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UM JORNAL CEGO, SURDO E MUDO De 5 a 12 de setembro de 2014 • Edição 1210 • ANO XXXIV www.operumolhado.com.br BÚZIOS JOR NAL O MAIOR Desculpe-nos Muitas homenagens não puderam ser publicadas nesta edição. Por isso, continuaremos com a campanha de eternas homenagens a Marcelo. Continue contribuindo.

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UM JORNAL CEGO, SURDO E MUDO

De 5 a 12 de setembro de 2014 • Edição 1210 • ANO XXXIV www.operumo lha do.com.br

BÚZIOSJOR NAL

O MAIOR

Desculpe-nosMuitas homenagens não puderam ser publicadas nesta edição. Por isso, continuaremos com a campanha de eternas homenagens a Marcelo. Continue contribuindo.

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado2

Domingos:Festival de PizzaR$ 34,90 por pessoaQuarta a domingo no jantar:ParrilaCarnes nobres importadas

AV. JOSÉ BENTO RIBEIRO DANTAS, 2700, MANGUINHOS, BÚZIOS. TEL.: 22 2623 3755

SABOREIE VICTÓRIO: PIZZAS NA LENHA E PARILLA.

UM LUGAR GOSTOSO COMO BÚZIOS, TINHA QUE

TER UM LUGAR GOSTOSO COMO O VICTORIO.

GASTRONOMIA | PAISAGISMO | DECORAÇÃO

G O S T O S O C O M O B Ú Z I O S

Con se lho edi to rial Bri git te Bar dot, Clau dio Kuck, Ivald Gra na to, Jo­mar Pe rei ra da Sil va, Fi no Quin ta ni lha, Re na ta Des­champs, Ota vi nho, Umberto e Clau dio Mo dia no, Er nes to Za bo tinsky, Tra ja no Ri bei ro, Re na to Pa co te, Jor ge Te des co, Clau dio Co hen, Lau ritz Lach man, Gui lher me Araú jo, Pe dro Pau lo Bul cão, Pau lo Ma­ria ni, Al ber to Fan ti ni, Ma rie Anick e Jac ques Mer­cier, Ara guacy da Sil va Mel lo, Luis Ed mun do Cos ta Lei te, Mar cos Pau lo, Elie Sha ye vitz, Jo nas Suas su na, Gló ria Ma ria, Ruy Castro, Heloisa Seixas, Márcio Fortes, Luiz Fernando Pedroso, Lula Vieira, Antônio Pedro Figueira de Melo, Eduardo Modiano, Ancel­mo Góis, Etevaldo Dias, Joaquim Ferreira, Thomas Sastre, Adriana Salituro, Armando Ehrenfreund, Mário Pombo, Nelson Bellotti e José Leão Portinari.

CopydeskEva Lartigue

Fun da do res Ma rio Hen ri ques e Pe dro Luis Lar ti gue

Ge rên cia de Ven dasTráfego Publicidade & Marketing Ltda.(21) 2532­1329 (21) 9100­7612

Me ce nas Umberto Mo dia no

Im pres são Tribuna de Niterói

Diretor de DistribuiçãoMuchacho Bicho Doido

Depto. JurídicoDr. Ulisses Tito da Costa

Di re tor Mar ce lo Lar ti gue

Editor AdjuntoJanir Hollanda

Jor na lis ta res pon sá velVictor PintoMTB 27666

Editor de fotografiaPhotoshop

Re pór terVictor VianaSandro PeixotoMônica CasarinDenis KuckJanir JuniorArthur Veríssimo

DiagramaçãoCaroline Moreira

Diretora Comercial Só Jesus sabe!

O Pe rú Mo lha do / Edi to ra Mi ramarCNPJ: 02.886.214/0001­32

Rua Alfredo Silva, 226, casa 4 Cep 28 950­000 – Brava ­ Ar ma ção de Bú zios – RJCelular/redação: (22) 98128­3781 / 2623­1422Comercial: (22) 2623­1422E­mail: operu mo lha [email protected] [email protected] te: www.operu mo lha do.com.br

Antes que alguém com pres-sa de fazer meu obituário escreva qualquer coisa, en-chendo o espaço com senti-mentalismo barato, prefiro

eu mesmo fazer o meu, por mais absur-do que isto pareça. Aliás, comigo nada é absurdo, tudo é absolutamente normal, dentro dos meios conceitos, obviamen-te. Nada daquele papo de “coitadinho era uma boa pessoa” ou “era tão moço”, até porque faz muito tempo que deixei de ser boa pessoa e não sou tão moço assim. Tem que ser um necrológico sincero, por-que de que vale a vaidade depois de mor-rer – só a vaidade de estar morto. Não fui um bom filho, o que não quer dizer que os meus pais seriam melhores filhos se eu fosse o pai. Bom marido, não fui, bom, também com as mulheres que vivi não me deram esta oportunidade. Nunca rou-bei – salvo algumas miudezas em lojas de departamento (afortunadamente o alarme nunca tocou), nunca menti consciente-mente, aliás considero este meus grandes defeitos. Sacanear os amigos sempre foi meu esporte preferido, mas tive a sorte de mesmo assim continuar a tê-los co-mo amigos. Egoísta fui a vida toda, co-mo todos, porem tratei de nunca revelar a ninguém, como todos. Jamais amei ao próximo como a mim mesmo, em contra partida nunca ninguém me amou como eu mesmo. Fui covarde e fui valente, a única pessoa a que tive medo foi a mim mesmo, isso prova a minha valentia. Nunca tomei nada de ninguém, mas vou deixar tudo que não tenho para os têm menos que eu. Nunca cobicei a mulher do próximo, só a do afastado. Nunca tive inimigos, apenas desafetos, mesmo as aves de rapina tra-vestidas de pássaros silvestres não foram classificadas como tal, afinal como filho de psiquiatras conheço bem as mentes psicopatas. Preocupei-me mais com meus desafetos que com meus amigos, afinam os amigos nem sempre se preocupam com a gente. Defendi minha vida do meu jei-to, mas jamais a arrisquei para defendê-la. Dinheiro nunca foi uma preocupação,

pois nunca tive nada. Segredos, nunca tive, como jornalista passei todos adian-te. Sempre fui ateu, mas confesso que nos últimos tempos estava acreditando em tudo, a proximidade da morte faz isso. Conquistei varias mulheres, poucas com o coração, algumas com a lábia e muitas com o jornal. Sempre tive pavor a médi-cos, eles sempre descobrem enfermidades que nunca imaginávamos ter. Um orgulho

Fui!

é ter vivido 120 anos em apenas sessen-ta: finalmente livrei-me desta maldita in-sônia. Tive a fortuna de ter dois amores incondicionais: minha mãe e minha filha, de que levo comigo um pedaço do seu corpo e todo seu coração. Desligo, aca-baram os creditos.

MINHALAPIDE: Fui, mas a Eva conti-nua na redação aguardando seu anuncio.

NOTA DE PESAR

O prefeito de Cabo Frio, Alair Corrêa, lamenta a prematura perda do jornalista Marcelo Lartigue, fundador do jornal “O Perú Molhado” e une-se a familiares e amigos em oração de paz e conforto.O prefeito Alair Corrêa reafir-ma sua admiração e respeito a um dos jornalistas que contri-buiu com seus serviços para o fortalecimento da imprensa e da democracia.

Alair CorrêaPrefeito de Cabo Frio

O indrédulo Marcelo colecio-nava bíblias em várias linguas, justificando que dessa forma não tinha como lê-las, imagens de santos e artefatos sacros de outras religiões. Uma vez nos con-fessou que conhe-ceu duas pessoas iluminadas: o Papa João Paulo II e Castor de Andrade

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado 3

“Ao tão querido e irreverente Marcelo, à sua família

e aos seus amigos, nossos mais sinceros sentimentos”.

Pérola Búzios Hotel, Convention and Academia Mourn the loss of there

friend Marcelo.Rest in peace.

Por Lula Vieira

Ora, salve ele! O trintão Pe-rú, com garra de adoles-cente, ostentando glorioso o prepúcio dos vencedores. Perú Molhado, velho de

guerra, 30 anos, quem diria? O único e verdadeiro órgão de grande penetração da imprensa brasileira. Impávido, colosso, um jornal com cabeça e tronco. E mem-bro. Rígido em sua filosofia, duro em sua labuta, altaneiro na sua fé. Um jornal que nunca dá de ombros diante dos problemas sociais. Até porque, como dizia a zelosa mãezinha à sua filha: “não se esqueça nunca – este troço não tem ombros”. Ou seja: o Perú Molhado nunca propôs co-locar apenas a cabecinha. Sempre entrou com tudo na luta em defesa da cidade e de seus cidadãos. Em sua longa trajetó-ria jamais ficou murcho diante dos ricos e poderosos. Pelo contrário. Toda vez que um sátrapa de ocasião fez ameaças, o Perú levantou a cabeça e partiu para a peleja, pulsante e firme em suas convic-ções. Em suas veias corre o sangue dos heróis, daqueles que preferem a morte do que broxar. Não há repouso para os de sua estirpe. Seja qual for o objetivo, sejam quais forem as dificuldades, um Perú que se preze – e o Perú Molhado se preza – vai em frente. Adentra com tudo, não esmorece. Como diria Winston Chur-chill: “lutaremos nas praias, lutaremos nas ruas e nas colinas, jamais nos ren-deremos”. Pode não parecer à primeira vista, mas há grande semelhança entre as duas idéias: defender a Inglaterra e editar o Perú. Ambos precisam de entusiasmo, fé, esperança e – sobretudo – espírito de sacrifício. Voltando ao Churchill. Ele disse: “mais do que tudo, manteremos a cabeça erguida”. Também esse é um dos

Perú Molhado, 30 anossem tirar de dentroEscrevi este texto quando o Peru fez trinta anos. De certa forma, é uma homenagem ao Marcelo. Ele era o Perú. Mas algo me diz que como na música popular, morre o homem e fica a fama. Neste caso, morre o homem e fica o Perú. Desta vez, molhado de lágrimas. Mas fica. Acho.

lemas do Perú. Um jornal de cabeça er-guida. Cabeça erguida e olhos fechados, pois Perú que se preza é cego. Cego, surdo e mudo. Um aríete, cuja glória é arrebentar tudo que se lhe opõe. O Perú Molhado não se compara a nenhum outro veículo impresso no Brasil ou no mundo. Quer um exemplo? Nenhum outro jornal, nenhuma outra revista, nenhum outro pe-riódico seja qual for sua denominação, possui santo próprio. Existem até alguns veículos que se inspiram em santos. Mas somente o Perú tem o orgulho e a glória de ter um santo próprio. O São Perú, que tal como a casa do operário descrita por Vinícius de Morais, é um santo sem reli-gião. Não foram de rosas estes trinta anos de permanente ereção cívica. Por suas atitu-des o Perú já foi agre-dido, violado, difama-do. Mas, como disse M a r c e l o L a r t i g u e quando foi estuprado na sacrossanta reda-ção do Perú por uma autoridade menor, antes de desmaiar: “Sou um Perú, não mera b inb inha” . Esta frase lapidar, que mereceria es-tar imortalizada, se perdeu na poeira do tempo, pois co-mo todo Perú, este aqui também tem memória curta. O Perú Molhado é conhecido em quase todo Bra-sil por suas posições corajosas. O seu co-irmão menor editado no Rio de Janeiro, chamado do O Globo, não cansa de regis-trar acontecimentos relativos ao jornal. Aliás, dizem os mais bem informados, a

grande maioria das jornalistas do Globo sonha toda noite com o Perú. Isaura, a patroa do Agamenon Mendes Pedreira, o mais sério colunista do já citado O Globo,

é viciada no Perú. Vai Perú Guerreiro, continue Perú Justi-ceiro, seja para sempre o nosso Perú Mo-lhado!

Marcelo admirava muito este trio: Lula Vieira, Mauro Melli e Luiz Fernando Pedroso, em especial por todo apoio que deu ao jornal na época em era rodado na Ediouro

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado4

Por Luisa Barbosa

2014 não tem sido um ano fácil aos mortais da Terra de Vera Cruz. Perdemos um dos nos-sos maiores escritores, um dos nossos maiores cartunistas e

humoristas, dos maiores educadores, ato-res, políticos...A vida é mesmo efêmera e se vai. Um sopro. Um grito. O que permanece são as coisas boas construídas e partilhadas. A graça. Aos que ficam, a memória e a saudade.Recebi com dor o e-mail “uma notícia triste”, que comunicava o falecimento do querido Marcelo Lartigue. Querido mes-mo sem querer, sem se esforçar pra tal.

