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Boletim dos ProfessoresBoletim dos Professores
ISSN 1646-0219
www.min-edu.pt
Junho 2009
ISSN 1646-0219
www.min-edu.pt
Junho 2009
16NúmeroEspecial
O Magalhães nas escolas de norte a sulO Magalhães nas escolas de norte a sul
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Curva e contracurva, com o rio Paiva como pano de das imagens. “A galinha disse cocorococó”, lê, sem
fundo, rodeado por encostas verdejantes, nas imediações hesitação. “O rapaz veio e fugiu com o pintainho”,
de Castelo de Paiva, o cenário é de tal tranquilidade, “Nasceu o crocodilo” e “Ao fim fizeram um bolo” são
que o tempo quase parece ter parado. No entanto, algumas das frases que acabou de redigir, demonstrando
quando se abre a porta da sala de aula, na Escola EB1 já um bom domínio da nova ferramenta de trabalho.
da Cepa, o contraste entre a paisagem circundante
e o que se passa no interior da escola leva a perceber “Tive de começar por trabalhar aspectos muito básicos,
que, afinal, o tempo passou por aquelas paragens, como aprender a ligar e a desligar o computador,
levando as novas tecnologias aos alunos de Fornos. a procurar as letras no teclado e a escrever no Word”,
enumera Graça Sousa, que se demonstra satisfeita com
Sentadas numa sala com as mesas dispostas em U, as a rapidez com que as crianças aprendem a funcionar
crianças do 1.º ano trabalham, com grande concentração, com o Magalhães. “Está a ser positivo, é uma boa
nos respectivos Magalhães, recentemente estreados. “Eu ferramenta para diversificar as estratégias de trabalho.”
fiquei feliz”, diz Diana, de 7 anos. “Eu também”, concorda
Beatriz, de 6 anos, sentada ao seu lado. “Não sabia Para diversificar as estratégias de trabalho utilizadas, a
mexer no computador e agora já sei fazer muitas coisas”, professora definiu três momentos semanais para trabalhar
prossegue Diana. “A professora ensinou-nos”, refere com o portátil: o primeiro, à segunda-feira, para
Beatriz, que não perde a oportunidade de enumerar desenvolver a área da Língua Portuguesa; o segundo,
aquilo que já aprendeu. “Aqui dá para escrever, aqui são à quarta-feira, no tempo de Estudo Acompanhado; e
os jogos, aqui dá para pôr música, aqui dá para ver um terceiro, à quinta-feira, no tempo de Apoio ao Estudo.
a bateria que ainda temos e aqui é o Photo Story.”
Enquanto no tempo de Estudo Acompanhado está
É precisamente no Photo Story que os alunos estão a explorar a Diciopédia com os alunos, realizando
a trabalhar, dando continuidade a um projecto já iniciado pesquisas sobre animais, no tempo de Apoio ao Estudo
sobre o livro Os Ovos Misteriosos, da autoria de Luísa reforça as competências ao nível da Língua Portuguesa,
Ducla Soares. A professora da turma, Graça Sousa, aproveitando para investir nos “casos de leitura”. Previsto
explica como tudo começou: “Primeiro, lemos o livro, para a próxima semana, está o trabalho na área
e cada um dos alunos fez um desenho de uma parte da Matemática, através da exploração do Clic Mat. “Estou
da história. Digitalizei os desenhos e passei-os com a pen a preparar-me. Tenho de continuar a autoformar-me
para os computadores. As crianças recontaram oralmente para prosseguir com o trabalho”, afirma a professora.
a história e gravámos as vozes, de acordo com os
desenhos. Agora estão a fazer o reconto escrito do livro,
imagem a imagem.”
Pedro, de 6 anos, confessa que está muito contente
porque nunca teve o Magalhães e agora tem, explicando,
com entusiasmo, qual o trabalho a realizar: “Nós vamos
escrever a história. Abrimos aqui e escrevemos assim”,
exemplifica, abrindo a janela de texto correspondente
e começando a carregar nas teclas para fazer aparecer
as letras no local apropriado.
Menos dado à conversa, Paulo, ao seu lado, já vai
adiantado no reconto da história, escrevendo
com segurança um pequeno texto para cada uma
Os alunos do 1.º ano escrevem uma história
recorrendo ao Photo Story
Na Escola EB1 da Cepa, localizada em Fornos, num cenário de tranquilidade, a chegada
dos Magalhães, aguardada com expectativa pelas crianças, foi o pretexto para
desenvolver novas estratégias de trabalho nas diversas áreas curriculares.
Agrupamento de Escolas de Castelo de PaivaAs novas tecnologias num cenário onde o tempo parece ter parado
Agrupamento Domingos CapelaEscola do futuro está em Espinho
Um rectângulo de luz. Uma criança envolta por claridade. Os alunos obedecem sem hesitar. Aqui, a linguagem
Um marcador digital na mão. Um título em “letras dos números, das ciências ou das letras mistura-se com
de máquina” à cabeça do quadro: “Matemática: Resolve a linguagem das novas tecnologias. É um hábito que tem
as operações”. Concentrado, Nuno desenha lentamente menos de três meses, desde que a Plataforma Camões
um 9 por baixo da coluna das unidades. Por cima, lê-se: foi inaugurada na escola, no dia 2 de Março, mas que já
“987 - 498 =”. está interiorizado por todos.
