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    Geografia (Londrina), v. 22, n. 1.p.05-25 jan/abr. 2013

    Avaliao da vulnerabilidade perda de solos na bacia do rioSalobra, MS, com base nas formas do terreno

    Evaluation of vulnerability to loss of soil in watershed of Salobra river, MS, based onthe forms of terrain

    Joo Cndido Andr da Silva Neto1

    RESUMO: A vulnerabilidade da paisagem perda de solos entendida como as rupturasdesencadeadas pela atuao da sociedade na natureza, caracterizando-se assim, uma novaorganizao dos fenmenos e dinmicas nas formas espaciais que se materializam na paisagem. Oobjetivo deste artigo definir a vulnerabilidade das formas do terreno perda de solos, avaliando-seas caractersticas morfolgicas das curvaturas vertical e horizontal das vertentes e, das formas doterreno. Assim, a partir da anlise das vertentes estabeleceu-se uma relao direta com os processoserosivos, no qual se utilizou dados geomorfomtricos, derivados de processamentos efetuados em

    imagens SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) do Projeto TOPODATA - INPE, como curvaturahorizontal, curvatura vertical e formas do terreno. Portanto, para definio das classes devulnerabilidade da paisagem perda de solos, avaliou-se que os fluxos de gua concentram-se eaumentam encosta abaixo, ou seja, s partes inferiores das encostas, considerando, os segmentoscncavos, com maior capacidade de transporte de sedimentos. Assim, o processamento dos dadosSRTM-TOPODATA, que resultaram nos mapas temticos, efetivou-se com a utilizao o Sistema deInformaes Geogrficas (SIG) implementados no software SPRING. Os resultados das Formas doTerreno, apesar de serem atributos qualitativos foram passiveis de ponderao, considerando-se queas dinmicas e intensidades dos processos erosivos esto diretamente ligadas s Formas do Terrenoe aos formatos das vertentes, tanto na anlise do formato do seu perfil, cncavo, retilneo e convexo,quanto na anlise do direcionamento dos fluxos de escoamento da gua, convergente, planar edivergente. Nesse sentido, considerou-se possvel atribuir a partir das formas das vertentes e doterreno uma ponderao coerente, que possa ser utilizada como uma varivel na anlise da

    vulnerabilidade da paisagem perda de solos.

    PALAVRAS-CHAVE: Curvatura vertical. Curvatura horizontal. Formas do terreno. Processoserosivos.

    ABSTRACT:The vulnerability landscape of loss of soil is understood as triggered ruptures by theactions of society in nature, characterizing thus a new organization of phenomena and dynamics inspatial forms that materialize in the landscape. The objective of this article is define the vulnerability offorms of terrain loss of soil, to evaluate the morphological characteristics of vertical and horizontalcurvatures of the slopes and forms of terrain. Thus, from the analysis of the slopes established arelationship direct with erosive processes. We used geomorphometric data derived from processingimages made in SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) Project TOPODATA - INPE, as plancurvature, profile curvature and form of the terrain. Therefore, to define the classes of vulnerability

    landscape loss of soil, was evaluated that the water flows concentrate and increase the downslope,which was attributed to the lower parts of slopes, or the segments concave, the largest capacitysediment transport. The processing of the data SRTM-TOPODATA, resulting in thematic maps wasrealized using the Geographic Information System (GIS) SPRING. The results of Forms Terrainthough they are qualitative attributes where likely weighing, considering that the dynamics andintensity of erosive processes are directly linked to the terrain forms and slopes of format, so much inanalysis of shape format, concave , straight and convex, and in the analysis of the direction of flow ofwater runoff, convergent and divergent planar. Accordingly, it is considered possible to attribute fromthe forms of slope and of terrain a coherent a weighting, which can be used as a variable in theanalysis of the vulnerability of the landscape to the loss of soil.

    KEYWORDS:Profile curvature. Plan curvature. Terrain forms. Erosive processes.

    1Bacharel em Geografia. Mestre em Geografia pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Doutorandoem Geografia pela Universidade Estadual Paulista, Campus Presidente Prudente, Bolsista CNPq.

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    INTRODUO

    A vulnerabilidade da paisagem perdas de solos considerada a metodologia

    proposta por Crepani (2008) que tem como principal aporte terico a obra Ecodinmica

    elaborada pelo gegrafo francs Jean Tricart (1977). Essa proposta caracteriza-se por

    estabelecer uma inter-relao entre os elementos da paisagem, propondo uma

    superposio dos elementos da paisagem, no qual para cada elemento estabelecida uma

    ponderao conforme a vulnerabilidade apresentada pela paisagem perda de solos.

