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    Rua Henrique Schaumann, 270, Cerqueira Csar So Paulo SPCEP 05413-909 PABX: (11) 3613 3000 SACJUR: 0800 055 7688 De 2 a 6, das

    8:30 s 19:30

    E-mailsaraivajur@editorasaraiva.com.brAcessewww.saraivajur.com.br

    FILIAIS

    AMAZONAS/RONDNIA/RORAIMA/ACRE

    Rua Costa Azevedo, 56 Centro Fone: (92) 3633-4227 Fax: (92) 3633-4782 Manaus

    BAHIA/SERGIPE

    Rua Agripino Drea, 23 Brotas Fone: (71) 3381-5854 / 3381-5895 Fax: (71) 3381-0959

    Salvador

    BAURU (SO PAULO)

    Rua Monsenhor Claro, 2-55/2-57 Centro Fone: (14) 3234-5643 Fax: (14) 3234-7401

    Bauru

    CEAR/PIAU/MARANHO

    Av. Filomeno Gomes, 670 Jacarecanga Fone: (85) 3238-2323 / 3238-1384 Fax: (85)

    3238-1331 Fortaleza

    DISTRITO FEDERAL

    SIA/SUL Trecho 2 Lote 850 Setor de Indstria e Abastecimento Fone: (61) 3344-2920 /

    3344-2951 Fax: (61) 3344-1709 Braslia

    GOIS/TOCANTINS

    Av. Independncia, 5330 Setor Aeroporto Fone: (62) 3225-2882 / 3212-2806 Fax: (62)

    3224-3016 Goinia

    MATO GROSSO DO SUL/MATO GROSSO

    Rua 14 de Julho, 3148 Centro Fone: (67) 3382-3682 Fax: (67) 3382-0112 Campo Grande

    MINAS GERAIS

    Rua Alm Paraba, 449 Lagoinha Fone: (31) 3429-8300 Fax: (31) 3429-8310 Belo

    Horizonte

    mailto:[email protected]://www.saraivajur.com.br/http://www.saraivajur.com.br/mailto:[email protected]
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    PAR/AMAP

    Travessa Apinags, 186 Batista Campos Fone: (91) 3222-9034 / 3224-9038 Fax: (91)

    3241-0499 Belm

    PARAN/SANTA CATARINA

    Rua Conselheiro Laurindo, 2895 Prado Velho Fone/Fax: (41) 3332-4894 Curitiba

    PERNAMBUCO/PARABA/R. G. DO NORTE/ALAGOAS

    Rua Corredor do Bispo, 185 Boa Vista Fone: (81) 3421-4246 Fax: (81) 3421-4510 Recife

    RIBEIRO PRETO (SO PAULO)

    Av. Francisco Junqueira, 1255 Centro Fone: (16) 3610-5843 Fax: (16) 3610-8284 Ribeiro

    Preto

    RIO DE JANEIRO/ESPRITO SANTO

    Rua Visconde de Santa Isabel, 113 a 119 Vila Isabel Fone: (21) 2577-9494 Fax: (21)

    2577-8867 / 2577-9565 Rio de Janeiro

    RIO GRANDE DO SUL

    Av. A. J. Renner, 231 Farrapos Fone/Fax: (51) 3371-4001 / 3371-1467 / 3371-1567 Porto

    Alegre

    SO PAULO

    Av. Antrtica, 92 Barra Funda Fone: PABX (11) 3616-3666 So Paulo

    ISBN 978-85-02-16970-8

    Gotti, Alessandra

    Direitos sociais : fundamentos, regime jurdico, implementaoe aferio de resultados / Alessandra Gotti. So Paulo :Saraiva, 2012.Bibliografia.1. Controle do retrocesso social 2. Direitos fundamentais - Brasil3. Direitos humanos - Brasil 4. Direitos sociais - Brasil5. Mecanismos de aferio de resultado I. Ttulo.12-03654 CDU-342.7

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    ndice para catlogo sistemtico:1. Direitos sociais : Direito constitucional 342.7

    Diretor editorial Luiz Roberto Curia

    Gerente de produo editorialLgia Alves

    Assistente editorialBianca Margarita D. Tavolari

    Produtora editorial Clarissa Boraschi Maria

    Preparao de originaisAna Cristina Garcia / Eunice Aparecida de Jesus / Liana

    Ganiko Brito Catenacci

    Arte e diagramao Cristina Aparecida Agudo de Freitas / Mnica Landi

    Reviso de provasRita de Cssia Queiroz Gorgati / Adriana Barbieri de OliveiraServios editoriaisElaine Cristina da Silva / Kelli Priscila Pinto

    Capa Paulo Duro

    Produo grfica Marli Rampim

    Produo eletrnica Ro Comunicao

    Data de fechamento da edio: 25-6-2012

    Dvidas?

    Acessewww.saraivajur.com.br

    Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida por qualquer meio ouforma sem a prvia autorizao da Editora Saraiva.

    A violao dos direitos autorais crime estabelecido na Lei n. 9.610/98 e punidopelo artigo 184 do Cdigo Penal.

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    Ao Felipe e ao Eduardo,meu mnimo existencial.

    A todos aqueles que,de alguma forma, contriburam

    para a concretizaodeste trabalho.

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    AGRADECIMENTOS

    Uma pessoa que admiro muito me disse que no precisoagradecer entre amigos. Ouso dela discordar por duas razes.

    Em primeiro lugar, porque o ato de agradecer que significamostrar gratido (por algo) [a algum] pressupe sua enunciao.Em segundo lugar, porque denota, ao mesmo tempo, que uma metafoi alcanada e que o xito somente foi possvel graas ao auxlio demuitas pessoas.

    Na jornada entre a elaborao da tese de doutorado que deu ori-gem a esta obra e a sua publicao, pude contar com a contribuio de

    muitas pessoas, sem as quais certamente esse sonho no se teriarealizado.

    Muito tenho a agradecer minha querida orientadora, FlviaPiovesan, no apenas por sempre ter estimulado minha trajetriaacadmica e me incentivado a buscar novos desafios, mas, sobretudo,por fazer parte dos captulos mais significativos da minha vida.

    Aos amigos dos escritrios associados de advocacia RUBENSNAVES SANTOS JR. HESKETH agradeo pelo apoio constante.Um agradecimento especial merece ser feito ao estimado Dr. TitoHesketh, pelas lies de Direito e de vida, por nosso rico convvio epelas palavras de incentivo.

    s FACULDADES INTEGRADAS RIO BRANCO agradeo, napessoa do Coordenador do Curso de Direito, Dr. Paulo Feuz, pela li-cena concedida para que a concluso deste estudo se fizesse possvel.

    A concluso desta obra no teria ocorrido ainda sem o importanteauxlio de minha equipe (Marcela Monteiro de Barros Guimares,Ana Cludia Pires Teixeira, Tatiana Garlando e Chadya Taha Mei),que to competentemente conduziu as questes do dia a dia no es-critrio durante minha ausncia. Marcela sou especialmente grata,no somente por ter-me substitudo na conduo da rea, ter

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    gentilmente lido e opinado sobre vrios trechos desta obra, mas,sobretudo, por nossa especial amizade.

    A todos os que me auxiliaram na transposio de obstculos dur-ante a elaborao deste estudo expresso o meu mais sincero agradeci-mento. Aos Professores Christian Courtis, Andr Ramos Tavares,

    Marcelo Figueiredo, Clarice Seixas Duarte agradeo imensamentepelas valiosas indicaes de textos e decises judiciais para oaprimoramento desta obra. Akemi, pela inestimvel ajuda no levan-tamento jurisprudencial e bibliogrfico. Ao Dr. Jos Roberto FerreiraGouva, por ter vislumbrado a potencialidade de sua publicao. AoMinistro Jos Mcio Monteiro Filho, por ter a especial honra de t-locomo o prefaciador desta obra e pela oportunidade de nossos dilo-

    gos, sempre to enriquecedores e repletos de ensinamentos.Aos meus pais, Antnio Gotti Neto e Teresinha Passos Gotti,

    agradeo por terem despertado em mim, desde criana, o amor peloestudo, e pelo exemplo constante de persistncia e dedicao. s min-has irms, Marina Passos Gotti e Carina Passos Gotti, sou grata pornossa cumplicidade. Ao Ivan Bar e Ana Lcia Arduin, por nossaamizade de sempre.

    Finalmente, ao Felipe Gotti Bontempo e ao Eduardo Gotti Bon-tempo, meumnimo existencial, devo um agradecimento todo espe-cial por vocs colorirem e ressignificarem minha vida a cadainstante.

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    PREFCIO

    Durante determinado dia, envolto no cotidiano de Ministro doTCU, julgando processos, despachando, recebendo advogados e s

    voltas com o dia a dia do gabinete, sou interrompido pela secretria,anunciando a minha prxima audincia.

    Para minha surpresa deparo-me com uma figura singular de umaadvogada, que no estava ali para exercitar o seu mister de patrocinaruma causa, promovendo a defesa do seu constituinte, mas para trazerde forma iluminada ao meu conhecimento a sua tese de doutoradotransformada em livro. Tese que versa sobre a defesa intransigente da

    progressividade dos direitos sociais.Estou por me referir Doutora Alessandra Gotti.A partir da comeo a conhecer melhor esta j festejada autora,

    tornando-me um vido ouvinte. Com grande entusiasmo e clareza eladiscorre sobre o seu livro, enfocando de maneira privilegiada oaprimoramento dos direitos sociais em nosso pas.

    O tempo passa e no me apercebo, tudo fruto da leveza da autoraem contemplar um assunto to importante e ao mesmo tempo com-plexo de forma to apaixonada e culta.

