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Construções e representações de gênero contemporâneas no cinema de animação
Renata Santos Maia*
Cláudia J. Maia∗
Resumo: Esta pesquisa tem como tema as construções, relações e representações de gênerocontemporâneas na mídia de massa, utilizando como objeto de estudo as animações infantisda série de filmes Shrek. O objetivo principal é analisar as permanências e descontinuidadesnas representações sobre o feminino e o masculino, bem como identificar a emergência denovas construções e identidades de gênero e suas variantes na sociedade contemporânea comoos transgêneros; e também os recentes fenômenos comportamentais, que não estão associadosdiretamente à orientação e prática sexual, como os “cross-dressing” e os “metrossexuais”.Palavras-chave: Gênero; Cinema; História; Representação; Contos de Fadas.
Abstract: This research has as subject the constructions, relations and representations ofgender contemporaries in the mass media, using as study object the infantile animations of theseries of Shrek films. The main objective is to analyze the continuities and discontinuities inthe representations on feminine and the masculine, as well as identifying to the emergency ofnew constructions and identities of gender and its variants in the society contemporary as thetransgenders; and also the recent mannering phenomena, that are not associates directly tosexual the practical orientation and, as “cross-dressing” and the “metrossexuals”.Key-words: Gender; Cinema; History; Representation; Stories of Fairies.
Os filmes Shrek misturam um cenário da Idade Média, com seus castelos e florestas, etambém um figurino de época, mas, ao mesmo tempo, inserem referências atuais. Os filmes
conseguiram utilizar os discursos que circulam na contemporaneidade e referências acessíveis
ao público, fazendo com que muitas pessoas se identifiquem não só com as personagens, mas,
também, com a atmosfera da história encenada. Os diretores lançaram mão, sarcasticamente,
de várias referências aos contos infantis como Branca de Neve e os Sete Anões, A Bela
Adormecida e das produções mais recentes como Matrix, As Panteras e Missão impossível.
O primeiro filme da série Shrek tem início como um conto tradicional. Um grandelivro antigo se abre e começa o relato da história de uma princesa aprisionada no quarto mais
alto da torre mais alta, guardada por um dragão, onde espera que seu amor verdadeiro a
resgate e dê nela o beijo que quebrará o feitiço para que possam viver felizes para sempre.
Neste momento Shrek, que está lendo no banheiro, rasga uma das páginas. No mesmo
instante, ouve-se o barulho da descarga, e ele tira sarro das fábulas encantadas. Então, com
* Mestranda do Programa de Pós-graduação em História – PPGH – pela Universidade Estadual de Montes Claros– Unimontes.∗ Doutora em História pela UnB, com área de concentração em Estudos Feministas e de gênero e com períodosanduíche na École des Hautes Études em Sciences Sociales (EHESS); é professora do Departamento deHistória, do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Estadual de Montes Claros e líder doGrupo de Pesquisa Gênero e Violência – CNPq.
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2uma música animada e envolvente conhecemos o ogro protagonista da trama e seus hábitos
cotidianos que não são exatamente convencionais: toma banho de lama, escova os dentes
usando a gosma de uma lagarta, se diverte espantando os outros seres da floresta, come larvas
e tenta, a todo custo, manter as demais criaturas longe dos seus domínios através de avisos
espalhados por toda parte de que ele é um ogro terrível e perigoso.
Na sequência, em outra cena, assistimos aos soldados fazendo uma espécie de
“limpeza social” no Reino de Duloc a pedido de Lord Farquaad, proprietário do local, que
queria ver suas terras livres da presença de criaturas mágicas por causa da obsessão em
possuir um reino perfeito. São esses personagens que vão se alojar no pântano de Shrek,
desencadeando a história central do filme que é o resgate da princesa Fiona. Também porcausa desse episódio, Shrek e o Burro se encontram e dão início a uma bela história de
amizade verdadeira.
