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Cerca de 17 mil pessoas res- ponderam ao apelo dos Sin- dicatos Unia e Syna para par- ticipar na grande manifes- tação que decorreu em Zuri- que no passado dia 22 de Se- tembro, de modo a protestar contra a rescisão do CCT e o dumping salarial e social. Foram milhares os trabalhadores da construção, vindos de todos os pon- tos da Suíça, que encheram as ruas do centro de Zurique no dia 22 de Setembro. Com muito ruído, mas de forma pacífica, os manifestantes quiseram deixar bem claro que não aceitam que, a partir do dia 1 de Ou- tubro, o seu Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) deixe de vigorar. O protesto visou defender a manu- tenção dos salários mínimos e su- plementos salariais, do 13° mês, dos horários de trabalho regulamenta- dos e da protecção garantida em ca- so de doença e de acidente. A partir do dia 1 de Outubro, sem o CCT em vigor, nenhum empresário da cons- trução será obrigado a respeitar os salários mínimos e todos os outros direitos laborais. 84,5% votaram a favor da greve Os cerca de 17 000 manifestantes acalmaram a Hansueli Scheidegger, responsável pelo sector da cons- trução do Unia, quando este, im- pondo os boletins de votos dos tra- balhadores da construção de toda a Suíça, apresentou os resultados da votação de 36 211 trabalhadores. 30 598, ou seja, 84,5% votaram a favor de medidas de greve, como forma de defesa do CCT da construção. Solidariedade nacional e internacional Numerosas personalidades do mun- do da política estiveram presentes na manifestação para expressar o seu apoio aos trabalhadores da cons- trução. Representantes das princi- pais centrais sindicais de Portugal, Itália e Alemanha marcaram a sua presença com mensagens de solida- riedade para com a luta dos trabal- hadores. Contra o dumping salarial e social! Nr. 7 | September 2007 | português Erscheint als Beilage zur Zeitung «work» | Redaktion T +41 31 350 21 11, F +41 31 350 22 11 | [email protected] | www.unia.ch Migração Há que passar da defensiva à ofensiva. Temporários Unia lança panfleto informativo. 2 3 4 Hotelaria Aumentos salariais para 2008. No passado dia 31 de Agosto os sindi- catos membros da União dos Sindicatos Suíços (USS) apresentaram as suas rei- vindicações salariais, para o próximo ano, de 3 a 4% e medidas concretas pa- ra se alcançar a igualdade salarial entre homens e mulheres. A situação económica na Suíça atravessa um mo- mento excelente. O sector privado floresce e a criação de emprego continua a aumentar. Con- tudo, a maioria dos empregados e das emprega- das, apesar do aumento da produtividade, prati- camente não têm beneficiado do crescimento económico. Por esta razão os sindicatos exigem um aumento salarial de 3 a 4%, dependendo da situação existente em cada um dos sectores. Não aos aumentos individuais Os sindicatos sublinharam a importância dos au- mentos generalizados e denunciaram os efeitos negativos dos aumentos salariais individuais, os quais contribuem de forma substancial para o au- mento das diferenças entre os salários elevados e muito elevados, relativamente aos salários mé- dios e baixos. A igualdade salarial tem ser alcançada As mulheres continuam a ganhar, em média, cer- ca de 20% menos do que os homens. Por isso, alguns sindicatos, entre eles o Unia, reivindicam aumentos salariais suplementares para as mu- lheres, na ordem de 1%. Para além disto, os sin- dicatos afiliados à USS exigem que as empresas com mais de 1 000 trabalhadores e trabalhado- ras analisem a sua estrutura salarial do ponto de vista da igualdade e adoptem medidas concre- tas, de modo a pôr um fim à discriminação sa- larial. Sindicatos reivindicam um aumento salarial: 3 a 4 % para todos O patronato espalha a confusão Os patrões não poupam meios de forma a confundir os trabalhadores da cons- trução e a impedir que par- ticipem nas acções de pro- testo organizadas pelos sin- dicatos. São numerosas as empresas de construção que enviaram cartas, em línguas diferentes, aos seus tra- balhadores, afirmando que a ausência do Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) não os afectará e que, por isso, não devem participar nas manifestações e nas greves convocadas pelos sindicatos. Nas cartas enviadas os patrões dizem que vão continuar a respeitar o CCT. Mas, se o CCT deixa de estar em vigor e o controle desaparece, durante quanto tempo vão os patrões cumprir com a sua pro- messa? Quem é que se vai encar- regar de os a obrigar a cumprir o que dizem? A partir de 1 de Outu- bro deixa de haver uma base legal que obrigue os patrões a cumprir as regulamentações do CCT. O CCT é o único instrumen- to de protecção perante o dumping salarial Apelamos a todos os trabalhadores da construção que não se deixem confundir ou intimidar e que per- guntem aos patrões: o que vai acontecer quando as empresas es- trangeiras ou mais pequenas tra- balharem por preços mais baixos? Estarão as empresas suíças em con- dições de garantir os mesmos salá- rios e condições laborais? Como se vão proteger as empresas cumpri- doras face à concorrência desleal? Todas as empresas que dizem que- rer respeitar o CCT têm que obri- gar a Sociedade dos Empreiteiros suíços a assinar com os sindicatos um novo CCT, obrigatório para to- das as empresas. O CCT é o único instrumento capaz de garantir a to- dos os trabalhadores os mesmos di- reitos e de evitar que a guerra dos preços se faça a custa dos traba- lhadores. Trabalhadores da construção 17 mil na manifestação em Zurique Os manifestantes mostram a sua determinação em lutar. Ao longo dos vários quiló- metros do desfile da ma- nifestação ouvia-se falar português. Frases como «o povo unido jamais se- rá vencido» ou «a luta con- tinua» fizeram eco pelas ruas do centro de Zurique. Calcula-se que cerca de 1/3 dos manifestantes eram de origem portuguesa. O pon- to mais alto foi atingido quando o representante da CGTP-IN, Carlos Trindade, subiu à tribuna e, em por- tuguês, expressou a sua solidariedade para com os trabalhadores da cons- trução, apelando para que a luta, quer na Suíça quer em Portugal, não pa- re. A CGTP-IN, a maior central sin- dical portuguesa, deu, assim, um forte sinal de apoio à luta dos tra- balhadores portugueses aqui na Suíça, em defesa dos seus direitos e da manutenção do CCT na cons- trução. Forte presença portuguesa na manifestação

