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78 C A D E R N O D E T U R I S M O V I R T U A L Caderno Virtual de Turismo ISSN: 1677-6976 Vol. 7, N° 1 (2007) Turismo da terceira idade: análises e perspectivas Resumo É um fato que a população mundial está envelhecendo cada vez mais, com a diferença de que hoje as novas gerações da terceira idade não têm quase nada em comum com aquelas de duas décadas atrás. Atualmente os idosos constituem um expressivo fator de desenvolvimento do turismo, tanto pela sua disponibilidade de tempo quanto pelo seu poder aquisitivo. Trata-se de revisão bibliográfica com utilização de dados secundários. É objetivo de este artigo apresentar como este segmento de mercado vem se manifestando nos últimos anos e quais são as principais tendências que estão balizando seu desenvolvimento, bem como, demonstrar que, para que o potencial turístico da terceira idade possa ser alcançado, requer um planejamento que favoreça a parceria público - privada, com vistas a satisfazer as crescentes demandas deste segmento altamente experiente, informado e exigente. Palavras-chave: Perspectivas; Tendências; Terceira Idade; Turismo; Abstract Is a fact that the world-wide population is aging each time more, with the difference of that today the new generations of the third age do not have almost nothing in common with those of two decades behind. Currently the aged ones constitute a expressive factor of development of the tourism, as much for its availability of time how much for its purchasing power. For this matter was used not only the bibliographic review but also, the research about secondary datas.The objective of this article is to present as this segment have been revealing in the last years and which are the main trends that has marked it. It was observed that the third age tourist potential only can be reached if it requires a planning that favors the partnership public - private, with sights to satisfy the increasing demands of this segment highly experienced, informed and demanding. Key-words: Third Age; Tourism; Trends; www.ivt-rj.net Laboratório de Tecnologia e Desenvolvimento Social LTDS Turismo da terceira idade: análises e perspectivas Maria de Fátima Alves de Sena ([email protected])* Jahumara Gloria Téllez González ([email protected])** Marco Aurélio Ávila ([email protected])***

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    ISSN: 1677-6976 Vol. 7, N 1 (2007)

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    Resumo

    um fato que a populao mundial est envelhecendo cada vez mais, com a diferena

    de que hoje as novas geraes da terceira idade no tm quase nada em comum com

    aquelas de duas dcadas atrs. Atualmente os idosos constituem um expressivo fator de

    desenvolvimento do turismo, tanto pela sua disponibilidade de tempo quanto pelo seu

    poder aquisitivo. Trata-se de reviso bibliogrfica com utilizao de dados secundrios.

    objetivo de este artigo apresentar como este segmento de mercado vem se manifestando

    nos ltimos anos e quais so as principais tendncias que esto balizando seu

    desenvolvimento, bem como, demonstrar que, para que o potencial turstico da terceira

    idade possa ser alcanado, requer um planejamento que favorea a parceria pblico -

    privada, com vistas a satisfazer as crescentes demandas deste segmento altamente

    experiente, informado e exigente.

    Palavras-chave: Perspectivas; Tendncias; Terceira Idade; Turismo;

    Abstract

    Is a fact that the world-wide population is aging each time more, with the difference of that

    today the new generations of the third age do not have almost nothing in common with

    those of two decades behind. Currently the aged ones constitute a expressive factor of

    development of the tourism, as much for its availability of time how much for its purchasing

    power. For this matter was used not only the bibliographic review but also, the research

    about secondary datas.The objective of this article is to present as this segment have been

    revealing in the last years and which are the main trends that has marked it. It was observed

    that the third age tourist potential only can be reached if it requires a planning that favors

    the partnership public - private, with sights to satisfy the increasing demands of this segment

    highly experienced, informed and demanding.

    Key-words: Third Age; Tourism; Trends;

    www.ivt -rj.net

    Laboratrio de Tecnologia eDesenvolvimento Social

    LTDS

    Turismo da terceira idade: anlises e perspectivasMaria de Ftima Alves de Sena ([email protected])*Jahumara Gloria Tllez Gonzlez ([email protected])**Marco Aurlio vila ([email protected])***

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    * Mestranda em Cultura e Turismo pelaUniversidade Estadual Santa Cruz (UESC),graduada em Economia e Administraode Empresa, Quality Engineering by ASQ.

