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Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 1 Início ano 2 | nº 16 | setembro | 2017 SETOR TÊXTIL BIAGIO DE OLIVEIRA MENDES JUNIOR Mestre em Economia Industrial e Especialista em MBA de Gestão Empresarial Gerente de Produtos e Serviços do BNB/ETENE [email protected] Uma etapa mais à frente constui as avidades da in- dústria de confecção de argos do vestuário e acessórios, que compreendem a fabricação de peças do vestuário, roupas profissionais e acessórios, tais como gravatas, cha- péus, bonés, cintos e lenços. Esta análise abrange informações relavas à indústria têxl, isto é, aquelas constantes da CNAE 2.0 (Classifica- ção Nacional de Avidades Econômicas), tais como, além dos produtos citados acima, artefatos de cama, de banho e de cozinha, travesseiros, edredons, almofadas, cornas e redes de dormir. O processo produvo da cadeia têxl se inicia com a matéria-prima (fibras e filamentos) sendo transforma- da em fios nas fábricas de fiação, seguindo para a tecela- gem plana ou para a malharia e, finalmente, para o aca- bamento. Cada uma dessas etapas possui caracteríscas próprias, exisndo desconnuidade entre elas. Assim, o resultado final de cada etapa constui o insumo principal da seguinte. Cada um dos elos principais subdivide-se em várias operações conexas, mas igualmente independentes entre si. A independência das fases principais e das eta- pas inerentes a cada uma delas decorre do fato de que cada etapa elabora um produto intermediário, embora em condições pré-determinadas pelo sistema de produção. A Figura 1 apresenta a configuração do fluxo produvo na indústria têxl. 1 INTRODUÇÃO E ste informe retrata o desempenho recente da indústria têxl no Brasil, com ênfase na área de atuação do BNB, que abrange os Estados do Nordeste e o Norte do Espírito Santo e de Minas Gerais. Para estes dois úlmos, as análises serão feitas conforme a existência de informações disponíveis. O documento con- templa informações sobre as caracteríscas da indústria têxl e realiza um panorama e análises prospecvas da avidade no mundo e no Brasil, parcularmente no Nor- deste. 2 CARACTERIZAÇÃO DA INDÚSTRIA TÊXTIL A estrutura da cadeia produva e de distribuição têxl e de confecção engloba desde a produção das fibras têx- teis até o produto acabado e confeccionado, incluindo a distribuição e a comercialização. A indústria têxl propriamente dita constui uma eta- pa dessa cadeia, compreendendo a fiação (fios), a tecela- gem e malharia (tecidos) e o beneficiamento (nturaria, estamparia, lavanderia etc.). A indústria têxl é suprida pelas matérias-primas têxteis, compostas de fibras natu- rais, onde se sobressaem o algodão e o linho, e de filamen- tos sintécos (derivados do petróleo, tais como poliéster, polipropileno, náilon e acrílico) e arficiais (oriundos de orgânicos naturais, como raiom viscose e acetato origina- dos da celulose). ESCRITÓRIO TÉCNICO DE ESTUDOS ECONÔMICOS DO NORDESTE - ETENE Expediente: Banco do Nordeste: Marcos Costa Holanda (Presidente). Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE: Luiz Alberto Esteves (Economista-Chefe), Tibério R. R. Bernardo (Gerente de Ambiente). Célula de Estudos e Pesquisas Setoriais: Luciano J. F. Ximenes (Gerente Executivo), Maria Simone de Castro Pereira Brainer, Maria de Fátima Vidal, Jackson Dantas Coêlho, Fernando L. E. Viana, Francisco Diniz Bezerra, Luciana Mota Tomé, Lucas Sousa dos Santos (Jovem Aprendiz). Célula de Gestão de Informações Econômicas: Leonardo Dias Lima (Gerente Executivo E. E.), Gustavo Bezerra Carvalho (Projeto Gráfico) e Hermano José Pinho (Revisão Vernacular). O Caderno Setorial ETENE é uma publicação mensal que reúne análises de setores que perfazem a economia nordestina. O Caderno ainda traz temas transversais na sessão “Economia Regional”. Sob uma redação eclética, esta publicação se adequa à rede bancária, pesquisadores de áreas afins, estudantes, e demais segmentos do setor produtivo. Contato: Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE. Av. Dr. Silas Munguba 5.700, Bl A2 Térreo, Passaré, 60.743-902, Fortaleza-CE. http://www.bnb.gov. br/etene. E-mail: [email protected] Aviso Legal: O BNB/ETENE não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e proje- ções. Desse modo, todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BNB de todas as ações decorrentes do uso deste material. O acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsa- bilidade. É permitida a reprodução das matérias, desde que seja citada a fonte.

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Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 1Início

ano 2 | nº 16 | setembro | 2017

SETOR TÊXTIL

BIAGIO DE OLIVEIRA MENDES JUNIORMestre em Economia Industrial e Especialista em MBA de Gestão Empresarial

Gerente de Produtos e Serviços do BNB/[email protected]

Uma etapa mais à frente constitui as atividades da in-dústria de confecção de artigos do vestuário e acessórios, que compreendem a fabricação de peças do vestuário, roupas profissionais e acessórios, tais como gravatas, cha-péus, bonés, cintos e lenços.

Esta análise abrange informações relativas à indústria têxtil, isto é, aquelas constantes da CNAE 2.0 (Classifica-ção Nacional de Atividades Econômicas), tais como, além dos produtos citados acima, artefatos de cama, de banho e de cozinha, travesseiros, edredons, almofadas, cortinas e redes de dormir.

O processo produtivo da cadeia têxtil se inicia com a matéria-prima (fibras e filamentos) sendo transforma-da em fios nas fábricas de fiação, seguindo para a tecela-gem plana ou para a malharia e, finalmente, para o aca-bamento. Cada uma dessas etapas possui características próprias, existindo descontinuidade entre elas. Assim, o resultado final de cada etapa constitui o insumo principal da seguinte. Cada um dos elos principais subdivide-se em várias operações conexas, mas igualmente independentes entre si. A independência das fases principais e das eta-pas inerentes a cada uma delas decorre do fato de que cada etapa elabora um produto intermediário, embora em condições pré-determinadas pelo sistema de produção. A Figura 1 apresenta a configuração do fluxo produtivo na indústria têxtil.

1 INTRODUÇÃO

Este informe retrata o desempenho recente da indústria têxtil no Brasil, com ênfase na área de atuação do BNB, que abrange os Estados do

Nordeste e o Norte do Espírito Santo e de Minas Gerais. Para estes dois últimos, as análises serão feitas conforme a existência de informações disponíveis. O documento con-templa informações sobre as características da indústria têxtil e realiza um panorama e análises prospectivas da atividade no mundo e no Brasil, particularmente no Nor-deste.

2 CARACTERIZAÇÃO DA INDÚSTRIA TÊXTIL

A estrutura da cadeia produtiva e de distribuição têxtil e de confecção engloba desde a produção das fibras têx-teis até o produto acabado e confeccionado, incluindo a distribuição e a comercialização.

A indústria têxtil propriamente dita constitui uma eta-pa dessa cadeia, compreendendo a fiação (fios), a tecela-gem e malharia (tecidos) e o beneficiamento (tinturaria, estamparia, lavanderia etc.). A indústria têxtil é suprida pelas matérias-primas têxteis, compostas de fibras natu-rais, onde se sobressaem o algodão e o linho, e de filamen-tos sintéticos (derivados do petróleo, tais como poliéster, polipropileno, náilon e acrílico) e artificiais (oriundos de orgânicos naturais, como raiom viscose e acetato origina-dos da celulose).