Um homem autêntico que tive a sorte de encontrar no balneário. E de também ser marcada, como muitos, por sua autenti-cidade.Li e reli o texto ansiando que na também “efemeridade” do e-mail estivesse a espe-rança de uma escrita apressada, de uma frase mal lida. Não pude fugir. A matéria se vai na mesma intensidade da vida que se quer viver.Mas Marcelo é desses homens que su-plantam o corpo. Desses que não vem ao mundo a passeio. Que não passam des-percebidos à história. Por isso ele foge das frases finais típicas dos obituários: Marcelo Lartigue, 60 anos, deixa este, aquilo, aquele.Marcelo não deixa nada. Ao contrário.

Oferece ao mundo um jornal, com mais de 30 anos de história, que só de ser pro-nunciado diverte. Que remete à irreverên-cia e ao humor, em tempos que só nos pa-rece restar hashtags, manchetes, caretices e frases de efeito da moral e do bom cos-tume. Nos presenteia com uma filha que de sorrir abraça. Que deu um pedaço de si à esperança da vida. Nos dá um filme so-

bre a história de uma Búzios que é praia de Babel. Outro sobre O Perú. Muitas montagens, imagens, bordões, promessas e processos judiciais. Entrega um lega-do que orgulha Búzios e os que puderam partilhar um pouco da sua intensidade.O Marcelo vai. Mas fica. Que nós o te-nhamos sempre. Amém.

Tem gente que veio pra ficar

Marcelo não gostava, mas sempre era capa do Perú

Registrando a última Copa

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado 5

PAL ÁCIO T IRADENTES: LUGAR DE MEMÓRIA DO PARL AMENTO BRASILE IRO.

Queridos colegas do Perú,é com muita tristeza que recebemos a notícia dessa última viagem de Marcelo, nos-so querido e maior jornalista, buziano verdadeiro, de corpo e alma, irmão!Parceiro incondicional, Marcelo sempre nos abriu com carinho as páginas do Perú, nosso grande divulgador de projetos e sonhos, força máxima da Céu Aberto Filmes. Obrigado Marcelo! Siga em paz! Saudade sempre, dos amigosFernanda e Nenéu

Meus sentimentos a família e galera da redação pela passagem do nosso amigo para a vida eterna que descanse em paz.Paulo de Deus

Marcelo é uma referência nacional. Receba os nossos sentimentos. De fato o Marcelo é uma referência nacional. Receba os nossos sentimentos.Continentino Porto - Presidente do SJPERJ

Oi Eva! Meus sentimentos pelo fale-cimento de seu pai…Só soube agora e estou muito triste!! Conheci seu pai a pouco tempo por intermédio de meu pai e gostávamos muito dele. Todos meus amigos de Buzios também ado-ravam o Marcelo. Estarei sempre ao seu dispor para o que você precisar. Qualquer coisa que precisar de mim e de meu pai. Sei que nesta hora tudo parece sem sentido mas vamos estar juntos de vce sempre que precisar. Mais uma vez sinto muito mesmo por ele ter nos deixado! Espero que você tenha forças neste momento tão triste. Tenha certeza que ele está bem e lo-go logo estará olhando por todos nós. beijos.Frederico Rozário.

Prezada Família Lartigue,O jornalismo irreverente e ao mesmo tempo profundamente comprometido com a melhoria da qualidade de vida em sua região, a internacional cida-de de Armação de Búzios, perde um grande expoente - Marcelo Lartigue.Meus sentimentos à família Lartigue e companheiros de trabalho.Atenciosamente,Otavio Leite - deputado federal

Foi informado da amiga Solange do triste accontecimento do decesso de Marcelo. Eu tive por meio da Vera a informacão que o transplante tinha da-to certo e fiquei feliz por isto. A tris-teza que provei en receber a informa-cão da morte do meu querido amigo è dificil de descrever. Me comprimento com a Eva pela coragem que tive em ajudar o pai e lhe partecipo toda as mi-nhas condolências. Soube que o en-terro foi fantasmagorico no estilo dele, sento muito de estar doente eu tam-bém e não ter condicoes de me pronti-ficar para ajudar nos meus limites vo-cê Eva. Se precisar de alguma coisa en que eu possa ser de ajuda a distância, por favor me contate.Um abraço, Paolo e Flora Mariani

O Perú é uma referência para mim, sempre foi. Anibal, meu pai e Marce-lo apostavam em quem iria primeiro. Agora todos se foram e um pouquinho de nós também. Com certeza o jorna-lismo está mais sem graça agora. Mar-celo é um grande cara. Bem que podia ser mais uma brinca-deira do Perú... Um forte abraço para todos os colabo-radores, quem já passou por lá e para a Eva.

Denis Weisz Kuck

Foi com muita tristeza que soubemos do falecimento precoce do MARCE-LO LARTIGUE , este grande defen-sor, divulgador e amigo de Búzios que conheci a quase 30 anos Certa-mente é uma perda insubstituível . Bú-zios perdeu parte de sua alegria com o seu falecimento . .. À sua filha Eva e familiares os nossos pêsames . Alencar Polimeni , Therezinha, fi-lhos e netos.

Meu queridissimo amigo, o grande marcelo. Perder um amigo pode causar saudade,

mas nunca esquecimento!R.I.P.

Um grande abraço,Otto weisser

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado6

Búzios sofre uma grande perda com o falecimento do nosso querido e amigo Mar-celo Lartigue, com a marcante e irreverência que é o seu jornal, muitas pessoas confundiam e chegavam a odia-lo por algumas matérias que eram publicadas e que com certeza não os agradavam tenho a certeza também que aqueles que tiveram a oportunidade de conviver com ele como eu tive, aprenderam a ama-lo de uma forma muito especial, porque o Marcelo foi muito especial para esta cidade que o acolheu como um verdadeiro buziano, participou diretamente da luta da emancipa-ção do nosso município,um dos grandes responsável por criar a marca Búzios que temos hoje divulgando e fazendo conhecida internacionalmente.Um homem cercado do carinho de pessoas glamorosas mais que nenhum momento ostentava uma posição de glamour, pois soube criar uma maneira simples de viver que para ele estava tudo bem.Um amigo me fez uma pergunta: Ele morreu te devendo?E eu lhe respondi: Não há no mundo dinheiro que pague uma verdadeira amizade, o respeito ao meu trabalho e a gentileza com a qual ele me tratava, ele não foi o meu cliente ele foi e será sempre meu amigo.

João Luiz (Jó) - Taxista

O espetáculo tem de continuar

Por Mônica Casarin

Marcelo Lar-tigue era a versão ar-gentina de M a c u n a í -

ma! O anti-herói de Búzios! Sem Marcelo a cidade perde sua irreverência, seu charme, seu carisma, sua alma. Búzios nunca será a mesma! Fica di-fícil pensar em adjetivos para o Marcelon, só fica este sen-timento de vazio, de uma história que se partiu.Eu tive três mestres importantes em mi-nha breve carreira de jornalista: Geraldi-nho Carneiro, em Brasília; Edgar Lisboa, no Rio e Marcelo Lartigue, em Búzios. Destes, o Marcelo foi sem dúvida o mais impressionante, o que mais mexeu com os meus sentimentos. Com ele, tive mo-mentos de profunda alegria, riso solto mesmo; e momentos intensos de raiva. Lembro de brigas homéricas que tivemos nos fechamentos do Perú. Como ele era bom em irritar as pessoas!Aliás, esse período que tive o prazer de conviver com Marcelo, Aníbal, Nélia, Sandro, Carol e Alan foi divertidíssimo e de muito aprendizado. Os fechamentos do Perú eram uma verdadeira odisséia, mas era tão divertido que sempre vinham os à toa de sempre para dar uma pescoça-da no que tava acontecendo, ficar batendo papo e filando o rango que vinha do Don Juan ou da Parvati – tudo de graça, claro!Aliás, a boca livre era a marca do Marce-lo. É a única pessoa que conheço que via-jou quase o mundo todo sem gastar um tostão, só na aba dos amigos generosos e de outros interesseiros. É por isto que foi-se deste mundo sem deixar nada material. Viveu como uma espécie de Robin Wood anarquista, usufruindo dos amigos ricos e ajudando os amigos pobres. O que deixa-va a Nélia louca, pois as contas do Perú nunca fechavam. Ninguém fez, faz ou irá fazer um jornal como o Marcelo, não tem outro igual.

Com todo o respeito e carinho que tenho pela equipe do Perú, lamento dizer que es-te, assim como nós tivemos o prazer de conhecer, não existi-rá mais! Porque só o Marcelo sabia a re-ceita exata de fazer um jornal irreverente, mas com uma verda-de crua e direta. Só

ele podia se permitir ‘gozar a cara’ dos amigos e políticos bu-zianos sem que estes cortassem relações com ele. Claro que ficávamos bravos por um tempo, xingávamos, esperneávamos, mas logo passava porque afinal de con-tas... era o Marcelo, era o Perú!A perspicácia do Marcelo para fazer pia-da com coisa séria era algo perto da ge-nialidade. Muitos aqui em Búzios diziam – e dizem - cobra e lagartos sobre o Mar-celon, mas no final das contas, sempre iam atrás dele quando queriam criticar os oponentes. Isto porque só ele sabia o tom certo, a critica feroz e acertada.Eu não sei o que falar para a Eva neste momento, pois palavras nunca vão po-der confortar esta menina, que em pouco tempo foi obrigada a virar mulher pas-sando por provações que muitos de nós não suportaríamos. Fico chateada comigo mesmo por não ter ido ir visitar o Mar-celo nestes últimos tempos, quando ele mais precisa dos amigos. Arrumei mil desculpas para tentar me enganar, mas a verdade é que não consegui enfrentar esta realidade. Sabia que o fim de uma grande história estava terminando e me acovar-dei, tentando fingir que nada estava acon-tecendo. É triste ver que Búzios está perdendo su-as personalidades mais marcantes, mais especiais; está ficando careta e sem gra-ça. ‘Bolta’ Marcelo, de onde você estiver, ‘bolta’! Porque isto aqui vai ficar uma chatice sem você!FIM DA HISTÓRIA

Búzios perde seu Macunaíma

Por Eduardo Almeida

Parecia que uma voadora do Vitor Belfort, havia atingido a minha lombar. Terça feira, 02 de setembro de 2014, um dia ensolarado,

mas segundo os moradores, ¨ um dia esquisito ¨. Logo de manhã, a noticia varreu Búzios nas redes sociais: Mar-celo Lartigue, morreu. Quem primeiro sentiu a noticia foi a minha lombar, pa-recia que havia sido atingido por uma voadora do Victor Belfort.Quando alguém muito especial morre,

a primeira coisa que vem a tua cabeça: nunca mais vou ver esse cara na minha vida.Depois desse pensamento muito doído, a vontade de chorar, depois a vontade de fi-car com olhar preso no infinito, pensando a esmo e lembrando de tudo que aconte-ceu nos últimos dias com o Marcelo.Sacanagem? Nada, para ele como disse a amiga Chris Palomita, foi a cura defi-nitiva. Para nós a dor infinita.Fomos procurar o nosso fisioterapeuta e doublê de analista de plantão, o Antonio Carlos Rocha, o Toninho. Ele sempre tem uma solução para grandes proble-

mas.Lá encontrei outra nocauteada pela mor-te do Marcelo, a Silvana Graça. Dividir a dor é fundamental nestas horas. Na conversa a luz e na luz as idéias mais loucas.No caso do Marcelo somente idéias lou-cas, como não poderia deixar de ser.Em minutos incorporamos as idéias de Marcelito e as linhas para uma super produção começaram a surgir. Silvana falou com o Hamber, que falou com o Vitor, que falou com o Sandro, que falou com o Muchacho, que falou com a Ca-rolzinha, que falou com o Mario Paz, que

falou com o Isac, que falou com o Mu-reb fogueteiro, que falou com o Marreco Botafogo, que falou com o Pitalô, e que falou com o Renascimento, afinal o São Perú, teria de estar avisado e pronto para a cerimônia, e que falou, .... falou-se até com o Gil e a puta que o pariu. Pronto os planos para o velório e o enterro estavam prontos. Muita gente, muitos comes e be-bes, muita musica, muito choro e muitos risos. Afinal não é todo dia que morre um Marcelo Lartigue.Marcelo, como diria o Magri, você é imorrível e vai deixar uma puta sauda-des em todos nós.

