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  • 7/24/2019 14 resposta

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    14 resposta

    Na tradicional classificao doutrinria do controle de constitucionalidade, temos

    que, quanto ao momento, o controle pode ser preventivo ou repressivo. Neste ltimocaso, a aferio da constitucionalidade de uma determinada norma feita aposteriori, isto , aps a sua entrada em vigor no ordenamento jurdico. Por isso, afinalidade do controle repressivo paralisar a eficcia de lei ou ato normativo doPoder Plico contrastante com o te!to da "onstituio.

    #e acordo com o sistema de controle de constitucionalidade da "$%&&, o controlerepressivo o controle tpico do Poder 'udicirio. ( quando surge nova classificaodo controle, desta ve) relacionada * compet+ncia do rgo jurisdicional. ssim, noplano competencial, o controle pode apresentar-se de duas maneiras concentrado edifuso. / modelo de controle concentrado aquele em que a compet+ncia para afiscali)ao das leis infraconstitucionais atriuda com e!clusividade a um grupo ou

    a um rgo julgador especiali)ado 0no 1rasil, esse rgo o 2upremo 3riunal$ederal4. ' o modelo do controle difuso aquele em que a compet+ncia paraverificar a constitucionalidade de lei ou ato normativo pertence a todo e qualquerjui) ou triunal no e!erccio da jurisdio.

    No sistema rasileiro, o controle difuso de constitucionalidade apresenta comocaracterstica principal o fato de ser um controle concreto, isto , ele feito a partirde um caso concreto, de um processo de partes, com vistas a garantir, em primeirolugar, a defesa de direitos sujetivos e, secundariamente, a supremacia da"onstituio.

    caracterstica do controle difuso de s produ)ir efeitos inter partesfe) com queparcela da doutrina rasileira passasse a defender o igualamento dos

    efeitos gerais da deciso judicial que controla a constitucionalidade nos modelosdifuso-concreto e concentrado-astrato. Nesse sentido que se pugna, emdoutrina, pela abstrativizao, objetivao ou objetivizaodo controle difuso deconstitucionalidade no 1rasil.

    15 RESPOSTA

    A lei formal e materialmente constitucional. Vejamos. De incio, cumpre

    asseverar que no h inconstitucionalidade por vcio de iniciativa, uma vezque a matria no se insere na competncia eclusiva do chefe do !oder"ecutivo #unicipal. $ %upremo &ri'unal (ederal j decidiu, reiteradamente,que as hip)teses de limita*o da iniciativa parlamentar esto previstasnumerus clausus no arti+o -, -/, da 0onstitui*o da 1ep2'lica. 3omesmo sentido, o &ri'unal de 4usti*a do "stado de #inas 5erais, aoeaminar a hip)tese retratada na questo, a6rmou que 7se a matria fossede iniciativa privativa do !refeito #unicipal, a 0onstitui*o "stadual teriaprevisto a proi'i*o, em seu art. , 888, onde elenca as matrias deiniciativa do 5overnador do "stado, aplicveis aos !refeitos, em razo doprincpio da simetria, o que no ocorreu. 9AD8 n./ -.::::.-:.:;:?:::,

    1el. Des. Drcio @opardi #endes, j. :.:B.C:-. Ademais, 'om lem'rarque o #unicpio possui autonomia e competncia para le+islar so're a

  • 7/24/2019 14 resposta

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    matria 9art. :, 8 e V, da 01E art. -;, -/, -F, -=:, V8 e -=-, 88, +, da0"#5. &am'm a le+isla*o infraconstitucional lhe autoriza dispor so're ascondi*Ges para eerccio da +ratuidade nos meios de transporte para aspessoas que se encontram na faia etria dos sessenta aos sessenta e cincoanos 9art. F, /, da @ei n./ -:.=B-?C::.