ESCRITÓRIO TÉCNICO DE ESTUDOS ECONÔMICOS DO NORDESTE - ETENEExpediente: Banco do Nordeste: Marcos Costa Holanda (Presidente). Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE: Luiz Alberto Esteves (Economista-Chefe), Tibério R. R. Bernardo (Gerente de Ambiente). Célula de Estudos e Pesquisas Setoriais: Luciano J. F. Ximenes (Gerente Executivo), Maria Simone de Castro Pereira Brainer, Maria de Fátima Vidal, Jackson Dantas Coêlho, Fernando L. E. Viana, Francisco Diniz Bezerra, Luciana Mota Tomé, Lucas Sousa dos Santos (Jovem Aprendiz). Célula de Gestão de Informações Econômicas: Leonardo Dias Lima (Gerente Executivo E. E.), Gustavo Bezerra Carvalho (Projeto Gráfico) e Hermano José Pinho (Revisão Vernacular).O Caderno Setorial ETENE é uma publicação mensal que reúne análises de setores que perfazem a economia nordestina. O Caderno ainda traz temas transversais na sessão “Economia Regional”. Sob uma redação eclética, esta publicação se adequa à rede bancária, pesquisadores de áreas afins, estudantes, e demais segmentos do setor produtivo.Contato: Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE. Av. Dr. Silas Munguba 5.700, Bl A2 Térreo, Passaré, 60.743-902, Fortaleza-CE. http://www.bnb.gov.br/etene. E-mail: [email protected]

Aviso Legal: O BNB/ETENE não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e proje-ções. Desse modo, todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BNB de todas as ações decorrentes do uso deste material. O acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsa-bilidade. É permitida a reprodução das matérias, desde que seja citada a fonte.

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Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 2Início

ano 2 | nº 16 | setembro | 2017

Figura 1 – Fluxo produtivo da Cadeia Têxtil e de Confecção

Matérias-primas têxteis

Fiação

Fibras naturais (algodão, seda, lã, rami/linho, juta, sisal etc.)

Filamentos sintéticos (poliéster, (náilon, lycra, polipropileno)

Indústria de Confecção

VestuárioTecelagem

Malharia Bene

ficia

men

to

Indústria Têxtil

Filamentos artificiais (viscose, acetato)

Linha Lar

Técnicos

Indústria de Confecção

Fonte: Adaptado de Costa e Rocha (2009).

A descontinuidade das operações possibilita flexibili-dade na organização da produção e a existência de em-presas com escalas de produção e níveis de atualização tecnológica diferentes. A tecnologia básica dos processos produtivos está incorporada aos equipamentos, não apre-sentando problemas de acesso. A evolução tecnológica ocorrida no processo produtivo da indústria têxtil provém dos avanços ocorridos na produção das matérias-primas, especialmente no desenvolvimento de novas fibras sinté-ticas, bem como nas máquinas e equipamentos utilizados em todo o processo, o que caracteriza o setor têxtil como incorporador de tecnologia desenvolvida em outros seto-res.

Uma característica marcante do setor têxtil é o alto grau de verticalização presente, especialmente nos elos de fiação e tecelagem, fiação e malharia e malharia e con-

fecção, existindo também um pequeno número de em-presas que possuem todos os elos da cadeia integrados verticalmente. Como exemplo de grandes empresas ver-ticalizadas que atuam na região Nordeste pode-se citar a Vicunha e a Coteminas.

3 PANORAMA MUNDIAL3.1 Mercado mundial

A indústria têxtil mundial tem evoluído constante-mente, inclusive suas trocas internacionais. O comércio mundial de fibras têxteis – naturais e químicas (sintéticas/artificiais) – cresceu 27,7% entre 2006 e 2015, último dado disponível, com média de crescimento de 2,76% ao ano, passando de US$ 256,0 para US$ 327,0 bilhões (Gráfico 1).

Gráfico 1 – Comércio mundial de têxteis – 2006 a 2015 (US$ bilhões)

256279 289

242

298

352336

356 357327

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados da LAFIS (2017).

3.2 Comércio internacional

Em relatório da Lafis (LAFIS, 2017), na lista dos maiores países produtores de têxteis e confecções, a Ásia se destaca, concentrando cerca de 70% da produção mundial. A China sozinha possui 54% da produção mundial de têxteis e 49,7%

de confecções, de acordo com dados de 2013. Em segundo lugar na lista vem a Índia, com 7,1% e 7,9% de market sha-re nos segmentos têxteis e confecções, respectivamente. O Brasil aparece na quinta posição dos maiores produtos de têxteis e em quarto na produção de confecções, com 2,7% e 2,5% de market share, respectivamente.

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Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 3Início

ano 2 | nº 16 | setembro | 2017

O Brasil, apesar de estar entre os cinco maiores produ-tores (dados de 2013) e ser representativo no consumo de têxteis e confecções, a sua inserção no comércio global é muito reduzida. As importações brasileiras figuraram, em 2015, como a 25ª maior no ranking, totalizando US$ 5,5 bilhões. Já nas exportações, o desempenho é ainda me-nor, obtendo somente a 40ª posição no ranking de maio-res exportadores. De modo geral, a participação do Brasil no comércio mundial de têxteis e confecções equivale a cerca de 0,3% do total comercializado entre os países.

A China, inclusive Hong Kong e Macau, é de longe o maior exportador mundial de produtos têxteis, incluindo fibras. Em segundo lugar, está a Índia, seguida dos Estados

Unidos e da Alemanha em 2015 (Gráfico 2).Concernente às importações mundiais da indústria

têxtil, os Estados Unidos lideram as compras. Outros gran-des importadores de produtos têxteis são a China, o Viet-nã e a Alemanha (Gráfico 3).

Em função da diminuta participação do Brasil no co-mércio internacional de produtos da indústria têxtil, po-de-se afirmar que o País não tem condições de influenciar preços no mercado mundial. Desta forma, o Brasil deve preferencialmente ocupar nichos de mercado, tendo em vista a dificuldade de competir em preço com os produ-tores da Índia e principalmente da China, na maioria dos produtos.

Gráfico 2 – 15 países de maiores exportações mundiais de produtos têxteis – 2015 (US$ milhões)

1.668

4.063

4.164

5.120

5.179

5.778

6.495

9.093

11.501

12.099

12.258

15.763

19.593

20.030

111.224

Bangladesh

Espanha

Indonésia

Vietnã

França

Países Baixos

Bélgica

Hong Kong

Turquia

Coréia do Sul

Itália

Alemanha

Estados Unidos

Índia

China

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados da LAFIS (2017).

Gráfico 3 – 15 países de maiores importações de produ-tos têxteis – 2015 (US$ milhões)

4.017

4.543

4.699

4.800

5.110

5.855

8.537

9.219

13.885

18.985

26.346

30.553

Bélgica

Canadá

Espanha

Países Baixos

Emirados Árabes

Coréia do Sul

Hong Kong

Itália

Alemanha

Vietnã

China

Estados Unidos

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados da LAFIS (2017).

4 PANORAMA BRASILEIRO E NORDESTINO4.1 Importância da indústria têxtil na economia bra-

sileira e nordestina

No Brasil, a indústria têxtil, cujo Valor da Transforma-ção Industrial (VTI) correspondeu a R$ 16,3 bilhões corren-tes de 2015, representou 1,5% do VTI e 3,6% do pessoal ocupado da Indústria de Transformação do País, de acordo com o IBGE (2017c) e MTE (2017). No Nordeste, ela é mais expressiva, porquanto representa 2,3% do VTI1 e 4,6% dos empregos da Indústria de Transformação regional.

Sendo um elo da cadeia produtiva têxtil, ela gera de-manda por matérias-primas têxteis, dentre as quais o al-godão, e representa um insumo utilizado na indústria de confecção, gerando emprego e renda nessas atividades e em outras, de forma indireta.