A Plataforma Camões resulta de uma cooperação entre
o município de Espinho e a empresa Microfil – Tecnologias
de Informação, e consiste numa rede que permite
a interligação entre alunos e professores através
dos computadores Magalhães e dos quadros interactivos.
Com este equipamento é possível acompanhar uma aula
em salas diferentes ou até mesmo a partir de casa – basta
uma ligação à Internet. “É uma excelente ferramenta de
trabalho com o Magalhães”, salienta Susana Couto.
O desenvolvimento do projecto contou também com
a participação dos professores na afinação dos conteúdos
produzidos. Maria Fernanda Ribeiro, coordenadora
da escola, elogia a “colaboração e a disponibilização
dos professores” envolvidos neste projecto. Opinião
partilhada por Fernanda Marques, vice-presidente
do conselho executivo do agrupamento, para quem
os docentes “aderiram em pleno”. A Plataforma pode
trazer também benefícios na partilha de informação entre
docentes, por exemplo para a “planificação das aulas”,
destaca Maria Fernanda Ribeiro.
Num breve instante, nas mesas que se estendem pela sala Por enquanto, os Magalhães fazem parte do dia-a-dia
em frente de 17 crianças, 17 computadores Magalhães de todas as aulas. Durante a semana, ficam sempre
vêem aparecer o pequeno 9 desenhado por Nuno. no aconchego da escola e só ao fim-de-semana
Aqui, os quadros das quatro salas de aula da escola são os pequenos computadores azuis convivem com o resto
interactivos. Automaticamente, tudo o que se escreve da família. A estratégia resulta de um acordo da escola
nestes quadros ganha forma nos ecrãs dos computadores. com as com crianças e com os encarregados de educação.
O cenário é quase futurista mas as aulas guiam-se
pelas mesmas coordenadas. De regresso à sala, é a vez de Mónica tentar resolver um
exercício no quadro interactivo. Susana Couto permanece
Susana Couto, professora da turma do 2.º ano, atenta. Na parede lateral lê-se um recorte de jornal:
acompanha as crianças como sempre fez. Junto ao “Espinho com salas de aula do futuro”. Quem aqui chega
quadro ou mais próxima da turma, faz perguntas e incita percebe que o futuro já está presente.
à descoberta, com paciência atenta. Nuno termina
e não tarda a escutar o incentivo: “Muito bem!” Escuta-se
a voz da professora: “Vamos desbloquear agora…
Toda gente.”
O quadro interactivo permite trabalhar
colectivamente utilizando o Magalhães
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Na Escola EB1/JI Quinta da Seara, em Silvalde (Espinho), desenha-se o futuro da escola. Aqui,
a Plataforma Camões equipou todas as salas com quadros interactivos com uma tecnologia que
permite trabalhar colectivamente nas aulas ou até a partir de casa. Tudo por causa do Magalhães.
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Ao todo, crianças e idosos, são cerca de 40 pessoas
dentro da sala da professora Conceição Coelho,
na Escola EB1 da Cruz da Areia, em Leiria, mas o ruído
não sobe de tom. Sentados em grupos, onde coexistem
sempre duas gerações, miúdos e graúdos, compenetrados
nas suas tarefas, parecem saber muito bem o que têm
de fazer.
O grupo do Céu, constituído por três adultos e por quatro
crianças, afadiga-se nos preparativos para a apresentação
do trabalho final, para a qual falta menos de um mês.
Em conjunto, pesquisaram na Internet sobre o que havia
no céu, e as crianças escolheram cada uma a sua
personagem: o céu, o sol, a lua e a estrela cadente.
A partir dessas personagens, escreveram uma história
no computador, colaram imagens retiradas da Internet,
fizeram desenhos, criaram um documento em PowerPoint,
inventaram fatos e, agora, estão a ensaiar uma peça No ano lectivo anterior, este grupo de adultos colaborou
de teatro em que todos têm um papel a desempenhar. na aula da professora Conceição Coelho, com os seus
alunos do 4.º ano, e, neste ano lectivo, continuou com
O grupo dos Golfinhos, o mais adiantado no trabalho a mesma docente, com os novos alunos do 1.º ano. Tal
com a criação de uma história em PowerPoint sobre como refere Maria da Cruz Gago, de 69 anos, “no ano
a Abelha Maia, está ocupado a fazer o convite para o dia passado, aprendemos muito com os alunos do 4.º ano
da apresentação, recorrendo ao Magalhães, para enviar e, neste ano, já somos capazes de ensinar aquilo que
a todos aos convidados, entre os quais se incluem aprendemos às crianças do 1.º ano.”
as famílias das crianças.
“Os adultos e as crianças aprendem uns com os outros”,
Quanto ao grupo da Zebra, quase a finalizar o seu afirma Joana Viana. “As crianças têm muita facilidade
trabalho, foi para uma salinha preparar a sua história na aprendizagem das tecnologias e adquirem novos
recorrendo ao Photo Story, um programa incluído conhecimentos com grande rapidez. Os adultos ajudam
no Magalhães que permite fazer animações. Com a seleccionar e a organizar a informação, bem como
os desenhos das crianças e dos adultos, uns e outros a encontrar uma metodologia de trabalho. Ao mesmo
lêem os seus diálogos, o que resulta numa harmonia tempo, a partilha entre duas gerações conduz ao
de vozes, umas ainda a ler de uma forma hesitante, desenvolvimento de competências a nível pessoal, como
e outras mais calejadas que se exprimem no tom o respeito pelos outros e pelas regras de convivência.”
de quem conta histórias aos netos.
