8
Página 8 Publicada em 29 de dezembro de 2006, a Medida Provisória (MP) 341 trouxe as correções sugeridas pelos servidores para evitar prejuízos à categoria. Entre elas, a substituição da palavra “criar” por “estruturar” e a supressão dos parágrafos do artigo 143 que prejudicavam os servidores com carga horária diferenciada. A MP também abriu novo prazo para adesão à carreira e assinatura do termo de opção, retroagindo os efeitos financeiros a março de 2006. A MP foi uma conquista do Sindsprev e servidores. Agora, é fundamental que o termo de opção seja assinado o mais rapidamente possível Página 5 Servidores lutam contra privatização do IASERJ e fechamento do São Sebastião Servidores do MS, previdência e DRT devem assinar logo o termo de opção dos 47% Governos federal, estadual e municipal querem privatizar saúde via fundações Pág. Centrais Página 3 GDASS no INSS terá novos valores a partir de março FOTO: FERNADO DE FRANÇA Em Janeiro e fevereiro (fotos ao lado), servidores realizaram atos públicos contra o fechamento do Instituto São Sebastião e outras unidades de saúde publica no Estado do Rio de Janeiro. As mobilizações são parte da luta contra a privatização, que os governos nas três esferas (federal, estadual e municipal) querem implementar através de fundações. FOTO: NIKO Página 2 Dia do aposentado lembra discriminação que atinge os veteranos da categoria Pedevistas citam propaganda enganosa Página 6 Página 7 Reintegrados da Funasa cobram equiparação Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado do Rio de Janeiro 15/feveiro/2007

15/feveiro/2007 Servidores do MS, previdência e DRT devem ... · apenas 30 pontos”, frisou. Mas o prejuízo pode ... pois o prazo é de noventa dias a ... trazendo desvantagens

  • Upload
    ngodat

  • View
    212

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Página 8

Publicada em 29 de dezembro de2006, a Medida Provisória (MP)341 trouxe as correções sugeridaspelos servidores para evitarprejuízos à categoria. Entre elas, asubstituição da palavra “criar” por“estruturar” e a supressão dosparágrafos do artigo 143 queprejudicavam os servidores comcarga horária diferenciada. A MPtambém abriu novo prazo paraadesão à carreira e assinatura dotermo de opção, retroagindo osefeitos financeiros a março de2006. A MP foi uma conquista doSindsprev e servidores. Agora, éfundamental que o termo de opçãoseja assinado o mais rapidamentepossível

Página 5

Servidores lutam contraprivatização do IASERJ efechamento do São Sebastião

Servidores do MS,previdência e DRT devemassinar logo o termo de

opção dos 47%Governos federal,estadual e municipalquerem privatizar saúdevia fundações Pág. Centrais Página 3

GDASS no INSSterá novos valoresa partir de março

FO

TO:

FE

RN

AD

O D

E F

RA

A

Em Janeiro e fevereiro(fotos ao lado), servidoresrealizaram atos públicos contrao fechamento do InstitutoSão Sebastião e outrasunidades de saúde publica noEstado do Rio de Janeiro.As mobilizações são parte daluta contra a privatização, queos governos nas três esferas(federal, estadual e municipal)querem implementar atravésde fundações.

FO

TO

: N

IKO

Página 2

Dia do aposentado lembradiscriminação que atinge osveteranos da categoria

Pedevistas citampropagandaenganosa Página 6Página 7

Reintegrados daFunasa cobramequiparação

Sindicato dos Trabalhadores emSaúde, Trabalho ePrevidência Socialno Estado doRio de Janeiro15/feveiro/2007

2� 15 FEVEIRO 2007

Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde,Trabalho e Previdência Social no Estado do Rio de Janeiro

Rua Joaquim Silva, 98-A - Centro - Rio de Janeiro� (21) 3478-8200 | fax: (21) 3478-8233

Edição: André Pelliccione (Mtb JP19301RJ) | Redação: Helcio Duarte Filho (Mtb JP16379RJ), Vânia Gomes (Mtb JP18880RJ) e Luciana Crespo (Mtb JP16692RJ) | Diagramação: Virginia

Aôr (Mtb JP18580RJ) | Fotografia: Fernando de França | Tiragem: 30 mil exemplares | Impressão: Folha Dirigida | Secretaria de Imprensa e Divulgação Tel.: (21) 3478-8220 | Fax (21) 3478-

8223 | website: http://www.sindsprevrj.org.br | e-mail: [email protected]

TERCEIRA IDADE

A

Regional Niterói do Sindsprev en-trou, junto ao Ministério Público,com denúncia formal das precári-as condições do Hospital Munici-

pal Carlos Tortelli (antigo CPN). No centroda denúncia está o caso dos elevadoresda unidade (dois sociais e um de carga)parados há quase 5 anos, obrigando paci-entes e servidores a utilizarem as escadasou a rampa para subirem e descerem osquatro andares do prédio. “Denunciamosessa situação porque paciente e servido-res já não aguentam mais tanto descasoda Prefeitura”, explicou a dirigente da Re-gional Niterói, Maria Ivone Santos Suppo.

Na denúncia encaminhada ao MP, a Re-gional Niterói pede providências urgentespara solução do problema dos elevadores.

A

Em debates e atividades recreativaspromovidas pela Secretaria deAposentados e Terceira Idade doSindsprev, os nossos veteranosdebatem a luta pelos seus direitos(fotos acima e ao lado). Entre eles, anecessária paridade com os servidoresda ativa e o fim das discriminaçõespromovidas pelos governos federal,estadual e municipal

A

PAC aprofunda reformada previdência e taxaservidorespresentado em 22 de janeiro deste ano, oPrograma de Aceleração e Crescimento(PAC) reafirma a política neoliberal, ace-lera as reformas e legitima o acordo do

governo Lula com o capital transnacional, apesardas aparências em contrário. Senão vejamos.