Marcelo vai recomeçar em outra praia!

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado 7

(quinta a domingo / thursday do sunday 10:00 - 19:00)

Por Luciano Moojen

Tem uns putos que comandam esta porra. Dão ordens nos veículos de comunicação. Im-presso, falado e televisado. E os donos obedecem...

Vejam bem. Que notícia é esta???? “Sa-brina Sato vai retirar uma pinta preta que tem em sua testa!”. Foda-se a pinta da mi-lionária “apresentadora”. Publicação mas-siva sobre este “fato”.Tem mais. Nosso povo esta fodido. Libera-ram a porra do crédito e a metade de nossa população esta no SPC... Duzentos milhões de gente. E a juventude não estuda. Noventa por cento dos “jovens” não completou o pri-mário. Darão em quê??? Tenho medo de usar roupas de marca. Fico preocupado quando meu filho sai de casa bem vestido... Seu tele-fone é melhor que meu computador...Vamos ao “GONZO”... O comandante da mídia tupiniquim manda botar gente gor-da na mídia. Programas de emagrecimen-to... A rede bobo pagou cinco milhões pa-ra emagrecer o tal de ‘fenômeno’. SBT e Record fazem a mesma pantomina. Qual a intenção??? Engambelar a nossa gente. Todo o mundo gordo... Muita comida... Não é verdade!!! Setenta por cento de nossa gente passa fome! Não tem comida. E, esquece-se de suas agruras... Vendo os comandantes desta falácia mostrarem a gordura que não é do meu povo.Tem mais. Mídia de merda. Mora em Ro-ma uma “repórter” da Vênus Platinada.

Jornalismo de merda!(Gonzo?)Ao Marcelo Lartigue (In Memoriam)

O porra da mulher é nada menos do que “porta voz do Vaticano” para o brasil, com minúscula. Fala pausadamente do santo papa. Santo é o caralho. O argentino foi eleito. E comanda um dos países mais ri-co do mundo, incrustrado dentro da capi-tal Romana. Roubam pra caramba e tem ‘imunidade diplomática”. A polícia italia-na não entra lá não. Fodem muitas crian-ça... E os empregados desta ‘instituição’ são obrigados a assinarem contrato. Tipo assim... “Não serei veado, não foderei e nem gozarei. E serei pobre a vida inteira”. Fala sério. Inqueri um padreco noutro dia. Quase que dá em merda. Perguntei se ele era veado, se dava a bunda... Ou se ele fodia suas pastoras... E o mané com su-as mãozinhas juntas, mandou pra mim... “Afe Maria”. Rapidamente emendei... “Vai enganar o caralho. Se Ave Maria é mãe de Deus, como é que ela e virgem e mãe de Cristo??? O tal de José – pai de-le – era corno??? Que porra é esta???”. O tal padre era macho. Pagou um bom vinho, olhando para as bonitas meninas que iam para a vida. Desfile de mulheres bonitas foi no Barceloneta. O bate papo também. Mandaram uma parada desta para o Perú Mo-lhado. E pediram “Destaque”. Vejam que coi-sa...: “Nasceram gêmeos de ursos Panda em cativeiro”, lá na casa do caralho. Nem uma letra no jornal, sobre este “mandado”. Tenho certeza que o Victor Viana – com suas verve ferina – não abaixará sua ca-beça para estes vermes. Gonzo??? Goza-remos estes putos até a morte.

O socialista mais capitalista da história

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado8

Um argentino que amava o Botafogo

Nossa despedida vai em preto e branco! Descanse em paz grande Marcelo Lartingue. Sua irreverência sera lembrada por todos que tiveram o prazer de te conhecer. Obrigada por todo o carinho que sempre dispensou a nós, Gerson e Carlota.

É com muita tristeza que tenho que dar esta notícia. O ser humano mais irreverente que tive a oportunidade de conhecer e conviver descansou. Um grande visionário e mestre do jornalismo deixa a vida para entrar na história de um dos mais importantes balneários do Brasil. Armação dos Búzios nunca mais será a mesma.Mas é um erro pensar que Marcelo Lartigue encontrou a liberdade, pois ele, à sua maneira, sempre viveu livre. Descanse em paz, Companheiro! Gustavo Garcia

Marcelo nunca escondeu seu amor pela Estrela Solitária. Nas fotos com Márcio Braga, Vera Lilian

Marcelo com o tricolor Gustavo Garcia

Marcelo recebendo um presente do Gerson da Mosaicos Portela

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado 9

[email protected].: (22) 2623-0321

(22) 9 9222-3314 | id: 958*26413Estrada da Usina Velha, nº 444

GR. 7 - Centro - Búzios Porto da Barra • Reservas: 2623-3731

Penso que até mesmo quem esteve contra Marcelo e seu jornal tem que reconhecer a importância do “maior jornal do mundo” como adjetivavam seus proprietários e colaboradores. Este jornal nunca teve medo nem se rendeu. A liberdade de ex-pressão, a irreverência e criatividade de Marcelo fizeram história. Taí um homem que na sua simplicidade econômica, deixa um legado e um exemplo que deve ser continuado. Fazer notícia local sem perder a importância global. Marcelo teve uma enorme importância para sua cidade Búzios, relevando seus personagens, atacando seus destruidores, abrindo espaços para quem tivesse algo a dizer ou colaborar. De-pois de “O Pasquim”, que perdeu força com o fim da ditadura ainda existia e existe um jornal bem humorado, que se coloca nas causas importantes da cidade, sem perder a esfera nacional e mundial. Anarquista, despretensioso, deixa o leitor ir de lá para cá percorrendo noticias misturadas aleatoriamente. Espero que a turma do Peru não deixe a peteca cair, Marcelo está de olho em nós, sentado nos bares da cidade onde filmou com sua lente peculiar tantas histórias, gentes e encrencas. O Peru Molhado é de nós todos.

Helena Oestreich

Soube agora que Marcelo nos deixou. Muito triste. Ao mesmo tempo, muito como-vente toda essa mobilização dos amigos para tentar mantê-lo vivo. Mais do que um ser humano - contraditório, incoerente, surpreendente - vamos ter que refletir sobre seu papel na história de Búzios, onde se transformou num verdadeiro símbolo de resistência cultural. Através do Perú Molhado, por mais de 30 anos, e de sua vi-da pessoal inteiramente dedicada ao jornalismo, contribuiu com tenacidade e garra para que a cidade, cada vez mais globalizada, não se afaste de sua identidade, de tudo aquilo que a faz diferente e única. Corre uma lenda entre os jornalistas de que o New York Times nunca desmente uma notícia. Uma vez a “versão” publicada, o “fato” é que dê um jeito de se encaixar. O Perú Molhado segue essa linha. Que pe-na! Queria muito desmentir essa notícia.Miriam Danowski

Lamentamos profundamente a noticia do falecimento do Marcelo Lartigue.A equipe de A TRIBUNA presta suas homenagens a família, aos funcioná-rios e colaboradores do Perú Molhado.Gustavo Amora - A TRIBUNA

Grande Marcelo!Os amigos acima de tudo!!!

Salviano Leite

Nota de agradecimento

A Cidade de Armação dos Búzios la-menta pelo falecimento de Marcelo Lartigue, o criador e diretor do jornal mais irreverente e um dos mais tradi-cionais do mundo, o Perú Molhado, que foi fundado em Búzios em 1981. Marcelo tinha 60 anos de idade, mais de 30 deles vividos na cidade. O vi-sionário deixa uma filha de 18 anos, muitos amigos e admiradores, e entra para a história como uma lenda do jor-nalismo brasileiro.

Obrigado, Marcelo!

Caro Sandro Peixoto: neste momento de muita dor e perda, transmita aos familiares do marcelo e a todos do jornal perú molhado, minha solidariedade... E, principal-mente a eva lartigue, e neste momento de grande dor emocional, física e espiritu-al... Envio sentimentos de muita força e superação afirmando que com nossos cora-ções e mentes estamos todos juntos. As vezes as grandes tormentas sevem para nos ver e sentir como somos fortes em momentos tão adversos... Vida que segue, e... Cabe a nós vivenciarmos até os últimos instantes. As crônicas cotidianas de nossas vidas... Muita força evinha!!! Na sua superação e rápidaRecuperação... E muita saúde!!!É isso aí... As pedras vão continuar rolando, sempre... Chico de Assis - Búzios rj

Adeus Marcelo,Só saudades foi o que ele deixou. Só saudades, pois o resto ele le-vou... Perdi um amigo. O Pelé do jornalismo. Com a mesma simpli-cidade que escrevia com serieda-de. enveredava para outra mátria sobre sacanagem. Pessoa tão ma-ravilhosa que até os idiotas que os criticavam, vão sentir sua fal-ta. Me fez mais popular do que já era. A seu pedido, fui cor-respondente do Perú Molhado em 4 Copas do Mundo e duas Olimpíadas e recordista da ca-pa do jornal. Saudades dos Co-hibas que degustávamos juntos com as gêmeas, maneira com ele se referia as duas garrafas de Whisky Black White que agente tomava. Se for verdade que a sauda-de mata, vai preparando um lugarzinho para mim, pois estou chegando.Luiz Carlos Gonçalves, O Cabelada

Marcelo com a formacão inicial da equipe do Perú, felizmente todos ainda vivos, pelo menos por enquanto (Foto: Marcelo Lartigue)

Cabelado se descabelou com a morte de Marcelo e periga até parar de beber, ou não...

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado10

“Eu sou da imprensa do interior e sempre gostei muito dela. Por isso, o ‘Perú Molha-do’ me fascinava, pois era um jornal engraçado. Eu diria que é um filho temporão do Pasquim. E o Marcelo, que era uma pessoa muito generosa com os amigos, dava hu-mor ao jornal. Outra coisa que me chamava a atenção, que eu só pude observar no Es-tados Unidos, é que mesmo sendo uma imprensa do interior, ‘O Perú Molhado’ atraia a atenção de pessoas de diversos lugares. Eu costumava brincar que o jornal é o The New York Times de Búzios. Algumas pessoas até reclamavam que eu não dava tanta atenção para outros veículos locais. Eles tinham ciúme. Mas não tem como não gostar e não ter carinho com um jornal que tem um título tão safadinho. Infelizmente não vou poder comparecer ao enterro, mas estarei com o Marcelo no coração.”Ancelmo Góis

Ao Perú Molhado,Infelizmente perdemos o amigo Mar-celo. Ficaremos apenas com sua me-mória de um grande amigo de Búzios. Nossos pêsames a família do Perú Molhado.Ivan do Captain’s Bar

Descanse em paz meu amigo ! Nossa amizade já leva uns 35 anos e tu sem-pre foste o mesmo cara irreverente e de bem com a vida!

Cristina Süssenbach

“Búzios nunca mais será a mesma!” A Associação das Pousadas de Búzios se solidariza com os familiares, amigos e toda a sociedade, pela perda do jor-nalista Marcelo Lartigue. Rogamos a Deus que console os que sofrem pela sua perda e que Lhe conceda a Paz e a Luz em sua “Búzios” eterna. a Diretoria

O pai do maior jornal de Búzios se foi hoje ! mais um gênio que deixa sauda-des! Marcelo Lartigue. Sem palavras.Jamaica Magalhes Gomes Desma-zieres

AO NOSSO QUERIDO AMIGO MARCELO LARTIGUE DO PERÚ MOLHADOOntem te despedimos com profunda tristeza, depois de ter compartilhado uma historia que nos une. A de Búzios, a de ser estrangeiros e ter encontrado nosso lugar no mundo. Inúmeras historias, muitas risadas, algumas brigas passageiras também...rsrsrs, fazem parte da paixão que sentimos pela vida. Búzios perde uma referencia muito forte, o contador de historias, um pesquisador, jornalista de aqueles que vão atrás da notícia, um ser humano incrível, desopilante e irreverente, com um olhar diferente das coisas. Marcelo querido, sentiremos muito tua falta. Bon voyage, a tout a l’heure!Chez Michou Crêperie.

Vá com Deus, “mala”. Você (diz que) não gosta mas tenho cer-teza que nesse momento é com Ele que você está. Porque Ele sabe o homem bom que você foi pra todo mundo com quem con-viveu. O maluco mais incrível que já conheci. Muito obrigada pela experiência profissional/pessoal enlouquecedora rs que você me proporcionou no O Pe-rú Molhado. Descanse em paz...