Na tentativa de recuperar a antiga tranqüilidade do pântano, Shrek sai à procura de
Farquaad, que negocia com o ogro a busca pela Princesa Fiona, em troca de retirar os
personagens dos contos de fadas do seu pântano. A vontade de se casar é também fruto da
ideia fixa de Farquaad em construir um reino perfeito. A escolha da princesa acontece por
meio de um espelho mágico, cuja voz e performance se parecem com as de um apresentadorde programas televisivos, que apresenta três opções de esposas ao Lorde: Cinderela, Branca
de Neve e Fiona e suas respectivas habilidades, hobbies e características físicas.
Em um castelo sombrio cercado por um rio de lava e vigiado por um dragão é onde se
encontra a Princesa Fiona à espera do seu príncipe. Chegando ao local, vários esqueletos de
outros candidatos, em tentativas malogradas de resgate, são encontrados. Enquanto o Burro é
perseguido pelo Dragão, Shrek, na tentativa de contê-lo, é arremessado até a torre onde Fiona
se encontra. Ela finge estar dormindo para que ele a desperte com um beijo, numa sátira àhistória da Bela Adormecida, mas sem se apegar a esses detalhes o ogro a desperta com um
forte sacolejo:
Shrek: Acorda!Fiona: O quê?Shrek: Você é a princesa Fiona?Fiona: Eu sou sim, aguardando um cavalheiro corajoso que venha me salvar.Shrek: Ah legal! Agora vamos.Fiona: Esperai cavalheiro. Encontramo-nos finalmente, não deveria este serum momento maravilhoso, romântico?Shrek: É... desculpe, madame, não temos tempo (SHREK, PDI/DreamWorks,2001).
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E dizendo isso, sai puxando Fiona pelo braço, procurando a saída. Enquanto Shrek
está preocupado em fugir do dragão, a princesa se ocupa em tentar encaixar o momento aos
moldes dos contos de fada tradicionais, muito mais para seguir um modelo de princesa e um
roteiro convencional, que não condiz com seu espírito altivo, do que por desejar que seja
assim. Mas não consegue sustentar esse teatro por muito tempo.
Fiona: Vós devíeis me tomar em vossos braços, pular pela janela e descer poruma corda até a vossa bela montaria.Shrek: Teve muito tempo para planejar isso, não teve?Fiona: Hum, hum!(...)Fiona: Mas nós devemos viver esse momento. Você poderia recitar um poemaépico para mim, um cancioneiro, um soneto, uma estrofe, qualquer coisa.Shrek: Eu acho que não.Fiona: Bom, pelo menos posso saber qual e o nome do meu campeão?Shrek: Ah... Shrek.Fiona (estendendo um lenço): Sir, Shrek. Rezo para que aceite este favorcomo prova de minha gratidão.(Ouve-se um rugido)Fiona: Você não matou o dragão?Shrek: ‘Tá’ na minha lista. Agora vamos.
Fiona: Mas não está certo. Você devia ter entrado com a espada em uma mãoe na outra um estandarte, foi o que todos os outros fizeram.Shrek: É, logo antes de ficarem torrados.Fiona: Isso não vem ao caso. Espera, pra onde vamos? A saída é pra lá.Shrek: Bom, eu quero tirar o meu da reta.Fiona: Mas que tipo de cavalheiro é você?Shrek: Do tipo único (SHREK, PDI/DreamWorks, 2001).
Esse trecho do diálogo entre Fiona e Shrek representa uma sátira dos contos
tradicionais, mostrando o inconveniente dos formalismos criados para ornamentar o encontro
dos protagonistas nessas narrativas. Até mesmo o tipo de linguagem utilizada por Fiona, umrebuscamento forçado, representa esse escárnio pelos romances convencionais. E apresenta as
características que vão assinalar Shrek como o anti-herói que age em nome de interesses
próprios e não tem preocupação em se destacar com atitudes de bravura, tanto que ele
consegue se livrar do dragão não por meio do enfrentamento corajoso e destemido, mas
utilizando de artimanhas e habilidade de raciocínio.