    ** Mestranda em Cultura e Turismo pelaUniversidade Estadual Santa Cruz (UESC),Licenciada em Sociologia.

    *** Doutor em Turismo pela Universidadede Las Palmas de Gran Canria. Professordo Mestrado em Cultura e Turismo pelaUniversidade Estadual Santa Cruz (UESC).

    IntroduoA certeza da finitude de todos ns

    sempre foi tema de filsofos, religiosos,

    pensadores, homens e mulheres de todos os

    tempos. A velhice o destino de todas as

    pessoas. A relao que se faz entre a velhice

    e a morte nada tem de novo, nem prpria

    da atualidade, embora saibamos que se

    realiza diferentemente em pocas e culturas

    distintas. Ser velho no mundo ocidental

    contemporneo, assim como ser criana,

    jovem e adulto, remete a configuraes de

    valores distintos de outros momentos histricos

    de nossa sociedade e de outras culturas. As

    diferenas de gnero, de classe, de credos

    religiosos, de etnia, de insero profissional

    tambm esto presentes nas construes das

    representaes e das experincias do

    envelhecer.

    Na elaborao deste estudo foi

    utilizada a tcnica de pesquisa bibliogrfica

    com reviso da literatura existente para

    elaborao conceitual e definio de

    marcos tericos, bem como o uso de dados

    secundrios, para interpretao dos fatos

    aqui analisados e propostos (DENKER, 2000).

    Assim, para identificar essa fase da vida

    o termo "terceira idade" foi proposto pelo

    francs Huet e publicado pela primeira vez,

    em 1962, na revista Informations Sociales, que

    dedicou nesta poca um nmero de edio

    aos aposentados, e logo ganhou aceitao

    e adeptos, pois se referiu s pessoas idosas

    com apreo (LENDZION, 2002).

    A terceira idade foi conforme

    Lendzion(2002) logo associada a fase do lazer e

    o incio dela muito relativo, dependendo da

    subjetividade de quem o define e aliado a

    diversos fatores: sociais, culturais, polticos,

    econmicos. Assim, a velhice passou a ser

    representada como uma fase a ser aproveitada

    e em sua esteira concebeu-se a idia de

    aposentadoria ativa, a partir da imagem de

    que a vida comea aos sessenta anos.

    A unificao de todas as idades na

    rubrica aposentados, sob a etiqueta terceira

    idade, apresenta um outro recorte nas faixas

    de idade: parece agora importante distinguir

    os jovens idosos dos idosos velhos. Em

    conseqncia, surge uma nova expresso

    na nomenclatura francesa para classificar as

    pessoas de mais de setenta e cinco anos: a

    quarta idade. A representao social que

    liga a terceira idade continuidade da vida

    ativa atravs da autonomia e das prticas

    de sociabilidade, associando a essa imagem

    a idade biolgica (aposentadoria aos

    setenta e quatro anos), aproxima

    simultaneamente os representantes da

    quarta idade - os muitos velhos -, imagem

    tradicional da velhice, ou seja,

    decadncia ou incapacidade fsica

    (MCPHERSON, 2000).

    Nas leis da maioria das naes, com

    sessenta e cinco anos de idade que se

    conquista o direito aposentadoria e,

    socialmente, esses indivduos so

    enquadrados na terceira idade. (OLIVEIRA,

    1999). A OMS (2006) define como populao

    da terceira idade aquela que atingiu ou

    ultrapassou a idade cronolgica de sessenta

    anos, para pases em desenvolvimento e

    sessenta e cinco anos para os pases

    considerados desenvolvidos.

    No Brasil, a visibilidade da velhice e dos

    velhos na ltima dcada pode ser atestada

    no s pelos dados demogrficos divulgados

    pela mdia, mas, tambm, pela experincia

    cotidiana dos habitantes das cidades, que

    hoje convivem com velhos e velhas nos

    domnios da vida privada e tambm em

    diferentes espaos pblicos. Pode-se dizer

    que, aos poucos, a velhice ultrapassa os

    limites das vidas particulares de cada um e

    de cada famlia, para, com outras questes,

    atrair a ateno de nossa sociedade.