    Ato contnuo sou transportado da condio de ouvinte para ohonroso papel de prefaciador desta obra, que tanto engrandece a cul-tura do nosso pas, ao mesmo tempo que reala a trajetria acadmicade Alessandra, repleta de talento e mesclada por seu encantamentopelos direitos humanos.

    Com rara felicidade, a autora traz a lume na sua obra a aplicaoprogressiva dos direitos sociais, mostrando a imperiosa necessidadede que no haja em hiptese nenhuma o retrocesso social, inibindopor conseguinte a inao do Estado.

    Como homem pblico de um passado parlamentar no to dis-tante e hoje no exerccio da honrosa magistratura do TCU, reconheo

    que a obra da autora no s importante para a literatura jurdica e

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    para os operadores do Direito, mas tambm para a AdministraoPblica, cumpridora de normas, e para o Parlamento brasileiro, noseu processo democrtico de construo de um arcabouo legal quepermita a regulao da vida em sociedade de forma mais igualitria ejusta.

    Os direitos sociais devem fazer parte constante das polticaspblicas, das agendas de governo, das iniciativas incorruptveis, sri-as e valiosas, que visem a minorar o desequilbrio social em nossopas e no mundo.

    Esta obra se avulta no s pelo grande valor literrio, mas pelocontributo que d ao Estado Brasileiro a possibilidade de alicerar ospilares de uma poltica social sempre voltada para a prevalncia da

    igualdade e do bem-estar de todos, independentemente de suasclasses sociais.

    Agradeo autora o privilgio de ter prefaciado o seu livro, torico em ensinamentos, to robusto em exemplos, tudo de grande valiapara aqueles que passaro a emprestar os seus conhecimentos e a suacapacidade de trabalho na busca incessante pela mantena da dignid-ade humana pelo contnuo fortalecimento das polticas sociais no m-

    bito do Estado Brasileiro.

    Jos Mcio Monteiro FilhoMinistro do Tribunal de Contas da Unio

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    SUMRIO

    Agradecimentos

    Prefcio

    Apresentao

    1. INTRODUO

    Parte ITEORIA GERAL DOS DIREITOS SOCIAIS

    2. DESENVOLVIMENTO HISTRICO, FUNDAMENTO E CONCEITODOS DIREITOS SOCIAIS

    2.1. O desenvolvimento histrico dos direitos sociais: do modelo deEstado Liberal ao modelo de Estado Social

    2.2. A crise do Estado Social

    2.3. O fundamento dos direitos sociais2.4. O conceito dos direitos sociais

    3. REGIME JURDICO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS3.1. O regime jurdico dos direitos fundamentais

    3.1.1. A fundamentalidade social e jurdica do princpio da dig-nidade da pessoa humana

    http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-1.html#AGRADECIMENTOShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-2.html#PREF-CIOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-4.html#APRESENTA--Ohttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-5.html#x1.-INTRODU--Ohttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-6.html#PARTE-I---TEORIA-GERAL-DOS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-6.html#PARTE-I---TEORIA-GERAL-DOS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-7.html#x2.-DESENVOLVIMENTO-HIST-RICO--FUNDAMENTO-E-CONCEITO-DOS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-7.html#x2.-DESENVOLVIMENTO-HIST-RICO--FUNDAMENTO-E-CONCEITO-DOS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-7.html#x2.1.-O-DESENVOLVIMENTO-HIST-RICO-DOS-DIREITOS-SOCIAIS--DO-MODELO-DE-ESTADO-LIBERAL-AO-MODELO-DE-ESTAhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-7.html#x2.1.-O-DESENVOLVIMENTO-HIST-RICO-DOS-DIREITOS-SOCIAIS--DO-MODELO-DE-ESTADO-LIBERAL-AO-MODELO-DE-ESTAhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-7.html#x2.2.-A-CRISE-DO-ESTADO-SOCIALhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-7.html#x2.3.-O-FUNDAMENTO-DOS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-7.html#x2.4.-O-CONCEITO-DOS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-8.html#x3.-REGIME-JUR-DICO-DOS-DIREITOS-FUNDAMENTAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-8.html#x3.1.-O-REGIME-JUR-DICO-DOS-DIREITOS-FUNDAMENTAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-8.html#x3.1.1.-A-fundamentalidade-social-e-jur-dica-do-princ-pio-da-dignidade-da-pessoa-humanahttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-8.html#x3.1.1.-A-fundamentalidade-social-e-jur-dica-do-princ-pio-da-dignidade-da-pessoa-humanahttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-8.html#x3.1.1.-A-fundamentalidade-social-e-jur-dica-do-princ-pio-da-dignidade-da-pessoa-humanahttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-8.html#x3.1.1.-A-fundamentalidade-social-e-jur-dica-do-princ-pio-da-dignidade-da-pessoa-humanahttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-8.html#x3.1.-O-REGIME-JUR-DICO-DOS-DIREITOS-FUNDAMENTAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-8.html#x3.-REGIME-JUR-DICO-DOS-DIREITOS-FUNDAMENTAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-7.html#x2.4.-O-CONCEITO-DOS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-7.html#x2.3.-O-FUNDAMENTO-DOS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-7.html#x2.2.-A-CRISE-DO-ESTADO-SOCIALhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-7.html#x2.1.-O-DESENVOLVIMENTO-HIST-RICO-DOS-DIREITOS-SOCIAIS--DO-MODELO-DE-ESTADO-LIBERAL-AO-MODELO-DE-ESTAhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-7.html#x2.1.-O-DESENVOLVIMENTO-HIST-RICO-DOS-DIREITOS-SOCIAIS--DO-MODELO-DE-ESTADO-LIBERAL-AO-MODELO-DE-ESTAhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-7.html#x2.-DESENVOLVIMENTO-HIST-RICO--FUNDAMENTO-E-CONCEITO-DOS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-7.html#x2.-DESENVOLVIMENTO-HIST-RICO--FUNDAMENTO-E-CONCEITO-DOS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-6.html#PARTE-I---TEORIA-GERAL-DOS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-6.html#PARTE-I---TEORIA-GERAL-DOS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-5.html#x1.-INTRODU--Ohttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-4.html#APRESENTA--Ohttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-2.html#PREF-CIOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-1.html#AGRADECIMENTOS
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    3.1.2. O princpio da aplicabilidade imediata: a juridicidade re-forada contemplada no art. 5, 1, da Constituio de1988

    3.1.3. A sua intangibilidade: limites materiais reforma con-stitucional previstos no art. 60, 4, IV, da Constitu-

    io de 1988

    4. REGIME JURDICO DOS DIREITOS SOCIAIS4.1. O regime jurdico peculiar dos direitos sociais4.2. O princpio da observncia do ncleo essencial dos direitos so-

    ciais (minimum core obligation)4.3. O princpio da utilizao do mximo dos recursos disponveis