A quantia de R$ 503 bilhões de investimentosprevistos no PAC até o ano de 2.010 em“Logística” (transportes), “Energia” e “Infra Es-trutura Social e Urbana” (habitação e saneamen-to) é apresentada como um empenho do governoe empresários na melhoria da infra-estrutura dopaís e das condições de vida da população brasi-leira. Mas o PAC não significa isso. Em verdade,o Programa se propõe a aumentar os chamadossuperávits primários — ou seja, a parte do orça-mento e recursos públicos destinada ao pagamen-to das dívidas financeiras com o FMI e os gran-des bancos nacionais e estrangeiros. E quer fazeristo através do corte de gastos sociais — princi-palmente com previdência, salário mínimo e ser-vidores públicos — por um período de 10 anos.Não por acaso um dos itens do PAC denomina-se“Medidas Fiscais de Longo Prazo”, prevendo alimitação por 10 anos dos gastos com os servido-res públicos, a limitação do reajuste do saláriomínimo a índices pífios até 2011 e a criação doFórum Nacional da Previdência Social, que visapropor uma nova Reforma da Previdência pararetirar ainda mais direitos dos trabalhadores bra-sileiros.

Cumpre observar que o PAC aprofunda as cha-madas PPPs (Parcerias Público-Privadas). Asmesmas que nortearam a expansão do Metrô deSão Paulo, onde um consórcio formado porempreiteiras encarregou-se da obra cujo desaba-mento, em 12 de janeiro, gerou uma das maiorestragédias da engenharia brasileira.

Regionalcomemora8 de março

Aposentados queremparidade com os ativos

omemorando o Dia Inter-nacional da Mulher, a Re-gional Norte exibirá umvídeo sobre mulheres tra-

balhadoras de todo o mundo, de 5a 9 de março. Em 15 de março, às10h, no Hospital Nise da Silveira,haverá a palestra “A violência e amulher”, com Celina de Oliveira(Sindsprev), Mônica Custódio(Unegro), Irene (UBM) e IsabelCristina Baltazar (MNU), e peça so-bre o mesmo tema.

Seminário – No dia 30 de mar-ço, às 13h, no Hospital do Andaraí,a Regional promove um semináriosobre “Precarização e Fundações”.Compareça.

NITERÓI

Regional denunciaprecariedade do CPNao Ministério Público

NORTE JOÃO AMAZONAS

C

Por Luciana Crespo

pesar de 24 de janeiro ser o DiaNacional dos Aposentados, es-tes não tiveram o que come-morar e, na opinião de EditeAlves dos Santos, da Secreta-ria de Aposentados e 3ª Idadedo Sindsprev/RJ, têm muita lutapela frente. Reconquistar a pa-

ridade com os ativos, que o governo cor-tou, é a principal. “Temos que lutar pelanão desvinculação com os ativos, pelaisonomia salarial, para termos remune-ração integral”, disse Edite. A dirigentesindical ressaltou que, agora que o go-verno reajusta pela pontuação, a situa-ção ficou ainda pior para os aposenta-dos do serviço público: “Quando o ativoganha 60 pontos, o aposentado ganhaapenas 30 pontos”, frisou.

Mas o prejuízo pode não parar aí.Com a nova Reforma da Previdência queo governo quer fazer, os aposentadospodem perder até 30% de seus venci-mentos. “O presidente podia se lembrarde que foi um dos constituintes que assi-

nou a Constituição que está aí e parar detentar mudá-la”, disse Edite. “O gover-no quer que o aposentado servidor públi-co passe para o regime único, mas oRegime Jurídico Único nos garante aisonomia”, afirmou a dirigente.

Edite ressaltou que, ao contrário doque o governo parece pensar, o aposen-tado precisa de mais dinheiro e não demenos, por causa das doenças típicasda idade, como artrose, e dos remédiosnecessários, freqüentemente muito ca-ros. “Além disso, muitas vezes precisa-mos ajudar a família, filhos e netos, nes-ses tempos de desemprego geral”,acrescentou ela.

Até o fechamento desta edição, es-tava marcada para dia 26/02, às 14h, umaassembléia específica para aposentadose pensionistas, no terceiro andar da sededo sindicato. Rolando Medeiros, da Se-cretaria de Administração, vai falar so-bre a situação dos aposentados e pensi-onistas do INSS, que também estão en-frentando dificuldades com o governo.

FO

TO

S: F

ER

NA

DO

DE

FR

AN

ÇA

�315 FEVEIRO 2007

AÇÃO DOS 28%

CARREIRA DA SEGURIDADE

União é citada na ação dos 28% paraministérios da saúde, previdência e trabalho

o último dia 7 de fevereiro, aUnião Federal foi citada naação dos 28% (número 95.0023278-2 1005) para os servi-dores dos ministérios da saú-de, previdência e trabalho.Antes disso, houve despachodo cartório para que se fizes-

se a complementação de informaçãosobre as planilhas da execução, etapajá cumprida pelo Sindsprev. Esta açãojá transitou em julgado (ou seja: nãocabem mais recursos por parte daUnião).

