar no mistério do amortrinitário de Deus!O Espírito Santo, “Senhor que dáa vida” e que põe mais vida nosanos, pôs vida no meu seio, e oVerbo de Deus se fez carne naminha carne, o meu querido Filhoé o Eleito, o Primogénito de Deus.Foi-me dito por Gabriel: «OEspírito Santo virá sobre ti e aforça do Altíssimo estenderá

sobre ti a sua sombra». Diantedesta impossibilidade, disse“Fiat”, faz Tu, Senhor, em Mim, oque não sei fazer sem Ti. Eu queroo que Tu queres. Fiat. Por isso,rezei no Magnificat: «O Senhorfez em mim grandes coisas», nãoEu, mas Ele. E quando o Espíritoage, produz naquele que se deixaconduzir pelo seu sopro, o arco-íris dos seus dons: Sabedoria,inteligência, conselho, fortaleza,ciência, piedade e temor de Deus.O Espírito Santo é unção, águaviva, força divinizante, fogo queabrasa, aquece e purifica, ventoe sopro de vida nova. Por isso aBíblia me chama a Mãe do Amorformoso. Não há beleza e bon-dade maior do que um Deus quenos chama a ser parceiros nagesta e obra da salvação! Deusquis precisar de mim! Deus querprecisar de ti e de todos!

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12 de dezembro de 2019

Diretor: António Novais PereiraRedação e Administração:Rua Abel Viana, 2 - 7800-440 BejaTelef. 284 322 268E-mail: [email protected]

Assinatura 35 Euros anuais c/IVAIBAN PT50 0010 0000 3641 8210 0013 0

Impressão:Gráfica do Diário do MinhoRua de Santa Margarida, n.º 4-A - 4710-306 Braga

12dezembro

2019

Depósito Legal

N.º 1961/83

Editado emPortugal

Propriedade da Diocese de BejaContribuinte Nº 501 182 446

RegistoN.º 102 028

Tiragem1.500

SOCIEDADE Notícias de Beja – 7

Atividade operacional semanalO Comando Territorial de Bejapara além da sua atividade diárialevou a efeito um conjunto deoperações, no distrito de Beja, nasemana de 2 a 8 de dezembro, quevisaram a prevenção e o combateà criminalidade violenta, fisca-lização rodoviária, entre outras,registando-se os seguintes da-dos operacionais:1. Detenções: Dez detidos emflagrante delito, destacando-se:Três por condução sem habi-litação legal; três por condução

sob o efeito do álcool e um porpermanência ilegal em territórionacional.2. Apreensões: Três armas bran-cas; uma televisão e 142 quilosde azeitona.3. Trânsito:Fiscalização: 262 infrações dete-tadas, destacando-se: 62 porexcesso de velocidade; 20 rela-cionadas com tacógrafos; 11 porfalta ou incorreta utilização docinto de segurança e/ou sistemade retenção para crianças; dez

por falta de inspeção periódicaobrigatória; nove por conduçãocom taxa de álcool no sanguesuperior ao permitido por lei;cinco por uso indevido do tele-móvel no exercício da condução.Sinistralidade: 38 acidentes regis-tados, resultando: Dois feridosgraves e três feridos leves.4. Fiscalização Geral: Oito autosde contraordenação: Sete noâmbito da legislação da proteçãoda natureza e do ambiente e umno âmbito da legislação policial.

SUMULA SEMANALO Comando Distrital de Beja daPSP (CD Beja), no âmbito dassuas competências de prevençãoe combate permanente à prática deilícitos criminais e contraordena-cionais, no período de 29 NOV a05DEZ2019, na sua área de juris-dição, registou e destaca os se-guintes resultados operacionais:- Detenção de 1 pessoa, de 30anos de idade, por condução deveículo automóvel sob o efeito doálcool, tendo acusado uma TASde 2,55 g/l;

Operações de Fiscalização:

- 3 Operações de FiscalizaçãoRodoviária, enquadradas naAtividade Operacional de CDBeja e no Plano Nacional deFiscalização, que contabilizam:112 Veículos fiscalizados; 58Condutores submetidos ao testede alcoolémia e 12 infraçõesdetetadas.

Acidentes rodoviários: Em Bejae Moura, registo de 5 acidentesrodoviários, dos quais resultaram1 ferido leve e danos materiais.Ações preventivas /de sensibili-zação e outras:

- O Núcleo de Armas e Explosivosdo CD Beja, nas suas instalaçõese também através do seu Balcãode Atendimento Não Permanente,realizado, no período em apreço,no Município da Aljustrel, pro-cedeu à recolha de 12 armas defogo, perdidas a favor do Estado;- Nos dias 05 e 06DEZ, execuçãoda Operação “Travessia emSegurança”, de âmbito nacional,mediante a promoção massiva deações de policiamento preventivo,nas cidades de Beja e Moura, nosseus locais mais conotados como registo de atropelamentos.