    4.3.1. A teoria da reserva do possvel4.3.2. A teoria da reserva do possvel e o ncleo essencial dosdireitos sociais

    4.4. Os princpios da implementao progressiva e da proibio doretrocesso social

    4.5. O princpio hermenuticoin dubio pro justitia socialis

    Parte IIOS PRINCPIOS DA IMPLEMENTAO

    PROGRESSIVA E DA PROIBIO DO RETROCESSO

    SOCIAL NO MBITO DO DIREITO INTERNO EINTERNACIONAL

    5. CONTORNOS JURDICOS DOS PRINCPIOS DA IMPLEMENTAOPROGRESSIVA E DA PROIBIO DO RETROCESSO SOCIAL NO

    MBITO DO DIREITO INTERNO E INTERNACIONAL

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    http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-8.html#x3.1.2.-O-princ-pio-da-aplicabilidade-imediata--a-juridicidade-refor-ada-contemplada-no-art.-5-----1-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-8.html#x3.1.2.-O-princ-pio-da-aplicabilidade-imediata--a-juridicidade-refor-ada-contemplada-no-art.-5-----1-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-8.html#x3.1.2.-O-princ-pio-da-aplicabilidade-imediata--a-juridicidade-refor-ada-contemplada-no-art.-5-----1-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-8.html#x3.1.3.-A-sua-intangibilidade--limites-materiais---reforma-constitucional-previstos-no-art.-60----4--http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-8.html#x3.1.3.-A-sua-intangibilidade--limites-materiais---reforma-constitucional-previstos-no-art.-60----4--http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-8.html#x3.1.3.-A-sua-intangibilidade--limites-materiais---reforma-constitucional-previstos-no-art.-60----4--http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.-REGIME-JUR-DICO-DOS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.1.-O-REGIME-JUR-DICO-PECULIAR-DOS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.2.-O-PRINC-PIO-DA-OBSERV-NCIA-DO-N-CLEO-ESSENCIAL-DOS-DIREITOS-SOCIAIS--MINIMUM-CORE-OBLIGATION-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.2.-O-PRINC-PIO-DA-OBSERV-NCIA-DO-N-CLEO-ESSENCIAL-DOS-DIREITOS-SOCIAIS--MINIMUM-CORE-OBLIGATION-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.2.-O-PRINC-PIO-DA-OBSERV-NCIA-DO-N-CLEO-ESSENCIAL-DOS-DIREITOS-SOCIAIS--MINIMUM-CORE-OBLIGATION-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.2.-O-PRINC-PIO-DA-OBSERV-NCIA-DO-N-CLEO-ESSENCIAL-DOS-DIREITOS-SOCIAIS--MINIMUM-CORE-OBLIGATION-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.3.-O-PRINC-PIO-DA-UTILIZA--O-DO-M-XIMO-DOS-RECURSOS-DISPON-VEIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.3.1.-A-teoria-da--reserva-do-poss-vel-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.3.2.-A-teoria-da--reserva-do-poss-vel--e-o-n-cleo-essencial-dos-direitos-sociaishttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.3.2.-A-teoria-da--reserva-do-poss-vel--e-o-n-cleo-essencial-dos-direitos-sociaishttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.4.-OS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIALhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.4.-OS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIALhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.5.-O-PRINC-PIO-HERMEN-UTICO-IN-DUBIO-PRO-JUSTITIA-SOCIALIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.5.-O-PRINC-PIO-HERMEN-UTICO-IN-DUBIO-PRO-JUSTITIA-SOCIALIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-10.html#PARTE-II---OS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIAL-NO--MBITOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-10.html#PARTE-II---OS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIAL-NO--MBITOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-10.html#PARTE-II---OS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIAL-NO--MBITOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-10.html#PARTE-II---OS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIAL-NO--MBITOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-10.html#PARTE-II---OS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIAL-NO--MBITOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.-CONTORNOS-JUR-DICOS-DOS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.-CONTORNOS-JUR-DICOS-DOS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.-CONTORNOS-JUR-DICOS-DOS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.-CONTORNOS-JUR-DICOS-DOS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.-CONTORNOS-JUR-DICOS-DOS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.-CONTORNOS-JUR-DICOS-DOS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-10.html#PARTE-II---OS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIAL-NO--MBITOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-10.html#PARTE-II---OS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIAL-NO--MBITOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-10.html#PARTE-II---OS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIAL-NO--MBITOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-10.html#PARTE-II---OS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIAL-NO--MBITOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-10.html#PARTE-II---OS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIAL-NO--MBITOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.5.-O-PRINC-PIO-HERMEN-UTICO-IN-DUBIO-PRO-JUSTITIA-SOCIALIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.4.-OS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIALhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.4.-OS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIALhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.3.2.-A-teoria-da--reserva-do-poss-vel--e-o-n-cleo-essencial-dos-direitos-sociaishttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.3.2.-A-teoria-da--reserva-do-poss-vel--e-o-n-cleo-essencial-dos-direitos-sociaishttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.3.1.-A-teoria-da--reserva-do-poss-vel-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.3.-O-PRINC-PIO-DA-UTILIZA--O-DO-M-XIMO-DOS-RECURSOS-DISPON-VEIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.2.-O-PRINC-PIO-DA-OBSERV-NCIA-DO-N-CLEO-ESSENCIAL-DOS-DIREITOS-SOCIAIS--MINIMUM-CORE-OBLIGATION-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.2.-O-PRINC-PIO-DA-OBSERV-NCIA-DO-N-CLEO-ESSENCIAL-DOS-DIREITOS-SOCIAIS--MINIMUM-CORE-OBLIGATION-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.1.-O-REGIME-JUR-DICO-PECULIAR-DOS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-9.html#x4.-REGIME-JUR-DICO-DOS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-8.html#x3.1.3.-A-sua-intangibilidade--limites-materiais---reforma-constitucional-previstos-no-art.-60----4--http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-8.html#x3.1.3.-A-sua-intangibilidade--limites-materiais---reforma-constitucional-previstos-no-art.-60----4--http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-8.html#x3.1.3.-A-sua-intangibilidade--limites-materiais---reforma-constitucional-previstos-no-art.-60----4--http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-8.html#x3.1.2.-O-princ-pio-da-aplicabilidade-imediata--a-juridicidade-refor-ada-contemplada-no-art.-5-----1-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-8.html#x3.1.2.-O-princ-pio-da-aplicabilidade-imediata--a-juridicidade-refor-ada-contemplada-no-art.-5-----1-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-8.html#x3.1.2.-O-princ-pio-da-aplicabilidade-imediata--a-juridicidade-refor-ada-contemplada-no-art.-5-----1-
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    5.1. A Constituio de 1988 e os direitos fundamentais: notaspanormicas

    5.2. Os tratados internacionais e o Direito brasileiro5.3. O princpio da proibio do retrocesso social: breves

    consideraes

    5.4. Delineamentos dos princpios da implementao progressiva eda proibio do retrocesso social: anlise de seu fundamentojurdico5.4.1. O fundamento jurdico na viso restrita Carta de 19885.4.2. O fundamento jurdico na viso ampla do ordenamento

    jurdico: o recurso aos tratados internacionais5.5. O contedo material e o alcance dos princpios da imple-

    mentao progressiva e da proibio do retrocesso social5.5.1. O retrocesso normativo e o retrocesso de resultados5.6. As implicaes jurdicas do retrocesso social

    5.6.1. A presuno de inconstitucionalidade5.6.2. A inverso do nus da prova5.6.3. Os limites argumentativos do Estado

    Parte IIIMECANISMOS DE AFERIO DE RESULTADO

    6. DIREITO INFORMAO6.1. Breves consideraes sobre os mecanismos de aferio6.2. As dimenses do direito informao6.3. O direito informao e os direitos sociais6.4. O planejamento e as prioridades legais

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    http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.1.-A-CONSTITUI--O-DE-1988-E-OS-DIREITOS-FUNDAMENTAIS--NOTAS-PANOR-MICAShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.1.-A-CONSTITUI--O-DE-1988-E-OS-DIREITOS-FUNDAMENTAIS--NOTAS-PANOR-MICAShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.2.-OS-TRATADOS-INTERNACIONAIS-E-O-DIREITO-BRASILEIROhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.3.-O-PRINC-PIO-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIAL--BREVES-CONSIDERA--EShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.3.-O-PRINC-PIO-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIAL--BREVES-CONSIDERA--EShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.4.-DELINEAMENTOS-DOS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIAL-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.4.-DELINEAMENTOS-DOS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIAL-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.4.-DELINEAMENTOS-DOS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIAL-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.4.1.-O-fundamento-jur-dico-na-vis-o-restrita---Carta-de-1988http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.4.2.-O-fundamento-jur-dico-na-vis-o-ampla-do-ordenamento-jur-dico--o-recurso-aos-tratados-internachttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.4.2.-O-fundamento-jur-dico-na-vis-o-ampla-do-ordenamento-jur-dico--o-recurso-aos-tratados-internachttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.5.-O-CONTE-DO-MATERIAL-E-O-ALCANCE-DOS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-Rhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.5.-O-CONTE-DO-MATERIAL-E-O-ALCANCE-DOS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-Rhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.5.1.-O-retrocesso-normativo-e-o-retrocesso-de-resultadoshttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.6.-AS-IMPLICA--ES-JUR-DICAS-DO-RETROCESSO-SOCIALhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.6.1.-A-presun--o-de-inconstitucionalidadehttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.6.2.-A-invers-o-do--nus-da-provahttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.6.3.-Os-limites-argumentativos-do-Estadohttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-12.html#PARTE-III---MECANISMOS-DE-AFERI--O-DE-RESULTADOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-12.html#PARTE-III---MECANISMOS-DE-AFERI--O-DE-RESULTADOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.-DIREITO---INFORMA--Ohttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.1.-BREVES-CONSIDERA--ES-SOBRE-OS-MECANISMOS-DE-AFERI--Ohttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.2.-AS-DIMENS-ES-DO-DIREITO---INFORMA--Ohttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.3.-O-DIREITO---INFORMA--O-E-OS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.4.-O-PLANEJAMENTO-E-AS-PRIORIDADES-LEGAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.4.-O-PLANEJAMENTO-E-AS-PRIORIDADES-LEGAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.3.-O-DIREITO---INFORMA--O-E-OS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.2.-AS-DIMENS-ES-DO-DIREITO---INFORMA--Ohttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.1.-BREVES-CONSIDERA--ES-SOBRE-OS-MECANISMOS-DE-AFERI--Ohttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.-DIREITO---INFORMA--Ohttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-12.html#PARTE-III---MECANISMOS-DE-AFERI--O-DE-RESULTADOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-12.html#PARTE-III---MECANISMOS-DE-AFERI--O-DE-RESULTADOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.6.3.-Os-limites-argumentativos-do-Estadohttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.6.2.-A-invers-o-do--nus-da-provahttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.6.1.-A-presun--o-de-inconstitucionalidadehttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.6.-AS-IMPLICA--ES-JUR-DICAS-DO-RETROCESSO-SOCIALhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.5.1.-O-retrocesso-normativo-e-o-retrocesso-de-resultadoshttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.5.-O-CONTE-DO-MATERIAL-E-O-ALCANCE-DOS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-Rhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.5.-O-CONTE-DO-MATERIAL-E-O-ALCANCE-DOS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-Rhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.4.2.-O-fundamento-jur-dico-na-vis-o-ampla-do-ordenamento-jur-dico--o-recurso-aos-tratados-internachttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.4.2.-O-fundamento-jur-dico-na-vis-o-ampla-do-ordenamento-jur-dico--o-recurso-aos-tratados-internachttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.4.1.-O-fundamento-jur-dico-na-vis-o-restrita---Carta-de-1988http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.4.-DELINEAMENTOS-DOS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIAL-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.4.-DELINEAMENTOS-DOS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIAL-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.4.-DELINEAMENTOS-DOS-PRINC-PIOS-DA-IMPLEMENTA--O-PROGRESSIVA-E-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIAL-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.3.-O-PRINC-PIO-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIAL--BREVES-CONSIDERA--EShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.3.-O-PRINC-PIO-DA-PROIBI--O-DO-RETROCESSO-SOCIAL--BREVES-CONSIDERA--EShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.2.-OS-TRATADOS-INTERNACIONAIS-E-O-DIREITO-BRASILEIROhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.1.-A-CONSTITUI--O-DE-1988-E-OS-DIREITOS-FUNDAMENTAIS--NOTAS-PANOR-MICAShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-11.html#x5.1.-A-CONSTITUI--O-DE-1988-E-OS-DIREITOS-FUNDAMENTAIS--NOTAS-PANOR-MICAS
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    6.4.1. O planejamento e o desenvolvimento social: a per-spectiva da concretizao de direitos