1 As informações de VTI do Nordeste são uma proxy baseada no VTI de unidades locais (estabelecimentos) com 5 ou mais empregados loca-lizadas na Região. O IBGE não disponibiliza dados para empresas com menos de 5 empregados por estado ou região.

4.2 Distribuição da indústria têxtil no Brasil4.2.1 Valor Bruto da Produção

O valor bruto da produção, que inclui o consumo de bens e serviços intermediários, da indústria têxtil brasileira correspondeu a quase R$ 40 bilhões em valores correntes de 2015, conforme últimas informações publicadas pelo IBGE (2017c). Isto equivale a 1,6% do Valor Bruto da Pro-dução Industrial (VBPI) do Brasil.

Dos R$ 40 bilhões, Sudeste e Sul concentram, jun-tas, cerca de 80,9%, enquanto o Nordeste participa com 16,2%. Centro-Oeste (2,5%) e Norte (0,4%) são pouco re-presentativos nessa atividade industrial (Gráfico 4).

Dentre as unidades da federação, São Paulo (37,4%) e Santa Catarina (22,6%) são os principais produtores. No Nordeste, os estados mais representativos na indústria têxtil são: Ceará (4,0%), Bahia (3,6%), Paraíba (2,6%) e Rio Grande do Norte (2,1%).

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Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 4Início

ano 2 | nº 16 | setembro | 2017

Gráfico 4 – Participação das Regiões e Estados no Valor Bruto da Produção da Indústria Têxtil do Brasil – 2015 (%)

Norte0,36%

Nordeste16,18%

Sudeste48,29%

Sul32,65% Centro-Oeste

2,52%

MG8,51%

ES 0,14%

RJ2,20%

SP 37,44%

PR 5,46%

SC 22,62%

RS 4,57%

MA 0,02% PI 0,08%

CE 4,04%

RN 2,12%

PB 2,60% PE 1,50%

AL 0,19%

SE 2,06%

BA 3,56%

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados do IBGE (2017c).

4.2.2 Empregos Formais

A participação do Sudeste (49,3%) e do Sul (29,5%) na mão de obra formal empregada na indústria têxtil brasilei-ra corrobora a assertiva de que essa atividade concentra-se nessas duas regiões em 2015 (Tabela 1). O Nordeste participa com 17,3% dos empregos formais do setor têxtil.

Segundo o Gráfico 5, dentre os grupos de atividades da indústria têxtil (de acordo com a Classificação CNAE 2.0), a presença do Nordeste é proporcionalmente mais forte no segmento de Preparação e fiação de fibras têx-teis, com 30% dos empregos formais têxteis da Região nessa atividade, de Tecelagem, exceto Malha (30%) e Fa-bricação de artefatos têxteis, exceto vestuário (27,5%).

Tabela 1 – Empregos Formais na indústria Têxtil do Brasil e Regiões e Participações Percentuais das Re-giões em 2015

Norte Nor-deste Sudeste Sul Centro-

-Oeste Brasil

Em-pregos formais (No)

2.626 44.987 128.508 76.903 7.454 260.478

Partici-pação (%)

1,0 17,3 49,3 29,5 2,9 100,00

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados do MTE (2017).

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Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 5Início

ano 2 | nº 16 | setembro | 2017

Gráfico 5 – Empregos Formais na Indústria Têxtil por Grupo – Brasil e Regiões – 2015

1.996 36 2 114 478

13.506 13.651

2.818 2.653

12.35917.407

24.845

8.032

15.622

62.602

10.883 9.402 11.422

18.295

26.901

2.081 476 191 6144.092

45.873 48.410

22.465

37.298

106.432

Preparação e fiação de fibras têxteis Tecelagem, exceto malha Fabricação de tecidos de malha Acabamentos em fios, tecidos eartefatos têxteis

Fabricação de artefatos têxteis, excetovestuário

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados do MTE (2017).

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE adota classificação do porte dos em-preendimentos industriais em função do número de em-pregados, considerando:

Micro – até 19 empregados;Pequena – de 20 a 99 empregados;Média – de 100 a 499 empregados;Grande – 500 ou mais empregados.

Tendo por base a classificação do SEBRAE, em 2015, os médios e grandes estabelecimentos respondem, juntos, por 61,0% dos 260,0 mil empregos formais da Indústria Têxtil brasileira, enquanto os micro e pequenos empreen-dimentos são responsáveis por 39,0% do total (Gráfico 6).

Dos 44.987 empregos gerados em 2015 no setor têx-til do Nordeste, 29% são de médias empresas e 41% de grandes empresas. No Brasil, do total de 67.919 empregos das grandes empresas do setor têxtil, 27% destes estão no Nordeste.

Gráfico 6 – Empregos formais na Indústria Têxtil segundo o porte dos estabelecimentos (Brasil e Regiões, 2015)

442 101 1.196 8876.025 7.409

12.94718.60619.658

31.876

48.612

28.362

12.547

18.876

25.416

20.064

2.282 2.252 2.9200

40.954

60.514

91.091

67.919

Microempresa (1 a 19) Pequena empresa (20 a 99) Média empresa (100 a 499) Grande empresa (500 ou mais)

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados do MTE (2017).

Dentre os principais aglomerados têxteis do Brasil, destacam-se o Vale do Itajaí (SC), a Região Metropolitana de São Paulo (SP) e Campinas (SP). Juntas, essas três mesorregiões são responsáveis por 36% dos empregos formais dessa indústria. Na área de atuação do Banco do Nordeste, o principal aglomerado têxtil ocorre na Região Metropolitana de Fortaleza, que reúne 12,4 mil

postos formais de trabalho. Destacam-se ainda na região os aglomerados localizados nas mesorregiões da Mata Paraibana (PB), Leste Potiguar (RN), Norte de Minas (MG), Leste Sergipano (SE), Agreste Pernambucano e Região Metropolitana de Salvador (Tabela 3).

A localização espacial dos aglomerados da indústria têxtil pode ser melhor visualizada por meio da Figura 2 e

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Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 6Início

ano 2 | nº 16 | setembro | 2017

Figura 3, que retratam o número de empregos nas mesor-regiões do Brasil. Como observado na Tabela 2, no Nor-deste, apenas as mesorregiões da Região Metropolitana de Fortaleza e da Mata Paraibana possuem mais de 5.000 vínculos empregatícios na indústria têxtil em 2015.

Tabela 2 – Mesorregiões com mais de 2.000 Vínculos Em-pregatícios na Indústria Têxtil em 2015

Mesorregião Geográfica UF Vínculos Ativos em 2015

01 - Vale do Itajaí SC 34.734

02 - Metropolitana de São Paulo SP 30.110

03 - Campinas SP 29.083

04 - Norte Catarinense SC 13.182

05 - Metropolitana de Fortaleza CE 12.419

06 - Macro Metropolitana Paulista SP 10.187

07 - Araraquara SP 8.531

08 - Sul/Sudoeste de Minas MG 6.324

09 - Metropolitana de Belo Horizonte MG 6.110

10 - Metropolitana de Porto Alegre RS 5.821

11 - Metropolitana do Rio de Janeiro RJ 5.109

12 - Mata Paraibana PB 5.077

13 - Piracicaba SP 4.691

14 - Leste Potiguar RN 4.445

15 - Norte Central Paranaense PR 4.255

16 - Norte de Minas MG 4.226

17 - Zona da Mata MG 4.166

18 - Oeste de Minas MG 3.955

19 - Metropolitana de Curitiba PR 3.872

20 - Itapetininga SP 3.245

21 - Leste Sergipano SE 2.940

22 - Metropolitana de Recife PE 2.907

23 - Metropolitana de Salvador BA 2.847

24 - Centro Goiano GO 2.834

25 - Sul Catarinense SC 2.567

26 - Noroeste Paranaense PR 2.489

27 - Vale do Paraíba Paulista SP 2.149

28 - Agreste Pernambucano PE 2.126

29 - Nordeste Rio-grandense RS 2.061

30 - Outros - 38.016

TOTAL - 260.478

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados do MTE (2017).