    Estes elementos da paisagem so definidos como variveis, que so analisadas

    abordam os principais elementos que influenciam no desencadeamento dos processoserosivos como: tipos de solos, tipos de rochas, uso do solo, cobertura vegetal, intensidade

    pluviomtrica e morfologia do relevo.

    Nesse sentido, as vertentes representam a categoria de forma que se constitui

    no objeto primordial da geomorfologia, pois so componentes bsicos de qualquer paisagem

    (CHRISTOFOLETTI, 1980).

    Para Bloom (1970) uma paisagem normalmente composta de pequenos

    elementos de encosta, cada um deles reagindo de modo particular ao efeito local do

    intemperismo, escorregamento e eroso.

    A anlise da vertente justifica-se por entend-la como elemento dominante do

    relevo e categoria central na sua dinmica processual (CASSETI, 1995). O autor destaca

    ainda que nas vertentes se materializam as relaes de apropriao da natureza pelo

    homem.

    Desse modo, utilizou-se dados geomorfomtricos, derivados de processamentos

    efetuados em imagens SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) do Projeto TOPODATA -

    INPE (VALERIANO, 2008a), como curvatura horizontal, curvatura vertical e formas do

    terreno (Figura 1).

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    Figura 1 Variveis geomorfomtricas locais, derivadas da altimetria

    Fonte:Adaptado de Valeriano (2008a).

    Assim, o objetivo deste trabalho definir a vulnerabilidade das Formas do

    Terreno perda de solos, na bacia do rio Salobra, Mato Grosso do Sul, avaliando-se ascaractersticas morfolgicas das curvaturas vertical e horizontal das vertentes e, das formas

    do terreno. Assim, a partir da anlise das vertentes, se estabelecer uma relao direta com

    os processos erosivos.

    O projeto TOPODATA caracteriza-se por disponibilizar variveis

    geomorfomtricas locais de todo o territrio nacional. Essas variveis correspondem aos

    elementos bsicos sobre os quais se fundamentam as tcnicas de interpretao e anlise

    do relevo (VALERIANO, 2008a).

    Alm de fornecer dados geomorfomtricos de todo Brasil, o Projeto TOPODATA,

    aumenta a resoluo espacial dos dados SRTM, de 90 m para 30 m pixel, utilizando

    mtodos de interpolao por Krigagem.

    ANLISE DE VERTENTE E PROCESSOS MORFOGENTICOS

    Considerou-se que a geometria das vertentes atua direta e indiretamente no

    escoamento superficial e nos desenvolvimento dos processos erosivos, apresentando umarelao importante das implicaes do balano de materiais e natureza dos processos

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    morfogenticos e pedogenticos (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E

    ESTATSTICA, 2009).

    Casseti (1995) salientou a importncia da geometria das vertentes, considerando

    que alm do fator declividade, as formas geomtricas das vertentes devem ser abordadascomo intensificadores dos processos morfogenticos ou diferenciadores da intensidade de

    fluxo por terra.

    Nessa perspectiva, se estabelece uma relao entre geometria de vertente e os

    processos de pedognese e morfognese, apontando para o conceito de balano

    morfogentico, que pode ser entendido como a relao da vertente em propiciar o

    desenvolvimento dos solos (componente vertical ou perpendicular - pedognese) ou

    desenvolvimento dos processos erosivos (componente paralelo - morfognese) (Figura 2).

    O balano morfogentico apresenta ainda uma relao estreita com a geometria

    das vertentes por estar intrinsecamente ligada dinmica de fluxo do escoamento

    superficial e infiltrao de gua no solo.

    O intemperismo e a pedognese correspondem aos componentes verticais -

    perpendiculares, a ao combinada desses componentes tem o efeito de aumentar a

    espessura do regolito e dos solos (CHRISTOFOLETTI, 1980).

    Os processos morfogenticos correspondem aos componentes paralelos, taisprocessos se caracterizam pela remoo de detritos das vertentes, resultando na perda de

    solos e esculturao do relevo.

    Figura 2 -Exemplo de declividade da vertente e processos morfogentico e pedogentico.

    Fonte: Do autor.