    6.5. A elaborao, aprovao e execuo do oramento6.5.1. O oramento como instrumento de realizao dos direit-

    os sociais

    6.6. As polticas pblicas6.6.1. As polticas pblicas e os direitos sociais6.7. Uma concluso preliminar: a importncia do direito inform-

    ao para a garantia dos direitos sociais

    7. INDICADORES SOCIAIS7.1. Os indicadores sociais como mecanismo de aferio

    7.2. Indicadores: conceito, caractersticas e espcies7.3. Os indicadores e os direitos sociais7.4. Breves consideraes sobre os indicadores sociais no mbito

    internacional7.4.1. A discusso sobre a elaborao dos indicadores sociais

    no mbito do Sistema Global (ONU)7.4.2. A discusso sobre a elaborao dos indicadores sociais

    no mbito do Sistema Regional Interamericano (OEA)7.5. Breves consideraes sobre os indicadores sociais no Brasil7.6. Uma concluso preliminar: a importncia dos indicadores para

    a garantia da eficincia e transparncia

    8. PRINCPIO DA PROPORCIONALIDADE8.1. O princpio da proporcionalidade como mecanismo de aferio

    8.2. Breves consideraes sobre o princpio da proporcionalidade8.2.1. Distines entre o princpio da razoabilidade e o princ-

    pio da proporcionalidade8.2.2. Fundamento constitucional do princpio da

    proporcionalidade8.3. O princpio da proporcionalidade e seus subprincpios

    8.3.1. O subprincpio da conformidade ou adequao dos

    meios empregados

    14/393

    http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.4.1.-O-planejamento-e-o-desenvolvimento-social--a-perspectiva-da-concretiza--o-de-direitoshttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.4.1.-O-planejamento-e-o-desenvolvimento-social--a-perspectiva-da-concretiza--o-de-direitoshttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.5.-A-ELABORA--O--APROVA--O-E-EXECU--O-DO-OR-AMENTOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.5.1.-O-or-amento-como-instrumento-de-realiza--o-dos-direitos-sociaishttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.5.1.-O-or-amento-como-instrumento-de-realiza--o-dos-direitos-sociaishttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.6.-AS-POL-TICAS-P-BLICAShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.6.1.-As-pol-ticas-p-blicas-e-os-direitos-sociaishttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.7.-UMA-CONCLUS-O-PRELIMINAR--A-IMPORT-NCIA-DO-DIREITO---INFORMA--O-PARA-A-GARANTIA-DOS-DIREITOS-SOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.7.-UMA-CONCLUS-O-PRELIMINAR--A-IMPORT-NCIA-DO-DIREITO---INFORMA--O-PARA-A-GARANTIA-DOS-DIREITOS-SOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.-INDICADORES-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.1.-OS-INDICADORES-SOCIAIS-COMO-MECANISMO-DE-AFERI--Ohttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.2.-INDICADORES--CONCEITO--CARACTER-STICAS-E-ESP-CIEShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.3.-OS-INDICADORES-E-OS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.4.-BREVES-CONSIDERA--ES-SOBRE-OS-INDICADORES-SOCIAIS-NO--MBITO-INTERNACIONALhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.4.-BREVES-CONSIDERA--ES-SOBRE-OS-INDICADORES-SOCIAIS-NO--MBITO-INTERNACIONALhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.4.1.-A-discuss-o-sobre-a-elabora--o-dos-indicadores-sociais-no--mbito-do-Sistema-Global--ONU-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.4.1.-A-discuss-o-sobre-a-elabora--o-dos-indicadores-sociais-no--mbito-do-Sistema-Global--ONU-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.4.2.-A-discuss-o-sobre-a-elabora--o-dos-indicadores-sociais-no--mbito-do-Sistema-Regional-Interamehttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.4.2.-A-discuss-o-sobre-a-elabora--o-dos-indicadores-sociais-no--mbito-do-Sistema-Regional-Interamehttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.5.-BREVES-CONSIDERA--ES-SOBRE-OS-INDICADORES-SOCIAIS-NO-BRASILhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.6.-UMA-CONCLUS-O-PRELIMINAR--A-IMPORT-NCIA-DOS-INDICADORES-PARA-A-GARANTIA-DA-EFICI-NCIA-E-TRANSPAhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.6.-UMA-CONCLUS-O-PRELIMINAR--A-IMPORT-NCIA-DOS-INDICADORES-PARA-A-GARANTIA-DA-EFICI-NCIA-E-TRANSPAhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.-PRINC-PIO-DA-PROPORCIONALIDADEhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.1.-O-PRINC-PIO-DA-PROPORCIONALIDADE-COMO-MECANISMO-DE-AFERI--Ohttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.2.-BREVES-CONSIDERA--ES-SOBRE-O-PRINC-PIO-DA-PROPORCIONALIDADEhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.2.1.-Distin--es-entre-o-princ-pio-da-razoabilidade-e-o-princ-pio-da-proporcionalidadehttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.2.1.-Distin--es-entre-o-princ-pio-da-razoabilidade-e-o-princ-pio-da-proporcionalidadehttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.2.2.-Fundamento-constitucional-do-princ-pio-da-proporcionalidadehttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.2.2.-Fundamento-constitucional-do-princ-pio-da-proporcionalidadehttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.3.-O-PRINC-PIO-DA-PROPORCIONALIDADE-E-SEUS-SUBPRINC-PIOShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.3.1.-O-subprinc-pio-da-conformidade-ou-adequa--o-dos-meios-empregadoshttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.3.1.-O-subprinc-pio-da-conformidade-ou-adequa--o-dos-meios-empregadoshttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.3.1.-O-subprinc-pio-da-conformidade-ou-adequa--o-dos-meios-empregadoshttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.3.1.-O-subprinc-pio-da-conformidade-ou-adequa--o-dos-meios-empregadoshttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.3.-O-PRINC-PIO-DA-PROPORCIONALIDADE-E-SEUS-SUBPRINC-PIOShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.2.2.-Fundamento-constitucional-do-princ-pio-da-proporcionalidadehttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.2.2.-Fundamento-constitucional-do-princ-pio-da-proporcionalidadehttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.2.1.-Distin--es-entre-o-princ-pio-da-razoabilidade-e-o-princ-pio-da-proporcionalidadehttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.2.1.-Distin--es-entre-o-princ-pio-da-razoabilidade-e-o-princ-pio-da-proporcionalidadehttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.2.-BREVES-CONSIDERA--ES-SOBRE-O-PRINC-PIO-DA-PROPORCIONALIDADEhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.1.-O-PRINC-PIO-DA-PROPORCIONALIDADE-COMO-MECANISMO-DE-AFERI--Ohttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.-PRINC-PIO-DA-PROPORCIONALIDADEhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.6.-UMA-CONCLUS-O-PRELIMINAR--A-IMPORT-NCIA-DOS-INDICADORES-PARA-A-GARANTIA-DA-EFICI-NCIA-E-TRANSPAhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.6.-UMA-CONCLUS-O-PRELIMINAR--A-IMPORT-NCIA-DOS-INDICADORES-PARA-A-GARANTIA-DA-EFICI-NCIA-E-TRANSPAhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.5.-BREVES-CONSIDERA--ES-SOBRE-OS-INDICADORES-SOCIAIS-NO-BRASILhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.4.2.-A-discuss-o-sobre-a-elabora--o-dos-indicadores-sociais-no--mbito-do-Sistema-Regional-Interamehttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.4.2.-A-discuss-o-sobre-a-elabora--o-dos-indicadores-sociais-no--mbito-do-Sistema-Regional-Interamehttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.4.1.-A-discuss-o-sobre-a-elabora--o-dos-indicadores-sociais-no--mbito-do-Sistema-Global--ONU-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.4.1.-A-discuss-o-sobre-a-elabora--o-dos-indicadores-sociais-no--mbito-do-Sistema-Global--ONU-http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.4.-BREVES-CONSIDERA--ES-SOBRE-OS-INDICADORES-SOCIAIS-NO--MBITO-INTERNACIONALhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.4.-BREVES-CONSIDERA--ES-SOBRE-OS-INDICADORES-SOCIAIS-NO--MBITO-INTERNACIONALhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.3.-OS-INDICADORES-E-OS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.2.-INDICADORES--CONCEITO--CARACTER-STICAS-E-ESP-CIEShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.1.-OS-INDICADORES-SOCIAIS-COMO-MECANISMO-DE-AFERI--Ohttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-14.html#x7.-INDICADORES-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.7.-UMA-CONCLUS-O-PRELIMINAR--A-IMPORT-NCIA-DO-DIREITO---INFORMA--O-PARA-A-GARANTIA-DOS-DIREITOS-SOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.7.-UMA-CONCLUS-O-PRELIMINAR--A-IMPORT-NCIA-DO-DIREITO---INFORMA--O-PARA-A-GARANTIA-DOS-DIREITOS-SOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.6.1.-As-pol-ticas-p-blicas-e-os-direitos-sociaishttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.6.-AS-POL-TICAS-P-BLICAShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.5.1.-O-or-amento-como-instrumento-de-realiza--o-dos-direitos-sociaishttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.5.1.-O-or-amento-como-instrumento-de-realiza--o-dos-direitos-sociaishttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.5.-A-ELABORA--O--APROVA--O-E-EXECU--O-DO-OR-AMENTOhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.4.1.-O-planejamento-e-o-desenvolvimento-social--a-perspectiva-da-concretiza--o-de-direitoshttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-13.html#x6.4.1.-O-planejamento-e-o-desenvolvimento-social--a-perspectiva-da-concretiza--o-de-direitos
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    8.3.2. O subprincpio da necessidade ou da exigibilidade damedida adotada