Relacionado com o projecto curricular de turma,
Todos estes intervenientes estão abrangidos pelo Projecto que incide sobre os contos tradicionais, o trabalho
Teclar, que tem como objectivo ensinar e aprender entre desenvolvido neste ano lectivo permite, segundo
gerações com as tecnologias. Iniciado em 2005, a professora da turma, “levar os alunos a fazerem
por iniciativa de Joana Viana, então finalista do curso de a consolidação daquilo que aprenderam na aula noutros
Ciências da Educação na Escola Superior de Educação contextos”. A existência do Magalhães, na sua opinião,
de Leiria, o projecto já vai no quarto ano, contando veio facilitar este trabalho, na medida em que possibilita
pela primeira vez com o mesmo grupo de adultos que “cada criança tenha acesso ao seu instrumento
pelo segundo ano consecutivo. de trabalho de forma simples e prática”.
No projecto Teclar, crianças e idosos trabalham
em conjunto através das novas tecnologias
O que fazem duas gerações numa sala de aula do 1.º ciclo, rostos infantis emoldurados por cabelos morenos ou loiros
e rostos já com rugas rodeados de cabelos grisalhos? Todos os rostos, os das crianças do 1.º ano e os dos adultos da geração
mais velha, se inclinam para o ecrã do Magalhães, enquanto as mãos, umas mais pequenas e com pele mais lisa e outras
maiores e com a pele mais enrugada, carregam no teclado e movem o rato, ao sabor dos projectos definidos em conjunto.
Agrupamento de Escolas José SaraivaDuas gerações a teclar no Magalhães
Agrupamento de Escolas de Rio de Mouro Padre Alberto Neto “O Nosso País” através do computador Magalhães
Pessoas que nascem cheias de cabelo e que o vão Todas as novidades são introduzidas através de uma pen
perdendo na adolescência, pele rosada e cabelo verde, comum aos vários Magalhães, o que permite que todos
nariz pontiagudo… – estas são algumas das características tenham acesso aos trabalhos uns dos outros.
dos marxalaneses, habitantes do Marxalau, um país
inventado pelos alunos do 4.º C, no âmbito do projecto A professora lembra constantemente os meninos
“O Nosso País”, que tem como tema central a cidadania. da necessária atenção e concentração para aprenderem
a introduzir imagens no PowerPoint, ou inserir o tipo
Divididos em três grupos, os alunos inventaram o país de letra, o título, entre outras tarefas que estes alunos
ideal onde gostariam de viver, a Internet serviu de ajuda já praticam com destreza, concentração e entusiasmo.
para pesquisa da língua, da moeda, das principais
actividades económicas, dos direitos e deveres, O tema do dia era os animais: começaram por estudar
da densidade populacional, para localizar o país o tigre, enquanto a professora dava as coordenadas,
no mapa-mundo (descobrindo o Google Maps), e todos, a ritmos não muito diferentes, sabiam minimizar,
as respectivas fronteiras, identificar os continentes ir buscar uma imagem, seleccioná-la e introduzi-la na
e os oceanos. capa. Mas não só: tipo de letra, tamanho e tantos outros
pormenores que os pequenos alunos do 1.º ano já
Rafael apresenta em PowerPoint o Marxalau, situado em aplicam com naturalidade nas aulas da professora Sofia.
África. A sul está o Quénia, a este, a Etiópia, e a oeste,
o oceano Atlântico. Os direitos variam, desde viver
em harmonia, frequentar a escola a partir dos 5 anos,
ter casa para morar, até à liberdade para dizerem
o que pensam. Já alguns dos deveres passam por manter
a floresta limpa, respeitar a cor da pele e a orientação
sexual de todos os cidadãos.
Cada país tem também um conto tradicional, não só
o Marxalau mas também o Fanarijão e Cabo Melodia,
os outros dois países cujo nome nasceu da segmentação
dos nomes próprios dos alunos. Mas o conto traz uma
novidade: a introdução de um novo programa, o Photo
Story, uma ferramenta disponível no Magalhães, que
permite que as histórias sejam contadas em viva voz
pelos alunos, ao mesmo tempo que vão passando
imagens escolhidas por estes.
Nesta escola também as crianças do 1.º ano já estão
a aprender a trabalhar no PowerPoint com a professora
Sofia Amendoeira e não escondem a alegria que
o Magalhães representa para elas. “É uma coisa No mesmo dia em que os alunos do 1.º ano aprendiam
importante. É como se fosse meu amigo”, desabafa os segredos do PowerPoint e os do 4.º ano explicavam
Tatiana, de 6 anos. os países onde gostariam de viver através do Magalhães,
o pai da Rita, técnico de informática no Instituto Português
Cada aluno tem um documento em PowerPoint já da Juventude, foi à Escola EB1 da Rinchoa n.º 2 explicar
realizado e que é partilhado por toda a turma, explica aos alunos do 3.º ano as regras a considerar para uma
Francisco, 6 anos. “O meu é sobre desportos no Japão.” utilização segura da Internet.