Figura 2 - Mapa do Emprego da Indústria Têxtil do Brasil por Mesorregião em 2015

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados do MTE (2017) .

Figura 3 - Mapa do Emprego da Indústria Têxtil da Área de Atuação do Banco do Nordeste por Mesor-região em 2015

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados do MTE (2017).

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Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 7Início

ano 2 | nº 16 | setembro | 2017

4.2.3 Indústrias têxteis em operação no Brasil

O número de indústria do setor têxtil no Brasil vinha crescendo desde o ano 2000, quando estavam em opera-ção 2.471 empresas, passando para 2.707 em 2005, 3.014 em 2010 e 3.045 empresas em 2014. Contudo, em 2015 houve queda absoluta, quando se atingiu o número de 2.983 empresas têxteis ao todo. Vê-se no Gráfico 7 que dentre os segmentos têxteis, os que tiveram maior retra-ção no total de empresas foram fiações e malharias, entre 2011 e 2015.

Gráfico 7 – Número de unidades produtivas do setor têx-til do Brasil, total e por segmento – 2011-2015

3.11

8

438 58

6 740

1.26

6

88

3.11

8

440 57

9 764

1.24

7

88

3.04

5

433 55

7 740

1.22

7

88

3.04

5

416 55

8 695

1.28

8

88

2.98

3

391 55

0 682

1.27

2

88

Têxt

il

Fiaç

ões

Tece

lage

ns

Mal

haria

s

Bene

ficia

men

to

Não

-tec

idos

2011 2012 2013 2014 2015

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados da LAFIS (2017).

4.3 Consumo de Têxteis e Confeccionados no mer-cado interno

O mercado interno brasileiro apresentou, entre 2005 e 2015, crescimento contínuo no consumo per capita de produtos têxteis e confeccionados, tendo, no entanto, declinado em 2015, alcançando 11,1 kg/hab. em 2015 (Gráfico 8). Entretanto, o consumo per capita de produ-tos têxteis no Brasil ainda está muito aquém do observa-do nos países desenvolvidos, podendo-se presumir que a demanda interna possa ainda crescer significativamente. Ressalta-se que os produtos têxteis possuem elasticidade--renda alta, ou seja, são sensíveis a modificações no poder de compra da população.

O consumo de produtos têxteis no Brasil tem aumen-tado bem acima do crescimento da população. Além dis-so, observa-se que após o ano 2005, a variação no con-sumo por habitante de produtos têxteis e confeccionados correspondeu, em média, a quase à mesma variação da renda média.

Gráfico 8 - Renda média nominal (R$/habitante) e consu-mo (Kg/habitante) de têxteis e confecções por habitante no Brasil - 2005-2015

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015Renda média 24.40 25.07 26.29 27.33 27.02 28.76 29.59 29.88 30.51 30.28 28.87Consumo/hab. 9,4 10,4 11,3 12,3 12,5 14,3 13,4 13,2 13,6 14,0 11,8

0

2

4

6

8

10

12

14

16

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados da LAFIS (2017).

O Gráfico 9 apresenta o quanto de importação de pro-dutos têxteis participam do consumo nacional dos mes-mos. A média de importados têxteis no consumo do Brasil foi em torno de 25% para o período de 2013 a 2015. O segmento de não tecidos deteve o maior percentual de importados, em torno de 37% do consumo brasileiro. Opostamente, o segmento com mais baixo nível de impor-tados foi tecidos, com cerca de 13%. Importante frisar que praticamente todos os segmentos tiveram queda de parti-cipação de importados no período em análise.

Gráfico 9 – Participação percentual da importação sobre o consumo de produtos têxteis no Brasil – 2013-2015

25,3

%

15,3

%

13,3

%

16,2

%

37,6

%

25,9

%

15,3

%

14,4

% 18,9

%

36,0

%

24,3

%

12,8

%

12,4

%

14,8

%

37,6

%

Têxtil Fios/Linhas Tecidos Malhas Não Tecidos2013 2014 2015

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados da LAFIS (2017).

4.4 Nível de utilização da capacidade instalada

A utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria têxtil brasileira2 (Gráfico 10) declinou descontinuamente entre outubro de 2014 e dezembro de 2015 e a partir de então, começa a recuperação da UCI, corroborando a re-

2 Dados não disponíveis para Regiões e Estados.

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Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 8Início

ano 2 | nº 16 | setembro | 2017

cuperação da produção física têxtil também no período. Em dezembro de 2016, a indústria têxtil alcançou o me-nor nível de UCI no período. A partir de então, apresentou

recuperação e espera-se que no futuro este nível de UCI permaneça, dando margem para abertura de novas plan-tas industriais.

Gráfico 10 – Utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria têxtil do Brasil – (% médio) – dezembro/2013 a junho/2017

79,5

81,3

81,882,0

80,2

81,0

80,6

81,3

82,1

82,682,5

80,179,8

80,3

81,9

81,481,2

78,978,7

77,577,7

78,478,7

76,5

78,7

79,3

78,378,6

79,8

79,2

80,2

79,8

80,880,7

75,6

78,2

80,9

81,9

80,380,5

80,2

12/2

013

01/2

014

02/2

014

03/2

014

04/2

014

05/2

014

06/2

014

07/2

014

08/2

014

09/2

014

10/2

014

11/2

014

12/2

014

01/2

015

02/2

015

03/2

015

04/2

015

05/2

015

06/2

015

07/2

015

08/2

015

09/2

015

10/2

015

11/2

015

12/2

015

01/2

016

02/2

016

03/2

016

04/2

016

05/2

016

06/2

016

07/2

016

08/2

016

09/2

016

10/2

016

11/2

016

12/2

016

01/2

017

02/2

017

03/2

017

04/2

017

05/2

017

06/2

017

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados da CNI (2017).

4.5 Preços médios

Os preços médios da produção nacional de têxteis tiveram compor-tamento ascendente entre 2011 e 2015. Para o setor têxtil como um todo, a taxa média de crescimento anual no período foi de aproxima-damente 8% ao ano, fios 7,4% a.a., tecidos 6,6% a.a., malhas 7,4% e não tecidos 9% a.a.

Gráfico 11 – Preços médios dos produtos dos segmentos e da Indústria Têxtil do Brasil – 2011-2015 (R$/kg)

16,1

6

8,65

15,6

0 19,4

4

6,06

17,3

6

9,23

16,6

4 20,8

8

6,55

18,1

2

9,73

17,5

3 22,2

5

7,09

18,8

3

10,3

4

18,7

0

23,6

4

7,78

21,8

6

11,4

9

20,1

3

25,8

5

8,56

Têxtil Fios Tecidos Malhas Não tecidos

2011 2012 2013 2014 2015

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados da LAFIS (2017).

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Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 9Início

ano 2 | nº 16 | setembro | 2017

4.6 Comércio Exterior

Desde 2012 até 2016, de acor-do com o Gráfico 12, que a balan-ça comercial do Brasil no comércio exterior de produtos industriais têxteis tem tido déficits sucessivos, sendo os maiores nos anos de 2013 e 2014. Por outro lado, o Nordes-te alcançou sucessivos superávits, cujo ápice aconteceu em 2012, quando atingiu o valor de aproxi-madamente US$ 518 milhões.