17 mil na manifestação em Zurique - Unia - die …...23 4 informativo. Hotelaria Aumentos salariais para 2008. No passado dia 31 de Agosto os sindi-catos membros da União dos Sindicatos

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Page 1: 17 mil na manifestação em Zurique - Unia - die …...23 4 informativo. Hotelaria Aumentos salariais para 2008. No passado dia 31 de Agosto os sindi-catos membros da União dos Sindicatos

Cerca de 17 mil pessoas res-ponderam ao apelo dos Sin-dicatos Unia e Syna para par-ticipar na grande manifes-tação que decorreu em Zuri-que no passado dia 22 de Se-tembro, de modo a protestarcontra a rescisão do CCT e odumping salarial e social.

Foram milhares os trabalhadores daconstrução, vindos de todos os pon-tos da Suíça, que encheram as ruasdo centro de Zurique no dia 22 deSetembro. Com muito ruído, mas deforma pacífica, os manifestantes

quiseram deixar bem claro que nãoaceitam que, a partir do dia 1 de Ou-tubro, o seu Contrato Colectivo deTrabalho (CCT) deixe de vigorar. Oprotesto visou defender a manu-tenção dos salários mínimos e su-plementos salariais, do 13° mês, doshorários de trabalho regulamenta-dos e da protecção garantida em ca-so de doença e de acidente. A partirdo dia 1 de Outubro, sem o CCT emvigor, nenhum empresário da cons-trução será obrigado a respeitar ossalários mínimos e todos os outrosdireitos laborais.

84,5% votaram a favor da greveOs cerca de 17 000 manifestantesacalmaram a Hansueli Scheidegger,responsável pelo sector da cons-trução do Unia, quando este, im-pondo os boletins de votos dos tra-balhadores da construção de toda aSuíça, apresentou os resultados da

votação de 36 211 trabalhadores. 30598, ou seja, 84,5% votaram a favorde medidas de greve, como forma dedefesa do CCT da construção.

Solidariedade nacional e internacionalNumerosas personalidades do mun-do da política estiveram presentesna manifestação para expressar oseu apoio aos trabalhadores da cons-trução. Representantes das princi-pais centrais sindicais de Portugal,Itália e Alemanha marcaram a suapresença com mensagens de solida-riedade para com a luta dos trabal-hadores.

Contra o dumping salarial e social!

Nr. 7 | September 2007 | português Erscheint als Beilage zur Zeitung «work» | Redaktion T +41 31 350 21 11, F +41 31 350 22 11 | [email protected] | www.unia.ch

Migração Há que passar da defensiva à ofensiva.

TemporáriosUnia lança panfletoinformativo.2 3 4

HotelariaAumentos salariaispara 2008.

No passado dia 31 de Agosto os sindi-catos membros da União dos SindicatosSuíços (USS) apresentaram as suas rei-vindicações salariais, para o próximoano, de 3 a 4% e medidas concretas pa-ra se alcançar a igualdade salarial entrehomens e mulheres.

A situação económica na Suíça atravessa um mo-mento excelente. O sector privado floresce e acriação de emprego continua a aumentar. Con-tudo, a maioria dos empregados e das emprega-das, apesar do aumento da produtividade, prati-

camente não têm beneficiado do crescimentoeconómico. Por esta razão os sindicatos exigemum aumento salarial de 3 a 4%, dependendo dasituação existente em cada um dos sectores.

Não aos aumentos individuaisOs sindicatos sublinharam a importância dos au-mentos generalizados e denunciaram os efeitosnegativos dos aumentos salariais individuais, osquais contribuem de forma substancial para o au-mento das diferenças entre os salários elevados emuito elevados, relativamente aos salários mé-dios e baixos.

A igualdade salarial tem ser alcançadaAs mulheres continuam a ganhar, em média, cer-ca de 20% menos do que os homens. Por isso,alguns sindicatos, entre eles o Unia, reivindicamaumentos salariais suplementares para as mu-lheres, na ordem de 1%. Para além disto, os sin-dicatos afiliados à USS exigem que as empresascom mais de 1 000 trabalhadores e trabalhado-ras analisem a sua estrutura salarial do ponto devista da igualdade e adoptem medidas concre-tas, de modo a pôr um fim à discriminação sa-larial.

