9
 CURSO DE LEGISLA Ç O PENA L ESPECIAL Direito Processual Penal  Ana Cristina Mendonça NOVO PROCEDIMENTO PENAL - RITO ORDINÁRIO  * Em caso de diligê ncias, o Juiz poderá fran quear às partes a a presentação de ALEGAÇ ES FINAIS ESCRITAS em 5 dias, sucessivamente.   CURSO DE LEGISLA Ç O PENA L ESPECIAL Direito Processual Penal  Ana Cristina Mendonça NOVO PROCEDIMENTO PENAL - RITO SUMÁRIO 

155310Ritos_Processuais_Completo.pdf

Embed Size (px)

Citation preview

7/23/2019 155310Ritos_Processuais_Completo.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/155310ritosprocessuaiscompletopdf 1/10

 

CURSO DE LEGISLAÇ O PENAL ESPECIALDireito Processual Penal Ana Cristina Mendonça

NOVO PROCEDIMENTO PENAL - RITO ORDINÁRIO 

* Em caso de diligências, o Juiz poderá franquear às partes a apresentação de ALEGAÇ ES FINAISESCRITAS em 5 dias, sucessivamente. 

7/23/2019 155310Ritos_Processuais_Completo.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/155310ritosprocessuaiscompletopdf 2/10

 

CURSO DE LEGISLAÇ O PENAL ESPECIALDireito Processual Penal Ana Cristina Mendonça

NOVO PROCEDIMENTO PENAL - RITO SUMÁRIO 

7/23/2019 155310Ritos_Processuais_Completo.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/155310ritosprocessuaiscompletopdf 3/10

 

CURSO DE LEGISLAÇ O PENAL ESPECIALDireito Processual Penal Ana Cristina Mendonça

Em caso de PRONÚNCIA segue-se o JUDICIUM CAUSAE  

Denúncia ou Queixa 

Recebimento da denúncia ou queixa 

Citação do réu para apresentação de resposta 

Resposta preliminar em 10 dias 

“Contra-resposta” da acusação em 05 dias 

AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO 

Declaração do ofendido (vítima) 

Oitiva das testemunhas arroladas pela acusação 

Oitiva das testemunhas arroladas pela defesa 

Oitiva de Peritos (se necessário) 

Acareações e reconhecimentos (se necessário) Interrogatório do acusado 

Debates orais 

DECISÃO: 

PRONÚNCIA, IMPRONÚNCIA,

DESCLASSIFICAÇÃO OU ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA 

Procedimento dos crimes dolosos contra a vida (continuação) Primeira Fase: JUDICIUM ACCUSATIONIS  

7/23/2019 155310Ritos_Processuais_Completo.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/155310ritosprocessuaiscompletopdf 4/10

 

CURSO DE LEGISLAÇ O PENAL ESPECIALDireito Processual Penal Ana Cristina Mendonça

Procedimento dos crimes dolosos contra a vida (continuação) 

Segunda Fase: JUDICIUM CAUSAE  

Partes requerem diligências e arrolam até 5 testemunhas (Prazo sucessivo de 5 dias) 

Juiz ordena as diligências necessárias e elabora um relatório do caso 

Plenário (Sessão de Julgamento)

Formação de conselho de sentença 

Declaração do ofendido (vítima) se possível Oitiva das testemunhas arroladas pela acusação 

Oitiva das testemunhas arroladas pela defesa 

Peritos, acareações, reconhecimento e leitura de peças 

Interrogatório do acusado 

Debates Orais (com réplica e tréplica) 

Quesitação 

Votação na sala secreta 

SENTENÇA 

7/23/2019 155310Ritos_Processuais_Completo.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/155310ritosprocessuaiscompletopdf 5/10

 

CURSO DE LEGISLAÇ O PENAL ESPECIALDireito Processual Penal Ana Cristina Mendonça

PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO – LEI 9.099/95

AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO EJULGAMENTODefesa Preliminar

Recebimento ou não da denúncia ou queixa

Proposta de Suspensão Condicional do ProcessoInquirição das testemunhas “de acusação” Inquirição das testemunhas “de defesa” 

InterrogatórioDebates orais

Sentença na própria audiência 

7/23/2019 155310Ritos_Processuais_Completo.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/155310ritosprocessuaiscompletopdf 6/10

 

CURSO DE LEGISLAÇ O PENAL ESPECIALDireito Processual Penal Ana Cristina Mendonça

Caríssimos alunos,

Lembrem-se que o presente resumo, às vezes, indica posições diversas, estando as posições majoritárias em vermelho.