O Departamento Jurídico doSindsprev está tentando contato com

o grupo de procuradores da Advoca-cia Geral da União (AGU) encarrega-do das chamadas ‘ações relevantes’.A finalidade é tentar um acordo queagilize o pagamento da ação, evitandoimpugnações futuras, em moldes seme-lhantes ao celebrado na ação dos3,17% para os servidores do INSS

N

STJ (Superior Tribunal de Jus-tiça) negou, em fevereiro, pro-vimento ao recurso do governodo Estado do Rio contra a sen-tença de 1ª instância que reco-nheceu o direito dos aposenta-dos da saúde estadual ao rece-bimento da Geeled nos mesmos

GEELED

O

Carreira da seguridade foi inúmeras vezes debatida em seminários organizadospelo Sindsprev no Rio de Janeiro

D epois de intensa mobilizaçãoe muita luta, com dirigentes doSindsprev/RJ permanecendomais de três meses emBrasília, caravanas de militan-tes e uma paralisação vitorio-sa de 48 horas, foi enfimpublicada a MP 341, ou o“remendão” da MP 301. Esta

nova MP – que atende aos servidoresdo Ministério da Saúde, da DRT e doMinistério da Previdência – vem corri-gir as contradições da Lei 11.355 (MP301). A MP 341 foi publicada no dia 29de dezembro de 2006 e, entre outrascorreções, troca a palavra “criar” por“estruturar”, suprime os parágrafos 1ºe 2º do artigo 143 (que citava a cargahorária) e abre novo prazo de adesão àcarreira, retroagindo os efeitos financei-ros a março de 2006. Os servidores de-vem assinar o termo de opção rapida-mente, pois o prazo é de noventa dias apartir da edição da Medida Provisória,em 29 de dezembro de 2006.

Efeito negativo

Mas alguns companheiros, doDataSUS e das ex-campanhas,foram afetados negativamente pelamedida. É que, com a MP, a par-cela remuneratória que eles rece-biam foi transformada em VantagemPessoal Não Identificada (VPNIs).O que foi uma alteração de naturezajurídica, trazendo desvantagens comoa perda de vinculação à GAE.

Em duas audiências no dia 2 defevereiro, no Ministério do Planejamentoe na Casa Civil, uma comissão doSindsprev discutiu, entre outros assun-tos, este efeito negativo. Os represen-tantes dos servidores apresentaram oaviso de autoria do Ministério da Saú-de, que pedia a exclusão dos trabalha-dores destes efeitos. O representantedo Ministério informou que esta emen-da não foi trabalhada quando se elabo-rou a MP 341, e que seria feito um de-

É hora de assinar o termo de opção dos 47%

bate interno sobre essaquestão.

A mesma discussão ocorreu naCasa Civil, que também se comprome-teu a fazer o debate para verificar apossibilidade de inclusão pelo relator damatéria (que ainda não foi designado)ou através da publicação de um artigoem nova MP. “É preciso continuarmosatentos, mas todos devem assinar o ter-mo de opção”, disse Roberto Gonçale,dirigente do Sindsprev, que esteve pre-sente nas duas reuniões.

Ação transitou em julgado e Sindsprev quer acordo para viabilizar pagamento

Por Luciana Crespo

FO

TO:

FE

RN

AD

O D

E F

RA

A

Sentença equipara Geeled deservidores aposentados a ativos

moldes e valores que os servidores daativa. O Sindsprev aguarda trânsito emjulgado do acórdão para iniciar a execu-ção da sentença no Rio de Janeiro.

A sentença foi ganha a partir deação movida pelo Sindsprev, pedindo aequiparação da Geeled com efeitos re-troativos.

CalendárioDia 28/02 - reunião conjunta

dos departamentos da saúde

federal, estadual e municipal, às

16h, no Sindsprev/RJ (Rua

Joaquim Silva, 98 – 3º). Pauta:

Informes; Luta contra privatiza-

ção e fechamento das unidades

(Fundação); Luta por salário

digno para todos, pelo DIEESE.

Dia 08/03 - Dia internacional da

Mulher, palestra da Juíza Salete

Maccalóz sobre a lei Maria da

Penha. Local: 12° andar do

Instituto Nacional de Cardiologia

de Laranjeiras.

4� 15 FEVEIRO 2007

O

FO

TO

: N

IKO

projeto de reduçãodo Estado brasilei-

ro, um dos pilares do neoliberalismo, ga-nha força no governo Lula com a pro-posta de privatização da saúde pública.Trata-se de um modelo de gestão maissofisticado do que o que foi adotado noRio de Janeiro pelo governador Marce-lo Alencar, e que foi um fracasso. Issopara não citar experiências mais recen-tes, como do Hospital Geral de Bon-sucesso e do Instituto de Cardiologia deLaranjeiras, que culminaram com a de-missão de um diretor e a suspensãode outro, envolvidos em irregularida-des.

Esse novo modelo de gestão, cha-mado fundação estatal, tem ramifica-ções nas três esferas da administra-ção pública. A doutora em serviçosocial da UFRJ Sara Granemann citacaracterísticas que o definem comomodelo privatizante, como a adoçãodo regime celetista, o pagamento dosserviços (consultas, exames etc), acontratação de serviços sem licitaçãoe o acirramento da mercantilização dasrelações trabalhistas, com a possibili-dade de demissão.

Ela explica que esse modelo sur-giu nos anos 80, quando as grandescorporações capitalistas encontraramnas áreas lucrativas do Estado – pri-meiro nas estatais e, depois, nas polí-ticas públicas – alternativas para acrise que então viviam. A partir daí,diz Sara, se difundiu a lógica de que oEstado é incompetente para gerenciara administração pública, os servido-res ‘são preguiçosos’ e a previdênciasocial é ‘deficitária’.