Sindicatos reivindicam um aumento salarial:

3 a 4 % para todos

O patronatoespalha aconfusãoOs patrões não poupammeios de forma a confundiros trabalhadores da cons-trução e a impedir que par-ticipem nas acções de pro-testo organizadas pelos sin-dicatos.

São numerosas as empresas deconstrução que enviaram cartas,em línguas diferentes, aos seus tra-balhadores, afirmando que aausência do Contrato Colectivo deTrabalho (CCT) não os afectará eque, por isso, não devem participarnas manifestações e nas grevesconvocadas pelos sindicatos. Nascartas enviadas os patrões dizemque vão continuar a respeitar oCCT. Mas, se o CCT deixa de estarem vigor e o controle desaparece,durante quanto tempo vão ospatrões cumprir com a sua pro-messa? Quem é que se vai encar-regar de os a obrigar a cumprir oque dizem? A partir de 1 de Outu-bro deixa de haver uma base legalque obrigue os patrões a cumpriras regulamentações do CCT.

O CCT é o único instrumen-to de protecção perante odumping salarialApelamos a todos os trabalhadoresda construção que não se deixemconfundir ou intimidar e que per-guntem aos patrões: o que vaiacontecer quando as empresas es-trangeiras ou mais pequenas tra-balharem por preços mais baixos?Estarão as empresas suíças em con-dições de garantir os mesmos salá-rios e condições laborais? Como sevão proteger as empresas cumpri-doras face à concorrência desleal?Todas as empresas que dizem que-rer respeitar o CCT têm que obri-gar a Sociedade dos Empreiteirossuíços a assinar com os sindicatosum novo CCT, obrigatório para to-das as empresas. O CCT é o únicoinstrumento capaz de garantir a to-dos os trabalhadores os mesmos di-reitos e de evitar que a guerra dospreços se faça a custa dos traba-lhadores.

Trabalhadores da construção

17 mil na manifestação em Zurique

Os manifestantes mostram a sua determinação em lutar.

Ao longo dos vários quiló-metros do desfile da ma-nifestação ouvia-se falarportuguês. Frases como«o povo unido jamais se-rá vencido» ou «a luta con-tinua» fizeram eco pelas ruas docentro de Zurique. Calcula-se quecerca de 1/3 dos manifestanteseram de origem portuguesa. O pon-to mais alto foi atingido quando orepresentante da CGTP-IN, CarlosTrindade, subiu à tribuna e, em por-

tuguês, expressou a suasolidariedade para comos trabalhadores da cons-trução, apelando paraque a luta, quer na Suíçaquer em Portugal, não pa-

re. A CGTP-IN, a maior central sin-dical portuguesa, deu, assim, umforte sinal de apoio à luta dos tra-balhadores portugueses aqui naSuíça, em defesa dos seus direitose da manutenção do CCT na cons-trução.

Forte presença portuguesana manifestação

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O impulso para a criação doObservatório das leis de asi-lo e de estrangeiros foi agrande preocupação relativaao agravamento da nova le-gislação, votada em referen-do no dia 24 de Setembro de2006.

Com a entrada em vigor das novasleis, o Observatório terá comomissão documentar, de forma siste-mática, casos individuais e indicarproblemas relacionados com o cum-primento dos princípios de um es-tado de direito e o respeito pelos di-reitos humanos. O Observatórioreunirá, assim, informações concre-tas em relação à aplicação das leis deasilo e de estrangeiros. Tais infor-mações serão posteriormente verifi-cadas, avaliadas, sob a rigorosa pro-tecção de dados, e postas à dispo-

sição dos vários organismos (sindi-catos, organizações de direitos hu-manos, NGOs, igrejas, associações,meios de comunicação, parlamen-tares, etc.), a nível regional e nacio-nal, envolvidos neste trabalho. Combase nessas informações os váriosinterlocutores do Observatório po-derão, dentro do âmbito do seu tra-balho, planear intervenções, rela-tórios especiais ou outras medidasde acção.

O trabalho de cooperação é importanteO Observatório não é um centro deaconselhamento para pessoas afec-tadas e não assume o mandato decasos individuais. A sua missão écentralizar, de forma coerente, o tra-balho de documentação, de modo amelhorar a qualidade da infor-mação e a coordenação do trabalho

político. Para poder realizar tais ta-refas o Observatório conta com a co-operação de organizações e pessoasindividuais que estejam em contac-to directo com estrangeiros/as e pes-soas com pedidos de asilo. Aque-les/as devem dar a conhecer ao Ob-servatório casos e problemas quevão surgindo na sequência da apli-cação da nova legislação, bem comoo agravamento das condições de vi-da de muitos dos afectados, em con-sequência da sua autorização de es-tadia na Suíça.

Campanha: 1000 x 100 francosDe momento há um trabalho in-tensivo levado a cabo no sentido daconcretização deste projecto e daangariação de meios financeiros,para que o Observatório possa co-meçar a funcionar o mais rapida-

mente possível. Assim, deu-se inícioà Campanha 1000 x 100 francos,com o intuito de recolher fundos.Os/as interessados/as em apoiar es-te projecto poderão também con-tribuir com menos. Na Suíça de ex-pressão alemã, bem como na Suíçafrancesa, já se deu inicio a projectos-piloto.