Embora a Princesa Fiona tenha apresentado um discurso tradicional e idealizado sobre
seu salvador e o momento sublime desse encontro, ela é na verdade uma mulher impetuosa,de muita personalidade, que conhece golpes marciais e os utiliza para se defender. Essas
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5os cabelos alinhados, usa gloss, desodorante bucal, polainas cor de rosa, faz as sobrancelhas, e
sua mãe, a Fada Madrinha, é quem ainda penteia seus cabelos.
Outro fenômeno comportamental pode ser identificado neste filme: os cross dressing,
homens ou mulheres que independente da sua prática ou orientação sexual gostam de se vestir
como o sexo oposto. Essas representações sociais são identificadas nas figuras do Lobo Mau,
que passa os três primeiros filmes vestido de vovozinha e o quarto de governanta, e do
Pinóquio que usa roupas íntimas femininas.
Ainda neste filme é apresentada ao público uma das personagens transgêneras, Dóris,
a irmã feia da Cinderela, que trabalha na taberna A Maçã Envenenada como garçonete; sua
irmã, Mabel, também transgênera, aparece no terceiro filme ocupando o mesmo posto. Nota-se que essas personagens ainda não desempenham um papel efetivo na história dos filmes,
mas aparecem de forma estereotipada, o que pode ser compreendido como um estágio
importante no sentido de promover o debate e as problematizações acerca dessas construções
pois “tem pelo menos o mérito de iniciar um diálogo que pode dissolver a si mesmo pela
dinâmica dos conflitos sociais” (LOPES, 2006: 382).
Para Denise Jodelet, as representações sociais comportam uma linguagem que atua
sobre o imaginário modificando-o. Elas não equivalem ao referente (aquilo que estãorepresentando), mas tem como função social promover uma aproximação dele, pois “quando a
novidade é incontornável, à ação de evitá-la segue-se um trabalho de ancoragem, com o
objetivo de torná-la familiar e transformá-la para integrá-la no universo de pensamento
preexistente”. É essa a função que percebemos ao analisar essas personagens: a linguagem
fílmica se relaciona às representações sociais imergindo no universo discursivo e no
imaginário a fim de promover essa integração.
Partindo do pressuposto, como sublinha Mota Machado, de que as representaçõessociais são imagens que criamos para traduzirmos o mundo, essas personagens
contemporâneas são importantes indicativos na mudança dos comportamentos revelando
novos sujeitos históricos e atores sociais. Para esta autora:
É preciso perceber que a aproximação da realidade não se realiza de formasimples, linear e direta, ao contrário, ela é intermediada por uma série deemoções, pré-conceitos e pré-julgamentos, que caracterizam os indivíduosde uma dada sociedade. Portanto, se, por um lado, as representações, criam
nosso estar no mundo, nossas possibilidades de apreendê-lo, por outro, elastambém contribuem para fenômenos diversos de incompreensão,particularmente no que tange às nossas relações com o diferente, com o que
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6não nos é familiar e que, por um motivo ou outro, causa-nos estranheza.(MACHADO, 2006: 27)
Shrek Terceiro mostra uma cena onde são desconstruídas algumas representações
sobre as princesas dos contos de fadas. Elas estão reunidas para uma espécie de chá de bebê.
Em um diálogo fútil e superficial Branca de Neve, Cinderela, Rapunzel e Bela Adormecida
dão conselhos a Fiona sobre casamento e filhos, mesmo sem ter vivido essas experiências.