Na turma de Percursos Curriculares Alternativos
a professora Helena Araújo motiva os alunos
com as TIC
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Com um brilho nos olhos, a professora Helena Araújo revela o progresso que os alunos do 4.º C registaram
ao longo do ano, “à custa de muitas noites sem dormir”. O resultado está à vista: nesta turma de Percursos
Curriculares Alternativos do Agrupamento de Escolas de Rio de Mouro Padre Alberto Neto, as aulas
com o computador Magalhães decorrem com tranquilidade, criatividade e entusiasmo à frente dos ecrãs.
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“Por exemplo, a seguir ao ponto de exclamação não O professor Acácio Carreira reitera que, neste e na maior
se põe letra pequena, mas sim letra grande”, afirma parte dos casos, o Magalhães é, sem dúvida, “um
Francisco, em tom professoral, corrigindo o colega instrumento que está a ajudar”.
Maxime, de origem ucraniana.
As próximas sessões de trabalho serão sobre Excel
O professor afirma que o método tem tido resultados e PowerPoint. No início do ano lectivo, os meninos
positivos, os alunos apercebem-se dos seus erros do 4.º A realizaram um levantamento de dados em papel
ortográficos, mas não só, acontece por vezes terem sobre faltas, número de alunos que tem cada turma,
de refazer os seus textos de forma a que os colegas que frequentam as actividades de enriquecimento
percebam o sentido. curricular e que almoçam na escola. A ideia é agora
transformar estes dados em gráfico e começar
Após o aperfeiçoamento do texto, realizado em grupo com a trabalhar no Excel.
os colegas, para o Magalhães passa apenas o produto
final, ou seja, o texto sem erros e convenientemente Apesar de ainda não ter havido uma sessão dedicada
estruturado. ao PowerPoint em pormenor, muitos são os alunos
que já sabem trabalhar com o programa. Divididos
Para Helena, de origem cabo-verdiana, estas aulas têm em grupos, já realizaram trabalhos sobre as culturas
sido de grande utilidade, e explica que através do Word ucraniana, cigana, portuguesa e brasileira.
consegue aperceber-se dos erros que costuma dar
a português. A mancha encarnada por baixo da palavra Daniela quer ser cientista de animais, mas a curiosidade
errada fica na sua memória, e esta é uma forma de não pelas novas tecnologias já a levou a explorar em casa
a voltar a repetir. diversos programas disponíveis no computador. Para
a sala de aula levou um trabalho, em PowerPoint, que
realizou sozinha e que conta uma história, com a sua
própria voz, sobre Paredes da Beira, onde costuma passar
as férias grandes.
“É uma prenda que nós temos no nosso coração”,
afirma Joana, aluna, enquanto desgrava uma entrevista
de um contador de histórias. Marcos não resiste, pega
no pequeno portátil ao alto e acrescenta: “E até diz
'o meu primeiro portátil'.”
O professor garante que, nas sessões que já realizou,
há “concentração total” e muita motivação. Explica ainda
que a disposição das mesas em U facilita a aprendizagem
e que rapidamente o colega do lado se apressa a explicar
voluntariamente o que o outro não percebeu, criando
uma dinâmica de aprendizagem participada por todos.
Os alunos aperfeiçoam os seus textos, em colaboração
com os colegas, utilizando o Magalhães como
ferramenta de trabalho
Francisco e Maxime trabalham juntos em “concentração total”, aplicando o plano do professor
Acácio Carreira na perfeição. Na Escola EB1 Parque Silva Porto, em Lisboa, Francisco lê atento
o texto manuscrito de Maxime e vai chamando a atenção do colega para os erros ortográficos,
antes de começarem a passar as histórias para o computador Magalhães.
Escola EB 1 Parque Silva Porto“Concentração total” à volta do Magalhães
Agrupamento de Escolas do Monte de CaparicaUma escola no ciberespaço
Acima do quadro verde com o texto trabalhado pela turma, Noutra sala, a turma é de 4.º ano e o ambiente é mais
um relógio de ponteiros assinala as horas. Na parede sério. Os 19 alunos repartem-se pelas mesas da sala.
lateral, enfileiram-se letras disciplinadas, ABCDEFGH…, No quadro conta-se a “História do Amor de D. Pedro
umas atrás das outras em folhas pequenas – um e D. Inês” e, com paciência, tenta-se reproduzir os textos
abecedário completo. Ao lado, exibem-se desenhos de no Magalhães. Em redor, as paredes mais sóbrias
cores improváveis: bâmbi cor-de-rosa, raposa laranja, leão permitem um pequeno cartaz a anunciar: ”Bem-vindo
laranja e cor-de-rosa, esquilo vermelho ou raposa de todas à Turma d'Os Feiticeiros.”
as cores. Aqui, não há limites para a imaginação.
A frase não deixa enganar. Estamos na turma
da professora Sandra Rodrigues. Uma pesquisa rápida
na Internet permite descobrir, com facilidade, a página
da turma, onde se encontram fichas de informação para
estudo e consolidação de conhecimentos, bem como
fichas de avaliação. Basta ir à barra lateral, clicar no item
pretendido e descarregar os ficheiros. Simples, eficiente
e ao alcance de todos.