� Vania Alleva

Para a Campnaha 1000 x 100.–: Schweizerische Beobachtungsstellefür Asyl- und Ausländerrecht, 3011 Bern, Postkonto 60-262690-6

Para o trabalho de cooperação e a comunicação de casos: [email protected] ou T 071 222 99 64 (Suíça alemã), T 022 818 03 50 (Suíça francesa)

A Migros é autorizada a comprar a DennerA Comissão que controla a concorrên-cia (em alemão: Weko) deu luz verdeà compra da Denner por parte da Mi-gros. O Sindicato Unia exige a ex-tenção do campo de aplicação doContrato Colectivo de Trabalho (CCT)da Migros ao pessoal da Denner e aconservação dos postos de trabalho.Contudo, a Migros nega-se a extendero seu CCT aos empregados e às em-pregadas da Denner, alegando a ne-cessidade de manter a independenciadesta no período transitório de aqui-sição. O Unia exige que a MIgros adop-te as medidas oportunas para que opessoal da Denner disfrute das mes-mas vantagens e dos direitos em vigorpara os trabalhadores e as trabalha-doras do gigante laranja.

Ganhar mais sócios/as sindicaisO Sindicato Unia lançou um novo pro-jecto com o objectivo de angariar maissócios sindicais. Para além do con-tacto nos locais de trabalho, o Unia co-meçou a marcar presença nas ruas epraças públicas de vários cantões, co-mo Genebra, Basileia, Berna, Agroviae Grisões. Através de stands o Unia in-forma os passantes sobre a sua acti-vidade e sobre as vantagens de umaafliação ao Sindicato. A fase inicial des-te projecto parece correr bem e os re-sultados, até agora obtidos, são posi-tivos.

1° de Maio pacíficoNo início de Julho, o Unia em Zuriqueconvocou uma reunião, como o ob-jectivo de promover um 1° de Maio pa-cífico. De modo a evitar os aconteci-mentos violentos que todos os anos severificam na cidade de Zurique du-rante as comemorações do 1° deMaio, discutiram-se várias propostas.O Comité 1° de Maio sugeriu separara manifestação ou o desfile da festaque normalmente se lhe segue. A fes-ta decorreria, assim, no areal da Zeug-haus, como de costume, só que no diaseguinte ao 1° de Maio, dia em quese continuaria a fazer a manifestação.A concentração no final da manifes-tação ocorreria num local diferente dodos últimos anos.

Apoio na procura de empregoA 27 de Agosto foi anunciada oficial-mente a falência da empresa HirschMetallbau AG em Biel. 80 emprega-dos/as perderam, assim, o seu postode trabalho. Os salários de Agosto nãoforam pagos e para um plano socialnão há dinheiro. Perante esta difícil si-tuação, o Sindicato Unia decidiu apoiaros/as trabalhadores/as da referidaempresa, ao criar uma bolsa de em-pregos. Cerca de 60 ofertas de traba-lho deram já entrada.

Notícias breves

horizonte Nr. 7 | September 2007 | português 2

Correr a favor de uma boa causa

Corrida contra o racismo

Observatório suíço das leis de asilo e de estrangeiros

O projecto avança

No passado dia 8 de Setem-bro decorreu em Berna o se-gundo encontro dos Estadosgerais da migração. Contou-se com a participação de cer-ca de 100 pessoas em repre-sentação de mais de 50 or-ganizações, entre as quais oSindicato Unia e a União dosSindicatos Suíços (USS).

Foram três os grandes objectivos dosegundo encontro dos Estados ge-rais dos e das migrantes. Primeira-mente procurou-se denunciar osataques aos migrantes e aos sues di-reitos sociais. Em segundo lugar, tra-tou-se de se fazer uma reflexão so-bre a actual política de migração naEuropa e sobre a possibilidade de le-var a cabo uma política alternativa.Por fim, lançou-se, em diferentes

ateliers de trabalho, as bases con-cretas para a realização de uma se-mana de acção no Outono de 2008,cujo objectivo é…

…passar da defensiva à ofensivaA semana de acção tem como ob-jectivo permitir ao movimento so-cial retomar a iniciativa e fixar umcalendário próprio de acções quenão esteja sujeito aos diferentesacontecimentos que se vão suce-dendo. Com esta semana pretende-se alterar a imagem que se tem damigração, considerada, no melhordos casos, como uma contribuiçãoeconómica útil e, no pior dos casos,como uma ameaça. Trata-se de pas-sar a considerar a migração comouma realidade histórica e como umencontro e uma mescla de riquezapara todos os povos e todas as pes-soas.

Resolução e declaração de solidariedadeNo final do encontro aprovou-seuma resolução e uma declaração desolidariedade. Na resolução, entreoutros, faz-se um apelo a todas asforças liberais e progressistas paraque participem na semana de acçãoque terá lugar em Setembro de 2008,sob o lema «Sem nós, nada funcio-na». Tem-se acesso ao conteúdocompleto da resolução emwww.sosf.ch.