- Agora, o grande capital precisareformar a gestão dos hospitais fede-rais criando as fundações estatais, quenão são diferentes das organizaçõessociais e outras formas de priva-tização. Elas são privatizações disfar-çadas que levam o nome do Estado.

SAÚDES FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL

Fundações visam privatizar Novo modelo de

gestão precariza

relações

trabalhistas e cria

planos de cargos e

empregos por

unidades

Projeto dos governos nas três esferas(federal, estadual e municipal) tem sidodebatido em seminários organizados peloSindsprev, como no Hospital CardosoFontes (ao lado), para qualificar amilitância a resistir à nova ofensivaneoliberal.

Privatização viafundações implica nodesmonte efechamento deunidades públicas desaúde e precarizaçãodas relações detrabalho. Contra istoservidores e usuáriosvêm lutando emseguidos atospúblicos, como noInstituto SãoSebastião e Alerj (aoalto e ao lado)

Por Vânia Gomes

�515 FEVEIRO 2007

CRISE NA SAÚDE

S ervidores do IASERJ e de ou-tras unidades de saúde do Es-tado do Rio de Janeiro orga-nizam uma luta unificada emdefesa do Instituto e contrasua privatização. Desde o dia30 de janeiro deste ano, o pre-sidente interino do Instituto,Jorge Moll, com apoio da Se-

cretaria Estadual de Saúde, tem demi-tido servidores terceirizados, coopera-tivados e extra quadros, além de fechara emergência e setores estratégicoscomo a Nutrição e o prédio administra-tivo do Hospital Central.

Em resposta às medidas arbitráriasdo presidente interino, os trabalhadoresaprovaram a realização de assembléi-as semanais como forma de mobilizarservidores e opinião pública em defesado IASERJ. No dia 31 de janeiro, umato público fechou a rua HenriqueValadares por 10 minutos, denunciandoa situação do Instituto. O Sindsprev, aAfiaserj (Associação dos Funcionáriosdo IASERJ) e o Sindicato dos Médicos(Sinmed) estudam medidas jurídicaspara sustar os desmandos de Jorge Moll,que tem agido sem consultar as entida-des representativas de servidores.

Desvirtuamento das funçõesdo IASERJ e privatizaçãoOutras medidas de Jorge Moll

criticadas pelos servidores são a limita-ção do número de leitos em 40 no Hos-pital Central, a transferência da Secre-taria de Saúde para a unidade, a sus-pensão das internações cirúrgicas e obs-tétricas e o desvirtuamento das finali-dades do IASERJ, que é atender os ser-

Servidores lutam contra privatizaçãoe fechamento do IASERJ

Medidas do presidente interino incluem demissão de trabalhadores edesvirtuamento das funções do Instituto

vidores públicos. Exemplo desta situa-ção é a transformação do posto daGávea em posto de atendimento 24 ho-ras para os moradores da Rocinha. “OIASERJ foi construído com recursosdos servidores e o governo não tem odireito de fazer o que está fazendo ago-ra”, protesta a presidente da Afiaserj,Mariléa Ormond, que também critica aforma como os cooperativados, terceiri-zados e extra-quadros estão sendo dis-pensados. “Somos favoráveis ao con-curso público, mas tinha que haver umatransição. Os trabalhadores não podemser tratados como objetos descar-táveis”.

Servidores do Hospital Central cri-ticam e consideram suspeito o fecha-mento do prédio administrativo, ondefuncionam especialidades como cardio-logia, pneumologia, pediatria e materni-dade. Segundo eles, ao contrário do que

afirma o presidente interino, as instala-ções do prédio não estão sucateadas e,como exemplo, citam a UTI NeoNatal.Os trabalhadores acham que, por trásda medida, está a intenção de privatizaro IASERJ.

A crise do Instituto será objeto dediscussão numa assembléia geral detoda a saúde do Rio, marcada para 28de março, na ABI.

Fim do InstitutoSão Sebastião

Como parte da ‘reestruturação’ doIASERJ, o governo do Estado tambémataca o Instituto de Infectologia SãoSebastião, no Caju. Em Janeiro, a Se-cretaria Estadual de Saúde anunciou atransferência de pacientes daquela uni-dade para o IASERJ, encerrando o ser-viço de tratamento de doenças infecto-contagiosas ali existente.

Servidores em ato no pátio do IASERJ, quando repudiaram as medidasautoritárias do governo Sergio Cabral e a tentativa de fechar a unidade

FO

TO:

FE

RN

AD

O D

E F

RA

A

FO

TO:

FE

RN

AD

O D

E F

RA

AF

OT

O:

NIK

O

saúde

Para a diretora do Sindsprev ClaraFonseca, ‘o que está em jogo é o fim doserviço público’, tanto é que as três es-feras de governo se uniram em tornodesse projeto. Segundo ela, a lógica donovo modelo será ‘quem tem dinheiropara pagar passa na frente’; o restantefica na fila de espera’, o que já estáocorrendo no serviço de transplante decoração do Hospital de Cardiologia deLaranjeiras.

Greve pode ser saída para enfrentar projeto- Quem optar pelas fundações vai

engrossar a fileira dos pedevistas, coma desvantagem de não receber indeni-zação pelos anos trabalhados.

‘Em âmbito estadual’, afirma Gilber-to Mesquita, diretor da Regional da zonaoeste, ‘o processo de desmonte está emestágio adiantado’. Segundo ele, os hos-pitais continuam sucateados, faltam ser-vidores e equipamentos, a contrataçãoestá sendo feita por títulos e unidades

estão sendo fechadas, como o InstitutoSão Sebastião e o Iaserj.