    8.3.3. O subprincpio da proporcionalidade em sentido estrito8.4. O princpio da proporcionalidade e os direitos sociais8.5. Uma concluso preliminar: o papel do princpio da proporcion-

    alidade na identificao do retrocesso social

    9. CONCLUSO

    Referncias

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    http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.3.2.-O-subprinc-pio-da-necessidade-ou-da-exigibilidade-da-medida-adotadahttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.3.2.-O-subprinc-pio-da-necessidade-ou-da-exigibilidade-da-medida-adotadahttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.3.3.-O-subprinc-pio-da-proporcionalidade-em-sentido-estritohttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.4.-O-PRINC-PIO-DA-PROPORCIONALIDADE-E-OS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.5.-UMA-CONCLUS-O-PRELIMINAR--O-PAPEL-DO-PRINC-PIO-DA-PROPORCIONALIDADE-NA-IDENTIFICA--O-DO-RETROCEhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.5.-UMA-CONCLUS-O-PRELIMINAR--O-PAPEL-DO-PRINC-PIO-DA-PROPORCIONALIDADE-NA-IDENTIFICA--O-DO-RETROCEhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-16.html#x9.-CONCLUS-Ohttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-17.html#REFER-NCIAShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-17.html#REFER-NCIAShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-16.html#x9.-CONCLUS-Ohttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.5.-UMA-CONCLUS-O-PRELIMINAR--O-PAPEL-DO-PRINC-PIO-DA-PROPORCIONALIDADE-NA-IDENTIFICA--O-DO-RETROCEhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.5.-UMA-CONCLUS-O-PRELIMINAR--O-PAPEL-DO-PRINC-PIO-DA-PROPORCIONALIDADE-NA-IDENTIFICA--O-DO-RETROCEhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.4.-O-PRINC-PIO-DA-PROPORCIONALIDADE-E-OS-DIREITOS-SOCIAIShttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.3.3.-O-subprinc-pio-da-proporcionalidade-em-sentido-estritohttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.3.2.-O-subprinc-pio-da-necessidade-ou-da-exigibilidade-da-medida-adotadahttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_1/OEBPS/Text/direitos_sociais-15.html#x8.3.2.-O-subprinc-pio-da-necessidade-ou-da-exigibilidade-da-medida-adotada
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    APRESENTAO

    Conheci a autora Alessandra Gotti ainda como aluna, quandoministrava a disciplina de Direitos Humanos, na Faculdade de Direito

    da PUCSP, em 1996. Na qualidade de professora, desde logo, pudeidentificar sua especial vocao acadmica, sua inquietude, sua curi-osidade e sua extraordinria capacidade para a pesquisa jurdica.Desde aqueles tempos, a autora j expressava sua preocupao com aefetividade dos direitos sociais, refletindo acerca de sua proteo nosplanos interno e internacional o que ensejou uma bolsa de iniciaocientfica sobre o tema, sob minha orgulhosa orientao, resultando

    em um primoroso estudo merecedor de prmio do CNPq na rea1.Estava, assim, j demarcada a trajetria acadmica de Alessandra

    Gotti, guiada pelo encantamento pelos direitos humanos e, sobre-tudo, pelo desafio de aprimorar a realizao dos direitos sociais. Dagraduao pavimentava-se o caminho natural de prosseguir, apro-fundar, avanar em suas investigaes direcionadas aos direitos soci-ais. Da o seu mestrado, tambm sob minha orientao, que deu

    frutos excelente dissertaoA eficcia e acionabilidade dos direit-os sociais: uma anlise luz da Constituio de 1988, defendida naPUCSP, em 2003, e posteriormente publicada.

    O livro que tenho a honra de apresentar expresso maiordessa destacada trajetria acadmica, simbolizando a entrega e a de-voo causa dos direitos sociais. Fruto de tese de doutorado defen-dida pela autora, na PUCSP, em 2009, a obra lastreada em umestudo consistente, denso e com elevado rigor metodolgico, agoraendereado aos mecanismos de aferio de resultado e controle doretrocesso social em matria de direitos sociais.

    Uma vez mais, na qualidade de orientadora da Alessandra, tenhoa maior alegria em, ao longo destes tantos anos, ter testemunhadosuas merecidas conquistas acadmicas, tendo delas participado ecompartilhado intensamente. Expresso, ainda, uma imensa gratido vida pela preciosa e sincera amizade construda h mais de uma

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    dcada, qual se somaram tantas ricas vivncias acadmicas, tendo aautora sido minha assistente nas disciplinas de Direitos Humanos eDireito Constitucional ministradas na Graduao e de Direitos Hu-manos ministrada na Ps-Graduao, na PUCSP, bem como inter-locutora e parceira em diversos estudos, pesquisas e obras jurdicas.

    Ao focar na temtica dos Direitos sociais: Fundamentos, regimejurdico, implementao e aferio de resultados, o estudo de Aless-andra Gotti adota como ponto de partida a teoria geral dos direitoshumanos, sustentando a aplicao aos direitos sociais do regimejurdico dos direitos fundamentais.

    luz desta racionalidade e principiologia, passa ao detido examedo princpio da aplicao progressiva e da proibio do retrocesso nos

    mbitos interno e internacional.Com base nessas reflexes, delineada a moldura na qual sero

    investigados os mecanismos de aferio de resultados, com destaqueao direito informao, aos indicadores sociais e ao princpio daproporcionalidade.

    Trata-se de um estudo inovador, consistente e com o mrito dequalificar extraordinariamente a literatura jurdica sobre o tema.

    Como membro do Grupo de Trabalho da OEA encarregado do monit-oramento do Protocolo de San Salvador em matria de direitos econ-micos, sociais e culturais, nosso desafio primeiro tem sido criar uminstrumental slido e confivel para mensurar a progressividade dosdireitos sociais. Tambm como membro do UN High Level TaskForce on the implementation of the right to development, no mesmosentido, o desafio tem sido adotar parmetros capazes de avaliar o

    cumprimento do direito ao desenvolvimento, com maior rigor meto-dolgico. nesta direo que o excepcional estudo da autora prestauma imensa contribuio, ao tecer um competente mergulho analticonos mecanismos de aferio de resultado e controle do retrocesso so-cial em matria de direitos sociais.

    Proteger a dignidade e prevenir o sofrimento humano, a fim deque toda e qualquer pessoa seja tratada com igual considerao e pro-fundo respeito, tendo o direito de desenvolver suas potencialidades

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    de forma livre, autnoma e plena traduz a essncia da luta por direit-

    os humanos. Para parafrasear Luigi Ferrajoli2, os direitos humanossimbolizam a lei do mais fraco contra a lei do mais forte, na expressode um contrapoder em face dos absolutismos, advenham do Estado,do setor privado ou mesmo da esfera domstica. Ovictim centric ap-

    proach a fonte de inspirao que move a arquitetura protetiva inter-nacional dos direitos humanos toda ela destinada a conferir a mel-hor e mais eficaz proteo s vtimas reais e potenciais de violao dedireitos.

    Nesse contexto, os direitos sociais tm reinventada a sua gramt-ica com a Declarao Universal de 1948, quando introduz a con-cepo contempornea de direitos humanos, marcada pela universal-

    idade e indivisibilidade desses direitos. Universalidade porque clamapela extenso universal dos direitos humanos, sob a crena de que acondio de pessoa o requisito nico para a titularidade de direitos,considerando o ser humano como um ser essencialmente moral, dot-ado de unicidade existencial e dignidade, esta como valor intrnseco condio humana. Indivisibilidade porque a garantia dos direitoscivis e polticos condio para a observncia dos direitos sociais,

    econmicos e culturais e vice-versa. Quando um deles violado, osdemais tambm o so. Os direitos humanos compem, assim, umaunidade indivisvel, interdependente e inter-relacionada, capaz deconjugar o catlogo de direitos civis e polticos com o catlogo dedireitos sociais, econmicos e culturais. Sob essa perspectiva integral,identificam-se dois impactos: a) a inter-relao e interdependnciadas diversas categorias de direitos humanos; e b) a paridade em grau

    de relevncia de direitos sociais, econmicos e culturais e de direitoscivis e polticos.

    Sob a perspectiva integral, como bem leciona a autora, aplica-seaos direitos sociais o regime jurdico dos direitos humanos, com sualgica e principiologia prprias. Extrai-se da jurisprudncia inter-nacional, produzida especialmente pelo Comit da ONU de DireitosEconmicos, Sociais e Culturais, 5 (cinco) relevantes princpios es-

    pecficos concernentes aos direitos sociais: a) o princpio da

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    observncia dominimum core obligation; b) o princpio da aplicaoprogressiva; c) o princpio da inverso do nus da prova; d) o princ-pio da participao, transparncia e accountability; e e) o princpioda cooperao internacional.