Declaração de solidariedadeAs pessoas e as organizações presentes no encontro dos Estados ge-rais da migração apelam à coragem civil. Reafirmam o seu apoio con-creto a todas as pessoas que sejam vítimas de ataques racistas. Apoiamtodas as pessoas que vejam limitados os seus direitos fundamentais ouque sejam afectadas por medidas de repressão, na sequência da apli-cação das leis de asilo e imigração. Declaram-se solidárias com todosos que são condenados por actuar de forma humanitária, como é o ca-so dos pescadores tunisinos que foram condenados em Agrigente, Itá-lia, por socorrerem a vários náufragos.

Pela sexta vez consecutivadecorreu em Zurique a játradicional «corrida contra oracismo». Por cada volta, emredor do Backeranlage, oscorredores e as corredoras,entre eles o Co-Presidentedo Unia Andreas Rieger,comprometiam-se a pagaruma determinada quantia afavor do Gabinete de apoioaos sem-papéis.

Quantas mais voltas eram dadas,mais dinheiro entrava em caixa.Quem não se encontrava em for-ma ou não podia correr, tinha apossibilidade de patrocinar os/ascorredores/as. Participaram na cor-rida pequenos, grandes, jovens,idosos, rápidos, lentos, mulheres ehomens. Também as crianças mar-caram presença de forma muito ac-tiva.

O sucesso desta iniciativaOs sindicatos estiveram bem re-presentados nesta iniciativa. Paraalém do Co-Presidente do Unia,muitos sócios, funcionários emembros da direcção de váriossindicatos e da União dos Sindica-tos Suíços correram até perder o fô-lego.Esta iniciativa, organizada por vá-rias instituição, entre elas o Sindi-cato Unia, constitui um grande su-cesso. Conseguiu-se reunir 40 000francos em beneficio do Gabinetede apoio aos sem-papéis em Zuri-que. Tal Gabinete tem como mis-são aconselhar e apoiar, em ques-tões relacionadas com saúde, es-cola, trabalho, etc., pessoas que vi-vem na Suíça sem uma autori-zação de estadia. Este organismoempenha-se também na defesa dosdireitos dos sem-papéis, junto dasautoridades e do público em geral.

Um trio forte: Bernd Schlemmer, Andreas Rieger, Andi Scheu.

Participantes aprovam declaração de solidariedade.

Segundo encontro dos Estados gerais da migração

Há que passar à ofensiva

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horizonte Nr. 7 | September 2007 | português 3

Carrefour passa paraa posse da Coop

Melhorescondiçõesde trabalhopara empre-gados/-asdo Carrefour

A Coop assume a possedas lojas Carrefour naSuíça. O Sindicato Uniaconsidera tal decisão posi-tiva e espera que o Contra-to Colectivo de Trabalho(CCT) da Coop passe aabranger todos/-as empre-gados/-as do Carrefour.

Os processos de fusão no sectordo comércio de retalho conti-nuam: a Coop, o número dois docomércio suíço, deu a conhecer,no passado mês de Agosto, a suadecisão de adquirir as lojas Car-refour. A comissão que controlaa concorrência (em alemão: We-ko) tem que autorizar tal proce-dimento. A decisão desta co-missão deverá ser tomada até Fe-vereiro de 2008.

Fusão sem despedimentosO Unia exige que a fusão Carre-four-Coop não implique qual-quer despedimento de pessoal eque todo/-a empregado/-a passea estar abrangido pelo CCT em vi-gor na Coop. Por parte da Coopfoi já garantido que tal seria cum-prido, não se prevendo o fecho dequalquer das lojas Carrefour.

Melhores condições de trabalho para pessoaldo CarrefourSob a posse da Coop, os empre-gados e as empregadas do Carre-four deverão ver melhoradas assuas condições de trabalho, no-meadamente em termos de ho-rários de trabalho, férias, caixa depensões, reforma antecipada, etc.O pessoal até então pertencenteao Carrefour passará a beneficiardas regulamentações do CCT daCoop que durante anos tem sidonegociado com os sindicatos, en-tre eles o Unia.

Os parceiros sociais do CCT anível nacional para o sector daHotelaria e Restauração che-garam a um acordo quantoaos salários para 2008. Em re-lação à introdução do 13° mêscompleto, as negociaçõescontinuarão no Outono.

Os salários mínimos na Hotelaria eRestauração aumentarão 2%, emmédia, em 2008. Depois de algumasrondas de negociações os sindicatose a associação patronal anunciaram,no passado mês de Junho, teremchegado a um acordo. Tal acordotem que ser ratificado pelos órgãoscompetentes das diferentes asso-ciações empresariais e sindicais queassinam o Contrato Colectivo deTrabalho (CCT) e que é válido paraos hotéis, restaurantes e cafés, a ní-vel nacional. De um modo geral, oSindicato Unia está satisfeito com oresultado das negociações. «O au-mento real dos salários para 2008corresponde ao dobro daquele obti-do no ano anterior», afirma MauroMoretto, secretário sindical respon-sável pelo sector. Contudo, Morettolamenta que se tenha conseguidoum aumento de apenas 1,8 % para acategoria salarial mais baixa (em-pregados/-as sem aprendizagem).