    O envelhecimento da populao

    um fenmeno global, Entretanto, no Brasil

    segundo a OMS (Organizao Mundial de

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    Sade), entre 1950 e 2025, a populao de

    idosos no Brasil crescer dezesseis vezes,

    enquanto que a populao mundial nessa

    faixa etria crescer cinco vezes" (SOZIM e

    OLIVEIRA, 2006).

    Antes do ano de 2000, o maior

    crescimento foi na faixa das pessoas com mais

    de oitenta e cinco anos. Esse segmento

    cresceu aproximadamente 40% entre os anos

    de 1990 e 2000. Na faixa etria dos setenta e

    cinco aos oitenta e quatro anos, esperado

    um crescimento 50% maior que as outras faixas

    da populao idosa. Entre os anos de 2000 e

    2030, os baby boomers1 tero chegado

    idade de aposentadoria, dobrando o nmero

    de pessoas entre sessenta e cinco e setenta e

    quatro anos. Esse fenmeno gerar um

    crescimento substancial na faixa etria dos

    mais velhos que setenta e cinco anos durante

    os anos de 2030 e 2050 (BRECHT, 2002).

    O envelhecimento transforma-se, dessa

    maneira, numa questo de peso para a

    economia, a vida social e cultural da

    sociedade contempornea, sendo redefinido

    como uma experincia objeto de gesto

    coletiva. Uma nova imagem do

    envelhecimento constituda a partir de um

    trabalho de categorizao e criao de um

    novo vocabulrio que se ope ao antigo no

    tratamento dos mais velhos: terceira idade x

    velhice; aposentadoria ativa x aposentadoria

    passiva; centro residencial x asilo;

    gerontologia x ajuda social; animador x

    assistente social. Neste sentido Debert afirma:

    Os signos do envelhecimento foram

    invertidos e assumiram novas designaes:

    'nova juventude', 'idade do lazer', 'melhor

    idade'. Da mesma forma, inverteram-se os

    signos da aposentadoria, que deixou de ser

    um momento de descanso e recolhimento

    para tornar-se um perodo de atividade, lazer,

    realizao pessoal. No se trata mais apenas

    de resolver os problemas econmicos dos

    idosos, mas de proporcionar cuidados culturais

    e psicolgicos, de forma a integrar socialmente

    uma populao tida como marginalizada.

    (2003, p.63).

    De diferentes perspectivas, debate-se

    a urgncia de polticas sociais voltadas para

    esse segmento da populao,

    especialmente, em um pas que sempre se

    percebeu como jovem.

    Assim, a velhice um dos temas

    brasileiros que mais ganharam importncia

    nos ltimos anos, a partir da dcada de 80,

    em boa parte das cidades formaram-se

    conselhos de idosos junto administrao

    municipal e estadual, constituindo o idoso

    parcela da populao cujas demandas so

    cada vez mais incorporadas s campanhas

    eleitorais e s plataformas partidrias.

    Os meios de comunicao veiculam

    discusses sobre as possibilidades de um

    envelhecimento adequado e a simpatia da

    populao em relao questo do idoso,

    com a expresso "melhor idade", reflete a

    preocupao crescente com o velho como

    problemtica nacional.

    Ao mesmo tempo, diante da realidade

    das mudanas ocorridas em nosso padro

    de crescimento populacional - maior

    expectativa de vida, conjugada a um

    efetivo declnio das taxas de natalidade,

    realizam-se clculos e projees econmicas

    e sociais com vistas a superar de forma

    equilibrada esta nova perspectiva.