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    Casseti (1995) observou que tem-se um balano morfogentico positivo, com a

    retirada do material intemperizado, que implica a reduo gradativa da camada

    pedogenizada, e consequentemente a intensificao dos processos erosivos.

    Portanto, assume-se a postura conforme Guerra (1994) considerando que osfluxos de gua concentram-se e aumentam, encosta abaixo, favorecendo o cisalhamento

    das partculas do solo, e finalmente a eroso, que se intensifica a partir da distncia crtica

    do topo da vertente.

    Nesse sentido, Bloom (1970) na poro convexa do perfil da vertente verifica-se

    predominantemente o rastejamento, e nos trechos inferiores, cncavos, predomina o

    transporte pela gua, caracterizado pelo escoamento por filetes.

    Na mesma perspectiva Silva et al. (2007) consideraram que na dinmica dasencostas, destacado que as formas geomtricas cncavas so zonas preferenciais para

    ocorrncia de processos erosivos, em razo da convergncia dos fluxos dgua, acelerando

    a ruptura entre materiais de diferentes caractersticas.

    Observa-se que o inicio do escoamento superficial caracteriza-se de forma

    difusa, em perfil convexo da vertente, em seguida os fluxos adquire uma tipologia

    constituda de pequenos filetes, em perfil retilneo, e na poro da vertente de perfil cncavo

    os filetes aumentam capacitando o fluxo a transportar partculas maiores do que as

    removidas pelo escoamento inicial difuso (BIGARELLA, 2003) (Figura 3).

    Bigarella (2003, p. 923) considerou que:

    [...] a fora erosiva do escoamento aumenta com a distncia vertente abaixoe com a sua declividade. Numa vertente com perfil convexo -cncavo, aenergia do fluxo aproxima-se do mximo na parte mais ngreme, geralmentena poro central do perfil. A maior parte da ao erosiva ocorre abaixo dezona, onde se inicia o fluxo em canais e onde se forma as ravinas.

    Bloom (1970) tambm atribui s partes inferiores das encostas, ou seja, aos

    segmentos cncavos, a maior capacidade de transporte de sedimentos:

    Quando dois filetes de gua se unem, o pequeno curso de gua resultanteadquire massa proporcionalmente maior do que o aumento da superfcieumedecida. O atrito reduzido em proporo descarga, e o pequenocurso de gua pode transportar as cargas combinadas dos dois filetes semperda de velocidade, mas em declive mais suave. (BLOOM, 1970, p. 68).

    Bigarella (2003) considerou ainda que a saturao dos solos pela gua um

    fator fundamental nos processos erosivos, pois a partir da saturao solos, h o predomnio

    do escoamento superficial concentrado. O fluxo concentrado favorece a dissecao do

    terreno de maneira vertical e aos processos morfogenticos como a eroso.

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    Remete-se Casseti (1995) para sustentar a postura que os segmentos

    cncavo-convergentes das vertentes apresentam maior vulnerabilidade perda de solos,

    devido ocorrncia dos fluxos convergentes e concentrados do escoamento superficial.

    [...] a forma geomtrica da vertente apresenta uma significativa participaono balano morfogentico, o que foi evidenciado por Ruhe (1975). Comoexemplo: a) as vertentes portadoras de comprimento reto e largura retarespondem pelo domnio do fluxo laminar; b) as representadas porcomprimento reto e largura curva respondem por processos complexos(largura convexa: fluxo disperso; largura cncava: fluxo convergente comocorrncia de escoamento concentrado); c) as de comprimento curvo elargura tambm curva caracterizam processos mais complexos (ocorrnciade fluxo concentrado em linhas de drenagem de primeira ordem).(CASSETI, 1995, p. 68).

    Figura 3 Relao dos fluxos de gua conforme as formas da vertente

    Fonte:Do autor.

    Nas pores cncavas das vertentes verificam-se tendncias concentrao do

    escoamento superficial, desse modo o aumento do fluxo de gua potencializa o transporte

    de material dentrtico de dimenses maiores, resultando assim, na remoo e deslocamento

    das partculas superficiais do solo, para um canal de drenagem jusante.

    Destaca-se que a anlise das vertentes deve ser abordada como uma unidade,

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    visto que cada segmento de uma vertente est diretamente ligado ao segmento jusante, e

    esses segmentos so resultados direto e/ou indiretos dos processos desencadeados

    montante.