Unia aprova acordo salariale exige 13° mêsNa conferencia profissional da Ho-telaria e Restauração, realizada a 27de Agosto, os delegados do Unia vo-taram a favor do acordo salarial ob-tido entre o patronato e os sindica-tos, considerando o resultado acei-tável. Nesta conferência foi estabe-lecido que a prioridade das nego-ciações no Outono será a exigênciada introdução do pagamento com-pleto do 13° mês para todos/-asquantos/-as trabalham no sector, apartir do primeiro dia de trabalho.

Hotelaria e Restauração: aumentos salariais para 2008

Chegou-se a um acordo

O sector da construção estáem alta, o trabalho abunda eo lucro também. Contudo, háfalta de trabalhadores, prin-cipalmente especializados,neste sector. E são as em-presas de trabalho temporá-rio, como a Daily Job, que be-neficiam desta situação.

São elas que fazem a mediação detrabalhadores provenientes de ou-tros países europeus. No ano passa-do cerca de 2300 cidadãos/-ãs da UE,só no cantão de Berna, assinaramcontratos com empresas de trabalhotemporário.Nos sectores laborais abrangidospor contratos colectivos de trabalho(CCT), tanto trabalhadores tempo-

rários, como trabalhadores comcontratos fixos têm os mesmos di-reitos. Contudo, muitas empresastemporárias tendem a não cumpriro que está estabelecido nesses CCT,não pagando aos trabalhadores sa-lários e benefícios sociais adequa-dos. É o caso da Daily Job.

Vejamos concretamente deque forma:� A Daily Job não respeita os saláriosmínimos. A empresa não paga o sa-lário mínimo correspondente à qua-lificação e à experiência dos traba-lhadores da construção, tentandojustificar-se com as mais variadasdesculpas.� A Daily Job não faz descontos pa-ra o fundo de previdência profissio-

nal (caixa de pensões).Os contratos de trabalhotemporário são proposi-tadamente limitados a 3meses e posteriormenterenovados por mais 3meses e assim, a empresaevita fazer descontos pa-ra a caixa de pensões.Tais contratos em cadeia

não são permitidos por lei.� A Daily Job não respeita o direitoà representação sindical. São já vá-rios os casos de trabalhadores, aquem não foi renovado o contratode trabalho, por estes terem exigidojunto da empresa, com apoio do sin-dicato, o cumprimento dos seus di-reitos.

Empresas de mediação de trabalha-dores, como a Daily Job, são res-ponsáveis pela degradação das con-dições de trabalho em determinadossectores, como a construção. Em-presas que não cumprem com os sa-lários e os benefícios sociais estipu-lados podem trabalhar a preços bas-tante baixos, exercendo desta formapressão sobre as outras empresasque cumprem com as regulamen-tações laborais. É por isto que se tor-na necessário apertar o cerco a estasempresas que praticam o dumpingsalarial e social. Foi o que fez o Sin-dicato Unia ao levar a cabo umaacção de protesto junto da sede daDaily Job. O Unia exigiu ainda, àsautoridades competentes, um con-trolo minucioso e a aplicação de

sanções correspondentes às suaspráticas ilegais.

A situação tem tendência aagravar-seNeste momento, graças ao CCT emvigor na construção, é possível con-trolar e sancionar empresas que nãorespeitam os direitos em vigor. Con-tudo, com a rescisão do CCT porparte do patronato, a partir do dia30 de Setembro, abrem-se as portasa que patrões pouco honestos e em-presas pouco escrupulosas passem ater liberdade total de pagarem os sa-lários que bem entenderem e dei-xarem de respeitar os direitos sociaisdos trabalhadores. De acordo comum recente relatório da Secretaria deEstado da Economia suíça, no pri-meiro semestre deste ano, foram de-tectados 454 casos de dumping sa-larial (salários pagos abaixo do esti-pulado), quase todos no sector daconstrução. Perante tal cenário, oUnia está fortemente empenhadoem evitar o vazio contratual naconstrução e em fazer com que o pa-tronato volte à mesa das nego-ciações.

Manobras pouco escrupulosas de empresa de trabalho temporário

Daily Job factura à custa de trabalhadores

Neste novo ano escolar de 2007/08muitos/as jovens iniciaram umaaprendizagem no ramo da Hotelariae da Restauração. Graças ao Acordosobre as condições de trabalho e ossalários para aprendizes na Hotela-ria e Restauração, têm todos/as os/asque fazem uma aprendizagem nes-te sector direito a um salário míni-mo. Os salários mínimos para o anoescolar de 07/08 são os seguintes:

Salários mínimos mensais para aprendizes naHotelaria e Restauração:

Aprendizagem de 3 anos (formação de base)

1° ano Fr. 1020

2° ano Fr. 1300

3° ano Fr. 1550

2 anos de aprendizagem (formação de base)

1° ano Fr. 1020

2° ano Fr. 1300

Anos complementares após umaaprendizagem de 2 anos

1° ano do complemento Fr. 1300

2° ano do complemento Fr. 1550

Ano complementar após aprendizagem

de 3 anos Fr. 1750

Mais informações sobe férias, horáriosde trabalho, complementos salariais,etc, poderão ser obtidos nos secreta-riados do Sindicato Unia.