    Envelhecimento e renda dapopulao brasileira

    O processo de envelhecimento da

    populao lento, mas contnuo. O nmero

    de pessoas idosas passou de: 7,4% em 1989,

    para 8,3% em 1995, e de 9,1% em 1999, e de

    9,4%, aproximadamente, 14,5 milhes de

    pessoas em 2000. No Sudeste, que deteve o

    maior nvel de envelhecimento, em 1999, os

    idosos j representavam 10,0% da

    populao. Os estados do Rio de Janeiro

    (10,7%), Rio Grande do Sul (10,5%) e So

    Paulo (9,2%) possuem uma relao de idosos

    1 Baby Boomer uma referncia s crianasnascidas aps a Segunda Guerra Mundial,poca em que as famlias eram muitonumerosas.

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    maior que a mdia brasileira.

    Conseqentemente, nas regies sul e sudeste

    mais de 9% de sua populao tm mais de 60

    anos e, por serem as regies mais populosas

    do pas, conduzem a mdia brasileira para

    9,4% (IBGE, 2002).

    Outro fato que merece destaque que,

    em muitas regies a renda da populao

    acima de 60 anos superior renda mdia

    brasileira. Em alguns estados, a populao da

    terceira idade possui renda superior a R$

    1.000,00, sendo o Sudeste, que possui o maior

    envelhecimento do Brasil, onde as rendas

    desses segmentos so mais elevadas (IBGE,

    2000).

    Um trabalho de pesquisa e opinio

    pblica elaborado pelo IBGE (2002) no qual

    foram ouvidas 1.800 pessoas de mais de

    sessenta anos de idade, em dez regies

    metropolitanas brasileiras, inclusive o Distrito

    Federal, fornece alguns dados adicionais.

    Segundo esta fonte, a renda mdia de quem

    tem mais de 60 anos era de R$ 589,00 em 2001,

    bem menos que a renda da populao entre

    40 e 59 anos que era de R$ 812,00, porm maior

    que a renda da populao entre 18 e 39 anos

    que era de R$ 513,00. Em estudo de 2002,

    pode-se notar que houve um aumento no

    rendimento mdio dos idosos.

    Ademais, a renda livre elevada e o

    consumismo na juventude continuam na

    terceira idade entre grupos etrios que se

    aposentam. Esse mercado "grisalho" ou "da

    maturidade" leva ao crescimento das

    despesas em todas as formas de lazer,

    especialmente bens de consumo. Bem como,

    muitos so os idosos que no mais restringem

    suas atividades de lazer a sua casa ou bairro:

    tornaram-se um forte segmento da indstria

    do lazer e do turismo (MCPHERSON, 2000).

    Esse fato encarado como bastante

    promissor, haja vista que, atratividade que

    renda e tempo livre tm para o campo do

    lazer e, particularmente, para a motivao

    de atividade turstica na terceira idade

    uma realidade.

    Tambm, desde a dcada de setenta,

    as pesquisas nas reas social e na da

    gerontologia tem desfeito o mito de que a

    terceira idade abrange um conjunto

    inevitvel de fragilidades fsicas e cognitivas,

    dependncia e isolamento (MCPHERSON,

    2000).

    O envelhecimento um "problema"

    para uma pequena porcentagem mais

    velha (acima de 85 anos) e, em geral, torna-

    se verdadeiramente um problema somente

    nos ltimos anos da vida, com as fraquezas

    cognitivas ou fsicas que leva ao declnio da

    mobilidade e ao aumento de dependncia

    dos outros, conforme importantes

    descobertas no campo da gerontologia

    social e da sociologia. (BINSTOCK E GEORGE,

    1996; KELLY, 1993; MCPHERSON, 1994, 1998 in

    MCPHERSON, 2000).

    Terceira idade - uma novaviso

    Atualmente, as pessoas tm chegado

    terceira idade cada vez mais fortes e

    saudveis e esto viajando com maior

    freqncia e so atrados por locais seguros,

    com belas paisagens e que no exigem

    muito esforo. (OLIVEIRA, 2001). As novas

    geraes de pessoas nesta faixa etria

    apresentam caractersticas bastante distintas

    com aquelas que surgiram duas dcadas

    atrs, poca em que esta fase da vida se

    limitava ao ambiente domstico quando o

    assunto era lazer (MARCELINO, 2002).