    DADOS GEOMORFOMTRICOS

    O presente artigo contou com a consulta bibliogrfica de trabalhos que

    englobassem as temticas relacionadas vulnerabilidade da paisagem, como os trabalhos

    de Costa Neto (2010), Mota e Valladares (2011) e Oliveira et al. (2009), e sobre anlise de

    vertentes e vulnerabilidade do terreno em trabalhos como de Santos e Ferreira (2010),

    Souza (2005), Silva e Cunha (2008) e Santos e Sobreira (2008), alm de obras da

    Geomorfologia como Bigarella (2003), Bloom (1970), Casseti (1995), Christofoletti (1980),

    Guerra (1994) e Tricart (1977).

    Definida as variveis serem utilizadas e, revisada a literatura que abrange os

    conceitos de geomorfologia considerando-se os parmetros utilizados em cada varivel,

    estabeleceu-se uma ponderao coerente que pudesse expressar os nveis de

    vulnerabilidade da paisagem perda de solos.

    Curvatura Vertical

    Valeriano (2008b) considerou que a curvatura vertical uma varivel de alto

    poder de identificao de unidades homogneas do relevo, por referir-se forma

    convexo/cncavo do terreno.

    A curvatura vertical relaciona-se com os processos de transporte e acumulao

    de gua, minerais e matria orgnica no solo. Assim, as formas das vertentes poder ser

    um indicativo da dinmica erosiva da rea abordada (VALERIANO, 2008b).

    Bloom (1970) definiu as encostas quanto ao eixo vertical em perfil convexo,

    dominadas por rastejamento e predomnio de escoamento superficial, de perfil cncavo

    como predomnio transporte e acumulao detrtica.

    Silva et al. (2007) definiram os perfis das vertentes convexo por apresentarem

    em seus trechos baixos, prximos da base declividades acentuadas, enquanto que nos

    trechos mdios apresentam declividades menores e nos topos apresentam declividades

    quase nulas (Figura 4).

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    Os perfis cncavos caracterizam-se por apresentar prximo da base

    declividades baixas, nos trechos mdios do perfil apresenta declividades moderadas e

    prximas aos topos com declividades acentuadas (SILVA et al., 2007).

    Os perfis retilneos apresentam valores de declividade similares em todos ospontos da vertente.

    Figura 4 - Geometria das vertentes considerando a curvatura vertical

    Fonte:Valeriano (2008a).

    A percepo da curvatura vertical do terreno no campo, quando no ocorre

    visualmente (em perfil), se d pela variao da declividade enquanto se percorre a vertente

    em sua orientao (direo do desnvel) (VALERIANO, 2008a).

    [...] Com relao a processos atuais, esta varivel est relacionada aos

    processos de migrao e acmulo de matria atravs da superfcie(sobretudo gua), proporcionados pela gravidade. Por este mecanismo,atua indiretamente no equilbrio entre os processos depedognese/morfognese, alm de influenciar a distribuio local do regimehdrico e, consequentemente, o regime trmico (VALERIANO, 2008a, p. 36).

    Segundo Valeriano e Albuquerque (2010), a estimativa da curvatura vertical se

    baseia na observao de dois segmentos consecutivos de vertente ao longo de uma linha

    de fluxo (Figura 5).

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    Figura 5 - Representao da curvatura vertical

    Fonte: Valeriano e Albuquerque (2010).

    Para Valeriano (2008a) a definio da curvatura vertical em cartas topogrficas

    demanda da avaliao de no mnimo trs curvas de nvel prximas, que por meio da

    progressiva aproximao ou afastamento das curvas de nvel ao longo das vertentes, sero

    definidas as configuraes das classes de curvatura vertical.

    Valeriano e Albuquerque (2010) consideraram que o valor (classe) da curvatura

    vertical definido pela diferena de ngulo de declividade em relao respectiva distncia

    horizontal, assim se no houver diferena desse ngulo, o resultado nulo, portanto, com

    curvatura vertical retilnea. Os perfis de vertente convexa apresentam os valores positivos e

    os perfis cncavos apresentam os valores negativos (Figura 6).

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    Figura 6 -Curvatura vertical em MNT (acima) e fatiado/classificado (abaixo)

    Fonte: Do autor.

    Curvatura Horizontal

    Segundo Valeriano e Albuquerque (2010) a medida da curvatura horizontal se

    baseia na mudana da orientao de vertentes em relao distncia horizontal, ao longo

    das curvas de nvel.