Hotelaria e Restauração: aumentos salariais para 2008

Categoria salarial Salários mínimos a partir de 1 de Janeiro de 2008

Sem aprendizagem Fr. 3300 (+ 1,8%)

Com uma aprendizagem de 3 anos Fr. 3730 (+ 1,9%)

Com 7 anos de experiência profissional, aprendizagem incluída Fr. 4070 (+ 2,1%)

Com 10 anos de experiência profissional, aprendizagem incluída Fr. 4485 (+ 2,0%)

Com formação superior Fr. 4670 (+ 2,1%)

Categoría IVa Fr. 5600 (+ 2,1%)

Categoría IVb Fr. 6750 (+ 2,1%)

Estagiários Fr. 2115 (+ 1,9%)

Mais informações sobre os salários mínimos, assim como sobre o CCT podemser obtidas, em várias línguas, nos secretariados do Unia.

Unia continua a exigir 13° mês completo para todos.

Hotelaria e restauração

Novos salários mínimos em2007/08 paraaprendizes

Page 4: 17 mil na manifestação em Zurique - Unia - die …...23 4 informativo. Hotelaria Aumentos salariais para 2008. No passado dia 31 de Agosto os sindi-catos membros da União dos Sindicatos

Vivo em Berna, na Suíça, há já mais de 10anos. Devido aos meus problemas de saú-de, há cerca de dois anos, fiz um pedido pa-ra uma renda de invalidez. Há pouco temporecebi a resolução do seguro da IV/AI. Foime concedida uma pensão de invalidezcompleta. Como o número de anos que tra-balhei e descontei na Suíça são poucos, aminha pensão ascende apenas a Fr. 1053por mês. Da Caixa de Pensões recebo men-salmente Fr. 780 . Sou casado, a minha es-posa trabalha na limpeza e ganha uns Fr.1000 . Portanto, o nosso rendimento men-sal não chega sequer aos Fr. 3000, e essedinheiro não nos chega para cobrir as nos-sas despesas, apesar de pagarmos poucopelo apartamento em que vivemos (Fr. 778por mês).

Ouvi dizer que quando a pensão não chegapara cobrir os gastos mínimos, temos di-reito a prestações complementares (emalemão: Ergänzungsleistungen EL/emfrancês: Prestations complémentaires PC).É verdade? Ramiro Márquez, 52 anos

Sim, é possível que no seu caso tenha direito aprestações complementares (EL/PC). Terá, en-tão, que proceder ao correspondente pedido jun-to da Caixa de Compensação da AHV/AVS da ci-dade em que vive, Berna. Esta fará uma compa-ração entre o que se supõe que você e a sua es-posa necessitam para viver e os vossos rendi-mentos efectivos. Se os rendimentos não chega-rem para cobrir os gastos, terá então direito à umaprestação complementar. No seu caso, o cálcu-lo far-se-á aproximadamente da seguinte forma:

horizonte Nr. 7 | September 2007 | português 4

Beilage zu den Gewerkschaftszeitungen work, area, Événement syndical | HerausgeberVerlagsesellschaft work AG, Zürich, Chefredaktion: Marie-José Kuhn; Événement syndicalSA, Lausanne, Chefredaktion: Alberto Cherubini; Edizioni Sociali SA, Lugano, Chefredaktion:Françoise Gehring Amato | Redaktionskommission M. Akyol, M. Pereira, M. Komaromi, H. Gashi, M. Martín | Sprachverantwortliche Margarida Pereira | Koordination Mira Komaromi | Layout Simone Rolli, Unia | Druck Solprint, Solothurn | AdresseRedaktion «Horizonte», Strassburgstr. 11, 8021 Zürich, [email protected]

www.unia.ch

Pergunte, que nós respondemos

Requisitios para ter direito a prestações complementares (EL /PC)

Se uma pessoa receber uma pensão do segu-ro de velhice (AHV/AVS) ou invalidez (IV/AI), po-de solicitar o direito a prestações complemen-tares. Isto não significa que terá automatica-mente direito a tais prestações. As autoridadesprocedem à verificação de cada caso, fazendocálculos, de modo a ver se existe ou não essedireito. Por exemplo, se uma pessoa recebe umapensão por invalidez de 40% (1/4 de renda), is-to significa que o seu grau de invalidez é inferiora 50%, o que supõe que a pessoa poderá tra-balhar a, pelo menos, 50% e conseguir, assim,

algum rendimento. No momento de se fazer oscálculos, contabiliza-se o rendimento, indepen-dentemente de se trabalhar ou não, da quantiahipotética que se supõe que a pessoa poderiaganhar, caso encontrasse trabalho correspon-dente ao seu estado de saúde.Outro requisito para ter direito a prestações com-plementares é que se tenha nacionalidadesuíça ou de um dos estados da União Europeia.Em caso de se ter outra nacionalidade, terá quese ter vivido na Suíça durante, pelo menos, 10anos sem interrupção.

Mais informações a este respeito podem serobtidas em www.ahv-iv.info, ou nas Caixas deCompensação da AHV/AVS.

O Sindicato Unia lançou o panfleto in-formativo: «A mesma protecção e osmesmos direitos para todos! Orien-tações essenciais para trabalhado-res temporários e destacados naSuíça». Com este panfleto pretende-se fazer chegar a trabalhadores tem-porários e destacados portuguesesna Suíça informações importantessobre os seus direitos e deveres eoferecer conselhos úteis.