Grande abraço e bons estudos! Ana Cristina Mendonça 

Perguntas e respostas sobre os Juizados Especiais Criminais

I. Co nc il iação .

1. Qual a natureza jurídica do instituto? Medida despenalizadora.

2. Quais os seus efeitos? Penais e civis (pois acarreta a extinção da punibilidade e forma, para a vítima, título executivo judicial). 

3. Quem concilia? Vítima e autor do fato.4.  Quem participa da conciliação? De acordo com a lei, deveriam estar presentes na audiência o Juiz (que pode se fazer auxiliar por um conciliador),Ministério Público, autor do fato, acompanhado por advogado, vítima e o responsável civil, se houver.

5. Quando deve ocorrer ? No início da audiência preliminar. Se frustrada no primeiro ensejo, renovar-se-á a proposta no início da AIJ. 

6. O que ocorre com a conciliação nas ações penais de natureza pública condicionada a representação e privadas ? Havendoconciliação, a vítima renuncia ao direito de representação ou de queixa (dependendo da natureza da ação), sendo certo que ambas as hipóteses acarretam a extinçãoda punibilidade. 

7. É possível conciliação em ação penal pública incondicionada?

1ª. corrente:  Apesar de não prevista na Lei nº 9.099/95, é perfeitamente possível a conciliação em infrações cuja ação é pública incondicionada, e, sendo a mesmamedida despenalizadora, deve o Juiz declarar extinta a punibilidade, não restando ao MP o interesse para agir. Impossível, en tretanto, a conciliação nos chamadoscrimes vagos, em que não há vítima identificável, partindo-se direto para a transação penal.

2ª. corrente (Majoritária): É perfeitamente possível a conciliação em infrações cuja ação é pública incondicionada, entretanto, não acarreta a extinção da punibilidade. Além disso, o Ministério Público independe da vítima nas infrações de APPública Incondicionada, motivo pelo qual, presentes as condições da ação, oMinistério Público deverá oferecer a transação penal ou a denúncia. Não caracteriza „bis in indem‟.  

3ª. corrente: Diante da ausência de previsão legal, não deve ser aplicada, passando-se direto à proposta de transação penal.

7/23/2019 155310Ritos_Processuais_Completo.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/155310ritosprocessuaiscompletopdf 7/10

 

CURSO DE LEGISLAÇ O PENAL ESPECIALDireito Processual Penal Ana Cristina Mendonça

8. Qual a natureza jurídica e quais os efeitos da decisão que homologa a conciliação?  Apesar da inexistência de processo, têm-se entendidoque a decisão é homologatória, e teoricamente associada a ato de jurisdição voluntária. Forma título executivo judicial, eventualmente executado no juízo cível. Éirrecorrível.

9. Descumprido o acordo, o que faz a vítima? Promoverá a execução da decisão homologatória do acordo no juízo cível, caso possível.

10. Pode o MP oferecer denúncia depois de realizada a conciliação?  A posição hj majoritária na doutrina entende ser possível, pois tratam-se deesferas distintas.

II. Transação penal.

11. Qual a natureza jurídica do instituto? Medida despenalizadora que primeiro gera efeitos penais e, depois, processuais.

12. Legitimidade para a proposta. Ministério Público. 

13. Cabe transação penal em ação penal privada? Neste caso, quem oferece a proposta?

1ª. corrente: Não, por ser a princípio incompatível com esta, pois o titular da ação penal é a vítima, não podendo o MP barganhar sobre o que não “lhe pertence”.

2ª. corrente (majoritária): Cabível, fundamentada no princípio da isonomia.

3ª. corrente: Cabível, tratando-se de direito subjetivo do autor do fato.

14. Qual o momento oportuno? Na audiência preliminar, após a tentativa sem êxito de conciliação, renovando-se a proposta na AIJ, se fracassada a primeira. 