Marcela Silva

“Fique na Paz

Marcelo”Kupeu/Casamar

Marcelo com seus amigos de profissão e amigos do peito: Anibal, Ancelmo e Sandro

Marcelo nos idos de 80 fotografando a turma do Chez Michou

Vá de retro, Sataneas disse Arnaldo Cézar Coelho

Marcelo continua morrendo, não vamos parar de homenageá-lo!

Continue mandando sua contribuição!

Para doar R$ 300 ligue 2623-1422

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado 11

Na véspera de sua operação, liguei para Marcelo Lartigue. Conversamos, ele es-tava apreensivo, porém otimista. Emocionado, mesmo se dizendo ateu, agrade-ceu o apoio e as orações dos amigos. Irreverente, teimoso, polêmico, desafiador, via humor em tudo e todos, muitas vezes sem medir consequências, fazia disso sua única realidade e principal caminho. Fizemos algumas viagens juntos e ele era, sem dúvida, uma pessoa muito acima do previsível. Fica para a história fol-clórica e jornalística da política de Búzios. Que Deus possa confortar o coração de sua jovem filha Eva com muita paz nessa hora tão difícil.

Mirinho Braga

Estou triste, lá se vai o espírito da minha 1a paixão Buziana... Lá se vai o Argentino que para mim simbolizava aquilo que mais admiro em Búzios, seu jeito sacana, sua irreverência. Esse louco conseguia tudo de mim, uma vez soltou 23 Perus vivos na pista cheia do Privilège para celebrar o aniversario do O Perú Molhado. Imagina a correria e gritaria que não foi. E eu, babaca que sou, adorei, como adorava tudo que esse retardado fazia. MARCELO LARTIGUE, pode ir sacudir o coreto lá no céu, mas fica de olho na gente aqui, e puxa o pé se algum FDP quiser sacanear a nossa Búzios... Fica com os Anjos Meu Amigo.Octavio Fagundes

MarceloRezei hoje pedindo para você uma passagem tranquila, suave e em paz. Pedi saúde e Luz para sua filha Eva, agradecendo-a a divina doação que ela fez não só a você, mas também a todos nós para entendermos o que é desapego e compaixão.Pedi para que sua família e seus co-legas de trabalho encontrem forças e inspiração para continuar a sua obra, com a alegria e a irreverência que marcaram sua passagem em nossa Ci-dade.Que você agora esteja usufruindo a paz Celestial.Gabriel Gialluisi

Marcelo Lartigue - Um ícone na his-tória de Búzios. Esse Argentino e amigo que sempre levou o nome de Armação dos Búzios por onde passou, junto com o saudoso Anibal e outros do Perú Molhado e teve participação em atos e momentos importantes nos últimos 35 anos. Merece ser lembrado com uma homenagem , pelos serviços prestados com muito carinho e dedi-cação. Externarmos aqui os nossos sentimentos a família e o orgulho de ter sido amigo do Marcelo Lartigue. Descanse em paz amigo.Paulinho Ferreira

Dia triste... Marcelo despediu-se de nós. Este argentino conseguiu tocar grande par-te dos moradores de Búzios e fazer parte do imaginário da população e do patrimô-nio da cidade.Hoje morre um pouco mais nossa Búzios...Mas o maior feito de Marcelo foi com certeza sua filha Eva. Menina extraordinária esta! Corajosa, perseverante, amorosa, e um exemplo de filha a ser admirada!Sempre foi característica dos jovens pensarem mais em si mesmos do que em qual-quer época de uma vida adulta consciente que, em alguns casos, se atenuam quan-do vem a paternidade e a história ironicamente se repete, mas existem exceções, e uma delas foi Eva...Só uma filha que amou profundamente se entrega para tentar salvar a vida de seu pai... Não existe amor maior, e Eva conseguiu, seu pai viverá para sempre nesta herança maravilhosa que é Eva Lartigue.Meus sentimentos, Alice Passeri e os arquitetos amigos de Marcelo

Marcelo, Sandro e Alan recebendo uma homenagem do Lothar

Marcelo, em seu dia de galã, reto-cando o pancake

Jô Soares abismado com o tamanho e a penetração do Perú

Búzios de luto. Perdeu um grande personagem e um pedaço de sua alma.Sylvana Graça

† ObituárioA família do Perú Molhado, comunica

o falecimento de seu querido, inesti-mável, saudoso, amado, irreverente, pidão, comilão, chato pra caralho, mala, mau pagador, bom cobrador,

Marcelo Sebastian Lartigue, que dentre seus maio-res defeitos estava em ser de procedência argenti-na, apesar de não ter culpa alguma. O “de cujos” deixa inúmeras dividas, um acervo literário que será entregue ao Lira, quando se eleger vereador, inúmeras guimbas de cohiba para serem entregues ao Cabelada, maquinas fotográficas quebradas para o Muchacho, um celular pré pago sem crédito pa-ra o Galiotto, CDs de musica cubana para Marcela Silva, um jaleco puído com os bolsos furados pra Sandro Peixoto e 2 cartões de crédito estourados para Isac Tilinger. A família agradece as notas de pesar e solicita que as contribuições continuem a ser remetidas para que se possa continuar rodan-do o Jornal.

H1953 † 2014

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado12

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Tuve la suerte de conocer a Marcelo Marcelo Lartigue un “loco lindo” y me apena profundamente su muerte, agra-dezco la oportunidad que me dió de ser parte del equipo del O Perú Molhado, apesar de las diferencias que nos distan-ciaron, guardo un enorme respeto y los mejores recuerdos. Búzios perdió a unos de sus más ilustres y excentrícos perso-najes que quedaron grabado a fuego en el alma de la ciudadIvan Aros

Marcelo com Eduardo Modiano e esposa

Marcelo em seu último dia dos pais no Bar do Mangue

Marcelo em família com a mãe Nelly e sua filha Eva

Tal pai, tal filha

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado 13

Sentiremos muito sua falta, Marcelo!

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A pátria Argentina amanheceu consternada com a notícia da morte do nosso queri-do Marcelo Lartigue. Sei que ele não era peronista e muito menos Kirchinista, mas eu gostava muito do jeito dele. Do seu anarquismo típico dos portenhos. Queria muito ir ao seu velório, mas como todo mundo sabe minha vida não está nada boa e infelizmente não pude ir a Búzios dar meu ultimo adeus ao Marcelo. Em sua ho-menagem, decretei luto oficial de três dias aqui em Buenos Aires. Que Deus tenha pena de sua alma.Cristina Kirchner - Presidente da Argentina

O Brasil perdeu grandes homens nos últimos dias. Marcelo Lartigue certamente está entre eles. Conheci o Perú Molhado por acaso, ainda no Rio Grande do Sul, através do saudoso Claudio Kuck. Achei o jornal bastante engraçado e muito origi-nal. Quando vim para Brasília, voltei a encontrar um exemplar do jornal, desta vez com o Deputado Sigmaringa Seixas- fã do Perú como eu. Quando estava chateada depois daquelas reuniões infindáveis co m a turma do PMDB, eu ia para a internet ler a ultima edição on-line. Isso sempre me deixava mais relaxada. Gostava de tudo e principalmente das notinhas. Tinha vontade de mandar alguns recados desafo-rados através do Perú. Espero que Marcelo tenha um bom descanso e desejo boa sorte aos seus colegas de trabalho que certamente irão dar continuidade ao jornal mais interessante do Brasil.

Presidente Dilma Rousseff

Perdi meus amigos Oscar Niemeyer, Hugo Chaves e agora Marcelo Larti-gue. Carajo, que mierda, los comunis-tas do mundo estão morrendo...Fidel Castro

Meu Deus! Que notícia triste. Búzios agora acabou... Já tava meio caidinha sem a minha presença e agora então. Tomara que aquele gordo do Isac Tillinger não aproveite a ausência do Marcelo para me sacanear. Ele nunca engoliu meu ´não´ quando ele me convidou para visitar a cidade durante sua estada na secretária de Turismo. O gordinho queria se promover ás minhas custas. Brigitte Bardot

Marcelo Morreu? To arrasado. Vou ter que tomar uma cachacinha para me acalmar.Luiz Inácio Lula da Silva

Marcelo de olho na feijoada de Isac

Marcelo com sua DJ preferida

Marcelo com Maria Elvira e Brigitta

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado14

Tonight two stars meet in the sky... And will watch from above at their marvelous daughter Eva... I, as the chosen godmother 20 years ago, am here for her... R.I.P Araguacy and Marcelo... I will look upon your daughter, my daughter nowFlore Blancpain Filipovic

Certamente, Marcelo, esteja onde estiver, estará em paz, rindo e se divertindo com a festa dolorosa, mas serena, que será o dia de hoje em Búzios. Do alto de seu sabe lá onde, o argentino deve estar fazendo pia-das homéricas com os sites de jornais que, ao divulgarem sua morte, não entraram em acordo sobre sua idade - o que, certamen-te, o fez proferir xingamentos piedosos e celestes aos mesmos. Marcelo, escondido no seu novo mundo, provavelmente passa-rá o dia dançando fanfarras e tripudiando dos críticos e adversários que agora la-mentam seu passamento. E que ninguém destas bandas ou das de lá se espante se esse argentino botafoguense se esquivar entre as nuvens para, articulado, fundar o primeiro jornal do além, polemizando com o movimento dos astros; desmistifi-cando heróis falecidos e analisando sar-casticamente a chatice rotineira daquele seu novo viver. Porque, em qualquer mun-do, universo ou plano, dá para imaginar Marcelo Lartigue sem tudo - menos sem vida. Vai na paz amigo. Vai ser difícil, mas vamos tentar continuar sem você por aqui.Rafael Peçanha

Marcelo, para ti o poema de Vinicius de MoraesTomara

Que a tristeza te convençaQue a saudade não compensaE que a ausência não dá pazE o verdadeiro amor de quem se amaTece a mesma antiga tramaQue não se desfaz

E a coisa mais divinaQue há no mundoÉ viver cada segundoComo nunca mais...Vinicius de Moraes

Bárbara Brandan

Marcelo tirando onda

Marcelo tomando um banho de sal grosso quando Toninho assumiu. Agora não tem mais jeito...

India contando a real sobre o tamanho do Perú

Marcelo e seu amigo Paul

O dia em que o Marcelo tirou a roupa da minha mãe

O dia em que o Marcelo tirou a roupa da minha mãe.Tive uma boa e longa con-versa em fim de praia com o Aníbal no bar Ponto de

Encontro ao lado do Posto do Ceceu, Manguinhos. Eu com vinte e poucos anos ainda não sabia o que fazer da vida, não sabia se abria um negócio aqui em Bú-zios ou se iria para o Rio tentar a facul-dade de comunicação, os meus melhores amigos todos já estavam matriculados in-clusive o filho dele, o Fernando Martinho hoje fotógrafo.“Morel... amigo você nunca sabe se tem um verdadeiro, só sabe que era seu ami-go depois que perde ou briga. Rapaz eu dei sorte, eu arrumei um amigo e sócio ao mesmo tempo. É o único argentino con-fiável”.- Larga o surfe e vira jornalista igual teu avô, o baixinho era foda, teu pai era bom em tudo, mas o Repórter de verdade era seu avô. Nós trabalhamos juntos no Ul-tima HoraDepois dessa conversa rodrigueana, no fim voltei ao Rio decidi acabar com o meu desbunde de verão, peguei meu único di-nheiro e paguei o vestibular da FACHA.Meses depois Aníbal e Marcelo tiveram a brilhante ideia de fazer uma matéria com a minha Mãe sobre o Camping de surfis-tas no meio de um bosque, nós tínhamos uma chácara em Manguinhos. São rece-bidos como reis, com gritaria e carinho, Aníbal fala com ela.- Helô queremos fazer uma matéria sobre o seu camping, e tirar umas fotos. Pode ser?-Claro. O que vocês querem?- Queremos você na capa.Naquela época o Perú só colocava capa jovens bonitas e seminuas, as duas únicas capas com mulheres maduras e igualmen-te sensuais foram a Heloisa e a Renata Deschamps.