    Contudo, h muito a ser feito para que

    a terceira idade se constitua em faixa etria

    privilegiada para a vivncia do turismo de

    lazer. Para tanto necessrio que os prprios

    idosos se organizem e reivindiquem seus

    direitos e de uma forma bastante tmida j

    observamos que este movimento est sendo

    despontado. Uma quantidade acentuada

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    de pessoas que j passaram dos 60 anos e se

    acostumaram a uma vida agitada e repleta

    de atividades, j uma realidade, tornando-

    se um importante nicho de mercado para o

    turismo que exige ateno no processo de

    segmentao de mercado (LENDIZION,2002).

    No Brasil a porcentagem da populao

    da terceira idade que se auto-avalia com

    estado de sade ruim ou muito ruim de 18%,

    situao que tende a diminuir com o aumento

    da faixa de renda. A populao da terceira

    idade que se auto-avalia com sade regular

    de 45% e boa ou muito boa, 37%. Embora,

    dados coletados por Veras (2002) mostram que

    49% da populao de idosos brasileira

    possuem algum mal fsico ou sensorial,

    confirmando, pois que o estado psicolgico

    o que prevalece.

    Cada vez mais, a inatividade mental e

    o sedentarismo se constituem num pecado

    para aqueles que desejam viver com mais

    sade. Atentas a estes novos

    acondicionamentos as novas geraes de

    pessoas da terceira idade nada ou quase

    nada tm em comum com aquelas que

    surgiram duas dcadas atrs o que possibilita

    a perspectiva bastante promissora de

    crescimento para o mercado turstico deste

    segmento.

    Turismo da terceira idade e suaperspectiva no terceiro milnio

    do conhecimento de todos que a

    expectativa de vida est aumentando, que

    as taxas de fertilidade esto caindo, que s

    populaes esto envelhecendo e que a

    proporo de idoso, comparada a outros

    grupos etrios, est crescendo em muitas

    sociedades. Conforme McPherson (2000) isto

    significa que no somente a porcentagem de

    idosos ir aumentar, mas tambm a

    velocidade de envelhecimento da

    populao ir ocorrer a taxas nunca antes

    verificadas. Para ilustrar, na Frana levou

    aproximadamente 115 anos para um

    aumento de 7% para 14% da populao

    idosa, j na Sucia este ndice foi alcanado

    em 85 anos, 64 anos no Canad e 53 anos

    na Hungria, respectivamente. Em contraste,

    esse aumento percentual ocorreu em

    somente 26 anos no Japo e estima-se que

    ocorra na China, na Coria e em Taiwan em

    somente 27 anos.

    Agregado a essa perspectiva, projeta-

    se que em 2050, a mdia de expectativa de

    vida em um pas desenvolvido estar um

    ano acima da mdia atual dos pases em

    desenvolvimento e isto graas aos progressos

    mdicos, alimentares e no estilo de vida

    nestes paises. (MCPHERSON, 2000).

    Para vencer o desafio da diversidade

    e do crescimento do nmero de idosos,

    polticas e programas integrados nas reas

    de habitao, apoio econmico e social,

    assistncia mdica, transporte e lazer devem

    ser elaborados e postos em prtica.

    Conforme McPherson (2000) para

    elaborao de polticas e programas de lazer

    para idosos, os seguintes fatos e princpios

    podem ser teis:

    a) Compreender a transformao da

    caracterstica dos idosos, hoje e no futuro:

    muitos idosos so mulheres e "envelhecer"

    uma questo que tem a ver com as mulheres

    que possuem uma variedade de

    experincias de trabalho e de lazer; muitos

    idosos moram sozinhos, especialmente as

    mulheres; famlias menores e os filhos so

    dispersos geograficamente; os idosos tm

    capacidade de ser social e fisicamente ativos,

    de aprender e de contribuir para a

    sociedade durante os ltimos anos de suas

    vidas; os idosos so mveis e podem migrar

    sazonal ou permanentemente para uma

    outra regio do pas ou mesmo para outro

    pas etc.

    b) Identificar e solucionar as questes

    referentes poltica pblica: a incluso em

    programas e servios deveria basear-se na

    idade, isto , para sessenta e cinco anos ou

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    mais, com acesso universal e igual; qualidade

    e quantidade em servios ou assistncia ao

    formular polticas e outros.