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Papa faz visita surpresa a exposiçãocom mais de 100 presépios

Esta alegria, esta vida nova, nãosão para serem passageiras,como «uma cana agitada pelovento», mas uma realidade cons-tante, permanente, na nossaexistência quotidiana e pro-longar-se por toda a eternidade.Pois já recebemos a vida eterna,já a começamos a experimentar cána terra, vivendo como filhos efilhas de Deus. Por isso, emboraJoão Batista seja «o maior entre

Grande é a nossa fé e a nossa esperançaContinuação da pág. 3

os filhos de mulher, o menor noReino dos céus é maior do queele»: porque é filho de Deus e jáparticipa do Reino, ao passo queo Precursor só estava à porta.Grande é a nossa fé, grande anossa esperança. Não fiquemosde braços cruzados. Alegremo-nos porque o Senhor está perto:Ele fez de nós filhos e filhas deDeus, Ele vive em nós. Alegremo-nos porque nos chama a ser seus

mensageiros e portadores. Ale-gremo-nos, partilhando tudo oque nos deu, os nossos bens, anossa fé e a nossa esperança,com os nossos irmãos e irmãs,especialmente os mais neces-sitados. Porque é neles que Eleestá próximo de nós. Que espe-ramos para O amar e lhe fazer obem na pessoa daqueles que Elemais ama e com quem Se identifica?

O Papa Francisco fez, no dia 9,uma visita surpresa à exposiçãoanual «100 presépios no Vati-cano», que decorre junto à Praçade São Pedro, com obras devários países.O pontífice foi recebido pelopresidente do Conselho Ponti-fício para a Promoção da NovaEvangelização, D. Rino Fisichella,

e visitou a exposição, cumpri-mentando vários dos presentes.Um dos presépios incluía umafigura que representava o atualPapa.As 130 obras, em vários mate-riais, chegaram de cerca de 30países, desde os da escola napo-litana do século XVIII aos presé-pios em coral, passando pelos

que foram executados por pes-soas com deficiência.A mostra foi inaugurada noúltimo domingo, com um mo-mento de animação a cargo daEmbaixada da Hungria junto daSanta Sé, ficando patente até 12de janeiro de 2020; a visita égratuita.

Fonte: Ecclesia

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Na Homilia, D. António Vitalinoreferiu-se brevemente à vida eobra do Padre Olavo e princi-palmente à sua condição de“Homem de Deus” que a todosdeixou os sentimentos e “marcasde Jesus Cristo”, na sua dedica-ção aos pobres, ao serviço daIgreja de Deus, em Beja. Muitotendo feito no âmbito do social,“sabia qual era a sua missão:aproximar as pessoas de Deus efazer com que elas acreditassemmais no Senhor”, referiu D.Vitalino.No final da Eucaristia, o Comis-sário Geral da Ordem Carmelita,Frei Ricardo Rainho, tomou apalavra para lembrar a vida doPadre Olavo e a sua dedicaçãono cumprimento da missão. Elenunca quis homenagens porque,dizia ele, limitava-se a cumprir oseu dever como Carmelita eSacerdote. “Que Deus o recom-pense por toda esta vida deconsagração, de serviço e en-trega (...) Hoje, cá na terracontinuaremos a celebrar a suapresença porque as pessoas quepartem ficam para sempre nonosso coração. Obrigado PadreOlavo, em nome da Ordem doCarmo e de todos os que aquinos encontramos. Que Deus otenha presente no seu eternodescanso!”D. João Marcos, referiu que aordem do Carmo, em Portugal,nasceu em Moura (Diocese deBeja), que acolheu o primeiroConvento masculino, seguido doprimeiro Convento feminino (daOrdem do Carmo), em Beja, há

07 de dezembro de 2019

Faleceu o Padre OLAVO DIJKSTRA, O. CARM.

sessenta e cinco anos. “Esperoque o Padre Olavo, junto deDeus, continue a amar estaDiocese e a interceder para quemais vocações possam vir atrabalhar nesta Diocese. A messeé grande e os trabalhadores sãopoucos. Muito precisamos devocações como a do PadreOlavo, dedicadas ao serviço doSenhor. Muito obrigado à Ordemdo Carmo, neste momento muitodifícil para vós e para nós, emque foi suprimido o Conventofeminino em Beja. Peço ao Se-nhor que esta ordem continueligada ativamente a esta dio-cese”, concluiu.Seguidamente, iniciou-se o corte-jo fúnebre para o Cemitério local,onde foi depositada a urna con-tendo os restos mortais do PadreOlavo, enquanto se cantava a féna Ressurreição que esperamos.