    Considerando o princpio da observncia dominimum core ob-

    ligation, dever dos Estados prover, ao menos, um ncleo essencialmnimo concernente aos direitos sociais, em defesa da prevalncia dadignidade humana. A respeito da implementao dos direitos sociais,o Comit DESC adota os seguintes critrios: acessibilidade; disponib-ilidade; adequao; qualidade e aceitabilidade cultural. O Comitainda tem desenvolvido o contedo jurdico dos direitos sociais(moradia recomendao geral n. 4; alimentao adequada re-

    comendao geral n. 12; sade recomendao geral n. 14; e edu-cao recomendao geral n. 13).

    A autora confere peculiar centralidade ao princpio da aplicaoprogressiva dos direitos sociais do qual decorrem os princpios daproibio do retrocesso social e da proibio da inao estatal. Isto ,do princpio da aplicao progressiva dos direitos sociais demanda-sedos Estados que aloquem o mximo de recursos disponveis para a

    implementao de tais direitos, disso decorrendo a proibio do ret-rocesso social e a proibio da inao estatal. A censura jurdica vi-olao ao princpio da aplicao progressiva dos direitos sociais pode,ademais, fundamentar-se no princpio da proporcionalidade, comdestaque afronta proporcionalidade estrita sob o prisma da proib-io da insuficincia. Note-se que, de acordo com o princpio da in-verso do nus da prova, cabe ao Estado comprovar que todas as me-

    didas necessrias esto sendo adotadas, no plano interno e inter-nacional, voltadas plena implementao dos direitos sociais, medi-ante a utilizao do mximo de recursos disponveis. Adicione-se que,em matria de direitos sociais, o princpio da cooperao internacion-al merece especial destaque. Vale dizer, alm das clssicas obrigaesde respeitar, proteger e implementar direitos, destaca-se a obrigaode cooperar isso porque, tal como o direito ao desenvolvimento, os

    direitos sociais tm como valor fundante a solidariedade, que, em

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    uma ordem cada vez mais global, invoca o dever de cooperaointernacional.

    Como reala a obra, indicadores tcnico-cientficos para mensur-ar a progressividade na aplicao dos direitos sociais surgem comouma medida de especial relevncia voltada plena implementao

    desses direitos3. Alm de conferir maior rigor metodolgico, a utiliza-o de indicadores permite realizar o human rights impact assess-ment em relao s polticas, programas e medidas adotadas peloEstado, permitindo a accountabilitycom relao s obrigaes con-tradas pelo Estado no mbito internacional e domstico. Fomenta,ainda, a gerao de dados, estatsticas e informaes que compem abase slida para a composio de uma anlise detalhada sobre a pro-

    gressividade dos direitos sociais. Fundamental, nesse sentido, gerardados desagregados compreendendo os critrios de gnero, raa, et-nia, idade, orientao sexual, entre outros o que permitir aliarpolticas especiais a polticas universalistas. Por meio da utilizao deindicadores possvel identificar avanos, retrocessos e inaes dosPoderes Pblicos em matria de direitos sociais. condio paracompor um diagnstico preciso do enquadramento das aes e in-

    aes pblicas no marco dos direitos sociais, permitindo um balanocrtico de programas e medidas implementadas. a partir desse dia-gnstico preciso que tambm possvel identificar prioridades e es-tratgias visando ao aprimoramento da realizao de direitos sociais,o que poder compreender uma melhor e mais eficaz interlocuo dosPoderes Pblicos, mediante arranjos interinstitucionais orientados

    plena implementao dos direitos sociais4.

    Ademais, o componente democrtico essencial para a adoo depolticas pblicas em matria de direitos sociais. Tais polticas deveminspirar-se nos princpios da participao, transparncia e account-ability. Como explica Amartya Sen:political liberties and democrat-

    ic rights are among the constituent components of development5.Democracia requer participao poltica, dilogo e interao pblica,conferindo o direito voz aos grupos mais vulnerveis. No entenderde Jos Joaquim Gomes Canotilho: a ideia de procedimento/

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    processo continua a ser valorada como dimenso indissocivel dosdireitos fundamentais, acrescendo que a participao no e atravsdo procedimento j no um instrumento funcional e complementarda democracia, mas sim uma dimenso intrnseca dos direitos funda-

    mentais6.

    Inundada de felicidade e com orgulho transbordante, louvo apublicao desta excelente obra, lanada em uma realidade nacionalmarcada por acentuadas desigualdades e injustias sociais, inserida,por sua vez, em um contexto regional que ostenta a maiordesigualdade social do mundo. Com este livro, endossa-se a viso deque, se os direitos humanos no so um dado, mas um construdo, asviolaes a esses direitos tambm o so. As violaes, as excluses, as

    injustias so um construdo histrico a ser urgentemente descon-strudo. emergencial assumir o risco de romper com uma culturaque trivializa, naturaliza e banaliza a desigualdade e a excluso socialsob o trunfo da ao emancipatria e da capacidade criativa e trans-formadora de realidades.

    Vislumbra Hannah Arendt a vida como um milagre, o ser hu-mano como, ao mesmo tempo, um incio e um iniciador, acenando

    que possvel modificar pacientemente o deserto com as faculdadesda paixo e do agir. Afinal, se all human must die; each is born to

    begin7.

    So Paulo, 19 de setembro de 2011.

    Flvia PiovesanProfessora doutora em Direito Constitucional e DireitosHumanos

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    1A respeito, consultar Alessandra Passos Gotti e Janana Senne Martins,Direitos eco-nmicos, sociais e culturais: mecanismos de proteo no mbito interno e inter-nacional,Projeto de Iniciao Cientfica com bolsa acadmica concedida pelo Centrode Estudos e Pesquisa da PUCSP (CEPE-PUCSP), de 1996 a 1997. Projeto premiadoem 1 lugar no Encontro de Iniciao Cientfica PIBI/CNPq, CNPq/produtividade,FAPESP, CEPE, PET/CAPES, realizado na PUCSP entre 20 e 21-10-1998.

    2FERRAJOLI, Luigi. Diritti fondamentali: un dibattito teorico, a cura di ErmannoVitale. Roma, Bari: Laterza, 2002, p. 338.

    3 A respeito, consultar o documento Indicadores de progreso para medicin dederechos contemplados en el Protocolo de San Salvador, OEA/Ser.L/XXV.2.1, GT/PSSI/doc.2/11, 11-3-2011. Ver, ainda, report doUN High Level Task Force on the im-plementation of the right to development for the April 2010 session of the WorkingGroup, including the attributes of the right to development and the list of criteria,subcriteria and indicators A/HRC/15/WG.2/TF/2. Add 2.

    4Sobre o tema, destaca-se, a ttulo ilustrativo, audincia pblica no Supremo TribunalFederal do Brasil para debater as questes relativas s demandas judiciais que ob-jetivam prestaes de sade, contando com 49 especialistas, em abril de 2009. Posteri-

    ormente, o Conselho Nacional de Justia adotou a Resoluo n. 107, em 6-4-2010, in-stituindo o Frum Nacional do Judicirio para o monitoramento e resoluo das de-mandas de assistncia sade, com a atribuio de elaborar estudos e propor medidasconcretas e normativas para o aperfeioamento, o reforo efetividade dos processosjudiciais e preveno de novos conflitos. Destaca-se tambm a sistemtica de reen-vio, mediante a qual, em demandas de alta complexidade e litgios estruturais, cabe aoPoder Judicirio identificar os parmetros jurdicos a serem observados, remanes-cendo ao Poder Executivo avaliar, sob o prisma tcnico, a soluo concreta a ser dada o que expressa o dilogo entre os Poderes Pblicos na implementao dos direitossociais, como bem explica a autora.

    5SEN, Amartya.The idea of justice. Cambridge: Harvard University Press, 2009, p.347.Democracy is assessed in terms of public reasoning, which leads to an under-standing of democracy as government by discussion. But democracy must also beseen more generally in terms of capacity to enrich reasoned engagement through en-hancing informational availability and the feasibility of interactive discussions.Democracy has to be judged not just by the institutions that formally exist but by theextent to which different voices form diverse sections of the peoples can actually be

    heard(op. cit., p. XIII).

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    6CANOTILHO, Jos Joaquim Gomes.Estudos sobre direitos fundamentais. Coimbra:Coimbra Ed., 2008.

    7ARENDT, Hannah.The human condition.Chicago: The University of Chicago Press,1998. Para a autora: Fluindo na direo da morte, a vida humana arrastaria consigo,inevitavelmente, todas as coisas humanas para a runa e destruio, se no fosse a fac-uldade humana de interromp-las e iniciar algo novo, faculdade inerente ao como

    perene advertncia de que os homens, embora devam morrer, no nascem para mor-rer, mas para comear (ARENDT, Hannah. A condio humana. Traduo deRoberto Raposo. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitria, 2004, p. 258). Verainda da mesma autoraMen in dark times, New York: Harcourt Brace & Company,1995.

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    1. INTRODUO

    O objetivo deste estudo investigar a existncia de mecanismospara a aferio de resultado no processo de concretizao dos direitos

    sociais, sobretudo os que demandam prestaes estatais de naturezamaterial ou ftica1, com vistas a diagnosticar e coibir o retrocessosocial.

    Este tema alcana peculiar relevncia em face do perfil da Con-stituio de 1988, que delineia um Estado Democrtico e Social de

    Direito2 que expande a previso dos direitos sociais; compromete-secom mltiplos deveres consubstanciados na realizao de polticas

    pblicas3 e juridicamente vincula os Poderes Pblicos realizao demetas transformadoras da realidade social.