- Adotaram o sistema de fundaçãono Instituto Aloísio Pinho de Castro, noHumaitá, que faliu. Acabou em auditoriapara apurar desvio de conduta e de di-nheiro. A saída não é fundação, mas aadoção de uma política séria, com inves-timento e condições dignas de trabalho.

Alternativa essa que vem sendo

defendida pelo Sindsprev há muitosanos, segundo o diretor Júlio Tavares, eque está sendo intensificada com o ob-jetivo de deter as reformas do governoLula. ‘Já iniciamos esse debate, e te-mos a tarefa fundamental de mobilizara categoria para enfrentar esse projeto,que está em ritmo acelerado. Se fornecessário construiremos uma grandegreve no serviço público para barraresse processo’ – afirma o dirigente.

Novo modelo antecipareforma trabalhista

e sindical

Para o diretor do SindsprevRoberto Gonçale, esse modeloestá diretamente associado ‘auma visão política global cen-trada em metas, produção, efi-ciência, modernidade e mar-keting’. Ele considera absurdaa destinação de verba suplemen-tar do Sistema Único de Saúde(SUS) para compor a remune-ração dos gestores, uma vez quenão há recursos suficientes paraviabilizar o sistema.

Ele critica ainda o modelo degestão profissional proposto, oque, na avaliação dele, não vaidar uma dinâmica diferenciadaà administração nem alterarsubstancialmente a relação depoder. ‘Se é para reformar ogerenciamento, que seja entre-gue ao controle social’. Para adiretora do Sindsprev CristianeGerardo, a ausência do controlesocial pode acarretar sérios pro-blemas, como de um usuário dis-putando leito com um pacientede plano de saúde, o que já ocor-reu em algumas fundações.

Segundo ela, esse novo mo-delo de gestão visa, sobretudo,‘enganar os servidores estatu-tários com falsas promessas deaumento salarial’. ‘O objetivo éfazer com que o servidor peçademissão e seja contratado pelaCLT, com salário composto deuma parte fixa e outra variável,mediante avaliação de desem-penho’. E alerta: ‘Esse projetoataca a organização dos traba-lhadores e decreta o fim daisonomia, já que cada fundaçãoterá um plano de cargos e em-pregos. Esse novo modelo ante-cipa a reforma trabalhista e sin-dical do governo Lula’.

Por André Luis Pelliccione

6� 15 FEVEIRO 2007

PDV

O Movimento Nacional Unifica-do pela Readmissão/Reinte-gração dos Pedevistas(MURP) prepara pedido derepresentação, junto ao Minis-tério Público Federal (MPF),

para que aquele órgão investigue a his-tória dos programas de demissão volun-tária (PDVs) e as consequências paraos servidores públicos federais que a eleaderiram a partir de 1996. Um dos ele-mentos que fundamentarão a denúnciaao MPF é a existência de ‘propagandaenganosa’ na época dos PDVs. “Nos-sa idéia é que o Ministério Público de-signe um procurador para acompanharo nosso caso”, explica Jorge Godoy, daComissão Nacional do MURP.

Com a finalidade de comprovar aexistência da propaganda enganosa foique, em janeiro deste ano, o MURPsolicitou, ao Banco do Brasil e ao Sebrae(Serviço Brasileiro de Apoio à Micro ePequena Empresa), declarações for-mais de que os pedevistas nunca usu-fruíram de nenhuma linha de crédito ouapoio à requalificação profissional emfunção de terem aderido ao PDV.“Quando aderirmos ao PDV, procura-mos o Banco do Brasil e lá nos respon-deram que ‘não haviam combinado’nada com eles. No Sebrae, a respostafoi parecida, com a agravante de quenos pediram três cheques pré-datados”,explica Jorge Godoy, da Comissão Na-cional do MURP.

Outro órgão solicitado a emitir de-claração específica sobre os pedevistas

MURP pede investigação do Ministério Público sobreprogramas de demissão voluntária

Objetivo é comprovar irregularidades e propaganda enganosa, fundamentando pedido de reintegração/readmissão

Por André Pelliccione

foi o Ministério do Trabalho, posto nãoter o mesmo jamais enviado pelo cor-reio, a todos os pedevistas, o conjunto deorientações para a retomada da vida pro-fissional, conforme prometido à época.

O exame demissional foi outro di-reito dos pedevistas desrespeitado. Pre-visto na legislação trabalhista, o exameé obrigatório e deveria ter sido feito pelosórgãos de origem dos trabalhadores. Éa seus respectivos órgãos de origem queos pedevistas devem solicitar agora umadeclaração de que jamais foram sub-metidos ao demissional. Os pedidos aoBanco do Brasil, Sebrae e Ministério doTrabalho baseiam-se no artigo 5º da

Constituição Federal, parágrafos 33 e34, alíneas ‘a’ e ‘b’, que dizem: “todostêm direito a receber, dos órgãos públi-cos, informações de seu interesse par-ticular ou de interesse coletivo ou ge-ral” (.....)