    Portanto, significa que sabendo-se que

    a expectativa de vida ativa est

    aumentando na maioria dos pases e, em

    decorrncia, mais idosos so capazes de aderir

    ao lazer ativo e s oportunidades de turismo

    por um perodo maior na terceira idade. Assim,

    bem difundido e desenvolvido nos Estados

    Unidos, Europa e Japo, tambm no Brasil este

    segmento turstico est crescendo

    principalmente, pela maior conscientizao

    da importncia da atividade fsica e do lazer

    para se ter uma vida melhor, o que induz a

    refletir sobre o conceito de turismo da terceira

    idade "como um tipo de turismo planejado

    para as necessidades e possibilidades de

    pessoas com mais de 60 anos, que dispem

    de tempo livre e condies financeiras

    favorveis para aproveitar o turismo"

    (MOLETTA, 2000, p. 8). Isto significa que os

    profissionais do lazer e do turismo devem

    estudar as caractersticas sociais, culturais,

    psicolgicas e demogrficas locais e regionais

    para que as polticas e os programas

    satisfaam as expectativas e as necessidades

    de um grupo etrio em transformao no

    prximo milnio. E adicionado a isso tambm

    dever ser preocupao destes profissionais

    a segmentao deste mesmo mercado, pois

    esta no pode ser por idade cronolgica, em

    si, no um parmetro til ou vlido para

    avaliar e identificar habilidades, interesses e

    atividades na terceira idade.

    Para McPherson (2000) h pelo menos

    trs ou quatro grupos de idade distintos que

    so classificados como idosos: aqueles que se

    aposentam cedo (55 - 65), os aposentados

    (65 - 75), os idosos em risco (75 -84) e os idosos

    mais velhos (com mais de 85 anos). Os grupos

    nasceram em pocas diferentes - pode haver

    uma diferena de trinta anos -, tm interesses,

    valores e necessidades diferentes e uma

    histria de vida nica.

    Assim, com o aumento da expectativa

    de vida com maior qualidade, este segmento

    se torna mais independente e com um alto

    grau de mobilidade - em termos de migrao

    sazonal ou permanente, para novas

    localidades - para habitao, mas

    especialmente para viagens e para o turismo.

    O que permite direcionar para oferta de

    servios e produtos para a terceira idade com

    nfase em viagens.

    Conforme a OMT (2000) os principais

    fatores que motivam as pessoas da terceira

    idade a viajar so: recreao e

    entretenimento, bailes de salo ou folclricos,

    lazer ou frias, convvio social e fazer

    amizades durante a viagem, maioria prefere

    viajar com os amigos (muitas vezes a maioria

    de seus amigos encontra-se no prprio grupo

    de terceira idade). Preferem viajar no vero

    para praias em geral, de nibus,

    hospedando-se em hotis com uma estada

    em mdia de quatro a sete dias. Assim, os

    locais para viagem, preferidos pelas pessoas

    da terceira idade, so: praias; estncias

    hidrominerais, termais ou climticas com

    finalidades teraputicas; reas rurais e hotis

    fazendas; reservas ambientais e ecolgicas;

    cidades culturais ou histricas e lugares com

    neve (traduo nossa).

    Para o turista da terceira idade, os

    requisitos mais importantes que os

    estabelecimentos devem preencher so: a

    presena de mdico, de segurana

    particular e de animador turstico durante a

    viagem e que a agncia de viagens fornea

    seguros contra roubos, extravios ou acidentes

    (BENI, 2003).

    Inquestionavelmente, o turismo de

    terceira idade continuar a constituir, tanto

    interno como internacionalmente, um

    expressivo fator de desenvolvimento do

    trfego turstico e das destinaes de viagens.