A diminuição das exportações brasileiras de produtos industriali-zados têxteis ao lado do aumento de suas importações revela perda de competitividade ante os fabri-cantes externos, causada, em par-te, pela apreciação da moeda bra-sileira, embora se observe existir problemas estruturais (como ques-tões logísticas) na indústria têxtil

nacional e regional que dificultam os produtores do país concorrerem de forma competitiva nos mercados internacional e doméstico.

Gráfico 12 – Exportações e importações do Brasil e do Nordeste de produtos têxteis de 2012 a 2016 – US$ 1,00

2012 2013 2014 2015 2016Exp. BR 3.057.878.065 2.006.130.809 2.185.908.012 2.065.788.510 1.937.691.074Imp. BR 3.531.679.762 3.519.320.699 3.620.394.182 2.751.414.206 2.252.627.902Exp. NE 942.782.278 511.006.272 616.981.609 586.496.541 452.681.810Imp. NE 425.005.356 391.765.344 429.588.999 298.373.899 230.888.513

0

500.000.000

1.000.000.000

1.500.000.000

2.000.000.000

2.500.000.000

3.000.000.000

3.500.000.000

4.000.000.000

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados da FUNCEX (2017).

5 ANÁLISE PROSPECTIVA5.1 Perspectivas para o setor – Relatório LAFIS

De acordo com relatório setorial de têxtil e confecções da Lafis (LAFIS, 2017), após dois anos de retração do PIB Geral, as projeções da Lafis para 2017 apontam para um ano de leve crescimento econômico (0,3%/2016).

As perspectivas da Lafis para o ano de 2018 indicam um cenário econômico favorável ao crescimento, de for-ma mais robusta e contínua. Para este ano, espera-se que a redução do desemprego e o aumento da massa salarial devolvam parte do poder de consumo das famílias que ha-via sido perdido nos anos anteriores. Assim, a Lafis espera que a economia apresente um crescimento consistente (+1,6%/2017). O setor industrial deverá obter um bom desempenho em 2018 ao apresentar um crescimento de 2,2% em relação ao ano de 2017. Esta expansão deverá ser resultado, sobretudo, do bom desempenho da indús-tria de transformação que se encontra em um nível muito baixo de utilização da capacidade instalada.

Após um longo período em que o PIB obteve um de-sempenho abaixo das suas potencialidades, a Lafis espera que no longo prazo o PIB desempenhe uma trajetória de crescimento muito próximo ao PIB potencial, apresen-tando expansão de 2,9%, 2,6% e 2,7%, nos anos de 2019, 2020 e 2021, respectivamente. É certo que as projeções da Lafis apontam para um crescimento da Indústria no pe-ríodo analisado, no entanto, percebe-se que o ritmo desta trajetória apresenta uma taxa de incremento declinante. A hipótese para esta tendência se baseia na possibilidade de que, o setor ainda continue a sofrer com alguns problemas estruturais nacionais, o chamado “Custo Brasil”. Sendo as-sim, a Lafis não acredita que até 2021 problemas como um sistema infraestrutural logístico insuficiente para escoar a

produção, além de um sistema tributário ainda moroso e complexo serão superados plenamente.

Para o setor têxtil e de confecções em 2017, espera-se um leve crescimento das vendas, mas ainda assim, não é esperada uma boa recuperação do faturamento do se-tor. Os impactos da recessão econômica e a elevação da taxa de desemprego no País ainda tenderão a impactar na intenção de consumo das famílias. Neste ano, haja vista a gradual retomada da demanda interna, o setor deverá enfrentar a pressão das importações, uma vez que o Real mais valorizado frente ao Dólar, as importações com um preço mais acessível acabam por cativar o consumidor que na crise acaba por buscar preços menores.

No cenário atual, vislumbra-se uma melhora das con-dições econômicas que favorecerão o consumo a partir do segundo semestre, como um reflexo da redução substan-cial da taxa de juros básica da economia pelo Banco Cen-tral, entre outras medidas microeconômicas, que deverão reduzir o custo de crédito no País, vale destacar que a me-dida que autorizou a liberação dos recursos do FGTS dos inativos pelo Governo deverá contribuir para a redução do endividamento das famílias. Assim, em 2017, dada a pro-jeção de baixo crescimento da economia brasileira, o fatu-ramento do setor deve apresentar um aumento de 4,6%.

Para 2018, projeta-se um cenário ainda incerto dada as eleições, mas que já deve apresentar algumas melho-rias nos indicadores macroeconômicos e possivelmente nos dados do setor, conforme a base fraca de comparação. Além disso, espera-se um mercado interno um pouco mais disposto a consumir. Espera-se também que as empresas do segmento têxtil e de confeccionados estejam melhor estruturadas e mais competitivas após o longo período de crise, o que deve favorecer o crescimento em 2018.

No ano, a queda da taxa de inflação deve auxiliar o

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Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 10Início

ano 2 | nº 16 | setembro | 2017

retorno do poder de compra das famílias , o que permite ganhos reais nos salários, apesar da taxa de desempre-go em patamar elevado. Do ponto de vista da oferta, o período de crise deve gerar ganhos de produtividade nas empresas têxteis, que tendem a investir em tecnologias e diversificar o portfólio com novos produtos, colaborando para uma potencial queda nos custos e no preço final a longo prazo, além da criação de novos produtos que cati-vam os consumidores.

Diante deste cenário, e apostando numa recuperação mais consistente do mercado interno brasileiro apenas em 2019, a Lafis projeta um crescimento no faturamento do setor têxtil e de confecções em 2018 na ordem de 6,3%.

Para o longo prazo, as perspectivas para o faturamen-to do setor são de crescimento, em linha com as perspecti-vas da Lafis para as principais variáveis macroeconômicas do País. O ano de 2019 deverá ser marcado pelo maior crescimento da massa salarial do País, e maior expansão do comércio, o setor deverá beneficiar-se dessa elevação. Além disso, estima-se que a confiança dos empresários e consumidores estejam mais elevadas, tendo em vista a dissolução das incertezas políticas econômicas pós-elei-ções de 2018. Dessa forma, o ambiente de negócio tor-na-se mais estável, o que pode elevar a propensão das famílias para realização de novas dívidas elevar o valor dispendido em vestuário anualmente. A Lafis estima um crescimento consistente de 8,0% para o faturamento do setor em 2019.

Para os anos 2020 e 2021, a Lafis estima uma continui-dade da aceleração da atividade econômica, com uma taxa de desemprego menor, o que deve impulsionar as vendas do setor. Por outro lado, deverá ocorrer um afrouxamento das barreiras às importações, pois estima-se uma valoriza-ção do real frente ao dólar, o que pode elevar o consumo de importados do setor, com preços mais atrativos para o mercado doméstico. Por fim, as projeções respectivas para o crescimento do faturamento em 2020 e 2021 são de 5,6% e 4,9%.

5.2 Tendências comparadas do setor têxtil para o Brasil, Nordeste e estados selecionados

Questão importante é entender o panorama tenden-cial da produção têxtil do Brasil, Nordeste, Ceará e Per-nambuco per si e que outras variáveis impactam em sua performance tais como, taxa de crescimento da atividade econômica, do câmbio e das exportações e importações do setor têxtil.

O Gráfico 13 expõe comparações entre o desempe-nho do PIB do Brasil e as produções têxteis do Brasil e Nor-deste e possíveis tendências para o futuro3. Do observado, pode-se inferir a existência de correlação positiva entre estas variáveis, isto é, as variações da taxa de crescimento da economia do Brasil são acompanhas pela produção têx-til tanto do Brasil como do Nordeste. Uma vez que a eco-nomia brasileira caminha para recuperação e crescimento positivo em 2017, espera-se que a indústria têxtil nacional e regional acompanhe também esta tendência, como se vê no gráfico.