15. Qual a natureza jurídica da proposta?

1ª. corrente (Majoritária): Trata-se de uma discricionariedade regrada do Ministério Público, mitigadora do princípio da obrigatoriedade da ação penal públicafiscalizada pelo juiz, tendo em vista a possível aplicação analógica do art. 28 do CPP. Se oferecida proposta após o oferecimento da denúncia, terá a mesma o

condão de mitigar o princípio da indisponibilidade.2ª. corrente (minoritária, por violar o sistema acusatório): Direito subjetivo do autor do fato. Assim, se o MP não oferecer a proposta e o juiz entender que o autor dofato faz jus à mesma, o próprio juiz a concederá.

3ª. corrente: Exercício de uma nova forma de ação penal. Assim, o princípio da obrigatoriedade está íntegro, não sofrendo mitigação. Altera-se apenas o “vetor”, ouseja, se presentes as condições da ação e os requisitos para a proposta, o MP deverá oferecer a transação penal e não a denúncia (que somente seria oferecidacaso o autor do fato não preencha os requisitos ou não aceite a transação). Se o MP não oferece e o juiz entende que o autor do fato faz jus, aplica o 28 do CPP.

4ª. corrente: Condição específica de procedibilidade, sem a qual a denúncia não poderá ser oferecida.

7/23/2019 155310Ritos_Processuais_Completo.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/155310ritosprocessuaiscompletopdf 8/10

 

CURSO DE LEGISLAÇ O PENAL ESPECIALDireito Processual Penal Ana Cristina Mendonça

16. Qual a natureza jurídica do procedimento?

1a. corrente: Como não há processo penal instaurado, trata-se de fase pré processual, de natureza administrativa.

2ª. corrente: Para quem defende que é um novo modelo de ação penal, já é fase processual.

17. Qual a natureza jurídica e quais os efeitos da decisão?1a. corrente: Entendimento do STF e da maior parte da doutrina é de que se trata de decisão homologatória-condenatória, também chamada de condenatóriaimprópria. É homologatória em relação ao acordo sacramentado entre o MP e o autor do fato, e condenatória em relação à aplicação de pena alternativa a esteúltimo. Equipara-se a ato de jurisdição voluntária e faz coisa julgada material, recorrível por meio de apelação.

2ª. corrente: Condenação imprópria. 

18. Quem participa da transação? MP e autor do fato. 

19. E se o MP se negar a oferecer a proposta ? De acordo com a posição majoritária (firmada inclusive na súmula 696 do STF): O juiz, dissentindo, deveráremeter os autos ao Procurador Geral de Justiça, aplicando analogicamente o art. 28 do CPP.

20. E se o juiz proferir decisão distinta do acordo firmado na transação? O juiz, dentro do acordado entre MP em autor do fato, pode decidir pelaaplicação de pena alternativa menos rígida ou onerosa ou aplica-la até os limites previstos na proposta, nunca além, julgando ultra petita, dando azo a nulidade

absoluta da decisão. O juiz possui essa margem de atuação, típica da função jurisdicional ao aplicar a pena. 

21. E se o juiz indeferir a transação penal?  Alguns entendem que o recurso cabível é a apelação, assim como o é em relação a decisão que homologa atransação. Porém, a corrente mais acertada entende ser correta a impetração de mandado de segurança, tanto pelo MP, em defesa do direito líquido e certo aooferecimento da transação, quanto pelo autor do fato, ante o direito líquido e certo de ver extinta a punibilidade do fato que praticou ao aceitar a transação. Atualmentemuitos também sustentam correição parcial.

22. E se o autor do fato não cumprir o acordo?

1ª. corrente: Deve o inadimplemento ser considerado dívida de valor, a ser inscrita na dívida ativa, mantendo-se, em razão do princípio favor rei, extinta a punibilidade, apesar de grande parte dos juízes condicioná-la ao cumprimento integral do acordo (homologá-lo sob condição), por força do que dispõe o art. 84 eseu parágrafo único da Lei nº 9.099/95.

2ª. corrente: O inadimplemento acarreta a nulidade do acordo e, caso o juiz tenha homol ogado o mesmo sob condição do cumprimento da „pena‟, poderá o MP

oferecer a denúncia. Caso já tenha sido declarada a extinção da punibilidade, a pena é convertida em multa (caso não tenha sido esta a fixada), sendo a mesmaexecutada como dívida civil (execução cível, a ser promovida pelo MP no próprio Juizado).