    A previso normativa dos direitos sociais assim como dos de-mais direitos fundamentais amplamente privilegiada pela Con-stituio de 1988 que, pela primeira vez na histria constitucionalbrasileira, eleva-os condio de direitos fundamentais, submetendo-

    os sistemtica e principiologia prprias dessa categoria de direitos.Somam-se ao catlogo de direitos consagrados na Constituio de1988 os direitos decorrentes dos tratados internacionais ratificadospelo Brasil em matria de direitos sociais, especialmente o Pacto In-

    ternacional de Direitos Econmicos, Sociais e Culturais (ONU)4, aConveno Americana de Direitos Humanos (Pacto de San Jos da

    Costa Rica OEA)5 e o Protocolo Adicional Conveno Americana

    de Direitos Humanos em Matria de Direitos Econmicos, Sociais eCulturais (Protocolo de San Salvador OEA)6.

    O endereamento ao Estado do dever de implementar os direitossociais que objetivam, sobretudo, o alcance da igualdade material,por meio da disponibilizao de condies fticas para tanto pres-supe o seu compromisso com o atingimento de resultados no mundoreal e, consequentemente, a prestao de contas sociedade das

    metas cumpridas ou a justificativa do seu descumprimento.

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    A preocupao com o atingimento de resultados mais do que

    em qualquer outra categoria de direitos fundamentais7 uma carac-terstica peculiar dos direitos sociais prestacionais e um elementonorteador do Estado Democrtico e Social de Direito, como o casodo Estado delineado pela Constituio Federal de 1988.

    Diferentemente da lgica interpretativa do Estado Liberal, noEstado Social prepondera uma interpretao voltada concretizaodas aspiraes sociais e comprometida com o monitoramento das

    metas dirigidas aos Poderes Pblicos8. A transposio da lgica doEstado Liberal ao Estado Social gera interpretaes incompatveis, jque neste ltimo, pela ampliao de suas tarefas no campo social, fundamental a existncia de um Estado forte e presente e no um

    Estado apequenado e ausente; alm disso, o Estado Social marcado ao lado dos tradicionais conflitos individuais e bilaterais por con-flitos de carter coletivo, plurilaterais, relacionados justia dis-

    tributiva9.Em grande medida, a origem da discutida crise do Estado Social

    remonta, usando as palavras de Luigi Ferrajoli, ao fato de no ter sidodesenvolvida uma normatividade especfica prpria do Estado Social;de no ter sido desenvolvida uma teoria de direito, nem muito menosuma teoria poltica do Estado Social de Direito; e de no ter sido con-struda uma estrutura institucional garantista anloga do velhoEstado Liberal de Direito e especificamente idnea para garantir osdireitos sociais correspondentes s novas funes e prestaes do

    Estado10.

    Com o arcabouo normativo dos direitos sociais tanto no mbitointerno quanto no internacional, decorrente do constitucionalismosocial do sculo XX, h no Poder Judicirio uma proliferao das de-mandas sociais, no s as de carter individual, mas, sobretudo, as re-lativas universalizao das polticas de distribuio de riquezas.

    Em face desse cenrio, e partindo-se do pressuposto de que os

    direitos sociais so plenamente exigveis perante o Poder Judicirio11,

    para a consolidao de uma cultura jurdica vocacionada garantia

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    desses direitos, fundamental que sejam identificados mecanismosque tenham como finalidade facilitar a aferio de resultados no pro-cesso de sua implementao.

    De fato, sem poderem furtar-se anlise do atingimento de res-ultados e da conquista de metas eleitas pelos Poderes Pblicos, os

    mecanismos de aferio de resultado, que identifiquem o progressoou o retrocesso na concretizao dos direitos sociais, podem ser utiliz-ados como importantes ferramentas para o diagnstico e para a resol-uo de conflitos relacionados aos direitos sociais, fortalecendo a ar-gumentao jurdica na sua defesa.

    Objetivando identificar tais mecanismos, este estudo partir daconstruo de uma Teoria Geral dos Direitos Sociais, abordando-se,

    ainda que em breves linhas, o seu desenvolvimento histrico, funda-mento e conceito, dando-se nfase sua caracterstica peculiar, que a busca de resultados voltados concretizao da justia social.

    Iniciando pelo seu reconhecimento como verdadeiros direitosfundamentais, ser analisado o regime jurdico comum aos direitosfundamentais delineado pela Constituio Federal de 1988,avaliando-se, posteriormente, as peculiaridades do regime jurdico

    prprio dos direitos sociais.Feito isso, ser examinado o aparato normativo internacional e

    interno dos direitos sociais que conferestatus de norma constitucion-

    al12 aos princpios da implementao progressiva e da proibio doretrocesso, exigindo que os direitos sociais sejam progressivamenteimplementados pelos Poderes Pblicos, reduzindo, portanto, os es-paos de discricionariedade no tocante alocao dos recursospblicos.

    Aps a anlise da estrutura normativa, ser enfocado o direito informao como um importante mecanismo para o monitoramentoda implementao progressiva dos direitos sociais, bem como para odiagnstico do retrocesso social e o seu combate. No Estado Demo-crtico e Social de Direito h o dever de transparncia dos PoderesPblicos no tocante observncia das prioridades legalmente previs-tas, por meio da prestao de contas sociedade das metas de curto,

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    mdio e longo prazos necessrias para a plena fruio de determinadodireito social, assegurando-se, ainda, formas de participao social naeleio de tais metas.

    Em seguida, objetivando tornar ainda mais preciso o monitora-mento do grau de concretizao dos direitos sociais, enfocar-se- a

    relevncia da utilizao de indicadores sociais na aferio do pro-gresso ou retrocesso social, luz do debate iniciado no mbito region-al (OEA) e global (ONU). Ser analisado, ainda, nesse momento, o pa-pel do princpio da proporcionalidade como importante mecanismode controle do retrocesso normativo.

    Buscar-se-, em suma, demonstrar que a argumentao jurdicabaseada nos resultados alcanados pelos Poderes Pblicos na concret-

    izao dos direitos sociais fundamental para o monitoramento dassituaes de progresso e retrocesso no processo de sua imple-mentao, bem como para uma defesa mais racional e precisa dessesdireitos.

    1J. J. Gomes Canotilho salienta que os direitos a prestaes significam, em sentidoestrito, direito do particular a obter algo atravs do Estado (sade, educao, segur-ana social) (Direito Constitucional e teoria da Constituio. 5. ed. Coimbra: LivrariaAlmedina, 2002, p. 406). A respeito dos direitos sociais a prestaes, ressalta IngoWolfgang Sarlet que a multiplicidade de opes que se registra no mbito da ativid-ade prestacional social do Estado tende a ser, em tese, ilimitada e constitui, por si s,instigante tema para uma reflexo mais aprofundada. Mesmo assim, foram efetuadasdiversas tentativas de sistematizar as prestaes sociais estatais relevantes para a

    problemtica dos direitos sociais, dentre as quais destacamos pela sua plasticidade e

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    abrangncia a proposta formulada pelo publicista germnico Dieter Murswiek, quedividiu as prestaes estatais (que podem, em princpio, constituir objeto dos direitossociais) em quatro grupos: a) prestaes sociais em sentido estrito, tais como a as-sistncia social, aposentadoria, sade, fomento da educao e do ensino etc.; b) sub-venes materiais em geral, no previstas no item anterior; c) prestaes de cunho ex-istencial no mbito da previdncia social (Daseinsvorsorge), como a utilizao de benspblicos e instituies, alm do fornecimento de gs, luz, gua etc.; d) participao embens comunitrios que no se enquadram no item anterior, como, por exemplo, a par-ticipao (no sentido de quota-parte), em recursos naturais de domnio pblico (Aeficcia dos direitos fundamentais.7. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007, p.300-301).

    2Observa Eros Roberto Grau que: A ordem econmica (mundo do dever ser) produz-ida pela Constituio de 1988 consubstancia um meio para a construo do EstadoDemocrtico de Direito que, segundo o art. 1 do texto, o Brasil constitui. No oafirma comoEstado de Direito Social certo mas a consagrao dosprincpios da

    participao e da soberania popular, associada ao quanto se depreende da inter-pretao, nocontexto funcional,da totalidade dos princpios que a conformam (a or-dem econmica), aponta no sentido dele. A inexistncia de contradio entre taisprincpios, a textura das regras constitucionais consideradas e, ainda, a atribuio, sociedade, de legitimidade para reivindicar a realizao de polticas pblicas podemfazer do Estado efetivo agente por ela responsvel da promoo do bem-estar (Aordem econmica na Constituio de 1988.7. ed. So Paulo: Malheiros, 2002, p. 328).Antonio Enrique Prez Luo salienta, a respeito do Estado Social de Direito, que suacomponente socialista democrtica se traduz na superao do agnosticismo axiolgico

    e do formalismo positivista ao impor ao Estado a realizao de determinados fins ma-teriais, que contribuem para uma reforma social e economicamente justa, em termosde justia social, das condies de convivncia (Derechos humanos, Estado deDerecho y Constitucin.9. ed. Madrid: Tecnos, 2005, p. 230 traduo livre).

    3Adotar-se- neste trabalho o conceito de poltica pblica delineado por Maria PaulaDallari Bucci, que a define como o programa de ao governamental que resulta deum processo ou conjunto de processos juridicamente regulados processo eleitoral,processo de planejamento, processo de governo, processo oramentrio, processo le-

    gislativo, processo administrativo, processo judicial visando coordenar os meios disposio do Estado e as atividades privadas, para a realizao de objetivos social-mente relevantes e politicamente determinados. Como tipo ideal, a poltica pblica de-ve visar a realizao de objetivos definidos, expressando a seleo de prioridades, a re-serva de meios necessrios sua consecuo e o intervalo de tempo em que se espera oatingimento de resultados (O conceito de poltica pblica em direito. In: BUCCI,Maria Paula Dallari (Org.).Poltica pblica:reflexes sobre o conceito jurdico. SoPaulo: Saraiva, 2006, p. 39).