Promessas não cumpridasSegundo Godoy, a propaganda en-

ganosa pode ser percebida por duascartilhas do PDV. A primeira, de 1996,editada pelo então Ministério da Admi-nistração e Reforma do Estado(MARE). A segunda, em 1999, pelogoverno federal. Na de 96 (páginas 16e 17) há um sub-item “Apoio para reto-mada da vida profissional”, onde se lê

textualmente que haveria orientaçãopara busca de novo emprego, aberturade negócio próprio e requalificação ouaperfeiçoamento profissional. O textofinalizava dizendo que a administração‘enviaria pelo correio, para todos osoptantes pelo PDV, informações sobreesse programa’. “Até hoje nenhumpedevista federal recebeu qualquer cor-respondência com o prometido deta-lhamento do programa de apoio aos tra-balhadores. Essas falsas promessassão alguns dos argumentos que utiliza-remos para nossa readmissão e reinte-gração”, afirma Godoy, que consideraa cartilha de 99 ainda mais enganosapor ter prometido linha de crédito paraos pedevistas através do Banco do Bra-sil e participação em programa de trei-namento do Sebrae.

A reunião de elementos que com-provem a existência de propaganda en-ganosa contra os pedevistas foi discuti-da em novembro de 2006, durante au-diência do MURP com o assessor es-pecial da presidência da república,Ricardo Collar. Na ocasião, Collar ma-nifestou a preocupação do governo comas demandas financeiras envolvidasnuma possível readmissão/reintegraçãodos pedevistas. Uma das alternativaspropostas pelo MURP foi a de proce-der à readmissão/reintegração com apossibilidade de ressarcimento, aos co-fres da União, do valor da indenizaçãopaga por ocasião do PDV.

Provavelmente em março deste ano,a Comissão Nacional do PDV retornaráa Brasília para conversar com deputa-dos e senadores e reativar a Frente Par-lamentar Mista do PDV.

Em 2006, lançamento da Frente Parlamentar Mista do PDV lotou o auditório naABI, estimulando a mobilização pela reintegração/readmissão em todo o país

é palavra francesa quevem do latim ‘nativus’, quequer dizer ingênuo, puro. Atradução exata é uma arte

que não tem escola, baseada na criação livre. Qual-quer um pode ser NAIF, que é a mãe de todas aspinturas e representa sempre a alegria, a infânciade todos nós, o circo, que está presente em tudo”.

Como muitos pintores “Naif”, o cardio-pedia-tra Telmo Carvalho tem plena consciência do sig-nificado e dos limites (se é que existem) para suaarte, que desde dezembro de 2006 está expostaem painel no Instituto Nacional de Cardiologia deLaranjeiras. Além de quadros pendurados nos cor-redores, destaca-se um painel gigante, tomando todauma parede da sala de espera do 4º andar. Feito

Médico do INCL usa pinturas para melhorartratamento de crianças com cardiopatia

Exposição permanente de Arte Naif inclui quadros e painel

ARTE NAIF

com aplicação direta de tinta comum sobre a pare-de, o painel faz alusões a uma pluralidade de símbo-los e ícones conhecidos da cultura de massa, como ofilme ‘Casablanca’ (clássico do cinema), a logomarcada Coca-Cola, artistas como Tom Jobim e RobertoCarlos, o bairro de Ipanema, mar, sol, prédios, mor-ros, céu e praias do Rio de Janeiro. Em todas asobras, um elemento comum marca sua presença: afigura de um avião.

“Os hospitais não podem mais continuar sendoespaços pesados, com paredes cinzas. Está com-provado cientificamente que a alegria melhora o es-tado geral das crianças e pacientes, diminuindo suaansiedade e o tempo de permanência nos hospitais”,explica Telmo. O painel faz parte da campanha ‘Porum Coração Feliz’, com apoio da direção do INCL.

“Naif

Acima, um dos quadros do médico Telmo Carvalho, no INCL

FO

TO:

FE

RN

AD

O D

E F

RA

A

FO

TO

: N

IKO

�715 FEVEIRO 2007

123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789123456789012345678901234567890121234567890123456789

FUNASA

bandonada pelaPrefeitura deNova Iguaçu —que até hoje não

cumpriu as promessas de asfaltamento,implantação de saneamento básico emelhorias na atenção à saúde — a co-

Parque São Francisco de Paula cobra promessasnão cumpridas nos últimos 3 anos

Moradores debatem, no dia 10/03, formas de pressionar autoridades por suas reivindicações

munidade de moradores do Parque SãoFrancisco de Paula, no quilômetro 32 daantiga Rio-São Paulo, debaterá formasde pressionar as autoridades por suas rei-vindicações. A idéia de pessoas interes-sadas pela melhoria do bairro é aprovei-tar a Feira de Ação Social do dia 10 de

março, a partir das 8h, na praça do KM32, para iniciar o debate e propor açõesconcretas. A reunião é organizada pelaIgreja de Santo Agostinho, do KM 34, eoutras lideranças religiosas da região.

Posto de saúde no brejo evalas a céu aberto

Em 2006, a prefeitura mais uma vezanunciou um possível asfaltamento emelhorias na infra-estrutura do ParqueSão Francisco de Paula, repetindo aspromessas feitas (e não cumpridas) porLindberg Farias (PT) durante a cam-panha eleitoral de 2004. Em outubro doano passado, quando a reportagem doSindsprev esteve no KM 32, a comuni-dade continuava cobrando uma soluçãopara as valas a céu aberto, entre outrosproblemas. “Nosso posto de saúde estáno brejo e continuamos cercados deratos e caramujos, sem apoio das auto-ridades”, protesta o morador AntônioOliveira de Andrade, Agente de Con-

trole de Endemias da Funasa, que con-sidera fundamental a comunidade semobilizar de forma autônoma em rela-ção a partidos e governos. Ele lembraque no CIEP Luis Henrique Novaes(395) e em outras escolas da comuni-dade faltam professores.