Ela imediatamente pergunta e já decidin-do ao mesmo tempo. -Vamos lá para o sa-lão, eu tiro a roupa toda?Aníbal e Marcelo se entreolharam. Mar-celo responde, - É, acho que só a camisa eeee .. o biquíni também.Eu estava vendendo cerveja no baixo Gávea, zona sul carioca para pagar meus livros. Pas-so por uma banca de jornal e o meu amigo Felipe Barra outro fotografo fala:-Morel você tem foto da sua mãe pelada?Eu imaginando a piada de fotógrafo res-pondi com deboche. –Não, porque você tem um monte né?Ele de pronto. – Eu não, mas o jornaleiro tem.Fui olhar, minha Mãe Helô era capa do Peru Molhado e estava fazendo pose de topless!!!! Era uma matéria sobre o cam-ping Fênix ou qualquer coisa parecida com esse pretexto.Não tinha dinheiro para comprar todos. Não sabia o que fazer. Pensei contei até dez e rangi entre os dentes quando eu en-contrar vou matar o Aníbal e aquele ar-gentino safado.Duas décadas depois, reencontro o cara.O Peru e toda a imprensa da região ha-viam me transformado em um vilão que perseguia as pobres almas dos infratores na cidade. Me apelidaram de Rambo. Fui até a redação e me apresentar e con-tar minha versão, pedi e contei o pouco que podia. No final não aguentei, e falei - Meu irmão você tirou foto da minha mãe pelada, nós temos contas para acertar.A Alessandra estava chegando e ouviu apenas o final, ela com olhos arregalados pergunta, - Tá eu sei que o Marcelo fez is-so, mas não foi consentido? Abaixei a ca-beça voltei a ter raiva de argentino e admi-ti, bem que eu gostaria que não fosse, mas foi. – AH então ....Todos riram e muito.Desse dia em diante ficamos amigos e sempre trocamos figurinhas.Marcelo Morel Rambo

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado 15

Marcelo era uma criança travessa... armava & fazia das su-as pra que Búzios fosse mais alegre e brejeira. E conseguiu, com seus amigos e seu O Peru Molhado, fazer com que a nossa aldeia ficasse mais bonita, mais sacana, mais humana, mais feliz. Agora, acho que ele e o Anibal Fernando vão criar e publicar o Peru Molhado nas Nuvens. Que dupla, gente: um argentino e um português ensinando aos buzianos a viver de bem com a vida. Só podia dar nisso: ALEGRIA & FES-TA. Para nós buzianos (inclusive os ETs como eu) a perda é ENORME. E acredito que para sua família, para a redação d’O Peru Molhado e seus (muitos) amigos, a perda é INIMA-GINÁVEL. Uma coisa é certa: Marcelo vai deixar MUITA saudade.Um forte abraço em todos,Fernando Naxcimento

Grande homem da comunicação, pioneiro em Búzios, tenho orgulho do meu arquivo, onde tenho matérias no Globo, Jor-nal do Brasil, O Dia, etc, etc em ter esses registros, nesse admirável jornal criado por ele. Que esse jornal continua a circular pelas mãos de sua herdeira.RôNascimento Gonçalves

Muito obrigado por todo,Marcelo!

VAMOS PARA BÚZIOS AMANHÃ DAR ADEUS A MARCELO LARTIGUEPerdemos hoje um dos jornalistas mais brilhantes que conheci, Marcelo Lartigue, fundador do Jornal O Peru Molhado de Búzios. Era irreverente, crítico, bem infor-mado como ninguém, cheio de humor negro para assustar a gente, mas também para nos divertir. Tive com ele campanhas memoráveis em defesa de Búzios, esse balneário que deveria ser tratado como joia da coroa fluminense e nacional. Ele foi para mim um interlocutor e amigo, que me ajudava sempre de forma ines-perada e surpreendente. Sua ob-sessão de anarquista nada tinha de anarquista no fundo. Ele es-tava sempre procurando a linha que separa o bem do mal. Tenho uma medalha de Cidadão Emé-rito para Marcelo, já aprovada na Alerj. Não deu tempo de en-tregá-la. Será entregue para suas filhas Eva e Susana.O Peru Molhado foi o Pasquim que não quis morrer e resistia a tudo e a todos. Ele tinha um pouco da alma carioca instalada num coração argentino e da Re-gião dos Lagos. Búzios é O Peru Molhado e O Peru Molhado é Búzios. E agora, amigos, como vai ser?Aspasia Camargo

Foi um prazer te conhecer, Marcelo. Boa viagem e

obrigado pela força sempre.

Marcelo é um pedaço importantíssimo da história de Búzios. Não fosse este jornal alavancando e criando uma má-gica em torno da marca Búzios, certa-mente a história da cidade seria outra.Adriana Salituro

Adriana Salituro tirando uma casquinha do Marcelo

Marcelo e seu São Perú, sempre juntos

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado16

Assim como você,não deixaremosa luz de Búzios se apagar... OBRIGADO, MARCELO!

Maria Maria Café está de luto pela

perda irreparável de Marcelo Lartigue.

CULTURA

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Atrações musicais marcaram a abertura do 8° Festival de Cinema Curta Cabo Frio | CADERNO D

Macaé/RJ | Quinta-feira, 4 de setembro de 2014 | Número 3334 | Ano 11

ADILSON DOS SANTOS

Mais umacasa popular éentregue pelaprefeitura deQuissamã

MOBILIDADE

PÁGINA 06

Procon de Rio das Ostras inicia fiscalizaçãodirecionada aos hotéis e pousadas do município

Roseli Zacarias da Silva, 36 anos, residente do bairro de Canto de Santo Antônio, foi contemplada com uma moradia na Penha

Estão em fase final as obras deampliação do Hospital Público deMacaé (HPM). O novo anexo estásendo construído no espaço antesocupado pelo heliporto, com 4,2mil metros quadrados de área cons-truída, e contará com 100 leitos,serviços de urgência, emergênciae Unidades de Tratamento Inten-sivo (UTI).

Corpo de MarceloLartigue, fundadordo O Perú Molhadoé sepultadoem Búzios

COMOÇÃO

PÁGINA 03

Macaé goleia oCampo Grandena estreia dotécnico JosuéTeixeira

ESPORTE

PÁGINA 10

Equipe verifica se estabelecimentos estão cumprindo as exigências do Código de Defesa do Consumidor

Foi aprovado nesta quarta-feira(3), na Câmara Municipal de Ma-caé, um requerimento solicitandoque 1% dos recursos provenien-tes dos royalties do petróleo sejamdestinados ao fomento da ativida-de pesqueira na cidade. A propos-ta foi aprovada por unanimidadeentre os parlamentares presentes.A proposição foi encaminhadapara a análise do executivo.

GUGA MALHEIROS

TIAGO FERREIRA

DIVULGAÇÃO

Obras deampliação doHPM em Macaéterminam em45 dias

MELHORIAS

PÁGINA 05PÁGINA 03 O anexo tem estrutura pré-moldada, com painéis especiais em poliuretano, com durabilidade de mais de 25 anos

Câmara deMacaé aprovadestinação de 1%dos royaltiespara a pesca

PROPOSTA

TIAGO FERREIRA

PÁGINA 07

Homem é presopor tentar matarprima com facãoem São Pedro

POLÍCIA

DIVULGAÇÃO

FESTIVIDADES

CADERNO D

Pagode SambaShow é certeza

de sucessoabsoluto e

comemora 23anos!

PÁGINA 04

Capa costa do sol 04_09.pmd 03/09/2014, 21:211

QUINTA-FEIRA, 4 DE SETEMBRO DE 2014

DIÁRIO DA COSTA DO SOL 03

Na última terça-feira,

membros do projeto Juntos

por Uma Vida Melhor para

Nova Holanda e Nova Es-

perança, estiveram no pro-

grama Show da Paz, na Rá-

dio da Paz. Luiz Roberto de

43 anos contou que sua ju-

ventude foi muito difícil. Ele

trabalhava como pescador,

ofício que gostava de exer-

cer, mas com três pessoas

doentes dentro de casa, se

viu obrigado a abandonar o

trabalho e passar a realizar

qualquer tipo de atividade

que garantisse sua presença

dentro de casa o maior tem-

po possível. A falta de um

veículo para levar os famili-

ares ao hospital fazia com

que Luiz sempre pedisse aju-

da aos seus vizinhos.

Hoje Luiz não tem mais

seu pai e seus irmãos, eles

já faleceram, mas ajudar

pessoas que passam pela

mesma dificuldade que um

dia ele viveu com sua famí-

lia, fez com que Luiz bus-

casse, através dos projetos

sociais, retribuir de alguma

maneira o que a sociedade

o proporcionou. Foi então

que Luiz, ou seu Luiz, ini-

ciou o Projeto Juntos por

Uma Vida Melhor para Nova

Holanda e Nova Esperança

com o apoio do Marcos An-

tônio e do seu filho Kaique

Luiz. O projeto atua há pelo

menos três anos com ativi-

dades esportivas nas comu-

nidades. Moradores podem

ter, através do projeto, aces-

so ao aprendizado de moda-

lidades como Jiu-Jitsu, Ka-

ratê, Futebol e Capoeira. O

grupo já conquistou 70 me-

dalhas, sempre representan-

do o município e levando a

bandeira da cidadania para

os campeonatos. Em busca

de mais medalhas, os atle-

tas participarão de mais uma

competição, desta vez na

Penha, no Rio de Janeiro,

nos dias 13 e 14 deste mês.

Os moradores que desejam

participar do projeto podem

ir até a rua principal do Ciep

da Nova Esperança, que

fica em frente à Igreja Uni-

versal do Reino de Deus. O

projeto conta com algumas

parcerias que tentam garan-

tir a continuidade do traba-

lho, mas seu Luiz diz que

sempre é necessária ajuda

"estamos abertos sempre

para receber acessórios es-

portivos, lanche e tudo o que

puder ajudar o projeto,

quanto mais gente ajudar,

mais gente será ajudada"

afirmou.O apresentador do Show da Paz, João Abreu e o operador Nelson Caio junto aos convidados do projeto social que participaram do programa

Projetos sociais voltados para o esporte

contribuem para a formação do cidadão

Projeto Juntos por Uma Vida Melhor para Nova Holanda e Nova Esperança atua há três anos nas comunidades

GERAL

Moradores podem ter, através do projeto, acesso ao

aprendizado de modalidades como Jiu-Jitsu, Karatê,

Futebol e Capoeira.“TADEU MOUZER

Obras de ampliação do HPM em

Macaé terminam em 45 diasEstão em fase final as obras

de ampliação do Hospital Pú-

blico de Macaé (HPM). O

novo anexo está sendo cons-

truído no espaço antes ocu-

pado pelo heliporto, com 4,2

mil metros quadrados de área

construída, e contará com 100

leitos, serviços de urgência,

emergência e Unidades de

Tratamento Intensivo (UTI).

As obras são fiscalizadas

pela Secretaria de Obras Pú-

blicas e Urbanismo. De acor-

do com informações do en-

genheiro Wilson Júlio, da

empresa responsável pela

construção, a Innova Enge-

nharia e Construção, a pre-

visão é de que as obras, que

começaram em março, sejam

concluídas dentro de 45 dias.

O anexo tem estrutura pré-

moldada, com painéis espe-

ciais em poliuretano, com

durabilidade de mais de 25

anos. E oferece maiores con-

dições de agilizar os traba-

lhos de montagem para obe-

decer ao cronograma, aten-

dendo o que deseja o prefei-

to de Macaé, Dr. Aluízio,

para proporcionar melhor

qualidade de atendimento às

emergências.

O anexo conta com dois

pavimentos com setores de

politrauma, pronto atendi-

mento, emergência, enferma-

rias adulta e pediátrica, obser-

vação e UTIs e uma passare-

la interligando ao HPM.

A entrada será do lado da

estrada da Virgem Santa, com

rampa para ambulâncias e

acessibilidade a cadeirantes.

E ainda jardim e piso intertra-

vado. As várias salas contam

com banheiros destinados aos

consultórios. O anexo conta

com salas de UTI, refeitório,

cozinhas, vestiários, área para

enfermagem e todas as outras

dependências necessárias ao

bom atendimento aos cida-

dãos. As escadas de acesso ao

segundo andar receberão for-

ro de granito.

Para cumprir o prazo de

entrega, as obras não param

nem nos finais de semana. Já

foi feita a montagem dos pai-

néis e continua a instalação

dos sistemas elétrico, hidráu-

lico e de cabeamento para tv

e internet. Todas as salas con-

tarão com ar condicionado.

Estão sendo concluídas as

obras de drenagem pluvial e

de esgoto.

A construção acontece

para suprir a demanda sem-

pre crescente da área de saú-

de do município, já que o

HPM atende a pacientes não

só de Macaé, mas de cidades

vizinhas e acidentados da BR

101. São realizados uma mé-

dia de 20 mil atendimentos/

mês. Com a ampliação, o

HPMcontará com 100 novos

leitos, sendo 20 para UTI.