    E para tanto no basta possuir produtos e

    servios de alta qualidade apenas,

    necessrio atrair a fidelizao desta clientela,

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    observa-se que h necessidades de outros

    requisitos dentre estes esto:

    Aumento do tamanho das letras enmeros para facilitar a viso, bancos,nibus, remdios, algumas revistas;contratao de mais funcionrios maisvelhos para atender idosos em lojas,bancos etc; caixas especiais embancos e locais comerciais; seguros deautomveis mais baratos - idosos somais prudentes; tarifas de transportesespeciais; entrega de bagagens ebilhetes em domiclios; amplificadorestelefnicos, ergonomia de produtos;hotis com mdicos residentes,enfermeiras e fisioterapeutas (BENI,2003, p.64).

    s quais se exige prestar uma ateno

    especial. Dele podem resultar impactos muito

    importantes, tanto pelo seu alto poder

    aquisitivo, quanto pela sua disponibilidade

    de tempo, o que torna este segmento em

    demanda permanente ao longo do ano, para

    as zonas de turismo relacionado com a sade,

    a natureza e o patrimnio cultural.

    Este segmento de mercado com sua

    formao, suas condies econmicas, seus

    interesses e at sua prpria experincia, como

    consumidores de turismo, comportam novas

    demandas, "as empresas devem satisfazer

    consumidores distintos que podem escolher a

    partir de muitas ofertas de produtos, no

    mercado global" (WEINSTEIN, 1995, p. 17).

    No contexto brasileiro esta questo

    aparece como emergente, despertando

    ateno da sociedade. A infra-estrutura

    necessria para responder demanda

    social, do envelhecimento no Brasi l

    relativamente incipiente, com programas

    sociais e servios precrios. aqui que entra

    a discusso envolvendo acessibilidade que

    deve ser lembrada: deficientes, idosos e

    outros grupos de vulnerabilidade especfica

    devem receber especial ateno das

    autoridades, empresas e profissionais da

    atividade turstica.

    Pode-se dizer que a acessibilidade no

    turismo o conjunto de atividades originadas

    durante o tempo livre orientado ao turismo e

    recreao que possibilitam a plena

    integrao desde a ptica funcional e

    psicolgica das pessoas com capacidades

    restringidas (TRAVASSOS, 2000).

    Esse tipo de turismo leva a estabelecer

    pautas de integrao durante a atividade

    para este conjunto de pessoas com

    capacidades diferentes que se manifestam

    por uma deficincia fsica (motora, sensorial,

    patolgica ou visceral) como tambm por

    circunstancias transitrias, cronolgicas e/ou

    antropomtricas (DEBERT, 1992).

    Este conjunto to amplo envolve, no

    turismo, entre outros segmentos da demanda,

    ao grupo da terceira idade, aos grupos

    familiar com crianas de colo e no

    capacitados temporais e permanentes; que,

    segundo as estatsticas gerais, conformam

    40% da populao mundial; pela qual se

    requer uma particular ateno ao tema

    durante o processo de planejamento tanto

    das instalaes quanto das atividades

    tursticas e recreativas (TRAVASSOS, 2000).

    Perspectivas do turismo daterceira idade

    As mudanas produzidas na atividade

    turstica esto dando lugar apario de

    novas tendncias que tero como

    conseqncia a substituio dos destinos e

    atividades prprias do turismo de massas por

    outras que se adaptem melhor s novas

    caractersticas dos turistas. Esta tendncia

    conhecida como "Turismo Alternativo" (BENI,

    2003).

    A maior parte das atividades do Turismo

    alternativo estar por tanto dirigidas

    satisfao desta nova demanda turstica,

    que exigir novas formas de "fazer" turismo

    nas que, basicamente, se manifestem uma

    maior qualidade dos servios, uma maior

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    participao do turista no desenho das

    atividades que realiza e uma maior

    sensibilidade pelas questes ambientais

    conforme Beni (2003).

    Hoje muitas agncias de turismo, hotis

    e pousadas, em todo o pas e no exterior, j

    oferecem descontos e condies especiais

    para receber os idosos. So centenas de

    estabelecimentos, com servios para o

    atendimento direcionado a esse setor

    especfico e que cresce a cada ano.

    Podem-se mencionar numerosas

    iniciativas voltadas para o segmento da

    terceira idade. Um exemplo interessante a

    visionria agncia de viagens Eldertreks

    (2006), hoje com 19 anos de experincia no

    ramo, que foi a primeira companhia do mundo

    dedicada exclusivamente ao turismo de

    aventuras para pessoas maiores de 50 anos.