O número de trabalhadores temporários e desta-cados portugueses na Suíça aumenta diaria-mente. Muitos deles vêem-se confrontados commuitas situações desconhecidas e enfrentam di-ficuldades diversas. O Sindicato Unia vê-se fre-quentemente confrontado com pedidos de ajudapor parte de muitos desses trabalhadores. Atra-vés do panfleto «A mesma protecção e os mesmosdireitos para todos! Orientações essenciais paratrabalhadores temporários e destacados naSuíça» procura-se dar um maior apoio a todosquantos trabalham temporariamente. O panfletoapresenta informações importantes sobre as re-gulamentações laborais e as deposições legaisem vigor na Suíça e fornece orientações essen-ciais a trabalhadores temporários e destacados,de modo a que estes, conhecendo os seus direi-tos, melhor se possam defender.O panfleto inclui o essencial sobre temas muito im-portantes, como o contrato de trabalho, os salá-rios, os descontos para a segurança social, a cai-xa de doença e o subsídio de desemprego.O referido panfleto pode ser solicitado gratuita-mente nos secretariados do Unia, através da mo-rada electrónica: [email protected] ou aindaatravés do telem. 079 256 84 53.

Para trabalhadores temporários na Suíça:

Informações essenciais

A Fibromialgia é uma doença muitocomum. Contudo é uma doença pou-co conhecida ou mal entendida poruma grande parte dos médicos e pe-la sociedade em geral. Esta falta deconhecimento conduz inevitavel-mente a que um grande número depessoas, vítimas da doença, venha aser tratado incorrectamente.

Calcula-se que esta doença afecta dois por cen-to da população mundial, sendo a maioria dosafectados, entre 80% a 90%, mulheres. A va-riação de idades dos pacientes é muito ampla:vai desde a pré - adolescência até à velhice.

O que é a Fibromialgia?Fibromialgia significa « inflamação do tecidofibroso» e manifesta-se através de dores nosmúsculos e tecidos fibrosos. Porém não exis-tem diagnósticos precisos que permitem de-

finir melhor a doença e diferenciá-la de ou-tros problemas reumatólogos.

Há duas características principais que definema doença. Uma é a dor crónica, uma dor in-tensa e persistente que pode afectar todo o cor-po. A outra característica é a elevada sensibi-lidade e pressão em determinadas zonas docorpo. Estas duas características são sempreacompanhadas de outros sintomas. Um exa-me estatístico do Colégio Americano de Reu-matologia permitiu identificar outras carac-terísticas de definição da Fibromialgia, comopor exemplo, fadiga, alterações de sono, en-torpecimento do corpo, dor de cabeça, dor deouvidos, intestino irritado, ansiedade ou de-pressão e dificuldades de concentração.

Natália Carneiro, Assistente de enfermagem e sócia do Unia

Para mais informações sobre a doença ou apoio,poderá contactar: T 077 418 49 34.

Gastos anuais

Quantia estabelecida para cobrir as necessidades vitais (2 pessoas) Fr. 27210

Gastos com o aluguer Fr. 9336

Seguro de doença (2 pessoas) (varia de uma comuna para outra) Fr. 8376

Total Fr. 44922

Rendimentos anuais

Pensão de invalidez do seguro da AHV/AVS Fr. 12636

Pensão de invalidez da Caixa de Pensões Fr. 9360

Rendimento do trabalho da esposa Fr. 12000

Total Fr. 33996

Comparação

Gastos Fr. 44922

Rendimento Fr. 33996

Diferença = Prestação complementar Fr. 10926

Tendo em conta o cálculo anterior, terá direito a uma prestação complementar no valor aproximadode Fr. 909.66 por mês (Fr. 10 916 por ano).

A mesma protecçãoe os mesmos direitos para todos!Orientações essenciais para trabalhadores temporários e destacadosna Suíça

Fibromialgia

Uma doença comum, mas pouco conhecida

À semelhança de anos anteriores, noano de 2008 organizar-se-ão cursosde formação profissional em Portu-gal para trabalhadores do sector daconstrução. As inscrições estão aber-tas até ao dia 16 de Novembro.

De 7 de Janeiro a 29 de Fevereiro de 2008 decor-rem em centros de formação profissional em Lis-boa (Prior Velho) e no Porto (Avioso) cursos de es-pecialização para operários do sector da cons-trução suíça. Tal formação confere um certificadode trabalhador especializado, permitindo a subidade categoria salarial (categoria A). Os custos sãoassumidos pelo fundo de formação profissionalsuíço e o trabalhador recebe ainda 80% do seu sa-

lário durante o período que frequenta o curso, des-de que a sua empresa seja associada do Parifonds.As inscrições deverão ser feitas com conhecimen-to e aprovação da empresa. A ficha de inscrição,assim como informações sobre as condições departicipação e sobre o conteúdo dos cursos podemser obtidas nos secretariados do Sindicato Unia ouatravés do número de T 079 256 84 53. A ficha deinscrição poderá ainda ser descarregada da pági-na da Internet: www.baumeister.ch.

A formação profissional é uma mais valia para ofuturo! Se for trabalhador da construção, aprovei-te esta oportunidade e inscreva-se nos cursos do‘Projecto Portugal’, o mais depressa possível! O nú-mero de lugares é limitado.

«Projecto Portugal»:

Cursos para 2008 estão garantidos

Recebo uma renda de invalidez. Tenho direito a prestações complementares?