    A curvatura horizontal expressa em ngulo pela distncia (/m), e representa o

    formato geomtrico horizontal de como as curvas de nvel se configuram, ou seja, refere-se

    prpria curvatura das isolinhas (Figura 7).

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    Figura 7 Representao da curvatura horizontal das vertentes

    Fonte: Valeriano e Albuquerque (2010).

    A curvatura horizontal das vertentes indicam as reas de escoamento superficial

    divergente e convergente, de modo que as vertentes de fluxos concentrados (convergente)

    tende ao transporte de partculas maiores, que aquelas movidas pelo escoamento laminar

    difuso (divergente) (BIGARELLA, 2003).

    A curvatura horizontal das vertentes refere-se ao direcionamento dos fluxos de

    gua orientados pela forma da vertente. Bloom (1970) definiu as encostas, com relao

    curvatura horizontal em coletoras de gua (vertentes convergentes) e distribuidoras de

    gua (vertentes divergentes).

    Assim, quanto mais concentrados os fluxos dgua, maior seu potencial de

    eroso pluvial. A eroso torna-se mais efetiva, pois o material colocado em suspenso nasguas passa a ser transportado vertente abaixo com uma energia capaz de desagregar

    maiores pores de solo e produzir sulcos de eroso (BIGARELLA, 2003) (Figura 8).

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    Figura 8 - Curvatura horizontal em MNT (acima) e fatiado/classificado (abaixo)

    Fonte: Do autor.

    Formas do terreno

    As formas do terreno resultam da combinao entre as curvaturas vertical e

    horizontal. Como produto final da associao da curvatura vertical (cncavo, retilneo econvexo) e curvatura horizontal (convergente, planar e divergente), estabelecendo-se nove

    classes distintas para as formas do terreno (VALERIANO, 2008a) (Figura 9).

    Desse modo, apoiado na literatura referida no presente estudo, considerou-se a

    forma do terreno, Cncava - convergente como a classe de maior concentrao e acmulo

    de escoamento superficial, que corresponderia tambm classe com maior vulnerabilidade

    aos processos erosivos mais intensos.

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    Figura 9 Classes das formas do terreno

    Fonte: Do autor.

    As formas do terreno Convexas - divergentes caracterizam-se como a classe de

    maior disperso do escoamento superficial e menor concentrao e acmulo.

    Essas classes apresentam formas do terreno onde o escoamento superficial

    apresenta baixa capacidade de transporte e de remoo das partculas do solo, portanto,

    apresentam baixa vulnerabilidade perda de solos.

    PROCEDIMENTOS METODOLGICOS

    No presente estudo utilizou-se como exemplo de anlise, a Bacia Hidrogrfica

    do Rio Salobra que est localizada na regio Sudoeste do estado de Mato Grosso do Sul,

    considerada uma importante rea fonte dos fluxos de matria e energia da bacia do rio

    Miranda no Pantanal sul-mato-grossense. Est situada entre as Latitudes 20 59 55S e

    20 08 54 S e longitudes 57 00 00W e 56 26 30 W, sua rea abrange os municpios

    de Bonito (algumas nascentes), Bodoquena (maior parte da extenso de sua rede de

    drenagem) e Miranda (baixo curso e foz), com rea de aproximadamente 2.350 km.

    O processamento dos dados SRTM-TOPODATA, que resultaram nos mapas

    temticos, foram realizados com a utilizao o Sistema de Informaes Geogrficas (SIG)

    implementada no software SPRING.

    Os dados do projeto TOPODATA, de curvatura vertical e horizontal, foram

    inseridos no ambiente de SIG, como Modelo Numrico do Terreno (MNT) e fatiado em

    classes temticas. A operao Fatiamentoconsiste na converso de um Modelo Numrico

    em um Modelo Temtico (Figura 10).

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    Aps o fatiamento, foram gerados os mapas temticos de curvatura vertical e

    horizontal, classificados em trs classes cada um, ou seja, para curvatura vertical as classes

    cncavas, retilneas e convexas, e para curvatura horizontal, as classes convergente, planar

    e divergente.Figura 10- Fluxograma dos procedimentos metodolgicos

    Fonte:Do autor.

    O Plano de informao de Forma do Terreno resultou da combinao dos P.I.s

    das Curvaturas Vertical e Horizontal, que por meio da implementao de Linguagem

    Espacial de Geoprocessamento Algbrico (LEGAL) no SPRING, permitiu a implementao

    da operao Booleana.