Observa-se também que a indústria têxtil do Brasil entrou em recessão desde janeiro de 2014, saindo dela em março de 2017, quando se considera o acumulado de 12 meses. Já a indústria têxtil do Nordeste iniciou seu de-clínio em agosto de 2014 e até julho de 2017 ainda não obteve taxa positiva de crescimento.

3 Para isto, são construídos gráficos onde se utilizam médias móveis de variáveis de interesse, com base em 4 trimestres ou 12 meses, de acordo com a disponibilidade da periodicidade das informações. A maioria das informações das variáveis tem comportamento de grande volatilidade e alta amplitude. Ao se utilizar as médias móveis destas obtém-se tendência de forma suavizada, possibilitando, assim, cenário de previsibilidade.

Gráfico 13 – Taxa de crescimento do PIB do Brasil (PIB-BR) acumulado dos últimos 4 trimestres, da produção física da indústria têxtil do Brasil e do Nordeste acumulado dos últimos 12 meses (Base: mesmo período anterior) – (%) – dezembro/2013 a julho/2017

3,0 0,5

-3,8 -3,6 -1,40,2

-6,6

-15,0

-4,5

5,1

3,5

-5,8

-16,5

-8,7

-0,2

dez-

13

jan-

14

fev-

14

mar

-14

abr-

14

mai

-14

jun-

14

jul-1

4

ago-

14

set-1

4

out-

14

nov-

14

dez-

14

jan-

15

fev-

15

mar

-15

abr-

15

mai

-15

jun-

15

jul-1

5

ago-

15

set-1

5

out-

15

nov-

15

dez-

15

jan-

16

fev-

16

mar

-16

abr-

16

mai

-16

jun-

16

jul-1

6

ago-

16

set-1

6

out-

16

nov-

16

dez-

16

jan-

17

fev-

17

mar

-17

abr-

17

mai

-17

jun-

17

jul-1

7

PIB-BR Produção física ind. Têxtil-BR Produção física ind. têxtil-NE

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados do IBGE (2017a) e (2017b).

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Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 11Início

ano 2 | nº 16 | setembro | 2017

O último valor bruto da produção têxtil do Brasil e do Nordeste disponibilizados pelo IBGE são de 2015, no valor de quase R$ 40 bilhões e R$ 6,5 bilhões, respectivamente. Objetivando conseguir o valor da produção têxtil do Bra-sil e do Nordeste desde dezembro de 2013 até julho de 2017 e tomando como referência os valores publicados de dezembro de 2015, foi construído o Gráfico 14, que apre-senta uma estimativa do nível de produção industrial têxtil para os mesmos mensalmente, aqui nominada como ENPI têxtil. Os valores da ENPI para os demais meses do perío-

do, que não dezembro de 2015, são proporcionais à média dos últimos 12 meses dos índices de produção física da indústria têxtil do Brasil e do Nordeste.

No período em análise, desde início de 2014, a produ-ção da indústria têxtil do Brasil e do Nordeste vem caindo. No caso do Brasil, de R$ 50,3 bilhões em 2013, declinou sua produção até R$ 39,3 bi em julho de 2017. A produção têxtil do Nordeste, de R$ 8,2 bilhões baixou para R$ 5,9 bilhões em dezembro de 2016. Desde então, ambas pro-duções continuam se recuperando.

Gráfico 14 – ENPI têxtil-BR, base índice de produção física da indústria têxtil do Brasil e ENPI têxtil-NE, base índice da produção física da indústria têxtil do Nordeste – (R$ milhões de 2015) – referência na média dos últimos 12 meses dos índices – dezembro/2013 a julho/2017

50.342

47.023

39.959

38.15539.340

8.216

7.738

6.465

5.902

5.963

4.500

5.000

5.500

6.000

6.500

7.000

7.500

8.000

8.500

9.000

28.000

33.000

38.000

43.000

48.000

dez-

13ja

n-14

fev-

14m

ar-1

4ab

r-14

mai

-14

jun-

14ju

l-14

ago-

14se

t-14

out-

14no

v-14

dez-

14ja

n-15

fev-

15m

ar-1

5ab

r-15

mai

-15

jun-

15ju

l-15

ago-

15se

t-15

out-

15no

v-15

dez-

15ja

n-16

fev-

16m

ar-1

6ab

r-16

mai

-16

jun-

16ju

l-16

ago-

16se

t-16

out-

16no

v-16

dez-

16ja

n-17

fev-

17m

ar-1

7ab

r-17

mai

-17

jun-

17ju

l-17

ENPI têxtil-BR ENPI têxtil-NE

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados do IBGE (2017b) e (2017c). Nota: Tomou-se como referência o valor bruto da produção têxtil do IBGE de 2015. Estimativa do Nível de Produção Industrial têxtil do Brasil (ENPI têxtil-BR); Estimativa do Nível de Produção Industrial têxtil do Nordeste (ENPI têxtil-NE).

Analogamente ao Gráfico 13, o Gráfico 15 mostra a performance das produções têxteis do Nordeste, Ceará e Pernambuco e possíveis tendências de crescimento4. Constata-se que a produção da setor têxtil cearense pas-sou a ter taxas negativas de crescimento a partir de janei-ro de 2014 e em novembro de 2015 passou a diminuir o ritmo declínio, saindo da recessão em dezembro de 2016 e obteve taxa de crescimento positiva em julho de 2017, no valor de 17,5%, uma taxa bastante alta. A indústria têx-til de Pernambuco iniciou sua queda de produção a partir de março de 2014 e desde então, ainda não conseguiu se recuperar, com taxa de crescimento negativa de 20,3% em julho deste ano. Ceará ajudou no crescimento da indústria têxtil do Nordeste, enquanto que Pernambuco, por outro lado, puxou para baixo.

No período em análise, de acordo com Gráfico 16, desde início de 2014 que a produção da indústria têxtil do Nordeste, Ceará e Pernambuco vêm caindo em valores ab-solutos. A produção têxtil do Nordeste, de R$ 8,2 bilhões baixou para R$ 5,9 bilhões em dezembro de 2016 e em julho de 2017 chegou a quase R$ 6 bilhões; do Ceará, de

4 Não constam do banco de dados do IBGE índices de produção física da indústria têxtil para Estados de maior produção têxtil que Pernambu-co, tais como Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte.

3,3 bilhões foi para R$ 1,5 bilhão em abril de 2016 e em 2017 aproximadamente R$ 1,8 bilhão e de Pernambuco, de R$ 736 milhões continuou caindo até R$ 403 milhões julho de 2017.

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Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 12Início

ano 2 | nº 16 | setembro | 2017

Gráfico 15 – Taxa de crescimento da produção física da indústria têxtil do Nordeste, Ceará e Pernambuco acumulado dos últimos 12 meses (Base: mesmo período anterior) – (%) – dezembro/2013 a julho/2017

3,5

-5,8

-16,5

-8,7-0,22,3

-25,7-33,2

4,4

17,5

6,8

-13,1 -6,0

-22,3 -20,3

dez-

13

jan-

14

fev-

14

mar

-14

abr-

14

mai

-14

jun-

14

jul-1

4

ago-

14

set-1

4

out-

14

nov-

14

dez-

14

jan-

15

fev-

15

mar

-15

abr-

15

mai

-15

jun-

15

jul-1

5

ago-

15

set-1

5

out-

15

nov-

15

dez-

15

jan-

16

fev-

16

mar

-16

abr-

16

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-16

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16

jul-1

6

ago-

16

set-1

6

out-

16

nov-

16

dez-

16

jan-

17

fev-

17

mar

-17

abr-

17

mai

-17

jun-

17

jul-1

7

Produção física ind. Têxtil-NE Produção física ind. Têxtil-CE Produção física ind. Têxtil-PE

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados do IBGE (2017b).