Mas esta turma não fica por aqui. Os alunos sustentam
também o blogue “Turma d'Os Feiticeiros”
(http://turmadosfeiticeiros.blogspot.com), que tem uma
actualização regular e disponibiliza informação variada. Uma
ligação para um sítio de jogos matemáticos, o calendário
das provas de aferição ou a história do Cristo-Rei são alguns
dos assuntos acessíveis. Também ligações para outros sítios
e blogues “amigos” e educativos estão disponíveis.
A presença no ciberespaço prolonga-se na página da
escola. Fotografias, uma história da freguesia de Caparica
e informação relativa ao estabelecimento de ensino, com
uma breve história e uma listagem de edifícios e espaços,
deixam conhecer mais sobre a escola que, desde o ano
lectivo de 1995/1996, passou a integrar os Territórios
Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP).
A turma é de 2.º ano e a idade é propícia à criatividade. Adília Vicente, adjunta de direcção, explica como a escola
O professor Arnaldo Sousa sabe disso e deixa que procura encontrar respostas para um meio “socialmente
os alunos expressem a sua faceta inventiva. Hoje é dia desfavorecido”, com o auxílio das tecnologias de
de utilizar o computador Magalhães e o entusiasmo informação e comunicação. A diferença é que antes tinham
é geral. Os computadores são “mais motivadores para “de esperar pela disponibilidade da biblioteca”, enquanto
os alunos”, declara, enquanto procura responder agora “o Magalhães facilita o processo”. Uma realidade
às solicitações de braços no ar. Na verdade, “alguns têm também conhecida de Miguel Duarte, coordenador de
mais dificuldades do que outros”, mas a utilização que escola, que assinala que ali as “tecnologias da informação
a escola fazia dos equipamentos do Centro de Recursos e da comunicação têm um grande peso para os miúdos”
Educativos garante que já estivessem “minimamente e os “professores fazem tudo para os motivar”. Uma
familiarizados” com a informática. realidade que se descobre no ciberespaço.
O professor Arnaldo Sousa considera o trabalho
com o Magalhães motivador para os alunos
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Na Escola EB1/JI n.º 1 do Monte de Caparica, o uso das novas tecnologias não é novidade.
A descoberta da Internet através dos equipamentos disponíveis no Centro de Recursos Educativos
encontra-se em sítios e blogues do ciberespaço. Mas o Magalhães vem facilitar esta aposta.
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“O que queríamos era que a comunidade se envolvesse Cada encarregado de educação só pode aceder
mais”, revela o professor João Grácio, enquanto à página do seu educando, com fichas de avaliação,
apresenta o “Ligar Foros do Trapo”, o projecto da escola diário de actividades, resultados, uma reflexão semanal
que procura aproximar os encarregados de educação, (para alunos dos 3.º e 4.º anos), e uma “caderneta
bem como toda a comunidade educativa. de cromos” que ilustra a cronologia de exercícios
desenvolvidos pelas crianças e que permite acompanhar
Na Internet, o sítio http://nonio.ese.ips.pt/lftrapo revela os progressos nas matérias. Esta secção permite
a dinâmica da escola e do projecto. Aqui se encontram o feedback dos pais através de dúvidas, comentários
informações sobre a escola, documentos e ligações, e propostas. Tudo ingredientes para uma “comunidade
projectos de escola e de agrupamento, Plano Anual mais participativa e empenhada no percurso dos alunos”,
de Actividades, horários, actividades de enriquecimento afirma João Grácio.
curricular, manuais escolares, ementas, contactos
da escola, um e-porta-fólio do professor e notícias. Para alguns pais que não tenham conhecimentos
Tudo arrumado e disponível para todos. para participar na discussão das matérias de Língua
Portuguesa e Matemática, o Caderno de Ideias possibilita
Depois, a partir da utilização de uma senha que permite colaborações através de outros conhecimentos.
acesso à zona reservada a utilizadores registados, só pais, O importante é que “contribuam com aquilo que sabem”,
alunos e professores podem aceder. É o espaço onde revela Ana Oliveira, a outra professora desta escola de
é publicado o jornal da escola e as competências a duas salas em ambiente rural. O acesso a computadores
trabalhar durante a semana. É também onde professores em casa também é importante. “Não sei se este
e encarregados de educação dialogam sobre programa teria o mesmo sucesso sem o Magalhães”,
o comportamento e os resultados das crianças. revela a docente, para acrescentar que os “computadores
do programa e-escola também ajudaram bastante”.
Dentro da sala, João Grácio anuncia o que têm de fazer,
mas nem por isso deixa de percorrer os corredores entre
as mesas, acudindo às solicitações. Neste dia, têm
de concluir os textos para o Concurso Literário 2009.
Nos computadores escrevem-se histórias sobre o Rui
que fugiu de casa, a Marta que fala com a mãe, o ponto
final, a vírgula e o ponto de interrogação que discutem
a sua importância.
Para corresponder a esta solicitação, os Magalhães
ligados à Internet sem fios, disponibilizada pelo
município, são preciosos para a pesquisa, numa escola
que fica a 15 km de Pegões e onde o Bibliobus, única
biblioteca pública da freguesia, chega só de três em três
semanas. Por isso, aqui os Magalhães fazem sempre
companhia aos lápis, às borrachas e aos cadernos,
e partem de casa todos os dias.