    1"%!$%&A DA -

    Segundo o STF, a edio da resoluo pelo Senado no vinculada, mas sim

    discricionria, pois o ato de legislar envolve juzo discricionrio (juzo poltico de

    convenincia e oportunidade do legislador) !ortanto, o Senado pode no vir a

    e"pedir a resoluo e no # como o$rig%lo &orro$oram esse entendimentoos ilustres 'os onso da Silva e !edro *enza, +ue airmam +ue o Senado no

    est o$rigado a suspender os eeitos da lei declarada inconstitucional pelo STF

    no controle concreto

    resoluo do Senado produz eeitos erga omnese ex nunc, a partir do

    momento em +ue or pu$licada na mprensa -icial ssim, no retroage, mas

    atinge as rela.es constituendas (em vias de se constituir)

    /a via de ao, no eita a comunicao ao Senado, pois a deciso do

    Supremo j produz eeitos erga omnes /a via de e"ceo, a deciso produz

    eeitosinter partes, mas pode vir a produzir eeitos erga omnesse o Senado

    assim determinar ap0s comunicao do Supremo

    -= 1"%!$%&A5icente Paulo e 6arcelo le!andrino levantam a tese de que o legislador teria se utili)ado da palavra7preceito8 em ve) de 7princpio8 com o ojetivo de evitar que o conceito a ser delineado pela doutrinae jurisprud+ncia acaasse se restringindo aos princpios fundamentais arrolados no 3tulo 9 da"onstituio $ederal. #e acordo com os professores a e!presso mais genrica permite que sejamarangidos pelo conceito no s os princpios, mas tamm as regras, em suma, qualquer norma, desdeque possa ser qualificada como fundamental.

    doutrina assinala como ponto relevante, tamm suscitado pelos autores, que o te!to constitucionalmenciona 7preceito fundamental, decorrente desta "onstituio8, art. :;

  • 7/24/2019 14 resposta

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    representa*o no 0on+resso, no sendo necessrio quepossua representantes nas duas casas le+islativas. Alm domais, o partido poltico le+itimado universal e no precisacumprir o requisito da pertinncia temtica.

    H 3o. Iuanto ao mrito, no tem razo o partido poltico no seu pleito,sendo caso de improcedncia da a*o, uma vez que a competnciaprivativa da Jnio do Art. CC, KKV88, da 0onstitui*o (ederal se refere anormas +erais, tendo os estados federados competncia para le+islar so'reo tema para atender Ls suas peculiaridades, desde que no haja afronta Lsnormas +erais editadas pela Jnio.

    -F resposta

    A A lei constitucional, pois o Art. CB, 8K, atri'ui competncia

    concorrente L Jnio, aos "stados e ao Distrito (ederal parale+islar so're educa*o, cultura, ensino e desporto. "sta leitrata de educa*o no trMnsito e no so're trMnsito etransporte, que seria de competncia privativa da Jnio(ederal 9Art. CC, K8, 01(H. 3este sentido, j se pronunciou o%&(, ao jul+ar a AD8 -FF-?D( 91el. #inistro "ros 5rau, &ri'unal!leno, unMnime, j. :.--.C::B.

    H 3o, uma vez que, de acordo com a jurisprudncia do %&(,o 5overnador do "stado le+itimado especial, o que si+ni6ca

    que s) pode ajuizar a a*o se demonstrar a eistncia depertinncia temtica entre o interesse do "stado e o o'jeto daa*o, o que no ocorre no caso concreto.

    C: resposta

    A N diversas inconstitucionalidades formais. 8nicialmente a!"0 no poderia ser apresentada por -:O 9dez por cento dosDeputados (ederais, j que, se+undo o Art. :, 8 da0onstitui*o, esta s) pode ser emendada por proposta de, no

    mnimo, um ter*o dos mem'ros da 0Mmara dos Deputados. Aproposta deveria ser aprovada por trs quintos dos mem'rosde cada casa do 0on+resso 3acional 9Art. :, C/ da0onstitui*o e no pela maioria a'soluta dos Deputados e%enadores. !or 6m, no ca'e san*o ou veto de proposta deemenda L 0onstitui*o, pois, conforme Art. :, / da0onstitui*o, as emendas devero ser promul+adas pelas#esas da 0Mmara e do %enado.