Dóris, a irmã feia, também está presente e se solidariza com Fiona, dizendo que o bebê só vai
aumentar o amor existente entre os dois. Durante o chá, Fiona recebe alguns presentes
curiosos: pá para recolher os cocôs do bebê e um dos sete anões para servir de babá. Ofotograma abaixo ilustra o diálogo que vem em seguida:
Imagem 5: Reunião das Princesas – Chá de bebê da FionaFonte: http://www.cinepop.com.br/
Cinderela: Ai, Fiona abre o meu primeiro? É esse aí na frente.Fiona: (lendo o cartão) Meus parabéns pelo seu primeiro fedorentinho.
Espero que seja útil. Com amor, Cinderela.Cinderela: É para o cocozinho.Bela Adormecida: Eca, como? Bebê faz cocô?Rapunzel: Todo mundo faz cocô, Bela.Branca de Neve: Eu comprei o maior de todos porque eu te amo mais.Fiona: (lendo o cartão) Esse é para você. Beijos, Branca de Neve.Fiona: O que é isso?Branca de Neve: É uma mini-babáFiona: Bem, e o que ele faz?Branca de Neve: Ele limpa, dá comida, faz arrotar...Fiona: E o que eu e o Shrek vamos fazer?Rapunzel: Bom, agora vai ter tempo para cuidar do seu casamento.
Fiona: Poxa, obrigada Rapunzel. O que quer dizer com isso?Rapunzel: Ah, ora vamos Fiona, você sabe muito bem como é.Bela Adormecida: Vai estar cansada o tempo todo.Branca de Neve: Aí começa a se descuidar
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7Boneco: Vem as estrias.Rapunzel: Não há amor que resista (SHREK, PDI/DreamWorks, 2007).
O diálogo instantaneamente desconstrói a ideia de que princesas são seres que não tem
necessidades fisiológicas ou que são excessivamente bondosas, mas também as caracteriza
como pessoas frívolas e superficiais. Levanta também a dinâmica que supostamente envolve o
casamento e a ideia de que a mulher precisa se cuidar para não ser trocada por outra.
Na sequência, as princesas descobrem que o reino está sendo invadido pelos vilões das
histórias infantis que, liderados pelo Príncipe Encantado, as aprisionam. Depois de um
momento de subordinação e apatia, Fiona as convence da necessidade de se organizarem para
uma reação: “É isso aí meninas, de agora em diante vamos cuidar de tudo sozinhas”. As
princesas unem-se para tentar derrubar Encantado do poder, e, simbolicamente, numa alusão
ao Movimento Feminista, elas queimam um sutiã e partem para a luta.
Imagem 6: Princesas em açãoFonte: http://sinopse365.blogspot.com.br
A comparação da imagem anterior com esta acima possibilita uma visualização nadrástica diferença da postura assumida pelas princesas. De apáticas e dependentes elas se
tornam guerreiras destemidas: Branca de Neve rasga a manga do vestido, deixando à mostra
uma tatuagem; Bela Adormecida rasga a barra do vestido e Cinderela afia os sapatinhos de
cristal; a rainha Lílian depois de ter derrubado as paredes da prisão com golpes de cabeça, faz
no rosto marcas de guerra com o batom. Juntas, elas traçam estratégias de luta, que vão da
sedução ao combate corpo a corpo.
O quarto filme, Shrek para Sempre, não obteve o sucesso de bilheteria dos anteriores,mesmo lançando mão dos recursos mais modernos de animação em 3D. Um dos motivos
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8pode ter sido o desgaste da história e a mudança frequente dos diretores. Neste último filme a
temática do diferente é novamente reivindicada mostrando desta vez um ogro gay, Cookie, e
pessoas marginalizadas morando nos guetos do reino.