Samba ironiza promessasnão cumpridas

As promessas não cumpridas pelospolíticos no 32 transformaram-se em umsamba do compositor Vuba, morador dacomunidade, para o Carnaval deste ano,que diz: “Ecoou pelo ar... históricas epromessas nos comícios, de dar prapopulação, asfaltos e os postos equi-pados, você votou e acreditou, quevinha melhorias pro seu bairro (....)”.....”O 32 não é brinquedo não. Sópra viver de ilusão, eles prometemque agora vai dar certo, e o povo votacerto, mas só ver lama no chão. E opovo....”

ALamas e buracos fazem parte do cotidiano dos moradores no KM 32

Assembléias de reintegrados vêm, desde o ano passado, discutindo emprofundidade a luta pela equiparação salarial na Funasa

FO

TO:

FE

RN

AD

O D

E F

RA

A

Audiência conjunta discutirá equiparaçãode salários para reintegrados da Funasa

Por Luciana Crespo

m reunião no dia06 de fevereirocom o diretor ad-ministrativo da

Funasa, Wagner de Barros, e o coor-denador de Recursos Humanos, CarlosSenna, em Brasília, a Comissão de Re-integrados do Sindsprev discutiu a rea-lização de uma reunião conjunta de re-presentantes do órgão, dos Ministériosda Saúde e do Planejamento e do sindi-cato sobre a equiparação salarial entreos empregados públicos (reintegrados)e demais servidores da Funasa. Issoimplica no recebimento das mesmascorreções e gratificações que compõema remuneração dos trabalhadores efe-tivos, tais como GESST(206,00);GEDASST(302,00) e PCCS(47,11%).Esta reunião já tinha sido previamenteacordada com o representante do Pla-nejamento, Idel Profeta, em reuniãocom a Comissão dos Reintegrados em02 de fevereiro, em Brasília.

Na reunião com Wagner de Barrosfoi acordado que a audiência conjuntaserá possivelmente em 28 de fevereiro,a confirmar. Sobre as férias de 2006,ele se comprometeu a acompanhar pes-soalmente o andamento para agilizar omais rápido possível, e ficou de dar umaresposta no dia 13 de fevereiro, mas,até o fechamento desta edição, aindanão havia resposta.

Última chamada para açãode indenização de campo

Conforme já anunciado, o Depar-tamento Jurídico do Sindsprev elabo-rou ação judicial, com pedido de an-tecipação de tutela, pelo pagamentoimediato da indenização de campo edas diferenças devidas a partir de2005, por força do Decreto 5.554/2005,que prevê reajuste de 80%. A açãoestá sendo movida em grupos de 5autores. Para participar, o trabalha-dor da Funasa deve ser sindicali-zado e comparecer à sede doSindsprev, de 9 às 17h , ou a qual-quer uma das regionais (veja rela-ção abaixo), para assinar a procura-ção, munido dos seguintes documen-tos: CPF, carteira de identidade, con-tracheques dos meses de Out. e Nov./2005 e de Out. e Nov./2006.

Regional Baixada I – Rua CésarLemos nº 110 – SLCaxias – Clube Belém – RuaPastor Pedro Belarmino,143 (emfrente Rodoviária velha)

Regional Baixada II – TravessaIrene, 39, salas 301 e 302

Regional Campo Grande – RuaAmaral Costa, 475, Sobrado

Regional São Gonçalo – RuaFeliciano Sodré nº 154 Fundos

Regional Niterói – Rua MaestroFeliciano Toledo, 488, sala 101

Regional Costa Verde – P.ACentral, Controle de Epidemiologia

E

Os representantes da Funasa emBrasília se reuniram com a Coorde-nadoria de Recursos Humanos do Riode Janeiro, para tratar dos direitos dasviúvas dos reintegrados. Elas terão to-dos os direitos garantidos desde quesejam aptas por lei a receber. Quantoàs carteiras funcionais, já foram autori-

zadas. Os reintegrados devem ir ao se-tor de RH, que confeccionará as car-teiras com todos os dados e também onúmero do PIS.

Os 80 reintegrados da Funasa quenão receberam indenização de campodevem ser pagos ainda no mês de fe-vereiro.

SINDSPREV COMUNITÁRIO

FO

TO

: N

IKO

8� 15 FEVEIRO 2007

O

INSS

esrespeitando asnegociações doSindsprev com oGerente Regional

Sudeste, Nestor Grewe, al-gumas gerências do INSS noEstado do Rio procederamao desconto dos dias para-dos em outubro, durante omovimento de protesto con-tra a arbitrariedade das for-ças-tarefa. Os descontoscomeçaram a ser efetuadosem dezembro de 2006 e ja-neiro deste ano. Em alguns ca-sos, servidores tiveram descon-tos superiores a R$ 500,00 no

Sindsprev quer reuniãourgente com Força-Tarefa

o início deste ano, o Sindsprev cobrou de ManoelLessa, representante da gerência regional do INSSno Rio, a realização de reunião específica entre oSindicato e a Força-Tarefa, conforme prometido em

2006 pelo gerente regional Sudeste, Nestor Grewe. A reu-nião com a Força-Tarefa é uma das principais pendências,posto já terem sido tomadas algumas medidas administrati-vas sugeridas pelos servidores para aumentar a segurançana concessão de benefícios. O Sindsprev também está co-brando diretamente do governo, através do MPS, a realiza-ção desta reunião. “Já conseguimos avançar em algumasquestões, mas a conversa com a Força-Tarefa é fundamen-tal. Achamos que os fraudadores da previdência têm que serpunidos e presos. O que não pode é tratar servidores inocen-tes como se fossem criminosos. Continuamos receosos daatuação da Força-Tarefa”, afirma Rolando Medeiros.