    #aterialmente tam'm h inconstitucionalidade, uma vez que

    o teor da proposta, ao su'meter todas as decisGes do %&(, nocontrole a'strato, ao crivo do 0on+resso 3acional,

  • 7/24/2019 14 resposta

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    atentat)rio contra a clusula ptrea da separa*o dospoderes 9Art. :, B/, 888 da 0onstitui*o, pois esta clusulapressupGe um sistema de freios e contrapesos, com controle evi+ilMncia dos poderes constitudos entre si, sendo a emenda

    tendente a a'olir tal clusula.H 3o. A a*o no poderia ser conhecida pelo %upremo

    &ri'unal (ederal por ausncia do requisito le+al da eistnciade controvrsia judicial relevante 9Art. -B, 888 da @ei n.F.

  • 7/24/2019 14 resposta

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    B. Apesar de le+itimada pelo Art. -:, 8K da 0onstitui*o, a0$3A#! no poderia ter apresentado a a*o declarat)ria deconstitucionalidade no caso em anlise, pois ausente orequisito da pertinncia temtica que deve o'edecer,

    consoante jurisprudncia pac6ca do %upremo &ri'unal(ederal. Alm do mais, tendo proposta a a*o apenas umasemana ap)s a pu'lica*o da lei, no foi se+uido o requisitoda controvrsia judicial relevante, ei+ido pelo Art. -B, 888 da@ei n. F.

  • 7/24/2019 14 resposta

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    &endo em vista que a AD8n no o mecanismo h'il Limpu+na*o de atos normativos 7secundriosS 9infrale+ais,a're>se espa*o para o ca'imento da AD!( para a impu+na*ode portaria editada por a+ncia re+uladora federal.

    B.3os termos do art. C/ da @ei n. F. o 5overnadorde "stado ou do Distrito (ederalE V8 > o !rocurador>5eral da

    1ep2'licaE V88 > o 0onselho (ederal da $rdem dos Advo+adosdo HrasilE V888 > partido poltico com representa*o no0on+resso 3acionalE 8K > confedera*o sindical ou entidade declasse de Mm'ito nacionalS.

    "m rela*o L le+itimidade das entidades de classe de Mm'itonacional, a jurisprudncia do %upremo &ri'unal (ederalcunhou o conceito de pertinncia temtica, que si+ni6ca anecessidade de demonstra*o, por al+uns le+itimada, de queo o'jeto da institui*o +uarda rela*o com o pedido da a*o

    direta proposta por referida entidade. 3o caso, tal requisitoencontra>se atendido, tendo em vista que a norma impu+nadase diri+e, eatamente, aos pro6ssionais da sa2de.

    C. A 0onstitui*o (ederal no previu a ar+ui*o no Mm'ito dos"stados>mem'ros T como fez com a*o direta deinconstitucionalidade 9art. -C;, C/ T mas, a eemplo do quese passa com a a*o direta de constitucionalidade, pode serinstituda pelo constituinte estadual, com 'ase no princpio dasimetria com o modelo federal.

    C; respostaA 1enata continuar sendo re+ida pela lei K, que no formalmenteinconstitucional. Ademais, quando nova constitui*o editada,somente so consideradas no recepcionadas as normas quecontenham incompati'ilidade material com a mesma. $u seja, aincompati'ilidade analisada a de conte2do e no de forma, que

    re+ida pelo princpio do tempus re+it actum.

  • 7/24/2019 14 resposta

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    H U possvel que se questione perante qualquer )r+o jurisdicional,em um caso concreto, incidentalmente, a invalidade formal de atole+islativo que foi editado em desacordo com os requisitos ei+idospara a sua forma*o, ato que invlido a' initio.

    0 3o possvel a oposi*o do direito adquirido em face de umanova 0onstitui*o. A 0onstitui*o o fundamento de validade de todaordem jurdica. 3esse sentido, todas as normas 9como o caso da @eiK da questo eistentes no re+ime constitucional anterior, no queso materialmente incompatveis com a nova 0onstitui*o, 6camrevo+adas, salvo disposi*o epressa da 0onstitui*o nova. Almdisso, h reiterada jurisprudncia do %&( no sentido de ineistir direitoadquirido a re+ime jurdico.