O projecto de escola Ligar Foros do Trapo procura
envolver a comunidade educativa através das TIC
“Ligar Foros do Trapo” é o nome do projecto da Escola EB1 de Foros do Trapo, que se quer
aberta à comunidade, cada vez mais próxima dos pais. Para isso, os Magalhães são um
auxiliar precioso e fazem parte do dia-a-dia dos alunos… e dos encarregados de educação.
Agrupamento de Escolas de Pegões, Canha e Santo IsidroEscola ligada à comunidade
Agrupamento de Escolas de Vila Viçosa Apoiar as famílias na utilização do Magalhães
Para Paulo, de 8 anos, a frequentar a Escola EB1
do Castelo, do Agrupamento de Escolas de Vila Viçosa,
o Magalhães foi o primeiro computador que teve
em casa. “Senti-me feliz quando recebi o Magalhães.
Antes tinha de ir a casa de outras pessoas para poder
estar no computador e agora já não preciso”, confessa,
com um sorriso envergonhado.
A frequentar o 2.º ano, este aluno explica como
a entrada do portátil em casa veio modificar a vida
da família: “A minha mãe está a aprender a mexer
no computador comigo e ela também já é capaz de me
ensinar algumas coisas.” Quanto àquilo que já sabe fazer
desde que teve acesso ao Magalhães, neste ano lectivo,
Paulo refere com grande entusiasmo que aprende muitas
coisas no Eu Sei, faz desenhos no Tux Paint e treina inglês
no English is Fun, para além de escrever e jogar.
Carolina, de 7 anos, que também não tinha computador
em casa, aproveitava todas as hipóteses de trabalhar Além deste primeiro cuidado na entrega do equipamento,
com o computador do tio quando ia a casa da avó. o órgão directivo da escola tem a preocupação
Agora, que já tem o seu próprio computador, gosta de assegurar o apoio técnico necessário às famílias para
especialmente de inventar histórias, de ir ao Clic Mat que os computadores se mantenham a funcionar em boas
fazer exercícios de matemática e até já se tornou sócia condições. Para tal, criou um gabinete de atendimento
do Clube do Arco-Íris, o que lhe permite viajar até assegurado por um estagiário finalista do Curso
à Cidade do Faz de Caso, onde pode realizar actividades Profissional de Gestão e Programação de Sistemas
tão diversificadas como preparar um piquenique Informáticos, para onde os pais podem telefonar
ou ser astronauta. ou enviar e-mails expondo as suas dúvidas.
Neste contexto em que, segundo o presidente do A partir das dúvidas apresentadas pelos pais, o conselho
conselho executivo, Agostinho Arranca, o acesso ao executivo passou a disponibilizar a resposta às questões
Magalhães representou “uma injecção de equipamentos mais frequentes na página do agrupamento, o que
em larga escala” em agregados que não tinham permite, de acordo com Agostinho Arranca, prevenir
computadores em casa, o agrupamento tem tido especial e resolver muitos problemas, de modo a assegurar
cuidado no acompanhamento das famílias. o bom funcionamento dos portáteis.
“A entrega dos computadores é acompanhada por O bom funcionamento dos Magalhães é essencial
uma reunião de pais, durante a qual os encarregados para que sejam utilizados como recurso pedagógico
de educação são elucidados quanto aos principais nas diversas áreas escolares. Na sala de aula do 2.º ano,
procedimentos relativos à instalação e ao funcionamento os alunos da professora Clarinda Martins estão a inventar
do equipamento”, esclarece o presidente do conselho a continuação da história do Lobo Culto, a pares,
executivo, especificando que, no guia de instalação, no computador. Enquanto isso, na sala do 1.º ano,
previram duas áreas de trabalho, uma para a criança os alunos da professora Conceição Roque, turma-piloto
e outra para a família, de modo a incentivar o uso do novo programa de Matemática, trabalham o sentido
por todo o agregado familiar. combinatório da multiplicação recorrendo ao Clic Mat.
Os alunos da professora Clarinda Martins inventam a
continuação de uma história no computador Magalhães
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Para muitas famílias do Agrupamento de Escolas de Vila Viçosa, o Magalhães foi o primeiro
computador a entrar em casa. Para dar apoio aos agregados familiares na utilização do portátil,
o agrupamento realiza reuniões de pais, criou um gabinete de atendimento por telefone e correio
electrónico, e disponibiliza as respostas às questões mais frequentes na respectiva página.
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Os alunos do 3.º ano do Centro Escolar de Portel seguem Para darem resposta a estas duas solicitações, os alunos
atentamente as explicações de João Gomes, professor começam por ir ao Internet Explorer realizar uma pesquisa
contratado pelo agrupamento para dar apoio no trabalho sobre o animal que estão a estudar e seleccionam
pedagógico desenvolvido com recurso às tecnologias da a informação pretendida. Após esta tarefa, colam o texto
informação e da comunicação (TIC), enquanto executam e as imagens no documento, antes de o formatarem
as tarefas propostas recorrendo ao Magalhães. e gravarem na pasta Escola, no disco D.