De acordo com o diretor

presidente da Fundação Mu-

nicipal Hospitalar de Macaé,

Leandro de Matos Soares, a

construção do anexo vem

atender a uma necessidade

premente da área de saúde.

"É um hospital que atende a

emergência, mas é um faz

tudo, com as portas sempre

abertas", pontuou Leandro.

GUGA MALHEIROS

Foi grande a comoção

nesta quarta-feira (03), em

toda a cidade de Búzios. A

cidade amanheceu mais

triste, contabilizando me-

nos um cidadão de extrema

importância para o municí-

pio. Marcelo Lartigue, jor-

nalista, fundador do jornal

O Perú Molhado faleceu na

última terça-feira, por con-

ta de uma parada cardíaca

após ter realizado um trans-

plante de fígado. O jorna-

lista de 63 anos era uma

personalidade muito queri-

da e muito conhecida em

toda a cidade. O Perú Mo-

lhado foi criado em 1981

em Búzios, e rapidamente

se tornou um dos principais

veículos de comunicação

Corpo de Marcelo Lartigue,

fundador do O Perú Molhado

é sepultado em Búziosdo município. O jornal tem

periodicidade semanal de

10 mil exemplares e é dis-

tribuído nas principais ban-

cas do Rio de Janeiro, Cabo

Frio, Búzios, Macaé e Rio

das Ostras. Centenas de

pessoas prestaram as suas

últimas homenagens a Mar-

celo, no Gran Cine Bardot,

onde o corpo foi velado.

Nas redes sociais, uma

grande quantidade de ho-

menagens esteve presente

durante as últimas horas nas

timelines daqueles que de

alguma maneira conhecem

ou tem alguma relação com

a cidade de búzios. A pre-

feitura divulgou no final da

tarde da última terça, uma

nota lamentando o faleci-

mento de Marcelo.

Leia o texto:

A Cidade de Armação

dos Búzios lamenta pelo

falecimento de Marcelo

Lartigue, o criador e dire-

tor do jornal mais irreveren-

te e um dos mais tradicio-

nais do mundo, o Perú Mo-

lhado, que foi fundado em

Búzios em 1981. Marcelo

tinha 60 anos de idade, mais

de 30 deles vividos na ci-

dade. O visionário deixa

uma filha de 18 anos, mui-

tos amigos e admiradores,

e entra para a história como

uma lenda do jornalismo

brasileiro.

Obrigado, Marcelo!

DIVULGAÇÃO

Jornalista, fundador do jornal O Perú Molhado, faleceu na última terça após sofrer uma parada cardíaca

MELHORIAS

COMOÇÃO

MACAÉ

O anexo conta comdois pavimentos

com setores de

politrauma, prontoatendimento,

emergência,

enfermarias adulta epediátrica,

observação e UTIs

Marcelo ganhou destaque na mídia ainda que não querendo

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado 17

A CIDADE DOS MARCELOSAlessandra de Souza Araujo.

Coincidentemente ou não, quando o nome é Marcelo, apesar de Búzios estar repleta dos mesmos - Marcelo juiz, Marcelo delegado, Marcelo Rambo, Marcelo surfista ..., não há como hesitar: o Marcelo de Búzios é o Lartigue. Único e incomparável, deixa vários legados, como a adequação do humor no jornalismo, e, indubitavelmente, a importância do amor na família. O reconhecimento de seus direitos da personalida-de pela Justiça do Estado do Rio de Janeiro através dos Juízos de Direito das Varas da Comarca de Aramação dos Búzios nada mais foi, nos últimos anos, que a mera aplicação da Constituição e do Código Civil Brasileiro. A Justiça é imparcial e vem tornando-se cada vez mais efetiva, como dever constitucional.

Por Hamber Carvalho

Meu primeiro contato mais direto com Marcelo Lartigue aconteceu em 1999, quando ele me entrevistou em sua casa para falar sobre o Partido dos Trabalha-dores, pois eu começava a assumir a mi-litância e a direção do Partido em Búzios.Ao começar a entrevista, disse pra ele: grava esta porra, pois se você modificar al-guma coisa pra me sacanear, coloco super bonder na fechadura da redação pra você não entrar. Não adiantou, ele não mexeu no texto, mas me sacaneou na foto.Durante muito tempo, tentei entender o seu deboche, a sua falta de compromisso, a sua rebeldia e a necessidade constante de tripudiar contra tudo e contra todos.Mas, convivendo com o maluco, come-cei a observar que os únicos personagens do cotidiano que Marcelo mantinha uma distancia e respeito, eram aqueles que a sociedade tinha como loucos ou desajusta-dos, que pouco se importavam com o pas-sado e o futuro e só viviam o presente.Ele tinha uma verdadeira admiração por dois destes personagens. O primeiro era o Gugu, aquele andarilho que perambulava pelas ruas de Búzios e que acabou sendo acolhido pela comunidade dos Francisca-nos na Rasa. E o outro era o Dedeco, que morou muito tempo no centro, numa casa abandonada e depois se alojou próximo a prefeitura.Quanto aos demais, incluindo eu, que na realidade representam um papel social, ele era impiedoso, um verdadeiro carica-turista de convicções.Por sua vivencia nas prisões da argentina, pra os que estão chegando agora na mili-tância, a maior ditadura militar e carnicei-ra da América do Sul, o gringo endureceu seus sentimentos e se fechou em sua ex-trema timidez.O sistema e seus principais atores, virou um alvo constante de suas investidas tra-

gicômicas.Por mais sério e importante que fosse o assunto ou seus personagens, pelo menos do ponto de vista social, Marcelo conse-guia expor o lado medíocre, hipócrita, en-cenativo e as suas verdadeiras intenções.Ele era sim, um artista e mestre na arte de expor o grande teatro mambembe que é a sociedade, não só a buziana, mas a flumi-nense, a brasileira e por ai vai.Implicava com todos aqueles que desfi-lavam seus papeis na sociedade sem dig-nidade, não importava se fossem como diria o velho Raul Seixas, padre, pastor, traficante, juiz, policial, comerciante, po-litico ou artista.Paradoxalmente, era extremamente cari-nhoso do seu jeito com aqueles que luta-vam para sobreviver e que viviam a mar-gem da sociedade.Marcelo vivia o hoje e para o jornal. O dia de fechamento sempre foi sagrado, se internava na redação ao lado de Alan Câmara, Carol, Victor, Janice, Nélia, Mu-chacho, eu e todos os visitantes, queridos ou não, comendo queijo branco e biscoito o tempo todo e só saia pra rua quando o jornal era enviado pra gráfica. Ele fazia um jornal que ele mesmo não lia, rara-mente parava para ler os textos que lhe enviávamos e só o fazia, para se divertir.Vivia duro que nem coco, mas grana pro jornal não faltava, inventava de tudo pra vender espaço, mas seu argumento favo-rito, ainda que não confesso, era operar a vaidade do ser humano em fotos e textos que massageavam o ego. Marcelo era um pedinte inveterado, ligava 300 mil vezes pra sua vitima, até que ela cedesse as suas intenções, pois o mais importante era co-locar o Peru na rua.Marcelo era democrático por interesse e sutil por convicção, pois dava espaço no Perú Molhado para todos, amigos, inimi-gos, radicais, caretas, o feio, o bonito, o pretencioso, o reacionário, o sem caráter,

o muito certinho, todos eram bem vindos, desde que se expusessem, essa era sua maligna vingança.A capa do Perú era seu principal carro chefe para arranjar grana para rodar o jornal, mas ao mesmo tempo seu maior objeto de prazer, explica-se: vendia caro esse espaço e ao mesmo tempo cedia gra-tuitamente, desde que lhe proporciona-se enorme satisfação. Uma das melhores ca-pas que fiz com ele foi a do Sergio Cabral e do Pezão, peidando em Búzios. Saiu no prazer e no amor.Apesar da barba, sempre ví em Marce-lo, uma eterna criança grande, brincando neste parque de diversões que era para ele o Perú Molhado.Cego, surdo, mudo e vendido, foram al-gumas atribuições que seus desafetos sempre lhe atribuíram. Quer saber, ele não estava nem ai, pois nem ele, nem nin-guém, foi ou é proprietário da verdade absoluta. Uns se vendem por grana, ou-tros se vendem por convicções religiosas, politicas, ideológicas ou de opinião.Ele sabia que a pior venda não é aquela que se mensura pela grana que se arre-

cadou, pois a grana acaba. A pior venda é aquela em que se oferece o sonho e se entrega a ilusão. Se oferece a retidão, mas se caminha por vias tortas. Se oferece o amor, mas se mata por ele. Se oferece a solução, mas é o problema que se entre-ga. Se oferece o céu , mas é o inferno que chega as nossas mãos..Em sua passagem por esta vida, ele en-tregou tudo que sempre prometeu, lógico, que ao gosto do freguês.Vida longa para seu modo de viver, pois os valores de nossa sociedade, nunca con-seguiram lhe enganar. Se junte aos que se foram e tornaram nossa cidade mais di-vertida, mais especial. Um único pedido: Vê se encontra o Cazu-za por ai e diga pra ele que vamos con-tinuar por aqui em sua vibe, insistindo para que toda a insanidade sobreviva e cantando a sua canção “pros miseráveis que vagam pelo mundo derrotados, pra essas sementes mal plantadas, que já nas-cem com cara de abortadas. Pras pessoas de alma bem pequena, remoendo peque-nos problemas, querendo sempre aquilo que não têm.” Valeu maluco.

Nem santo, nem puta

Marcelo brigando com a tecnologia

Retocando a tintura do que restou de cabelo com Euler de Castro

Marcelo de putaria com Luiz Fernando, Cristiano Marques e Gustavinho no seu quarto

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado18

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Leia o Perú na internetoperumolhado.com.br

Por Victor Viana

Eu já escrevi em outra oportunidade so-bre meu encontro direto com Marcelo, mas vale sempre -ao menos pra mim, lembrar. Primeiro dia na redação do Pe-rú, disse a Marcelo: “Terminei a matéria, quer olhar o texto?”, “eu nunca olho os textos”, ele disse sério, e depois emendou sorrindo: “Só os processos”.A pesar de toda má propaganda que me fizeram sobre Marcelo eu gostei dele lo-go de cara, e acredito que ele também gostava de mim, gostava da minha fa-mília também. Pedia que eu trouxesse a Camila para almoçar com a gente na redação, sempre me dava alguma quin-quilharia para levar paras as crianças e quando eu chegava - a não ser quando es-tava puto comigo por não ter atendido os telefonemas dele - as vezes até depois da meia noite, me perguntava: “E família?”.Eu sei que já falei e escrevi sobre isso, mas eu realmente tenho um puta orgulho de ter trabalhado tão próximo do Mar-celo, eu não poderia ter vivido em Bú-zios como jornalista e não ter tido esse contato mais de perto com Lartigue. Na verdade eu não me perdoaria se daqui há alguns anos fosse falar sobre a minha car-reira pros meus filhos e netos e não poder citar Marcelo da forma como estou citan-do agora, como alguém que fez parte da minha história.

Mais que jornalista, Marcelo era artista. Com ele aprendi a impactar e emocionar, ele sabia como ninguém fazer isso atra-vés da criação dos títulos e da escolha das imagens que iriam ilustrar os textos. Ele tinha um olhar que descobria sentido nas coisas mais estranhas.Quando atrasava meu pagamento ele aborrecia a Janice gritando pela redação: “Já pagou o Victor?I Já pagou?!”, é que ele queria me pedir pra fazer alguma coi-sa e enquanto eu não recebia ele ficava meio travado de me pedir (risos). Mas Marcelo era generoso, quando eu traba-lhava além do combinado - e não foram poucas vezes, ele me dava uns trocados a mais, quando não tinha grana me da-va qualquer outra coisa: cachaça, vinho, doces, livros, cds, sempre coisas que ele tinha ganhado de alguém.Nesses últimos dias Marcelo estava mui-to debilitado, e com isso estava mais exi-gente (chato), mas eu procurava ter paci-ência, relevar, ouvir com atenção o que ele queria, fazer o que ele queria e depois de tudo pronto mudar tudo porque ele de-cidia que não era mais o que ele queria, foram dias difíceis, mas quanta saudade .No dia do meu aniversário ele me presen-teou com um livro, que já estava na es-tante dele, é claro. O importante pra mim foi a dedicatória: “ Para o Victor, o repór-ter dos 30 anos do Perú. Obrigado”.Saudade Marcelo.