    Resultados de operaes Booleanas so os campos obtidos a partir da

    comparao entre valores locais de outros campos quantitativos ou qualitativos, baseada

    em relaes de ordem ou igualdade (CORDEIRO et al., 2003).

    O passo seguinte consistiu na ponderao do P.I. das formas do terreno, no

    qual, foram atribudos por meio de implementao do Programa em LEGAL, valores para

    cada uma das nove classes de formas do terreno.

    Para ponderao do P.I. Formas do Terreno estabeleceu-se valores variando de

    0.0 1.0, sendo que os valores prximos a 1.0 correspondem s classes de alta

    vulnerabilidade aos processos erosivos intensos, correspondendo tambm as formas do

    terreno cncavas - convergentes (Quadro 1).

    Para formas do terreno, convexo - divergentes foram atribudos os valores de

    baixa vulnerabilidade perda de solos, portanto prximos 0.0.

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    Quadro 1 - Classes de formas do terreno e vulnerabilidade perda dos solos

    R G B

    concavo Cncavo-Convergente cc-cg 0 0 155 1,00Forte 13

    retilineo Retilneo-Convergente rt-cg 58 58 220 0,89 Forte 23

    convexo Convexo- Convergente cv-cg 161 181 255 0,78 Forte 3

    concavo Cncavo-Planar cc-pl 0 124 0 0,67 Moderada 6

    retilineo Retilneo-Planar rt-pl 0 205 0 0,56 Moderada 11

    convexo Convexo-Planar cv-pl 205 255 209 0,45 Moderada 3

    concavo Cncavo-Divergente cc-dg 213 0 0 0,34 Baixa 8

    retilineo Retilneo-Divergente rt-dg 233 142 0 0,23 Baixa 20

    convexo Convexo-Divergente cv-dg 255 240 0 0,12 Baixa 13

    rea em %

    convergente

    planar

    d

    ivergente

    Classe de

    Vulnerabilidade

    CanaisCurvatura

    Horizontal

    Curvatura

    VerticalForma Terreno Sigla

    Valor ponderado p/

    Vulnerabilidade

    Fonte:Do autor.

    RESULTADOS

    A curvatura horizontal indica uma relao direta com o escoamento superficial

    nas vertentes e com a concentrao e disperso dos fluxos de gua.

    Assim, verificou-se que 40% da rea estudada apresentou vertentes com

    curvatura horizontal convergente ou muito convergente, ou seja, vertentes com maiorpotencial ao transporte de partculas maiores e eroso pluvial.

    Observou-se que 24% da bacia hidrogrfica do rio Salobra apresentou vertentes

    com curvatura horizontal planar, esse tipo de curvatura horizontal corresponde a uma classe

    intermediria entre as vertentes convergentes e divergentes.

    As vertentes com curvatura horizontal divergente e muito divergente foram

    observadas em 36% da rea de estudo. Essas vertentes caracterizam-se por apresentar

    geometria que tendem distribuio dos fluxos de gua, menor capacidade de transportedas partculas do solo (Figura 11).

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    Geografia (Londrina), v. 22, n. 1.p.05-25, jan/abr. 2013

    Figura 11 - Curvatura horizontal da bacia hidrogrfica do rio salobra

    Fonte:Do autor.

    Quanto curvatura vertical, verificou-se que 51% da rea estudada apresentou

    curvatura vertical Muito Cncavo e Cncavo, que apresenta disposio concentrao do

    escoamento superficial, representando as formas de vertentes que potencializa o transporte

    de material dentrtico de dimenses maiores, devido ao acmulo de gua (Figura 12).

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    Verificou-se a classe curvatura vertical Retilneo em 16% da rea, essa classe

    caracteriza-se como a intermediria entre os perfis Cncavo e Convergente e indica reas

    de relevo movimentado.

    Figura 12 - Curvatura Vertical da Bacia Hidrogrfica do Rio Salobra

    Fonte: Do autor.

    As reas de curvatura vertical convexo e muito convexo representam 33% da

    rea estudada, nesses tipos de vertentes predominam os fluxos difusos com baixa

    capacidade de transporte de sedimentos (Figura 12).

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    Avaliao da vulnerabilidade perda de solos na bacia do rio Salobra, MS, com base nas formas do terreno

    Geografia (Londrina), v. 22, n. 1.p.05-25, jan/abr. 2013

    Quanto s Formas do Terreno, definiu-se que as formas mais vulnerveis

    perdas de solos so as classes, cuja geometria das vertentes esto condicionadas maior

    concentrao e acmulo de escoamento superficial (Figura 13).