Contud o, em 24/10/2014, o STF public ou a Súmula Vinculante nº. 35.

SÚMULA VINCULANTE nº. 35: A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e,descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao ministério público a continuidade da persecução penalmediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito policial. 

7/23/2019 155310Ritos_Processuais_Completo.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/155310ritosprocessuaiscompletopdf 9/10

 

CURSO DE LEGISLAÇ O PENAL ESPECIALDireito Processual Penal Ana Cristina Mendonça

III. Suspensão c ondic ional d o p rocess o. 

23. Qual a natureza jurídica do instituto e quais os seus efeitos ? Medida despenalizadora que primeiro gera efeitos processuais e, depois decumprido o período de prova, penais.

24. De quem é a legitimidade para a proposta? De acordo com a lei, do Ministério Público.

25. Qual o momento oportuno? Após o recebimento da denúncia. Entende-se hoje que é possível mesmo em fase recursal.

26. Qual a natureza jurídica da proposta?

1ª. corrente (Majoritária): Trata-se de uma discricionariedade regrada do Ministério Público, mitigadora do princípio da indisponibilidade da ação penal pública,fiscalizada pelo juiz, tendo em vista a possível aplicação analógica do art. 28 do CPP (Súmula 696 do STF).

2ª. corrente (minoritária, por violar o sistema acusatório): Direito subjetivo do autor do fato. Assim, se o MP não oferecer a proposta e o juiz entender que o autor dofato faz jus à mesma, o próprio juiz a concederá.

3ª. corrente (posição da banca delegado civil RJ (André Nicolitt)): O juiz é o DIRETOR do processo. A suspensão condicional do processo seria o devido processolegal, e cabe ao juiz conduzir o processo. Não concorda com a posição majoritária, e entende que não há que se falar em violação do sistema acusatório nahipótese do juiz oferecer ele próprio o benefício, seja porque não se trata de desdobramento do direito de ação, nem de disponibilidade da pretensão, já que não hácerteza na extinção da punibilidade, que não ocorrerá caso o réu descumpra as obrigações. Assim, caso o MP não ofereça, não se aplica o 28 do CPP. O juizaplica de ofício. Tal posição facilita a discussão nas infrações de ação penal privada.

27. Qual a natureza jurídica do procedimento? Processo. 

28. Qual a natureza jurídica da decisão que a concede? Interlocutória mista não terminativa. Cabível recurso em sentido estrito (POSIÇÃO MAJORITÁ). 

29. Qual a natureza jurídica da decisão que a indefere? Interlocutória simples. 

30. Qual a natureza jurídica da decisão que a revoga? Interlocutória simples. 

31. E se o MP se nega a oferecer a proposta? Súmula 696 do STF: aplica-se o art. 28 do CPP. 

32. É cabível a suspensão condicional do processo em ação penal privada?

1ª. corrente: Não, por ser a princípio incompatível com esta, pois o titular da ação penal é a vítima, não podendo o MP dispor do que não “lhe pertence”.

2ª. corrente (majoritária): Cabível, fundamentada no princípio da isonomia.

3ª. corrente: Cabível, tratando-se de direito subjetivo do autor do fato.

7/23/2019 155310Ritos_Processuais_Completo.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/155310ritosprocessuaiscompletopdf 10/10

 

CURSO DE LEGISLAÇ O PENAL ESPECIALDireito Processual Penal Ana Cristina Mendonça

PROCEDIMENTO DA LEI DE TÓXICOS (Lei 11.343/2006)

Rejeição*

DEN NCIA(5 testemunhas

 – art. 54)Notificação do

acusado(art. 55)

DefesaPreliminar

em 10 d(5 testemunhas  – 

art. 55 § 1º.)

Recebimento*Citação do réu e intimação do MPe requisição dos laudos periciais

Audiência de Instrução eJulgamento (art. 57)

InterrogatórioOitiva das testemunhas arroladas

pela acusaçãoOitiva das testemunhas arroladas

pela defesa

Debates oraisSentença preferencialmente naprópria audiência

* Juiz deve decidir acerca do recebimento da denúncia em 5 dias.Se entender imprescindível, no prazo de 10 dias determinará a apresentação do preso, realização de diligências, exames e perí cias.