Não leio os textos

Marcelo e Victor entrevistando Gilberto Gil em viagem a Piraí

Marcelo, obrigada por tudo que você me pro-porcionou nesses últimos 13 anos. Lembrarei sempre da sua bondade, do seu carinho e pre-ocupação comigo. Guardarei cada presente que você me deu, cada risada que demos, cada ar-ranca rabo, tudo que passamos nesta redação no fundo meu coração! Esse passeio que você nos proporcionou foi simplesmente maravilhoso! Com amor, Carol (sua eterna diagramadora)

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado 19

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Meu amigo querido Marcelo Lartigueque sempre sonhou comigo que me botou na capa do O Perú Molhado por 2 vezes que me botou pra sambar na festa do Jornal em Ipanema que publi-cou minhas opiniões a cerca de tudo que me fez acreditar nessa Búzios di-vertida! Meu amigo, com você morre um pouco de mim. Te amo. fica em paz!Cristina Ohana

Que vá em paz Marcelo Lartigue que seu caminho seja de luz. Desejo todo amor do mundo para Eva Larti-gue. Ela tentou, Deu de si para ten-tar salvar o pai. Que todos os espíri-tos de luz enterneçam seu coração. #marcelolartigue#RIPMarcia Bispo Do Nascimento

Vá em paz amigo Marcelo Lartigue!!! Junte - se aos bons como você . Edy Fantini

Ontem o jornalismo ficou mais triste com a mor-te de Marcelo Lartigue , que junto com meu pai Anibal Martinho “inventaram” O Perú Molhado, o maior jornal de Búzios. Uma grande façanha! Esses dois caras me ensinaram muito mais que qualquer faculdade de comunicação. Conviver com eles foi intenso, sou um cara sortudo por ter tido essa oportunidade. Ficam as lembranças, o legado e uma saudade imensa.Fernando Martinho

Meu até logo ao Marcelo...muito além como mera fotógrafa... Bruna Pozzebon

Gostaria de expressar meus sentimentos a todos vocês do Perú Molhado pela perda sofrida. Zé Leão

Marcelo e sua equipe de fiéis. Ele preferia as mulheres, claro!

Marcelo e Miguel

Nani e Marcelo, entre tapas e beijos

Marcelo e Bussunda

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado20

Por Adriana Salituro

Centro Universitário da Cidade - TCC - Julho de 2012.(Em negrito entrevista de Marcelo Lartigue à autora)

...”A gente botou Búzios Arte, uma galeria de arte. A primeira galeria. Aí o Aníbal pintava e eu fazia foto-grafias. Enfim, e botamos pra vender. O Aníbal é doi-do − eu aprendi com ele muito... quase tudo eu aprendi com ele. Botamos preços altíssimos nas pinturas abs-tratas dele. E a gente ficava numas cadeiras de diretor de cinema... de lona né... sentado na calçada, e passava um monte de gente e ninguém comprava nada. E na época tinha um monte de argentino, que era a épo-ca do “dá-me dois” − queria comprar uma televisão, comprava duas. Era tudo assim, mas não vendíamos nada. Aí apareceu um artista paulista chamado Ival-do Granado − que ele é um cara muito doido também, né − que passava o verão aqui. Ele foi lá e viu e dis-se “vou trazer um quadro meu para vocês venderem aqui”. Ele é um cara que tinha inventado a pintura por cm². Vendia o quadro por centímetro, multiplicava e era o preço do quadro (risos). Aí eu pus um quadro dele... abstrato, que ele pintou na hora. Era uma pin-tura assim... que custava uns 200 mil reais − na época era cruzeiro. Mas tinha toda uma fama quem tinha um quadro do Granado e não sei quê. Aí ficávamos sentados, continuamos sem vender nada, mas cada vez vinha mais gente falar... pois ficamos conhecidos como “ex-fotógrafo e ex-repórter” (Entrevista concedida à autora. Ver APÊNDICE B, p. 81).

Como é possível notar, nenhum dos idealizadores do projeto sabia “vender” um produto. No caso, os produ-tos artísticos que eles mesmos produziam. Nem mesmo depois, quando receberam obras assinadas por um artista de renome, eles acertaram nas vendas. Porém, na con-tramão da falta de retorno financeiro, já existia o retorno quanto à popularidade local. É interessante acrescentar ao quadro da situação que, de acordo com as próprias palavras de Lartigue, se tratava, essencialmente, de duas pessoas, dois profissionais “doidos”, no sentido de não trabalhar guiados por uma lógica ou forma convencio-nal.

A descrição de Lartigue avança até o ponto crucial para o nascimento do veículo impresso O Perú Molhado: o surgimento de uma pessoa capaz de propor a iniciativa de um jornal e, ao mesmo tempo, ser a mecenas do em-preendimento. De acordo com o hoje diretor, a chilena

Mirna Cordeiro sempre passava na rua onde estava lo-calizada a galeria Búzios Arte. Sabendo previamente da fama de Lartigue e Fernando, um dia Mirna Cordeiro foi ao estabelecimento e conversou com eles. Mirna queria que eles montassem um jornal, para quando ela retornas-se do Chile, e avisou que contrataria os dois.

A partir daquele momento estava lançada a ideia que fez deslanchar um produto editorial que, entre outras coi-sas, pode se orgulhar de ter 31 anos de existência. Ainda mais se for considerada a quantidade de títulos que, nes-te período, nasceram e não “vingaram”, por quaisquer que sejam as razões. O relato de Marcelo Lartigue, logo a seguir, traz detalhes sobre este surgimento e demons-tra que, desde o princípio, características como o bom humor, o amadorismo, o anarquismo, o descompromisso assumido, enfim, um espírito mambembe, sempre esti-veram impregnadas na essência de seus idealizadores. Por consequência, no jornal O Perú Molhado também.

Aí o Granado, esse pintor, estava com a gente tam-bém né, e falou: “por que vocês não dão um golpe nela? E aposto com vocês que vocês não fazem esse jornal sozinho”. Ele falou brincando, né? E o Aníbal disse: “eu faço esse jornal em um dia pra você... em uma noite nós fazemos”. E a gente não apostou nada, foi só uma aposta moral. Aí a gente fez o jornal, bota-mos o nome de O Perú Molhado, e de manhã quando ele viu o jornal todo desenhado, todo feito, tudo o que estava em alemão, em francês, em várias línguas... e o preço dizia para Argentina 80, para brasileiro 2,50, para italiano não sei o quê... Dependendo do país, vo-cê que tinha que pagar. E a gente... todo mundo me pergunta por que esse nome? Mas, Aníbal sempre di-zia que era porque tinha um cara que entrava no mar e a água gelava o p... dele, então molhava o seu p... mas é mentira. A gente fez isso − teve sempre muita mentira −, mas eu tenho certeza que a gente acordou e tinha esse nome de porre. Porque todo mundo esta-va numa ressaca f.... E o nome tinha pintado assim... sei lá porque pintou. Ninguém sabe explicar. Aí ficou assim. Aí eu tive que ir ao Rio, numa gráfica − e eu nunca tinha ido a uma gráfica diagramar o jornal − e eu nunca tinha diagramado um jornal −, e eu nun-ca tinha feito nada. Tanto é que, eu fui lá uma terça-feira e o jornal sairia na sexta. Era terça-feira 23 de fevereiro. E o cara me falou: “que data eu coloco na capa”? E eu disse: bota a data de hoje (risos). E ele botou 23 de fevereiro, que era a data em que estavam fazendo o jornal. Mas normalmente se faz com o dia

em que vai sair o jornal. Então, já saiu alguns dias atrasado (Entrevista concedida à autora. Ver APÊN-DICE B, p. 82).

Na concepção dos mentores de O Perú Molhado, o ob-jetivo principal da publicação sempre foi a diversão: a deles e a da população também. Obviamente, sem se preocupar com as consequências do que pretendiam com e para o jornal. Em sua entrevista, Marcelo Lartigue res-salta que o nome O Perú Molhado já foi motivo de polê-micas desde a estreia. Porque cerca de 30% das pessoas da localidade gostaram, e entre os outros 70% que repro-varam o título houve, inclusive, quem atentasse, à bala, contra Lartigue e Fernando.

As condições da população local de Armação dos Bú-zios tiveram seu impacto sobre o material produzido. Àquela época, o déficit de leitura era muito grande. Se-gundo Lartigue, até mesmo o processo de preparação do jornal tinha sua dose de humor, já que sabiam que estavam preparando um produto editorial para um pú-blico que, essencialmente, não sabia ler. A saída encon-trada foi encher as páginas com fotos, mas sem descui-dar dos princípios motivadores de O Perú Molhado. Pois, para os fundadores, era muito importante divertir sem abrir mão da provocação. Uma provocação que, na visão de Marcelo Lartigue, corresponde a uma certa ir-ritação que se causa às pessoas. Ao ponto daquelas que “estavam dormindo” para algum assunto conseguirem ser “acordadas”. Com o passar do tempo, a busca cons-tante pela diversão acabou se tornando uma das marcas registradas do jornal. E sempre se refletiu nas capas,...” “...Em uma visão muito particular, esta autora se permite a percepção de que Marcelo Lartigue é, na verdade, o último responsável-irresponsável pelo seu jornal. Mais do que isso. Ainda que o diretor argumente que está ten-tando dissociar sua imagem da imagem de O Perú Mo-lhado e vice-versa, é fato que ninguém tem a sedução irresponsável, marginal e absolutamente amoral dele. Uma sedução que, aliada ao talento para descobrir cola-boradores, lhe permite ter pessoas renomadas ajudando seu jornal sem receber nada por isso. Também por estes motivos, esta pesquisadora afirma que, em uma conside-rável medida, Marcelo Lartigue é O Perú Molhado. E O Perú Molhado também é Marcelo Lartigue. Um comple-menta o outro. O que faz do jornal O Perú Molhado um case raro, de sucesso como empresa jornalística. Muito mais pelo marketing efetivamente posto em prática do que pelo jornalismo que realiza. “

O MARKETING EM EMPRESAS JORNALÍSTICAS: ESTUDO DE CASO NO JORNAL O PERÚ MOLHADO

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado 21

 

 

 

 

Por Thomas Sastre

Um grupo de porcos-espi-nhos apinhou-se em certo dia frio de inverno, de ma-neira que aproveitassem o calor uns dos outros e

assim salvaram-se da morte por conge-lamento. Logo, porém, sentiram os espi-nhos uns dos outros, coisa que os levou a se separarem novamente. E depois, quando a necessidade de aquecimento os aproximou mais uma vez, o mal surgiu novamente. Dessa maneira, foram impul-sionados para trás e para a frente, de um problema para o outro, até descobrirem um distância intermediária, na qual pode-riam mais toleravelmente coexistir!A existência é um apelo ao próprio ser do homem que vaga inusitadamente pela esfera do universo. É com esta parábo-la que Arthur Schopenhauer encerra sua obra final: “Parerga e Paralipomena”.Segue-se então que a dor e a destruição fazem parte da ordem das coisas, tudo decretado pelo mundo da vontade, cri-minalmente indiferente ao destino dos indivíduos. Além disso, a vida humana é dominada por egoísmos rivais, a satis-fação de um indivíduo, necessariamente acarreta o sofrimento do outro. O egoís-mo é uma atitude natural de um ser em relação ao outro. O mundo vegetal serve de alimento para o mundo animal, este depressa é alimento para outro animal e, assim a vontade da vida não cessa de de-vorar a si mesma.O homem enfim considera tudo o que é criado como algo que existe para seu uso e contribui deste modo para movimen-tar ainda mais o combate de todos con-tra todos. A razão disso está no seguinte raciocínio: só um corpo é habitado pela vontade, capaz de desejo e frustração, suscetível de prazer e dor. Os outros me-ros corpos, coisas inanimadas, podem ser usados como meios para satisfazer de-terminados fins, o que resulta para a na-tureza como um todo, fora ou dentro da sociedade, ser, essencialmente o homem o lobo do homem.Ninguém possui uma escolha livre e fá-cil, ou seja o indivíduo não dirige seu próprio destino. O homem vaga dirigido por seus impulsos inconscientes fruto apenas de seus desejos. Este indivíduo só se dará conta ou despertará quando trope-çar numa pedra (obstáculo).Este “sim po-sitivo” trazendo-lhe à tona o paradigma tempo-espaço-casualidade. Por isso, de-vemos recusar a idéia de um Deus como dirigente de nosso destino. Para Ele, seria um verdadeiro sarcasmo deixar o sujeito