Dados BiográficosNasceu em Wonseradeel (Fries-land), Holanda, em 3 de De-zembro de 1924 e foi ordenadosacerdote em 08 de Dezembro de1954.Em setembro de 1959 abriu onoviciado na Casa da Mata,Longra, Felgueiras, sendo opadre António Maria Alves oprimeiro mestre de noviços.Depois da proibição do Governodo Brasil quanto ao envio dedinheiro para o estrangeiro, oseminário da Falperra, em Braga,com cerca de 100 alunos, dis-tribuídos por seis anos, quaseencerrava, não fosse a iniciativados padres Marcelino Nollen e

Olavo Dijkstra de pedirem ajudajunto das suas famílias na Ho-landa e organizando um peditóriojunto de benfeitores, sobretudona Holanda e na Alemanha, queveio a sustentar o funcionamentodo seminário na Falperra e depoisdeu para construir instalaçõespróprias no Sameiro.Entretanto, os carmelitas tinhamaceitado ir para o Alentejo,primeiro em Moura, em 1965, paraassistir à Ordem Terceira e depoisem Beja, em 1967, onde passarma assumir a Paroquialidade doSantíssimo Salvador, que osCapuchinhos haviam deixado.Com a crise do Seminário, o padreOlavo foi para Ervidel, em 1972, eaí começou uma obra pastoral esocial, a que a diocese de Bejamuito deve, no âmbito do social,sem esquecer que a principalmissão é o anúncio do evangelho,a catequese, o encaminhar efortalecimento da fé, a celebraçãoda mesma com a vida de oração eprincipalmente a Eucaristia.Principais Nomeações do PadreOlavoPároco de São João de Negrilhose Ervidel, desde os princípios de1970, tendo-se mantido comoPároco, em Ervidel, até Setembrode 2013, sucedendo-lhe então naParoquialidade o Pe. AntónioNovais Pereira.Pároco de Odivelas (1 de Ou-tubro de 1982) até 7 de Outubrode 1984, continuando entretantocomo Vigário Paroquial. A 12 deOutubro de 1986 voltou a assumiras funções de pároco de Odi-velas, onde esteve até à no-

meação e tomada de posse do Pe.João Paulo dos Santos Ber-nardino (06/10/2001).Vigário Paroquial de Alfundão ePeroguarda, de 7 de Outubro de1984 a 12 de outubro de 1986,altura em que estas Paróquiasforam confiadas ao Pe. José deAlcobia, a residir em Ferreira doAlentejo.Vigário Paroquial de SantaVitória (12 de Outubro de 1986)onde esteve até 10 de Janeirode 1990, sendo Pároco o Pe,Henrique Martins. Nova no-meação para esta paróquia, comoPároco, a 31 de Outubro de 1991.Pároco de Canhestros, entre 06de outubro de 2001 até Setembrode 2010.

Obra SocialFundou o Centro Paroquial deBem-Estar Social de Ervidel(1973) e o Centro Social eParoquial de Odivelas (30/01/1981), bem como o Centro de Diano Centro Paroquial de Bem EstarSocial de Ervidel (1982), Crechese Escolas Infantis, hoje nor-malmente denominadas Ativi-dades de Tempos Livres (ATL)Trouxe para a Diocese de Beja asCarmelitas Missionárias (1975)e as Irmãs Doroteias. Estas, comele trabalharam principalmenteem Ervidel e Montes Velhos.Foi Assistente dos Cruzados deFátima (13 de fevereiro de 1986) eAssistente Eclesiástico da Cá-ritas Diocesana de Beja entre19/03/1980 e 24/06/1984.

O Espírito que o animavaDas suas nomeações ressalta aosolhos de todos um grande espíritode humildade e obediência aossuperiores hierárquicos e, nestemeio, ao Bispo diocesano.Aos olhos da sociedade um“grande homem “sempre em

movimento”, preocupado porrealizar o que ainda faltava (e falta)fazer e, aos olhos dos crentes, “umgrande homem de Deus”. Pes-soalmente, levava uma vida aus-tera no comer e vestir, vivendo felizcom o indispensável.Recordo que, pelos anos de 1980/1981, em finais de Julho, pas-sando alguns dias de férias naParóquia de Ervidel, no jantar doPadre Olavo, bastava-lhe o es-sencial, que muitos conside-rariam insuficiente: pão, umasopa pouco nutritiva, tomate comareia de sal, queijo, paio ouchouriço, leite e fruta.Aquando das suas Bodas deOuro Sacerdotais, em 2004, ementrevista ao Notícias de Beja,ressalta uma “longa e rica folhade serviços no campo da evan-gelização e muito particularmentena área sócio-caritativa”, “umPastor dedicado, simples, hu-milde e pobre, um Homem deDeus, com uma fé profunda,alimentada na oração e na práticada caridade”.Do seu testemunho de vida,ressalta uma disponibilidade totalpara “servir o povo até ao limitedas suas forças” e, enquanto aOrdem ou o Bispo não tivesse umPadre novo para o substituir,tentaria “manter a vida religiosa”que ainda restava.Na altura, com 80 anos de idade,tinha uma grande lucidez quantoaos seus limites físicos e pas-torais. “Com a ajuda das Irmãsde Montes Velhos, do Lar deErvidel e da sua Direção, do Sr.Jorge, da Catequista e do Con-selho Paroquial, espero poder“levar a cruz ao calvário”, masnão vejo já capacidade pararenovar o fogo”, concluiu. (Cf.Notícias de Beja, 02 de dez. de2004).

António Novais