O objectivo é aprender a gerir e a organizar pastas Na opinião de João Gomes, a evolução das crianças
e ficheiros, resolvendo, ao mesmo tempo, o problema foi considerável em apenas um ano lectivo: “Com um
de o disco C já estar cheio. “Vão ter de passar a guardar rácio de um computador por criança, é possível acelerar
os vossos documentos no disco D”, explica o professor o processo de aprendizagem, e a evolução dos alunos é
João Gomes, antes de lançar um desafio às crianças: muito rápida, com a vantagem de não ser preciso motivá-
“Mas primeiro têm de criar diversas pastas para -los para o trabalho: eles já estão motivados à partida.”
guardarem os vossos trabalhos.”
Para tirar pleno partido desta motivação natural das crianças,
Depois de uma discussão que contou com a participação o Agrupamento de Escolas de Portel decidiu tomar medidas,
entusiasta de todos os alunos, ficaram definidas as pastas desde o início do ano lectivo, que criassem condições para
a criar no disco D, de acordo com os interesses dos a aprendizagem das TIC recorrendo ao Magalhães, tal como
utilizadores: Escola, Imagens, Música, Vídeo e Jogos. explica o presidente do conselho executivo, Luís Ribeiro.
Mas, para ficar a saber guardar o documento na pasta
pretendida, não há como aprender fazendo, sempre Tirando partido da autonomia consolidada através da
em articulação com o projecto curricular de turma, que assinatura de um contrato com o Ministério da Educação,
incide sobre o estudo dos animais em vias de extinção. o agrupamento contratou, por oferta de escola,
um professor de acordo com o perfil que definiu.
“Queríamos um professor que dominasse as TIC, tivesse
experiência na utilização das TIC no 1.º ciclo e possuísse
formação no âmbito do Magalhães”, enumera
o presidente do conselho executivo.
O conselho executivo solicitou a este professor
o desenvolvimento de um trabalho que incluísse três
vertentes distintas: uma componente de trabalho na sala
de aula que abrangesse todas as turmas do 1.º ciclo sem
excepção, uma componente de formação de professores
que fosse ao encontro das necessidades dos docentes,
e uma componente de produção de conteúdos para
colocar no portal do agrupamento.
“Depois da primeira garantia dada aos alunos, que foi
a universalização do acesso ao Magalhães, tinha de ser
assegurada uma segunda garantia: a utilização em sala
de aula”, considera Luís Ribeiro. “A contratação de um
docente com este objectivo permite garantir que todos os
alunos, independentemente da formação do professor da
turma, vão trabalhar com o computador na sala de aula.”
O professor João Gomes encara o Magalhães como “um
estímulo altamente valioso do ponto de vista pedagógico”
O professor João Gomes encara o Magalhães como “um
estímulo altamente valioso do ponto de vista pedagógico”
A contratação de um professor, por oferta de escola, para dar apoio ao trabalho
pedagógico desenvolvido com o Magalhães foi a solução encontrada pelo Agrupamento
de Escolas de Portel para assegurar a utilização dos computadores em todas as salas
de aula e para garantir a formação de todos os professores do 1.º ciclo.
Agrupamento de Escolas de PortelContratação de um professor para dar apoio ao trabalho com o Magalhães
Agrupamento de Escolas Engenheiro Nuno MergulhãoUm professor ao serviço das novas tecnologias
No quadrado de luz que se projecta na tela branca,
desenham-se letras emolduradas por uma tabela: “Tipo
de semente; Massa do conjunto de sementes; Número
de sementes ou Valor médio da massa semente.” Nas
colunas abaixo, descobre-se do que são: “Feijão preto;
Lentilhas; Grão e Linho”. Ao lado, algumas quadrículas
aguardam os números.
“Vamos todos fazer uma tabela. Lembram-se de como
se faz?” As palavras de Olavo Rodrigues, assessor para
as novas tecnologias, agitam um pouco a audiência
de pequenos investigadores. Mas os olhares regressam
rapidamente ao pequeno computador azul. Todos
parecem concentrados. Reproduções das pequenas
tabelas do quadro ganham forma nos ecrãs. O esforço
de preenchimento é colectivo, sempre sob a supervisão
atenta da professora Fátima Silva, que acompanha esta
turma há quatro anos.
O cenário é de novas tecnologias, mas a aula
é de Ciências. As práticas parecem novas, mas já fazem
parte dos hábitos destes alunos. Neste ano, a Escola
EB1/JI Coca-Maravilhas tem um projecto TIC e,
semanalmente, o professor Olavo Rodrigues, que
é assessor de projecto, acompanha as aulas dos alunos
do 3.º e do 4.º ano. O objectivo é auxiliar, neste
domínio, os professores que têm turma.