Gráfico 16 – ENPI têxtil-NE, base índice de produção física da indústria têxtil do Nordeste, ENPI têxtil-CE, base índice da produção física da indústria têxtil do Ceará e ENPI têxtil-PE, base índice da produção física da indústria têxtil de Pernambuco – (R$ milhões de 2015) – referência na média dos últimos 12 meses dos índices – dezembro/2013 a julho/2017

8.2167.738

6.465

5.902 5.963

3.253

2.418

1.614 1.6841.812

736 640 601467 403

300

800

1.300

1.800

2.300

2.800

3.300

350

1.350

2.350

3.350

4.350

5.350

6.350

7.350

8.350

ENPI têxtil-NE ENPI têxtil-CE ENPI têxtil-PE

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados do IBGE (2017b) e (2017c). Nota: Tomou-se como referência o valor bruto da produção têxtil do IBGE de 2015. Estimativa do Nível de Produção Industrial têxtil do Nordeste (ENPI têxtil-NE); Estimativa do Nível de Produção Industrial têxtil do Ceará (ENPI têxtil-CE); Estimativa do Nível de Produção Industrial têxtil do Pernambuco (ENPI têxtil-PE).

Umas das questões importantes é saber quanto o desem-penho da atividade econômica de um país, região ou estado impacta em determinado setor econômico, que no caso em análise, o setor têxtil. O Banco Central (Bacen) publica na in-ternet o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC), que constitui estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do IBGE.

Enquanto o IBGE, apresenta as informações oficiais do PIB do Brasil trimestralmente e com atraso de dois meses e do Nordeste, Ceará e Pernambuco, anualmente e com atraso de dois anos, os índices de atividade econômica apresentadas pelo Bacen são mensais e com atraso de dois meses para to-dos os entes já mencionados.

Por conseguinte, os índices de atividades econômicas do Banco Central servem de referência de informações as mais atualizadas possíveis, principalmente para o Nordeste e alguns de seus Estados. O Bacen estima a medição das atividades econômicas do Nordeste e dos Estados citados via Índice de Atividade Econômica do Banco Central Regional (IBCR).

Constata-se no Gráfico 17, que o crescimento econômico do Nordeste tem influência no desempenho da indústria têx-til da Região. Na medição acumulada de 12 meses, enquanto a economia do Nordeste, segundo estimativa do Bacen, en-trou em recessão em setembro de 2015, a produção têxtil da Região já tinha entrado em queda a partir de agosto de 2014 e ambas tendem a recuperar-se em 2017.

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Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 13Início

ano 2 | nº 16 | setembro | 2017

Gráfico 17 – Taxa de crescimento do IBCR-NE e da produção física da indústria têxtil do Nordeste acumulado dos últi-mos 12 meses (Base: mesmo período anterior) – (%) – dezembro/2013 a julho/2017

2,1

2,5

-2,3

-4,4 -1,5

3,5

-5,8

-16,5

-8,7

-0,2

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7

IBCR-NE Produção física ind. têxtil-NE

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados do BACEN (2017a) e IBGE (2017b). Nota: Índice de Atividade Econômica do Banco Central Regional para o Nordeste (IBCR-NE).

Relativamente à comparação entre a performance da economia do Ceará e à sua indústria têxtil, vê-se simi-laridade entre ambos, contudo há maior variabilidade e amplitude do setor têxtil. A indústria começou a ter taxas

positivas de crescimento a partir de dezembro de 2016 e alcançou no acumulado de 12 meses variação de 17,5% em julho de 2017 (Gráfico 18).

Gráfico 18 – Taxa de crescimento do IBCR-CE e da produção física da indústria têxtil do Ceará acumulado dos últimos 12 meses (Base: mesmo período anterior) – (%) – dezembro/2013 a julho/2017

2,5 2,2

-4,1 -4,2-2,2

2,3

-25,7

-33,2

4,4

17,5

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7

IBCR-CE Produção física ind. têxtil-CE

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados do BACEN (2017b) e IBGE (2017b). Nota: Índice de Atividade Econômica do Banco Central Regional para o Ceará (IBCR-CE).

Observando o Gráfico 19, opostamente às trajetórias da indústria têxtil do Nordeste e Ceará, Pernambuco vem obtendo, de forma continuada, maiores taxas negativas de crescimento, não obstante sua economia ensaiar melhora no ritmo de declínio.

Já mencionado antes, um dos fatores que aumentam o custo de produção têxtil são os insumos importados, tais como fibras ou filamentos sintéticos ou artificiais e até mesmo o algodão, não incentivando a produção. Assim, quanto maior for a taxa de câmbio, isto é, quanto maior

for a taxa de crescimento do valor da moeda estrangeira em reais, maior será o custo dos insumos, logo do custo para produzir. No Gráfico 20 é perceptível que à medida que a taxa de crescimento do câmbio sobe, a partir de abril de 2015, vê-se queda pronunciada da produção têxtil do Brasil, Nordeste e mais ainda, do Ceará. Por outro lado, quando a mesma cai, ou seja valorização do real, partindo de maio de 2016, constata-se que a produção têxtil come-ça a se recuperar, chegando mesmo a crescimento, como é o caso do Ceará, desde novembro de 2016.

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Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 14Início

ano 2 | nº 16 | setembro | 2017

Gráfico 19 – Taxa de crescimento do IBCR-PE e da produção física da indústria têxtil do Pernambuco acumulado dos últimos 12 meses (Base: mesmo período anterior) – (%) – dezembro/2013 a julho/2017

2,30,8

-3,8-5,7 -1,8

6,8

-13,1

-6,0

-22,3

-20,3

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7

IBCR-PE Produção física ind. têxtil-PE

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados do BACEN (2017c) e IBGE (2017b). Nota: Índice de Atividade Econômica do Banco Central Regional para Pernambuco (IBCR-PE).

Gráfico 20 – Taxa de crescimento do câmbio - Dólar americano (venda) e da produção física da indústria têxtil do Brasil, do Nordeste e do Ceará, acumulado dos últimos 12 meses (Base: mesmo período anterior) – (%) – dezembro/2013 a julho/2017

10,4 9,1

41,6

4,8

-13,2

0,2 -6,6 -15,0

-4,5

5,13,5

-5,8

-16,5-8,7

-0,2

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7

Câmbio (venda) Produção física ind. têxtil-BR Produção física ind. têxtil-NE Produção física ind. têxtil-CE

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados do BACEN (2017d) e IBGE (2017b).

Uma questão importante é entender como a produ-ção têxtil é influenciada pelas exportações e importações de produtos têxteis. Observando o Gráfico 21, fica claro que as importações do Brasil impactam de forma mais in-tensiva na produção do que suas exportações de têxteis. Obviamente que o desempenho do câmbio tem como consequência maior ou menor impacto nas importações de produtos têxteis, isto é, quanto mais valorizado o real, mais barato para importar insumos e logo maior a produ-ção têxtil.

A conclusão acima se aplica também para o Nordes-te. Conforme o Gráfico 22, verifica-se que as importações e a produção têxtil detêm correlação positiva, ou seja, as variações de ambas acontecem praticamente com mesmo sinal, implicando que as importações ajudam ou prejudi-cam a produção de têxteis no Nordeste.

O Gráfico 23 denota, ainda, que as importações têx-teis do Ceará estão relacionadas à produção têxtil do Es-tado.