    Mas recentemente tm surgido

    iniciativas que vinculam turismo, lazer e sade

    como o caso do condomnio "Solar da

    Gvea", situado na zona sul do Rio de Janeiro,

    que recebe hspedes em regime de moradia

    permanente, temporria ou diria,

    oferecendo passeios, clnica mdica,

    fisioterapia, recreao etc (MOLETA, 2000).

    importante mencionar o papel que

    esto desempenhando muitas organizaes

    no governamentais, no sentido de qualificar,

    treinar e certificar o setor. Por exemplo, o

    Instituto Pestalozzi de Canoas desenvolveu

    um selo de acessibilidade para medir e

    qualificar o nvel de acessibilidade de

    estabelecimentos, espaos pblicos e

    privados a fim de promover a acessibilidade

    e a autonomia das pessoas portadoras de

    deficincias ou com mobilidade reduzida. O

    selo resultado de parceria entre a Bolsa de

    Negcios da SETUR/RS, a ABIH/RS, agentes

    financiadores e o Instituto Pestalozzzi de

    Canoas (MOLETA, 2000).

    O setor pblico em nvel mundial inicia

    novas atitudes para esse segmento e para

    ilustrar tem-se o caso do Programa Chileno

    "Vacaciones Tercera Edad" que facilita a

    participao de idosos em situao de

    vulnerabilidade social, em viagens tursticas,

    com tudo includo. (MCPHERSON, 2000).

    No Brasil, tambm, se tem tornado

    evidente a importncia que o governo est

    dando a este segmento de mercado. Pode-

    se mencionar vrias iniciativas, como a

    criao do "Estatuto do Idoso", que

    estabelece o direito do idoso educao,

    cultura, esporte e lazer, e estipula o desconto

    de 50% na compra de ingressos para este

    tipo de atividades. Tambm se pode

    observar a ao do governo nesse sentido

    acerca dos diversos programas

    implementados atravs do Sistema "S" (SESI,

    SESC, SENAI, SEBRAE) com o objetivo de

    facilitar o acesso dos idosos ao turismo

    (OLIVEIRA, 1999).

    Consideraes finaisHoje as pessoas da terceira idade tm

    uma formao e um nvel cultural melhor que

    as geraes anteriores. Isso leva a uma maior

    exigncia por qualidade dos servios,

    mostrando as seguintes caractersticas:

    Conforme relatrio Clic (POPCORN,

    1994) os interesses incidem plenamente em

    novas demandas, como: o cuidado do

    corpo e seu bem-estar fsico; a

    conscientizao dos benefcios de uma vida

    socializada, dieta saudvel, sem vcios e

    sade mental; a curiosidade pelo

    conhecimento de paisagens e culturas

    novas e diferentes; o desfrutar de todas as

    possibilidades que oferece este novo tempo

    da aposentadoria. Tambm, o retardamento

    do envelhecimento como um

    comportamento diferencial tal como: gasta

    mais em roupas jovens, colorao dos

    cabelos e cirurgia plstica facial;

    engajamento em comportamento mais

    jovial; compram brinquedos de adultos,

    freqentam camping e inscrevem-se em

    programas de frias com aventura.

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    Adequar oferta a demanda no um

    processo automtico. Passar das

    potencialidades para uma realidade requer

    condies compatveis das instituies

    pblicas e privadas; requer uma estratgia

    que implique recursos, coordenao,

    estmulos, inovao e informao.

    Os grupos emergentes terceira idade

    vo exigir e esperar por maior envolvimento

    na vida poltica, econmica e social da

    comunidade e da nao. medida que nos

    aproximamos do terceiro milnio, o desafio

    que ns, estudiosos do turismo, devemos

    enfrentar como formular e colocar em

    prtica polticas e programas para uma

    populao de idosos cada vez mais

    numerosa e cada vez mais diferente, de modo

    que o potencial turstico da terceira idade

    possa ser alcanado.

    Referncias bibliogrficasBENI, Mrio C. Globalizao do turismo:

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