    Figura 13- Formas do terreno da bacia hidrogrfica do rio Salobra

    Fonte: Do autor.

    Portanto, as formas cncavo-convergente, retilneo- convergente e convexo

    convergente correspondem s classes de maior vulnerabilidade aos processos erosivos

    mais intensos, essas classes foram verificadas em 39% da rea estudada. Estas formas so

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    Joo Cndido Andr da Silva Neto

    Geografia (Londrina), v. 22, n. 1.p. 05-25, jan/abr. 2013

    consideradas as classes de forma do terreno que apresentam maior vulnerabilidade aos

    processos erosivos mais intensos (BIGARELLA, 2003).

    A forma de terreno constitui-se como uma varivel essencialmente qualitativa, e

    a partir da sua geometria so atribudos efeitos que podem ser ordenados pela suaintensidade, desse modo, sendo passivo de ponderao quanto aos valores de

    vulnerabilidade perda de solos (VALERIANO, 2008a).

    As formas de terreno intermedirias que resultam da combinao das

    Curvaturas Verticais (cncavo, retilneo e convexo) com a Curvatura Horizontal Planar foram

    observadas em 20% da rea da estudada. Essas classes intermedirias podem ser

    denominadas com Vulnerabilidade Moderada.

    As formas de terrenos que combinam as Curvaturas Verticais (Cncavo,Retilneo e Convexo) com a Curvatura Horizontal Divergente so definidas como classe de

    Baixa Vulnerabilidade perda de solos. Essa classe verificada em 41% da rea estudada,

    e caracteriza-se por apresentar formas do terreno onde o escoamento superficial apresenta

    baixa capacidade de transporte e de remoo das partculas do solo.

    CONSIDERAES FINAIS

    Em termos gerais, os resultados obtidos no processamento dos dados SRTM

    TOPODATA, utilizando-se Sistema de Informao Geogrfica, permitiu considerar o papel

    desempenhado pelas Curvaturas Vertical e Horizontal no escoamento dos fluxos de guas e

    sua relao com a intensidade da eroso pluvial.

    Quanto aos procedimentos metodolgicos adotados no presente artigo,

    observou-se que os resultados foram satisfatrios na perspectiva da avaliao da

    vulnerabilidade perda de solos a partir das formas do terreno.

    As formas do terreno apesar de serem atributos qualitativos so passiveis deponderao, considerando-se que as dinmicas e intensidades dos processos erosivos

    esto diretamente ligadas s formas do terreno e aos formatos das vertentes, tanto na

    anlise do formato do seu perfil, cncavo, retilneo e convexo, quanto na anlise do

    direcionamento dos fluxos de escoamento da gua, convergente, planar e divergente.

    Nesse sentido, considerou-se possvel definir a partir das formas das vertentes e

    do terreno, uma ponderao coerente que possa ser utilizada como uma varivel na anlise

    da vulnerabilidade da paisagem perda de solos.

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    Geografia (Londrina), v. 22, n. 1.p.05-25, jan/abr. 2013

    Ressalta-se, que as Formas do Terreno quando analisada utilizando-se qualquer

    mtodo multi-critrio hierrquico, como por exemplo, o mtodo AHP (Processo Analtico

    Hierrquico), deve-se considerar que outras variveis, como declividade, uso do solo e

    cobertura vegetal, assumem um papel de maior importncia na dinmica dos processoserosivos, quando comparadas as Forma do Terreno.

    Desse modo, variveis como declividade, tipos de solos e cobertura vegetal,

    devem ser consideradas como fatores/variveis, ligeiramente mais importante que as formas

    do terreno, por se tratar de uma varivel qualitativa, na dinmica dos processos erosivos.

    Para melhor compreenso da correlao entre os processos erosivos e as

    formas das vertentes e terreno, deve-se identificar a ocorrncia e tipologias dos fenmenos

    de eroso, tais como eroso laminar, sulcos ou voorocas, relacionando-os com os tipos de

    solos e usos da terra na rea estudada.

    REFERNCIAS

    BIGARELLA, J. J.Estrutura e origem das paisagens tropicais e subtropicais.Florianpolis: UFSC, 2003. v. 3.

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    Joo Cndido Andr da Silva Neto

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    Recebido em 30/07/2012

    Aceito em 16/01/2014