O início foi difícil. Fátima Silva recorda a desordem
na “demora até todos terem o computador pronto, mas
agora é como outra aula qualquer, alguns avançam mais
rapidamente do que outros”. O uso está disseminado e já
é habitual. É também comum ver crianças pelos corredores A relação ágil entre a escola e as novas tecnologias
da escola com os Magalhães ligados. “Onde há uma projecta-se no ciberespaço. Com dinamização
tomada, juntam-se em grupos”, revela Teresa Mendes, da professora Elisa Dias, uma turma de 3.º ano elaborou
vice-presidente da Comissão Executiva Instaladora. o blogue “Brincando com as Palavras”, a partir de uma
ideia do livro “Cantigas e Cânticos”, do escritor José
Mas o computador não é apenas um importante instrumento Fanha. Depois, na página de Internet do agrupamento,
de auxílio para as aulas. É também um dinamizador o professor Olavo Rodrigues publica alguns trabalhos
da participação da comunidade educativa. Teresa Mendes elaborados pelas turmas, além de disponibilizar um
recorda ainda que, quando os colegas do Plano Tecnológico historial da escola, com acesso a uma interessante galeria
da Educação (PTE) organizaram uma reunião com os de fotografias, informações sobre história e uso
encarregados de educação, “apareceu toda a gente”. responsável da Internet. Mas também os horários lectivos
A verdade é que “por necessidade e desconhecimento”, e a actualização das ementas do refeitório escolar
o Magalhães aproximou os pais da escola. são divulgados a toda a comunidade.
O professor Olavo Rodrigues acompanha
as turmas dos 3.º e 4.º anos no projecto TIC
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Foi das primeiras escolas a receber o computador Magalhães e, desde então, nada voltou a ser igual.
A Escola EB1/JI Coca-Maravilhas, situada na periferia de Portimão, privilegiou as tecnologias
da informação e da comunicação (TIC) no Projecto Escola e até tem um professor especializado
em novas tecnologias.
Disponível em www.dgidc.min-edu.pt/eescolinha, Seguranet, onde é possível explorar o guia para
este sítio destina-se prioritariamente aos pais ou para professores.
professores responsáveis pela organização
de sessões de formação, constituindo também A explicação breve de cada programa existente
um recurso para os professores do 1.º ciclo. no Magalhães é um dos objectivos centrais
do módulo 2, sugerindo-se a sua exploração,
A formação tem a duração de seis horas designadamente do Tux Paint, do Clic Mat,
repartidas por três módulos, cada um com do Eu Sei e da Diciopédia.
a duração de duas horas.
Chama-se também a atenção para as categorias
No módulo 1, intitulado “O Magalhães em que estes programas se encontram
na educação”, são abordados os aspectos organizados: “Jogar e aprender”, “Construir”,
relativos ao programa e-escolinha e à segurança “Pesquisar”, “Comunicar e colaborar”
na Internet, visando iniciar a reflexão sobre e “Ligação ao currículo”.
a utilização das TIC no 1.º ciclo.
Um dos aspectos abordados no terceiro módulo
“Usar o Magalhães” é o tema do módulo 2, é a parceria entra a escola e a família para
no qual se pretende dar a conhecer os programas a utilização do Magalhães, que passa não
instalados no portátil e, em simultâneo, só pelo apoio dado pelos professores aos pais
perspectivar a sua exploração pedagógica. menos familiarizados com as TIC, como
também pela colaboração dos encarregados
de educação mais competentes nesta matéria
nas actividades desenvolvidas na sala de aula.
Para a utilização do computador enquanto
ferramenta de trabalho no desenvolvimento
de actividades com alunos, esta oficina
Magalhães divulga os recursos disponíveis
na Internet que permitem aos docentes aprender
de forma autónoma sobre a criação e gestão
de um blogue, a construção de páginas
da Internet e a utilização de plataformas
na educação.
O módulo 3, “O que fazer com o Magalhães A ligação com o currículo é outro dos itens
na sala de aula?”, tem como objectivo ajudar a disponíveis neste sítio, no qual se estabelece
reflectir sobre aspectos organizativos relacionados a relação entre os programas do Magalhães
com o uso do computador na sala de aula e o currículo das diversas áreas disciplinares.
e promover a divulgação de experiências
entre os professores. A abordagem desta formação incide,
essencialmente, sobre os aspectos pedagógicos,
Nesta página existem conteúdos de apoio procurando que a utilização do computador
relacionados com a segurança na Internet, seja acompanhada pela troca de ideias
bem como uma listagem de sítios relacionados e de experiências entre pares pela partilha
com esta temática, nomeadamente a página de dúvidas e de soluções.
ISSN 1646-0219
www.min-edu.pt
Junho 2009
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www.min-edu.pt
Junho 2009
16
Propriedade
Secretaria-Geral
do Ministério da Educação
Av. 5 de Outubro, n.º 107
1069-018 Lisboa
Director
João S. Batista
Projecto gráfico
Filipe Pinto
Paginação
Filipe Pinto
Fotografia
Jorge Padeiro/Agência Zero
(capa e págs 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11)
Pedro Zenkl/Agência Zero
(Páginas 5, 6, 7 e 12)
Revisão
Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Impressão e Distribuição
Editorial do Ministério da Educação
Estrada de Mem Martins, 4 – S. Carlos
Apartado 113
2726 Mem Martins
Tiragem
150 000 exemplares
Periodicidade Bimestral
Depósito legal
ISSN
1646-0219
Esta publicação é de distribuição gratuita.
www.min-edu.pt
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A página electrónica e-escolinha disponibiliza uma acção de formação, destinada
a formadores e a professores do 1.º ciclo, com recursos, exemplos e materiais
de apoio para o desenvolvimento de actividades no âmbito das tecnologias
de informação e comunicação (TIC), particularmente do portátil Magalhães.
E-escolinha disponibiliza formação sobre o Magalhães aos professores do 1.º ciclo
NúmeroEspecial