    4Aprovado no Brasil pelo Decreto Legislativo n. 226, de 12-12-1991, ratificado em

    24-1-1992 e promulgado pelo Decreto n. 591, de 6-7-1992.

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    5 Aprovada no Brasil pelo Decreto Legislativo n. 27, de 25-9-1992, ratificada em25-9-1992 e promulgada pelo Decreto n. 678, de 6-11-1992.

    6 Aprovado no Brasil pelo Decreto Legislativo n. 56, de 19-4-1995, ratificado em21-8-1996 e promulgado pelo Decreto n. 3.321, de 30-12-1999.

    7Tradicionalmente, os direitos fundamentais so classificados, sob o ponto de vistaterico-didtico, em direitos de primeira, segunda e terceira geraes. A partir desse

    critrio de classificao, os direitos de primeira gerao correspondem aos direitoscivis e polticos, que traduzem o valor da liberdade e que, tradicionalmente, exigiri-am uma postura de absteno do Estado, uma no atuao; enquanto os direitos desegunda gerao correspondem aos direitos econmicos, sociais e culturais que exi-giriam, segundo entende a doutrina tradicional, uma postura ativa, de atuao doEstado, que, por sua vez, traduzem o valor da igualdade; e, por fim, os direitos deterceira gerao correspondem ao direito ao desenvolvimento, paz, livre determin-ao dos povos, traduzindo o valor de solidariedade (BONTEMPO, Alessandra Gotti.Direitos sociais:eficcia e acionabilidade luz da Constituio de 1988.Curitiba: Jur-

    u, 2005, p. 98). bom advertir, entretanto, que a verificao da necessidade de atu-ao ou no atuao do Estado, como critrio para distino dos direitos acimareferidos, parte de uma viso simplista, na medida em que h direitos civis e polticosque requerem ao positiva do Estado (e. g., direito civil assistncia judiciria comointegrante das garantias do devido processo legal, direitos polticos atinentes aos sis-temas eleitorais), e tambm h direitos econmicos, sociais e culturais ligados garantia do exerccio de medida de liberdade (e. g., direito greve e liberdade sindic-al) (TRINDADE, Antnio Augusto Canado. Tratado de direito internacional dosdireitos humanos. Porto Alegre: Srgio A. Fabris, Editor, 1997, v. 1, p 358-359). Assim,ainda que os direitos civis e polticos e econmicos, sociais e culturais possuam carac-tersticas peculiares, no tocante positividade ou negatividade das obrigaes queendeream ao Estado, tal distino no pode ser interpretada de modo absoluto e,muito menos, ser utilizada para fundamentar uma pretensa ineficcia dos direitos eco-nmicos, sociais e culturais, partindo do pressuposto de que, por exigirem uma atu-ao do Estado, tais direitos, diversamente dos civis e polticos, no seriam acionveis.

    8Esclarece Prez Luo que o trnsito do Estado liberal ao Estado social de Direitotraz uma importante srie de questes tericas e prticas. Foi assinalado, por exemplo,

    que uma das mais evidentes mutaes operativas que comporta o Estado social residena atribuio aos Poderes Pblicos da consecuo da procura existencial(Daseinvorsorge); vale dizer, responsabiliza a Administrao pela tarefa de propor-cionar generalidade dos cidados as prestaes necessrias e os servios pblicos ad-equados para o pleno desenvolvimento da sua personalidade, reconhecida nosomente por meio das liberdades tradicionais, mas tambm a partir da consagraoconstitucional dos direitos fundamentais de carter econmico, social e cultural (op.cit., p. 230 traduo livre).

    9Esclarece Jos Reinaldo de Lima Lopes que a justia distributiva diz respeito di-viso ou apropriao individual do fundo social comum, fundo de benefcios e de

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    custos. A justia distributiva diz respeito ao bem comum. (...) Numa sociedade livre obem comum no a conservao da vida tal como ela , mas a conservao da vida coletiva e individual com a possibilidade dinmica de ser diferente. O bem comum um conjunto de condies que permite aos membros de uma comunidade atingir porsi mesmos objetivos razoveis, ou realizar razoavelmente por si mesmos o(s) valor(es)em razo dos quais tm motivos para colaborar uns com os outros (positiva e/ou neg-ativamente) numa comunidade. Numa sociedade de homens livres, o bem comum tambm um processo pelo qual se desvalidam regras e normas, se questiona justia dostatus quo, se alteram as categorias sociais criadas normativamente. Este conjunto decondies, possibilidades e instituies compem o bem comum. A justia distributiva a regra e a virtude de aplicao desta regra , segundo a qual os interesses particu-lares (de indivduos, de grupos, de classes, de corporaes) so articulados para queuma forma de produo de vida com liberdade seja possvel. Digo vida com liberdade,porque produo da vida sem liberdade at fcil de fazer (Direitos sociais:teoria eprtica. So Paulo: Mtodo, 2006, p. 125-127).

    10Estado social y estado de derecho. In: ABRAMOVICH, Vctor; AN, Maria Jos;COURTIS, Christian (Comps.). Derechos sociales: instrucciones de uso. 1. Reimpr.Mxico: Distribuciones Fontamara, 2006, p. 12 traduo livre.

    11Ver sobre o tema Alessandra Gotti Bontempo,Direitos sociais:eficcia e acionabil-idade luz da Constituio de 1988. Curitiba: Juru, 2005. Criticando a posiodaqueles que sustentam que os direitos sociais no so exigveis, comenta Maria PaulaDallari Bucci que como a Constituio brasileira de 1988 foi carregada com os direitoscompreendidos na tarefa de redemocratizao do pas e sobrecarregada com as aspir-aes relativas superao da profunda desigualdade social produzida ao longo de suahistria, seria absolutamente frustrante, do ponto de vista poltico, aceitar a in-exequibilidade dos direitos sociais. Do ponto de vista jurdico, isso representaria torn-ar incuo o qualificativo Estado social de direito afirmado no art. 1 da Constituio.Partindo da conhecida mxima de interpretao de que a lei no contm palavras in-teis, no se pode tomar tal locuo como sinnimo de Estado de Direito, omitindo acarga finalstica do adjetivo social num Estado em que as tarefas sociais ainda estopor ser feitas (op. cit., p. 10).

    12Como ser detalhadamente visto na Parte II, defende-se nesta obra a posio de que

    a Constituio Federal de 1988, em seu art. 5, 2, ao incluir no catlogo de direitosprotegidos os direitos e garantias enunciados nos tratados internacionais de que oBrasil parte, acaba por incorpor-los comstatusde norma constitucional.

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    PARTE I

    TEORIA GERAL DOS DIREITOS

    SOCIAIS

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    2. DESENVOLVIMENTO HISTRICO,FUNDAMENTO E CONCEITO DOS

    DIREITOS SOCIAIS

    2.1. O DESENVOLVIMENTO HISTRICO DOS DIREITOSSOCIAIS: DO MODELO DE ESTADO LIBERAL AO MODELODE ESTADO SOCIAL

    Partindo-se do pressuposto de que a anlise do desenvolvimentodos direitos fundamentais ao longo da histria da humanidade

    primordial para a compreenso do sentido, fundamento e alcance decada direito conquistado, traar-se- um breve panorama da evoluodos direitos sociais.

    Sem qualquer pretenso de esgotar a abordagem histrica dos

    direitos fundamentais1 at mesmo porque esse tema, por sua im-portncia e fascnio, justificaria um estudo exclusivamente dedicado aele este tpico apenas enfocar os aspectos centrais da transio do

    modelo de Estado Liberal para o modelo de Estado Social, recortehistrico esse a partir do qual sero examinadas as reivindicaes so-ciais que culminaram na afirmao dos direitos sociais.

    O processo de constitucionalizao das declaraes de direitos foidesencadeado, no final do sculo XVIII, com a Declarao de Direitosdo Povo da Virgnia, de 1776, a Constituio norte-americana, de

    1787, e a Declarao francesa, de 17892.Esse processo de positivao das declaraes de direitos no texto

    das Constituies corresponde, como leciona Norberto Bobbio, pas-sagem da teoria (porquanto as declaraes de direitos nascem comomeras teorias filosficas) prtica, do direito somente pensado ao

    direito realizado3, j que, consoante sintetiza Bobbio, os direitos dohomem nascem como direitos naturais universais, desenvolvem-se

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    como direitos positivos particulares, para finalmente encontrarem

    sua plena realizao como direitos positivos universais4.Buscando frear as arbitrariedades perpetradas pelo poder, os

    direitos fundamentais, nessa primeira fase do constitucionalismo,so o produto peculiar (ressalvado certo contedo social caracter-

    stico do constitucionalismo francs) do pensamento liberal-burgusdo sculo XVIII, de marcado cunho individualista, surgindo eafirmando-se como direitos do indivduo frente ao Estado, mais espe-cificamente como direitos de defesa, demarcando uma zona de nointerveno do Estado e uma esfera de autonomia individual em facede seu poder. So, por esse motivo, apresentados como direitos decunho negativo, uma vez que dirigidos a uma absteno, e no a uma

    conduta positiva por parte dos poderes pblicos, sendo, neste sentido,direitos de resistncia ou oposio perante o Estado. Assumem par-ticular relevo no rol desses direitos, especialmente pela sua notriainspirao jusnaturalista, os direitos vida, liberdade, pro-

    priedade e igualdade perante a lei5.Observa Paulo B