à mercê das vicissitudes deste mundo re-pleto de dores. As “dores do mundo”.O homem no seu egoísmo criou Deus à sua imagem e semelhança conclui F. Nietzsche. Colocando isso de lado, pa-rece que nosso sagrado Senhor criou o mundo em benefício do diabo! Teria sido tão melhor se não tivesse criado absolu-tamente. No sistema cristão o diabo é o personagem de maior importância. Deus é descrito como absolutamente bom, sábio e poderoso; e se não fosse contra-balançado pelo diabo, seria impossível conceber de onde veio a inumerável e imensurável maldade que predomina nes-te mundo, se não houvesse um diabo para responsabilizar.Um exemplo recente foi a ridícula inter-pretação do papa que nem mesmo um diabo seria capaz de imaginar tamanha canalhice. Fustigaram um povo com ca-lúnias ao longo de 2000 anos para depois do trágico resultado do holocausto dizer em voz alta e olhando para o céu: “Onde estava Deus?” e pedir desculpas aos so-breviventes em nome de Deus e seu filho Jesus. Não é demais?O poeta Gregório de Mattos despertou ira na sociedade hipócrita colonial, satirizan-do o comportamento de políticos e religio-sos. Escravistas, após chicotearem no tron-co seus escravos, achando essas monstruo-sidades certíssimas, iam à igreja elevando hosanas a Deus e Jesus Cristo e lavando as mãos com água benta. O crítico poeta Gre-gório de Mattos, momentos antes de mor-rer, requisitou a presença do juiz regente e do arcebispo de Recife, obrigando-os a escutar suas últimas palavras: “Estou mor-rendo entre dois ladrões tal como Cristo ao ser crucificado”, sapecou.“Eu sou o Cadu. Estou em crise com Deus. Fui eu que matei o Glauco”. Com essas palavras e os olhos esbugalhados Eduardo Nunes entregou-se à polícia na fronteira paraguaia após uma troca de ti-ros. Dois dias antes ele havia matado a tiros Glauco Vilas Boas, um dos mais ad-

miráveis cartunistas brasileiros e diante dele também seu filho Raoni, de 25 anos. O laudo médico concluiu que ele é porta-dor de esquizofrenia, doença mental sem cura que solapa o raciocínio e o afeto e o induz a delírios e alucinações, quando declarou que estava chateado com Deus e com Jesus por tê-lo abandonado.“Deus é a natureza! As leis de Deus e da Natureza são a mesma coisa” proclama Baruch Espinosa, embora reconhecesse em Cristo um profeta mortal de primeira grandeza. Lutero acredita que a vontade não é livre mas está originariamente pro-pensa ao que é mau.Poe isso suas obras são sempre pecaminosas, imperfeitas e jamais podem satisfazer a justiça.Um dos grandes pessimistas, o filósofo romeno Emil Cioram em sua obra car-regada de angústia diz: a religião e a re-lação Homem-Deus é uma batalha em si mesmo. Sua crítica ao cristianismo e à civilização tem origem na análise dos movimentos trágicos que marcaram o avanço do que chama Nova Igreja. Ela soube aproveitar a fraqueza do paganis-mo, o sectarismo suicida das heresia e a decadência de Roma utilizando-se de uma esfera ideológica e filosófica que prega a lástima de que para chegar a Deus é necessário passar pela fé. Sua reflexão é centrada na idéia de um Deus que criou um mundo por medo da solidão. A única razão de ser das criaturas é distrair o cria-dor. Palhaços engraçados, esquecemos que estamos vivendo nossos dramas para divertir um espectador ao qual até agora ninguém escutou seus aplausos.O cristianismo falhou até hoje em sua missão de pacificação e amor ao próxi-mo. Não há paz e não há próximo. Uma experiência mística está longe de alcan-çar uma verdadeira virada paradigmática da relação Homem-Deus, Deus-Homem. Parece que o homem fala com um Deus surdo que não nos escuta ou não quer nos escutar. É por isso que Cioram diz em sua oração: “Recuso-me à sedução nociva de

um Eu indefinido. Quero chafurdar-me em minha mortalidade, quero permanecer normal. Senhor dá-me a faculdade de ja-mais rezar, poupa-me a insanidade de tua adoração, afasta de mim esta tentação de amor que me entregaria para sempre a ti. Que o vazio se estenda entre o meu cora-ção e o seu! Não desejo ver meu deserto povoado pela tua presença, nem minhas noites tiranizadas por tua luz, minhas si-bérias fundidas sob teu sol.Mais solitá-rio do que tu quero minhas mãos puras, ao contrário das tuas que sujaram-se para sempre ao modelar a terra e ao misturar-se aos assuntos do mundo. Só peço a tua estúpida onipotência e respeito para a mi-nha solidão e meus tormentos. Não tenho nada a fazer com tuas palavras. Conceda-me o milagre recolhido antes do primeiro instante, a paz que tu não pudeste tolerar e te incitou a abrir uma brecha no nada para inaugurar esta feira dos tempos e para condenar-me assim, ao universo, à humilhação e à vergonha de existir. Deus causa inútil, absoluto sem sentido, mode-lo dos bobos, passatempo dos solitários, ouro falso ou fantasma conforme liberta nosso espírito e freqüenta nossas febres. O mundo é o pior. Ele é o pior porque não há mais alternativas vigentes neste mun-do recém sobressaído da maior catástrofe da humanidade: SER.

Pelo amor de Deus, Marcelo!

De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado22

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1. IMPERDÍVEL: Linda casa na rua prin-cipal do bairro de José Gonçalves composta de sala, cozinha, área de serviço, banhei-ro, 2 quartos, sendo uma suíte. Valor R$ 250.000,00.

2. LANÇAMENTO: Rasa Residencial Clube. Em frente ao mar, apartamentos de 3 quartos, sendo 2 suíte, play-clube com total infra-estrutura e segurança, a partir de R$ 280.000,00. Entrega em outubro de 2014.

3. EXCELENTE OPORTUNIDADE: Casa em rua pavimentada, água, luz, composta de 2 quartos na parte superior, sendo uma suíte com sacada. Na parte inferior sala, cozinha, banheiro, área de serviço e uma churrasquei-ra nos fundos. 1ª locação. Rasa – Búzios, va-lor R$ 220.000,00.

4. ESPETACULAR: Maravilhosa casa na Baía Formosa, frente pro mar, 3 quartos, sendo 2 suítes, em condomínio fechado, com total segurança e área de lazer. Casa para pessoas exigente, finamente montada e decorada e ótima infra-estrutura. Valor: R$ 2.200.000,00.

5. EXCELENTE CASA: Casa no condomí-nio Del Fiori, entrada de Búzios, próximo ao pórtico, com 3 quartos, sendo 1 suíte. Con-domínio belíssimo e requintado. Quem vê, compra! Valor R$ 600.000,00.

6. INCOMPARÁVEL: Maravilhosa casa no condomínio Enseada de Geribá, com 3 quartos, sendo 1 suíte, armários embutidos podendo ser ampliada, localizada à 1 quadra da praia, próximo ao Beach Clube. Valor R$ 1.000.000,00.

7. OPORTUNIDADE: Linda casa em condomínio com piscina e área de lazer, garagem para 2 carros com RGI. 3 quartos, sendo 1 suíte. Geribá – Búzios, valor R$ 1.100.000,00.

8. IMPERDÍVEL LANÇAMENTO: Casa em final de construção, localizada no condo-mínio Jardim do Lago na Baía Formosa- Bú-zios, por apenas R$ 1.000.000,00.

9. GRANDE CHANCE: Casa nova em Jo-sé Gonçalves, rua pavimentada, composta de sala cozinha, banheiro, 2 quartos, sendo uma suíte e área de serviço. A casa é toda em blin-dex e o portão é automático. DOCUMENTA-ÇÃO: posse pacífica e mansa, em processo de regularização junto à prefeitura para ob-tenção do RGI. Valor R$ 230.000,00.

Irineu Vargas - Imóveis - Creci: 3.387/RJAv. José Bento Ribeiro Dantas, 5650,

Manguinhos - Armação dos Búzios - RJContatos: (22) 2623-1690 / (22) 8116-8880

(22) 7811-0594 - ID: 14*14119E-mail: [email protected]

PROCLAMAS DE CASAMENTOSNeste Ofício estão afixados no local de costume, após a apresentação dos documentos exigidos pela Lei, os seguintes Editais de Proclamas de Casamento:

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO DE JANEIRODr. ALBERT DANAN – Tabelião e Oficial Titular

OFÍCIO ÚNICO DA COMARCA DE ARMAÇÃO DOS BÚZIOS/RJSERVIÇO DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS

Av. Jose Bento Ribeiro Dantas, nº 2.000, Manguinhos | Armação dos Búzios/RJ - CEP: 28950-000 Telefax: (22) 2623-6093 | [email protected]

Quem souber de algum impedimento, acuse­me.Eu, Thamires Oliveira da Costa, Escrevente, a extraí.

Búzios, 4 de setembro de 2014.

Albert Danan – Tabelião Titular

CELSO LUIZ COUTINHO MORAES e FABIOLA RODRIGUES DE SOUZA; Brasileiros, Solteiros. Ele: Pescador, filho de Luiz Gui-lherme Moraes e Rosagela Moreira Coutinho Moraes, residente neste Municipio-RJ. Ela: Comerciante, filha de Walter Rodrigues e Denise de Souza Rocha, residente neste Município - RJ. Processo nº 2648/14.

ROMOLO JOSÉ DA FELICIDADE e GEIZE PORTO DOS SANTOS; Brasileiros, Solteiros. Ele, Barman, filho de Romeu José da Felicidade e Ivanise Pereira da Felicidade, residente neste Municipio-RJ. Ela, Do lar, filha de Ademar Lopes dos Santos e Georgi-na da Conceição Porto, residente neste Município - RJ. Processo nº 2646/14.

WILLIAM PEREIRA GARCIA JÚNIOR e JULIANA BARRETO BATISTA DA SILVA; Brasileiros, Solteiros. Ele, Estoquista, filho de William Pereira Garcia e Edezabeth Suzano de Siqueira, residente neste Municipio-RJ. Ela: Vendedora, filha de Aluizio Guedes da Silva e Ilse Helena Barreto Batista da Silva, residente neste Município - RJ. Processo nº 2647/14.

SAMUEL DE OLIVEIRA MEDEIROS e ROSANA DE CARVALHO GONÇALVES SILVA; Brasileiros, Divorciados. Ele, Motorista, filho de Otavio Oliveira de Medeiros e Ignêz Francisca de Oliveira Souza, residente neste Municipio-RJ. Ela, Empresaria, filha de Derli José de Carvalho, residente neste Município - RJ. Processo nº 2652/14.

FELIPE DOS SANTOS HENRIQUES e ANA CAROLINA DE OLIVEIRA; Brasileiros, Solteiros. Ele, Funcionário Publico, filho de José Henrique Neto e Celi Andrade dos Santos, residente neste Municipio-RJ. Ela, Aux. Administrativo, filha de José Carlos de Oliveira e Simone Cristina Gomes de Oliveira, residente neste Município - RJ. Processo nº 2653/14.

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De 5 a 12 de setembro de 2014 – O Perú Molhado

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Descansa, Marcelo, escutaMinha canção de ninar.Foi tão grande tua lutaQue precisava acabar.Queria falar de você.Já não sei, fiquei perdidaNa sua ausência, na vida.Lembro então teu sorrisoQue sorrindo mendigavaUma ajuda aqui, outra ali,E o Perú continuava.E nem se quer atrasava.Naquele sorriso haviaUma dor encabuladaDisfarçada em alegriaQue a sua cara escondiaMas que nunca me enganava.Quanta dor desperdiçada!E agora, Marcelo amigo?Que faço enfim eu comigo?Uma nuvem negra Envolve o céu, o mar, a ilhaE o peito da tua filha.A alegria que haviaChorou muito e foi-se embora

Ficou tudo triste agora Teus amigos, inimigos,Gente assim,desconsolada,Plantas, flores, passarinho,Até gaivota calada.Anoiteceu toda a tarde,Escureceu todo o mundo,Abriu-se um buraco negro,Vazio, oco,profundo,Bem no meio da cidade.Lá no fundo ainda vejoO teu colete puído,Tua máquina apagadaE tua Eva arrancadaDe teu peito, pobre amigo.O tempo passou depressaNem deu tempo de acabarO teu projeto de vida.Descansa, amigo MarceloVê se apaga essa ferida.Descansa Marcelo agoraComo se fosse um bebê,Mas antes ensina a genteComo viver sem você.

Cantiga de amor amigo

Abigail Vasthi Schlemm