1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890123456789012345678901212345678901234567890

GDASSVALORES ATUAIS E VALORES MÁXIMOS PROPOSTOSPARA MARÇO/2007

SERVIDORES ATIVOSVALOR VALORATUAL Máximo

PROPOSTO

Nível Classe R$ R$

S 1.200,00

C 1.080,00NS

B459,00

1.020,00

A 960,00

S 905,00

C 814,00NI

B210,00

769,25

A 724,00

S 340,00

C150,00

306,00NA

B 272,00

A 255,00

Sindsprev cobra do MPS atendimento de pendênciasPor André Pelliccione

Abusos da Força-Tarefa foram denunciados por servidores Minuta de decreto anistiando dias paradosestá no Planejamento

contracheque.Em razão dos protestos do

Sindsprev e da Fenasps, o setor

de Recursos Humanos(RH) do INSS emitiu docu-mento para o Ministério daPrevidência, com minuta dedecreto presidencial anisti-ando as faltas. O documen-to está no Ministério do Pla-nejamento (MPOG), queainda não respondeu sobresua tramitação. “Inúmerasvezes já fizermos greve portempo indeterminado e nun-ca tivemos desconto dosdias parados. Como querem

descontar agora? Essa medidaé arbitrária e inaceitável”, ava-lia Rolando.

Rolando (acima) questiona desconto edenuncia arbitrariedade

N D

acordo para pagamen-to dos 3,17% já foi as-sinado e enviado para aJustiça Federal, com

cálculos apresentados pelo Gru-po de Trabalho (GT) do INSS,segundo parâmetros definidospela Procuradoria Federal do Ins-tituto, em Brasília, que concor-dou com os cálculos apresenta-

O

Pagamento dos 3,17% aguarda respostada Justiça sobre RPV eletrônico

dos. Após depuração para verifi-car quem já havia recebido os3,17%, INSS e servidores con-cordaram com os valores e oacordo está na Justiça, à esperade autorização do pagamento viaRPVs (Requisição de PequenosValores), procedimento adotadopara quem tem até 60 saláriosmínimos a receber. Se a Justiça

concordar com o pagamento viaRPV eletrônico — o que deve serinformado após o Carnaval — aexpectativa é de que o pagamentoseja efetuado até o final de mar-ço. Se não concordar, o meca-nismo será um pouco mais demo-rado, mas com previsão de pa-gamento ainda no primeiro se-mestre de 2007.

egundo o acordado nasnegociações com o go-verno, a partir de mar-ço deste ano haveránovos valores máximospara a GDASS (Grati-

ficação de Desempenho da Ati-vidade do Seguro Social) nos ní-veis elementar, intermediário esuperior, limitado a 60 pontos ecom diferenciação de classes nointerior de cada um dos níveis —veja quadro. Não se sabe aindase o governo enviará Projeto deLei (PL) ao Congresso Nacionalou cuidará da matéria via Medi-da Provisória (MP). O governotem prazo para fazer isto até omês de março.

Segundo o disposto no acor-

avaliação (institucional e individu-al), da seguinte forma: nos primei-ros 6 meses, a partir de marçode 2007, a GDASS teria valoresfixos correspondentes a 60 pon-tos e não sujeitos à avaliação. Pelodisposto no acordo, ao final des-ses seis meses (iniciados em mar-ço de 2007) seria avaliado o tri-mestre anterior, com possibilida-de de os servidores chegarem àpontuação máxima (100 pontos).O governo, no entanto, afirmouque a pontuação máxima só serápossível de ser atingida a partirde março de 2008, condicionadaà avaliação global (institucional eindividual). Em compensação, osvalores fixos da GDASS (máxi-mo de 60 pontos) seriam pagosde março de 2007 a março de2008, não sujeitos à avaliação.

O governo ainda não forma-lizou o que disse e o Sindsprevcontinuará cobrando a edição deum PL ou Medida Provisória. “Sepor um lado a situação não aten-de a todas as reivindicações dosservidores, por outro o governoteve que ceder na extensão dopagamento da GDASS não con-dicionada à avaliação. Não foitudo o que queríamos, mas tam-bém não foi o que o governo que-ria”, avalia o diretor do SindsprevRolando Medeiros.

Sindsprev e a Fenasps têm, junto ao Ministério da Previ-dência (MPS) e ao INSS, pressionado pela solução de pen-dências e atendimento das principais reivindicações dosservidores do Instituto, como cumprimento do acordo de

greve 2005/2006, pagamento dos 3,17%, fim das arbitrariedadesdas forças-tarefa e reversão no desconto salarial por conta da pa-ralisação de 48h realizada em outubro de 2006. A seguir, publica-mos os principais informes sobre cada um desses itens.

S

Novos valores da GDASSa partir de março/2007

do de greve 2005/2006, após am-pla discussão com as entidadesrepresentativas dos servidores, ogoverno deveria ter apresentado,até o 1º semestre do ano passa-do, um Projeto de Lei para aper-feiçoar a carreira do seguro so-cial e garantir a incorporação detodas as gratificações (GAE,GDASS, GESS e Abono Pecu-niário). O que, na época, não foirespeitado. Ao invés disso, o go-verno garantiu apenas R$ 360milhões, insuficientes para cum-primento do acordado.

Diante do impasse, uma dassoluções propostas nas negocia-ções foi então destinar esses re-cursos à correção da GDASS, aser paga segundo mecanismo de

FO

TO

: N

IKO

FO

TO

: N

IKO