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Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 15Início

ano 2 | nº 16 | setembro | 2017

Gráfico 21 – Taxa de crescimento da produção física da indústria têxtil, das exportações e importações de produtos têxteis do Brasil, acumulado dos últimos 12 meses (Base: mesmo período anterior) – (%) – dezembro/2013 a julho/2017

0,2

-6,6 -15,0

-4,5

5,1

-34,4

9,0

-5,5

-6,2

-22,7

-0,3

2,9

-24,0

-18,1

20,6

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Produção física ind. têxtil-BR Exportações ind. têxtil-BR Importações ind. têxtil-BR

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados da FUNCEX (2017) e IBGE (2017b).

Gráfico 22 – Taxa de crescimento da produção física da indústria têxtil, das exportações e importações de produtos têxteis do Nor-deste, acumulado dos últimos 12 meses (Base: mesmo período anterior) – (%) – dezembro/2013 a julho/2017

3,5

-5,8 -16,5-8,7 -0,2

-45,8

20,7

-4,9

-22,8

-50,4

-7,8

9,7

-30,5

-22,6

23,5

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Produção física ind. têxtil-NE Exportações ind. têxtil-NE Importações ind. têxtil-NE

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados da FUNCEX (2017) e IBGE (2017b).

Gráfico 23 – Taxa de crescimento da produção física da indústria têxtil do Ceará, das exportações e importações de produtos têx-teis do Ceará, acumulado dos últimos 12 meses (Base: mesmo período anterior) – (%) – dezembro/2013 a julho/2017

2,3

-25,7

-33,2

4,4

17,5

-21,2

-39,0

29,4

4,8

-24,1

6,7

31,5

-29,1 -18,2

12,9

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Produção física ind. têxtil-CE Exportações ind. têxtil-CE Importações ind. têxtil-CE

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados da FUNCEX (2017) e IBGE (2017b).

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Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 16Início

ano 2 | nº 16 | setembro | 2017

6 VENDAS DE TÊXTEIS, CONFECÇÕES E CALÇADOS NO COMÉRCIO VAREJISTA

O IBGE não dispõe de informações de vendas do setor têxtil no comércio varejista de forma exclusiva, isto é, so-mente de forma agregada, denominado de vendas no co-mércio varejista da atividade de tecidos, vestuário e calça-dos. Como se observa no Gráfico 24, as vendas no Ceará, desde maio de 2016 vêm decrescendo, atingindo taxa de crescimento negativa de 3,3% e ainda não mostrando me-lhoras no ritmo de queda, porém denotando estabilidade.

Com intuito de obter uma aproximação do tamanho de mercado, sob a ótica do consumo de produtos têxteis no Ceará, no Gráfico 25 é apresentado a Estimativa do Ní-vel de Comércio Varejista (ENCV) de tecidos, artigos de ar-marinho, vestuário e calçados do Ceará. Em julho de 2017, esta ENCV totalizou R$ 6,7 bilhões, a preços de 2015, en-quanto que a estimativa para a produção têxtil (ENPI) al-cançou R$ 1,8 bilhão. Obviamente que a diferença entre as duas curvas não é nem aproximadamente o mercado potencial a ser coberto pela indústria têxtil do Ceará, mas nos fornece alguma referência de grandeza de mercado, inclusive de vestuário e calçados.

Gráfico 24 – Taxa de crescimento do volume de vendas no comércio varejista da atividade de tecidos, vestuário e calçados do Ceará acumulado dos últimos 12 meses (Base: mesmo período anterior) – (%) – dezembro/2013 a julho/2017

6,2

9,4

2,1

-3,4 -3,3

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7

Volume de vendas no comércio varejista da atividade de tecidos, vestuário e calçados-CE

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados do IBGE (2017d).

Gráfico 25 – ENPI têxtil-CE, base índice de produção física da indústria têxtil do Ceará, ENCV tecidos, artigos de armarinho, vestu-ário e calçados do Ceará, base índice de volume de vendas no comércio varejista da atividade de tecidos, artigos de armarinho, vestuário e calçados do Ceará, – (R$ milhões de 2015) – referência na média dos últimos 12 meses dos índices – dezembro/2013 a julho/2017

3.253

2.418

1.6141.684 1.812

6.293

6.884 7.0326.796 6.714

1.400

2.400

3.400

4.400

5.400

6.400

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n-14

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ENPI têxtil-CE ENCV tecidos, art. de armarinho, vestuário e calçados-CE

Fonte: Elaborado pelo BNB/ETENE, com dados do IBGE (2017b), (2017c), (2017d) e (2017e).Nota: Para a ENPI, tomou-se como referência o valor bruto da produção têxtil do IBGE de 2015; Para ENCV, a referência foi 9%5 da Receita bruta de revenda e de comissões sobre venda alusivo ao Comércio por atacado e varejista do Ceará de 2014, atualizado pelo IPCA de 2015, de 10,67%; Estimativa do Nível de Produção Industrial têxtil do Ceará (ENPI têxtil-CE); Estimativa do Nível de Comércio Varejista de tecidos, artigos de armarinho, vestuário e calçados do Ceará (ENCV tecidos, art. de armarinho, vestuário e calçados-CE).

5 Como o Ceará não tinha informação de Receita bruta de revenda e de comissões sobre venda alusiva ao comércio de tecidos, artigos de armarinho, vestuário e calçados, optou-se tomar como base o percentual da participação desta rubrica do comércio varejista de Minas Gerais, que representa 9%. A escolha de Minas Gerais se deu por-que é um Estado que tem informação sobre Comércio de tecidos, artigos de armarinho, vestuário e calçados e que detém Semiárido.

Page 17: 16 textil 2017 CS6-FINAL

Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 17Início

ano 2 | nº 16 | setembro | 2017

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No contexto internacional, a participação da indústria têxtil brasileira é pouco relevante, representando 0,3% da produção mundial, o que o classifica como um país to-mador de preços. Entretanto, no Brasil, a Indústria Têxtil é uma atividade importante, porquanto representa 1,6% do Valor Bruto da Produção Industrial (VBPI) e 3,6% dos empregos da Indústria de Transformação, além de ser in-termediária entre a produção de matérias-primas (princi-palmente algodão) e a indústria de confecção. No Nordes-te, ela é mais expressiva, porquanto representa 2,6% do VBPI e 4,6% dos empregos da Indústria de Transformação regional. Trata-se também de uma indústria considerada tradicional no País, particularmente no Nordeste.

No Nordeste, os principais polos têxteis estão localiza-dos na Região Metropolitana de Fortaleza, na Mata Parai-bana e no Leste Potiguar.

Conforme análises tendenciais apresentadas, à medi-da que a atividade econômica do Brasil, Nordeste e Esta-dos selecionados passarem a ter crescimento, o setor têx-til, de forma geral, tende a crescer também. A moeda Real forte, também tem importante influência do desempenho da produção têxtil, principalmente no Ceará. Isto deve ser decorrente pela participação dos insumos importados que participam do processo de produção. Decorrente disso, as importações também explicam a performance da produ-ção têxtil.

Para o futuro, espera-se que a consolidação da Fer-rovia Transnordestina, que permitirá baratear o custo de frete do algodão produzido nas áreas de cerrados, e a diminuição da dependência externa no fornecimento de filamentos sintéticos tornem a indústria nordestina mais competitiva nos mercados interno e externo.

AGRADECIMENTOS

Aos colegas Fernando Luiz Emerenciano Viana – Co-ordenador de Estudos e Pesquisas; Francisco Diniz Bezer-ra – Coordenador de Estudos e Pesquisas; Antonio Kassyo Monteiro Costa – Bolsista Nível Superior; Dalylla Soares de Azevedo – Bolsista Nível Superior e Lucas Sousa dos San-tos – Jovem Aprendiz.

REFERÊNCIAS

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Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 18Início

ano 2 | nº 16 | setembro | 2017

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