Como a história de Fiona e Shrek se desdobrou em vários filmes, é chegado o
momento onde é mostrada a rotina do casal que, com o nascimento dos filhos tem seus
hábitos cotidianos alterados, pois os trigêmeos ocupam boa parte do tempo. Além disso,
Shrek se tornou uma celebridade que não assusta mais ninguém e isso o deixa frustrado. O
ogro parece infeliz com a sua vida de pai de família com três filhos para criar, sem poder
viver como na época em que morava no pântano e assustava as criaturas da floresta. Saudoso
da antiga vida de ogro do pântano, ele deseja poder ter de volta a vida de solteiro.Como pai de família, Shrek tem que resolver problemas rotineiros como desentupir a
privada, levar o lixo para fora, ajudar no cuidado com os filhos e nas tarefas domésticas.
Reparem que a ênfase em relação à prática dos serviços domésticos é dada somente ao
marido, embora também Fiona tenha as suas obrigações. É como se os afazeres domésticos
fossem uma premissa do sexo feminino e Shrek, sendo homem, não consegue se acostumar
com a ideia de desempenhá-los.
Neste quarto filme há uma tentativa de retomar a imagem de Fiona como figura deliderança e independência. Ela aparece como uma guerreira que comanda uma legião de
ogros, organiza a revolução e traça estratégias de combate com o objetivo de tomar o poder
no reino e libertar os ogros escravizados.
Mas a proposta, a princípio, de colocar Fiona no comando da situação, fica mesmo na
tentativa, já que é Shrek novamente o responsável por combater o vilão e conseguir a
libertação dos prisioneiros. Em seguida, os ogros libertos conseguem entrar no castelo para
ajudar Shrek usando a tática do “cavalo de Tróia”. Depois do combate entre ogros e bruxas,Fiona e Shrek dão o beijo do amor verdadeiro e tudo volta a ser como antes da assinatura do
contrato mágico.
Em suma, os filmes trazem uma proposta inovadora e as reflexões que eles despertam
vão além da própria obra. Todavia, ainda encontramos a presença de instituições ainda muito
arraigadas na sociedade como o casamento, a maternidade e o modelo de família nuclear
burguês. Sendo que estas instituições aparecem como uma demonstração de ideal de
felicidade.
Por outro lado, nessa nova safra de animações e adaptações dos contos de fadas foi
possível perceber uma preocupação efetiva em retratar as diferentes configurações nas
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9relações e representações de gênero, rompendo com a dicotomia masculino x feminino, bem x
mal, belo x feio, e descortinando um cenário social que é muito mais complexo. Essa tentativa
de superação da lógica binária é fundamental para a construção de um novo olhar aberto às
diferenças.
A relação história-cinema e gênero, e sua articulação a partir dos filmes permitiram a
percepção de práticas discursivas que emergiram em um determinado momento constituindo
sujeitos, valores e formas de comportamento. Isso quer dizer que estes sujeitos
problematizados nos filmes não são uma invenção da contemporaneidade, mas, mesmo
existindo anteriormente, foi neste momento que surgiu com maior nitidez a necessidade de
discutir os processos de sua formação.Os filmes Shrek , com seus personagens não idealizados, podem ser considerados como
uma desconstrução do modelo cinema de animação e também dos papéis de gênero na
sociedade, mostrando como as formas de compreender essas relações vem sofrendo mudanças
na forma de dar sentido e de viver a sexualidade e as identidades de gênero. Traz, ainda,
abordagens em relação às transgressões aos padrões de comportamento socialmente
determinados e à dificuldade em lidar com o “diferente”. Em um momento onde uma das
palavras bastante em voga é a alteridade, esse tipo reflexão pode ser muito profícuo.
Referências
JODELET, Denise. Representações sociais: um domínio em expansão. In: ____ (Org.). Representações Sociais. Rio de Janeiro: Eduerj, 2001.
LOPES, Denihon. Cinema e gênero. In: MASCARELLO, Fernando (Org.) História docinema mundial. Campinas, SP: Papirus, 2006.
MACHADO, Liliane M. Macedo. E a mídia criou a mulher : como a TV e o cinemaconstroem o sistema de sexo/ gênero. 2006. 244 f. Tese (Doutorado em História) –Universidade de Brasília, Brasília, 2006.